QUAL O PLANO DE TRUMP? | Professor HOC

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Professor HOC
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Video Transcript:
Olá, pessoal. Tô aqui para falar com vocês hoje sobre os últimos capítulos da história das tarifas, do tarifaço. O último vídeo que eu fiz, eu expliquei o tarifaço. A semana inteira passou, aconteceram muitas coisas, coisas bem importantes, graves e arriscadas pra economia do mundo, pros Estados Unidos. E ao longo da semana eu falei desse assunto, principalmente na quinta-feira eu fui no Market Makers o podcast e ali ao vivo eu comentei: "Hoje é domingo, dia 13 e eu tô aqui para fazer um resumo de tudo isso que aconteceu, né, nessa última semana. Eh, domingo passado eu
expliquei para vocês um pouco, eh, estrinchei um pouco da questão do tarifá, suas inconsistências, o que, na verdade não era uma busca por eh equiparar ou implementar reciprocidade tarifária, mas sim para não ter eh déficits com ninguém, a tal da tabela. Esse foi o vídeo da semana passada. Passou uma semana, aconteceu um monte de coisa e hoje eu quero falar do resto. E acho que um ponto que merece ser endereçado aqui é qual é o plano do Trump, supostamente o que ele está imaginando, qual é a base dessa história toda e todo mundo eh que
tem aquele apoio incondicional, eh irrestrito, inabalável em relação ao Trump e diz: "Não, ele tem um plano". E e sim, ele tem um plano e o plano foi exposto, o plano tá sendo exposto. Então, eu quero falar do plano para que a gente possa debater se o plano faz sentido ou não e para que todos entendam, afinal de contas, qual é o plano. Eh, então vamos lá. Eu quero dividir esse vídeo, eh, basicamente em quatro partes. A primeira parte é o diagnóstico do problema. Por que que o plano foi desenhado? O que tem de errado
na economia do mundo? O que está acontecendo? A segunda parte é sobre a necessidade, eh, o imperativo de se tratar desse problema, se buscar uma solução para esse problema. E a terceira parte é sobre o remédio, né, ou a proposta, o tal do plano do Trump. E a quarta parte é como o plano eh estaria sendo implementado, que seria a forma. Então, primeiro a gente precisa entender qual é o problema, porque se precisa de um plano tem alguma coisa errada. Segunda parte é eh isso precisa realmente ser tratado. E por que precisa ser tratado? Por
que esse problema precisa ser resolvido? Eh, quais são as implicações desse da manutenção desse problema ou deixar esse problema como ele tá? Se é que existe um problema, claro, mas isso eu vou falar na primeira parte. E a terceira parte, aí sim, o remédio. Qual é o remédio para lidar com esse problema? E isso tem a ver com especificamente entrar mais no detalhe sobre o plano do Trump por trás do tarifaço, por trás de tudo que ele tem feito em relação eh a tarifas. E a quarta parte é essa, como que ele está fazendo isso?
Como que esse plano tá sendo colocado? Qual a maneira? Quais são as estratégias usadas para que isso aconteça? Óbvio que assim, eu fico falando desse assunto e talvez eh para muitos isso não fique claro, mas não tem como eu explicar um assunto dessa complexidade em um vídeo de meia hora, 40 minutos ou 1 hora, ou 3 horas que seja. Isso é fruto de meses, anos de estudo para qualquer pessoa que quiser compreender no detalhe com plena e completa eh consciência. de todos esses fatores que se misturam e um afeta o outro. Por isso que várias
das minhas falas em certos momentos elas vão vão parecer, podem parecer para quem não entende do assunto eh contraditório ou picado ou não fez sentido. Não tem como eu explicar do bá, do zero a tudo que tá acontecendo no mundo eh em um vídeo. Existe isso. As informações sobre essa história inteira, elas são picadas porque elas pressupõem e elas necessitam de premissas básicas que talvez nem todo mundo que esteja assistindo eh tenha essas premissas ou essa compreensão profunda eh de comércio internacional, de política econômica, de jogos estratégicos, de negociação, de geopolítica e todos os assuntos
que estão conectados e ligados com essa história. aqui que eu tô falando para vocês ou tenho falado e o tempo todo. Então assim, isso é só um disclaimer, né? É só uma tentativa de, olha, gente, eh, se você não tá entendendo, você assim, ou você vai me perguntar ou você tem que ir atrás da resposta sozinho, mas você isso tem muitas camadas de conhecimento colocado aqui. Eh, isso me parece óbvio, mas enfim, eu sinto que é necessário que se explique isso, porque eh eu vejo que as pessoas eh não entendem muitas vezes o que está
sendo dito. Vamos da primeira parte, que é o problema. Então, o mundo tem um problema. Qual é o problema? Eu já falei isso em muitos podcasts, em muitas falas minhas. Talvez não esteja claro para todo mundo, nem organizado. Qual é o problema do mundo? comércio internacional, a economia internacional tem um grande desequilíbrio. Esse desequilíbrio é causado por eh políticas protecionistas, não tarifárias. Isso é muito importante, porque toda essa discussão da tarifa recíproca, eh, ela base, ela parte da ideia de que alguém está impondo tarifas contra os Estados Unidos. E sim, existem muitos países que têm
tarifas, mas eh o problema maior da economia do mundo hoje não gira pelas tarifas colocadas por certos países, mas por outras medidas protecionistas que não são tarifas, são subsídios, eh são questões estruturais internas de cada economia, são mecanismos de incentivos, são transferências de renda de um setor da economia para outro são eh a criação de uma capacidade industrial massiva, eh muito superior a que o país consegue consumir, uma série de coisas eh diversas que causam eh essa proteção e esse desequilíbrio. Então, é, não dá, e não, por isso que não faz sentido o Trump falar
em reciprocidade tarifária, porque os outros países que estão fazendo ou criando esses problemas com a economia do mundo, eles não estão criando isso na base das tarifas. Existem vários países que impõem tarifas e protegem as suas economias com tarifas, mas a a o grosso desse problema que eu estou começando a descrever para vocês não tem a ver com tarifas. Vamos lá, então. Qual é o problema? O que que tá acontecendo? Eh, alguns países, e veja, isso não é um problema que só a China faz. Eu vou usar mais o exemplo da China, porque a China
é o maior de todos, é a segunda maior economia do mundo, eh a maior força comercial hoje no mundo. Então, olhar para a China é um exemplo mais simples e mais fácil, mas alerto, não é só a China que faz isso. Inclusive economias desenvolvidas e avançadas, como Japão, Coreia do Sul e Alemanha também fazem isso. Outro ponto importante para todos entenderem, não é só a China que inventou, eh, se não é só a China que faz, não é só ela que inventou, eh, e se beneficiou deste modelo de desenvolvimento econômico. outros países ao longo da
sua história, inclusive os Estados Unidos, já usou esse tipo de estratégia para se desenvolver. O Brasil também já usou. Eh, em algum momento os países, o próprio Japão usou, eh, e alguma medida ainda usa. Eh, ao longo do tempo, os países abandonaram eh este modelo e seguiram para um outro modelo mais sustentável. Esse modelo ele ele não é só positivo para o país que adota, ele no fundo mostra fraquezas daquela economia, daquele país que tá adotando aquilo, porque é uma incapacidade dele sair da situação que ele se colocou. A situação colocada é você ter um
grande setor produtivo, você ter uma economia que ela é mais sustentada pelo setor de manufatura, pelo setor industrial e um consumo muito baixo. Isso é causado por diversas situações. Eu já falei disso em alguns vídeos, em muitos podcasts, principalmente transferência de renda daqueles que mais consomem, que são os indivíduos, as famílias, para o setor produtivo. você subsidia ao setor produtivo as custas do indivíduo. Então você tira o dinheiro do indivíduo para as empresas poderem criar eh grandes fábricas e com isso a produção desses países que fazem isso se torna muito mais barata. sendo mais barata,
