olá no vídeo passado a gente conversou um pouco sobre a educação brasileira no período colonial nós chegamos até o ponto no qual nós analisamos bem rapidamente sobre a educação no período junino entre 1808 e 1222 e ao final do vídeo passado nós vimos que até então a educação brasileira que se desenvolveu no período colonial não era uma educação estruturada do ponto de vista institucional e também é era uma educação voltada principalmente para os interesses da coroa e para os interesses da elite colonial que se formou nesse século no brasil porém nós vemos que a partir
de 1822 vai se dá a construção na verdade vai se dar ao processo de independência do brasil o brasil vai se tornar independente autônomo da coroa portuguesa e é porém é isso não significa uma ruptura com o seu passado na verdade todas as características de uma sociedade escravocrata uma sociedade elitista e uma sociedade excludente de grande maioria da sua população e intenso privilégio das elites ela vai continuar pós-independência no período que nós vamos chamar de período imperial período monárquico do brasil porém é a educação vai sofrer um processo de continuidade daquelas características anteriores mas também
vai passar por um processo de mudanças ou seja um processo histórico contraditório mas é que interessante observar também as suas nuances bom é o brasil se torna independente então da coroa portuguesa m822 m823 nós temos a assembleia constituinte para redigir a nova constituição a constituição brasileira e durante os debates da assembleia constituinte muito inspirado pelo pelos ideais da revolução francesa havia um conjunto de deputados que debatiam um políticas educacionais para para o brasil ou seja um debate e se ao estabelecimento e dentro da constituição um modelo político educacional para o brasil para o império brasileiro
mas também como vocês sabem é essa assembleia constituinte ela não foi para frente ela foi fechado sobre as ordens dom pedro primeiro porque ela questionava a autoridade do imperador é o ao contrário né a assembleia constituinte sobre inspiração liberal desejavam uma limitação dos poderes do imperador sobre o modelo liberal que começou a ser construído e constituído na europa dom pedro não aceito isso fechou a assembleia constituinte e alguns de seus deputados e no ano seguinte 1824 dom pedro i imperador ele curto ou uma uma nova constituição feita à medida dos interesses dele porém é dentro
dessa constituição de 1824 todo aquele debate é sobre a educação sobre uma política educacional brasileira ela não repercutiu nessa constituição ao contrário ela foi muito valho porém é interessante ver o que que a constituição de 1824 ela aponta em relação à educação primeiro ela defende realmente a necessidade da criação de um sistema nacional de educação ao contrário do período colonial onde em grande parte de sua história a educação ela não fez parte ou não teve uma política pública exata institucional é a constituição de 1824 a palavra da necessidade de um sistema nacional de educação de
uma política nacional para a educação além disso a constituição de 1824 palavras se de um ensino público para todos porém ficou nisso em 1827 houve um decreto imperial é complementar a constituição de 1827 esse decreto é por exemplo colocar no certinho o primeiro a necessidade de que todas as os municípios vilas e lugarejos do território brasileiro do império brasileiro deveria constituir as suas escolas de primeiras letras as escolas que a gente costumava chamar de escolas primárias o escola as primeiras letras do escolas elementares é para o processo de alfabetização e também não é instituía também
entre outras coisas o direito das mulheres a a a escola instituindo por exemplo escolas específicas não era as mulheres frequentaram a mesma escola que os homens mas as mulheres tinham direito só que teria que ser em escolas em separado não era turmas mistas vamos ver assim eram as escolas separados isso no decreto imperial de 1827 depois é em 1834 vai ter um ato adicional a constituição de 1824 esse ato adicional feito na época do período regencial vai estabelecer algumas mudanças no que insere vários assuntos entre elas a educação e ao adicional de 1834 vai estabelecer
uma característica muito importante que existe no brasil até hoje que é a descentralização desse tal sistema nacional de é que na verdade vai colocar que existe um sistema nacional de educação o que que essa de centralização esse ato adicional vai estabelecer que a educação elementar ea educação secundária ela não vai ser responsabilidade de um governo central mas sim vai ficar sobre a responsabilidade das províncias enquanto que o ensino superior os cursos superiores este sim ficariam sob responsabilidade do governo central ou da corte lógico que se a gente for ver alguns detalhes nem sempre essa de
