Demonstração do fluxo de caixa. A DFC é uma das demonstrações financeiras mais importantes e permite que você identifique aqui a capacidade da empresa de gerar e utilizar o caixa e os equivalentes de caixa. Então, antes de abordar a DFC, vamos entender o que é um equivalente de caixa.
Entenda que os equivalentes caixas são praticamente dinheiro e tudo aquilo que a empresa tem na conta corrente ou em aplicações financeiras de curtíssimo prazo ou equivalente. Caixa tem que ser resgatável em três meses, que é o prazo que o CPC fala. Tem que ter alta liquidez e o risco baixo de perda de valor.
Ou seja, é tudo aquilo que a empresa classifica como disponível lá na primeira conta do ativo circulante e do balanço patrimonial. Então você tem que entender que, embora o nome da demonstração fale apenas em caixa, nós estamos falando de todo o disponível que a empresa registra lá no ativo circulante. Então, nós estamos falando dos itens extremamente líquidos, ou seja, aqueles rapidamente convertidos em dinheiro, podendo ser contas bancárias, aplicações financeiras, o próprio dinheiro em caixa da empresa.
Nas demonstrações financeiras você encontra na primeira linha do ativo circulante Grupo de Contas do Balanço Patrimonial. E como você bem sabe, o balanço é uma demonstração estática. Ele vai te mostrar uma foto de como estava o saldo daquela conta em uma data específica.
Logo, se você compara dois balanços em datas diferentes, você vai ver dois saldos distintos e pode calcular a variação que ocorreu de um período para o outro. Mas para ver exatamente o que entrou e o que saiu do caixa durante o período entre as demonstrações financeiras. Aí nós usamos a demonstração do fluxo de caixa e vamos ver a sua composição agora.
Mas antes, não se esqueça de deixar o like no vídeo e se inscrever no canal, porque Contabilidade, livros, estudos e mercado financeiro você só encontra aqui. Para que você consiga construir uma DFC ou mesmo interpretá la. Você deve ter plena noção do que são entradas e saídas de caixa.
Nem todas as operações feitas pela empresa afetam o seu caixa. Por exemplo, quando a empresa realiza uma venda à vista, isso representa um ingresso no caixa, um aumento do saldo do caixa. Isso porque o recebimento dessa venda foi feita no ato.
Agora, quando a empresa realiza uma venda a prazo, isso não tem impacto nenhum no caixa, porque o recebimento do pagamento ocorrerá no futuro, por ser uma venda a prazo. O mesmo acontece quando a empresa realiza uma compra à vista e isso tem um impacto negativo no caixa e saída de recursos de caixa, visto que esse pagamento foi feito no ato. Porém, isso não acontece se essa compra for feita a prazo, em virtude do pagamento ser no futuro e gerar uma obrigação a ser paga, isso não impacta o caixa.
Então agora eu preciso que você preste muita atenção, porque para entender DFC, você precisa entender a importância do regime de competência e a sua diferença para o regime de caixa. Saiba que no artigo um oito sete da Lei seis 404, a lei das receitas é determinada a utilização do princípio da competência para as contas de resultado. A lei nos diz que na determinação do resultado do exercício devem ser computados as receitas, independente da sua realização em moeda e os custos e despesas pagos ou incorridos.
Então faz parte do meu resultado toda a receita gerada e a despesa incorridas, independente do seu pagamento. Deixa eu te dar um exemplo para você ver como isso impacta o resultado e o caixa da empresa. Vamos supor que uma empresa vendeu durante um ano 20.
000 R$ e só recebeu 12. 000. O restante vai receber no futuro e teve como despesa em corrida 16.
000 R$. Mais pagou desses 16. 000, apenas dez, e o restante pagará no futuro pelo regime de competência.
Faz parte do meu resultado. Toda receita gerada é despesa em corrida para que eu possa achar o lucro do período. Então, pelo regime de competência eu vou ter uma receita de 20.
000, que foi tudo o que ela vendeu, uma despesa de 16. 000, que foi tudo o que ela incorreu e um lucro de 4000. Já quando eu olho para as operações que afetaram o caixa, eu vou ter 12.
000, que foi o recebimento das receitas que ocorreu nesse período e eu vou ter saídas de caixa de 10. 000, que foi o que ela efetivamente pagou durante esse período, ficando no meu caixa 2. 000 R$.
Veja que existe uma diferença dependendo do regime que eu estou utilizando. Se você olhar para DRM, ela é feita toda com base no regime de competência. Já se você olha para demonstração de fluxo de caixa, ela é feita com base no regime de caixa.