ela vai ter um acúmulo eh e uma um excesso de produção e ela vai produzir muito. Normalmente, como a economia produz muito, ela tem que consumir essa produção internamente. Ela pode até vender uma parte para fora, mas ela não pode depender que tudo que ela produz tem que ir para fora, uma grande parte para fora. É isso que tá acontecendo com a China e com outros países superavitários. Eles produzem demais e eles não consomem internamente o que eles produzem. Eles não têm a capacidade de consumo. E eles não têm porque o governo tirou basicamente de
um jeito simples, de explicar o dinheiro das pessoas e transferiu para as empresas ou para as estatais eh produzirem mais. Isso deu certo. Fez a economia da China crescer demais, fez a economia da Alemanha crescer demais. Mas isso tem um limite, porque você vai est sempre dependendo que outros países de fora absorvam todo esse excesso de produção. Você produz um monte de coisa, só que a sua população não consegue consumir, então você tem que arrumar uma outra população para consumir isso. Quem são os países que vão consumir isso? Países deficitários, países que têm déficites. Por
que que eles têm déficites? Exatamente. Porque eles estão comprando comprando dos outros e eles estão comprando porque o produto dos outros é mais barato. Normalmente quando o produto dos outros é mais barato, numa economia aberta de livre comércio, capitalista, com a lógica da vantagem comparativa funcionando, eh, plena e de verdade, o produto do outro é mais barato porque ele é mais produtivo, ele é melhor, ele faz aquilo melhor. Só que não é bem isso que acontece no mundo hoje. o produto do da China e é mais barato, não é porque a China é só mais
produtiva, é porque existem essas distorções causadas por medidas de política industrial. Política industrial acaba sendo política comercial também. Uma política industrial afeta o comércio internacional. Então, uma política da China de desenvolver o seu setor industrial vai acabar afetando o comércio internacional, porque a China vai produzir demais, vai produzir supostamente mais barato. Supostamente não, mais barato, mas não mais barato porque ela é mais competitiva e sim porque ela criou uma política específica para ajudar essa competição. É artificial, aquilo não é natural. E aí sobra pros países, eh, que são as economias mais avançadas, receberem e consumirem
tudo isso. Eu já disse que tem quatro países no mundo que consomem eh que são grandes deficitários, que consomem e recebem eh todo esse dinheiro que sobra desses países superavitários. Porque quando você é um país superavitário, porque você tá produzindo demais, você não tá consumindo muito, se você não tá consumindo, então você tá poupando. Então, China, Alemanha e outros tem alta poupança. O país tem muita poupança. E aí ele não tem como gastar esse dinheiro internamente, porque não adianta mais ficar jogando mais dinheiro dentro da sua própria economia se não tem o consumo. O que
eles vão fazer com esse dinheiro, esse excesso de poupança? eles vão transferir essa poupança para outro país. Óbvio que se você é um país pobre, eh, e você precisa de dinheiro para investir, alguém trazendo dinheiro pro seu país é muito bom. Mas se você já é uma economia avançada, como é os Estados Unidos, como é o Canadá, como é o Reino Unido e como é a Austrália, esse dinheiro e principalmente aí eu tenho que ressaltar os Estados Unidos, esse dinheiro ele vai entrar direto para o quê? para criar eh déficit na economia. E é isso
que acontece, exatamente isso que acontece, desemprego eh ou endividamento dos consumidores nos Estados Unidos. Vejam o excesso de poupança que existe na China. E esse excesso de poupança existe porque o governo distribuiu mais dinheiro, alocou, transferiu o dinheiro dos consumidores, que são aqueles que poupam menos, eh, gastam mais para o setor privado e o setor governamental. O setor privado e governamental tem um excesso de poupança, onde ele vai jogar esse dinheiro nos mercados com maior liquidez, com eh mais garantia, mais segurança, que são os quatro países anglofônicos. Dos quatro anglofônicos, que é Canadá, Estados Unidos,
Reino Unido e Austrália, os Estados Unidos é o maior de o maior de todos. Isso significa que os Estados Unidos consome a maior parte desse excesso de poupança gerado por esses países superavitários. Esse excesso de poupança entra nos Estados Unidos e como os Estados Unidos não precisa eh não falta investimento, os Estados Unidos tem capacidade de investimento, as empresas americanas têm muito dinheiro em caixa, eh enfim, já é uma economia avançada e tal, eh uma parte pode até ir pro investimento americano, mas uma grande parte, a maior parte desse dinheiro acaba indo para criar eh
um dinheiro fácil eh que vai virar déficit, que vai virar dívida, porque tá chegando dinheiro, tão te dando dinheiro sem parar e não tão estão querendo juros, não estão querendo nada de você. Então você recebe dinheiro que nem louco, o que que você vai fazer? Você vai gastar esse dinheiro. Isso é um incentivo pro governo americano ter déficit fiscal para ele gastar mais do que ele arrecada. Eh, os Estados Unidos pode então virar e oferecer corte de impostos e ao mesmo tempo que ele tá baixando a arrecadação, ele tá ao mesmo tempo também ganhando mais
dinheiro, porque esse dinheiro tá vindo de fora. Então, ele consegue cortar imposto e o governo gastar mais. Veja, isso cria um déficit, né? Se você eh arrecada menos porque você cortou impostos e você ao mesmo tempo eh gasta mais, e você gasta mais porque tem alguém te financiando, que é um dinheiro que tá vindo de fora, que na verdade é um dinheiro do suposto consumidor chinês, do indivíduo chinês, da família chinesa, que tá ficando mais pobre para financiar um déficit do governo americano, pro governo americano cortar impostos e gastar mais com a sua população. Essa
é uma das consequências. A outra consequência, essa é a consequência dos def deficits. A segunda consequência é um endividamento do consumidor americano. Se o consumidor americano é o grande consumidor eh desse excesso de produção chinesa, ele ele precisa desse dinheiro e esse dinheiro tá entrando nos Estados Unidos e ele tá se endividando. Eh, essa é uma segunda um segundo problema para um país deficitário eh como os Estados Unidos. Então os estados, o terceiro problema, né, antes de eu seguir aqui, é desemprego. E aí, eh, muita gente fala: "Mas pera aí, o nível de desemprego nos
Estados Unidos não é o mais baixo eh da história quase e sim, é o mais baixo, mas tem um desemprego específico numa área, num setor específico, que é qual? O setor industrial, o setor da manufatura. Exatamente porque esse setor está perdendo para o setor chinês. Se o setor chinês tá sendo subsidiado, tá sendo ajudado pelo governo e ele é mais competitivo artificialmente, o setor de manufatura americano vai atrofeando, vai fechando, porque ele não tem essa ajuda do governo deste jeito. E aí ele fica menos competitivo, todo mundo compra da indústria da China, a indústria americana
vai fechando e ela para de produzir as coisas dentro dos Estados Unidos. Então, sim, existe um desemprego setorial e justamente num setor importante que eu já vou falar dele, explicar porque que ele é importante e explicar a controvérsia ou a discussão que existe sobre esse raciocínio. Isso é no meu segundo ponto. Eu ainda tô identificando para vocês o problema do que está acontecendo no mundo, na economia do mundo. No segundo ponto, eu vou endereçar eh por que esse problema precisa ser encarado de frente e resolvido. E é nesse ponto que eu vou trazer a explicação
eh da preocupação eh do da questão ou do setor eh industrial americano se atrofiar ou a desindustrialização americana acontecer. Vocês sabem que eu morei muitos anos fora do Brasil e foi uma experiência transformadora, enriquecedora e te muda como pessoa, te abre muitas oportunidades profissionais, te faz enxergar o mundo de um jeito diferente. E eu sei que tem muita gente que tem esse sonho, mas não sabe como materializar, como é que eu vou conseguir um visto, como é que eu vou ter a cidadania, como é que eu vou mudar de país? E realmente isso é difícil.
