Olha esses problemas existem só que eu não consigo inibir o comportamento eu não consigo simplesmente não agir dessa forma mas não é porque você não consegue pagar uma terapia semanal que você não pode fazer algumas técnicas implementar algumas estratégias que possam te ajudar quando nós não conseguimos perceber que aquilo ali é um problema e nós ainda estamos simplesmente cegos pelas intenç sonhos do nosso sistema um nós vamos seguir repetindo aquele comportamento mesmo que aquele comportamento Gere consequências negativas como a dívida quando o sistema dois não inibe aquele comportamento e confirma aquilo ali então aquilo ali
se consolida como uma crença e ao se consolidar como uma crença se estabelece aí um padrão automático de comportamento este pode ser o seu caso e também a sua solução do que você está falando Jéssica há muito tempo atrás eu trouxe um episódio falando de alguns casos de clientes meus né E quais foram os encaminhamentos que eu havia dado para que a gente consiga E e esse é sempre um objetivo que eu tenho não só nós ficarmos na teoria e algumas coisas que a gente pode olhar e dizer assim nossa isso cabe para mim mas
também a gente olhar a prática né ok O que que eu posso fazer no meu dia a dia para implementar uma estratégia que vai me ajudar a a enfrentar esse desafio seja ele qual for E aí os dois Desafios que eu vou trazer aqui hoje trata um de uma pessoa que tem mais problemas de consumo ou seja ela acaba comprando mais do que ela deveria e tem uma dificuldade de inibir esse comportamento de consumo e um outro lado eu vou trazer uma pessoa que ela tem medo de agir que ela acaba procrastinando ela acaba também
não comprando e não gastando tendo medo de gastar então el tem aquela sentimento de ai mas eu não posso e ao mesmo tempo eu preciso só que procrastina enfim um conflito interno bem grande aí nesse sentido então é meio que na escala do consumo eu vou trabalhar com as duas pontas pessoa que consome a mais do que deveria e outra pessoa que não é que ela consuma a menos do que ela poderia mas que ela tá com problemas de medo e de procrastinação se você está escutando este barulho ao fundo mundo apresento para você se
você ainda não conhece a pituca é minha cachorrinha e ela está neste exato momento cavando na sua cama um instante pituzinha filha não né amorzinho voltamos toca feita aqui os cachorros ficam se enrolando na própria cama assim até ficar acon chegadinho né voltando então agora sem o barulho da Pituca fazendo ninho na cama então são esses dois extremos entre aspas que nós vamos tratar aqui hoje e o meu objetivo é trazer realmente ações práticas que você se identificando com os casos ou não pegando alguns aspectos do caso que você olha e disse nossa isso aqui
realmente acontece comigo também e talvez implementar essa estratégia faça sentido porque a estratégia que eu vou trazer aqui ela serve para qualquer contexto não é eh ah eu compro ou eu não compro não consigo investir independente da dificuldade que você ten em relação à gestão financeira ou qualquer coisa na sua vida né qualquer outra área do da sua vida essa técnica ela pode ser aplicada Então seja bem-vindo aí ao nosso Episódio número 92 né o podcast mais que Finanças onde a gente fala muito mais do que números nós falamos sobre comportamento financeiro se você está
aqui pela primeira vez Meu nome é Jéssica Câmara sou Doutora em Finanças comportamentais toda terça-feira às 19 horas estou aqui trazendo um conteúdo embasado um conteúdo científico mas aplicado de forma prática para melhorar o seu processo de tomada de decisão a sua relação com o dinheiro e o seu bem-estar que é no final das contas o que todos nós queremos né viver melhor então seja muito bem-vindo e sem mais delongas vamos começar o Episódio de hoje só para dar a base para vocês como sempre eu gosto de fazer e isso é um adendo importante Às
vezes as pessoas me perguntam no Instagram ou aqui mesmo ai J que onde que eu encontro esse conteúdo a sempre na descrição de todos os episódios tem as referências daquilo que eu trouxe dentro do episódio então é completamente aberto aí para vocês conseguir irem acessar esses materiais pesquisarem né obviamente tem que pegar o título ali e procurar no Google procurar no Google Acadêmico E aí você vai conseguir ter acesso a esses materiais hoje Particularmente eu vou trabalhar com soluções que judit beack traz nesse livro que é eh a base da teoria cognitiva comportamental para quem
não sabe a judit Beck Ela é filha do Aron Beck Aron Beck foi o precursor da terapia cognitiva comportamental e e e a partir disso hoje em dia é muito aplicada as técnicas da terapia cognitiva comportamental dentro do processo de entre aspas terapia financeira Por que entre aspas terapia financeira porque a gente ainda não tem esse termo do ponto de vista científico mesmo tão cunhado assim ah terapia financeira a gente traz né estratégias em que a gente vai utilizar todo o embasamento da Psicologia até porque o precursor da área de Finanças comportamentais economia comportamental que
é o Daniel cman Ele é um psicólogo assim com como ersk então eles são psicólogos E aí a gente vai acaba que acontece aí uma grande eh uma grande troca né de áreas e uma contribui pra outra então hoje todas as abordagens que eu vou falar e que eu vou trazer aqui elas têm um embasamento neste livro e fica já a minha sugestão aí de leitura para você leia este livro eu não vou falar do livro completo hoje não é não é um podcast sobre livro Como vários que eu já fiz aqui é um podcast
sobre casos reais em que são aplicadas técnicas da terapia cognitiva comportamental para fazer alguns ajustes na rotina no comportamento na tomada de decisão dessas pessoas e ajustar para que se torne né um comportamento mais funcional então é é sobre isso esse episódio E aí para começar eu vou contar o caso eh teve um um um primeiro episódio né acho que foi no terceiro Episódio ó que eu contei o caso da Joana E aí a Joana ficou conhecida aí eu sempre fico pensando assim nossa vou dar um nome né pros personagens porque daí fica mais fácil
de nós irmos concatenando as ideias então Digamos que aqui é Maria e João porque todo mundo na hora de todo mundo não né mas é bem comum a gente vai dar um exemplo e dis ah Maria e o João então Vamos aderir aí a Maria e o João Eh utilizando como exemplo deste Episódio vamos conhecer a história da Maria tá eh a Maria é uma mulher de 35 anos e ela teve uma infância que ela foi Sabe aquela tradicional filha de papai em que o pai paparica o pai dá tudo que ela quer o pai
eh cobra ao mesmo tempo mas tá sempre ali em cima eh dando né e propiciando Tudo Que Ela queira mesmo que a família não tenha condições então a Maria quando ela pensa né na sua vida ela sempre sempre assim ah eu tive tudo que eu queria na minha infância eu sempre estava bem vestida Eu sempre tinha uns brinquedos eu sempre tinha né sempre teve acesso a muitas coisas mas percebi um conflito muito grande na família em relação ao dinheiro que aquilo era a a a possibilidade de ter aquelas coisas ela era acessível Mas por outro
