[Música] Bom dia eh tô muito contente da gente começar esse curso de extensão hoje foi uma surpresa ótima para nós organizadores que a gente teve mais de 1000 pessoas eh inscritas né acho que isso mostra como esse tema é tão é tão atual e tá eh demanda muito debate muita reflexão e muitas trocas de experiência e eu espero que isso aconteça nos nossos encontros a gente tá começando agora então a primeira mesa do curso de extensão museus sujeitos e territórios em diálogo um curso de extensão que vai acontecer sempre à segundas-feiras cinco semanas seguidas das
10 ao meio-dia a transmissão vai ser por esse canal e a cada semana a gente vai ter uma mesa com convidados muito especi falando eh dos dos espaços culturais em que eles atuam e da relação desses espaços com os seus territórios e as comunidades esse curso eh é fruto do esforço de uma série de parceiros eh ele foi idealizado por dois órgãos complementares da da Universidade Federal de São Paulo a cátedra capor que eu represento aqui e a cátedra rentabilidade eh com apoio da pró-reitoria de extensão e cultura da pró-reitoria de pesquisa e pós--graduação eh
dois programas de pós também de dois Camp diferentes o programa de pós-graduação em história da arte do campus Guarulhos e o o programa de pós--graduação em gestão ambiental integrada do campus de Adema e a gente contou também com apoio de um edital da para eventos de extensão para projetos de extensão chamado proext então agradeço eh eu queria antes de passar a a a palavra pro nosso primeiro convidado eu queria esclarecer para aqueles que se inscreveram porque eu sei que a gente tem aqui ouvintes que vão assistir apenas algumas mesas e que não fizeram inscrição que
não precisam ter o seu certificado mas nós temos aqui também muitas pessoas que querem o certificado desse curso e para ter o certificado eh nós estamos solicitando que seja feita uma produção por parte de vocês que estão eh inscritos como é que vai ser a produção é uma reflexão em formato livre o tamanho também é livre então pode ser um poema pode ser um um ensaio pode ser um cartaz um LAMB um mapa mental ã pode ser uma comparação por exemplo entre duas ou três mesas de debate a gente quer receber de vocês de alguma
maneira a sistematização do que vocês aprenderam do que vocês pensaram do que foi eh afetado e mobilizado em vocês participando desses cinco encontros então é uma atividade muito simples né Eh sem grandes amarras formais de gênero textual ou de tamanho Mas para ter o certificado vai ser preciso fazer essa entrega depois a gente pode se eu se ficarem dúvidas a gente pode continuar essa conversa por um e-mail que nós vamos informar posteriormente mas a princípio só para tranquilizar tá porque chegaram várias mensagens com essa dúvida Então são duas modalidades diferentes nós vamos ter aqui os
ouvintes que não querem o certificado e nós e temos aqui também quem quer o certificado que aí a gente tá pedindo essa produção intelectual para ser entregue após o quinto encontro e a gente vai dar início então agora tô super animada com a nossa primeira mesa porque são convidados de quem eu gosto muito que eu admiro e que vão contar de casos muito diferentes entre si e muito ricos os nossos convidados de hoje um minutinho serão autak waurá que está representando o museu indígena ulup puen da terra indígena batovi do Mato Grosso arissana pató do
museu indígena pató de coroa vermelha da Bahia Márcia Mura veem nos falar dos espaços culturais Mura no Rio Madeira em Rondônia o debatedor é o suzen Nalon Canindé do museu Canindé em Aratuba Ceará eu serei aqui a mediadora apenas a facilitadora eu vou falando do tempo para cada um E eu talvez eh faça alguma questão algum comentário no final mas a ideia é que o protagonismo seja realmente o dos dos convidados eu vou passar a palavra em primeiro lugar pro nosso querido aaaque aaaque tem uma apresentação a compartilhar a utac tá falando conosco diretamente do
aut Xingu ele estava no meio de uma atividade super importante mas parou Obrigada oque para vir aqui conversar conosco em seguida a gente vai passar a a palavra para arissana pató e depois paraa Márcia Mura a a Márcia estava com problemas de conexão então nós estamos aguardando ver se ela consegue se conectar e eu combinei que quando a gente chegar perto de 20 minutos eu aviso para cada um se houver tempo no final nós vamos eh ler alguns comentários e algumas perguntas do público nós nós vamos passar aqui pros convidados Vamos ver quanto tempo sobra
no final mas eu espero que seja possível alguma interação também com as pessoas do público então eu vou agora passar a palavra e até daqui a pouco gente muito bem-vindo ao taque te passo a palavra se passar de 20 minutos eu aviso tá bom tá bom eh primeiro Med eh vou né professora Elana e demais outras eh Bom dia pessoal aqui vamos conversar né e agora eu gostaria compartilhar o o o meu trabalho né juntamente com a comunidade que nós nós Comunidade da Alde cri eu recentemente né bom eh como professora me apresentou né E
meu nome é autar aurá eu moro na al puen no al chingu bom Eh aí o como eu tô estudando né e fazendo pesquisa aí recentemente eh eu fui faz uma pesquisa lá no em Curitiba né no museu e lá e lá que encontrei a o nosso material né E lá que começou a nossa ideia para criar museu aí por isso que eu eu gostaria de compartilhar esse começo com vocês né E lá que nós encontramos com professor museólogo e antropólogo também e o nome dele é arist parcelo Neto ele que ele trabalhou com a
gente né na comunidade wal Eh aí recentemente nós se encontramos com ele para fazer esse trabalho e além disso tem o meu colega que participou essa conversa com a gente né aí a partir desse trabalho que nós fizemos junto aí eu pensei eu conversei com a professor aristótele como é que a gente vai criar Museu né aí onde ele me fala que tem que vai ser juntamente com a comunidade aí quando terminamos o trabalho né eu voltei paraa Aldeia né Aí eu Eu descansei depois comecei reunir a comunidade e lideranças né Cacique professores né pessoal
da saúde e demais outras pessoas né até as crianças participaram né Aí nós reunimos no pdio da Aldeia eh e lá que eu apresentei a proposta e expliquei o a minha ideia para trocar o A ideia né juntamente com a lideranças aí onde a as lideranças né a comunidade aceitaram essa proposta eles Saram Muito boa essa proposta para a gente criar o museu na nossa aldeia eh para nós mesmo eh dirigir Esse museu né Aí nós fizemos uma Ah tá né registramos essa conversa aí deu certo aí depois Nós criamos né e o comitê de
comissão de criação do museu aí eu convidei os antropólogos e museólogos né arqueólogo também que para fazer uma conversa e trocar ideia paraa gente poder ah onde Ah onde a gente vai começar né e nessas conversas aí nós conversamos bastante e deu certo aí Nós criamos o museu no dia 9 de Abril e ano 2023 né aí a partir desse criação do museu aí nós nós estamos procurando o apoio né a a a ideia da comunidade paraa gente poder capacitar os jovens para levar esse trabalho para para frente né a gente não quer que a
gente cria Museu sem a ter conhecimento sobre Museu né aí agora a gente tá fazendo aí tem um grupo de jovem eh cinco pessoas para teticar para elaborar o plano de Diagnóstico né O que que a gente vai promover tá aqui mais para frente através do projeto né por meio desse Museu eh é isso que eu gostaria de compartilhar com vocês né pode ah eu vou apresentar isso aqui é aldeia uena né e eu não sei se vocês estão vendo a a aldeia e outro lado tem o mapa né esse ontem tem uma flechinha verde
é onde eu moro né o território do xingo é muito grande mas eu moro nesse território terrem de ja patui aí para vocês ver né aonde eu estou pode passar o slide por favor aí o para você ver a aldeia né E para conhecer né a nossa casa cas trona alcha aqui na aldeia é nossa casa desse jeito nesse formato aqui que a gente criou o museu pode passar aí como eu falei eu apresentei a como que a gente criou o museu aí Nós criamos esse simpo do museu né o nome do museu museu indígena
o lupu como a gente criou os Museu aqui na nossa aldeia aí a gente colocou o nome e nome da Aldeia né para representar o nosso Nossa nosso povo né Aí como eu falei para vocês Nós criamos o museu dia 9 de Abril ano 2003 eh pode passar aí o nosso objetivo né Eh para fazer trabalho nesse por meio desse museu é o objetivo é para despertar e manter promover uma consciência né sobre o valores e importância né significado dos patrimônio memó memória su aja Além disso é pesquisar preservar conservar proteger salvar interpretar e divulgar
os conhecimentos e bens culturais né naturais territoriais espirituais do passado e do presente o a a missão do meu é trabalhar com uma Instância de meação cooperação entre os e demais e outros povos né que que vivem aqui no território de Xingu né Eh pra gente poder preservar o nosso conhecimento né aí por isso que o Nós criamos Esse museu eh aqui na nossa aldeia para fortalecer o nosso conhecimento a para também Para retomar eh movimentar o conhecimento do nosso povo né que a gente não tá praticando frequentemente né E para gente a passar né
fazer esse trabalho com com as crianças por meio do da oficina né aí por isso que Nós criamos Esse museu aí a por isso que a gente tá tá chamando Esse museu tambémm ecomuseu não é que o só o material que a gente vai preservar além disso a gente vai preservar nosso território né E porque a gente entende que a na floresta que a gente pega o material a gente transforma e como o nosso material né Eh por exemplo a cestaria a gente pega o material da da natureza né e da floresta sem um sem
a floresta como como é que a gente vai produzir o nosso material como é que a gente vai praticar mais a nosso a nosso conhecimento né como é que a gente vai contar a história e por isso que a gente criou o museu paraa gente poder fazer esse trabalho né E além disso a gente vai fazer uma parceria com a universidade com pesquisadores estudante para e trocar o conhecimento também né para eles para eles se entenderem um a nossa realidade aí por isso que Nós criamos o museu eh para nós é muito importante né para
preservar e fortalecer a nossa cultura aí o por isso que a gente chama ecomuseu e hoje tem uma casa né como recentemente já foi inaugurada a casa aqui e a comunidade conseguiu através do projeto aí o mesmo assim a gente vai considerar a nossa casa uma Museu também e lá que e algumas famílias né guardam seus objetos eh preservam né e por isso que a comunidade pensou para não ter uma casa é tipo uma Museu aqui na na aldeia Mas agora nós temos e através do projeto nós conseguimos construir a casa aqui na aldeia eu
vou mostrar a imagem para vocês tá aqui mais para frente pode passar aí o como eu falei para vocês né E nós conseguimos casa por através desse projeto Aí como eu falei para você também o ecomuseu né que a gente tá fazendo também eh tem uma caverna e não foi Tem marcado né Eh esse caverna fica fora da nosso território e aproximadamente 40 Km da distância da nossa aldeia aí sempre o pessoal tá levando seus filhos né para conhecer esse caverna e lá tem uma a pintura rupestre né a para nós uma lugar sagrado se
chama Cacá aí Apesar que não foi ter marcado a gente tá indo para lá para conhecer levando as crianças né mas é muito difícil ir para lá porque a gente não tem transporte aí recentemente e ano 2018 o pessoal tá fazendo pesquisa e juntamente com o não indígena Eles foram para lá e ano 2018 mês de setembro Aí lá que o Descobriram que o pessoal chegou lá mas a gente não sabe quem é e vieram um grande estrago lá eh por exemplo eles destruíram a pintura rupestre na caverna é cheio de pedaço no chão Aí
nós ficamos muito triste né receber essa informação aí Além disso eh nós pedimos ajuda né desses pessoal que tá com o povo AX né do pessoal da facton e tem o nome aqui do lado da da imagem n Eh aí o pediram trabalhar junto né aí através da imagem que o pessoal girou anteriormente né ainda não tá destruído aí juntaram aí por meio desse imagem conseguiram eh reconstruir né Essa caverna eh de 3t aí mesma coisa não tem a diferença da do original né aí eles fizeram trabalho aí muito trabalho mesmo eles se o pessoal
lá de matr né aí recentemente eles e trazam para cá como tem outro projeto né tá aqui aqui na comunidade construíram a casa e para receber esse réplica da Gruta né aí no tinha TRS nó recebemos n chegaram a equipe para instalar essa réplica é grande é muito bonito né aí pode passar aí essa casa que eu falei aqui que tem um réplica né de cruta agora já foi instalado nesse casa aí a gente vai usar como sede do museu também né Além disso é a gente vai usar como centro de monitoramento territorial como a
gente tá fazendo a com Museu né a gente vai trabalhar de preservação de território da floresta aí a gente tem que usar essa casa e ao mesmo tempo ess centro de monitoramento territorial ao mesmo tempo é a sede do meu né pra gente poder trabalhar junto com esses pessoal né E aqui na aldeia aí por isso que agora a gente tem uma sedes de Museu né E lá porque lá tem uma réplica Mas a gente não tá pensando para abrir essa réplica a gente vai estudar ainda com a comunidade como é que a gente vai
