o olá boa noite sejam muito bem vindos a mais um roda viva estamos ao vivo para todo o brasil pela tv cultura emissoras afiliadas e conectados ao mundo pelo uol e nos nossos canais no youtube twitter e facebook todos os homens nascem livres e iguais em dignidade e direitos sem distinção de raça cor sexo língua religião ou qualquer outra condição essa é uma síntese do artigo 1º da declaração universal dos direitos do homem que inspirou a nossa constituição então por que em pleno século 21 em meio a maior pandemia em mais de 100 anos milhões
de pessoas precisam marchar pelo mundo a berrar que vidas negras importam o que explica essa urgência é o racismo não consigo respirar o último apelo feito por george floyd antes de ser assassinado por asfixia por um policial branco em minneapolis nos estados unidos é uma frase que traduz com a crueza a sensação que oprime homens e mulheres negras no mundo todo e também aqui do brasil o nosso entrevistado desta noite é um dos maiores pensadores brasileiros contemporâneos da questão do racismo sua força sua formação acadêmica e o alcance da sua obra são a demonstração de
que o acesso à educação produzem excelência para garantir o a todos como manda a constituição são necessárias políticas públicas para discutir o racismo estrutural título do seu livro que se tornou um best-seller das ciências sociais no brasil o roda viva recebe ao vivo diretamente da carolina do norte tá ligado filósofo doutor e pós-doutor em direito e professor universitário silva almeida doutor e pós-doutor em filosofia e teoria geral do direito pela faculdade de direito da usp e é professor da escola de administração da fundação getúlio vargas da universidade mackenzie e professor visitante da duke university na
carolina do norte também dirige o instituto luiz gama organização dedicada à educação e inclusão das minorias seu livro racismo estrutural é considerado um dos importantes estudos recentes sobre o tema o caminho para o combate ao racismo no brasil segundo ele tem que passar pela política pela educação e pela economia que depende de uma reorientação ideológica e política da sociedade hoje para entrevistar o professor silvio almeida nós convidamos joyce ribeiro apresentadora do jornal da tarde da tv cultura tiago amparo jurista professor da fundação getulio vargas e colunista da folha de são paulo flávia lima jornalista e
ombudsman da folha de são paulo paula miralha antropólogo e diretora-geral do nexo jornal e paulo cruz professores de filosofia e colunista da gazeta do povo contamos ainda com os desenhos em tempo real feitos pelo nosso querido paulo caruso diretamente da sua casa boa noite silvio seja muito bem vindo ao roda viva obrigada por estar com a gente nessa noite oi boa noite vera boa noite a todos os entrevistadores quer dizer que também é um grande prazer uma grande honra neste momento é poder ser um dos entrevistados esse programa roda viva no programa aqui um programa
que se tornou dado pela tudo que fez pelo brasil nos programas fundamentais para te entender é fases no muito chaves da história brasileira então é com muita honra quanta alegria que eu participo deste programa silvio a gente viu a urgência da questão racial e do racismo se tornar aí premente no mundo inteiro depois do assassinato do george floyd nos estados unidos isso tem ecos aqui no brasil um país que sempre teve dificuldade para lidar com essa questão e no qual é a existência do racismo estrutural é ainda colocada em dúvida até por alguns estudiosos por
alguns acadêmicos a tese central do seu livro é que o racismo embora tenha várias manifestações e várias categorias ele é sempre estrutural o que você falasse um pouquinho nesse momento que o mundo vive e como ele se relaciona com a sua obra é bom primeiro lugar acho que a pergunta ela nos remete justamente a uma das passeatas do racismo que torna mais difícil entendimento o racismo é um elemento muito complexo na sociedade da sociedade monopólio e não podemos deixar de ver o racismo lá só ligação intrínseca com contra os elementos da vida social como por
exemplo a economia como o direito como a política e também como até mesmo uma produção do imaginário social e isco mente que nós passa todo mundo acho que deixa bastante evidente que o racismo ele não comporta mais ele não não há mais lugar para raciocínios ou para pensamentos uma o racismo que não sejam dispostos a ir além de atos individuais de questões comportamentais o mesmo que pensa o racismo compartilhe um baú funcionamento institucional nós vimos que está acontecendo hoje do mundo eu quero me valec das palavras dobro triplo o estadunidense forest quando ele analisava estado
do mundo dos protestos o seguinte o mundo se encontra numa tempestade perfeita ou seja todos os elementos que podiam dar errado eles deram errado e alguns se somaram a coisa que vinham dando errado há muito tempo que o racismo ou seja você tem ao mesmo tempo uma crise econômica e crise econômica salas belo a natureza do racismo sempre alguém quando desigualdade fosse uma crise política no sentido de que é um questionamento constante a capacidade das instituições democráticas de responder a um ciclo violência contestações que estão além de seus limites nós temos também o momento do
mundo entre nós vemos uma pandemia como que nós pode ir para você no começo da no começo deixar de serviço é a maior de 100 anos seja algum está desolado o inclusive do ponto de vista do ponto de vista mental as pessoas são profundamente afetados ao medo profundo em relação ao será o futuro nós temos nos estados unidos no brasil lideranças que seja até mesmo pela sua história política não tem qualquer capacidade de estabelecer diálogo no momento em que o mundo precisava de algo então ou seja fica evidente portanto que o racismo não é uma
questão pontual não é comportamental o racismo é algo que não tratado compromete justamente tudo aquilo que nós fizemos lutar por exemplo democracia desenvolvimento econômico possibilidade da gente folgar violência o nosso cotidiano seja o racismo é algum filtra na vida social é esse não tratam leva ao aprofundamento da crise compromete o futuro da humanidade vamos começar aqui e flávia por favor silvio boa noite é pão crer começar aproveitando a sua fala que quer fazer uma pergunta sobre abordando economia é a ideia de racismo estrutural vem sendo bastante popularizada mas ainda muito circunscrita a questões os programas
com violência violência policial segurança pública e o que eu gostaria de saber de você se a gente sabe que a essa crises econômicas produzem desigualdade e isso a gente tá vivendo agora em uma pandemia e eu gostaria de saber se essa agenda econômica é que pregam o estado cada vez menor se ela na sua avaliação reforçaria esse racismo chamada estrutural a segunda um ou seja eu eu tenho dito em alto e bom som que e aí que tá a ideia pergunta a pergunta muito saudável era a pergunta é dependente a pergunta de solda veras foi
em relação porque todo ração estrutural porque a gente só consegue identificar com ato discriminatório é um ato racista como já existe no imaginário social todo lugar já produzido para o lugar no corpo negro existe toda uma série de funcionamento da vida social que sempre coloca o medo nessa posição de violência e tal sorte que nós podemos identificar então assim eu tenho dito em alto e bom som hoje durante uma no período de uma pandemia em que nós estamos percebendo que os maiores afetados pessoas que estão morrendo só as pessoas negras e professores estão morrendo porque
o vírus faz uma escolha racional as pessoas estão morrendo quando os sistemas de saúde não tem condição de lidar com a demanda provocada problemas uma diminuição no papel do sistema o único de saúde é mortal para a população negra então eu tenho dito em alto e bom som ser anti-racista é portanto um compatível com a defesa de políticas de austeridade nesse momento ser anti-racista é uma compatível com outra coisa que não seja defesa do sus do sistema de saúde atenção parecido aliás eu diria o seguinte isso é alguns especialistas estão dizendo isso porque com todas
as desgraças que a gestão da crise no brasil da sentada está demonstrando seria muito pior se nós não tivéssemos sistema único de saúde saúde que está impedindo que o número de mortos é seja não seja pior do que é hoje então seja aí desde estado mínimo ela incompatível com o momento em que a pessoa precisa a proteção do estado então não existe possibilidade de pensar austeridade não existe possibilidade de pensar em em precarização do trabalho em consideração elementos sul a dar-me que reforça ainda mais o caráter discriminatório de funcionamento de uma vida social tá quase
11 anos por favor professor saiu de boa noite uma alegria o vilão a população negra consome anualmente a cerca de 2 trilhões de reais e isso representa cerca de 40 porcento do consumo total dos brasileiros segundo dados de pesquisa feita pela em parceria pela culpa e o instituto locomotiva o aumento da inserção do negro na sociedade de consumo ajudaria no desenvolvimento do país ea conscientização dos brancos passa pelo entendimento da necessidade de maior distribuição da riqueza e diminuição dos privilégios e aí eu te pergunto é possível convencê-los o privilégio que muitas vezes eles não chegam
a perceber que tem esses privilégios e mais quão distantes nós estamos disso oi joice uma boa noite e quando a gente quando a gente pensa primeiro na ideia de branco e de nego nós temos que entender também que o branco eo negro são produzidos dentro dessa loja acham da lógica realizado e nesse sentido é como concientizar as pessoas brancas a questão é que o mundo tá demonstrando de uma era muito evidente os bancos que hoje não entender a necessidade da luta anti-racista preservação é não de um modo de vida específico as preservação das possibilidades do
