Dívida de Angola é sustentável, defende ministra Vera Daves de Sousa| VOA Português

Olhe eu vou começar por lhe perguntar uma notícia que está a correr que portanto estaria a a negociar um novo acordo com o fundo monetário internacional O que é que se passa nesse aspecto eh Na verdade o que aconteceu é que o ministério das Finanças solicitou o fundo monetário internacional uma nota técnica sobre possíveis opções e caso a Angola decidisse eh pedir um programa né solicitar um programa essa nota foi preparada foi partilhada e está a ser internment Inter ente analisada pelo Ministério das Finanças de modo que ainda não é uma discussão política a nível

do governo portanto também eh nada sobre e um empréstimo ou a quantia que se envolverá não não não estamos não estamos nessa fase estamos na fase de avaliar as opções e versus o momento económico e social que a Angola vive Qual o impacto desta visita do presidente Joe biden em termos económicos principalmente tendo em conta o corredor do lubito o corredor do lubito Claro está tá virado para as exportações vindas do interland africano mas em que é que isso pode beneficiar Angola e o impacto da visita de Joe biden acha tem algum Impacto económico eh

sim acaba por ter porque fica claro que as relações entre os dois países são estão boas e são sólidas e é um sinal forte para os empresários angolanos e os empresários americanos relativamente eh à solidez dessa relação e isso cria eh motivação natural eh para ir a Angola conhecer Angola explorar oportunidades eh porque se tem consciência de que Angola está no radar dos Estados Unidos e h e e que e que é um parceiro relevante eh relativamente ao corredor de lubito eh o o que nós queremos assegurar é que no final do dia não seja

apenas uma linha férrea Sim sim e que transporte minerais de um lado para outro e queremos é que todo todo o potencial Logístico eh se desenvolva eh em torno do corredor e que também surjam novos negócios À Volta do Corredor eh por isso é que é importante que empresários angolanos e e americanos se motivem eh para oportunidades que surjam que surjam a volta do Corredor do ponto de vista de logística do ponto de vista de transformação eh de de minerais do ponto de vista de produção agrícola do ponto de vista de serviços de modo que

há muita coisa que pode ser feita e esperemos nós eh que a linha F férrea seja apenas um catalisador olha falou falou da agricultura e que como nós sabemos é vai lá um ponto principal ou que Angola gostaria dezer um ponto principal da economia não é a agricultura h falou-se hoje aqui creio que foi hoje aqui numa reunião do fbmi de um novo programa eh creio do Banco Mundial de 9.000 milhões de dólares para ajudar países como Angola países em desenvolvimento eh sabe se Angola vai compartilhar desse de alguns desses fundos de fomento a agricultura

nós nós já temos beneficiado tanto do Banco Mundial como do banco africano de desenvolvimento eh temos beneficiado de financiamento à projetos eh para resiliência climática de das culturas para a capacitação eh dos agricultores para que sejam eh cada vez eh mais eficientes e que as culturas sejam cada vez mais produtivas e agora estamos em discussão para ver a ampliação da nossa ehh rede de irrigação eh Porque infelizmente ainda temos muita produção agrícola depender das chuvas eh E então a pensamos que há potencial de Angola tirar vantagem desse envelope financeiro olha isto Levanta para mim duas

questões uma questão é a questão do financiamento eh pelo que nós sabemos muitos agricultores pequenos agricultores e não só também médios sim que-se m de não terem acesso à banca portanto que os juros são muito altos que não tem acesso a crédito Qual é como é que o governo angolano E como é que você como ministra das Finanças pensa que este problema pode ser resolvido nós nós estamos a procurar endereçá-la com um misto não é de estratégias uma focada na agricultura familiar está relacionada com com as capitalizações que vamos fazendo do fundo Agrário fundo angolano

para o Desenvolvimento Agrário assim que se chama o fada e e temos o fada com base nessas capitalizações fazendo microcrédito eh às famílias eh e assim eh com através de motoc cultivadoras equipamentos básicos compra de cementes compra de fertilizantes e assim vemos a também a produção eh das famílias a crescer eh temos o mesmo fada ajudar as famílias a a fazerem ponte eh com aqueles que são os grandes agregadores no fundo compram das pequenas famílias criam escala e depois vendem as grandes superfícies de modo temos o fada a motivar a celebração de de acordos ou