abrir né para pessoal vi para a ver né E isso que a gente tá pensando mas agora tá fechado ainda a gente vai discutir a com a comunidade ainda né E agora tem a sede do museu aqui no na aldeia L pode passar aí o notia TR né como eu falei para vocês anteriormente é notia 3 de a Novembro a essa réplica já foi inaugurada E aí o pessoal chegou aqui na nossa aldeia para ah comemorar né e para ver também a esse réplica eh é muito ah importante para nós trazer esse réplica aqui na
nossa comunidade porque a original fica longe né a gente não vai conseguir chegar lá para levar as crianças conhecer para principalmente historiadores né para levar o as crianças é difícil porque nós não temos transporte E agora Como nós temos réplica aqui na nossa comunidade Vai facilitar Nossa acesso aí os professores vão ir lá para fazer trabalho e convidar o o historiador ancião né para contar a história para criança e agora nós estamos feliz de receber esse réplica né E aqui na nossa aldeia e a gente vai fazer trabalho né aí por isso que eu a
gente tá pensando juntamente com a comunidade para trazer o pessoal de pessoal de fora né para conhecer a nossa realidade conhecer a nossa história para e compartilhar com o nosso conhecimento com esses pessoal né E também a essa réplica não é do Povo alcha também é do povo aut xinguano e aqui no chino tem 16 povos diferentes língua diferente vai vir aqui também assim que o se interessar eles são vi aqui na nossa aldeia para compartilhar eles e a gente sabe que eles têm também a história sobre esse camac pode passar aí eu gostaria compartilhar
com vocês né como é que a gente entende o museu né Eh é para nós povo alcha o museu um espaço de troca de conhecimento né e de aprendizagem de interação com as pessoas e objetos que estão presente nos museus como também é reconexão de história do passado e presente além de uma casa de apat espírito ou as pessoas falecidas por vi por é uma servo de memória né da história do conhecimento e mais uma espírito né Por que que a gente considera a casa a o museu como casa do sapatai é porque a geralmente
o museu eh no caso da cidade quarta uma um material antigo né E eles não jogam o material alguns pesquisadores encontram material antigo aí coloca no museu e para nós povo indígena e a gente entende que esse material não é simplesmente material é doat é do espírito Além disso tem o dono que tá cuidando Apesar que o pessoal vai colocar no museu ele acham que o é dono deles mas na verdade além disso tem é dono né como espírito vai cuidar também aí se o pessoal vai cuidar direito aí o apat o espírito vai ficar
bravo né aí um dia o pessoal vai ficar doente que trabalha naquela espaço né aí por isso que a gente considera a o museu é caa top Pata também não é uma casa só né para trocar o conhecimento a gente vai conectar com o espírito também né Aí como eu falei para as pessoas falecidas para vocês entenderem eh para nós ser uma se a gente vai guardar o material do nosso final do pai e avó aí a gente não quer quebrar né a gente quer guardar e preservar aí o alma da nossa família não vai
sair ele vai cuidar também a gente sabe que a nossa família está com entre nós invisivelmente né porque a gente tá guardando o material del aí por isso que sempre a gente fala quando a gente tava discutindo sobre o museu entre a o jovem comunidade e o museu é uma casa do da pessoa falecida também é nossa família por exemplo e a papat também até nós né o pessoal que tá vivo né aí por isso que eu coloquei pequeno o nosso entendimento né e a gente entende Museu e ah várias formas né E se a
gente vai discutir sobre isso a gente vai levar o o dia para entender aí por isso que eu peguei esse pequeno informação para apresentar para vocês e para vocês entenderem o que que é como é que a gente entende o museu né aí por isso que o tá aqui mais paraa frente eh a gente vai por isso que a gente não vai colocar ainda a gente não tá colocando objeto nessa casa que eu mostrei para vocês mas a gente vai conversar né para comunidade decidir Vamos fazer vamos colocar nosso objeto lá né Eh para fazer
uma exposição Mas se a nosso objetivo né como eu falei para vocês anteriormente e a gente quer promover a oficina para produzir o material e naquele espaço né aí o pegar selecionar alguns subjet para guardar e E assim a gente tá pensando também mas ainda não tá decidido mas a gente tá começando a gente tá aprendendo também né E porque museu é para nós é isso é isso que eu gostaria compartilhar com vocês aí qualquer coisa assim que vocês tiverem dúvida me pergunta eu tô aqui para responder né a gente poder aprender junto né isso
é muito importante troca de conhecimento é muito legal e aqui é a nossa língua é obrigado a vocês me ouvirem Muito obrigado pessoal a gente que agradece eh que fascinante ouvir você a taque obrigada por compartilhar tudo isso e eu cometi uma gafe então eu vou repará-la agora eu não fiz apresentação formal a tem tem já um currículo respeitável e eu vou fazer então agora depois da fala dele a waurá é doutorando em antropologia social na Unicamp com estágio na universit de Paris emter na França é mestre em antropologia social pela Universidade Federal de Goiás
é AD em ciências da linguagem na licenciatura intercultural também pela Federal de Goiás é professor na escola indígena Municipal ul lup puen e é colaborador do laboratório de etnobiologia e biodiversidade da Universidade Federal de Goiás além de coordenador do museu indígena o Lupo n então a e queria agradecer a tá que você ficou dentro do seu tempo ali perfeitamente eh não sei se você usou Algum relógio ou se você tem esse domínio tão tão perfeito mas você ficou nos 20 minutos exatamente e não professor é muito obrigado eu tô esperando as a você mandar mensagem
aí mas agora deu certo né é Não eu só ia mandar quando desse 20 minutos mas aí quando deu 20 minutos você encerrou né tá bom e Bom enfim eu acho que todos ficamos com com muitas questões para fazer mas temos ainda outros casos interessantíssimos para conhecer e eu vou diretamente passar a palavra pra convidada eh arissana que é artista visual professora e pesquisadora Desde 2005 realiza Exposições individuais e coletivas no no Brasil mas participou também de exposições em Portugal Noruega Inglaterra Estados Unidos e é uma das da das curadoras atualmente do Pavilhão brasileiro na
Bienal de Veneza a arissana atua na educação escolar indígena desde 2002 ela possui graduação em artes plásticas mestrado em estudos étnicos e africanos pela Universidade Federal da Bahia e atualmente é doutorando em artes visuais também pela Federal da Bahia então a gente te passa a palavra que bom que você pôde vir arissana nesse momento eh está em deslocamento no meio de uma viagem mas Ficamos felizes que você conseguiu parar esse tempinho para ficar conosco caso arissana precise sair antes do do final eu combinei com ela que a gente encaminha as questões para ela que surgirem
E aí quando ela tiver alguma brecha ela nos devolve eh as respostas por eu eu não falei antes mas nós temos eh um projeto de transformar esse curso de extensão em um livro a gente quer transcrever as falas de todos aqui acrescentar algumas reflexões adicionais e publicar para que para que toda essa riqueza que a gente reuniu possa ser acessada por mais pessoas de um um jeito perene então mesmo que não não dê se eventualmente acontecer como hoje né de que não dá para arissana tá aqui no no debate mas mesmo assim a gente tem
a chance de depois incorporar algumas réplicas dela no ebook que vai ser produzido no final arissana muito bem-vinda Eu sempre fico muito feliz de te encontrar Admiro seu seu trabalho como como artista e pesquisadora e educador na sua comunidade Então você tem cerca de 20 minutos não vou secar rasca de ninguém mas é quando passar de 20 minutos eu só dou um toque de que a gente chegou nesse tempo eu sei que arissana tem uma apresentação também que vai ser passada pelo Lincoln a quem eu queria agradecer publicamente que tem nos ajudado eh com esse
suporte de comunicação pro curso então te passo a palavra e até daqui a pouquinho eh Bom dia e veja se tá tudo ok estão me ouvindo bem milana eu estou e eu estou na área assim numa área de embarque e desembarque um lugar mais sossegado que eu arranjei porque dentro do aeroporto tá com muita gente então acho que podem ouvir barulho de carro estacionando e saindo então gente e fico muito feliz gostaria de agradecer né ao parente né que apresentou peguei o finalzinho mas como provavelmente vai ficar gravada né eu acredito e eu terei a
oportunidade de ver com mais profundidade o trabalho desenvolvido na sua comunidade aurá eh agradeço Ilana né pelo convite mais uma vez a gente tá nesse trabalho asos demais da equipe que estão também fazendo parte a todos que se inscreveram que estão participando também momento dessa Live e vou tentar aqui cumprir meus tempos e pode então UnG kab memóri viver patcho parte de uma exposição né que organizamos para reabertura do museu na Alde indígena Coroa Vermelha então Coroa Vermelha é uma comid indígena né com mais de 5000 6000 indígenas nem sei mais ao certo né a
quantidade exata de tanta gente né tanto patach que mora aqui na comunidade crua vermelha é uma área que foi demarcada tardiamente vamos dizer assim né em 97 então uma área que já tinha sido ocupada pelo turismo né pela ocupação de Empreendimentos Pousada Imobiliária então uma comunidade que tentou conviver com isso mesmo depois do do processo de marcat Olo né que de alguma forma tentou tirar boa parte da dos não indígenas do território mas Cora vermelha esse fluxo né de de de gente né por ser um lugar turístico né e e muito próximo de Porto Seguro
né 20 minutos de Porto Seguro então Geralmente quem vai a Porto Seguro sempre vem coroa vermelha e Coroa Vermelha tem ela tem um Marco histórico para o Brasil em si por conta de seu lugar na história contada da história brasileira né vamos dizer assim seu local que foi celebrada a primeira missa no Brasil então Cora vermelha tem uma uma um um espaço que eles chamam de cruzeiro que é um local onde tem só só passar o barulho aqui que tem uma cruz que é o local onde foi celebrada a missa que marca esse local né
que fica na beira da praia e que os turistas geralmente vão eh visitar então geralmente para ônibus eh por muito tempo para o ônibus só para ir visitar esse espaço esse local foi celebrar a primeira missão no Brasil mas para Além disso porque tem praias realmente muito belíssimas e super tranquilas e calmas e sem ondas que geralmente chama a atenção de muitas famílias que tem criança então é um fluxo movimento muito grande e nesse espaço né que nesse circuito de visitação da missa muitos pató colocaram para vender artesanat desde a década de 70 né os
pató vem eh trazendo seus artesanatos para vender nesse espaço por conta desse fluxo de turista e esse fluxo foi crescendo ao ponto de que como eu falei instalaram não só os indígenas mas não indígenas também por ser por não ser uma área demarcada embora seia uma área tradicionalmente indígena Mas é uma área que não foi demarcada logo eh então em no ano pra celebração do ano 2000 o governo federal quis transformar esse espaço fazendo ele eh como se fosse um espaço de Museu Aé Alberto Mas não seria um espaço de Museu a Alberto mais um
espaço de comemorar né esses esses 500 anos do Brasil e para Celebrar essa comemoração eles queria fazer desse espaço do Cruzeiro que inicia na BR 367 e vai até a praia mais ou menos uns acho que é uns 2 Km de de passarela organizou-se um espaço que ia organizar um espaço de vamos dizer assim de de acolhimento ao turista vamos dizer assim e então eles criaram eles reformaram toda essa região desse espaço e nesse período nessa reforma de todo esse espaço aberto vamos dizer assim né Urbano eles instalaram eh retiraram as barraquinhas de venda de
artesanato criaram um um um um galpão não quer dizer criaram uma construção que chamaram de Shopping indígena uma uma construção circular com várias lojinhas e criaram uma outra construção circular que eu que chamaram de Museu indígena e Esse museu indígena eh é dele que eu vou falar agora só comecei para situar vocês de onde é está localizado Esse museu ele tem um espaço ele foi criado para isso para essa comemoração 500 anos para Celebrar esse esse momento naquele período em 2000 e ele foi nele foi feito um acervo eh com obras né artísticas de vários
povos de diferentes lugares eh tinha também pató mas a presença pató era muito pouca e principalmente os índios na Bahia também mas a aparecia algumas coisas então o museu era um misto de fotografias na parede com algumas alguns espaços mais de de apoio mais ou menos de uns un uns 1,5 que ficava tipo umas bancada no centro que ficava algumas alguns objetos materiais né mais tridimensionais de vários popos senores senhores só um instante não sei se vocês ouvem essa bagunça do aeroporto e a aí depois que fez deixa eu me situar aqui gente onde eu
parei certo então aí fez esse espaço depois de ter feito todo esse movimento de comemoração dos 500 anos o museu de alguma forma ficou sem assistência Eh vamos dizer assim sem apoio governamental para para mantê-lo então assim era a própria comunidade que mantinha o museu né que que tinha que fazer a limpeza manter os funcionários e tudo mais e cobrava uma taxa para o ingresso né para entrada e visitação e com essa taxa né é que o a comunidade de alguma forma mantinha com limpeza e tudo mais isso com o tempo né Depois de mais