futuro certamente não entendeu a gravidade do que nós estamos vivendo hoje é o acredite que a conscientização em relação a isso passa necessariamente pela político nós temos que estabelecer espaços permanentes de diálogo para conversar sobre a questão racial quando as coisas que estão acontecendo hoje no mundo e que chama atenção é que estão gerando violência cada vez maior é ausência de espaços institucionais para que haja um diálogo franco aberto sobre o que o racismo produz um termo de estratificação social de desigualdade de toda a violência que o racismo também produz é na sua conta final
o racismo sempre termina na morte e nesse sentido precisamos cada vez mais um destino essa possibilidade de abrir espaço para os lados adora uma coisa sobre as empresas e da questão do consumo isso faz a gente voltar pergunta das frases sobre a questão econômica é pessoa como como algo absolutamente ilusório pensar aqui um país como nós os 55 anos da população é negra pode sustentar café projeto desenvolvimento econômico que não passa também pela discussão do assim o racismo compatível com o desenvolvimento econômico e mais tipo recado as empresas o racismo é completamente incompatível com o
ambiente econômico estado quase um preso precisam para reproduzir no ambiente de negócios se você já luta anti-racista é algo fundamental para se falar em um de estabilidade e que torna impossível a reprodução de uma vida econômica mesmo nos estertores de uma sociedade capitalista ideal para lá por favor lá noite seu na sua entrevista mais recente ao nexo você disse que é o jornalismo você afirma que o jornalismo despresou a pauta racial que os juristas desprezaram a pauta racial assim como os economistas grande parte dos políticos educadores ou seja você tá chamando os que da sobrinha
de uma intencionalidade a gente pode pensar no racismo como um projeto e nesse sentido em que medida ele está associado à ideia de poder e o racismo o racismo era uma mistura de projeto mas ela não é só projeto o racismo por isso que ele estrutural quando eu destaco que o racismo estrutural o que eu estou justamente destacando o fato de que o racismo nem sempre é o resultado de uma intenção de uma intencionalidade então vejam que a discriminação é reproduzida durante muito segundo santos a carga de uma forma de outra criando element de normalização
da discriminação racial e da desigualdade é tão grande que os juristas não dão atenção eu quero fazer remissão ao consumo de pensamento pit bull juristas deixaram passar questão racial os meios de comunicação não se volto espacial inclusive comercial quanto ontem até os estudos sobre segurança pública muitas vezes compravam a questão racial e hoje está todo mundo junto resulta que a questão racial se torna uma questão premente da sociais públicos ainda que a gente possa em algum momento da história como o projeto fit nem sempre a reprodução do racismo se dá com questões não tem chorar
junto da educação a uma educação que não questiona o racismo ela se torna uma educação que vai simplesmente reproduzir comparante normalidade é discriminação racial então a gente sempre diz não basta simplesmente educar as pessoas para que ela seja ontem porque tenho essa ideia de educação basta que as pessoas sejam anti-racista outras pessoas deles e racistas é justamente a educação que torna possível a reprodução do racismo quando ela não é capaz de confrontar a normalização dos parâmetros as realizados to com a sociedade sério e por favor thiago silvio a você tem trabalhado muito a questão no
seu livro você trabalha muito a questão da né que o política e é uma palavra que tem sido utilizada recorrentemente para descrever a situação de segurança pública que não é de hoje mas a gravar ultimamente é no rio de janeiro ter realmente quarenta e três por cento de mortes é no meio de uma pandemia em abril e a gente tem uma decisão do fakie suspendem operações policiais no meio da academia mas que muitas vezes é constantemente é desse despeitada também a pergunta é um pouco é explicar o que aconselho tineco política e segundo se nós
vivemos hoje no estado que é regulado pela né política e aí como é que a política um conceito de uma volta o camaronês chamada shirley peng é esse bonitão ensaio chamado neto político em que ele vai descrever com base na obra de michel foucault o coco não fala da biopolítico ele vai escrever justamente o processo de dominação de controle e é o resultado tá vendo estabelecimento do estado moderno né que tá vendo da no estado contemporâneo então ele vai dizer que o estado contemporâneo na verdade pô vai dizer ele ele vai ele vai gerar uma
forma de administração e de dominação que se baseia no controle da vida vai fazendo com que a vida ela seja sustentada a partir do poder que agora poder do estado isso é fundamental inclusive a reprodução do capitalismo que eu achei bem tá fazendo com base na obra de obras de autores como agamben caught it hannah arendt anápolis é liso e também com base nas teorias bater de valor do max para dizer o seguinte o neoliberalismo ele faz com que haja uma mudança nesse parando aqui esse antes o pensamento liberal plástico ele é um pensamento que
falava da nekropolis do sustentação da vida como parte fundamental da administração festival do mundo agora o que se faz agora é produzir a morte em nome da reprodução também de uma economia que não se paga mais para inclusão máscara exclusão daqueles que não são compatíveis mais que sistema em cada vez tipo obra pelo pode direitos sociais austeridade ou seja a única maneira de administrar a segunda produzi a morte neste sentido a raça tem um papel fundamental fica um lado de férias a raça é um elemento na atualização da morte do outro senhor é tão os
mais aqui por quê que nós atualizamos de maneira tão imediata o que acontece exemplo nas favelas do rio de e das periferias de são paulo porque justamente nós associamos perto daquelas pessoas ali que são pessoas neles a sua grande maioria não apenas como um dado natural então política sincera justamente disso para determinar aqueles que vivem aqueles que morrem em nome da reprodução de um certo estado da nossa economia junto negócio me vendo isso aprendi com tanta era um elemento acelerador pé desse processo que foi muito menos que achei ele bebe aula por favor boa noite
professor silvio queria dizer aqui do meu prazer e na minha honra então falando contigo nessa noite é bom eu queria tentar compreender melhor por que que é porque me parece que a questão do racismo estrutural está muito ligado e talvez ligado assim em grande parte eu posso tá errado e o senhor pode explicar melhor isso é a questão ah então quer dizer é sempre aquele que é vitimado que é o negro ele se encontra numa posição de fragilidade né de certo modo ele se encontra fragilizado e à margem de um sistema que o exclui que
o vítima mas o parece que ser um problema então de ordem econômica então quer dizer todo aquele que está à margem seja ele negro ou não tende a sofrer as consequências de sistema que é excludente é quase que por natureza eu queria entender como que a gente consegue diferenciar a questão racial da questão meramente socioeconômica né então quer dizer que eu tô querendo dizer com isso todo pobre sofre essas consequências ou negro sofre mais do que aquele que é negro se os dois são pobres por exemplo e aí a tampa também vai para sua pergunta
também trazer isso aqui dentro de você é a questão esquente depende do entendimento perguntem para economia a gente entender que a economia é só são só números tabelas é pib taxa de juros taxas google é obviamente que a gente vai ter uma dificuldade de compreender o significado do racismo estrutural primeiro que a ideia de nação cultural que não é uma não é um conceito que eu inventei e fico bastante bastante claro isso é mais natural é uma forma de entender como se dá a criação da raça de uma maneira geral e o processo de criação
da raça não é invenção da cabeça de pessoas que estão tramando alguma coisa o que estão com mal do coração é isso a questão a questão que a produção de algo tão poderoso e que nos atravessa é que nos faz nós dois por exemplo homens negros é essa nos determinados em alguma medida a responder todo dia pela nossa condição existencial é o que vai muito além de se tentar por exemplo a questão de quantos itens tem uma mais dinheiro ou a nossa posição econômica na verdade a economia determinada por outros aspectos que não são apenas
aqueles é como se sente que estado você não tem condição de falar de economia ou de reproduzir os padrões econômicos a gente não pensar no papel que o estado exerce em relação a isso a gente não tem condição de naturalizar o imaginário social em torno né da divisão do trabalho se a gente não for capaz de entender isso como parte de um processo de reprodução econômica então não extra economizar se sente eu tô falando aqui no direito de hidrologia e gestão de política é o que eu estou colocando aqui a economia é um elemento importantíssimo
e fundamental i fundamental e não são só os negros os meus tratamentos são os mais afetados mas vejo que quando você tem desigualdade econômica você consegue fazer aqui ah e deixa o que acontece aquilo que o do boys que você contou que você conhece provavelmente admira é o maior intelectual negro dos estados unidos todos os tempos ele fala o seguinte o que o racismo phobos é o que ele chamava de salário psicológicos brancos e qual será a psicológico quando você tem o número de extrema miséria pobreza é o branco ele pobre tá na miséria também