Sabendo disso, na demonstração do fluxo de caixa, você vai encontrar as transações que ocasionaram entradas e saídas que afetam o disponível. O caixa que vai além de caixa, que é o foco principal da DFC, tudo o que ocasionou a variação do caixa partindo do saldo inicial e chegando até o saldo final do período, sendo que todas as movimentações são agrupadas de acordo com as atividades que representam, sendo apresentar todas em três classificações Fluxo de caixa Operacional, fluxo de caixa de investimentos e fluxo de caixa de financiamento. Entender essa classificação permite que você entenda como a empresa faz uso dos recursos do seu caixa.
Então vamos lá. No fluxo de caixa operacional vão estar registradas todas as transações que têm relação com os pagamentos e recebimentos que geram receitas e despesas. A atividade principal da empresa, a operação da empresa.
Aqui você vai encontrar operações de recebimento de clientes, pagamentos de fornecedores de pagamentos a funcionários, tudo aquilo que faz com que a empresa funcione no fluxo das atividades de investimento estão aquelas transações, compra e venda de ativos de longo prazo e os possíveis investimentos para obter renda que a empresa faz. Por exemplo, nós temos as aquisições de fábricas, máquinas, equipamentos ou investimentos em aplicações financeiras de longo prazo. Já o fluxo das atividades de financiamento, como o próprio nome diz, são aquelas transações relacionadas à estrutura de capital e endividamento da entidade, como, por exemplo, operações com empréstimos, aumento de capital, o pagamento de dividendos.
Para que você entenda, eu estou colocando o balanço patrimonial, eu vou fazer o seguinte link O fluxo de atividades operacionais está relacionado às contas de Ativo circulante Passivo circulante registro no capital de giro da empresa, ou seja, aquelas usadas na sua operação. O fluxo das atividades de investimento está relacionado as contas do ativo não circulante, que é onde ficam localizadas as contas de investimento imobilizado e infraestrutura da empresa. Já o fluxo das atividades de financiamento está relacionado às contas do passivo não circulante Patrimônio Líquido, que é onde ficam os empréstimos de longo prazo e os financiamentos via capital próprio.
Então agora vamos ver como toda essa teoria funciona na prática, colocando na tela o balanço patrimonial da Magazine Luiza. A primeira conta do ativo circulante é caixa equivalente de caixa e, como o balanço indica, composição dos saldos está sendo demonstrada a nota explicativa número cinco. Vamos ver o que compõe esse caixa que vai além de caixa.
Segundo a nota explicativa, nós temos as contas de caixa, bancos, depósitos a curto prazo e fundos de investimento não exclusivo. Tudo. Esses aqui são as disponibilidades da empresa, como foi explicado durante o vídeo.
Agora, comparando os saldos de caixa que valem de caixa do ano de 2021 pra 2022, nós temos uma diferença de -649 990, ou seja, o caixa diminuiu. Entender como a empresa usou o caixa nós vamos buscar na DFC demonstração do fluxo de caixa. Então o nosso saldo inicial é de 1458 754, que é o saldo do ano de 2021.
E lá na DFC dá para perceber que o fluxo de caixa gerado pelas atividades operacionais positivo, ou seja, a operação da empresa gera muito caixa. Esse saldo foi encontrado por meio das variações das contas do ativo circulante e passivo circulante, como dá pra ver aí na tela. Vamos somar esse saldo do fluxo de caixa operacional ao nosso saldo inicial.
Agora ainda é o fluxo de caixa das atividades de investimento. Dá para perceber que a empresa gastou caixa adquirindo imobilizado intangível participação em capital em controlada. Tudo isso gerou uma diminuição do caixa no ano de 2022.
Então vamos diminuir o fluxo de caixa de investimento da nossa variação. Por fim, nós temos o fluxo de caixa das atividades de financiamento. Dá pra perceber que ela pagou muito empréstimo no ano de 2022.
Isso é uma saída de caixa. Então esse saldo negativo ativo do fluxo de caixa de financiamento vai para o cálculo da nossa variação. Dessa forma, somando o saldo inicial com o fluxo de caixa operacional, diminuindo o investimento e financiamento que foram negativos, nós temos um saldo final de 808 7004, o que está lá registrado no balanço.
Veja como fica fácil de entender as variação do caixa da companhia por meio da DFC. Eu estou deixando alguns vídeos aqui nos cards finais que vão te ajudar a compreender vários assuntos abordados nesse vídeo. E se você quer mais conteúdo sobre demonstração de fluxo de caixa como método direto e indireto, ou a contabilização dos registros, ou até mesmo como ela é utilizada para valuation, deixe nos comentários esse vídeo por aqui.
Eu agradeço por você ter tido esse vídeo e nos vemos no próximo. Abraço.