de de 15 anos aí o museu foi se deteriorando né porque não teve um apoio para eh para manter a estrutura física né que tinha uma estrutura que algumas partes era de piaçava no teto né é um museu aberto e por ficar muito próximo à praia também ele ele retinha muito do salito marítimo então muitas fotografias foram estragando que estavam expostas geralmente em eh nas paredes e e de alguma forma o museus se deteriorou ao ponto de da próprias obras que estiveram dentro eh deteriorar também e em 2018 ele fechou acho que foi em 2018
Não Falha a memória e aí depois a comunidade começou uma guerra aí a partir de 2020 21 para tentar Restaurar Esse museu primeiramente a arquitetura para depois ir para pra outra parte que seria o acerto então tentou de alguma forma uma parceria com a FSB com um professor também que era museólogo e outros professores para tentar um recurso financeiro via estado e tal para conseguir essa a reestruturação da arquitetura né Que acabou sendo deteriorada telhado e tudo então consertou depois de conseguir um projeto foi tudo bonitinho começou a reestruturar e finalmente o ano ano 2021
final de 2021 para 2022 ele ficou totalmente pronto assim a arquitetura e a comunidade teve pressa na verdade para eh abrir mas como abrir se não tinha acervo e a comunidade vinha se reunindo periodicamente às vezes uma vez no mês duas vezes eh no semestre tentando discutir Esse museu né criaram uma uma proposta inclusive de de Regimento e tudo junto com em parceria com FSB com o pessoal que é museólogo para instruir o pessoal e tudo mais eh para quando abrisse né tivesse todo esse esse essa proposta que foi discutida com a comunidade e só
que para abrir o museu precisava de uma de ver o que que tinha dentro e a comunidade estava com bastante pressa e em 2022 eh né comecei a acompanhar o pessoal também para nessas discussões em algumas reuniões e para pensar o que o que que o pessoal queria ter nesse acervo né convidaram falou n Sana pode nos ajudar chamaram também outros parentes da comunidade e surgiam muitas ideias do que teria Esse museu do que deveria ter era muita coisa que a comunidade queria e um dos enfoques que a comunidade queria é que não fosse mais
Esse museu que trouxesse eh que não representasse o povo pató mas que fosse o museu que tá dentro do território pató fosse o museu que trouxesse mais ou especificamente a cultura do povo pataxó e então foi que eh o pessoal queria abrir o museu mas né juntamente com a parceria com a com a universidade a gente tinha a ideia de fazer um projeto de pesquisa né e tentar algum financiamento para que a gente conseguisse um tempo mais longo de pesquisa e criar um acervo né Eh estruturado pensado discutido com com muito mais tempo mas a
comunidade queria o museu aberto a final de 2022 Ô desculpa eh final de 2023 queria o museu aberto e então a gente participando dessas reuniões 2022 23 e tentou o financiamento não conseguiu e a comunidade resolveu apostar na gente na gente quem e nos indígenas mesmo para que já tivesse alguma experiência né em museologia ou ou mesmo curadoria para ajudar nessa nesse nessa nesse acervo E aí foi quando eu fui agora convocado especificamente para fazer essa parte juntamente com Oiti que é outro pataxó também que já tem inclusive ele tem um museu também Lana né
acho que é uma pessoa que também deveria estar aqui acabei eh porque ele tem um museu né que ele fez uma que ele chama casa de memória né que é um museu que fica na reserva do Pata Jaqueira então junto com eh dessa região que a gente chama de parque indígena seja pagamento e todas outras coisas mais que a comunidade necessita para aquele espaço E então a gente montou uma exposição que foi essa exposição abacor provisoriamente baseado no que a gente já tinha discutido com a comunidade né de trazer um pouco da memória para tchó
mas como o tempo foi curto mais ou menos 3S meses que a gente teve para organizar e pouco recurso a gente não conseguiu fazer muita coisa mas é o que eu vou mostrar aí nesses próximos 5 minutos é pode passar o slide é a Cora vermelha então pra realização do Acervo aqui é a passarela que eu falei né que foi feito 500 anos colocaram essas pedras aí de fizeram uma grande Passarela com árvore de Pau Brasil de um lado de outro fizeram o shopping Depois o shopping di na o número de loja era insuficiente para
garantir a comunidade na na economia vamos dizer dos artesãos então eles acabaram colocando lojinhas ao longo de toda a passarela e assim como tá hoje pode passar eh então pra realização do trabalho a gente contou com a com uma de alguma forma com ajuda de muita gente da comunidade muita mesmo se não fosse a comunidade empenhadas e nos ajudar a gente não conseguiria Então esse é um o dito a gente chama de dito dito ele foi uma das pessoas esse que tá com a lança na mão que nos ajudou muito ele cedeu né Eh deu
na verdade algumas obras deles eh o curica também então vários logistas e artesãos né alguns que fabricavam outros que tinha eh para doar né e quiseram fazer essa doação doaram para para abrir Esse museu então muitas pessoas doaram mesmo eh o seu tempo não só o seu tempo ajudando a gente a montar como ali tem duas fotos da minha irmã e da Vanessa atacho que nos ajudou também até na montagem esse ali do lado a a embaixo à direita é o Oiti pataxó que tá fazendo a gravação dos nomes a gente fez os nomes eh
numa madeira né para colocar na parede e a gente pode passar pode passar o slide aqui a estrutura do museu como é que ele é ele é um museu todo em meia-lua porque a outra parte da meia-lua é uma área são áreas de Sala fechada e o centro ele é aberto Então essa área meia-lua é a área fechada que a gente chama do espaço positivo e a gente percebeu quando a gente foi pensar em colocar os acervos né que a gente tinha adquirido com a comunidade as paredes elas não podiam ser aproveitada porque eh passarinhos
faziam unin em cima do museu então eles acabavam fazendo cocô embaixo assim sujando as paredes e se a gente colocar passe alguma coisa e acabar sujando muito então a gente teve que criar suportes entre uma parede eh no meio criando Paredes No meio para criar como se fosse vãos né como se fosse eh espaços diferentes para cada área porque a comunidade queria que a gente tivesse área para falar sobre a educação área para falar sobre o território área para falar sobre a a a língua ara para trazer a questão da da cozinha do dos utensílios
que era usado na cozinha então assim a comunidade queria que a gente tivesse um pouco de tudo então a gente tentou trazer um pouco de tudo fazendo essa essa divisória de alguma forma mesmo para tentar eh que as divisórias servisse de alguma forma como suporte né então a gente colocou uns compensado a cada em cada eh coluna dessa de madeira para criar esse suporte e pintou a gente pintou de cada cor diferente resolveu pintar né e de cores diferente de alguma forma para e dividir esses espaços pode passar a gente criou aqui nessas divisórias também
foram colocadas pinturas de oi né pinturas corporais que foram agregadas em outro suporte pode passar aqui nesse espaço a gente chama de espaço do território é um espaço que que a gente eh trouxe fotografia de mais velhos de pessoas mais velhas da comunidade e a gente trouxe a experiência de em vez de de da gente colar algo nas paredes já que não podia a gente pintou desenhou então Eh escrevi nas paredes algumas partes de cantos do povo pató a gente desenhou o mapa também na parede então aí na parte do território a gente botou pata
chó na luta ele não cança vive na guerra cheia de esperança né porque tem um canto que traz menção a essa frase pode passar aí essa esse é o canto pode passar aqui as imagens dos ancião a gente colocou o título nossas raízes pode passar a gente tinha pouco recurso para material então a gente Aproveitou a gente teve que imprimir e assim em em um material que o pessoal usa aqui para imprimir eh esqueci o nome daquele que tem nos restaurantes cardápio então a gente impri em PVC né e e teve uma laminação assim para
tentar ter uma durabilidade nas fotografias e o acero fotográfico alguns foram Meus outros fui pedindo na comunidade fui pedindo de pessoas outros fui pesquisando em acervos institucionais como a Anaí Associação Nacional indigenista aqui da da Bahia e fui pedindo autorização eh algumas fotos são antigas outras mais recentes de pessoas mais velhas pode passar pode passar essa parte aqui eu trouxe alguns recortes de jornais que aconteceu com povo Pat chó da luta da demarcação do território de alguns momentos que eu achei importante era para ter mais mas eu não tive não tinha condição eh e depois
não tinha mais espaço onde a gente colocar pode passar eh nessa parte do isso tudo é parte ainda do território nessa parte do território a gente colocou um trecho da música que chama assim arou muric arou mcity Rio pató onde a gente colocou cartas que foram destinadas a vários órgãos ou a sociedade feita pelo povo pató então nós temos a carta de Jerry matalo na missa dos 500 anos tem a carta de Joel Braz quando ele foi exilado temos a carta e de honoro Borges na verdade não a quarta mas uma entrevista que ele fez
em 1951 ajornar à tarde depois que ele foi eh eh não condenado mas por conta do Fogo de 51 né que é um evento que depois vocês podem pesquisar melhor sobre patacho pode passar e a gente teve uma parte da educação que é essa parte de cor cinza a gente também colocou canto lá atrás que a gente colocou tem uma frase que foi construída em um seminário de educação da escola indígenas com um seminário Nacional um fórum nacional que é assim eh educação é um direito mas tem que ser do nosso jeito e aí tem
essa mesa com material escolar dos Estudantes das duas escolas indígenas da terra indígena coroa vermelha que é do colégio estadual e da Escola Municipal pode passar aqui são livros que a gente já publicou pode passar aí são desenhos dos alunos e algumas palavras em paturan na madeira para que as pessoas pudessem tocar e e ver o outro lado tem Pan e tem português como se fosse uma obra interativa pode passar aí uma um espaço de natureza que que a gente resolveu fazer para que as pessoas pudessem emergir é muito parecido com o museu das culturas
indígenas tem lá depois eu fui lá eu vi e a ideia era as pessoas também puderem eh pisar mesmo né E aí a gente colocou algumas a folhas e algumas coisas da natureza pode passar aí são as partes de adereço a gente colocou adereços e tangas do Povo pató de vários materiais que o pessoal já usou algumas cuia com sementes diversos eh usada para fazer colar pode passar é esses materiais alguns foram doados outros foram comprados pode passar aí a parte que a gente chama da cozinha a gente fez um fogão a lenha colocou uma
um armário um moqu e alguns utensílios que geralmente usa na cozinha um Pilão um caçuá Um cesto eh gamela e outras coisas assim né de uma cozinha de alguma forma pataxó tradicional assim tradicional assim mais antiga né que era que o pessoal queria pode passar aí Tem uma parte que a gente colocou as a as armas vamos dizer assim as armadilhas né então tem bodoque tem armadilha de pegar peixe armadilha de pegar caça arapuca E tantas outras armadil lança zarabatana pode passar a gente pintou essa ara de vermelho ISO meu horar tá acabando e essa
parte que a gente colocou assim para colocar um pouco mais as artes eh feita por artistas mais eh indígenas que estão agora atuando em outros modalidades assim de que não era tradicionalmente feitas né tipo eh pintura mural fotografia tela pintura em tecido escultura então a gente colocou aí um misto de dessas dessas Artes que T eh surgido com esses novos suportes e materiais acho que é isso nós fizemos uma sala ainda de cinema Tem área externa que tem uma um kigem onde as pessoas podem se pintar quando entram tem uma área de viver pode passar
ainda lá fora também tem umas armadilhas aind e pode passar tem uma área de viveiro também que com ajuda de capim bará também foi feita então assim é isso eu só quero dizer que realmente o museu foi feito H muitas mãos embora a curadoria dessa exposição exclusiva tenha sido feito por eu e em colaboração do professor Pablo também dab que ajudou mas o empenho da comunidade aqui especificamente de que infelizmente por um grave acidente eh veio a falecer Jeferson pató ele era era um grande né foi um grande líder que colaborou para que esse Museu
fosse reaberto né Principalmente com a execução dessa exposição que ele se dispôs a topar confiou na gente assim quando a gente dizia Olha a gente precisa de compensado ele não se eh precisa de tinta tals cores eles ele teve Total confiança num no nosso trabalho assim se dispôs a tudo mesmo eh infelizmente não ele veio a falecer era um jovem mesmo ainda tinha seus 30 e poucos anos e toda a equipe né do do do Parque administrativa né Eh o barriga tô falando noos apelidos aqui né E E tantas outras a marinate que era A
contadora e toda a equipe né Que que foi ajudando mesmo ajudando a gente coletar o material a gente foi passando na as casas dos artesã nas lojas colher esse material na verdade né E para comprar também então é isso né então Museu abriu hoje ele tá funcionando eu tive lá recentemente a comunidade queixa que o pessoal às vezes não quer pagar nem R 2 para entrar que acho que é o custo é R 2 um custo bem barato mesmo assim a comunidade que eu digo assim turistas n do valor eh e é isso né ainda