lado ela meio que vivia essa dualidade assim e aí ela foi vivendo foi crescendo foi vivendo foi crescendo casou-se teve uma filha e hoje ela tem 37 anos eh o que que acontece com ela nesse momento Primeiro ela tem um conflito muito grande com essa relação entre consumo por quê Porque o pai eh sempre dava tudo para ela que ela queria Então ela meio que associou ao longo da vida que presentear as pessoas é uma coisa que vai sinalizar amor afeto carinho atenção e ela tem um traço de personalidade que é o traço de personalidade
de sociabilidade ou amabilidade e ao ter esse traço de personalidade eh potencializa nela essa coisa de o que que eu posso fazer pelo outro o que que eu posso dar o que que então acaba que eu já já explico um pouquinho mais dos traços de personalidade para dar um contexto tá E aí só só finalizando a história dela o que que acontece por ter este traço de personalidade e por ter este histórico ela vai comprando além do que as suas condições permitem tanto para ela quanto pros outros porque isso significa afeto Então ela compra muito
para ela para dizer olha eu me amo eu tenho uma autoestima compra PR os outros Para sinalizar que os outros Amem que ela ama os outros e exige que as pessoas principalmente o seu marido a trate da mesma forma que se o marido não dá presente ela cobra ele que Como assim tu não me ama por que que tu não faz as coisas por mim por que que tu não não não não abre mão de alguma coisa em em relação a para dar para mim né não com essas palavras mas assim meio que existia ali
uma cobrança de você não não é nem abre mão mas você não está me amando o suficiente porque você não demonstra esse amor por meio de presentes por meio de coisas que você me dá então tinha toda essa dualidade assim com o marido e essa dualidade ia pra filha também por quê Porque ela não sabia dizer não pra filha porque ela achava assim como o pai dela dava tudo para ela ela achava que se desse tudo pra filha mesmo sem ter condições isso faria com que ela que a filha né percebesse o quanto ela ama
o quanto ela é importante enfim e aí esse contexto foi se ampliando ampliando ampliando ampliando até que ela chega em grandes problemas financeiros em grandes dificuldades de relacionamento tanto com o marido por brigas quanto com a filha por não ter mais limites E aí se constrói um contexto em que realmente havia ali uma dificuldade muito grande de manter uma boa qualidade de vida um manter um bem-estar E aí antes de nós entrarmos na base da teoria cognitiva comportamental para entender como que seria uma condução nessa Neste contexto eu só quero fazer um para Alelo para
explicar a questão dos traços de personalidade e o por que eles são tão importantes nesse tipo de análise traço de personalidade e já tem episódio que eu falo aqui sobre ele que é o Big five eles vão nos dar a base de Quais são as características de cada uma das pessoas Então são cinco grandes traços esses cinco grandes traços eles começaram a ser investigado lá em 1936 Então tem muito tempo mesmo e eles e ele foi sendo desenvolvido ISO estudado em vários lugares do mundo começou na Alemanha nos Estados Unidos e depois juntaram e disseram
assim nossa olha só a gente tá estudando a mesma coisa e chegou aos mesmos resultados sem nenhum saber do que o outro estava pesquisando isso é muito bacana porque dá robustez pro pra pesquisa mostrando que independente do lugar do mundo em que ela é aplicada ela é válida E aí o que acontece dentro dos cinco traços de personalidade nós temos cinco traços cada um de nós tem uma composição desses traços e a E aí a partir desses traços eles meio que conseguem sintetizar Quais são as nossas características como eu disse tem já um episódio que
eu falo só sobre isso então eu vou deixar aqui na descrição até vou anotar porque depois depois eu esqueço E aí passa né despercebido traços Episódio E aí o que que acontece esses traços de personalidade dividido entre ess cinco são os seguintes extroversão Então são pessoas e aí eu vou falar bem resumido aqui porque tem esse episódio completo extrovertido que são pessoas que são muito comunicativas muito interativas são ótimos líderes São pessoas que TM afeto positivo muito alto ou seja sorria feliz sempre estão olhando a vida de uma forma positiva depois nós temos afabilidade ou
sociabilidade que era o principal traço da Maria então a Maria tem esse esse traço muito forte que ele está completamente ligado com eh não gostar de conflitos então eu prefiro às vezes não dar a minha opinião para que aquilo não Gere algum tipo de conflito e ao mesmo tempo uma e abre-se mão né da suas próprias coisas abre-se mão do seu próprio bem-estar em prol das outras pessoas Então tem uma preocupação muito grande com o outro com Querer agradar com querer ser amada com querer né Essa sociabilidade mas também com não só o ser amada
mas aquilo de querer resolver os problemas dos outros em primeiro lugar muito além dos seus então esses é a afabilidade depois eu tenho a conscienciosidade não estou falando em ordem tá só eh os traços mesmos conscienciosidade são aquelas pessoas organizadas disciplinadas que são muito por vezes até metódica assim não são pessoas muito flexíveis digamos assim são mais regradas mesmo gostam das coisas em ordem gostam de metas estão sempre trabalhando nesse sentido depois nós temos aquelas pessoas que elas apresentam abertura novas experiências então São pessoas que gostam de conhecer o novo extremamente curiosas que querem sempre
estar buscando uma coisa ou outra eh é engraçado que tem muita abertura A novas experiências é uma pessoa que ela é inquieta ela não se contenta com bom esse é meu trabalho eu vou fazer a mesma coisa a vida inteira não quem tem abertura A novas experiências por vezes é uma pessoa que não vai conseguir ficar muito tempo fazendo a mesma coisa porque ela precisa ser instigada ela precisa o novo é importante para ela então essa essa é uma característica bem forte e também tem algumas peculiaridades em relação ao trato com dinheiro que acaba sendo
mais desligado e por fim mas não menos importante temos o neuroticista que são aquelas pessoas que eh tem um afeto negativo muito forte que que significa afeto negativo diferente do extrovertido que tem afeto positivo que é feliz alegre sempre olha as coisas com muita positividade o neuroticista ele vai olhar com entre aspas negatividade né ele vai olhar e dizer assim poxa tudo dá errado na minha vida então ele vai potencializar as coisas ruins e vai ser muito sensível às oscilações emocionais assim imprevistos ele vai sentir muito aquele imprevisto Então a partir desses cinco traços de
personalidade por que que eu tô trazendo eles porque sempre que a gente a gente vai fazer uma análise de nós mesmos inclusive e e isso é uma é é é um é uma técnica né ou é uma uma atividade que você deveria empregar no seu dia a dia na sua vida é você não se acostumar em entrar no piloto automático é você se questionar Mas por que que eu tô decidindo isso mas por que que eu estou pensando sobre isso isso faz sentido isso não faz sentido da onde que eu tirei esse tipo de pensamento