centralização ela foi respeitada por exemplo a cor te criou no rio de janeiro um colégio secundarista que é o colégio pedro segundo resistente até hoje ao mesmo tempo a gente vai ver décadas depois dessa desse ato adicional a iniciativa de algumas províncias ou até mesmo de alguns estados é em estabelecer os cursos superiores então assim não foi muito respeitado ao pé da letra porém essa descentralização estabelecida pelo ato adicional de 1834 vai estabelecer um padrão um aspecto da educação brasileira que se mantém até hoje por exemplo um ensino base ficar sobre responsabilidade até hoje dos
estados as antigas províncias da época do império um é sobre fica sob a responsabilidade dos estados e dos municípios enquanto o ensino superior fica sobre a regulamentação ea a oferta por parte do governo federal tem o sessões estados a e até mesmo municípios oferecendo ensino superior e o governo federal por meio dos colégios federais oferecendo o ensino ensino médio por exemplo mas o padrão geral foi esse é um padrão que existe a bom e que começou lá mesmo no governo centralizado que era o governo imperial é estabelecer uma descentralização do ensino isso tem um caráter
político muito importante porque demonstra já em 1834 que o ensino elementar ensino inicial primeiras letras a alfabetização vamos ele assim já era deixa relegado a segundo plano na política imperial brasileira do século 19 principalmente na primeira metade do século 19 quando você transmite a responsabilidade desse nível de ensino para as províncias a gente está delegando das província inclusive províncias que não tenha a as condições minions de oferecer você relega para essas províncias isso significa que você não está assumindo uma responsabilidade nacional por aquele nível de ensino então é é uma e aqui acaba permeando até
hoje lógico com mudanças com paradigmas diferentes mas é um aspecto 15 uma se mantém até hoje lindo do século 19 então isso essa descentralização que nós vemos hoje é ou alguns resquícios até hoje ela vai se constituir formalmente a partir do ato adicional de 1834 bom é interessante analisar também que ao longo de toda a o império o período imperial período monárquico brasileiro de 1822 a1889 a gente vai ver que o ensino brasileiro ou a educação brasileira ela vai ser dividida em três níveis de ensino em três níveis quais são esses nomes é o que
nós chamamos de ensino elementar um ensino secundário e um ensino ou os cursos superiores e a gente tem que ter muito cuidado quando a gente fala o agente característica algum conceitua a esses níveis de ensino porque hoje nosso padrão é de níveis de ensino de férias ensina-nos é o ensinou básico e ensino superior o agente costuma pensar sobre as ensino fundamental ensino médio ensino superior à quantidade de de anos o período de cada nível e o papel e o caráter de cada nível são muito diferentes do que a gente de hoje com relação ao século
19 lojas tem que ter muito cuidado quando a gente fala ensino elementar ensino secundário eo ensino superior então vamos tentar explicar rapidamente o que seria esses três livros inseridos no período imperial no período monárquico brasileiro bom nesse período nesse século quando nós falamos em ensino elementar nós somos falando do ensino das primeiras letras o que a gente até um tempo atrás falava muito ensino primário ou seja que é a o processo de alfabetização da criança ou em alguns casos também do adulto mas é o processo de alfabetização e de introdução aos primeiros conhecimentos seja da
gramática seja da retórica seja da da lógica seja das ciências ciências naturais dos conhecimento das ciências sociais história geografia etc e tal mas volto a dizer quando nós falamos em cima alimentar é um processo de alfabetização letramento e a introdução aos conhecimentos primários da ciência e dos demais conhecimentos e isso seria o ensino elementar ponto dura no ensino elementar no caso específico do período imperial isso variava muito como não era muito bem regulamentado é poderia variar de um ano dois anos até 4 anos em alguns casos né é hoje a gente tem mais ou menos
uma ideia de 4 anos mas não havia uma regulamentação então o ensino elementar é baseado nisso como não havia olha só que interessante no século 19 é durante o período imperial não havia uma regulamentação que determinava um escalonamento dos níveis de ensino ou seja é para você chegar a um ensino superior você não era obrigado a passar por um ensino secundário não existe uma essa exigência por lei a mesma coisa é o ensino secundário para você se matricular em um colégio secundário eu vou passar para os estudos secundários o ensino secundário não era obrigado ou