precisa de manutenção eu eu percebi que por conta do salito ah do mar da praia muitas coisas acabam pegando o mofo muito rápido ainda que limpando segundo a judicativa né do pessoal do museu então assim eu vejo que a gente precisa repensar de novo até a questão da arquitetura novamente para tentar manter esse acervo é isso Ilana desculpa aí eu ultrapassei muito obrigada obrigado darana ultrapassou alguns minutos Mas eu achei muito importante a gente chegar até oo final da da sua apresentação porque no seu caso o museu existe já ele já tá aberto vocês tiveram
um trabalhão para para eh reunir o aco então eu eu acho que era super importante a gente ver até o o final que que tem lá eh Obrigada eh pena que não Provavelmente não vai dar para você ficar até o final tem uma coisa que ficou me passando pela cabeça Enquanto você falava que é essa urgência da comunidade que queria abrir rápido o museu né de onde será que vem eh não sei se você quer falar um minutinho dois sobre isso já que você não vai estar depois né a percepção de que o museu seria
importante para a comunidade por internamente externamente politicamente Olha eu acredito por vários motivos né primeiro porque para não acredito que essa recuperação desse espaço era como se fosse assim recuperar também um pouco da nossa memória né do que foi essa memória mas só que a gente não queria recuperar uma memória que fosse dos 500 anos desse museu dos 500 anos mas que fosse uma um local que pudesse guardar um pouco a memória do povo pató Mas a nossa perspectiva ainda para mim ainda ele não tá pronto né porque no nosso Regimento e nossa pensamento nossa
construção a gente pretende que o museu ele não seja um lugar morto vamos dizer assim ou só de guardar coisas mas que seja um espaço em movimento então a gente quer futuramente eh essa exposição como é uma exposição provisória vamos dier assim né provisória iG Como diz minha mãe ual de caranguejo Mas já tem um ano um ano Janeiro Nós abrimos em janeiro né de 2024 vai fazer um ano é essa nossa meta assim que era enquanto a gente organ tentava um projeto de financiamento PR pesquisa e fazer um acervo melhor maior ampliado com mais
qualidade técnica seja de impressão e tudo mas a gente não conseguiu ainda o financiamento E então assim eu acredito que a exposição ainda vai durar por muito mais tempo mas como o Jefinho falou né antes ainda de falecer Elana a ideia a gente ampliar esse material e melhorar a gente não vai descartar ele né Eh então é isso então Eh porque a gente vê o museu como um espaço também paraa memória dos jovens né então por isso a importância de ter ali Retratos da própria luta de quem foram os grandes líder de quem foram as
pessoas que quais foram esses movimento que o povo Pat chó passou então por isso assim essa esse espaço né da da da educação a como tem a história da educação como tem a a a a a questão do da área do território né mostrar como que é esse esse movimento entre passado e presente entre luta né e e e o agora é um pouco disso então acho que isso é importante politicamente é importante para marcar o território é importante também para para o próprio turista que infelizmente quando vem aqui a primeira pergunta que eles fazem
eles perguntam assim quando vê toda a cidade onde fica a então o museu seria esse espaço assim dizer olha is isso aqui ess A Nossa essa é a nossa história então assim conhecer a história para entender a nossa realidade isso é super importante então eles até começou o movimento todo sábado um grupo de de indígenas jovens eles fazem uma apresentação ma né Eh o heru au eles fazem ali um um ritual sempre se pintam brincam com as crianças eh todo sábado tem esse momento então no museu mas ainda não é o que a gente quer
somente né a gente quer quer mais mas como eu não sou eu não sou diretora Eu Não Sou coordenadora Eu só fui curadora da exposição então não ten um vínculo diretamente com Museu né mas eh o pessoal sempre me convida quando tem reuniões para pensar os próximos projetos e é isso tá joia Obrigada eh eu vou passar então aav PR próxima convidada sair Lana porque acho que vai comear o embarque vou ficar só na esca viu agradeço muito já desde já fico tiver alguma pergunta como você falou você escreve Guarda aí para mim depois a
gente responde em outro momento então agradeço muito a todos que puderam assistir muito obrigada vou ficar na escuta Tchau então vamos chamar agora diretamente a mcia que tem um currículo muito interessante também ela é Educadora escritora Doutora em história social pela USP e aprendiz dos conhecimentos repassados pelos mais velhos e pelas mais velhas ela pratica a pedagogia da afirmação indígena a partir das aprendizagens vivenciadas no território fazendo o Caminho das Águas pelos rios de memórias e a partir das vivências indígenas feitas com tanã atatu mura e Lucas antoro e Mura se eu pronunciei errado você
me corrige por favor Márcia Mura usa atuação na academia nas escolas na música no cinema na literatura e a própria história indígena como ferramenta de luta Márcia vai nos falar dos dos espaços culturais Mura da região do Rio Madeira seja muito bem-vinda e eu passo a palavra agora nemere muito obrigada o catar Rep pé que a paz possa estar entre nós essa paz de cessar e acabar com todas as violências cometidas contra nós povos indígenas e que eh nossos territórios possam ser esses grandes espaços né de de de guardar de cuidar do ambiente inteiro eh
eu sou a mais velha das que já se apresentaram mas eu tô aprendendo bastante com a fala das do parente que me me antecedeu e da parenta e vendo que o que a gente tá pensando aqui tá indo nesse caminho também que eles estão pensando né já trazendo uma construção né de uma percepção de espaço de memória eh que se diferencia daquilo que se conceitua como Museu na Perspectiva não indígena né Eh para nós pelo que eu ouvi dos parentes e pelo que a gente tá Constru construindo aqui eh esses espaços são espaços de vida
espaços de de recuperação de memórias e espaços de manter viva essas memórias mas não como algo morto mas como algo que tá vivo e em movimento então Eh eu gostaria de de primeiro passar eh apresentar para vocês uma revista que a gente publicou com recurso da Lei Blanc eh o Ant Caim Mura que é meu filho mais velho e eu para falar um pouco de como que a gente tá fazendo essa recuperação de memória Mura eh no baixo madeira eh então tem aí a uma revista que eu compartilhei Será que seria possível projetá-la Lincoln você
tá aí eh essa revista ela Traz presente os caminhos das malocas Mura nós chamamos né vivência Sagrada eh o o protagonista dessa dessa narrativa dessa revista é meu filho né okimura que está num outro espaço cultural que é eh que se situa numa reserva extrativista eh em Guajará Mirim Rondônia já perto na fronteira com a Bolívia e eu tô aqui no Rio Madeira no baixo madeira Prado de Rondônia numa comunidade chamado Maravilha entre um lago e um rio madeira eh de frente paraa cidade de Porto Velho só para situar um pouco Aonde eu estou aí
a gente pode passar então por favor a as páginas dessa revista pode continuar eh aqui essa essa pode parar por favor só na primeira página a a outra página primeira isso aí aqui é os lá na onde tá maloquinha a próxima página depois dessa aí pessoal desp Aqui é Pou ru tá dando um pouco de delay tá por isso que tá demorando demais tudo bem eh aqui nessa página tá a a maloquinha maloquinha Mura aqui é o espaço Nossa Maloca né Essa que que é um espaço que a gente entende como um espaço de recuperação
do do ambiente inteiro né que é o espaço aonde está onde está sendo feitos roçados Aonde tá fazendo o plantil das Castanheiras né E de outras e de outras outras árvores né que fazem parte desse desse desse bioma n na Amazônia e é um lugar onde tinha se tornado pasto E então a gente começou a trabalhar essa concepção não apenas de recuperação do solo mas de recuperação do pertencimento indígena nessa comunidade que hoje é uma reserva extrativista mas a gente tá trazendo por exemplo os parentes que que são desse território para lembrar o nome desse
RIO eh dentro da cultura desse povo que do qual os território sempre pertenceu né Eh para lembrar que esse espaço tem uma história de ocupação de colonização para lembrar que esse espaço do seringal foi uma intervenção em cima de territórios indígenas e para eh opar ali a presença de famílias indígenas que vivem nessa nessa reserva extrativista Então tudo isso vem sendo construído a partir do momento em que se construiu esse espaço cultural da nossa Maloca que é o nome né então a gente entende que que esse espaço ele não é um espaço de guardar objetos
mas é um espaço de vivência e de recuperação de memória Então pode passar pra frente por favor pode ir passando pode continuar Só foliando mesmo para verem a a revista pode parar aqui por favor pode parar lá onde tá o mapa aí nessa página tá onde nós estamos apresentando um pouco do nosso histório né do Povo Mura Aonde tá sendo situado a cidade de Porto Velho já em 1700 a é um um fragmento do mapa do curtin da Ju né E aonde ele citou a cidade de Porto Velho a presença Mura em já aqui a
partir de 1700 isso não quer dizer que os muros chegaram nesse nesse território aqui só em 1700 1700 é quando eles passam a ser registrados na historiografia e nas cartografias que é é o momento em que que o que o meu povo começa a fazer esse enfrentamento direto com as expansões coloniais né então esse pedaço aqui que eu é um pedaço Aonde se deu a guerra de 100 anos em que os Mura eh fizeram uma barreira no Rio Madeira retardando a entrada dos colonizadores na Amazônia via Rio Madeira né para defender né a as os
vários eh era uma diversidade né de de de cacais né que tinha aqui nessa região que era é o cacau nativo nosso e que os exploradores de especiarias estavam querendo levar pra Europa isso foi o Tupim né porque já tava acontecendo mais aqui à frente onde eu estou mas à frente tem a Vila de Santo Antônio aonde foi restaurado a Igreja de Santo Antônio com a questão das da construção das hidroelétricas de Santo Antônio aí e esse lugar ali marca muito bem a sobreposição Colonial sobre o nosso território que é UMS espo aonde tem o
Marco divisor antigo entre Amazônas e Mato Grosso que Rondônia foi formado a partir né dessa fragmentação de uma parte do Mato Grosso e uma parte do Amazonas então lá tá esse Marco lá tá essa igreja lá tá a o trilho da ferrovia passando e o museu Marchal Rondon e logo a gente vê em frente a hidroelétrica de Santo Antônio Então tudo isso eh por 100 anos foi foi sendo foi combatido pelo meu povo né que chegava nessa localidade e destruí os as plantações dos das pessoas que estavam ali formando aquela Vila destruía tudo para essa
Vila não se expandir né então só para situar historicamente um pouco nós aqui no baixo madeira pro lado de Rondônia porque nós aqui em Rondônia nós não temos um território demarcado né não tem um um território Mura demarcado nós temos nosso Rio pro lado de Rondônia que também é indígena que é mura e também de outros parentes que sempre percorreram por esse rio né mas eh o lado de Rondônia Nós não somos reconhecidos né enquanto eh um uma um território a gente vive eh em contextos ribeirinhos contexto de cidade e contexto extrativista pode passar para
frente por favor só foliar a revista eh enquanto esse aí é o antor cai Anton caura pode continuar então Eh essa revista ela foi para mostrar um pouco eh desses caminhos aí é eh pode parar aí aí é onde a minha mãe né junto com com com a minha colaboração colaboração do meu da minha família dos parentes né a gente tá recuperou né esse espaço de de vida que é na cabeceira do Lago uruapiara aonde foi construída aí uma uma casa né Aonde minha mãe vai fica por uns tempos e aí o grande acervo é
o acervo das das Castanheiras que foi foi plantada ainda pela minha bisavó esse espaço ele é passado de geração por geração de mulheres é desde a minha tataravó desde a minha bisavó para minha pra minha avó e agora tá com a minha mãe eh podemos passar por favor pode passar pode ir passando eh é é importante a gente falar desses caminhos das malocas muras porque é um processo de recuperação de memória né então cada cada lugar desse por exemplo lá no urap Piara que fica ainda pro lado do Amazonas Mas fica na fronteira de Amazonas
com Rondônia né Nazaré que eu também vou mostrar depois e Porto Velho e eh Guajará Mirim Então são esses esses caminhos das malocas muras aonde estão eh nossos espaços de vida nossos espaços de recuperação de memória e nossos espaços de de de luta também né pode voltar um pouquinho na outra página ah aí pode parar aí não na próxima ali na próxima páginas que tá a próxima da frente que tava duas crianças eh são meus netos né na no espaço eh da Maloca das malocas Mura né que são os espaços eh de saberes eh da
floresta e das águas era lá onde estav duas crianças né mais paraa frente que que tava aparecendo ainda agora mas daí eh a gente pode eh sair agora da revista e aí tem umas fotografias que eu gostaria de mostrar né Eh de algum os registros nossos desses espaços eh só para explicar um pouco né Eh essa atuação eh a gente tá num processo de construção né E esses espaços que a gente V construindo os espaços físicos mas também os espaços eh eh afetivos e e espaços de Recuperação é é um espaço de recuperação de memória