só que ele era do lado tem que ter um negro que está numa situação pior do que ele então ele fala assim nos compete uma situação não é tão ruim assim seja você tem que ter alguém sempre tem alguém pior que ela não tem problema que acontece você tem uma crise como essa que a crise da pandemia crise econômica que junta tudo isso e quando você tenta bem o mundo é um país para começar isso nesse eleger um presidente negro mais que tem uma série de dificuldades para lidar com as indicações das instituições pelas salário
psicológico ele passa ele deixa desistir então se tenha só violência o que você tem importante é só recentemente e aí ódio então chega o problema todo vai olhar para a economia e olhar para a economia e achamos conjuntural referência para a economia economia um elemento fundamental e primeiramente não é levado em consideração nas análises são feitas e que ficam na questão comportamental como se o assim ele não fosse uma produção muito mais sofisticada que existe da gente muito mais estudo é e a gente a gente um diálogo que agora das pessoas ainda não está disposta
a fazer com isso a gente encerra esse primeiro bloco vai para um rápido intervalo voltamos viajar com a entrevista com o professor silva almeida não sai daí ó nós estamos de volta com a entrevista com o professor silvio almeida aí a nossa hashtag silva almeida no roda viva gel assunto segundo assunto mais comentado no twitter nesta noite professora a gente sem no brasil um governo que nega o a questão do racismo nega que haja qualquer tipo de discriminação racial mas investe quase diariamente contra qualquer tipo de política afirmativa ou tentativa de mitigar as desigualdades na
questão racial e também em outras frentes a questão de gênero na causa indígena em várias outras questões é este governo do presidente jair bolsonaro não me ou para presidir a fundação palmares que é uma um órgão público que cuida da questão o negro e do racismo é por uma pessoa sérgio camargo que nega de forma virulenta o racismo inclusive investe contra o movimento negro de uma maneira bastante vocal é como o senhor encarar esse momento da política brasileira e o que ele representa em termos de retrocesso para as políticas de mitigação do racismo no brasil
se você bar karavelle como a negação do racismo principalmente nesse momento histórico ele é um reforço absoluto de posições artistas então veja que não é à toa que o governo como esse que temos no brasil ele insiste em negar o racismo porque o racismo ltda base para para cometer os absurdos que estão sendo cometidos no brasil e que está um dia sejam devidamente apurados pelas autoridades internacionais para os tribunais internacionais o que fazendo no brasil então o que o que o que me leva a pensar o que realmente significa a figura que hoje precisa fundação
palmares é o como esse governo ele está diretamente aliado a um projeto de destruição realmente do brasil a destruição não apenas o tecido social brasileiro naquilo que ele tem de mais de mais pujante de mais importante mais uma descrição das instituições se alguma maneira foram equilibradas sobre esse paco tampar também profundamente questionável e que fazia continuar o brasil por exemplo nós não tivéssemos ainda vítima era tão evidente lá esse supremacia branco porque há uma diferença né uma coisa falar de superioridade branca que é algo que foi e foi desde sempre colocado no brasil mas para
conseguir que o brasil é um país em que eu sempre costumo dar essa vivo as pessoas que estão fora do brasil estão na europa e nos estados unidos sai monte brancas não serão é são brancas é as pessoas brancas não são consideradas brancas é a brasileiros e fora do brasil esse é um ponto muito importante que demonstra um caráter da racionalização como ser um caráter conjuntural a raça funcionando já tá conjunto então você tiver dela superiores se você já ideia que quanto mais branca fosse a pessoa mais preparada para certa para ocupar certas posições ser
é melhor agora no brasil nós temos uma novidade nós estamos vendo pessoas conclusive tem ligações e quem tem relações com pessoas que defende a superioridade branca eu usei aqui nos estados unidos a supremacia branca e os estados então isso é muito isso é muito violentos esse junto aquilo que o thiago falou é no momento em que nós estamos vivendo nesse país uma pandemia e te a uma um projeto de recreação cada vez maior de investimentos públicos área de saúde educação onde se defende né contra todas as evidências a manutenção de um teto de gastos constitucional
que sem precedentes é em outros lugares do mundo onde o necessário vencer pública marcadores então que esse discurso da supremacia branca eles é assassinado com sete dis curso econômico também é muita gente então você não tiver essa coisa tu manda muito pragmática e vai demorar muito para demais que eu queria tocar não outro assunto mudando de assunto as mulheres negras têm sido cada vez mais destaque na luta contra o racismo a doutora jurema werneck a diretora-executiva da anistia internacional falou em entrevista recente com o senhor inclusive amarrar de paulista a seguinte frase as mulheres negras
têm sido chamadas para ser uma força contrária à essas forças de morte e nessa discussão de raça e gênero eu pergunto a sua opinião sobre quais razões trouxeram as mulheres negras para este lugar de destaque que eu diria de liderança nesse momento no enfrentamento das questões sociais aqui no brasil é e eu acho que mulheres negras assim eu me sentindo o papel fundamental primeiro aqui não é só no brasil mas também nos estados unidos a gente começa a olhar o movimento black lá de vera e percebe que a liderança é a fundação no trajeto foi
feito para mulheres negras às vezes desenvolveram ao longo da sua trajetória é tecnologias de resistência e formas também de manutenção da vida dos homens negros antes foram que tiveram que tiveram a sua vida descansada leva para uma série de circunstâncias históricas como a escravidão por exemplo e tudo que dela decorreu as novas regras serão sustentáculo da vida social e política e conseguiram manter praças as formas de organização desenvolveram a vida nas comunidades então as mulheres negras hoje lideram movimento nego mesmo que engolir o ponto desse intelectual o que as mulheres vendas dentro e as mulheres
negras vêm fazendo e uma coisa que eu sempre costumo dizer é impossível pensar a dimensão da luta de racista se 90 mil uma luta pela igualdade de gênero é fundamental estavam absolutamente central porquê das coisas que o racismo faz e o azul precisa disso é como o projeto de político precisa estabelecer controle sobre a vida sobre a liberdade das mulheres que vocês acha que vem deve raça pura de pureza racial a justamente a ideia é estabelecer um controle sobre as mulheres então vendo que a luta anti-racista tem na sua dimensão também a luta pela autonomia
pela liberdade e pela igualdade das mulheres pelo ponto alto totalmente fundamental e central para que nós possamos entender a força que as mulheres negras têm no mundo em que nós vivemos em cobrar um só no brasil mas também sora no brasil eu queria voltar para te mandar política aí pensando um pouco a institucionalidade e passou no brasil por um período relativamente grande que começa no telefone do henrique esse ganha corpo durante os governos do lula seja dobras no governo dilma de uma institucionalização de políticas de ação afirmativa de espaços formais para se tratar a questão
racial no brasil e paralelamente a gente tem também a organização da sociedade civil fortalecimento do movimento negro e um debate público que também ganha corpo se apropriando cada vez mais desse debate com um levante do brasil e não deu para as armas exclusivas da sociedade a gente vivendo isso parecer que a gente estava no caminho de consolidar seus espaços e a gente passa a viver um celular um de o debate público pelo menos uma parte dele trata o racismo como mimi expressões como coitadismo voltam à tona coisas que talvez não fossem imaginadas pensadas há um
tempo atrás e junto com isso a gente tem uma série de políticas inclusive avaliadas positivamente né as políticas de contas já foram avaliados a evidência de que elas funcionam e elas vem sendo atacadas e tentativas de barrar esse tipo de política pública então como que a gente conseguiu né como o país vive duas realidades tão distintas é de um ponto de vista antes funcionalidade do debate público no período no espaço de tempo tão curto e mais uma vez que estão atenção para o fato que causou o acidente a ser tratado não como uma questão pontual
institucional por isso que a insistência e tratar o assim como parte de um movimento da de construção da própria sociabilidade e portanto está vinculado aos movimentos da economia então para você ter uma crise econômica e vejo que esse isso que você disse que você é narra é ele está diretamente ligado à crise de atingir o ponto em 2008 então vejam que você vem tendo aula somente uma degradação também é camisa social conflicts eles têm se eles têm cada vez mais tomados forma e cada vez mais como corpo e veja é tudo isso demonstra o seguinte
não se pode mais olha só como são alguma história não se pode mais tratar a questão racial forma de uma agenda pública o titã que envolva não apenas o combate ao racismo mas com tag o combate ao racismo no campo tu desenvolvimento econômico no canto da democracia né você ver como é que a gente vai reformar ele for um lado e sugestões democráticos entre muito pra gente tá vivendo hoje resultado da fragilidade é de estado de uma sociedade e constrói instituições que tratam do racismo mas que não combate os elementos que dão forma e segura