esse questionar mesmo sabe é desenvolver essa tua capacidade de autoanálise para que você consiga olhar e entender as suas próprias decisões E aí os o entendimento dos traços de personalidade ajudam muito porque ó agora vamos voltar paraa história da Maria e as consequências de tudo que aconteceu na vida dela tá Qual é uma situação principal em que ela veio buscar ajuda consumo certo qual é o problema que esse consumo tem gerado dívida baixa autoestima porque é como se ela se sentisse eu preciso das compras e eu preciso ganhar presentes para eu ser amada se ninguém
me dá isso eu não sou amada então eu não tô valendo nada entendeu então tem muito essa coisa assim eh culpa muito grande porque já está gerando um problema financeiro e mesmo assim ela não consegue parar e ainda tem aquele sentimento de vazio e olha que interessante esse sentimento de vazio tem muito a ver também com esse traço de personalidade alto de sociabilidade Porque como ela está sempre olhando muito mais pro outro do que para si e ela vai esquecendo do que é importante para ela tirando os presentes mas no restante assim da vida né
Eh ler fazer um exercício físico eh se relacionar com pessoas se envolver em tarefas que realmente sejam motivantes para ela né e não simplesmente aquela coisa do tipo ah eu trabalho porque eu sou obrigada a trabalhar mas não se envolver em atividades que realmente gerem uma motivação gerem um bem-estar ela não ela não não sabe mais o que que o que que faz bem para ela é como se o centro fosse presentes e essas compras então tem aquele sentimento muito grande de nada faz sentido a gente fala que gera na edonia né É como se
as coisas meio que ficassem sem graças as coisas ficassem meio preto e branco eu vou sair para almoçar né sair para almoçar eu vou fazer alguma co ai Tá bom eu tenho um projeto novo do trabalho tá bem o que que eu preciso fazer é é meio que a vida começa correndo num preto e branco é como se aquele sentimento de vivacidade ele fosse se apagando se morrendo porque nada mais faz sentido e isso é um acúmulo né de longo o processo de vida que vai surgindo E aí esses problemas ela já começou a perceber
esses problemas Olha esses problemas existem só que eu não consigo inibir o comportamento eu não consigo simplesmente não agir dessa forma então eu não consigo não comprar presente pras pessoas que eu amo por quê Porque eu amo elas eu quero mostrar que eu amo elas como é que eu não vou dar um presente e um bom presente Afinal des contas se eu der um presente ruim significa que eu tô desdenhando daquela pessoa Então olha que interessante Embora tenha todas essas consequências negativas do padrão comportamental ela não consegue inibir o comportamento ela repete o comportamento e
como que ela repete o comportamento sentindo culpa porque embora ela sinta culpa esse outro lado das justificativas predomina então percebe o o que eu fiz ali ó eu contei que ela queria dar presente né Eu falei assim ah vou vou dar presente só que automaticamente eu também expressei a justificativa que ela usa ao dar presente como que eu não vou dar presente e um bom presente se eu não der um bom presente eu tô desdenhando a pessoa então o que que tá acontecendo aqui existe um padrão de comportamento disfuncional certo que é o consumo exacerbado
e também exigir né das outras pessoas o mesmo tipo de comportamento porque este na cabeça dela é o comportamento padrão é normal tudar pessoas e eu já vou explicar isso com base na TCC mas na cabeça dela é normal tu dar bons presentes para as pessoas e estar sempre dando presente para as pessoas e ganhar presentes Essa é a regra dela esse é o pressuposto básico dela já vou explicar dentro do modelo cognitivo isso eh Então ela tem esse pressuposto E aí o que acontece como ela tem esse pressuposto ela gera justificativas para convencê-la de
que aquele da que aquela é uma decisão boa de que aquela é uma decisão coerente de que aquela é uma decisão certa e racional Portanto o que que acontece ela não consegue inibir o comportamento e ela ainda tem justificativas muito forte para repetir esse comportamento repetir esse comportamento se a gente se a gente for olhar do ponto de vista de padrão de comportamento isso é nitidamente um comportamento do sistema um né Ou seja aquele rápido aquele automático Eu já falei aqui episódios também sobre sistema um e dois que é a base do livro rápido e
devagar Então rápido pensamento eh tomada de decisão rápida e intuitiva lenta pensamento racional lógico e deliberativo então o que que acontece quando ela gera justificativas isso que aem fazendo é o sistema um ele está dando né intuições ele está dando interpretações de contexto ele tá dando pro sistema dois e o sistema dois que seria o racional não inibe esse comportamento porque ele é convencido pelo sistema um da que essa é a melhor decisão a ser tomada e quando o sistema dois Confirma os pressupostos básicos do sistema um isso vira uma crença isso o o ceman
fala bem no início do livro assim e e e confesso que as primeiras vezes que eu havia lido isso eu não teria não tinha entendido eu fui entender tempos depois assim que o sistema um é aquele que está sempre dando interpretações intenções de contexto e sugerindo respostas ao sistema dois quando o sistema dois não inibe aquele comportamento e confirma aquilo ali então aquilo ali se consolida como uma crença e aos se consolidar como uma crença se estabelece aí um padrão automático de comportamento Olha que interessante isso e é exatamente o que está acontecendo aqui com
a Maria a Maria ela tinha né um padrão de comportamento aquilo ali é a coisa correta na cabeça dela então ela automatizou aquilo de modo que o sistema do também confirmou aquele processo isso se tornou crança E isso se tornou um padrão comportamental pré-estabelecido Então como que ela chegou a ponto de dizer assim ó não agora eu tenho que olhar para isso porque realmente Talvez isso seja um problema quando ela chegou à beira de uma separação quando ela chegou à beira da Separação ela dizer assim nossa mas para aí então algum problema aqui existe né
E aí sim foi porque ela tinha uma relação incrível com o marido assim uma relação muito boa de muuito parceria de muuito tempo junto já estavam acho que 12 13 anos juntos então assim eles tinham uma relação muito legal que ao longo do tempo foi se prejudicando se prejudicando se prejudicando se prejudicando até o ponto que o marido chegou para ela e disse assim ó ou a gente resolve isso ou deu E aí que ela começou a cair a ficha de opa então isso aqui realmente pode ser um problema e aí que ela entrou na
mentoria enfim e para trabalhar todas essas questões que que eu quero chamar atenção nesse processo todo né eu quero chamar atenção e aí agora já entrando para TCC e e como que a gente trabalha com esse tipo de coisa é que quando nós não conseguimos perceber que aquilo ali é um problema e nós ainda estamos simplesmente cegos pelas intenções do nosso sistema um nós vamos seguir repetindo aquele comportamento mesmo que aquele comportamento Gere consequências negativas como a dívida Então por vezes a gente precisa um chacoalhão ou escutar uma história como essas e dizer assim nossa