então a gente tá mesmo eh envolvendo a comunidade nesse processo né de construção eh e esse espaço antes eh ele é muito mais do que guardar memórias mas é um espaço de recuperar memórias Então qual que é é a proposta que nesses espaços a gente possa levar os mais velhos e as mais velhas né para partilhar experiências que a gente possa ensinar paraas crianças eh eh os nossos conhecimentos culturais Porque como a gente não tá dentro de um território demarcado as escolas que tem nesses espaços são escolas que que não consideram nem sequer a realidade
de escola de Campo aí são duas mais velhas a gente elas estão coletando ses quando eu falei que a gente tá num processo de recuperação de memória Então esse espaço vai sendo construo por meio dessas vivências on chama os mais velhos nesse dia a gentea indo lá pro lago do peixei colet argila e a dona Joana tava que é uma das mulheres mais velhas da comunidade tava levando a gente para coletar argila que a gente ia fazer uma vivência a nossa primeira vivência que era um sonho que eu tinha de reunir as pessoas mais velhas
junto com as crianças né as mulheres no caso né junto com as crianças paraa gente fazer uma roda de conversa para relembrar o tempo das nossas mais velhas que faziam as panelas e outras V Ilhas e outros utensilhos de barro e que a gente eh deixou de fazer então esse espaço de memória é justamente para trazer de volta aquilo que foi tirado da gente né então Eh pode passando as fotos que estão aí Eh então a gente foi nesse dia fazer essa coleta e depois teve essa essa vivência em parceria com a Universidade Federal de
Rondônia né com arqueologia foi a nossa primeira vivência foi em 2019 foi num período que a escola tava parada não tava funcionando porque os transportes estavam interrompidos Ficou quase um ano sem aula e essa atividade era para ser feita na escola e não deu certo daí eu resolvi fazer lá na comunidade chamei as mulheres elas se animaram e foram e foi um momento assim assim muito bonito né Foi um momento em que a minha família por parte do meu avô materno e por parte da minha avó materna se reuniram junto com outras famílias que não
são ligadas eh diretamente como família sanguíne mas que faz parte da comunidade e são eh famílias afetivas então foi o momento de rememorar eh as mulheres mais velhas e e mexer no barro né com aonde as mulheres contar as suas memórias afetivas das suas avós Essa é minha tia é minha tia né ela já faleceu e ela mesmo adoentada ela fez todo o esforço de levar a família dela toda levar as filhas levar as netas levar a irmã né minhas sobrinhas se movimentaram foram as mulheres da comunidade se movimentaram e foram ass minhas minhas primas
as as minha as meninas que eram Minhas alunas na escola aí toda minha família aí parte de de a família da minha tia foram Isso foi um grande momento de rememoração das antepassadas eh Depois teve outras vivências também já com uma parceria com uma outra parenta né que é indígena também Aí já é em outro lá no urap Piara com as crianças também que a gente faz essa vivência de literatura indígena para rememorar né E para para fazer essa afirmação indígena Porque por meio da literatura indígena elas conseguem perceber que a vida que elas vivem
ligadas à floresta e aos rios que tá na literatura indígena é a vida delas aí essa foto é do espaço maloc camura que em 2019 foi inundado E aí a gente perdeu esse espaço daí com o apoio eh do de indicação do do próprio aon crenac para um projeto voo da vespa e ainda um projeto que a gente conseguiu pela Leo de blanque de fortalecimento espaço cultural a gente construiu um um um uma grande cozinha né que a gente tá chamando de Espaço De comedoria Espaço de saberes da das da do dos saberes saberes e
Sabores aonde a gente faz as vivências eh com com as crianças daí é o espaço maloc Mura aonde a gente tem então a gente nesse espaço a gente Guarda esses materiais que vão sendo eh feitos né pelas mulheres e que que são da própria comunidade a gente vai guardando esses esses materiais esses objetos e também daqueles que a gente vai coletando com outros parentes esses aqui vem da do território eh Guarani lá do Pico do Jaraguá que foi cedido pela pela tamic aí eu espaço maloc Mura né E aí a gente vai guardando esses esses
materiais aí né que vai sendo construído e outros materiais que a gente vai eh eh Esses banquinhos foram feitos aqui na na comunidade também de Nazaré essa pintura feita pelo antor ocai esses materiais são diferentes povos aqui de Rondônia e da Amazônia que a gente vai vai trazendo para expor também né E aí a gente vai reunindo então todo esse esse esses artefatos culturais eh e aí a gente também quer aí tá reconstruindo os nossos artefatos né e e para poder ir reconstruindo essa memória Então essa é a ideia nossa né do nosso espaço de
memória aí pode ir passando a fotos eh Então essa é a nossa atuação é uma atuação política uma atuação cultural né de reviver e de recuperar essas memórias eh trazendo presente né a nossa existência mura e de outros parentes em contextos ativista em contexto de de de ribeirinho de cidade aí é a construção fo é o processo de de construção da com arquitetura tradicional do primeiro espaço maloquinha Mura que foi construído Mas aí como foi feito com paxua que não tava muito madura ainda porque eu tava naquele Anseio né de fazer esse espaço e aí
as parentes se eh fizeram a colaboração na construção de tirar a palha abrir a palha armar a casinha e tudo e aí fazer tirar as paxua partir as pachas e fazer a casinha ela durou alguns anos e aí quando a gente fez o primeiro festejo Mura em 2000 e 23 A gente pode passar eh a gente reuniu mais 50 pessoas só da comunidade né que são os meus parentes o por parte de avô materno e e e avô materna a na hora que a gente tava fazendo a vivência tinha comido os peixes Assad e eh
já feito as danças feito tudo aí começou a armar uma uma tempestade muito forte que 24 de Agosto Geralmente dá um temporal né E aí as crianças se assustaram se assustaram correu todo mundo de uma vez para na maloquinha E aí deu uma baixada nosso áo e deu uma desestruturada na estrutura dos da da Maloca e aí com o apoio de uma de uma parenta eh que mora em São Paulo Ela ajudou com as doações e a gente foi construindo mais outras duas malocas só que dessa vez não mais feita de paxiúba mas com a
própria madeira que foi retirada de lá em coberta de palha aonde vai ser aonde a gente faz as vivências né de educacionais com as crianças de recuperação de memória e aí a gente tá pensando ainda nessa construção do que que a gente vai expor né quea como eu falei ainda estamos nesse processo de construção então Eh tudo que eu ouvi dos parentes agora eh Serviu de muito endado para nós né e assim no momento a gente tá atuando na construção desses espaços físicos né e dos acervos e e e construindo mesmo né Agora mesmo eu
fui lá na outra parte do território que é pro lado do Amazonas lá em Autazes Fui para uma grande assembleia né um grande encontro do Povo Mura diferentes lugares onde tinha de diferentes lugares da Amazônia pra gente se posicionar contrário a a potássio né que é uma mineradora que tá dividindo o povo e que quer fazer exploração de potássio dentro do território MURF do Amazonas e lá eu encontrei algumas panelas de Barro que as mulheres estão voltando a fazer E aí mesmo que eu ainda tivesse que ir para São Paulo para depois São Paulo VI
para cá eu eu adquiri algum uma alguma uma panelinha E mais umas minh tourinha para trazer já pensando nesse acero porque eu já tenho uma forma eh que é feita foi feita no rapiar é uma forma de de de preparo tradicional dos biscoitos tradicionais que são servidos nas nas festas culturais e nos roçados nos pirun que são os trabalhos coletivos Então já tinha essa forma aí tenho essas essas esse trabalho que a gente vem fazendo com no do projeto das mulheres de Barro que as mulheres estão construindo aprendendo e a a mexer de novo com
barro e nesse mexer do Barro trazer as memórias dessas mulheres mais velhas e construir e aprendendo a fazer novamente esses utensílios e aí eu trouxe Então essas panelas de Barro lá do território do outra parte do território Mura para apresentar né E aí com isso a gente tá juntando aí também comecei já a receber alguns materiais artefatos da comunidade ganhei um pote de Barro tem um outro pote de Barro então eh a gente tá construindo esse acervo ainda mas estamos na atuação dele como um espaço de memória viva é isso que a gente tem para
apresentar n meuer Obrigada Márcia que Que riqueza esse processo todo muita coisa para digerir aqui e eu vou então passar a palavra pro nosso debatedor e queria fazer a proposta já desde agora pra gente passar um pouquinho do meio-dia aqueles que puderem para que o o o o suzen Alon possa ter seus seus 20 minutinhos e mas que talvez eu vou selecionar também algumas perguntas e comentários de pessas do público não vai dar pra gente trazer tudo de todo mundo felizmente temos centenas de pessoas o que é é muito bom mas eu vou tentar pegar
duas três perguntas para cada convidado Então antes disso vamos passar agora pro suzen Nalon um minutinho um probleminha técnico que eu já tô resolvendo muito bem suzen Alon Canindé que é representante do museu Canindé em Aratuba no Ceará e eu vou fazer um parênteses para lembrar aqui que uma coisa que a gente achou muito bacana dessa mesa é termos participantes do Mato Grosso da Bahia de Rondônia do Ceará de São Paulo e acho que esse diálogo em nível nacional é algo importante de ser feito então o susen Nalon está nos falando aqui do Ceará ele
é graduado em licenciatura intercultural indígena pela Universidade Federal do Ceará mestre em humanidades pela Universidade da Integração internacional da lusofonia afro-brasileira D em história social pela Universidade Federal do Ceará e membro do grupo de estudos e pesquisas em patrimônio e memória da Federal do Ceará eh é coordenador de ações culturais no ponto de cultura e memória Museu indígena Canindé também articulador da rede indígena de memória e museologia social no Brasil que privilégio suzen Nalon poder tê-lo como debatedor dessa mesa então fique à vontade para fazer suas observações seus comentários se suas perguntas e se você
quiser também trazer um pouco da sua eh própria experiência fique super à vontade então lhe passo a palavra e até daqui a pouquinho Bom dia a todos todas e todes né Eh a fana já me apresentou eu falo aqui do Estado do Ceará eh de uma aldeia indígena que fica no maciço de Baturité e Que Tem trabalhado ao longo de alguns anos e de algumas décadas né na criação de um espaço museológico indígena representativo de um povo que ao longo dos anos ele foi eh silenciado pelas a a própria memória do do do opressor e
que em alguns momentos da história também eles a gente foi nós povo indígena Canindé nós fomos eh se reabrindo né para o nosso próprio movimento enquanto autoafirmação dos Canindé assim como outras populações indígenas aqui do Ceará e do nordeste do Brasil também eu gostaria de cumprimentar né os os os os meus parentes que estão nesse momento aqui também né o o alaque né Qual a gente tem participado de alguns encontros virtualmente também dentro desse processo de construção de memórias né a gente já tem participado de vários encontros né a arissana pató e a Márcia Mura
também já tenho ouvido muito falar em vocês duas né que tem construído também esse processo de construção e de memórias e formação também da própria luta nos movimentos sociais indígenas que a gente tem trazido ao longo do dos anos e das das décadas eh o que eu vou trazer né De acordo com a fala dos parentes principalmente né eu vou instigar um pouco no que vocês foram colocando Eu Vou refletir principalmente em cima do que do que nós fomos colocando também aí tanto o aar com arissana como a Márcia né e a gente tentar entrar
no debate também ao final né só vou deixar eh uma pergunta mas eh vou também fazer algumas reflexões para nós principalmente indígenas que estamos aqui e para os demais também eh que estão nesse processo de formação do curso aí eh conjuntamente com vocês e aí Eu começo as minhas palavras dizendo né Desse despertar entre essa museologia indígena que tem no Brasil né Eu sou pesquisador desde 2011 a qual tenho me dedicado muito a esses processos de entender o que é que nós enquanto populações indígenas né estamos querendo a gente quer ou a gente tem uma
perspectiva colaborativa eh entre essas próprias experiências né ao longo dos anos que a gente tem construído eh muitas formas e junções ao ao ao decorrer da luta e da própria formação e eh tem também estabelecido relações com outros movimentos outras formas de entender esse mundo também eh da própria eh realização dos povos originários eh dos povos indígenas dentro dessa construção dos museus E aí eu vou refletir em cima da fala que os os três parentes foram colocando né Principalmente no que eu entendi do que vocês foram colocando e o que a gente entende também e
o que a gente tem pesquisado tem debatido tem colaborado conjuntamente com essa ação museológica indígena numa perspectiva eh de contar sobre si de contar de si sobre si numa perspectiva indígena de uma nova história indígena de uma museologia indígena onde ela colabore e Contemple esses nossos conhecimentos também eh dentro de uma relação eh da própria museologia eh colaborativa e aí eu vou tentando aqui eh dialogar com vocês no que a gente foi colocando também o que aprender com o museu indígena a museologia indígena que se constrói são formas de entender realidades indígenas diversas em em