para o racismo como por exemplo a desigualdade econômica acesso debate hoje muito importante sobre renda básica por exemplo o debate central parte fundamental é e provavelmente não dava pensar o seguinte precisamos a morte do meu arroz trágica domina que estava acompanhando a mãe né é o corpo ela trabalhava de empregado doméstico um plano mente paulo e nessa mulher tivesse recebendo algum tipo de auxílio se não tivesse um problema aqui temos a gente e por que que eu vou pegar uma carona na pergunta da paula aí na sua resposta para encaixar a gente está recebendo muitas
perguntas de pessoas do brasil inteiro em vários dos seus colegas acadêmicos tão ajudando até um participando aqui no programa eu agradeço então o professor marcelo medeiros é um dos principais especialistas brasileiros na questão da desigualdade professor visitante em princeton ele pergunta se dentro dessa perspectiva é possível falar em meritocracia num país como o brasil e aí eu não acho não acho que o siso mas consigo aqui a mentoplastia é feita por isso documentos nele concretos então uma sociedade profundamente desigual como é que você vai medir autocracia você sabe que hoje é isso é importante dede
eu estava só conversando com alguns alguns jovens é os meninos é isso são rapazes que que vende favela que vem das quebradas né como se fazer então pessoas absolutamente geniais absolutamente geniais fantástico você fica perguntando país é esse que desperdício esse tipo de energia tão vendo que nós estamos fazendo o racismo azeitado pelas condições econômicas sociais políticas e também as condições do imaginário social coloca sem problema nessa condição vai destruindo o futuro do brasil então precisamos fundamentos brilhantes não consegue juntamente tem o seu reconhecimento então vez mais o mesmo contraste um país que mata parecendo
um menino de 14 anos que só queria estudar dentro de casa você viu retornaram ao seu a gente também quer falar ele tomando um pouco a sua ideia de imaginário nos estados unidos após a morte o assassinato do george floyd a uma demanda é forte nas redações e que vem sobretudo de repórteres negros para quê que o jornalismo se reavaliar aumentando a sua diversidade incorporando mais negros por exemplo a nas redações e chamando também as coisas pelo nome racismo é por racismo violência policial para violência policial e o que eu queria saber de você como
você avaliaria cobertura feita pela imprensa brasileira dentro desse imaginário que você citou é racista de que forma ela tem atuado para reforçar esse racismo estrutural estrutural sistêmico e como a imprensa poderia a se tornar uma imprensa antihas ah e também se você vê diferença exata prendo no caderno como que é feito aí nos estados unidos nessa matéria o mesmo vejo muitas diferenças mas as diferenças quero deixar bastante dente não se trata de uma avaliação moral se trata de avaliar dois processos históricos diferentes é tudo que falar dos estados unidos não é para dizer o seguinte
estados unidos é muito melhor não estados unidos tem coisas terríveis horríveis as relações raciais nos estados unidos nós estamos acompanhando né como ela se dão então assim avaliação quero fazer uma avaliação que nossas diferenças da formação social tanto do brasil com os estados e que se reflete também na maneira com que os meios de comunicação ele está como a questão acham o primeiro lugar a uma diferença que eu me lembro aqui que no dia em que estouraram os protestos que o presidente do náutico anunciou publicamente que de estava aqui esperava utilizar o cristiano que chama
de disso action-x né que é um tchau que na prática na verdade estabeleci a força o as forças armadas como parte da segurança pública os apresentadores estavam transformados aqui é e ele chamaram para falar um apresentador tem um ano com a clássico né aqui da uber só o brechó ele apresentou o jornal de 1930 até parece 2019 portanto ele não fosse chamado para falar de questão racial eles são chamado fala da questão racial está fazer uma variação daqui no meio político por ser um homem esperei então aqui há vários é um quase nele usar uma
tradição porque existe um processo de força política dos negros foi constituída a partir de um outro lugar o brasil essa coisa bem diferente e aí flávia respondendo muito diferente a sua pergunta eu não eu não eu realmente eu não acreditar em deus ebook os meios de comunicação são absolutamente conivente com a construção do imaginário social do negro neste lugar subalterno não existiria a possibilidade de você ter um cá a escultural e sistêmico se não houvesse diuturnamente canto dos salmos desde comunicação de estereótipos sobre o pessoas negras de nordeste em programas de televisão que toda hora
naturalizam assassinato a morte a condição do negro com bandido então vejo que isso vai reproduzir o imaginário social essa figura como é que a gente poderia mudar isso primeiro que a nossa sempre que deus uns os intelectuais negros grandes intelectuais negros do brasil é eles não se notabilizaram pela fala da questão racial o que sempre tentaram chamar atenção é é isso que eu estou tentando fazer agora é chamar atenção de que a gente não pode falar de acordo com que é direito política e comunicação sempre achar oficialmente no país como o brasil o que a
gente tem que colocar em um elemento no qual o resto fica lisinho comprometido do público científico como é que a gente fala de ciência se a gente que desprezam américa central para se compreender a realidade como é a questão racial então não adianta a discussão que agora que a força como se fosse uma espécie de antecipação do dia vinte de novembro ou então fazer um treze de maio fora de época como se fosse uma espécie de picareta racial e eu quis preparar para entender sua complexidade não se tem mais não tem possibilidade e fala para
todos os políticos e intelectuais ela para esquecer os meios de comunicação se a gente não entender a questão rastrear como um elemento fundamental para que nós possamos discutir seriamente as questões que nos passam isso é fundamental é para completar o seguinte vocês acham que alguém como o guerreiro ramos com mulher lahhgonzalez como milton santos que já sentou esse programa você sabe porque ele só falava de questão racial o ano que não estou falando de quem sabe dias eles só falavam que estão vai ser algum falava porque entendiam que o outro das fontes também e essa
complexidade o máximo que ele vai ter que plantar a gente poder avançar quando chegar paula bom eu queria voltar na questão dos jovens brilhantes que suscitou agora pouco porque eu sou professor do ensino básico né então eu tô lá lidando com os jovens com aqueles que estão começando a sua vida e tal e o que que eu tenho percebido que assim o debate sobre o racismo no brasil ele tá num ponto conceitual o retorno a um ponto conceitual bastante abstratos então que as eles vão eu ligo muito interesse o seu livro mas eu tenho certeza
que os meus alunos lá do ensino médio do ensino básico ele tem muita dificuldade de compreender o seu livro porque é uma obra complexa obra é de teoria política de teoria da né então é difícil e assim eu fico olhando para aqueles jovens aí volto a questão do mérito na meritocracia e essa palavra mas voltando à questão do mérito quer dizer antigamente os movimentos negros pioneiros eles tinham uma crítica ao sistema muito dura pega a frente negra brasileira por exemplo que eram ferrenhamente dura com a o sistema que os alisava mas ao mesmo tempo ele
se um projeto interno um projeto de educação um projeto de aquilo que os americanos chamam de amplictil né de levantar a moral do negro de falar vai lá vai você consegue tal e os exemplos abundavam né diz gostavam muito de citar os exemplos então e eu vejo que hoje a gente deixou um pouco de lado essa parte de você poder estimular o jovem negro vai dizer para ele não cara você consegue não fica esperando alguém fazer por você não vai lá faz a gente te ajuda e tal e nós estamos naquele negócio sem dizer nada
o racismo estrutural e tal e ele tá ficando cada vez mas sem conseguir se mover é porque ele tá achando que o racismo pede de dar o primeiro passo o que que o senhor acha disso e aí a de maneira a gente poderia ponderar essa situação não acha que tinha não quer algo que é só complementando uma pergunta do paulo silvio é muitas vezes eu escuto que o termo raças estrutural muitas vezes é utilizado como uma desculpa uma expiação da culpa lídia fala não posso fazer nada porque estrutural e pelo seu próprio você fala que
desse diferentes níveis na da individual interpessoal e institucional e estrutural que eu pudesse um pouco talvez desmistificar ou provocar um pouco o que significa de fato a responsabilidade individual ea questão do racismo estrutural que acho que é um pouco na linha do que o paulo tava lá eu gostei bastante oportunos para esclarecer algumas coisas que a pergunta do paulo ela pergunta muito bom que ela tem duas camadas primeiro ela tá falando um pouco da responsabilidade dos intelectuais negros né ele dá vai ser para frente neila brasileiro e depois a pergunta que que o thiago complementa
também a respeito de como o racismo do que significa assunto ao qual o resto eu sei que não é você né mas assim é pegar o racismo estrutural para de alguma maneira achar e esse conceito é um conceito e te leva a uma certa paralisia da são bom eu não é como se abre a mente né com quem pensa dessa mulher era essa pessoa além do totalmente errado tudo que foi escrito sobre isso que vamos fazer uma comecei conversar comigo e também uma certa dose de realismo como se um conceito eu te dar essa condição
de de fazendo com as pessoas quem não conhece ficar sem paralizar tá me falando de uma questão que eu acho que é importante agora vamos lá primeira camada da sua questão responsabilidade política a didática eu divido com você a honra nós somos professores o tanto eu como você é a cidade são a generosidade eu acho que professor ele tem esse postar o máximo possível para chegar no seus amigos mas isso não significa aqui a gente deve desconsiderar a capacidade do aluno de lidar com questões que sejam complexas dentro da sua complexidade isso é um papel