não era exigido passar oficialmente pelo ensino elementar ou seja nos diferentes níveis não tinham exigências é ou pré-requisitos os pré-requisitos que existiam era dos conhecimentos é cobrados nos exames ou seja é para acessar o ensino superior por exemplo o curso superior de direito com bacharelado em direito que é muito comum no no brasil é não era exigido por lei você ter frequentado um colégio secundarista porém era exigido um exame cujos conhecimentos medidos era ofertado no ensino no ensino secundário a mesma coisa para você se matricular em um colégio secundário não se exigia é o passar
para o ensino elementar mas exigiam os exames os conhecimentos é oferecido sou trabalhados no ensino alimentar por que que eu tô dizendo isso porque isso levava o que o governo nesse sentido o governo ou o poder político do império e as províncias não se viam obrigados na oferta do ensino ou na oferta de escolas que acontecia muitas vezes as elites brasileiras é usavam muito de preceptores e tutores e professores particulares para introduzir os seus filhos no letramento eram alfabetizados dessa forma introduzido aos conhecimentos básicos ao uma introdução básica os conhecimentos gerais é ou seja sem
precisar passar por uma escola ofertada pelo poder público a determinados grupos sociais intermediários é faziam assim ba a fazer assim compartilhar os cursos de um professor particular e formavam um turno sou escolas para que seus filhos pudessem estudar cujo custo era compartilhado entre algumas famílias é havia escolas públicas vamos ver assim existiam mas eram muito poucas muito poucas e muitas vezes pela baixo orçamento porque eram relegadas ao segundo plano a educação né é um baixo orçamento embaixo financiamento é com a desvalorização do professor do docente com políticas e não formação de docentes com 9 uma
regulamentação para definir o que é docente de fato é um as escolas públicas quer vir umas poucas escolas públicas que haviam não tinham a qualidade necessária e mesmo assim era um poucos que tinham acesso essa escola é que não era não era paga na escolas públicas então assim e é na verdade o ensino elementar ele acabava sendo muito negligenciado pelo poder público e iniciativa privada ou nesse caso os interesses privados se aproveitavam da situação então as as elites as famílias é privilegiadas usava ou de professores particulares preceptores o world formavam as escolas particulares compartilhando seu
custo vamos era assim o seu financiamento o mais interior eu já falei aqui várias vezes em escolas e por em volta dizer no século 19 todo o período imperial a palavra escola ela tem um sentido diferente do que hoje nós conhecemos como escola hoje quando nós falamos escola nós já imaginamos aquele prédio da instituição escolar nós já imaginamos é um conjunto de salas um ordenamento de um grupo de professores com a direção coordenação é um parte vamos dizer assim crianças das mais diferentes é anos e séries seja só num nível de ensino ou dois níveis
de ensino ao mesmo tempo na escola então a gente tem muita essa visão de uma escola é a instituição várias salas várias turmas mas uma organização interna porém quando nós falamos em escola no século 19 é escola é ato e é uma turma de alunos com o professor é o que hoje nós falaríamos de uma sala só que no século 19 essa escola como nós vemos como um conjunto de salas um conjunto um corpo docente uma hierarquia organizacional uma estrutura é uma estrutura de organização e não existia no máximo existir nos colégios secundaristas mas quando
nós falamos em escolas nós estamos falando de turmas isoladas e cuja responsabilidade é de um professor dentro dessas turmas isolados dessas escolas poderiam ter alunos de diferentes idades ou diferentes níveis de instrução mas era uma turma isso vai ganhar sentido quando nós somos estudar a educação na primeira república a partir de 1889 1894 e a gente vai ter sentido mas é importante a gente tem essa noção de que quando nós falamos em ensino elementar e escolas o século 19 não são só um de turmas isolados bom o ensino elementar era mais ou menos funcionava dessa
forma o decreto imperial de 1827 no ponto de vista pedagógico vai defender de forma institucional o uso de um método pedagógico que nós chamamos de método lancasteriano ou o método do muito a lista que que significa isso é é um método que se vai se desenvolver na inglaterra sobre condições diferentes lógico que do brasil mas que vai defender por exemplo que o professor ele não vai dar aula para uma sua turma diretamente e uma forma de otimizar a existência de um professor de vários alunos e fazer com que mais alunos sejam trabalhados para o único
