[Música] Olá, eu sou a Tati Bernard e este é o Desculpa alguma coisa, o meu videocast aqui em Universita do dia. Ela é apresentadora, empresária, poderosa, belíssima, modelo, atriz, mãe do Vitório, fez magistério para agradar a mãe, é obsessiva pela mãe. Estamos juntas. Eu também sou pela minha. Já foi cantora do meia soquete? Já foi carry Brad Show por um dia. Tem o nariz mais sexy do Brasil. Já falei que é belíssima, mas vou repetir, é muito belíssima. Rainha dos peões da fazenda. A coxa com pelos loiros, mais famosa do Brasil. Perde café da manhã
de hotel, chique porque ama dormir. Musa da Bibi Ferreira e do Jo Soares. Abraça a moda H, sem medo do brechó e de fazer piada na internet. Já falei que é belíssima. É belíssima. Ela é Adriane Garistelu. Que delícia tá aqui. Tô amando. Obrigada pelo convite. A gente gastou coisa boa antes de começar, né? Ai, vocês não sabem que a gente já tava, a gente já tava aqui falando da coisa mais difícil do mundo, que é ansiedade. Mostra aí, mostra aí, ó. Ela vai adquirir meu livro, você adquira também. Primira coisa, eu bati o olho
aqui, falei: "Depois a louca eu." É tão minha cara isso aqui. Beleza, já ouvi tanto isso. A louca, você é louca, louca, depois a louca sou eu. Tá aqui maravilhoso. Eu falei, que tal você assinar para mim? Vou levar de brinde. Vai adquirir. Adorei, adorei, adorei. Mas conta um pouquinho porque eu já já até vou abrir mão da primeira pergunta aqui porque a gente tava falando um negócio muito bom que é a importância de poder falar, porque a Adrian tava me contando alguns minutinhos antes da gente começar que eu também comecei a ter crise de
ansiedade, crise de pânico com 17, 18, 19, foi a idade que ela começou também. com 18. Com 18. E a gente tinha muita vergonha de falar, até porque a gente não sabia o que era. Não, as pras poucas pessoas que eu falei, elas me olharam e falaram: "Não, isso é nada, isso é clipque, isso é chilique". Minha mãe mesmo falou: "Isso é chilique, vai lavar um tanque de roupa, tá faltando coisa para você fazer, vamos fazer". E aí você começa a se questionar assim, não é chilique, será que é mesmo? Será que eu tô meio
tô meio errada aqui no caminho? De repente, né? Porque não se falava desse assunto, não tinha isso para contar. Eu cheguei a fazer ressonância da cabeça. Eu também, porque eu tinha certeza que eu ia morrer. Era alguma coisa no cérebro. Tinha certeza que eu tinha uma coisa no cérebro, porque me dava uma parada na nuca, assim, uma coisa meio esquisita assim, quando começava sempre tem um um botãozinho de de início assim, de start disso. O meu era sempre uma coisa que me dava meio atrás na cabeça, eu achava e o coração que disparava. Então eu
fazia que você travava, era nervoso, travava nunca. É lógico. Ele fazia eletro e tomografia à vontade. Não é que eu fiz uma, eu fiz algumas. Eu falei: "Não, o médico não deve est vendo que eu tô sentindo, que eu tô sentindo que eu vou morrer". Eu fiz, fiz endoscopia, fiz ressonância da cabeça, fiz fiz aqueles todos do coração que corre na esteira, cheio de negocinho, nada dava nada. Então, quando não dava, aí que minha mãe falava, fala que é chilique, é chilique, esse negócio é piripáca, aí é frescura esse negócio, não é? Até que eu
comecei a perceber que quando me dava, era quando eu me concentrava. Eu eu eu percebia que quando eu parava para ler alguma coisa, era a hora que meu coração disparava. Quando eu começava a assistir um filme, começava a entrar na história do filme, era a hora que me dava o negócio. Então eu comecei a viver de um jeito diferente. Eu eu descobri um jeito de fugir da crise vivendo meio na espuma. Então eu conversava com você, mas não me aprofundava. Não prestava muita atenção no que você tava falando. Também não prestava atenção no que eu
tava falando. Não assistia nenhum filme, não lia nenhum livro. E quando eu parava eu entrava em pânico, porque é a hora que ia me dar. Então, até para tomar um banho, eu evitava ficar parada assim meio rápido, não prestando atenção muito nas coisas, fazia tudo meio meio por cima assim, menos espuma mesmo, não me aprofundava em nada. E aí eu passava um dia melhor, passava um dia melhor até para dirigir, que você precisa se concentrar e eu sempre amei dirigir e sigo amando dirigir. Não gosto que ninguém dirija para mim. Uhum. Até para isso eu