eu tô numa situação parecida e tá na hora de eu abrir os olhos para isso porque isso tá passando do limite ou tem que chegar num caso como dela de um de Prestes acontecer uma separação para dar esse acorda está na hora de ver isso né então assim é é é importante que a gente entenda e esses dias eu estava escutando eh uma live do inbe que é o Instituto de prática baseada em evidências do Weslen do Jean do João e que são pessoas as quais eu confio muito né são muito técnicos e eles estavam
falando justamente disso né que a terapia por vezes as pessoas buscam a terapia como uma coisa para ser um lugar de acolhimento um lugar de Nossa eu vou sair da terapia super bem e não como Provavelmente por vezes tu vem aqui escutar um podcast e tu vens assim nossa eu quero entrar no podcast e e vou escutar um papo legal e tal e não muitas vezes o que você vai escutar aqui não é um papo confortável e não é um papo que vai fazer você sair daqui muito melhor do que entrou talvez em algum momento
faça você sair daqui pior do que você entrou porque vai trazer reflexões e pontos que você talvez ainda não tenha parado para pensar só que é isso que vai permitir você resolver os seus problemas e viver melhor porque no caso da Maria se ela não tivesse esse sacudam e buscasse né ajuda e escutar que o podcast já pode ser um mecanismo de ajuda ela nunca teria saído desse processo talvez tinha se separado dificuldade de relacionamento com a filha tudo ISO isso sabe então nós temos que entender que a mudança ela não é um processo confortável
um processo de Puro acolhimento um processo de Puro conforto pelo contrário Como diz como eles disseram lá na Live eu concordo plenamente muitas vezes é bem desconfortável muitas vezes é bem doloroso mas é quando a gente tá sentindo isso que a gente olha e diz assim bom Então significa que estou estou no caminho cinho né obviamente sabendo Para onde tu tá indo tendo né esse essa construção de que é pro melhor porque por vezes alguns desconfortos também né Podem não ter podem levar a decisões que não são as que vão te levar para uma condição
melhor então é sempre pensando em viver melhor no final das contas e aí o que eu quero dizer com tudo isso é que além né de de de olhar para isso e entender que esses desconfortos eles existem eles são necessários é aquela velha frase do canman tudo que você vê é o que há se você não olhar para tudo isso e ampliar aquilo que você vê entendendo que olha eu preciso melhorar a minha percepção da realidade eu preciso melhorar eh e ampliar aquilo que eu sei sobre mim mesmo se eu não fizer isso eu vou
viver milp no sistema um Então eu preciso fazer esse né Essa amplitude de autoconhecimento para que eu entendo o meu processo de tomada de decisão e a partir disso eu possa melhorar então esses dois pontos que eu quero chamar atenção não é confortável e não espere ser confortável porque se for conforto o conforto sempre está no status quo o conforto ele sempre está na zona de conforto onde é aquilo que você conhece é aquilo que você está acostumado E no caso da Maria o que ela estava acostumada seguir comprando talvez se ela não tivesse limitação
financeiro que todos nós em certa medida temos mas tem umas pessoas que T ganharam muito dinheiro ou produziram muito dinheiro e daqui a pouco leva ainda mais tempo para esse tipo de problema aparecer porque a pessoa não tem um prejuízo financeiro que gere alguma alteração né E aí Isso dificulta ainda mais as soluções desses problemas porque não vai gerar um conflito com o casamento por exemplo Então tem que ter esse entendimento desse conflito que ele é importante desse desconforto né que no caso é importante e tem que entender que precisa ampliar o que você vê
sobre você mesmo para que a gente consiga avançar nas melhorias dito isso que que é interessante que nós possamos desenvolver a partir disso e construir eh a judit Beck apresenta aqui no livro Uma coisa que eu acho muito interessante de pensarmos de forma estruturada nas nossas vidas tá E e aí eu chamo atenção para um ponto por vezes pode ser que nesse momento tu esteja com dificuldade financeira e você não consiga por exemplo pagar uma terapia semanal mas não é porque você não consegue pagar uma terapia semanal que você não pode fazer algumas técnicas implementar
algumas estratégias que possam te ajudar sabe não não não entra nessa noia de que só vai resolver se eu fizer terapia e eu não tenho dinheiro para fazer terapia Então não vai ser né é um processo e obviamente sempre que a gente passa por situações assim eh ter né e fazer uma terapia ajuda muito porque vai te trazer uma clareza mas se tu não tiveres condições se colocar na tua rotina implementar técnicas como essas isso vai te ajudar muito então do que que nós do que que eu estou falando como estratégia para que a gente
comece a entender todo este caso da Maria olha só a jedit eu vou mostrar aqui o livro quem está no Spotify talvez não consiga enxergar mas só para que você saiba na página 221 ela fala sobre conceituação cognitiva né ou conceituação de caso e aí quem está vendo está vendo que existe um diagrama aqui né na página do livro O que que se refere esse diagrama e o que que ela quis dizer com isso e o que que nós podemos usar deste diagrama para por exemplo analisar a vida da Maria e trazer soluções pra Maria
entender todo esse padrão de comportamento então o que que é e essa conceituação cogn né ou conceituação de caso como a gente diz existe um caso vamos conceituar este caso que que é isso é criarmos um mapa como se fosse E aí eu abro um parêntese Nós seres humanos temos uma isso também é um um desvio do nosso sistema um nós adoramos coisas que sejam causais isso causa isso que causa aquilo que causa aquilo outro que causa aquilo outro o modelo cognitivo ele meio nos nos pressupõe uma causualidade só que embora nos pressuponha uma causualidade
e isso Facilite a nossa compreensão sobre o nosso próprio processo de tomada de decisão é importante entendermos que nós somos mais complexos que isso Isso é uma simplificação que nos ajuda a colocar a cabeça no lugar e entender logicamente como que as coisas funcionam não é que existe um processo exatamente da forma que eu vou explicar aqui dentro do nosso cérebro ou dentro das nossas estruturas de tomada de decisão tá isso aqui é uma maneira didática de compreendermos como pensamos como os nossos nossas emoções elas vêm à tona e como consequentemente nós decidimos e nos
comportamos certo então vamos lá eh a conceituação cognitiva ou conceituação de caso ela tem como objetivo criar uma ilustração do caso desde a base Então qual é a primeira etapa da nossa conceituação dados relevantes da infância Então pensa que lá em cima eu vou ter assim né dados relevantes da infância então eu vou buscar entender o que que aconteceu na vida da Maria na infância para que fosse desencadeando esses esse processo e a partir disso começo a entender algumas decisões que ela vem tomando então e aí som um adendo né eu posso começar a construção