Mas se eu disser para vocês que existe uma empresa que te ajuda a chegar lá, a ter esse caminho para morar em outro país, essa empresa se chama Você Europeu. Eu estou aqui na Europa, em Portugal, tô muito impressionado com o país, muito receptivo, tudo bonito e não tem o obstáculo do idioma, que normalmente é uma barreira, né, para você mudar de país. E a você europeu, ela te ajuda a você ter cidadania, autorização, visto para morar na Europa, seja em Portugal ou na Espanha ou na Itália. É muito seguro, é muito fácil, eles são
muito profissionais, eles te ajudam, criam um grupo de WhatsApp com você, é tudo simples, vão te ajudar a encontrar um melhor caminho. Ah, é um visto, não é a cidadania, da maneira melhor para você realizar esse sonho de morar fora. Dá uma olhada, contactem a você europeu que o seu sonho pode virar realidade. Mas voltando pro problema geral do mundo, então tá, então você tem uma questão estrutural aonde a economia da China e de outros países, ela foi construída de uma forma para ela crescer rápido, deu tudo certo, agora não está dando mais e ela
está desovando, fazendo dumping, eh jogando todo esse excesso de dinheiro, de poupança e de mercadoria barata nos Estados Unidos. Isso causa esses três problemas que eu expliquei para vocês. Desemprego nos Estados Unidos, endividamento dos das pessoas, das famílias americanas e déficites americanos, déficit fiscal e déficit comercial. Ou seja, eh, isso não é sustentável para a economia americana e nem para as outras economias deficitárias do mundo. Como eu disse, os quatro maiores, eh a eh países que absorvem todo esse excesso de poupança são os anglofônicos. E esses países recebem cerca de 80% de todo eh de
toda a poupança excedente do mundo. 50% mais ou menos vai só pros Estados Unidos. Aí o resto fica dividido entre os outros países. Eh, isso vai criando um problema ainda maior para os Estados Unidos na questão do câmbio, na questão da confiança do dólar, na questão do seu desenvolvimento econômico, em questões estratégicas profundas. Veja, então esse problema tá colocado. Como que você resolve isso? Eh, o problema ser resolvido precisa mudar a estrutura econômica dos países superavitários. Eles precisam parar de produzir em excesso e não consumir nada do que produzem. Você tem que forçar o consumo
desses países a aumentar. Fazer isso não é fácil. requer um grande choque econômico nesse país. Eh, quando os Estados Unidos fez isso ou o Brasil fez isso, você teve colapsos econômicos. Certamente nem a China e nem do nenhum dos outros países superavitários quer fazer isso rapidamente. O Japão está num processo de fazer isso há 20, 30 anos e agora ele começou a ser um pouquinho deficitário, mas ele ainda não conseguiu equacionar, reequilibrar a distribuição da sua economia entre o consumo e a produção. Vejam, eh, então não é simples. Querer forçar a China a fazer isso,
eh, não vai acontecer do dia pra noite, porque isso é contra os interesses chinês. Apesar que do ponto de vista estratégico, no final das contas, isso é uma vulnerabilidade para a China e é do interesse dela que ela resolva. Mas resolver isso não é simples nem fácil, leva muito tempo você ter que lidar com interesses enraizados de grupos que ao longo dos anos se beneficiaram demais com essa história toda e por isso eles não vão querer ceder. Eh, as indústrias, eh, os governos locais, as estatais chinesas não vão querer parar de receber esses incentivos todos.
não vão. E elas vão brigar por isso politicamente, elas vão fazer lobby, elas vão fazer pressão, elas vão eh se proteger. Eh, esses incentivos não conseguem, não podem ser desfeitos do dia paraa noite. Por isso que não é simples de virar e falar assim: "Vou resolver a raiz desse problema". E aí, eh, esse problema é de extrema gravidade para a economia do mundo, para os Estados Unidos, para a China também e para todo mundo. Ele é um problema muito sério. Então, acho que tá claro o problema aqui, né, gente? Eh, o livre comércio, ele não
tá funcionando como ele deveria, porque ele não é bem livre. E e não ele não é bem livre na sua maior parte, não é por tarifas, mas é por questões estruturais de da economia, do jeito que a economia de certos países está construída e desenhada, principalmente a economia dos países superavitários. Este problema eh foi descrito pelo Trump e pela equipe econômica dele. E aí eu tenho e todos nós devemos reconhecer um acerto pleno e total. A identificação do problema, eh, o diagnóstico do problema pela equipe econômica do Trump e pelo Trump está absolutamente correto. Nota
10. Acertaram em cheio. O problema existe, ele é real e ele é exatamente deste jeito. Tá correta. Trump está corretíssimo quando ele aponta, quando ele decide falar desse assunto. Eh, e isso nos traz pro segundo ponto. Esse assunto precisa ser endereçado agora. Esse problema foi criado hoje, ele já não existe há um tempão? Sim, o problema existe há um tempão, mas o problema vem se agravando e o problema tá começando a tocar numa área estratégica muito relevante. Como eu falei para vocês, os Estados Unidos têm perdido emprego, mas não no geral, mas e sim num
setor específico. E esse setor é o setor industrial. Qual é a diferença? perder emprego na indústria ou perder emprego no setor de serviços. Toda a indústria é o setor mais estratégico para uma nação. Isso não quer dizer que uma nação tenha que somente funcionar do setor industrial, porque se ela fizer isso, ela vai criar o desequilíbrio que a China vive hoje, aonde ela tem baixo consumo, eh, e grande produtividade. Você precisa ter produtividade, mas você precisa ter consumo também. você precisa ter um setor de serviços avançado. E isso é um sinônimo e um sinal de
que a sua economia evoluiu e avançou, mas você não pode chegar num ponto de que o seu setor industrial e de manufatura encolhe demais. Hoje os Estados Unidos têm a como porcentagem do seu PIB vindo do setor industrial e de manufatura muito muito eh abaixo da média global. A China tem muito acima da média global, a Alemanha também, a Coreia do Sul também, os Estados Unidos está muito abaixo. Isso é muito ruim para os Estados Unidos. ele não tem que estar tão acima quanto a China, senão ele vai acabar se tornando uma espécie eh eh
vai criar um desequilíbrio interno, mas ele não pode estar tão abaixo. Por que que eu digo isso? por duas razões. A primeira, do ponto de vista econômico, o setor industrial, ele é o setor capaz de entregar o melhor resultado econômico, o maior crescimento, eh o maior retorno por capital investido. Você montar uma fábrica, você precisa colocar muito dinheiro ali, mas aquilo eh os custos fixos daquela fábrica vão sendo diluídos ao longo dos anos eh e eles não aumentam. Então você vai ganhando uma uma produtividade, um retorno pelo capital investido muito superior a outros setores da
economia. O setor industrial de manufatura, ele também é um setor aonde você eh tem uma linha de produção que ganha padronização. Padronização te permite ganhar escala. Quando você ganha escala, você consegue também obter um retorno de produtividade maior do que se você tiver uma atividade que cada atividade é feita de um jeito. No setor dos serviços, quando você vai atender um cliente, você vai falar com uma pessoa, cada conversa é de um jeito específica. Você não pode criar uma replicação. Claro, tecnologia tá tentando criar isso com inteligência artificial atendendo as pessoas, mas não é igual
a você montar uma fábrica, uma linha de produção que você tem produtos iguais feitos repetitivamente com a aplicando tecnologia naquela linha de produção, automação, eh padronização, repetição, tudo isso vai te trazer um retorno econômico maior. Tem outra questão econômica. Normalmente a questão industrial tá intimamente conectada com avanços tecnológicos. Com isso você avança tecnologicamente e a tecnologia é uma fronteira do desenvolvimento econômico que te leva para um lugar muito melhor, porque não dá para uma economia continuar crescendo se você não tiver o avanço tecnológico. É isso é uma dos fatores que traz desenvolvimento econômico. E os