torno de suas memórias seus ecossistemas seus territórios e suas cosmovisões dentro e fora do mundo são experiências vivas cheia de cores e de sabores de interpretações de maneiras a pensar a relação vivenciada indígena com a ancestralidade tornando os objetos em formas de tal maneira a reviver o mundo imaterial compreendendo Nossa noção a respeito da da função social de um museu indígena nos cabe entender como se dá essa magnitude como e para além de espaço físico mas como espaço de luta espaço de resistência e reafirmação étnica um território sem normativas pois o modelo de Museu elaborado
por nós povos indígenas torna-se lugares de memória difusão da memória rememoração de saberes construídos os museus indígenas possuem uma grande contribuição para com a educação escolar indígena no entanto escolas e museus devem e precisam dialogar sobre como fortalecer e consolidar essas relações através de projetos e ações comuns nos campos da memória e do patrimônio cultural atuando para além e paralelamente à educação escolar no fortalecimento no fortalecimento e transmissão dos saberes de cantos de danças de elementos da espiritualidade e dos modos de fazer contribuindo de de maneira eficaz para a valorização dos troncos velhos Tais territórios
são compreendidos como um espaço Vivo que agrega rezadores pagis benzedores parteiras lideranças e ancestrais tornando o lugar onde os troncos velhos Guardiões da memória narram suas memórias para as novas gerações possuindo a íntima relação com o território pois suas atividades não estão restritas somente aos espaços físicos Mas aos lugares sagrados aos ecossistemas ao patrimônio cultural e aos sítios arqueológicos arqueológicos existentes nestes territórios O que significa estes espaços museológicos para para nós povos indígenas o que eles dizem para que servem quais modos seriam possível pensarmos nós povos indígenas como essas ações poderiam contribuir com a materialidade
da cultura indígena da memória social de um pensamento de si sobre si para nós populações indígenas algumas vozes serão importante para podermos entender a criação e a notoriedade dos significados para os próprios povos indígenas ou seja nós indígenas Neste contexto contemporâneo esses museus indígenas representam formas de um pensamento decolonial entre os diversos povos renovam e guardam a memória através das narrativas e está relacionado com seus saberes sobre território coisas e pessoas sendo coisas e formas de concretizar o ser indígena transgredido na Terra como ponte de fortale cento para a relação com os mais velhos conhecido
por troncos velhos ou Guardiões da memória fortalecidas pela própria ancestralidade para compreender os museus indígenas sobre a ótica de seus protagonistas ou seja nós povos indígenas é é preciso e é necessário partirmos das referências dos percebendo os modos distintos como traçamos genealogias e ressignificamos nossas experiências no interior de nossas comunidades das nossas trajetórias históricas situando como parte cosmovisões e projetos de futuro esta atitude cognitiva nos direciona a escutar com mais atenção as vozes indígenas falando sobre suas experiências museais e articulando-as as suas realidades nas quais constroem os sentidos políticos para as memórias através das traduções
das noções de cultura e patrimônio em seus museus finalizo aqui as minhas primeiras reflexões dizendo de que a museologia indígena é a expressão social de uma museologia encantada uma museologia que nasce entre os povos indígenas de concepções indígenas de conhecimentos cosmológicos de conhecimentos próprios pois resulta de tradições efetuadas de acordo com as cosmologias de cada povo em muitas experiências lideranças que exercem as funções de caciques de pajs e chamanes são importantes mediadores e conectores do mundo espiritual para o contexto dos museus indígenas curadores na Dupla acepção da palavra em espaços Nos quais cosmologia e política
encontram-se fortemente entrelaçada Entre esses museus são expressões de como essas ciências indígenas que ainda a academia insiste em deixar longe mas que tá buscando a conhecer essas próprias formas próprias de conhecimento se materializa no campo da memória e da própria formação através deles buscam meios ou seja desses museus indígenas dessas populações indígenas tem buscado técnicas e processos de representação cujos esses resultados são um criativo encontro intercultural no qual se articula os diversos modos de tradução das concepções ocidentais ou seja o nosso modelo e a nossa forma de fazer um museu Apesar desse conceito eh ser
ocidental a ferramenta Museu foi criada pelo pelo pelo colonialista mas nós temos outras formas de fazer Museu são outras concepções né de museus e patrimônios e os e os processos preexistentes de autogestão da memória são nossas próprias formas de conduzir esse processo dentro de uma construção social da própria memória dos povos indígenas que se constituem as maneiras específicas de instituir a memória social na mediação da relação com as dimensões do que e como concebem esses patrimônios de nós populações indígenas sobre o nosso próprio processo de construção das nossas relações O que podemos aprender com os
museus indígenas eles têm o poder de ensinar suas histórias não apenas no passado mas também no presente destacando-se as lutas e as resistências empreendidas por conta disso são lugares privilegiados para o registro da memória dos troncos velhos possibilitando variadas trocas de intercâmbio entre os acervos e integrantes dos museus indígenas então eh gostaria de deixar duas duas perguntas para a os parenteses a qual a gente tá no debate né instigo também oo pessoal que estão nas nas redes eu faço parte de uma rede de memória e e museologia social a qual a gente tem criado ao
longo dos anos vários diálogos né entre nós povos indígenas as Universidades a sociedade civil os órgãos de governo também eh construindo também processos de política pública eh de Formação eh dessa própria construção das memórias e esse nosso aproximamento ele tem sido muito muito profico e muito muito próximo também né a gente já realizou vários encontros eh da rede indígena de memória não somente no Brasil né onde a gente realiza fós de museus indígenas entre nós também e e convido aos parentes que estão aqui e aos demais que estão em outros processos também eh paraa gente
se juntar né nessa nessa rede também de compartilhamento de saberes de informações de rede de diálogo entre nós próprios indígenas né onde não tem somente indígenas tem universidades tem várias outras formações também eh do próprio contexto social das nossas memórias Em qual em qual momento nós temos nos distribuídos nessa relação eh de formação de contextos sociais para essa nossa relação eh entre as nossas próprias memórias então deixaria aqui duas perguntas eh para o os os nossos parentes né se vocês quiserem apresentar um pouquinho mais dessa experiência depois eu posso contar um pouco da experiência do
Povo canind também a qual a gente atua desde 2011 é uma experiência que acontece aqui eh na zona rural e de um município no interior do Estado do Ceará na aldeia City Fernandes e aí eu deixo a pergunta que eu comecei né Eh pro parente Alqui né para arissana e para Márcia eh o que aprender com o museu indígena né Para nós indígenas e deixo para vocês também eh que estão aqui no curso que não são não indígenas também essa reflexão que nós podemos aprender com o museu indígena né E principalmente a segunda pra gente
eh interpretar essas relações que existem entre essas cosmologias e esses processos de construção social eh dialogar uma com a outra né Eh perguntaria também eh o que fica esses espaços museológicos para nós povos indígenas o que eles dizem e para que servem né pra gente entender eh como essa relação que foi colocada por nós que estamos aqui principalmente os três indígenas essa relação de luta essa relação de resistência essa relação de formação de uma construção social entre a as nossas relações eh da da própria formação indígena também de se construir o museu Porque que a
gente tá se propondo a criar o museu indígena né aqui aqui apareceu outras relações também não somente eh do museu indígena mas apareceu a a a própria oca né o centro a Maloca que foi colocado também como espaço de memória então esses espaços eles podem eh existir diferentes eh referências e nomes também de nomenclaturas que é isso que a gente utiliza na na própria academia né de de de pontos de memória de casas de Cultura de casas de rezas né de de outros nomes que possam ser identificados também dentro dessa importância eh pra gente tentar
eh dialogar e entender entre nós populações indígenas indígenas principalmente né esse contexto dessa relação eh de Formação social dessas memórias que estão em torno do nosso próprio contexto social fecho a minha fala nem instigando aos meus parentes que estão aqui a a dialogar sobre essas duas perguntas né que aprender com o museu indígena e o que eles representam pra gente dentro desse contexto social né já que o museu é uma ferramenta o nome museu é uma ferramenta eh criada colonialista mas nós temos outras percepções também eh sobre esse papel social do próprio Museu dentro dos
nossos territórios então Ilana primeiro momento seria isso e deixo aí com os parentes E também o diálogo aí no nosso grupo de discão que estão assistindo a gente muito grato pela atenção de todos excelentes comentários Obrigada suzen Nalon eu acho que a gente pode fazer uma primeira rodada eh para que os nossos convidados dialoguem com as suas provocações e em seguida eu vou vou eh pinar aqui algumas questões e comentários que chegaram pelo chat do YouTube e eu proponho a gente ficar um pouquinho mais talvez até meio meio 15 meio me20 e eu queria avisar
para quem porventura for sair agora que é muito importante eh vocês se atualizarem sobre as as novidades do curso a programação do curso no Instagram da cátedra kora da cátedra sustentabilidade ou no site da cátedra kora e no site da cátedra abilidade porque a gente percebeu que algumas pessoas não não encontravam o o link outras tinham outro tipo de dúvida então a gente queria unificar a comunicação Porque ela tava vindo de várias Fontes queria pedir para todo mundo por favor seguir toda a semana a a as informações das duas cátedras cátedra acora e cátedra sustentabilidade
que são são dois órgãos complementares da Unifesp então vocês acham facilmente tanto os sites das duas cátedras dentro do site da Unifesp como também Instagram das duas cátedras tá E lá a gente vai manter sempre atualizado link e se tiver algum outro aviso nós vamos atualizando pelo site e pelo Instagram vamos ver se se assim a gente fica com uma comunicação mais azeitada já que são muitas pessoas e bom pro susen Nalon eu queria dizer que teve uma pessoa do público que pergun a Cácia Rossini que perguntou se esse texto que você leu seria possível
compartilhar não sei se você eh o publicou ou se irá publicar eh ou se não for esse se você teria outros textos com essas reflexões sobre museus indígenas então se você puder dizer para cá e eu queria acrescentar essas questões que foram feitas pelo susen nson o que ele mesmo trouxe no final agora da fala dele o conceito de Museu a a instituição museu é uma instituição ocidental né que nasce no século X século X século XIX com uma visão muito específica com uma visão que é moderna ocidental um tanto e colonialista e como Ele
bem disse que tá sendo apropriada de um jeito diferente numa outra lógica pelos povos indígenas e eu queria perguntar se em algum momento vocês ficaram em dúvida de usar esse termo Museu eu tô dizendo isso porque a gente ficou em dúvida quando a gente tava organizando esse curso de extensão eh Teve gente que sugeriu colocar entre aspas Museu e a gente ficou nessa dúvida né porque aspas para tentar dizer que a gente não tá falando da ideia de Museu senso comum do grande Museu Nacional a gente tá falando de iniciativas de preservação de memória que
são diferentes então Eh eu só quero acrescentar essa pergunta pra Márcia pro aac e e pro próprio susen Nalon nessa primeira rodada que é se vocês já já cogitaram não usar a palavra Museu e usar outro termo ou se ao contrário vocês acham muito importante chamar de Museu só que fazer de outro jeito contestar não pela palavra mas pela prática eu acho que a gente pode fazer talvez pela ordem eu passo primeiro para o aac depois para Márcia depois pro suzen Nalon E aí enquanto isso eu tô aqui organizando as as perguntas do público Tá
bom eu queria pedir para Então vamos já estamos todos aqui na tela voltar Márcia perfeito então te passo a palavra oque PR pras duas perguntas que foram feitas pro susen Nalon e mais essa esse meu questionamento sobre o a ideia de Museu eh muito obrigada pela sua conversa parente é s senal é o parente também a professora bom eu gostaria compartilhar a minha experiência né sobre esse criação do museu né Que Nós criamos aqui eh bom eh eh primeiramente né quando a gente tava criando Esse museu a gente não entendia o que que é museu