protocolos Entre esses agregadores e as famílias e também a fazer parceria com instituições que são responsáveis por aumentar o nível de literacia dessas famílias e assim torná-las cada vez mais eh autossuficientes isso é na Perspectiva da Agricultura Familiar na Perspectiva da Agricultura eh comer nós temos estamos a trabalhar em duas vertentes uma eh é através do nosso banco desenvolvimento da Angola é um banco público eh focado basicamente no financiamento a projeto eh e prevemos também fazer em 2025 uma capitalização a este banco para dar eh eh capacidade para apoiar mais projetos de natureza eh de

agricultura comercial e através da banca comercial privada o que estamos a fazer é colocar à disposição uma estrutura de antias públicas em que os bancos para mitigar o risco de desses fazendeiros não pagarem eh T acesso a uma garantia do estado em que acionam caso o agricultor em tem comprimento mas isso já está em já está eh temos dois bancos comerciais já a fazer isso e e e e montantes de garantias que vão sendo acionadas à medida que a linha For ser utilizada mas o somatório das linhas que os dois abriram dar mais ou menos

000 milhões de quas São 50 Milhões de Dólares mais ou menos eh relativamente ao àquela que é e a componente de como falei Agricultura Familiar já está agricultura comercial através do banco desenvolvimento eh de Angola ou através da banca privada eh com e garantias públicas de modo que por essa via que nós estamos a procurar endereçar e é Nossa expectativa que a medida que formos tendo mais cursos financeiros E à medida que os próprios bancos forem vendo as suas próprias áreas de banca de investimentos cada vez mais familiarizadas com a natureza desse negócio conseguimos ter

escala não é e que o desafio agora também vai ser escala pois Olhe Eh agora eu ia mudar um pouco de assunto e aqui há há um h uns meses atrás creio que foi Há uns meses a a ministra falou do facto de departamentos governamentais não apresentarem contas como é que está essa situação felizmente F TV tivemos um bom progresso tivemos um bom progresso E agora temos basicamente todos os departamentos ministeriais todas os todos os os órgãos e do Poder local lá governos provinciais administrações municipais e também as missões diplomáticas a prestar contas e a

qualidade vai aumentando à medida que o tempo vai passando de modo que em termos de de periodicidade Estamos bem e qualidade melhorou bastante mas pode continuar a melhorar e nós temos estado a dar o apoio necessário muito bem Olhe agora vou vou outra vez para uma questão financeira que é a questão eh da dívida Ah como é que está a dívida neste momento Angola é segundo eu li hoje é o quarto país mais endividado em África não sei se é verdade ou não não sei também mas qual portanto como é que Angola está a gerir

essa dívida que é de vai lá acima de 20.000 Milhões de Dólares não é sim 60 65 mais ou menos eh mas já já tivemos nos 80 Ok de modo que temos temos estado a reduzi-la eh eh eu diria até de forma bastante agressiva eh e a dívida é sustentável eh temos estado sempre a fazer gestão proativa eh procurando a todo momento identificar oportunidades que permitam eh alongar maturidades eh que permitam ter financiamentos mais baratos eh e e e de alguma forma usar esses financiamentos mais baratos para pagar outros mais caros eh e e todo

o novo financiamento que seja quer para tesouraria quer para projetos procuramos sempre que seja a os melhores termos possíveis por essa razão é que este ano ainda não fizemos nenhuma emissão de eurobonos Ah eu ia meso perguntar isso porque se tivéssemos que fazer eh pagaríamos uma taxa de juro de dois dígitos e iríamos sim iríamos acrescentar ainda mais stresse eh e e temos estado a evitar o máximo que isso aconteça falou-se falou-se não sei se isto é verdade você é que me vai dizer é que se se se conseguisse reduzir isso para 99% que seria

um incentivo a a Angola emitir os eurobonds se é verdade sim um dígito eu disse um dígito não não diz a taxa exata ok muito bem Ah olha outra pergunta Ainda relacionada com os os bons são títulos que se diz em português não é falou-se desta questão do eu não sei como é que se diz isto em português dívida pela natureza Ah é uma é uma bo mas embora está interessado ou não Sim nós estamos temos estado a dialogar temos estado a dialogar com bancos eh temos estado a dialogar com a outra ponta que é