avanços tecnológicos não vêm normalmente da área de serviços, vem da área industrial, de uma fábrica. Eh, então economicamente faz todo sentido você se preocupar com isso. E aí tem um segundo ponto que ele é estratégico. Do ponto de vista eh geopolítico, você ter uma indústria, ela é absolutamente necessária para você continuar sendo uma potência militar. Se você não fabrica mais aviões, mais tanques, mais submarinos, mais navios, como que você vai entrar numa guerra? como que você vai ter um exército? Como que você está preparado para produzir os eh munição, os materiais necessários para, em última
instância, um confronto militar? Você precisa ter uma base industrial construída, alocada, colocada, funcional, entendeu? Você precisa de tudo isso. Se a sua indústria está atrofeando e desaparecendo, geopoliticamente, você tá ficando muito vulnerável. Além disso, a indústria normalmente carrega áreas sensíveis e estratégicas, como semicondutores. Se você precisa de semicondutor e você não produz eles no seu país, eh, claramente num conflito militar com eh exércitos e forças militares extremamente tecnológicas, você não vai ter o componente fundamental disso, que são os chips. Eh, você vai ter uma desvantagem, o país vai estar numa desvantagem. Tem um autor, eu
citei isso no podcast do Market Makers, que é o Paul Kennedy. Ele é um grandeor autor e ele escreveu esse livro aqui, The Rise and Fall of Great Powers, ah, que é ascensão e queda de grandes potências. E nesse livro, o Paul Kennedy eh tem um seguinte argumento. Esse não é o único argumento, mas esse é um dos argumentos importantes eh que determinam o que vai fazer uma nação ser uma superpotência, uma grande potência. Você precisa de uma grande economia industrializada, uma indústria forte. A indústria forte vai te dar avanços tecnológicos. Esses avanços serão transferidos
paraa força militar. A indústria forte, ela vai te dar desenvolvimento econômico, porque eu acabei de explicar como e desenvolvimento econômico vai te dar dinheiro para financiar um exército forte, uma indústria forte vai te dar a capacidade de você construir os equipamentos necessários para um eventual conflito ou para uma guerra, os equipamentos militares que você tem que produzir dentro do seu país. É, o argumento do Paul Kennedy diz que para você ser uma grande potência, você tem que ter uma indústria é pujante. E se é o problema do que tá acontecendo no mundo está deixando os
Estados Unidos sem indústria, isso é muito grave do ponto de vista geopolítico. E aí, então a segunda, a conclusão desse segundo fator, a análise desse segundo fator é a seguinte: está acertada a preocupação do Trump em endereçar este problema? E a minha resposta é absolutamente acertada. é muito necessário, crítico que os Estados Unidos enderecem este problema. Então, o Trump está corretíssimo em prestar atenção e mobilizar e a sua equipe econômica pensarem nisso. Está certo, totalmente certo, que nem no diagnóstico. Diagnóstico totalmente certo. A necessidade de tratar disso e querer resolver isso, totalmente certo. Vários presidentes
americanos olham para isso e sabem que é um problema complicado, não fazem nada, não sabem o que fazer, não é fácil, não tem uma solução simples. Então, ter a coragem de tentar tratar disso também está correto. Agora eu vou seguir pra terceira parte desse vídeo, que é explicar então qual foi o remédio adotado, qual é o plano do Trump, o que que ele quer fazer. para tratar desse problema que é sério e imediato. Ele acertou no diagnóstico, ele acertou na iniciativa, ele acertou no remédio. Não, ele errou bastante no remédio que ele está adotando. Por
quê? Porque esse remédio ele é muito complicado, é muito difícil de você achar o remédio certo. Ele tem que ser feito com muita cautela. Eh, e aí a gente vai entrar na forma. Eu não vou me adiantar porque esse é o quarto ponto do vídeo. Eh, vamos seguir aqui. Então, qual é o remédio, qual é o plano do Trump? Plano é o seguinte, ele quer copiar um acordo que foi assinado em 1985, que se chama Plaza Accords, foi assinado num hotel Plaza em Nova York. Por sinal, o Trump acaba comprando esse hotel, depois vai falir
e tal, mas o acordo leva o nome do hotel de Nova York. E esse e esse acordo é o seguinte, você tem eh o que a gente pode chamar de G5, são as cinco grandes economias da época se juntam, que é Alemanha, eh Japão, França, Reino Unido e Estados Unidos se juntam e chegam num acordo para que esses países ajudem a desvalorizar o dólar, porque o dólar está muito valorizado. Isso está prejudicando as exportações, a indústria americana e está causando muitos déficites nos Estados Unidos. Maravilha. Parecido com a história de hoje, correto? Sim. E naquela
época deu certo. O acordo foi assinado e esse acordo dizia então que esses países tinham que ficar desvalorizando o dólar, ou seja, valorizando a sua moeda em relação ao dólar para o dólar se desvalorizar. Como isso foi feito de uma forma artificial, com uma intervenção ou com outros mecanismos, isso não alterou a estrutura da economia naquela época, não mudou. E por que que o dólar estava valorizado? Aí a gente tem que entrar num outro ponto importante de como a economia do mundo funciona. O dólar é a moeda internacional, a moeda de reserva do mundo, a
moeda que o mundo inteiro usa para tudo. Isso dá para os Estados Unidos um status privilegiado, mas ao mesmo tempo cria alguns fardos. Ser a moeda internacional não é só lindo e maravilhoso. Os déficits existem também em parte porque os Estados Unidos fornece o dinheiro pro mundo. E é exatamente isso que o famoso dilema de Triffing ou paradoxo de Triffing explica. Ele diz o seguinte: "O mundo precisa de dólares para funcionar, porque essa é a moeda que todo mundo usa para comercializar". para investir, para guardar, para uma série de coisas. E aí, quem é que
vai fornecer esse dinheiro? O único que emite esse dinheiro. Só tem um país que tem a casa da moeda para emitir o dólar. Esse país é os Estados Unidos. Então, os Estados Unidos tem que emitir dólares para todo o mundo e aí ele vai distribuir, fornecer dólares pro mundo. Quando ele faz isso, né, essa necessidade que o mundo tem, todo mundo quer comprar dólar e aí o valor do dólar aumenta. Só que conforme o valor do dólar aumenta, o déficit comercial e fiscal americano vão aumentar. E por que que é um dilema ou um paradoxo?
Porque ao mesmo tempo que os Estados Unidos estão fornecendo a moeda do mundo, porque todo mundo quer comprar, ele vai se endividando. Ele vai se endividando porque ele não consegue vender os seus produtos para fora, porque com a moeda valorizada o a produção americana fica mais cara em comparação aos outros e aí ele não vende eh a sua indústria. Com o mundo buscando dólares, entra dinheiro toda hora do resto do mundo para comprar ativos em dólar. Ou seja, o resto do mundo tá disposto a financiar, comprar um ativo, comprar um treasury, que é um bond,
né? E esse bond é uma dívida americana. Estados Unidos tá vendendo uma dívida não pagando nada de juros, quase nada. Uma dívida que ninguém, você não tem retorno. Mas então, por que que você põe o dinheiro ali? Porque é o lugar mais seguro. Veja que importante essa parte. É o lugar mais seguro do mundo para você botar o seu dinheiro. Ah, mas eu não vou ganhar nada e vou deixar o dinheiro ali. É melhor você deixar ali ser seguro do que você botar sei lá onde e você ter o risco de perder tudo. Então as
pessoas e os países acabam botando dinheiro nos Estados Unidos. Como fica entrando muito dinheiro dos outros, você tem um dinheiro a custo baixo. Isso vai facilitar com que os americanos tenham um déficit fiscal, porque ele pode cortar a arrecadação. Por quê? Porque ele recebe um dinheiro muito barato do resto do mundo. Então ele não precisa pagar uma dívida alta. Ô, tô recebendo um dinheiro barato, deixa eu descontar o imposto da minha população para ela gastar mais e consumir mais. E ao mesmo tempo eu eh consegui girar minha economia com esse dinheiro do resto do mundo.