né a gente sabe que ah o museu fica na cidade não é nosso né É do não indígena aí como nós tivemos ideia para criar Museu aqui na nossa comunidade aí durante a conversa né com a comunidade a gente tava ah procurando o nome Qual é certo que a gente vai colocar né aí onde comunidade decidiu colocar o o museu mesmo né Mas além disso é nós temos o a o nome na nossa língua né E a gente tem uma casa né como apresente coloquei na slide né A tradicional aja a gente tem o nome
né Aí também tem uma a casa do Homens que fica no centro da Aldeia mas tem o nome também aí esses duas casas aí a gente pensou mas a gente não colocou a gente colocou a Museu Museu indígena lupen né aí o a a min observação né a min ação O que é museu para para nós povos indígenas eu sei que cada povo indígena tem a sua própria língua né e para nós é o povo acha e Museu a mesma coisa o Casa dos homens Casa dos homens que fica no centro da Aldeia por a
nessa casa e sempre a comunidade se reúne lá se encontra para te escud e conversar e aprender as coisas também até as crianças Por que que a gente não colocou porque a na Caça homens é proibido as mulheres entrar e no museu é todo mundo vai entrar né É melhor dizer melhor colocar o nome a casa tradicional que a gente vive mora com com a nossa família né a melhor melhor tradução é caça tracional né e a gente chama Pan a nossa língua Pan e lá que a gente aprende to família entar lá conversa troca
ideia e lá que a gente compartilha a nossa comida nosso conhecimento com nosso parente né é isso seria bom paraa gente colocar esse nome mas se infelizmente a gente não colocou a gente colocou museu aí por isso que Esse museu a gente vai usar como a casa né de troca de conhecimento como eu falei né a gente vai fazer oficina e para convidar a mais as pessoas mais velha que conhece tá aquela objeto né para ensinar as Crianças o também a professores vai levar seus alunos e para trocar o conhecimento ensinar contar história né e
isso é por isso que eu falo o museu é casa tradicional e a nossa língua Pan né e mas se o outro e outra casa que eu falei para vocês é caso homem eh não para mim não é um bom para colocar né porque as mulheres não entra lá e por isso que eu isso que eu quero compartilhar com vocês né E também a no início da criação do museu a gente não entendia qual é função né Qual é como é que a gente vai fazer nesse espaço aí durante a conversa reunião com a comid
de criação com antropólogo arqueólogo a comunidade aí a a gente tá entendendo a importância da do museu né E apesar que a gente não tá perdendo a a nosso material o nosso conhecimento a gente tá praticando eh a nossa cultura e a gente vai ah a gente vai der Esse museu paraa gente poder colocar o a alguns material né E porque a nossa casa é eh quando a gente qua as coisas e de repente a nossa casa o fogo né aí vai queimar tudo aí por isso que a gente tem essa ideia também para ah
construir a casa tipo uma alfen Maria de longe né Aí no caso aqui na aldeia eh o pessoal desti construir uma Pio construção né aí próprio a gente usou o material tá aqui no nosso território aí nós convidamos a arquitetura que conhece construção para ajudar a gente né aí por isso que a o modelo do nosso da nossa casa que fica aqui e a gente vai usar como Museu e o Centro Cultural monitoramento territorial também é uma p construção veio do da veio da porque a nossa ideia é assim a gente tem medo de não
perder essas coisas que a gente vai colecionar e colocar nesse espaço né Eh mas além disso a gente vai quar nosso Mater a nossa própria casa né Aí por isso que a nossa ideia é é com Museu e para a a gente começa a aprender a nossa cultura na própria com a família né e mas Além disso vai ter esse espaço também para todo mundo ir lá e para ter um espaço para nós se discutir e conversar né Aí por isso que nós construímos essas casa eh como eu apresentei para vocês na slide vocês viam
né eh além disso a como eu falei eu não sei se eu respondi a sua pergunta professora eh eh o que eu significa o museu né Aí eu falei para você a casa eh a nossa experiência é isso parente eh antes a gente não entendia nada aí durante esse conversa troca de conhecimento né aí a gente tá aprendendo a gente tá entendendo o valor do museu né aí porque a uma Museu para nós o recente né aí não é que a gente começou desde o antigo né a gente começou recentemente ano passado na verdade e
porque o museu é novo para nós né e eu eu acredito que a gente tá aprendendo com vocês conversando com a comunidade né é isso é muito importante aí por isso que a essa conversa é muito importante para mim para mim poder repassar essa informação trocar a ideia com a comunidade O que é museu n isso é muito legal Márcia Márcia você tem que tem que ativar seu microfone você tá sem som pronto agora foi então eh escutando aqui o parente falar e assim eu acredito que na minha própria fala já eu já pontuei bem
isso né de que a ideia que a gente tem do que é museu dentro da Concepção eh não indígena e o que que a gente entende como como espaços eh culturais né a gente não como eu falei a gente tá num processo de construção a gente tá em Ação eh entre os diferentes territórios do qual nós percorremos né e construindo esses espaços que eles são para além de guardar objetos é um espaço de recuperação da própria eh afirmação Mura né da da próprio cuidado com e Recuperação com esse ambiente todo né e e a gente
tá trazendo como grandes patrimônios culturais toda todo o conjunto né né Por exemplo no urap Piara essas Castanheiras eh que foram plantadas desde das mulheres mais velhas que se mantém até hoje e então a gente tem essa ideia de que porque assim quando a gente ah vai estudar né e a gente vê que o museu Ele trouxe uma ideia muito de raptar de roubar de sequestrar as nossas memórias os nossos patrimônios culturais né a gente vê aí com por exemplo os Tupinambá trazendo depois de muito tempo o manto né Tupinambá e a gente for ver
cada um cada um de nós cada povo eh nossos artefatos culturais nossos nossos objetos sagrados eh em museus era do Brasil que às vezes a gente nem sabe né que foi tirado da gente eu tive uma experiência muito dolorosa eh com essa questão do de Museu eh uma uma pessoa eh de um pai que tava fazendo pesquisa em um outro país fora do Brasil me mandou um e-mail dizendo que tinha encontrado corpos de parentes nesse museu que eram de um outro povo daqui da eh na hora de Rondônia de Mato Grosso e mandou para mim
e sim eu vi as fotos e assim foi terrível ver isso e eu entrei em contato com com a parenta do povo que dizia respeito a esses corpos que foram levados ainda há muito tempo Acredito que na na no período colonial Ainda não sei quando foi eu sei que esses corpos estavam lá tinham sido levados para lá da também assistindo alguns filmes também dos museus né naturalistas e tal de como que que que se dava essa relação né de colocar nossos próprios corpos mesmos ali expostos né Eh como algo exótico e tudo mais então eu
tenho uma relação meio que traumática né com esse termo Museu mas assim eu entendo que os parentes estão fazendo essa essa ressignificação né desse desse termo e trazendo outra eh uma outra relação com a prática e com a relação com o território mas nós não pretendemos usar esse termo Museu porque por conta desse trauma né de de lidar com essas situações todas porque se tornou mesmo um trauma e a gente quer e como eu falei né a gente tá na relação com nossos parentes Mura pro lado do Amazonas que estão dentro dos seus territórios demarcados
porém ameaçados constantemente e trazendo eh eh recuperando né Eh nesse processo de de recuperação né de Corpos espíritos territórios memórias então nossos espaços é justamente para dizer estamos aqui n nós existimos né aqui é território Mura também nós e nós queremos que a nossa nossa presença queremos que a cidade de Porto Velho reconheça esse esse esse lugar como um espaço de memória Mura né e nos no então noss nossos nossos espaços Eles são muito assim eh eh de trazer de volta a nossa presença a nossa existência a nossa memória e a gente tá mesmo construindo
né como vocês viram a ali a vivência com as mulheres né do projeto mulheres de Barro eh e voltando a ter esse contato com o barro Relembrando das voz né trazendo as memórias afetivas e cada vivência que a gente faz esses materiais são construídos a gente vai guardando né para ir construindo esses acervos então Eh por isso que a gente tem tá trazendo esses espaços que são de moradias de vivências de recuperação de memória eh que é o o o espaço eh mal a os passos da Maloca lá do ur apara da Cabeceira do Lago
do ur apara que já fica paraar do Amazonas que aí quem tá mantendo esse espaço vivo é a minha mãe né como um espaço de retorno pro lugar e retorno de de relação de parentesco também com as pessoas que vivem lá eh e a gente Traz presente aí então a os passos da Maloca da os passos da Maloca dos Passos cultural maloc Mura em Nazaré que fica mais no espaço da Vila mesmo da comunidade e o espaço né das malocas de saberes das Águas da floresta que já fica mais para dentro da comunidade per da
floresta e traz o espaços da nossa Maloca todos esses espaços são espaços eh políticos culturais e também espirituais e de demarcação de território demarcação da nossa presença e da nossa existência E aí queo responde também as perguntas que o que o outro parente por último fez e aí Márcia eh teve várias pessoas perguntaram se aquela revista que você apresentou se ela está online se ela pode ser obtida de alguma maneira então a revista a vivência Sagrada despertando a calidade mura e vocês encontram gratuitamente na internet é só digitar o nome da revista né Eh e
de autoria do Anai mura e mcia Mura ela tá disponível na internet gratuitamente obrigada então eu vou passar pro suson também para eh ele comentar algumas dessas questões tranquilo acho que eh o altar aqui a já já responderam né a a ao próprio questionamento mas eu queria só fazer uma reflexão Porque que a gente a gente fala dessa eh apropriação do do próprio Museu né primeiro que o museu que nós estamos criando o o estamos levando nessa construção não é qualquer museu é o nosso museu é um tipo de ferramenta de Museu diferente né então
por ISO isso que se chama eh Museu indígena né independentemente se você seja Museu ou seja casa de memória ou seja Maloca Eh Ou seja qualquer outra nomenclatura O importante pra gente enquanto povo indígena eh principalmente essa relação que esse espaço vai ter com a comunidade né através dessas reflexões que se tem com a comunidade que ele vai ter o o próprio contato com as as as próximas gerações né que são o repasse dessas construções sociais eh que nós estamos tentando criar em torno do nosso próprio contexto e principal Além disso é a relação social
em que esses espaços que nós estamos criando ele vai ter né diante da das nossas populações indígenas porque aqui a gente tem um modelo de Museu indígena aqui no Estado do Ceará o alque tem um um modelo de Museu indígena né aí no Xingu a mácia tem um modelo de Museu indígena em Rondônia então Existem várias reflexões pra gente perceber né como que nós indígenas pensamos essa criação dos museus indígenas né ele não é igual como essa ferramenta é ocidental que é toda do mesmo jeito né Nós temos percepções diferentes as nossas coisas são são
vamos dizer assim são outras coisas e para Além disso né Eh eh gostaria de de de paraa gente frisar também né O que é que esse Esse museu ele é capaz de construir como ferramenta de luta ele deve ser uma ferramenta de luta né que vai fortalecer a demarcação dos nossos territórios ele pode ser uma uma ferramenta de luta que vai fortalecer se o a demarcação é da da do território da mcia do alaque né do do próprio povo Canindé aqui no Estado do Ceará que não tem território demarcado ainda então ele nasce de uma
percepção entre nós indígenas de que ele tem que se tornar eh uma ferramenta de luta para fortalecer o território principalmente da luta pela terra né E também para ter essa conexão principalmente entre a comunidade né porque ele tá envolvido entre a comunidade e entre essas gerações também que são as as futuras gerações que vão vir aí pela frente então nomenclatura Independente de Museu Casa de memória é Maloca o a percepção que a gente deve ter o quê para que esse Museu vai servir socialmente dentro das nossas aldeias dentro dos nossos territórios dentro das nossas comunidades
para fortalecer as ações futuras né então a essa é uma reflexão que a gente tem que colocar sobre a A nomenclatura do museu perfeito eu eu eu vou então selecionar só três ou quatro questões que chegaram do público e aí eu queria pedir para que vocês escolhessem Márcia aaaque e susen Alon que vocês escolham uma ou duas dessas perguntas que vocês tenham vontade de comentar que faça sentido né pro contexto de vocês Então temos por exemplo Helen Reis Que pergunta o seguinte eh muitas dessas memórias indígenas sempre foram transmitidas pela oralidade como é esse processo
de eh entrar no contexto do museu de preservar memória agora em um em um museu memórias que antes eram orais e materiais Então se algum de vocês quiser falar disso temos a pergunta também da Renata da Silva Cardoso que quer saber se os jovens das Comunidades de vocês foram envolvidos nestes processos que que estratégias vocês têm usado eh oficinas por exemplo né Eh temos também a Silvia muira momi que lembra que espaços de memórias e saberes indígenas estão em conexão com uma com uma lei 11645 de de 2008 que fala da transversalidade da educação e