fundamental meu livro assim como todos os livros trazem conceitos são lindos na verdade são buscam dar um caráter científico assunto complexo e que vem sendo banalizado agora qual que é o nosso papel encontra intelectuais kristen educadores professores a gente tem que dialogar com as pessoas para com essas ideias possam ser compreendidos a gente não pode aceitar que haja um rebaixamento da complexidade das nossas ideias e nome de um falso de batismo é isso que leva uma e com cozido porque a gente fica de alguma maneira querendo contemporizar já disse alguém na ignorância nunca aproveitou ninguém
então que a gente vai fazer justamente é tentar sentar essas pessoas e outra coisa eu vejo hoje tinha prova é um ledo engano achar que essas pessoas não leem não compreendem os outro dia o meu livro citado na página de de pessoas que igual de funk então seja é para isso que eu escrevo é justamente para isso para essas pessoas possam entender a complexidade da sua vida e assim agora perguntou o tiago assumir o seu lugar dentro desse dentro deste deste mundo o que ver ele fica trago conceito de racismo estrutural para que as pessoas
que têm ser assim bom churrasquinho estrutural não tem que fazer é justamente o contrário que gostaram livre tapete calçado correto estrutural ela fica mais responsável do ponto de vista individual porque agora ela vai ter que ficar olhando para si inclusive e para o que ela faz um relação aos outros quer saber se ele não está reproduzido para fazer atitude nele nós não conscientes que faz isso traz fala disso é falar não só como racy no modo a nossa inteligência mas como raças mora também os nossos sentimentos então a pergunta esse ebook agora com seu coração
estrutural o que eu posso fazer para não ser levado por essa onda esse é o que então responsabilidade aumenta ela não diminui com a gente sabe paciência outra porque a gente ganha responsabilidade não apenas de mudar as coisas ao nosso redor mas isso também se torna responsável por participar de uma ação política se é que nós tiramos deixar um mundo melhor para as pessoas que vem depois de nível ele já tem um ponto fundamental cultural eles estão pedindo para a gente sair para o intervalo mas eu vou ser um pouco rebelde aqui porque tem uma
pergunta do preto zezé que eu acho que se encaixa nesse momento da discussão que o paulo e o tiago propuseram hoje de tarde eu tava conversando com ele a gente tava discutindo as pautas aqui e ele tava falando das subdivisões no movimento negro que acabam levando a coisa muito para uma pauta identitária e fogem desse dia a dia das pessoas e de como o movimento negro tem essa dificuldade de fazer com que haja uma agenda efetiva na sociedade uma agenda para ser posta em prática e agora por aqui pelo whatsapp ele complemente fala por que
que no brasil não surgem lideranças de massa no movimento negro como a nos estados unidos capazes de inspirar os jovens negros por exemplo para o debate e eu te peço para ser bem conseguindo mais você já tá feito bastante conciso primeiro que eu não concordo que o brasil não falam de doença não e não tiago jorge flávio movimento negro abrir o espaço foi fundamental e olha só ainda tá falando de uma agenda pública eu acho que agora o movimento nele está abrindo precisar de uma agenda pública te encontro na vida simplesmente seja você que a
falta de retrata em avançar porque não tem não é só o movimento nem que não consegue tirar uma agenda que os braços e consegue fazer isso o governador se esse país há anos o que nós vamos fazer inclusive criar formas de resistir ao brasil institucional que me frango vida dos negros então vocês vão molhar olha só quantas pessoas negras morrem todos os anos olhem só o que o racismo faz impedindo justamente a ascensão de pessoas negras e não vejam intencional quantos de nós lemos não poderíamos por exemplo está sendo preparados para liderar o processo políticos
importantes mas como nós não temos essa oportunidade não temos a chance não somos colocados ali então como é que vai surgiu uma liderança se um a oportunidade para sujo liderança consegui nada lideranças o que de afim de conversa de política de conflito de divergência então aceitar o seguinte os meses podem divergentes sim e os negros tem sim correto para esse país mas há muito tempo a gente só consultar a poluir e a gente está parando para ouvir vai ouvir muito mais ainda temos dois blocos pela frente a é uma pausa bem rápida já gente obra
estamos de volta com o roda viva com o professor silvio almeida eu vou passar para joyce mas antes eu vou pegar aqui fazer uma pergunta do gregório grisa especialista em educação também professor aqui brasileiro do rio grande do sul e ele pergunta silvio como combater o mito da democracia racial brasileira é essa história da mestiçagem da cordialidade racial brasileira se você concorda aqui são mitos e aí sou eu perguntando e como fazer para contrapor essa ideia o bom é a idade mito é colocar nada pelo seu restante né agora nenhum gilberto seco todo mundo sabe
um abraço para o gregório grisa também a gente porque tem muita admiração é na verdade o tanque de batismo colocou isso exatamente né em paz é retirar a gente só obra a partir do momento em que o livro casa grande e senzala principalmente é uma ideia de que o brasil mas peço que deixam de cadinho de raças em que o encontro de três raças produziria algo completamente novo e seria o brasileiro só que eu costumo dizer o seguinte gilberto freyre mas alguns sem pergunta para nós professor eu rolei um médico treinado meg não pessoal claro
que ele pode ser obrigatória do lado dele a força dos lugares ter é é tão grande que o gilberto freyre ele conseguiu fazer algo que é talvez só o reino eu tenho conseguido fazer né assim você tem os 13 anos e direitos - esquerda nessa só conseguimos fazer isso que o brasil e é um milhão de esquerda por exemplo são aqueles tão grande seguinte olha talvez não tem nenhum conhecer racial no brasil mas pode ser que um dia venha ter isso é muito menor que a democracia racial no azul problema é que não temos condições
materiais em políticas para nos afirmar que haja democracia racial no brasil então veja então nós temos fazer uma transformação em criar um processo talvez até revolucionário no brasil para você pode impossível não tem sabe mas a partir da questão racial agora vejo em abril para ser uma célula produz essas perguntas do gregório ela produz também alguns elementos ou deletérios qualquer problema que elas afastam a possibilidade de discussão da questão racial então essa principal problema é você não discutir a questão racial no campo da educação e é um campo da educação por exemplo que nós temos
as maiores experiências de racismo nos relatos né inclusive nas três pessoais das minhas experiências pessoais é de racismo na educação na escola então assim eu acho que não a educação é que não tenha um assento crítico para questionar os isso mesmo a educação se colocar em jogo é o seguinte o quanto os processos educacionais eles não contribuem para a reprodução dos estereótipos do imaginário racista inclusive fala aqui na o thiago vou colar o campo do direito tá onde essas coisas acontecem com muita frequência já estava bom professor é a deixe sempre uma luta né é
incansável e muito a da água pelo movimento negro pela população negra é em geral é por representatividade no ambiente nos meios de comunicação e no ambiente corporativo nesta nação que tem 56 por cento da população negra e a minha pergunta é porque os ganhos econômicos associados a adversidade não são capazes a ver ter essa postura racista no ambiente corporativo é a uma nitidamente uma postura protecionista em relação a emprego os cargos a status a manutenção da da riqueza e o racismo ele é maior do que a vontade de ganhar dinheiro por parte das instituições e
na verdade na cara joice o existem certos atos camadas né da economia em que o racismo é um grande negócio essa verdade aqui em cima no ratinho nós estamos cansados de ver verde só olhar achar uma série de nulidades né é que é que ponte ficam muito no campo econômico local empresarial nós vamos ver se no brasil né o brasil que vem com uma modalidade né o os empresários a morte né assim que não tem nenhum compromisso com o brasil e só pensa em grupo então você veja que quando você tem um país que o
brasil atravessa um profundos igualdades um país em que o racismo ele não é objeto de discussão política em que há sempre uma série de barreiras que impedem os negros pede participar da construção de uma agenda pública o que agora não vai mais acontecer é esperamos e isso e o movimento negro hoje está fazendo isso a organização de maneira diferente para isso você vai ter que enganar agora assim se você pegar as grandes empresas que a gente aqui nos estados unidos olha que informação interessante jorge acho que vai te interessar bastante sabe que eu eu tô
aqui junto com professor de um frente né um projeto que nós estamos fazendo um artigo analisando toda a decisão sobre por inspiração simpatia iva e olhando também para a questão da de combustível nos estados unidos os pênaltis a juíza da suprema corte são já dei o connor ela relatou em 2002 um cara chamado brantz dashboard em que se discutiu a consolidação afirmativa só forma muito bravos fora um mês de eficiência econômica ou seja é o seguinte ação afirmativa é fundamental porque ela aumenta a crítica começa a nossa crítica e portanto ela faz com que se