Isso vai criar, isso é um dos fatores. Não tô explicando todo, gente, de novo, parênteses aqui, né? Ah, não é só isso. É claro que não é só isso. Eu não consigo explicar. Vou demorar 10 anos explicando para vocês todos os elementos envolvidos na criação de um déficit fiscal. Eu tô eh raciocinando sobre uma parcela, uma fotografia dessa história inteira de um jeito eh de uma fazendo uma síntese para que a gente consiga terminar isso daqui. Mas vamos lá. Eh, então o que que tá acontecendo eh com essa entrada de dólares? E é isso que
o paradoxo de Triffin explica. Quando você é a moeda internacional e a moeda do seu próprio país, você vai acabar criando déficits. Quanto mais dívida você tem, mais os outros países vão começar a ficar desconfiados. Apesar dos outros países colocarem o dinheiro ali e eles estarem colocando o dinheiro ali, estar criando essa essas dívidas, esse ou esse endividamento, isso vai corroendo a confiança no dólar. E por isso que é um paradoxo, por o dólar existir, faz todo mundo ir atrás do dólar. Mas todo mundo ir atrás do dólar faz com que o dólar fique e
arriscado, porque ele vai começar a ter um endividamento muito alto. O dólar, a economia americana é um paradoxo, não tem como sair dele. O, a solução proposta por alguns como Kanes é que você simplesmente abandone que a moeda internacional seja moeda de um país. Bom, e aí tem uma discussão dentro dos Estados Unidos interessante. Eh, os Estados Unidos tem que abandonar o dólar? Tem gente nos Estados Unidos que acha que sim. Eh, outros setores e grupos acham que não. Do ponto de vista geral, genérico, eu não tô dizendo que não exista argumentos positivos pros Estados
Unidos abandonar o o dólar. Existe sim, mas existem eh do ponto de vista geopolítico da imagem, o dólar perder o seu status de moeda internacional vai fazer os Estados Unidos ser percebido como um país em decadência e em franco colapso, ou seja, vai levar os outros países a quererem quererem testar a posição dos Estados Unidos de potência hegemônica. Eh, então não é muito simples. Os Estados Unidos até pode escolher sair dali, mas tem que ser escolhido e tem que ser feito do jeito que os Estados Unidos quiser. E claramente essa escolha, mesmo que seja feita,
vai trazer certas desvantagens para os Estados Unidos. Eu tenho um vídeo aqui no canal que é a geopolítica do dólar, um e dois. um é mais histórico, o dois é um pouco mais detalhado e técnico. Eu sugiro que vocês assistam esses vídeos para entender melhor essas questões do dólar. Apesar de eu não entrar nessa questão aqui e do abandono, né, do dólar, eu falo um pouco o que que outras nações, o que que precisa, que que uma nação precisa ter para ser a moeda internacional. Eh, o fato é que os Estados Unidos pode deixar de
ser essa moeda, pode, ele resolveria parte desse problema, só que ele vai perder. Só que se ele continuar sendo a moeda, o dilema de triffing, ele continua cada dia maior, cada dia mais forte, mais intenso, mais problemático. Isso é muito complicado, eh, é muito difícil eh pros Estados Unidos gerenciar eh essa dívida imensa. E isso tá afetando e estragando um setor crítico geopolítica geopolítico, que é o da industrialização, que é do setor industrial. Percebam? Todas essas questões aqui, elas não são respostas simples, elas são temas intricados, né, e temas eh estratégicos que quando você escolhe
resolver uma ponta, você vai perder em outra. Eh, então não dá só para olhar um raciocínio óbvio e falar assim: "Ah, então fez isso, aconteceu aquilo". Eu tô tentando fazer isso de novo, de uma forma simplificada para ter começo, meio e fim. Eh, então o dilema de Triffing diz que você precisa resolver essa questão estrutural. E aí, eh, como que os Estados Unidos resolvem isso? Um jeito de resolver o desequilíbrio com a China é simplesmente abandonar a de a o status de ser a moeda internacional. Essa é uma solução, mas essa solução o Trump não
quer. Ele já disse e ele eh ele ameaçou os bricks se eles começarem a usar uma outra moeda que ele vai retalhar, que ele vai sancionar, que ele vai impor tarifas, que ele vai fazer uma série de coisas contra esses países. Claramente o a escolha do Trump não é deixar o dólar de ser a moeda internacional. E aí começa o problema do remédio adotado. Se a escolha dele não é essa, é uma contradição. Ele não pode querer que o dólar seja a moeda internacional ainda e querer que o dólar se desvalorize. E o plano dele,
que eu tava explicando aqui para vocês, é replicar o acordo do Plaza, que era um acordo aonde todo mundo fez a moeda americana se desvalorizar. Mas essa essa essa esse acordo só durou 2 3 anos. Depois a estrutura econômica que fazia a moeda americana se valorizar, ela continua intacta. Então foi uma foi um remédio paliativo que não resolveu, não tratou a origem e a causa do problema estrutural. Ao não tratar a origem e a causa, o problema voltou depois. Na verdade, o problema tá aí há todos esses anos, desde lá até agora. Tanto que o
problema é o mesmo. O problema é um dólar eh valorizado, uma moeda forte. Eh, o problema é são os déficits americanos, o fiscal e o comercial. E esses déficits, eles criam eh uma desindustrialização, que é uma área estratégica. Percebe? Essas coisas estão encadeadas. Então, não dá pro Trump ter as duas coisas. Se ele realmente quiser acabar com os deficits, ele vai ter que perder o status de moeda internacional. Ele pode fazer um acordo paliativo, temporário, como foi os acordos, o acordo do Plaza e depois teve um outro do Luvre, eh, que durou 2, 3 anos.
Mas isso não vai resolver a raiz do problema. Para resolver a raiz do problema, ele teria que endereçar os países superavitários. Para ele conseguir fazer isso, ele precisa trazer os países deficitários pro lado dele. Quais são? Reino Unido, Canadá, Austrália, talvez até alguns outros, como México e outros países, sentar com eles e combinar tudo isso e falar assim: "Olha, nós vamos forçar os países superavitários a não trazer mais o dinheiro deles para cá, não conseguir desovar essas coisas aqui." Uma das maneiras de fazer isso, que não é só com os produtos, mas com é com
a poupança, você taxar eh os países investirem no dólar. Se você fizer isso, você vai penalizar o mundo inteiro. E se investir no dólar, você custa mais, né? Eh, você tem que pagar um imposto para isso, eh, começa a dificultar e aí o dólar deixa de ser uma moeda tão atraente. Aí a gente volta pro tal do dilema. Se você quer resolver o problema, você não pode ser a moeda internacional. Para ser a moeda internacional, você tem que ser atraente, você tem que estar disponível, você tem que ter uma conta corrente aberta, você tem que
ter um fluxo de entrada e saída de dinheiro. Você não pode criar barreiras, bloqueios. Criar um imposto pros países obterem dólar é um bloqueio, é uma barreira, é um entrave. Isso não vai, isso isso diminui a atratividade do dólar. Eh, por onde você for, você vai ficar sempre preso ao mesmo dilema do trifing. Eh, quanto mais atraente a moeda, mais déficits ela cria. E aí esses problemas todos voltam. Então, eh, o acordo do Trump se chama Marago Accords, que a ideia é juntar com os países do mundo e falar assim: "Olha, eu ofereço proteção para
vocês, eh, segurança e acesso ao meu mercado se você ajudar a desvalorizar a minha moeda". Estruturalmente não mudou a questão econômica. Então você pode fazer isso, isso poderia dar certo por 1, 2, 3 anos e depois eh ia voltar pior ainda, como já aconteceu no passado, porque esse problema ele é recorrente, ele vem de muito tempo, porque aonia do mundo está estruturada desta forma que eu tô explicando. Veja, eh, tem outras questões preocupantes nessa história. você usar as tarifas como uma ferramenta para eh conseguir que se desvalorizem a moeda americana, não vai dar certo, porque