desse modelo cognitivo do Meio para baixo que é inclusive o que a judit sugere que vai pegar justamente aquela parte em que também já tem podcast que eu falo aqui sobre isso sobre o modelo cognitivo mesmo situação pensamento automático eh as emoções que isso vai desencadear e a comportamental fisiológica ou cognitiva eu vou começar desde o início só para ficar didático Para não começar do meio para baixo e depois voltar para cima sabe então eu vou começar desde cima mas se tu fores fazer para ti na tua vida é interessante que tu comece do Meio
para baixo e aí depois que eu explicar tudo aí vai ficar mais fácil para ti também e eu vou deixar de de de brinde digamos assim eu vou colocar na tela aqui ou eu vou colocar um link né Depois eu coloco na descrição aí E como que vai ser feito para que você tenha eh esse modelinho para que você consiga fazer essa análise de de algum caso de alguma situação sua Mas voltando então a Maria ela tem uma situação na infância e e começa né o quadro começa lá em cima com quais são eh os
dados relevantes da infância da Maria aí o dado relevante da Maria neste caso em específico desta situação específica é Maria era ada pelo pai vamos colocar assim eh o pai né permitia E era extremamente eh sempre querendo agradar a Maria em absolutamente tudo então ele era muito permissivo dava absolutamente tudo para ela e Estava sempre apr presenteando com qualquer coisa ou com coisas muito grandes mas em qualquer tipo de ação dela ah tirei uma nota boa ahi um presente eh aprendi a andar na bicicleta ai um presente fui já Ai um presente andei na esquina
um presente sabe então assim sempre havia esse padrão de comportamento que que que que isso gerou de crença nela né a crença dela ela tá relacionada com uma crença de presentes significa amor lembrando o que que é crença crença é uma verdade absoluta que tens a partir de um de um aprendizado de vida que tu teve então nossas crenças nada mais são do que verdades absolutas que nós vamos criando do mundo em que nós vivemos então a crença dela E aí aqui eu não tô falando de uma crença extremamente nuclear Talvez seja uma crença intermediária
não vou entrar nesses conceitos aqui mas ela tem isso de que a presentes representa amor depois a gente vai olhar o qu A partir dessa crença que regras que pressupostos essa crença leva gera né que E aí eu já tô no terceiro quadrante desse dessa tabela que se eu presentear as outras pessoas com presentes paraa minha filha pros meus amigos pro meu marido eu estou dizendo para eles que eu amoos e se eu ganhar presente a pessoa está dizendo que ama então essa é a regra básica que ela construiu na vida dela e qual é
então Eh o comportamento que isso gera né o dentro da da tabela ela fala de estratégia compensatória para enfrentar isso o consumo porque se existe a regra presentiar é amor e eu amo aquela pessoa então eu preciso comprar então eh a estratégia né Que Ela utiliza de compensar aquela regra aquele pressuposto que ela criou pra vida dela é justamente comprando E aí chegamos na situação em que nós temos muitos gastos muito cartão de crédito além do que teria condições de de ter ali de condições então percebe que existe uma estrutura no processo de tomada de
decisão Em que parte do que ela aprendeu na infância a partir do entendimento que ela aprendeu na infância isso cria-se né a vai criar uma raiz como uma crença essa crença que é mais ou menos o que eu expliquei do sistema um e dois e se o sistema dois concorda com o sistema um ele constrói essa crença dessa crença nós vamos ter um pressuposto uma regra e dessa regra a gente vai desencadear num comportamento que nesse caso um comportamento completamente automático que ela já não consegue mais inibir e que tá gerando consequências negativas agora olha
pro teu caso qual é a tua dificuldade financeira por isso que eles sugerem que o comece né do meio do Meio para baixo porque fica mais fácil de nós chegarmos nas respostas qual é o teu problema financeiro é dívida é muito consumo é dificuldade de manter Constância é medo eh procrastinação enfim qual é a tua dificuldade em relação ao dinheiro e que comportamento tu consegue perceber que tu tem que está relacionado com essa dificuldade e aí depois tu vai voltando bom a minha dificuldade é depois eu vou trazer o caso do João que eu comentei
né mas vamos para um outro caso para dar três exemplos diferentes Vamos pensar que o seu caso é um caso de falta de consistência você não consegue se manter investindo não tirar o ponto de vista de consumo exacerbado e vamos dizer que tu não consegue Constância Ok eh então falta de então Teu comportamento tua estratégia compensatória é não ter consistência nos investimentos agora sobe qual é a regra que tu estabeleceu a regra que eu estabeleci é Investir pouco dinheiro não me traz grandes resultados ou eu não adianta eu tentar porque exige um conhecimento que eu
não tenho aí sobe pra crença Digamos que dentro lá dentro dentro da tuaa esteja uma crença de que investimento é só para rico e aí a gente sobe lá pro primeiro nível e a gente olha e entende que na infância tu viu um tio quebrar investindo ou não necessariamente na infância mas ao longo da tua vida tu não viu ninguém investindo então tu nunca aprendeu que aquilo ali faz sentido e tu nunca viu ninguém construindo Liberdade financeira investindo o que muitos de nós temos esse problema se você me perguntar eu Jéssica hoje no meu ciclo
familiar eu vi qualquer pessoa que seja desde tio tia primo vô vó pai mãe eu vi alguém construindo patrimônio com investimentos de longo prazo e hoje tendo uma qualidade de vida por causa disso por causa de construção de patrimônio com investimento eu vou dizer que não não não tem no meu convívio na minha família não tem então percebe que daqui a pouco a minha procrastinação que nesse caso não estava tratando como procrastinação mas a minha falta de consistência tava ligada com o fato de que não existia motivação no processo Porque a crença que eu tinha
é que só os ricos que davam certo porque eu nunca vi uma pessoa entre aspas comum prosperar com investimentos então aquilo ali não tinha uma função na vida e aí acaba que eu vou olhar para aquilo ali e eu não vou dar a importância o valor necessário para aquele comportamento que faça com que aquele comportamento ele se torne um comportamento reforçado e repetido ao longo da vida para me dar o resultado que eu espero aí eu não tenho consistência então percebe que agora eu fui de baixo para cima e eu consegui chegar numa conclusão que
faz todo sentido seno e quando a gente consegue chegar a conclusões que a gente olha e diz assim meu Deus é verdade e eu trouxe um caso que é meio que comum para todos nós né Essa questão de não ver ninguém prosperar com dinheiro e achar que só precisa investir com muito enfim quantos não não vivem isso e quantos não é por isso que não conseguem manter um uma rotina de investimentos quando a gente olha para isso e percebe nossa pode ser por isso aí a gente tem que começar a fazer o resto da da
planilha que que é o resto da planilha o resto da planilha vai vai pegar bem o modelo cognitivo de be que é situação o pensamento automático a emoção e o comportamento ele ainda coloca Além disso um um significado do pensamento automático né que significado eu tô atribuindo aquele pensamento por que que ele o que que aquele pensamento significa para mim E aí ele desenvolve um pouquinho mais mas vamos só nessa parte mais a situação o pensamento automático a emoção e o comportamento vamos dizer que a partir dessa construção né Desse dessa conceituação cognitiva que a