professor a branca seriam defende que um professor ele vai trabalhar com conjunto pequeno de alunos e esses alunos próximos do professor é que vai trabalhar com um conjunto maior de alunos ou seja um processo de ensino no outro que vai passando de uma cadeia para outra vamos dizer assim com isso um professor poderia trabalhar com turma de 100 150 alunos o único professor no qual ele trabalha diretamente com um conjunto menor de alunos esses esses esses alunos vão reproduzir é para os demais e isso se desenvolveu muito na inglaterra e foi trazido para o brasil
por que do ponto de vista financeiro é extremamente vantajoso porém isso necessita de uma estrutura isso necessito de um professor é muito bem formado e conheço método que consiga supervisionar esse tipo de trabalho e isso necessita também de investimento é e isso o brasil não tinha o governo imperial ele não é institui por meio do decreto de 1827 esse método lancasteriano porém não investe por exemplo em prédios em uma estrutura física em formação de professores ou seja é por ser sol no método lancasteriano que já avisava esse processo de alfabetização é em massa de forma
reprodutiva é sem a ação direta do professor sobre o conjunto geral dos estudantes no brasil a gente não vai conseguir nem de fato ter sucesso nesse por falta de uma estrutura então nós podemos questionar não sou um método mais aplicação do método no brasil mas isso é esse método lancasteriano ela vai ser muito presente no brasil é principalmente no ensino elementar ofertado pelo poder público até por volta de 1879 1880 bom então ensino elementar o brasileiro baseado era mais ou menos baseado nisso e o ensino secundário como funcionava o ensino secundário brasileiro ele não tinha
um caráter independente olha só que interessante caráter independente no sentido do que é não há um objetivo específico ou não havia desculpa não a vemos um objetivo específico para o ensino secundário o ensino secundário ele vai se desenvolver no brasil no século 19 como um preparatório para um ensino superior é um estudante em estudava num colégio secundarista objetivando o ensino superior um curso superior no caso muitos cursos de bacharelado em direito né os para se tornar um bacharel quero uma moda na entre a elite intelectual social econômica e política no brasil a então assim você
se você não tinha o objetivo de chegar ao ensino superior um curso para você não fazia o ensino secundário você não havia sentido em frequentar um colégio secundário estão muito para a grande maioria da população conseguia ter acesso a um tipo de ensino no caso elementar ele parava por aí por que não fazer sentido ir para o fim do secundário então no ensino secundário ele tinha um caráter que nós falamos de propedêutico ou seja preparatório ele não tinha um sentido próprio mas ele preparava para o ensino superior quem oferecia no o nível de ensino no
brasil é de acordo com a tradicional de 1834 a oferta o a responsabilidade desse nível de ensino acabei as províncias então algumas províncias começaram a criar os seus colégios secundaristas principalmente objetivando a preparação da sua elite regional solyte provincial para o ingresso no ensino superior olha só escolas públicas mais com a política de formação das elites é a corte em como comentei um pouco antes ele criou sobre a responsabilidade no assim de um governo federal mas o do governo imperial né tem um do governo central o colégio pedro segundo no rio de janeiro em 1837
é que vai ser mas vai ser muito famoso a até hoje não colégio importante no rio de janeiro que é um colégio federal hoje e o colégio pedro segundo ele vai inclusive vai se transformar numa referência para todos os outros colégios secundaristas os poucos colégios secundaristas que vão se espalhar pelo pelo país porém mesmo esses colégios secundaristas é sobre o poder público ou sob a responsabilidade do poder público das províncias não vão dar conta então também vão surgir colégios secundaristas particulares vamos ver assim diâmetro privado principalmente ofertado por pela igreja católica por ordens religiosos como
por exemplo jesuítas que vão retornar ao brasil o século 19 mas também outras ordens religiosas que o woofer tá não constitui os seus seus colégios secundaristas particulares sempre naquela ideia de preparar o estudante para o ensino superior então é lembrando muito limitado também é uma coisa importante para gente citar a reforma leôncio de carvalho d1879 que importante a gente fazer uma referência foi uma reforma bastante avançada só que não durou muito tempo porque uma coisa importante a gente é tem mente que muitas vezes surgem legislações que visa resolver determinados problemas ou avançar um determinado processo