tarifas fazem a moeda americana se valorizar. Por quê? Porque quando você empoe uma tarifa, os americanos vão comprar menos importados, porque os importados estão mais caros. Quando você eh bloqueia essa saída de dólares, né, para daqueles que estão comprando, né, usando o dólar para comprar alguma coisa, você vai acabar fazendo o seguinte, você vai criar escassez de dólar. E aí quando tem menos dólares em circulação, né, no mundo, porque tem menos americanos comprando coisas do mundo, você vai acabar eh fazendo com que o valor do dólar suba. E isso não é o que o Trump
quer. Isso não é o que o que a economia e a estrutura do comércio internacional precisa para resolver o problema que eu identifiquei no começo, que é o quê? Um dólar valorizado. O dólar valorizado porque eh todo mundo quer botar o dinheiro dentro dos Estados Unidos porque ah a China subsidiou o o seu setor produtivo e todas essas coisas. Então não tem, você não consegue sair dessa situação sem você abandonar alguma coisa muito valiosa. Uma maneira é você criar uma regra no comércio internacional com a Organização Mundial do Comércio, com os países deficitários, anglofônicos e
outros, numa aliança com os Estados Unidos que vão impor para os países superavitários que eles não podem ser mais superavitários. E você vai forçar eles então a ter que adotar essas medidas. Quando o Bratton Woods foi desenhado, que aí estabeleceu o padrão dólar atrelado ao ouro e o dólar virou a moeda internacional e todas as organizações internacionais financeiras foram construídas de OMC, GAT, eh eh Banco Mundial, FMI, os Isso foi proposto, o Kes propôs isso, falou assim: "Olha, não podemos ter eh superavites, países supervit só que quem era superavitário naquela naquele começo era os Estados
Unidos. E os Estados Unidos foi contra, claro, issoia contra a economia dele. Hoje, se você tentar fazer isso, a China vai ser contra e você não vai conseguir obrigá-la. Por isso que você tem que se juntar com todos os outros que t o mesmo problema que os Estados Unidos, de uma forma ultra amigável e aí sim então você colocar aguela baixa pra China. Eh, mas isso vai trazer um um problema paraa China, porque eu acabei de explicar ou expliquei há pouco para vocês que é muito difícil fazer isso. Isso nos traz então, qual é o
plano do Trump? Resumindo, ele quer criar um grande acordo aonde todo mundo vai eh simplesmente desvalorizar o dólar. desvalorizar o dólar seria a solução. Ela não é uma solução estrutural, gente. Eh, ela pode eventualmente, ao longo do tempo e criar uma mudança na estrutura dos outros problemas. Eh, porque assim, mesmo se você quiser vender mercadoria americana pro chinês, o chinês não tem dinheiro para comprar, porque o consumidor chinês ele não tem essa capacidade de consumo. Então, não é só uma questão eh do produto americano ficar mais barato. O próprio chinês não vai ter como consumir
esse produto barato ou não, porque a estrutura da economia chinesa foi feita de um jeito que ela não é baseada no consumo. Então, não tem como isso acontecer. Isso nos leva eh não, então eh voltando, né? Qual é o plano dele? O plano dele é construir isso. Não tem como isso funcionar desse jeito. Não vai funcionar assim. Eh, quando foi feito os acordos do Plaza e do Luvre, os Estados Unidos tinham uma coordenação, uma aliança, uma amizade com esse G5. Hoje não poderia ser nem o G5, teria que ser o G20. Eh, e aí a
gente entra na forma, que é o quarto ponto do que eu quero explicar para vocês. Qual é a forma? A forma é você não pode entrar numa negociação chutando a boca de todo mundo. Ah, não, isso é leverage. E esse é um dos argumentos que todo mundo fica repetindo. Ah, o Trump não está preocupado com a tarifa. Ele não quer a tarifa. Não, ele quer a tarifa. Ele quer a tarifa pra China e só paraa China não resolve. Porque a China vai lá e ela vai distribuir ou colocar eh as suas fábricas em outros países
que não tiverem a tarifa, como Vietnã, como Laos, como outros lugares ou até o México. né? Então assim, o problema é que quando você faz tarifas pro mundo inteiro, você vai punir e penalizar países que não são os causadores do problema dessa história, que são os países deficitários ou países que não são superavitários persistentes por uma um sistema econômico artificial. Percebe? Eh, então a estratégia do Trump, ah, não, ele quer usar a tarifa como leverage, como moeda de barganha para uma negociação. Essa moeda de barganha, ela tá desproporcional, ela tá errada e ela não vai
atingir o efeito necessário. Não vai. Simples assim. Ponto. Como não vai? Vamos lá. Eh, eu usei esse exemplo no Marketmers e vou repetir aqui para quem não assistiu lá. Você pode chegar numa mesa de negociação armado e falar: "Olha, eu tô armado". Você não mostra sua arma. Isso é moeda de barganha. Isso é dar medo, botar medo, ancorar lá em cima, ameaçar o seu eh o seu interlocutor na negociação? É, e você pode chegar na reunião e falar: "Eu tô armado, tirar a arma e botar em cima da mesa". também é um nível acima, é
um grau acima, é mais agressivo. Você pode chegar na reunião, sentar simplesmente antes de abrir a boca, você saca a arma e faz dois disparos para cima. Meu, a reação das pessoas nesse momento, né, que tá na mesa com você, fala: "Estou lidando com um completo psicopata. Tô lidando com um assim uma pessoa sem nenhum limite e as pessoas acham que isso pode ser efetivo, mas elas não entendem como o poder funciona. Aqui um outro vídeo para vocês. Eh, tem um vídeo aqui no canal que eu explico o que é poder. E poder é relacional.
O que que significa dizer que poder é relacional? É, ele é ele é ele é usado na relação com o outro. poder ele não é usado no vácuo. Eu não pego assim o poder e falo assim: "Agora, eh, poder é a capacidade de você conseguir aquilo que você quer, tá?" E e eu não pego o poder e simplesmente falo, eu eu faço o que eu quero. Ter poder é fazer o que eu quero. Se você fizer o que você quer unilateralmente, sem levar em consideração o outro lado da relação, você pode acabar numa situação aonde
o uso puro, total e bruto das suas ferramentas de poder, das suas capacidades, vão te conduzir a um lugar que não era o que você queria. Se a definição de poder é conseguir aquilo que eu quero, se eu não tomar cuidado como eu vou tentar obter aquilo que eu quero, eu posso acabar num lugar que eu não vou obter o que eu quero. E aí, no final das contas, eu não tinha poder, eu tinha meios para exercer ou tentar alcançar poder, o que a gente pode chamar de ferramentas de poder. Ter muito dinheiro é uma
ferramenta de poder. Ter muita força física ou militar é uma ferramenta de poder. Ter muita lábia e persuasão é uma ferramenta de poder. Então eu posso usar isso para conquistar o que eu quero. Ao sentar na mesa e dar dois disparos para cima, eu estou usando a minha ferramenta de poder, mas eu estou usando ela unilateralmente. Imagina que você é um grande comprador, você tem o seu fornecedor e você compra demais. Então você tem um poder de barganha muito forte. Você vai lá e fala assim: "Como eu tenho um poder de barganha muito forte, que
que eu vou fazer? Eu vou pressionar, esmagar ao máximo o meu fornecedor e ele vai me dar o que eu quero." Cuidado. Isso é usar o poder unilateralmente, não levar em consideração que o poder é relacional, que é uma via de duas mãos. Se você não faz isso, você vai esmagar o seu fornecedor. Ele não vai conseguir te entregar aquele produto naquele tempo com aquela qualidade, porque você extraiu um preço absurdo que vai acabar comprometendo a qualidade, a entrega e e a quantidade do que ele vai fazer. E quem acabou criando esse problema foi você