aproveita os maiores talentos não se desperdice as pessoas argumentos que não é o argumento aquilo que a gente é uma posição mais um argumento de esquerda aumento de eficiência econômica e agora eu tenho informação você vai olhar na lista dos amigos dos amiticuri né seria daquelas pessoas que sustentaram posições favoráveis ação afirmativa se manifestaram na são existem várias corporações empresas defendendo ação afirmativa é então que eu quero dizer o seguinte existe um certo extrato dormir e fala que das empresas aos pés vocação ea sala e parece que não satélite pele em dinheiro quando eles não
trabalham por isso que a diversidade e por isso que não se pode quando chega assim a gente meio empresa né chega chega ao fim de novembro treze de maio as pessoas querem que elas vão ser um salário diversidade faz uma palestra e não vi joão pessoa sabe falar as coisas e graça como se isso não funcionar técnica se não fosse um trabalho que eu não trabalho muito difícil vocês gostem plantar pública de felicidade do mundo que acha que finalmente artista exige um esforço muito grande um trabalho muito branco uma coisa é burro eu queria ver
passou eu posso eu queria voltar até você falou agora novamente na mobilização do movimento negro eu queria voltar pensar isso nós história política a uma e aí você não sabe o movimento em um manifesto enquanto houver o racismo não haverá democracia no brasil e é um manifesto que coloca o racismo integralmente associado a uma agenda de direitos uma agenda de afirmação né é dessa do uma impossibilidade de um ambiente democrático enquanto agora racismo na sua opinião as esquerdas eo campo progressista que é quem sempre fracionalmente sempre abraçou essa agenda foi capaz de criar uma agenda
política onde a questão racial é seja um tema central e mais do que isso foi capaz também de criar espaços de protagonismo de pessoas negras e acho que poderia eu queria emendar essa essa pergunta é confiante água você é o seguinte emendando na pergunta da paula a uma crítica que se faz as demandas colocadas não só por negros mas foi por mulheres por homossexuais e essa crítica é feita inclusive pela esquerda de que ela abandonaria oi desculpa dividiria progressistas em vez de unilus é que a chamada pauta identitária inclusive citada pela vera no bloco anterior
eu queria saber qual é que você responderia essa crítica silvio eu thiago ainda quer assim só para complementar e aí também no campo no papel da esquerda especialmente dos campos de progressistas brancos da gente tem uma um dado importante que é a pouco investimento em candidaturas negras né dos um levantamento do globo mostrou que das candidaturas de 2018 é somente 24 por cento daquelas dos 11 maiores partidos foram de força investimento maior entre criaturas negras então e no campo progressista mais futuramente branco é que tem essas críticas à falta a pautas vitas bem estradas por
eles existe uma falta de investimento em candidaturas negras para sua viabilidade acho que é bom para a gente voltar na pergunta do preto zezé porque ele fez questão de dizer que não é que ele está com outro movimento negro afinal ele é um líder né do movimento nele ele só queria saber desse nesse aspecto o endereço sociais e políticas mais amplas de massa e claro assim o compromisso do presets movimento negro é um compromisso inarredável ela precisa é um dos grandes lutadores nós temos aqui no brasil eu entendi a pergunta dele sim mas eu queria
eu que responder de maneira mais ampla na escola de ser pergunta agora vamos lá a questão é atenção primeiro da paulo fala é assim olha só assim simples que eu fiz isso né o racismo é o que se infiltra nas inscrições e portanto a vigilância permanente a crítica ela tem que ter uma vez a pergunta sobre e nós é apesar de sermos contra o racismo será que nós não reproduzir na nossas práticas e nem conscientemente o racismo essa pergunta isso também nos partidos políticos a então esse é um ponto fundamental ver o choque boa parte
da pálpebra chamados das agendas dos partidos progressistas na redemocratização em volta também que foi sustentada em muito pelo movimento negro no final dos anos 70 lembrando tô lembrando que o e nenhum é só para lembrar lembrar os seguintes movimentos sociais movimentos sem-terra ela vem com ele não poder ser os mesmos que tô ali também então a gente um pouco meio que apagar um pouco aí só muito tempo seja esse movimentos sociais no geral que depois de 15 aqui encaixa na base dos partidos políticos eles são também uma expressão um forte movimento nem contei o que
sustenta a questão racial é também a demanda dos negros por saúde educação moradia em emprego porque a gente sabe então aqui tem um ponto importante agora ela tá dificuldade muito grande vende processo interno dos partidos de lidar com contra o racismo institucional e estrutural com lideranças negras e contato da raquel esse é um conto também importante a gente tem que entender então chato então partido que é que tá e também são sustentados por agendas estão agendas que se enquadram dentro de reivindicações históricas do movimento negro não significa dizer que nas organização interna sua apresentação eles
vão reproduzir por isso que eu digo representatividade importa só que ela não é suficiente para lidar com as situações assim então o segundo ponto agora pergunta do tiago à pergunta o thiago da zera ela pergunta sobre o chamado identitárismo é o melhor livro sobre isso para mim que tu conhece sim automatizar esse é um livro do autor chamado as aguarda né o espero que conhecer um amigo esse armadilhas da identidade quem que fica focado identidade não é esquerda extrema-direita tem que ficar falando américa para os americanos assim essas coisas supremo assista o wi-fi power quem
faz isso é a falta de estar com foco na identidade me é estranho e agora você tem o campo da esquerda esquerda muita coisa tá esquerda acontecer mais que dá liberal você tem que ser socialista você tem das pautas da esquina você tem também nos últimos anos principalmente últimas décadas uma sente também forte nas chamadas identidade agora é o seguinte uma crítica disse que era tu acha que é puro moralismo eo moralismo ficar dando seguinte eu só citei identidade quando as pessoas não fossem atravessados por isso e não fui por conta de uma série de
condições sociais e não tivesse que afirmar sua identidade o público como forma de existir então uma escada ou normalmente o partido progressista que for que não olha para que essas identidade um colono com a realidade que você descobrir as pessoas era tão identidade dela simone a teve dentro dessa discussão política tem várias perguntas aqui do irapuã santana do educafro do próprio gregório grisa sobre se você é a favor de cotas para preenchimento de e puras e o apoio falar de uma acção que corre no tse que você esteja juristas devem conhecer pedindo que metade da
cota feminina do fundo eleitoral vai para custeio de candidaturas negra se você também a favor dessa ação se acha que seria um ganho histórico um lugar assim é aproveita para cumprimentar pelo isso é é a pergunta é porque a responder à pergunta o tiago é fundamental portanto que nós do racine está naturalização do lugar do negro e o lugar do negro não é nas lideranças partidárias nas candidaturas não é então dele nós precisamos investir na representatividade negra é importante dos negros candidato ele é importante que haja representantes negros só que vejam para não cairmos na
armadilha da identidade e esse é o ponto uma candidatura negra ela é importante para os nervos e para o restante do país quando era sustentada por uma agenda política e aí eu volto também o que a paula falou atualizando negra por direito quando lança esse manifesto na minha concepção ela ela praticamente e coloca o debate racial como recolocou também 78 nos cabarés municipal e menino o ou seja agora o que está sendo dito não haverá no brasil democracia se não houver nenhum anti-racista inclusive por parte dos brancos e são ponto fundamental para entender o quanto
a representatividade é importante mais uma representatividade que esteja ligada a uma agenda pública uma agenda que tem que ser construída com diálogo democrático com todos os setores da sociedade porque não adianta a gente sabe que acontece colocar negro ali né em certas instituições que funciona para ter uma lógica racista serve apenas e tão-somente para reforçar o racismo para dizer o seguinte olha só aqui não tem racismo tem até um negro mandando e acho que a gente precisa sustentar a tuas negras como agenda pública construída assim com diálogo forte e a partir também das formulações históricas
no momento nele paulo para encerrar o bloco eu queria insistir no meu ponto que eu acho que a pergunta não foi bem formulado e eu não sei oi negra ator inclusive é muito importante essa essa questão da política né porque o próprio josé correa leite falava isso né que o movimento negro virou uma correria atrás do partido político e que me deveria ter o nego pt nega eu peguei take e pediu negro aí que a causa dos regra uma causa específica mas voltando um pouco quando eu digo que os alunos não compreendem o seu livro
é porque o seu livro é ruim e nem porque os alunos eu tô dizendo que eles são menos capazes mas porque o ensino é ruim eles são mal alfabetizados então quer dizer eu tô dando aula de filosofia para alunos do 1º ao 3º ano do ensino médio e eu sei a dificuldade que eu tenho se eu quiser fazer nos entender um terço do platão é um texto simples um diálogo de platão então o fato é que assim não é uma obra fácil de eu mesmo teve certinho que de enfrentar um empurrão com a melhor na