comecei a parar, porque eu falei, se eu dirigir eu vou ter que me concentrar, vou ter que olhar pro lá, vou ter que prestar atenção no espelhinho, vou ter que ficar quieta olhando pra frente. Vai, você tinha que ficar dentro de você, era quando você ficava dentro de você. É que dava o pepino, aí dava um Olha, eu vou te falar, até eu entender isso, demorou um pouco porque isso eu fui descobrindo sozinha, né? Fui tentando várias coisas, nada funcionava de reza, de tudo que você pode imaginar, centros, igreja, eu fui fazendo tudo que eu
podia e eu continuava com as minhas crises até que um dia eu desmaio dentro do elevador. E aí aparece um anjo enviado de Jesus, enviado de Jesus na hora me me ajuda no chão ali e ele era psiquiatra. Olha que loucura, gente. E ele falou: "Desce aqui, desce aqui". Ele morava no quarto, eu nem sabia. Eu morava no quarto andar do meu prédio. Alô São Paulo. Quem mora em prédio sabe, a gente mal conhece o Tem sempre um psiquiatra em seu prédio. Passei mal no elevador. Mas a gente mal conhece os vizinhos. Isso é uma
loucura, né? Eu nem sabia que aquele homem morava ali. Olha que coisa. Aí ele falou: "Me acalmou, me deu uma água". A gente conversou um pouco, meu coração ainda disparado, me amonçoando. Aquela aquele jeito? Ele falou: "Isso aí é pânico". Eu falei: "O quê?" falou, é pânico, eu nunca tinha ouvi falar disso. Aí fui no consultório dele, ele fez um exame mais detalhado, pediu os exames que eu pedi para ele fazer, para eles mais uma vez fazer. Ele falou: "Isso é pânico, você vai tomar esse ansiolítico". Eu lembro que chama Ancitec, eu nunca mais vou
esquecer o nome desse desse remédio. E eu tomei três vezes por dia durante seis meses e andava com esse Ancitecos Salvador da Paz. Amor, eu esquecia tudo, sabe? O celular da nossa vida hoje era o Anitec na minha vida. Leva tudo, deixa só, leva tudo, deixa meuitec aqui que eu não e eu não tomava mais, mas eu não abri a mão dele. Carreguei ele por um tempo comigo. Sei bem o que é isso. E e até hoje quem teve, você que teve, sabe do que eu tô falando. Dá um medinho de ter de novo. Dá
medo de ter de novo. Mas no meu caso, eu tive com 18 e eu continuo tendo pelo menos umas duas, três vezes por ano até hoje. É mesmo? Eu não tive mais. Você não, você nunca mais teve. Não sei. Eu eu vou te falar. Eu acho sei. É ótimo. Eu nunca mais tive. Na verdade, eu não sei, eu não sei não. Eu, eu tive duas dois inícios, mas eu ainda não tinha passado pela gravidez. E eu acho que depois da maternidade minha vida mudou um pouco em relação a isso. Parece que eu tenho um pouquinho
mais de autocontrole em relação a essas sensações de ansiedade, de medo. Is porque eu sou muito medrosa, é uma coisa sempre ligada à outra, né? Mas assim, eu tenho pavor de avião e vivo dentro de um avião. Eu entro num avião normal, assim, o céu tá azul, o céu de brigadeiro, eu entro como passageiro e desço como sobrevivente de qualquer um. Eu saio com pizza embaixo do braço, eu saio descabelada, eu saio meio descompensada, saio louca, animada quando chega, quando chega, você não fica muito animada? Muito. Dá vontade de beijar o chão. Eu saio numa
animação. Isso é um clássico de fora que assim, e fora assim, eu saio muito feliz porque eu venci mais uma vez. Ó lá, é essa sensação que eu tenho. Parece que tem uma trilha musical de vitória quando eu saio de e pras pessoas assim, é tudo muito normal, mas esse é o grau. É o grau. É essa. Eu eu tô rindo porque eu eu me coloco aí nessa situação porque eu também passo por isso, faço faço altos micos. Por exemplo, tô ali, eu vejo alguém, não sei porque que as pessoas fazem isso, mas tem gente
que gosta de burlar a regra, né? Gosta de usar o celular na hora que eu já cagueto. Eu sou Não desligou o telefone aqui, ó. Eu tô ouvindo não, eu já sou aquela deses, eu sou a desesperada do avião. É maravilhoso. Mas a gente tava falando uma coisa legal antes de começar que é como, por exemplo, na minha gravidez, que eu sabia que eu não podia tomar nada, né? Você não toma anciolítico grávida não pode. Ia me dar e eu falava não pode dar. Olha lá, aí não dava. Na amamentação também não pode tomar nada.