eh as entidades que normalmente eh identificam as ações que poderiam ser eh beneficiadas ou o canal e de destino das poupanças que se conseguissem pela troca das dívidas de modo que temos estado nesse momento em diálogo para ver qual dos caminhos possíveis temos três possíveis eh três transações possíveis Qual dos caminhos possíveis eh vai permitir melhor maiores poupanças e vai gerar mais Impacto de modo que estamos nesse momento a dialogar sobre isso olha eh uma questão que que é posta muitas vezes por por angolanos é que não tem acesso a divisas não há dólares e

como é que você vê essa isso é algo que dificulta Eh claro que dificulta a vida das pessoas queiram comprar coisas em moeda estrangeira mas para para o mundo Empresarial angolano e há ainda esta falta de divisas como é que qual é a situação atual eu diria que é sazonal não é eh eh depende muito eh da da oferta de modo que momentos que a oferta é maior temos as empresas petrolíferas por exemplo a vender mais eh temos o tesouro com maior disponibilidade de divisas e também vende e E aí o tema não se coloca

eh há outros momentos em que a oferta é menor de modo que outros oro não está a vender Porque também tem compromissos em dólares ou as petas Estão a vender menos e a pressão é maior de modo que é volátil né Eh a forma estrutural de resolver Isso é um temos cada vez mais oferta local dos produtos que normalmente são aqueles que se procura no exterior sejam eles alimentos sejam vestuários sejam medicamentos seja saúde exato exato exato É foi uma questão que foi saúde educação porque há muuito prão por isso que há muitas pessoas com

os filhos a estudar fora da Angola e Há muitas pessoas a fazerem tratamentos médicos em Angola de modo que o Governo está a fazer tudo e tem que continuar a fazer para aumentar a qualidade eh da educação e da Saúde eh no país para que seja menos uma fonte de pressão eh de divisas e o tema da produção agrícola o tema da segurança alimentar tema de fábrica de medicamentos para produzir pelo menos aqueles que são mais procurados antipalúdicos e os os paracet mões da vida eh e e assim ser uma fonte menor de pressão isso

é de um lado do outro lado é identificar outras outros produtos e outros serviços que possam gerar moda forte se se se os exportarmos para além do petróleo eu i eu ia lhe perguntar mesmo isso porque Portanto o petróleo continua a ser continua esmagadora a maioria da fonte de rendiment temos temos uma exportação muito interessante de de algumas frutas bananas por exemplo estamos a exportar bastante eh pedras granitos e mármores estamos a exportar bastante eh madeira gostaríamos de exportar mais produto acabado mas estamos a exportar bastante a madeira V em bruto eh mais mais escala

o tema ainda é a escala comparando com aquilo que só é a escala do de exportação de petrolífera né temos continuar a fazer esse trabalho Ah eu tinha aqui eu vi que que a ministra a senhora ministra fez um um discurso creio que foi hoje em que falou eu Eu agora estou aqui a resumir porque não tenho aqui os os promodes em que falou do facto de de ter que haver mais participação de empresas locais e de especialistas angolanos quando vê companhias de Fora para operar em Angola foi isso que disse não foi referia a

recebermos financiamentos eh de multilaterais por exemplo e e eh no processo de contratação da um dos serviços eh muitas das vezes quase nunca se contratarem profissionais locais ou empresas angolanas e o que é que nós temos que fazer para resolver isso e porque entre 30% Às vezes 40% o o nalguns Casos vá 15 eh mas não são muitos o o o valor do financiamento que se consome para essa natureza de despesas de modo que se esse montante servisse para alimentar eh empresas locais e profissionais locais sempre fazíamos cheas a economia eh mas se for pago

a a empresas estrangeiras e profissionais estrangeiros eh Com todo o respeito que temos por esses profissionais e por essas empresas e é menos são menos recursos a fazer mexer uma economia que precisa de ser dinamizada olha agora eu tenho aqui é uma última pergunta não sei se isto diz muito respeito ao seu pelouro mas é esta questão da da da alrosa e da mina de Catoca e houve uma declaração do ministro de um vice-ministro Russo a dizer que eles não querem vender a portanto a participação deles na na mina de Catoca de Bear de Bear

está agora a entrar mais fortemente em Angola eu não sei se eu sei que isto não é bem do seu CL mas eu não sei se a ministra pode adiantar alguma coisa sobre como é que está estas negociações entre o governo angolano ou emama e al Rosa por acaso não domino mesmo o Ministro dos recursos minerais Petr que tem estado acompanhara mais de [Música] perto Y