mesmo, usando o seu poder de uma forma ou a sua ferramenta de poder de uma forma unilateral e sem levar em consideração o outro. Outro exemplo, um ditador que tem uma oposição e aí tem um revolucionário, líder da oposição, quer derrubar o ditador. O ditador tem poder e fala assim: "Resolvo isso na hora. Manda matar esse cara". E manda matar. Só que o objetivo do cara e a estratégia dele era morrer como um mártir para o quê? para conseguir então eh derrubar o governo. E aí quando o ditador exerce o poder dele crua, nua, brutamente,
sem levar em consideração o o outro lado, ele vai acabar conseguindo o que ele quer, que é destruir eh com aquela força de oposição a ele. chegar na mesa de reunião e dar dois tiros para cima é absolutamente fora do contexto. É exageradamente eh violento. É você fazer todos os outros países do mundo olharem e ficarem desconfiados de quem você é. é uma atitude eh desmedida, é uma atitude errática, caótica, eh instável, digna de República das Bananas, digna de um país eh em desenvolvimento bagunçado, zoado, que inventa maluquice eh da cartola a todo momento. Não
é uma coisa que se espera da moeda de reserva, da economia mais sólida do mundo. E o que fez o Trump voltar atrás, gente? simplesmente o fato dele ver que o mercado de bonds, que são os títulos, que é aquele que todo mundo vai lá porque o dólar é a moeda especial, todo mundo começou a vender. Normalmente, quando você tem eh uma crise no mercado financeiro americano, o que que acontece com o mercado dos bonds? Todo mundo começa a comprar porque começa a ter um problema no mundo. O dinheiro vai todo para onde? para a
eh moeda mais segura. Se as pessoas começaram a vender a moeda mais segura, isso é muito perigoso. Isso significa que foi colocado em questionamento a solidez, a confiança, a estabilidade do mercado americano. Porque uma política de república das bananas foi adotada do dia paraa noite de um jeito totalmente destrambelhado, totalmente agressivo, violento, desproporcional. atirando para cima que nem louco. Do ponto de vista militar, isso seria equivalente a você lançar diversas bombas atômicas sem as ogivas dentro e a esses míses caírem nos mares. Se alguém faz isso, o mundo inteiro ver e fala assim: "Opa, mas
tem um, isso é uma completa maluquice, vamos se juntar todos contra aquele". Que nem no jogo de war, quando um país começa a ficar muito forte e começa a destruir todo mundo, todos se juntam contra. Isso nunca aconteceu com os Estados Unidos, porque ele ele nunca fez coisas agressivas ou violentas contra todos, direto, unilateral, ao mesmo tempo contra todo mundo. E dessa vez o Trump escolheu fazer. Por isso que eu tô dizendo que a forma é muito grave, é muito problemática, é muito séria isso. E ela não foi feita num momento que os Estados Unidos
estão plenamente consolidados como hegemonia mundial. Nós estamos num momento de altíssima instabilidade geopolítica. A Rússia invadiu a Ucrânia. O Irã tá criando um monte de guerra no Oriente Médio. A China tá se movimentando para tomar Taiwan. A Coreia do Norte não para de crescer o seu arsenal nuclear. Esses quatro países juntos formam o eixo das ditaduras muito mais unido do que o eixo durante a Segunda Guerra Mundial. Nós já temos dois conflitos regionais. A terceira guerra, a Segunda Guerra Mundial foi causada por três conflitos regionais que viraram global. Nós já temos dois regionais, um terceiro
se desenhando. Eh, os Estados Unidos resolveu brigar com a OTAN, querer abandonar a Europa, dizer que vai invadir a Groenlândia, que vai atacar o Canadá, eh, que vai incorporar o Canadá, vai incorporar o canal do Panamá. É, é um, é um completo desarranjo simultâneo de coisas acontecendo, de instabilidades eh múltiplas, juntas, todas ao mesmo tempo, e de repente alguém entra na sala e começa a dar tiro para cima. em cima do elemento, um dos poucos elementos que restaram de estabilidade no mundo hoje, que é a economia americana e o dólar. Quando você faz isso, você
coloca em cheque o mundo está eh seguindo para uma nova ordem. Você coloca em cheque a ordem atual e você encoraja a China a testar os Estados Unidos. Porque se os Estados Unidos foi tão eh tão maluco com todo mundo, o que que a China vai fazer? Ela fala assim: "Meu, eh, deixa eu testar, porque tá todo mundo sentindo que isso é muito exagerado. Até os aliados dele podem estar do meu lado e vão também desconfiar. Se a China decidir vender os títulos da dívida americana que ela tem, e aí todo mundo vai falar: "Ai,
mas a China vai perder muito dinheiro". Ela não vai fazer isso? É, vai perder muito dinheiro, mas na guerra você perde muito dinheiro. Se nós estamos numa guerra comercial, o raciocínio já não é mais, ah, eu vou perder muito dinheiro, eu não faço isso. O raciocínio é: "Eu estou disposto a perder muito se a minha perda vai causar uma perda ainda maior pro meu inimigo." Só que se a China começa a fazer isso, ela não precisa eh ela pode vender isso primeiro e o resto vem na no efeito dominó e todo mundo começa a vender
e o dólar colapsa como moeda internacional. E nesse momento a China pode desafiar o pode desafiar os Estados Unidos militarmente, fazendo um exercício militar em volta de Taiwan. A China de hoje não é a mesma China de 2017. Xin pinim de hoje não é o mesmo de 2017, quando o Trump tava lá no primeiro mandato. Flertar com loucuras neste momento e criar esse nível de instabilidade e desconfiança aos Estados Unidos enfraquece os Estados Unidos num nível jamais visto perante o tamanho do desafio que se coloca. A China não recuou nas tarifas e os Estados Unidos
teve que recuar nas tarifas dos eletrônicos. Exatamente o que eu comentei no vídeo passado aqui sobre o iPhone e alguns ai que iPhone não tem nada a ver, né? Foi exatamente o iPhone que fez o iPhone e outros produtos eletrônicos que o Trump recuou e fez uma isenção das tarifas porque não vai dar pro iPhone custar o preço que vai custar. Essa é a natureza do meu vídeo anterior de uma semana. Assistam se vocês não assistiram ou lembrem do que eu disse, os Estados Unidos vai se transformar no Brasil, aonde você não vai ter os
produtos de melhor qualidade, porque a economia do mundo tá desenhada desse jeito. Ele teve que recuar. Eh, a pergunta que todo mundo faz é: quem vai sair vitorioso dessa guerra comercial, dessa grande disputa e rivalidade geopolítica entre Estados Unidos e China? Se a gente olhar pra Tesla e pra BID, qual é a resposta hoje? A Tesla tá em franca decadência. por causa de políticas assim dessa situação. E a e a Bid crescendo, a resposta tá dada nesse setor. E aí, vamos fazer isso com a Apple também? Vamos fazer isso com todas as empresas americanas, vamos
fazer isso com o dólar, vamos fazer isso com o mundo inteiro, vamos deixar o mundo inteiro contra os Estados Unidos? Pode ser. Essa estratégia, ela só não é vitoriosa. Então, o remédio adotado pelo Trump é um fracasso totalmente errado. E a forma como esse remédio tá sendo trazida, tiro, disparo para cima, eh eh atitudes desproporcionais, não levar em consideração o jogo e o contexto todo que a China se preparou muito mais. Ó, para vocês terem uma ideia, a China tá comprando ouro há muito tempo. De 2022 para 2024, pro começo de 24, eh, a reserva,
a porcentagem da reserva eh internacional chinesa e pulou de 3.4% de ouro para quatro. Onde que eu tinha esse número? Era 4,5 4.9. por alguma coisa assim. Eh, subiu muito. A reserva chinesa de ouro está subindo. O que que isso significa? A China está tentando ser menos dependente dos Estados Unidos porque ela está se preparando para esse momento, para essa guerra comercial. E os Estados Unidos se preparou? Se a preparação foi brigar com todos os seus aliados, brigar com o mundo inteiro e colapsar o dólar e e colapsar os mercados americanos e fazer tudo isso,