um interesse no caso a educação porém ela encontra resistências na prática uma delas uma desses casos um dos exemplos é a reforma leôncio de carvalho de abreu d1879 é uma reforma que vai por exemplo defender ensino livre que significa o quê que nem o poder público no estado é teria a autonomia de interferir na na educação das escolas sejam elementares ou dos colégios secundaristas é institui a por exemplo o ensino de qualquer matriz em casa ou ofertado por qualquer matriz religiosa qualquer religião ou grupo religioso ou seja no brasil é imperial ligado profundamente a igreja
católica tendo catolicismo como religião oficial é tendo o regime do padroado no qual o imperador faz parte da hierarquia da igreja católica no brasil ou seja qualquer educação ela estaria ou uma educação ofertado por uma região essa religião teria que ser a religião católica uma ordem religiosa católica qual a reforma d1879 vai permitir um ensino é ideologicamente livre ou seja outras religiões vão poder ofertar como por exemplo os presbiterianos que vão começar a estabelecer no brasil ou aço os seus colégios suas escolas a partir desse período ou até mesmo um ensino laico de tendência positivista
vão começar a se estabelecer a partir de 1879 ou seja é essa reforma vai permitir uma certa liberdade não apenas pedagógica mais uma liberdade de tendência política ou religiosa na educação brasileira é bem diferente daquela mais fechada do ponto de vista da igreja católica e é além disso a reforma leôncio de carvalho vai vai permitir por exemplo a o direito para quem ex-escravos escravos possam ser alfabetizados também um ter por instituições públicas ou seja havia limitações a a escravizadas a frequentar a o ensino a escola o terem serem alfabetizados né e agora a reforma leôncio
de carvalho permite isso ou perfume só permitir lógico que uma coisa é lei outra é a sua efetivação na prática e a gente vai ver que a reforma leôncio de carvalho que em que inclusive vai que é vai ter chamar o método lancasteriano e vai defender o uso do método intuitivo é não vai ter muita materialidade na prática até o fim do império brasileiro em novembro de 1889 mas foi importante para iniciar esse debate sobre a educação na a rádio do século 19 de tornou-se muito presente é o debate educacional nos jornais da época nas
rodas de conversa da dos setores é mesmo nas elites mas começa a se debater a educação no império é principalmente no sentido de projeto de nação e quando ele fala de um projeto de nação de um projeto societário independente se tem uma visão a letícia um projeto elitista um projeto popular a educação lá ganha centralidade neste debate público vamos ver assim então a porém muitas vezes elas se esbarra em interesses muito privados interesses das elites é por isso que a gente vai ver que muitas vezes a gente tem um projeto educacional avançado mas muitas vezes
eles não se encaixam na prática devido a esse conflito de interesse bom então um ensino secundário tinha esse caráter oi e o ensino superior brasileiro bom o ensino superior brasileiro é era baseado no século 19 no chamados cursos superiores isolados por exemplo tinha faculdade de direito que foi criado no final da década de 1830 é por decreto imperial em são paulo em recife inclusive ela de são paulo é a faculdade de direito do largo são francisco que famoso até hoje existente até hoje incorporada à usp 1831 em 1934 vão cirúrgico é cursos não só de
bacharelado mas nem mais outros cursos superiores no caso medicina pelo país mas é um curso isolados porque o modelo de ensino superior existentes no brasil no século 19 e na verdade até às primeiras décadas do século 20 não era um modelo organizacional ao estilo universitário é baseado em cursos e faculdades isoladas o engraçado que o brasil só vai ter sua universidade ou vai adotar o modelo universitário no brasil a partir da década de 20 da década de 30 do século 20 e não no século 19 bom fora algumas exceções como a faculdade de direito em
são paulo a faculdade de direito do recife algumas outras faculdades isoladas é todas as demais que eram pouquíssimos no brasil pouquíssimas eram faculdade de cunho privada por um particular porque isso porque mesmo com investimento público o interesse das políticas educacionais que se efetivaram na prática era para formação de uma elite social econômica política e burocrática administrativa tão mesmo de iniciativa pública era para formar a a tradutora do país tão é a oferta desse tipo de ensino não só o secundário mas os superior era muito limitado limitado as elites então quem fazia faculdade que principalmente a