temos outras pessoas que que apontam essa conexão entre Museu e educação e entre Museu e turismo Então eu queria perguntar se nesses casos que vocês apresentam aqui vocês veem essas dimensões ligadas né Eh o museu também como espaço de educação e espaço com uma com uma potencialidade de turismo para pra gente de fora e nisso Se liga à pergunta de uma outra pessoa eh que eu não tô encontrando aqui quem é que fala o seguinte como é que vocês decidem o que que vai ser compartilhado com pessoas de fora da sua comunidade ou com pessoas
que são eh que não são indígenas Talvez isso seja um problema na hora que vai criar o museu indígena Tem coisas que são só para dentro e outras coisas que que são para mostrar para quem é de fora A gente não vai esgotar são muitas questões esse tema é muito fascinante e tem muito ainda para ser para ser eh debatido Que bom acho que essa mesa ela nos abriu o o apetite então eu peço que se algumas dessas perguntas fizerem sentido paraa vivência de vocês que vocês escolham uma delas ou duas no máximo para falar
e aí a gente encerra e depois que a gente fizer essa nova Rodada Eu só vou dar um último aviso de organização pros inscritos no curso então acho que a gente pode fazer pela mesma ordem vamos começar pelo alaque bom eh então eu vou falar sobre o museu ligado com educação né Eh bom e nossa nosso objetivo é isso mesmo eh na que a gente vai vai guardar o os objetos né a gente tem que usar esse espaço como lugar de aprendizagem né como a gente decidiu com a comunidade eh os professores se vai usar
esse espaço para levar as crianças né para contar a história do objeto e para fazer oficina lá e fazer uma prática né E quando termina trabalho as crianças e o jovem para selecionar esse objeto para acadar nesse espaço e até esse material vai virar como objeto eh uma peça de Museu né tá aqui mais paraa frente assim que a gente tá pensando aí por isso que a gente considerar o museu é lugar de ah de troca de conhecimento e aprendizagem né E como anteriormente a gente tava a gente até agora a gente tá contando né
usando esse oralidade para educar as crianças né e paraa gente não perder esse esse tradição quanta a história a gente tem que fazer essa oficina para ah construir o objeto paraa gente poder colocar lá para contar a história e Sem o sem o material né objeto a gente não vai conseguir como é que a criança vai observar qual como é que a criança vai aprender né somente oralidade para nós se não é uma não é não é bom para educar criança a gente tem que mostrar esse material para criança né para aprender aí louco a
criança vai aprender aí por isso que a gente a divisa ideia para a gente fazer espaço né E além disso a gente vai ah como a eu não sei como como é que é o nome da pessoa né e a gente vai a nossa no caso aqui na aldeia o lup puen a gente quer trazer e a estudante a gente quer fazer uma parceria com Universidade né até o Museu também pra gente trazer estudantes pesquisadores para fazer uma troca de conhecimento com a gente né aprendendo a forma de ldar o museu e eles vão aprender
com com a gente também como é que a gente entende Esse museu também né Fazer troca né E para Através disso a gente vai espalhar o nosso conhecimento e no aqui no no Brasil né para não indígena entender a nossa realidade através das da do nosso objeto né aí por isso que a ideia da comunidade é fazer parceria com Universidade o museu aí por isso que a gente começou fazer um o museu é para fazer o primeiro oficina para jovem aprender e como é que o que é museu né aí por isso que a gente
vez se o parceria com Univesp agora tem um trabalho tendo aqui na na aldeia né E para chó Vem aprender e ele tá com Museu né tá aqui mais paraa frente a gente não quer que criar museos sem informação a gente tem que aprender formar os meninos principalmente jovem né Para entender como é que é funciona o museu né Isso é nosso objetivo por isso que a gente considera o museu um espaço Educacional né para professores e levar os alunos e os pesquisadores e a comunidade e isso é o nosso objetivo também E além disso
a gente vai preservar através desse Museu a gente vai preservar nosso território nosso território assim e lugar sagrado e história né paraa gente movimentar a nossa cultura e fortalecer na verdade né E além disso como o parente falou né a gente ah por meio desse Museu a gente vai lutar e preservar nossa cultura e reconquistar o nosso território lugar de sagrado e isso é nosso objetivo e como meu tio né o liderança e o caci tá aqui daé durante inauguração aí ele falou né Aí eu peguei uma pequeno a fala né aí Falam assim né
Hoje é um dia muito especial da inauguração da réplica da luta que é um instrumento que vai mostrar a nossa força nossa luta nossa união do povo xinguano aqui tem tudo tem o nosso história e assim que ele falou né E porque a o museu vai fazer uma meação né mear a nossa luta pra gente conseguir fazer um parceria com universidade e Museu isso é nosso objetivo perfeito Teve gente que perguntou tá que a gente não vai ter tempo de falar disso mas que apoios vocês tiveram para conseguir fazer esse fac simile eu acho que
foram duas organizações internacionais não é se você puder se você puder dizer só os nomes dessas organizações sim eh como eu falei para vocês e a a cruta camac original já foi destruído ano 2018 aí eu quem tava lá o p facto né E lá de Espanha matri Aí lá ele que descobriram esse destruição juntamente com a comunidade wch aí ele que reconstituíram essa cruta né réplica em formado de 3t a ele que ajudaram a gente e tem mais outras Z que também o nome é eu não sei se vou pronunciar o certo né Eh
pipo Palace prc lá da Estados Unidos também ele que patrocinou esse projeto eles se pagaram para transportar até chegar no Brasil até aqui no na nossa comunidade E além disso tem uma associação local da comunidade e outra associação do do nosso povo também e outra Associação e outra Universidade quem quem a patrocinou a a casa e Universidade de lá da exterior também aí nós e tem uma antropóloga que apoiou a gente conseguiu esse recurso para levantar essa casa para receber réplica né Eh o pessoal do factum Apenas ele fez o réplica e quem Pou transporte
esse ah outro e outra outro un né e o ppp a gente chama e cicla e Universidade da lá de exterior que levantou a casa né a gente nós temos bastante o parceria por isso que a gente conseguiu levantar essa casa e a gente recebeu réplica muito bem Obrigada Márcia te passo a palavra se você quiser escolher uma uma ou duas dessas questões primeiro assim só para dizer que quando a gente fala de transmissão de conhecimento por meor deidade eh não quer dizer que esse conhecimento ele seja passado assim Ah vamos fazer uma roda vamos
sentar aqui que a gente vai contar como que a gente vê a nossa antepassado pode acontecer isso mas não necessariamente assim o conhecimento eh transmitido pela oralidade acontece fazendo as coisas indo pro roçado junto eh indo indo eh fazer os a os artefatos é é em movimento né não é parado não é assim ah vou tirar esse para contar essa história é durante as refeições enfim pra gente poder entender que não eh a mãe avó ou alguém mais héo vai eh não necessariamente ter que tirar aquele tempo para contar aquela história isso acontece também Mas
no geral ess esse essa transmissão de conhecimento ela acontece em movimento e fazendo as coisas que fazem parte da nossa nosso dia a dia cultural né e das nossas vivências espirituais enfim né então só para para entender isso nesse sentido é perfeitamente compreensível a gente agora construir esses espaços né de de recuperação de memória de guardar memória de manter essa essa memória viva porque são espaços vivos não são espaços eh simplesmente de guardar as coisas né Por Como já explicou o o parente né Eh antes de mim né o e como a arissana apresentou bem
né o museu pató ele tem vários espaços dialogando com a educação com o território com com todos os elementos que compõem ali a a a organização da vida pató né então acho que que essa questão não tem não tem problemática nenhuma em relação à questão da oralidade a oralidade vai se manter viva enquanto Nossa cultura se manter viva e esses espaços eh de memória eles vão só fortalecer essa tradição oral né E dizer eu acho que é isso que eu queria responder né Acho que as outras coisas se eu for falar vai acabar ficando repetitivo
Obrigada Márcia a gente continua essa conversa espero que a gente tenha outras oportunidades e passo então pro suzen Nalon paraas suas considerações finais ser bem bem breve até porque os parentes já responderam aí as as questões né vou ser bem eh rápido a respeito das transmissões da memória né continua através da oralidade e a comunidade tem que participar desse momento também e outras modelos de Formação também eh como construir esse espaço entre a juventude e a própria relação com a comunidade fazendo com que essas essa Juventude ou esses jovens também possam passar por processo de
formação entre esses próprios museus que podem fazer né criarem Eh programas de Formação entre as suas eh gerações a respeito da transversalidade Museu educação ali que foi colocado eh enquanto o estado brasileiro não criar consciência de que eh o conhecimento indígena tem tem prática não somente nas escolas eh não indígenas como nas universidades a gente nunca vai ter e uma ação necessária um exemplo desse é a lei 11.645 que ela é eh ensino obrigatório para essas formações e e pelo que a gente vê nunca existiu nós indígenas Só somamos lembrado no dia 19 de abril
e em outros momentos eh superficialmente para essa própria relação né Museu educação autar já colocou muito bem as escolas têm que participar desse momento tem que estar nos seus currículos nas suas propostas de forma ação né o museu e o turismo não é qualquer turismo que serve para as nossas comunidades tem que ser um turismo de base Comunitária onde traga o desenvolvimento local onde Estabeleça uma relação entre comunidade né e o próprio entorno da sociedade não é qualquer turismo que a gente pode eh discutir dentro desse processo e para finalizar o eh a relação que
perguntaram o o que compartilhar né desses museus para as comunidades ou para quem é de fora eu entendi que é mais para é de fora né eu diria que tudo a gente pode compartilhar dentro desse espaço dos dos museus Mas nem tudo pode ser contado porque nem tudo vai ser contado dentro da participação que a gente faz nos museus compartilhar a história do museu é uma história contar as nossas histórias que estão dentro do Museu aí é outra história porque fazem parte de outros processos e de outras realizações também de cosmologia da espiritualidade da nossa
própria do nosso próprio Convívio com a comunidade eh e no nosso dia a dia né então compartilhando desse momento parabenizar aí os meus meus parentes também e a vocês todos que nos convidaram e finalizo por aqui a minha fala e deixando um abraço a todos vocês espero conhecermos um dia tá bom tá aqui e e Márcia né pra gente se conhecer pessoalmente aí nos nos brasilos da vida das lutas do movimento né inclusive se vocês quiserem vir visitar aqui o povo Canindé eh sintam-se à vontade a vir aqui no estadoo do Ceará né conhecer aqui
o Estado tem várias iniciativas aqui que a gente tem realizado ao longo do ao longo dos dos anos no Brasil né e fico à disposição de vocês também um abraço depois eu vou mandar o material que eu tenho aqui para compartilhar para vocês também é do curso para que vocês possam compartilhar também com os próprios alunos aí eh do curso de vocês tá bom então um abraço muito grato e até a próxima Obrigada se vocês todos quiserem mandar algum material a gente tem tem como passar pros pros alunos do curso sim gente vocês são maravilhosos
foi uma aula e tanto aprendi muito ainda tenho que digerir vou ter que assistir de novo esse vídeo e eu quero encerrar eh com um recado que a Caroline a nossa produtora que eu quero agradecer também que tá tá por trás de tudo o que tá acontecendo ela tá cuidando da organização da comunicação desse curso ela escreveu um recadinho para eu ler para os alunos do curso para mais informações por favor acessem eh a a nossa programação Onde estão disponíveis os links de todos os encontros vocês podem acessar tanto pelo site das cátedras capor e
sustentabilidade quanto pelo link na bio de nossos de nossos Instagram nos acompanha e pelas redes sociais para ficarem por dentro de todas as novidades Caroline aproveita para avisar que vai ser enviado um e-mail para todos os inscritos no curso com o link de acesso a um a um ambiente Google classroom que é eh que é uma plataforma virtual aonde a gente pode tanto se comunicar como ir colocando eh os materiais que forem disponibilizados pelos convidados então desculpem por a gente ter passado da hora é que o conteúdo era muito importante eu acho que é uma
ocasião única a gente ter E essas esses intelectuais indígenas todos reunidos obrigada por terem ficado até mais tarde obrigado por terem topado estar aqui hoje com tantos afazeres que vocês têm Agradeço ao público também a participação E a equipe Unifesp que a gente faz eh é é muita para esse curso acontecer pode parecer que não mas a gente sua bastante para dar tudo certo Um grande abraço a gente se encontra na segunda-feira que vem numa nova mesa com outros convidados outras temáticas então abração estamos encerrando aqui a primeira mesa somos a fesp Universidade Federal de
São Paulo e temos a missão de