gente criou da da questão do investimentos nós possamos olhar uma situação em que você ganhou um dinheiro a mais 13º boa parte das pessoas tem aqueles que não são empresários como eu né que não não vão ter seu 10 terceiro Mas quem é assalariado tem seu 13º tá tenho o 13º ganhei o 13º não tenho contas pré-estabelecidas essa é a situação Qual é meu pensamento automático é investir ou é gastar o pensamento automático da pessoa que tem toda essa construção cognitiva que nós comentamos é vou fazer uma viagem eu vou comprar um telefone novo eu
vou nunca é investir E aí se alguém ou tiver algum contexto tipo sei lá solta um popup na internet XP oferece investimentos de não sei o que não sei o que não sei o qu ele vai olhar para aquela situação e diz assim ah qual vai ser o pensamento automático que vai gerar né ah que adianta eu vou investir meu 13º o que que que que vai mudar na minha vida eu vou fazer a viagem que é mais legal então o pensamento automático desencadeou Uma emoção aquilo ali não é para mim mas ao mesmo tempo
gerou aquela Euforia em relação à viagem então eh nesse caso por vezes as emoções elas são mais fortes nesse caso é meio que um Uma emoção assim desdenho daquilo ali e emoção positiva para ir fazer a viagem Qual é o comportamento gasto dinheiro na viagem aí tu olha e diz assim nossa Agora entendi porque que eu não consigo investir ao longo do tempo eu sempre escolho a viagem porque na verdade o que pode estar acontecendo é que você não está dando valor suficiente pros investimentos de longo prazo E aí você tem toda essa conceituação cognitiva
que tá te levando para uma decisão que não é uma decisão coerente na construção de uma qualidade de vida lá na tua com 20 30 anos para frente então essa clareza né construir esses esses essas estruturas né construir esses eh conceitos sobre nós mesmos né então ter um desenho de caso né Essa conceituação de caso do nosso próprio caso bem urada isso nos dá uma clareza muito grande de qual é o nosso padrão de comportamento Qual é o nosso piloto automático o que que eu preciso fazer então para inibir as respostas automáticas do meu piloto
automático para que eu consiga tomar decisões que realmente sejam coerentes com a vida que eu desejo ter por isso que é tão importante a gente saber para onde a gente quer caminhar Ontem mesmo eu coloquei nos Stories Me perguntaram alguma coisa relacionada à sala de aula foi isso Me perguntaram uma ideia de ter de conteúdo para alunos de oitava e nona série E aí eu falei que o assunto que eu achava que era um dos mais negligenciados e é um dos mais importantes dentro de educação financeira é escassez tem Episódio aqui sobre escassez também E
aí eu sugeri como fazer né a aula de escassez implementar uma estratégia de experimento e trabalhar uma coisa bem legal para que chame a atenção dos alunos e aí eu trouxe as fotos de quando eu dava aula lá em 2019 e que eu construía vários tipos de de de experimentos com os alunos por exemplo assim eu i ensinar como fazer precificação a Quanto que vale essa caneta sabe eu trazia tudo separado não a caneta né mas eu comprava várias coisas desde fio eh desde papel eh enfim eu comprava várias coisas para que eles construíssem um
produto soubessem o custo daquilo ali fizessem uma ficha técnica fossem pro Pit de venda criasse toda uma estrutura né E aí eles depois que construíam digamos uma caneta eles sabiam exatamente como que era a composição da ficha técnica dela para fazer a precificação para depois conseguir vender então eu criava todas essas estruturas e era muito legal assim fazer isso né e trazer isso paraa sala de aula como uma técnica de aprendizado E aí o que que eu fazia eu tirava fotos do que eu estava fazendo de experimentos por que que eu tirava a foto porque
já tinha né a previsão de um concurso paraa Universidade Federal aqui de Santa Catarina e eu a minha rotina né A Minha estratégia de vida era fazer graduação mestrado doutorado e ser professora Universitário Federal que naquela época eu era particular e aí eu tirava fotos porque eu já estava desenhando o meu memorial descritivo que é uma parte do processo seletivo dentro dos concursos para professor em que a gente precisa explicar ali como que é a tua carreira o que que tu já já fez na tua caseira Enfim tudo isso e aí eu já tava tirando
foto e obviamente depois a vida mudou a gente decidiu eu decidi não seguir carreira acadêmica por vários motivos que eu já expliquei aqui em vários episódios eu acho Provavelmente tu já se se já é de casa já já escutou eu falando sobre isso mas enfim por que que eu tirava fotos daquilo porque eu tinha um comportamento intencional eu sabia qual era meu objetivo passar no concurso Eu sabia que para passar no concurso eu precisava fazer o meu memorial descritivo então estava construindo evidências que fizessem com que a banca olhasse pra Jéssica profissional com bons olhos
que que eu quero dizer com tudo isso e com esse exemplo que quando nós sabemos para onde nós estamos indo a gente consegue fazer um desenho de caso como esses né uma conceituação de caso e a gente consegue entender que aquele comportamento que está sendo gerado a partir de todos esses processos de situação pensamento automático emoções e comportamento que esse comportamento pode estar me afastando do que verdadeiramente eu quero que nesse caso que eu queria era passar no concurso portanto eu precisava empregar comportamentos que me aproximassem daquilo só que se eu não sabia para onde
eu estava caminhando Como que eu ia ter comportamentos que me aproximassem daquele resultado percebe E aí eu eu me alonguei nesse exemplo para mostrar que se existe por exemplo um entendimento de que eu preciso investir pro longo prazo um entendimento de que isso é importante meu telefone vai cair tivemos uma falha técnica me o telefone caiu estava ele fica no tripé assim né e ele foi escorregando escorregando escorregando escorregando caiu E aí travou Inclusive a filmagem eu tive que começar uma nova filmagem erros de gravação o áudio não caiu então vai ficar o áudio assim
eh vai cair voltando né onde eu estava eh eu estava explicando o fato de que existe então toda essa construção desse modelo cognitivo dessa conceituação de caso e quando a gente olha o nosso comportamento e percebe que aquele comportamento ele não nos direciona o objetivo que eu tenho eu consigo fazer essa E e essa atuação reversa né Para que eu mude então a forma com que eu penso consequentemente aí emoção que eu tenho e aí o meu comportamento só que se eu não sei para onde eu quero chegar como que eu vou corrigir o meu
comportamento por exemplo se eu não sei que investir pro longo prazo é uma boa que isso me gera segurança financeira que isso me gera liberdade que é a base do bem-estar financeiro segurança e liberdade se eu não construo isso Esse entendimento e percebo que por exemplo não investir regularmente me afasta disso como que eu vou corrigir o fato fato de não investir regularmente então É nesse sentido que eu quis trazer este exemplo da de como eu agia na sala de aula e como eu estava me preparando pro concurso porque como eu sabia onde eu estava