desculpa, nem precisa a China fazer muita coisa. os Estados Unidos vai se implodir sozinho. Eh, aí é um é um erro assim sem tamanho. Eh, nota em geopolítica zero. Tudo que o Trump pode ter acertado no diagnóstico do problema e na vontade de tratar do problema, que foi nota 10, é a nota negativa, que é menos do que zero, ela é gravíssima. gravíssima, assim, sem precedentes o que foi feito e o que está sendo feito. A China também está usando a sua moeda para transacionar com mais países. Isso não quer dizer que ela tá querendo
que a sua moeda seja moeda internacional. Ela não está pronta para fazer isso, mas ela está querendo usar a sua moeda para não depender do dólar. A resposta chinesa de não sucumbir e de dobrar a aposta é um sinal que a China veio diferente, é um sinal que a China estava se preparando para esse momento. É, as medidas que a China tem adotado, comprar mais ouro, ter menos dólar de reserva, usar mais a sua moeda nas trocas internacionais, ainda eh são medidas preparatórias para essa situação. Talvez a China esteja disposta a ir mais longe e
testar e fazer os Estados Unidos colapsar nesta guerra comercial que eventualmente pode virar uma guerra militar. Veja, a China só não consegue se livrar mais do dólar porque 30% de tudo que ela compra é matériapra. E as matérias primas no mundo são precificadas em dólar, porque o dólar é a moeda internacional. Se de repente a estratégia é implodir o dólar com a moeda internacional, o que o Trump diz que não é, ele não quer isso, mas as as medidas que ele adotou levaram o dólar à beira do precipício quando começaram a vender os bondos, que
foi o que ele fez, que fez o Trump voltar atrás e congelar as tarifas por 90 dias. E congelou porque ele recuou, porque ele viu que o problema seria fatal. E agora o mercado já descobriu onde está o ponto fraco do Trump. Ele não vai poder mais brincar com isso. Se ele brincar com isso, o mundo vai testar e vai começar a vender bonds e aí ele vai ter que parar. Então, todo mundo já descobriu uma fórmula e ao contrário, o mercado testa governos quando ele percebe fraquezas de governos. Essa situação, ela pode do dia
paraa noite ter apenas um gatilho, um clique e tudo mudar. A China está preparada e ela não vai sentar numa mesa, numa posição de desvantagem, de humilhação, de estar amarrada. O jeito de você fazer a China engolir isso totalmente, sem ter alternativa, é você criar uma grande coalizão com o resto do mundo. É possível o governo Trump criar uma grande coalisão com o resto do mundo hoje, gente? Claro que não. Claro que não. Não tem condição alguma. Não tem como isso acontecer mais. Não tem como criar uma grande coalisão. Não tem. Não tem saída. Porque
ele brigou com todo mundo. Ele tá ameaçando de tomar Agroenlândia a força. Ele tá ameaçando o Canadá, o Panamá. Ele tá ameaçando abandonar a Europa. O Jade Vents é obsecado por eh destruir, xingar é diminuir, desqualificar os europeus, né? Tá claro? Ninguém mais confia. Os aliados não confiam nos Estados Unidos. Isso não tem como funcionar. Você não tem mais como construir essa coalizão. Tá todo mundo desesperado tentando buscar uma saída para não depender dos Estados Unidos. Toda a tendência, todo o cenário e o ambiente de barganha, de leverage que o Trump queria, ele tá produzindo
os efeitos reversos e contrários. Nós temos um cenário colocado onde abriu-se um flanco para um conflito global que pode ser desencadeado de uma fraqueza comercial, econômica e monetária que não existia. Os Estados Unidos e a maior economia nos últimos anos dos Estados Unidos tem crescido mais que todas as outras economias avançadas, apesar de todas as questões estruturais que eu contei aqui. A economia americana não vai mal. Ela tem um problema estratégico a ser eh endereçado, a ser consertado e que não é fácil e que precisa de muita inteligência e muita cautela. E quem escreveu que
precisa de muita inteligência e muita cautela é o chefe econômico do Conselho Econômico do Trump, Steven Stephan Miron. Ele escreveu um paper eh no final de 2024, em novembro de 2024, que é um guia para reestruturação do sistema comercial do mundo. E vejam, ele fala com todas as letras, com de um jeito muito categórico. O plano precisa ser muito bem pensado, ele precisa ser executado com extrema cautela. E óbvio, não é ele que executa, ele não é o ator político, ele é o técnico econômico. Ele ele deu o cenário pro Trump e falou: "Olha, pode
ser feito de um certo jeito". E aí o Trump que conduz, porque ele ele é o ator político, ele é a força política e ele é o chefe. E ele decidiu fazer desse jeito. Só que esse jeito vai levar o mundo e os Estados Unidos para um lugar muito perigoso e muito sensível. Enfim, eh, queria lembrar vocês aqui de darem uma olhada, eh, na Europeu, né? Essas oportunidades de de visto, elas são muito únicas. Então, prestem atenção. Eh, olha o link aqui e vai ver, de repente você tem eh antepassados, de repente tem um caminho
fácil para você conseguir morar na Europa, para você conseguir cidadania, eh, para trabalhar em outro país, ter renda, não só em real, tem tantas coisas, tantos benefícios disso. Eh, e a você europeu é muito séria. Então, eu quero lembrar vocês aqui deles. Qual que é o desfecho, gente? É isso. Eh, eu falei aqui de quatro coisas. Um diagnóstico, por que que isso tem que ser tratado? Qual foi o plano do Trump e a forma? a forma e o plano eh não vão dar certo, elas não vão endereçar as questões estruturais e a forma ela é
extremamente destrutiva e essa destruição tá sendo vista já tá sendo vista no momento chinês, eh na forma como a China tá reagindo, na forma como os outros países estão reagindo, eh na forma como todo mundo reagiu vendendo os treasuries, os títulos, os bonds, o mercado de bonds americano, eh, com alta venda, tem muita coisa séria. Tenho que lembrar vocês, o dólar não se tornou a moeda internacional e os Estados Unidos esse polo eh de estabilidade e segurança, porque os Estados Unidos decidiu que ia ser assim porque ele era o mais forte. O mundo escolheu os
Estados Unidos pelos seus atributos. Esses atributos vieram de ações sólidas e concretas, de respeito, não de ações de república de bananas, não. Ações previsíveis, estáveis, eh comedidas, seguras. As posturas e comportamentos do Trump, elas destróem com tudo isso. Do mesmo jeito que o mundo escolheu que a economia americana, que o dólar, seria o porto seguro, seria a moeda de reserva, seria o lugar onde todo mundo quer investir, o mundo do dia pra noite, inclusive rapidamente pode escolher o inverso disso. Espero que eu tenha conseguido resumir um pouco mais para vocês e dar essa amarração do
que tá acontecendo. Este é o plano do Trump. Se você gostou desse vídeo, compartilhe, dá like. E tem uma uma parte importante, né, gente? Muita gente que tá aqui ainda não segue o canal. Terminou esse vídeo agora vai lá e segue o canal. Segue aqui o canal. Eh, e ativa o sininho para você receber os próximos e receber o aviso de que tem vídeo novo. Às vezes eu recebo mensagem das pessoas: "Ah, mas e você não vai falar desse assunto?" Eu falo: "Pô, mas tem um vídeo lá faz cinco dias. Ah, eu não vi. não
ativou o sininho, ativa o sininho. Vamos continuar acompanhando porque o mundo tá no seu a sua assim, estamos vivenciando um momento, um momento histórico eh único. É um momento de transição, eh, de muita instabilidade, tem muita coisa para acontecer. São só 3 meses de disparo eh pro alto. Vão ser 4 anos. Vocês imaginam o que que pode acontecer? Como eu tenho dito por aí, eu tô mudando a minha análise. Talvez existe um cenário aonde a gente tenha eh terceira guerra em 4 anos. Eh, antes, muito antes do que a gente espera, se as coisas continuarem
nessa velocidade, com esse nível de desproporcionalidade e desestrambelhamento, a coisa vai acelerar muito rápido. Até mais, gente.
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