faculdade de direito né que era moda naquela época era uns filhos da elite é que tinha como papel assumir a administração por isso que o direito era um curso muito famoso muito procurado no brasil nesse período porque ele não é um só formava de um o advogado vamos ver assim transformava aquele que assume o papel administrativo além disso muitos jornalistas é bacharéis em direito administração pública é o ou seja o funcionalismo público da máquina administrativa muitos eram formados em direitos e até políticos que participavam do sistema político do império e até mesmo depois na república
eram formados em direito era um bacharéis em direito o curso muito procurado pelas elites a auto elite elite intermediária brasileira nesse período estão no ensino superior a baseado nesses cursos isolados e não universidades então de certa forma nós podemos resumir esses três níveis de ensino como é que por exemplo era o existia por exemplo aqui no hoje nós temos ou falamos de ensino técnico na verdade o ensino técnico que nós temos hoje é que o ensino de nível médio de ensino médio que nós temos hoje ele vai ter suas origens lá no século 19 também
só que o ensino técnico vamos ver assim do século 19 ele tinha um outro caráter e era um caráter correcional ou seja é jovens por exemplo os órfãos os abandonados os marginalizados é a forma de civilizar esses jovens a margem você tinha que ensinar algumas técnicas de trabalho ou seja ele tinha um caráter correcional é inclusive moralista né na sociedade ao mesmo tempo ele cumpriu um papel importante que é formação de determinados profissionais é ea formação de uma mão de obra ou de uma força de trabalho especializada para inclusive participar do mercado de trabalho o
mercado produtivo brasileiro que se configurava a partir do século 19 lembrando que no século 19 no brasil é uma sociedade discreta o prata é a sua principal força de trabalho escravo na sua principal atividade econômica que era a atividade agroexportadora é que na segunda metade do século 19 passa ser tendo como principal produto café usava-se do trabalho escravo do trabalho havia a escravização de empate a fonte da população brasileira então a população negra brasileira então a era uma sociedade escravocrata porém ao mesmo tempo se viu a necessidade da formação de trabalho especializado por exemplo o
ferreiro o por exemplo o carpinteiro por exemplo o artífice que trabalha com o aço eo ferro e me desculpa por exemplo quando a gente vê um casarão do século 19 uma mansão palácio do século 19 posso as arcadas com sua estrutura com seus são gradeadas quem faz aquela estrutura quem faz aquela aqueles arcos aquela sacadas aquela grade aqueles portões é necessário alguém para poder fazer isso até então não fez o colonial ou nos primeiros anos o império é muitas vezes essa arte doce artesão que trabalha essas técnicas era passada de geração a oração por meio
do aprendiz porém isso era muito limitado à medida que a sociedade brasileira se desenvolvia inclusive se desenvolvido o ponto de vista econômico torna necessário a criação de espaços é de ensino que se ensinava essas técnicas por isso que no século 19 o pessoalmente na segunda metade do século 19 vão surgir os famosos as famosas escolas e liceus de artes e ofícios onde é esse jovens que eram tirados da marginalidade órfão usou que não tinha muito espaço vamos ver assim social e econômico eram colocados para trabalhar era um livro de ensino interessante era porém a elite
não vai assumir o papel de ser esses artistas que vão receber esse ensino esse tipo de trabalho vamos ocupar esse mercado trabalho porque eu trabalho no brasil uma sociedade escravocrata sem foi é menosprezada há 14 ou para as classes subalternas para as classes subalternas então vai se começar a formar uma força de trabalho livre é especializada mais baseadas nessas classes subalternas então os primeiros liceus de artes e ofícios é vão se constituir nesse período com objetivo de formar essa força de trabalho eu gosto de citar por exemplo quem conhece são paulo a pinacoteca do estado
que fica ali na região da luz em são paulo ela vai surgir como um liceu de artes e ofício tô sim é um nível técnico é mais ou menos baseado nesta ideia e que vai se desenvolver ao longo das décadas depois ao longo dos séculos até hoje no ensino técnico que nós temos hoje lógico sobre um outro caráter sobre o outro projeto mas aos seus primeiros passos vão surgir assim lá no século 19 a mulheres como eu disse para vocês no é de 1827 é teve o direito de chegar a ter acesso à escola mas
na ponte vista prático poucas mulheres tinham acesso ao ensino mesmo no ensino privado seja no ensino do âmbito particular porque nós vivemos numa sociedade patriarcal uma sociedade machista onde o papel relegado a mulher era o papel na dona de casa ela forma de pensar na época principalmente das elites não havia muito sentido a mulher ser alfabetizada ou ter uma profissão outeiro um conhecimento avançado então muito pela visão machista era colocado para isso então e quando começou a surgir a possibilidade de ensino as mulheres muitas vezes esse muito ligado à formação do ideal da mulher das