eu eu estava ajustando meu comportamento na direção do meu objetivo e se houvesse comportamentos desajustados digamos assim né com o meu objetivo eu poderia estar empregando essa técnica de de conceituação de caso e aí eu ia criar toda essa essa essas etapas para entender né então o que que aconteceu lá na infância ou Quais são as coisas relevantes na minha vida que estão desencadeando esse tipo de crença esse tipo de pressuposto e esse tipo de comportamento que talvez não esteja na direção do Objetivo que eu tenho e aí a gente vai fazendo essa reconstrução da
forma com que a gente vê o mundo da forma como que nós lidamos com as coisas para ajustar o nosso comportamento na direção do nosso objetivo enfim essa era a história da Maria e eu me alonguei na história da Maria trouxe vários outros exemplos e várias outras coisas né mas só trazendo um pouquinho também da história do João João é um cara de 30 anos empreendedor ele já empreendeu antes mas está empreendendo pela segunda vez a primeira empresa faliu Ele está na segunda empresa né fazendo aí as suas várias atividades só que o que que
vem acontec acontecendo na primeira empresa João faliu na segunda empresa João também não está indo bem embora a empresa tenha resultados ele precisou pegar muito capital de terceiros empréstimos dívida dinheiro emprestado não só de banco mas também das pessoas para conseguir tocar o negócio então ele precisava comprar várias coisas principalmente de tecnologia para fazer o negócio rodar E aí ele foi comprando foi comprando começou a ter cliente e aí não tinha capital de giro que é dinheiro disponível para fazer a operação acontecer então foi pegando dinheiro de terceiros para fazer a operação rodar E aí
agora ele tá num momento que ele não tem mais da onde conseguir recurso para fazer a operação rodar e ele está desesperado porque ele já faliu uma vez e ele né está com medo de falir pela segunda vez e ter dívidas pela segunda vez Então vamos entender o que que acontece né Qual é a construção eh que nós temos de caso dele ou seja qual seria conceituação cognitiva ou conceituação de caso aí a gente tem que sempre pensar tá o que que aconteceu na minha infância O que que é uma situação relevante importante fez com
que esse comportamento ele fosse desencadeado assim essa coisa de No caso dele é meio que desbravador de querer resolver o mundo de querer enfrentar de querer assumir riscos que não não são riscos muitas vezes calculados então ele sempre foi assim de enfrentar muito risco e aí a gente começa né para querer fazer essa construção de caso entender tá mas como que tu vivia E aí entendendo a vida do João entendi que ele vivia uma vida muito desregrada do ponto de vista de estrutura familiar pais brigando muito eh tios envolvido com uso de álcool numa num
contexto em que não havia regularidade de receitas Então por vezes passaram dificuldades inclusive de comer o básico do básico não que passaram fome mas comer o básico do básico porque era o que podia enfim passou uma infância muito desregulada e diferente do que muitas pessoas imaginam Às vezes a gente passar uma infância muito desregulada principalmente financeiramente faz com que a pessoa entre muito num modo sobrevivência do tipo assim eu preciso resolver esse negócio aqui eu vou dar a minha vida para resolver esse negócio aqui e aí eles querem resolver a vida de uma forma às
vezes 8 80 sabe a Wi como quem joga que quem joga eu ia dizer póker não é p é p né que dá tudo ou nada então eles meio que jogam nessa É Tudo ou Nada E aí eles vão pro jogo que é o jogo da vida só que nesse ir pro jogo do Tudo ou Nada eles arriscam demais e aí nesse arriscar demais na vida sem planejamento sem uma estruturação sem tu olhar as etapas tu te programar para realizar aquilo embora para algumas pessoas dê certo pra grande maioria não dá certo e foi o
que tem acontecido com ele porque entra nessa Bola de Neve as coisas começam a não dar certo por quê Porque daí ele entra em Extrema escassez E aí entrando em escassez agora ele se sente completamente de mã atadas porque ele não tem o que fazer não tem mais dinheiro para pegar não tem mais nada E aí qual é o comportamento que ele começa a ter procrastinação já não atende mais os clientes como atendia antes já não faz mais o que devia já tem medo de tomar decisões E aí ele começa a paralisar se ele começa
a ficar meu Deus eu não vou fazer nada disso E aí o que que a gente percebe que essa desestruturação familiar que é o topo do do nosso modelo do nosso modelo conceitual né da conceituação cognitiva o topo era essa infância um tanto desregulada a crença tem uma crença que dentro da TCC tem três grandes crenças que é a crença de desamor desvalor e desamparo a crença de desamparo é a crença que a gente vê no João que que é a crença do João do desamparo diferente do que parece né de desamparo de de estar
desamparado na verdade a criança de desamparo ela tá muito relacionada com percepção de incapacidade E é exatamente isso que o João começa a ter nesse contexto eu sou incapaz eu não de fazer nada certo eh eu vou fi de novo então tem aí um um uma constante de crenças ou seja de verdades que ele foi construindo dele mesmo para dizer assim eu não vou dar conta essa crença forte de incapacidade de fracasso de medo de despreparo E aí ele começa realmente a acreditar que não vai dar certo que ele não vai dar conta Então essa
é a crença Qual é a regra que ele estabelece se eu tomar mais uma decisão se eu agir porque quando eu ajo eu só faço coisa errada se eu agir vai dar ruim Qual é Então a estratégia compensatória dele que é a nossa quarta etapa dentro da construção dessa conceituação cognitiva é paralisar é não fazer nada é ficar muitas vezes fazendo procrastinação ativa porque agora eu não tenho mais dinheiro para ter gente para cozinhar para mim então eu tenho que cozinhar eu tenho que limpar casa eu tenho que lavar roupa eu preciso fazer entende como
que vai fazendo as coisas e aí ele entra num extremo de não tomar decisões de não fazer nada que ele precisa E aí frente a todas as situações um cliente liga ele começa a não atender o cliente então agora já indo pra parte de baixo dessa construção né e situação cliente liga ele já fica nervoso Qual é o pensamento automático Eu não tenho o que oferecer porque eu não tenho dinheiro suficiente para comprar os insumos que eu preciso para atender esse cliente então o pensamento automático é não consigo atender ele Qual é a emoção que
gera ansiedade nervosismo ataque Cardia sentimento da incapacidade qual é a reação comportamental Ele simplesmente não atende o telefone então ele começa a não atender ninguém Isso é só uma situação mas várias outras situações vão acontecendo e do ponto de vista financeiro o que que todo esse comportamento Gera falta de dinheiro ampliada né porque daí ele não muda o comportamento dele ele não reage ele não busca soluções ele só foge e aí ele ele enfrenta aí uma dificuldade ainda maior de ter uma situação financeira em dia de conseguir ganhar bem então isso começa a prejudicar a