subida em alguns momentos então fica eu por exemplo ele ele fala muito bem com quem concorda com os pô o que quer dizer tem muitos pressupostos e tal então tenho mais coragem para poder mas e agora né vai coloca assim se as instituições são tão coisa tão coisas então coisa uma coisa aí fiquei assim tá bom cadê você não aí não teve e aí eu fico eu tive que enfrentar um uma pedreira filha mas o livro é muito bom mas eles não compreendem não porque são incapazes mas porque a situação da educação talvez os interessa
bom e aí por que que eu falei da frente negra porque a frente ele tinha um um trabalho amplo de alfabetização de educação e eles tinham também uma questão que eu acho importante cima que era de tirar o negro daquele lugar digamos assim de suspensão lá então por exemplo sujeito que a procurar emprego com a cantilena da frente negra as pessoas olhavam com aquele sol pa carteira da frente né então beleza você é um sujeito diferenciado né então eles tinham uma preocupação muito grande de tirar o negro desse lugar de ser sempre o suspeito sempre
e tem coisa então quero uma coisa que não se esperava do estado eles cobravam do estado a posição do estado deve ter então assim o que eu disse assim como é que a gente consegue compatibilizar isso porque na minha maneira de ver me parece que o movimento negro esqueceu essa parte dele tirar o jovem negro daquela situação de suspensão ajudá-lo a sair de lá ao mesmo tempo que ele se preocupe em criticar o sistema o estado ou que seja sim é eu eu acho seguinte a gente a gente não pode ficar uma concepção muito restrita
do que o movimento mesmo não tem um movimento nele outra coisa não se pode avaliar o que é o movimento nele e fora do contexto histórico a gente lá pra frente negro assuntos nega tá enfrentando os problemas são para nós tipicamente os anos 30 vejam que a frente venda está enfrentando a questão das fugas das por mim eu quero que muitas vezes se chama de políticas e respeitabilidade a grande questão é o desafio histórico foi enfrentado por muito h a força e coragem pelo movimento dele foi justamente pensar como era possível inserir um ele no
dentro de uma sociedade que agora se transformou profundamente do conta que consegue industrialização quando você pegar o movimento nele dos duzentos e cinquenta 60 70 a outra coisa se você pegar muito usado no final dos anos 70 né de redemocratização o desafio com o outro meu cara sempre acontece a gente só pode entender o movimento dele apareceu desafios históricos do movimento negro em frente e outra coisa não podemos esquecer o seguinte sabe que movimento nele os meus negro é a solidariedade que agora existe dentro das favelas para proteger a vida das pessoas olha só que
as pessoas estão fazendo movimento mesmo santo exposição movimento nele são os terreiros também a gente chama tá free cana então seja tudo isso só lugar de aprendizado de força de resistência não teve nenhum momento que o movimento mesmo com esse nome que se preze e sempre sempre prezou têm abandonado os jovens têm abandonado a sua para eu estou parece de formação de pessoas que devem encaminhar as vidas para o futuro independentemente do fato de que eles estão sendo constantemente ameaçados incluiu pelo próprio estado então assim o presidente negra pensa texto histórico e desafios que cada
um e cada uma das pessoas que compõem os movimentos deve ter que enfrentar determinado momento é só para gente bom então tá bom a gente volta já para o último bloco mas que vai ser estendido já deu esse spoiler da entrevista que você realmente já estamos de volta para entrevista com silvio almeida que neste momento ocupa o primeiro o 4º eo 10º assuntos mais comentados do brasil no twitter sílvia tem uma pergunta que é do alessandro os ativistas da o galismo e também da rosana pinheiro antropólogo a que está atualmente na inglaterra os dois perguntam
coisas muito semeares similares como se contrapor à extrema-direita que usa a internet as redes sociais para disseminar o seu discurso e a um discurso em muitos momentos é supremo assista assista etc como movimento negro pode se contrapor a isso também usando as redes sociais como uma ferramenta de mobilização anti-racista e olha essa questão eu posso responder essa questão tentando pensar em como este tipo de discurso ele era encontra terreno fértil né não necessariamente falando de tecnologia é uma questão sabe todo mundo agora a questão é a seguinte a pergunta a ela o que torna a
cabeça das pessoas um terreno fértil do terreno que faz com que essas idéias elas tenham elas têm um lugar para aparecer primeiro é o fato de que como já disse sentir é o fato de que nós naturalizamos achismo e nós também entendemos a pensar no racismo como se fosse uma questão que apenas os negros apesar os negros sabe combater portanto é fundamental que os brancos é preocupado com isso engajem na luta anti-racista porque sente os brancos participem diretamente o que os livros podem fazer apenas resistir dentro do processo mas nunca vão sair bom então a
debelar este processo então se processo que vai tá atualizando que vai filtrando e vai fazendo com que o racismo se torne um veículo fundamental para o exercício da violência da morte do ódio então é isso seja o aço estrutural ele cria o racismo né que é sempre estrutural ele vai criando as condições para que esses discursos produzidos por pela extrema-direita eles ganhem condições e se fortalecer e de naturalizar portanto esses projetos de morte destruição e só levado da capes precisa de combate à cabo flávia seu a um movimento feito por várias instituições que alguém com
a imprensa de nome da diversidade na oferecer espaço a mulheres anti-feministas o negros racistas não com essas pessoas não merecem um espaço nós somos múltiplos mas é que esses passos já são bem ocupados é qual que é a tua variação a briga política e para abrir a política isso veja é isso não faz também voltar a questão da representatividade eu não só que não é uma desgraça ela não se torna menos desgraça como você vai ficou colorida esse é um conto bom então é isso que eu quero insistir tratar nascido com sofisticação cálculo é tacococo
ele sempre foi tratado por pessoas que geralmente são desprezadas inclusive na academia porque eu quero voltar aqui aqui nesse espaço nossa senhora milton santos tchau tratar dessa questão tratava dentro do contexto muito maior nós fizemos da rosários que quando tratar essa questão particularidade americanidade somos aprendizes e tantas outras pessoas que eram montar isso quero voltar a palavra aniversariantes né de hoje né para o seu kabengele munanga e faz 80 anos então vejam que nós tão querendo colocar aqui é justamente o fato de que não adianta pensar a questão racial apenas no campo da mera representatividade
sem que isso implique também todo o estofo de uma agenda pública que vai além da questão da céu porque não tem a ideia da luta de racismo não é suficiente para reforçar as raças mas para superar é uma forma de classificação dos indivíduos arrastem ser superada nas próprias operar se reconhecer o que a raça é capaz de fazer na vida das pessoas o mal que que o racismo causa eu digo no raça matrícula e e organiza a realidade então aí de superação do racismo portanto não adianta simplesmente esse é um truque muito esse é um
pouco velho para induzir você colocar mesmos e alguns espaços simplesmente para dizer que o racismo ali não tem lugar quando na verdade um resposta na maior do racismo e da violência quantos meses aproveitando isso que você tá falando você é filho de um goleiro famoso do corinthians do barbozinha o futebol no seu entendimento e na sua vivência como um filho de um jogador ele é um espaço de superação ou de reprodução do ra cedo e é como como todas as instâncias da vida social futebol ele ele é um lugar de muitas complexidades dentro das quatro
linhas o jogo e tudo que futebol representa que era tive valer aqui de um de um termo usado por levantando-se mas ele vai ser o seguinte o futebol é um grande sintoma da nossa brasilidade o futebol é a forma que muitos de nós encontrou é para exibir todas as suas possibilidades e superação das dificuldades que o brasil estacionamos imposto agora vamos pensar na organização no futebol o que é estar eu sou filho de goleiro vejam que meu falecido pai nem não tem ideia de ser goleiro é uma ideia de 55 matizada desde a copa de
50 com barbosa eu já vi de muita gente que negros não serviriam para ser goleiro extensão durante muitos anos porque a gente falava aí sabe o que eu descobri quero que eu cheguei à conclusão que na verdade faltava o falta aos goleiro e os governos neles aquilo que é tido como quase natural nos branco sabe o que é confiança como é que eu posso confiar num negro e tem que confiar o goleiro mas ao mesmo tempo tem que confiar no técnico no capitão do time o árbitro e tem que confiar também na dos dirigentes então
eu falo futebol ele não é se encontra dentro das quatro linhas o futebol ea organização do futebol veja o papel que assista fazem relação ao racismo vejo os clubes como as em relação racismo eles ajudam a reproduzir cada vez mais a naturalização o racismo é fazendo simplesmente tem coisas quantos metros como construiu uma faixa sei no outro é esse é o mesmo tempo eles permitem que as pessoas entre tantos jovens os jogadores e os colegas também usar os controles especiais brancos ao invés de acompanhar o colega e sair de campo também eu chego eu não
forçar o sujeito fica lá então você preste então como o racismo é algo que o povo da prática esportiva vem inclusive o papel da imprensa esportiva também como reforçando esse estigmas tem ótimos e se abatem sobre os livros aula favor foi conversar sobre o meu pai se chamava atenção nos protestos após o assassinato do george ford nos estados unidos a quantidade de pessoas brancas protestando junto com as pessoas negras de muitas pessoas brancas proteção com as pessoas negras eu sinto que são demais que começa a ser feito aqui no brasil de uma maneira um pouco