elites né a dona de casa a provedora do bem-estar da família não do ponto de vista financeiro um dos costumes etc e tal então era muito limitado o acesso da mulher porém lógico vai haver exceções se vai haver mudanças ao longo do tempo chegando ao ponto que no século ao longo do século 19 vai ver iniciativas de uma formação mais avançada para mulheres tanto que no final do século 19 já na virada do período imperial para república a gente vai ver por exemplo as primeiras mulheres chegando ao as faculdades de direito ou as faculdades de
medicina assim com pêndulo vamos dizer assim certos limites que existiam principalmente limites morais limites culturais que existiam naquele período aí ficou só fala na formação de professores e as mulheres bom vamos por partes no caso específico por exemplo como que funcionava a formação de professores ou formação de docentes no brasil as primeiras escolas que vão o seda dedicadas à formação desses professores vão ser acionadas as escolas normais que vão começar a surgir inclusive a partir do decreto o ato adicional de 1834 vão começar a surgir principalmente sobre a responsabilidade das províncias a formação de professores
ensino elementar ficou sob responsabilidade das províncias então começaram a surgir as escolas normais por isso que até hoje quando a gente fala em normalistas a gente faz referência ao magistério ao antigo magistério então vai surgir as escolas normais e forma muito precário por exemplo os critérios de ingresso as escolas normais muitas vezes é saber ler escrever e contar não havia uma exigência curricular é a escola normal por exemplo não ensinar não tinha uma preocupação curricular mas não tinha uma preocupação pedagógica a não ser a o domínio do uso do e em alguns casos do método
lancasteriano mas assim era muito precário tanto que muitas escolas normais que surgiram entre as décadas de 30 e 40 da do século 19 elas não vão ter vida longa vida mais avançada salvo algumas exceções a muita dessas escolas como por exemplo escola normal de são paulo vai intercalar momentos desistência como um momento de suspensão de suas atividades devido à baixa procura devido ao baixo orçamento o investimento nesse tipo de formação era muito limitado por mais no caso por exemplo é importante que é saltar até a mais ou menos a ao longo do século 19 até
mais ou menos 1880 nesses 90 a profissão docente no brasil era uma profissão masculina olha só que interessante a gente tem uma ideia que que a profissão docente no brasil era sempre sempre foi feminizada ou seja é cuja maioria fosse mulheres isso vai ser uma realidade sim a partir do final do século 19 pessoalmente só república ou nos anos finais do império mas até então é essa questão no brasil eles realmente masculinizado a primeira turma ou a primeira escola normal que vai aceitar a presença de mulheres nos cursos de formação de professores mas sem são
paulo escola normal de são paulo a partir de 1876 aí sim vai ver um processo de feminização da profissão docente inclusive é porque as mulheres não se aceita esse tipo de trabalho a partir desse período principalmente porque vai a mulher vai começar ocupar a vida pública não iria se o mercado de trabalho mas a vida pública porém a um ensino a a educação vai ser vista como um tipo é muito ligado ao trabalho ou ao papel da mulher em casa a o papel materno provedor moralmente missionário ou seja vai me ligar muita ideia de professora
mãe a mãe que cuida a professora que cuida então o processo de feminização da profissão docente que a gente vai observar no final do século 19 está muito ligado à construção desse discurso em torno da própria profissão docente então a gente vai ver aí a inserção da mulher na na formação desses produtos que vai ser uma característica muito forte ao longo do século 21 profissão cuja até hoje é de maioria de mulheres principalmente no na esfera do ensino básico então gente é lógico a aula de hoje o vídeo de hoje ele não entra em vários
detalhes o mais importante que a gente vai conseguir só entender a partir das leituras nas obras dos historiadores da educação mas a ideia do vídeo de hoje foi mais fazer uma uma introdução rápida de alguns alguns aspectos básicos da educação brasileira no no império no período imperial se eu peço para que vocês façam os leitores a partir do que a gente comentou aqui no vídeo e no próximo vídeo a gente vai trabalhar a a educação brasileira no período da primeira república ou seja nos primeiros 30 40 anos da república brasileira entre o final do século
19 e as primeiras décadas do século 20