renda dele começa a prejudicar os relacionamentos dele porque agora ele começa a ter vergonha das pessoas porque agora ele não consegue mais Ostentar a vida que ele ostentava antes e aí isso vai virando uma grande bola de neve então mais uma vez percebe que existe toda uma estruturação se a gente tentar construir essa conceituação de caso a gente consegue entender Qual é a base disso Qual é a base para que ele tomasse esse tipo de decisão E desencadeasse esse tipo de comportamento e quando a gente consegue entender essa base entender que nossa tá lá no
fato de que ele tomou decisões que eram muito arriscadas sem ponderar os erros e acabou metendo os pés pelas mãos e isso fez com que ele tivesse uma crença em relação a ele mesmo de incapacidade no que ele entende isso ele olha diz assim OK mas será que eu sou realmente incapaz E aí a gente vai fazer uma outra estratégia que é a validação de evidência me dá cinco evidências de que você realmente é incapaz ah eu falei uma empresa aí aí a gente olha para quebrar essa objeção Mas por que que tu faliu essa
empresa Qual foi o contexto aí eu falei aquela empresa porque eh eu não não tomei fui muito Arrojado e apostei num negócio que não não foi pra frente porque não tinha mercado suficiente para aquele negócio el não tinha validade a validação do mercado necessária para que ele fosse aceito é uma era uma disrupção digamos assim Tá ok aconteceu um erro o que que eu posso fazer para não repetir esse erro e aí a gente começa a trabalhar a forma de ldar com as nossas por vezes porque por vezes o erro realmente aconteceu não é para
passar a mão na cabeça e ai meu Deus que pena não fique assim não às vezes eu olhar e dizer assim realmente você errou o que que a partir de agora a gente pode fazer para que esse erro não volte a ser cometido para que você não repita isso entendendo que essa sua busca desenfreada por resolver a vida rápida pode estar no caso do João né dando o exemplo do João pode estar relacionado com a sua infância em que você não tinha estrutura familiar nenhuma e como você não tinha estrutura familiar nenhuma e entendeu que
você só dependia de você mesmo você foi pro tudo ou nada então será que a gente depois de a segunda empresa estar quase falhando Será que numa terceira tentativa você precisa ir pro Tudo ou Nada de novo Será que a gente não pode fazer diferente mais planejado mais organizado para que a gente consiga colher os resultados que a gente espera a a a a Plano A é um exemplo disso não o Gui não que ele venha de uma família Tipo que nem o caso do João né que é era uma família deestrada no caso do
Gui o que acontece é que os nossos pais né dos dois lados eh eles eram muito empreendedores mas também não tinham um planejamento estruturado e acabou que eles tiveram problemas nesses Empreendimentos quando Gui foi empreender pela primeira vez nós falimos que foi a Vida Saudável nós falimos eu estava bem envolvida no mestrado na época eh não me envolvia tanto com os assuntos da empresa e e o Gui tinha uma uma visão sobre negócios que era muito aquilo que ele tinha aprendido do que precisava de capital de giro que precisava de recurso de terceiro que precisava
e eu nunca fui muito favorável a isso enfim o que aconteceu é que foi indo foi indo foi indo e a empresa faliu depois quando a gente veio paraa Flori deu 4 meses a empresa faliu Esse foi um dos erros houveram outros vários erros mas também tivemos aprendizados com isso então hoje quando a gente olha para trás a gente olha para trás e diz assim olha a gente já passou por isso defali uma empresa e eu digo a gente por porque nós somos um casal há 18 anos e se aconteceu isso é porque o erro
foi nosso como casal né de de chegar a esse ponto e quando a gente começou a montar plano A e hoje a gente tem dois duas empresas né a plano A e a JG treinamentos nós sentamos e conversamos os erros que nós cometemos na vida saudável nós não vamos cometer nessas empresas estamos cá né depois de 4 anos plano a gigantesca aqui a JG crescendo muito esse ano principalmente então assim não é que a gente tenha que passar a mão nos erros que a gente comete mas os erros que nós cometemos eles precisam nos servir
de processo de aprendizado inclusive para prosperar financeiramente só que para isso a gente tem que ter um um um tanto de clareza né de como que funciona essas coisas na nossa cabeça e a conceituação de caso ou conceituação cognitiva que eu trouxe aqui hoje e que a que a judit Beck nos explica muito bem nesse livro fique aí a sugestão de leitura é um livro bem mais técnico né porque ela ensina como conduzir terapia é bem para para Psicólogo mas eu gosto muito de ler essas coisas eu acho que nos nos enriquece muito e E
aí fica aí a sugestão se você for tão curiosa quanto eu e interessada por aprender mais sobre isso mas em suma eu trouxe tudo isso para dizer que quando a gente consegue compreender as nossas próprias decisões e desenvolver essa capacidade de autoconhecimento não é que a gente vai passar a mão na cabeça e dizer assim ai tudo bem Tá tudo bem errar não é olhar pro erro e dizer assim orrei eu errei mas daqui paraa frente Como eu posso fazer diferente e aí é o caso que foi trabalhado com João toda essa construção cognitiva para
dizer assim OK houveram esses erros mas daqui para frente o que a gente pode fazer para inclusive tirar ele da inércia para que ele consiga agir porque senão fica nessa procrastinação e sentimento de autoeficácia vai lá para baixo e aí as coisas obviamente não se resolvem então fica aí de de exercício para você tentar desenvolver o se a sua conceituação do seu caso das suas decisões e espero que isso te traga uma clareza bem interessante em relação a Como que tu lida com dinheiro e também pode aplicar em outras áreas da sua vida sem dúvida
nenhuma será bem-vindo em outros problemas que também você possa ter Espero de coração que esse episódio tenha sido útil e que tenha te trazido bons insights Como eu disse lá pelo meio talvez nem todos confortáveis mas também é no desconforto que a gente cresce meu muito obrigada não esquece que isso é um projeto que eu faço de realmente trazer um conteúdo de valor de forma completamente gratuita então quanto mais nós compartilharmos esse conteúdo com outras pessoas maior ele vai se tornando e mais pessoas vão sendo ajudadas com isso então eu entrego o que eu posso
de mais valioso aqui também conto com a sua colaboração para que a gente consiga fazer com que isso chegue a mais pessoas Então se puderes compartilhar com outas pessoas se puderes deixar aí o seu comentário né dizendo se tá gostando dos episódios ou não é sempre bem-vindo eu leio todos os comentários não consigo responder de todo mundo mais lá no início eu conseguia hoje em dia eu não consigo porque senão eu tenho que tirar aí quase um dia inteiro para conseguir responder e infelizmente a agenda não permite mas eu leio e fico com coração aquecido
com todos os comentários que eu leio de vocês meu muito obrigada e até a semana que vem