mais consolidada então a historiador ali deixaram publicou um ensaio há duas semanas a professora de acho uma vem se dedicando ao assunto o livro da djamila ribeiro pequeno mal não de racista está no topo da lista de mais vendidos de não-ficção então está começando a fazer uma conversa sobre o papel dos brancos no combate ao racismo você falou isso eu queria que você falasse elaborado é mas eu acho que a gente tem ações que um gradiente muito variado de ações são desde pessoas que servem as suas redes sociais temporariamente para pessoas negras até pessoas estão
repensando as suas práticas de uma maneira um pouco mais estrutural e eu acho que essa conexão entre discurso e prática é algo que vem sendo pouco a pouco acionada queria que eu falasse um pouco você acha que os brancos tem um papel e qual é esse papel discurso uma prática e e mais ainda sem os brancos não é possível superar o racismo não somente os brancos também são até a são assim eu não quero me valer aqui das palavras é de mais ou menos achille mbembe quando ele fala quando ele traz transforme num é só
salão grande fetiche catra avelino enfim gramaticando né e que tem um papel fundamental na construção de uma reflexão sobre a questão racial e não só no nosso tempo é o seguinte a gente só consegue sair dessa grande noite juntos em direção um projeto então em termos de iniciativa prática acho que são várias coisas primeiro pensamos ser de às vezes eu acho muito interessante mas tão importante mais importante que você dê às vezes é fazer com que essas vozes negras que estiveram às vezes posso ter o seu próprio os seus próprios seguidores é isso é chamado
importantes porque assim a gente aprende uma coisa né nessa nas nossas tradições não sabe em outras coisas mais em e a gente é importante não só quando a gente é convidado mas quando a gente convida para nossa casa e o tempo por transportar a pensar o seguinte como é que essas pessoas brancos ao invés de se deu espaço as podem ajudar os meses a construir o seu próprio espaço e como é que elas correm juntas construir espaço que sejam comuns aí a gente vai para o outro ponto eu tô falando assim abstrato vai assim mas
a gente já pode pensar suas práticas a partir daí ou seja como é que a gente faz sua influência para pessoas que estão aí é muitas formas quando a gente pode ajudar essas pessoas elas terem um milhão 23 milhões 10 minutos seguidores quantas felipe neto pode ajudar a que uma pessoa também negra é um jovem mesmo e as várias vezes altamente inteligente mulheres negros que podem ter 10 milhões de seguidores também que podem fazer um debate público muito importante exercer um papel muito importante também nesse momento a gente só consegue combater o ácido isso é
fundamental desnaturalizando o racismo para isso a gente tem que saber transformar o discurso de prato porque todos os aquáticos é a galera de outro eu não tenho pensado é silvio a fala de espaço mas agora o espaço das idades ultimamente tem-se discutido muito o papel de estátuas e monumentos né como borba gato e outros que tem um passado é que remontam passado inclusive né de extermínio simulação de povos indígenas negros e negras no brasil e tem o mesmo tempo a gente tem um contexto de destruição e questionamento a própria nossa memória histórica né haja vista
a o apagamento de biografias no site zumbi dos palmares em tem da fundação então você tem essa discussão e mesmo as pessoas que choram pela por borba gato não é uma morte anunciada que não aconteceu ainda e não será mensalmente pessoas que choram pela oferecer apagamento da memória histórica de negros como que você vê essa questão dos espaços da memória histórica e inclusive também dos espaços públicos e monumentos o mais curioso que tem gente chorando para o status mas não é capaz de chorar quando morreu negro eu acho impressionante isso então acho impressionante é que
as pessoas querem que eu tenho mais medo de quem quer paralisar a história você isso essa revisionismo histórico aviso origem histórica justamente tentar impedir os pontos da história a publicidade publicidade tiago acho que a sua pergunta ela vai na direção que eu acho correto a cidade ela espaço político a organização da cidade é feita de tal sorte que as pessoas geografia espacial isso daí isso é feita de tal sorte que as pessoas entendam consolidar o conjunto do ponto de vista econômico desde a organização da cidade então você tem um monument dentro da cidade é uma
indicação de quem você quer que esteja ali a quem você faz diferença naquele espaço e como se dará também o processo de manutenção da memória na memória que deve ser preservada para gerações cultos você sabe que esse bate tudo sobre status tiram as spc interessante segundos tome muito interessante é um texto vai dizer o seguinte que muitas das status eu tô aqui no sul dos estados unidos músicas status dos confederados né e que foi e foram abertamente a favor da manutenção da escravidão lutaram pela escravidão elas são estátuas que foram deixadas sabe para que como
uma espécie de dog ou isso quer dizer apito de cachorro sabe foi deixado por uma forma dizer o seguinte já nós perdemos só chileno o seguinte você que vem no futuro saiba que nós sempre estaremos aqui as estátuas elas foram construídos inclusive muitas depois do período da guerra civil a justamente para deixar marcada a memória daquilo que deve continuar o seja defesa da escravidão e da supremacia branca no status a minha opinião elas têm que ser retirados porque o espaço público uma luta anti-racista tem que ser reconfigurado a história história do conflito então construir uma
estátua é uma político retirar a estrada também o ato político agora você não tivesse mente para podermos alugar para ver se a gente pode até significar esse lugar onde está onde é que a gente o que a gente pode estabelecer uma organização para deixar ele desde com o projeto político aceitado só tem um para mim aceitável batista democrático ao desenvolvimento econômico é esse desigualdade e portanto lado de saudade a reconfigurar também um imaginário social em torno da ocupação do espaço público civil uma colocação agora para o olhar do filósofo é pensando nas gerações futuras nas
novas gerações que tem uso das ferramentas digitais na com o uso das ferramentas digitais com mais acesso às informações e que lutam por mais acesso à informação é essa geração elas têm uma forma diferente de lutar e de construir um futuro mais emancipado e mais evoluído em relação ao combate uma das desigualdades e do racismo como as crianças de hoje que serão os adolescentes jovens os adultos podem se preparar de uma maneira mais estratégica para combater esse a destruição causada pelo racismo como as famílias podem contribuir para esse direcionamento mais estratégico efetivo nesse combate oi
joice vou responder como filósofo não faço a menor assim a gente agora sim eu não faço eu não faço a menor ideia mas também aprendi estudante observador olhando para ela não ela não é futuro para que a história ela possa trabalhar então não estou na esquina da escola e a abertura a abertura causa uma série de problemas em que a gente pode estabelecer um projeto e lutar para que o mundo seja melhor que esse jovens que vem aí a gente pode simplesmente usar essa abertura para aprofundar esse buraco esse orgânico na convivendo hoje então nós
estamos entre vendo mundo a nossa citado que vai depender de luta e não vai nascer espontaneamente elas pelo também viver no mundo da chrissy metz você um monte de valores então a pergunta seguinte nós vamos encontrar entregar por hobby você tivesse ligar para os nossos filhos nossos netos e já defender um projeto do vídeo e ele passa né a luta contra todas as formas de degradação da vida humana passa por uma luta mais uma vez não voltaram não existe hospital de pensar no futuro se a gente não pensar em como a gente faz para reconstruir
serviços públicos para dar para as pessoas a lente não existe santidade a gente pensa oi gente aceitar passivamente a degradação a precarização do trabalho isso é possível no mundo com esse então pergunta pergunta é uma outra pergunta aí tá com estiloso ou seja o que que nós vamos fazer para abrir as possibilidades para que a gente possa pelo menos e pode ser que nenhum de nós vejo o mundo com a gente espera que ele serve mas isso não traz importar essa porque nós temos que criar as condições para que as pessoas que vem depois de
nós para que elas possam ter em muito menor do que foi entregue para gente e esse é o nosso com pressa nossa luta o resto a gente não tem como saber a gente não tem como falar disso disso sem cair no apura de viação faz é isso o que importa para gente é a luta pelo futuro das gerações que vem depois de nós e esse é um belíssimo recado para gente infelizmente encerrar o nosso programa que eu agradeço tchau tchau silva almeida pela entrevista e também a joyce ribeiro a flávia flávia flávia lima desculpe a
paula miralha ao paulo cruz e o tiago untar e também o nosso paulo caruso agradeço sobretudo a você que esteve conosco até agora na tv nas redes sociais discutindo um tema tão vital a nossa sociedade eu peço desculpa por não ter conseguido fazer todas as perguntas que chegaram foram muitas foram muito generosos e elas vão ficar lá à disposição para que o silvio responda o brasil e o mundo só serão justos civilizados e desenvolvidos quando aqueles direitos fundamentais que eu escrevi lá no início deste programa forem asseguradas a todos é papel de cada um de
nós indivíduos e também na sociedade e das organizações agiram os para banir todas as formas de discriminação vamos juntos fiquem bem permaneçam em casa porque a guerra contra o coronavírus também não bom e até a próxima segunda-feira com mais um roda viva muito obrigado a