Então às vezes ia dar, eu falava: "Não posso tomar nada". Não pode dar. E uma outra coisa também que assim que eu aprendi é que assim, dá e passa. Então passa, ninguém morre disso, né? Daí passa, daí tem nome. Não estamos ficando ninguém et todo mundo, todo mundo, mas sei lá, 50% das pessoas que eu conheço tem isso. Acho que até mais. Até mais. Porque tem muita gente que não conta. É. E o que que pode acontecer? Eu vou ficar suando, vai diarreia. A sensação do coração é ruim. É ruim. Essa sensação é é de
quase morte mesmo. É uma sensação péssima. Mas você sabe que a maternidade, não a maturidade, a maternidade me ajudou. Me ajudou porque a gente, não é que eu quero parecer fortona pro Vitório, não, porque ele me ajuda muito mais do que eu ajudo ele, viu? É fato. Eu achei que eu fosse ensinar muito mais para ele, mas eu aprendo mais com Vitória do que ensino, de verdade. É muito legal se a gente tá atento ao filho, assim, o quanto eles têm um olhar pro mundo tão melhor que o nosso, né? Mais simples, mais objetivo, mais
leve. É tão bom poder reparar isso. Então eu reparo muito e percebo muito o Vitório na minha vida, mas eu falei: "Não, não preciso ter um ataque num avião e passar esse negócio pro meu filho, né? Ele vê, não precisa ver essa cena horrorosa." Então assim, eu me controlo e eu nunca passei por isso do lado dele de fato. E o Alexandre sabe que você que você já teve, que você pode ter, sabe? Ele ele não leva muito porque ele nunca viu a minha crise, né? Ele essa crise que eu tinha eram crises horrorosas mesmo.
Eu desmaiava, eu me entortava. entortava a mão. Por isso que eu falo: "Meu marido nunca viu uma cena dessa, porque eu eu me tratei, né, e não não tive mais aí". Então ele tem essa coisa do início do pânico, do desespero do avião, de um desespero num trânsito parado, que é uma coisa que ele sabe que você é ansiosa, mas ele nunca vi coloca nesse lugar da ansiedade e tá tudo bem. Mas eu acho também que tem uma coisa que vocês são muito bonitos juntos e vocês são, eu acho que você, você sente que sua
vida melhorou muito com ele no sentido de tô segura para caramba com esse cara, me ama muito, porque dá para ver no no no olhar dele que tem um É porque olha que curioso a minha relação com ele. Eh, ela a gente era amigo antes, eu nunca tinha me relacionado com amigo assim, eu conheci o Alê quando eu tinha 18, 19 anos. essa época eu conheci ele, eu fiz a campanha da da empresa dele, a primeira campanha da IODS no Brasil fui eu que fiz. Olha, então eh lá eu conheci pai, conheci o irmão e
comecei a cruzar com ele muito durante a minha vida toda. E ele já era gato porque ele é bem gato, parabéns. Ah, a gente tava ali, ele era o cara. E aí eu falo: "Putz, a gente sempre se cruzou eh eh em em jantares ou eventos sociais, mas ele sempre namorando, eu sempre namorando. Eu nunca tinha percebido nada.Um assim, mas de vez em quando ele mandava um presente para mim em casa. Teve um dia que eu convidei ele em casa, a gente trocou, ele ficou comigo em casa umas 4 horas conversando, não rolou nada, nada.
Mas a gente ficou trocando uma ideia em casa porque eu gostava de conversar com ele. Ele sempre foi mais centrado, ele sempre foi esse cara mais equilibrado. Ele é ele é o meu oposto nesse capítulo. E aí de repente quando a gente se vê possível, né, assim, eu sem namorado, ele sem namorada, a gente ali de repente, será que vai rolar? Eu achei a coisa mais esquisita, porque eu não tinha que contar minha vida, eu não tinha que apresentar as pessoas, ele já conhecia tudo. Então é muito estranho porque você já tem uma intimidade, então
eu já comecei fazendo xixiê de porta aberta, sabe? É uma relação muito louca, porque você fala, gente, como é que começou? Não sei, já já tava assim, já era íntimo. E e ele, a gente sempre falou muito desse assunto, tudo que incomodava muito nos meus relacionamentos passados, para ele não incomodava seu poder, que essa coisa não só da da fama, porque isso é uma coisa que chama atenção num primeiro momento e quando a pessoa conhece de fato, ela não gosta mais, num primeiro momento ela acha incrível quando ela vai lidar, porque não é fácil lidar
com isso, não é fácil, ela já não gosta mais. E isso aconteceu muitas vezes comigo e eu falava: "Poxa, eu vou ter uma pessoa, o pai do meu filho, pelo menos eu sonho que seja assim, se eu for passar pela gravidez, porque teve um momento que eu achei que nem mãe eu ia ser, enfim". Eh, vai ter que entender que o meu pacote ele é completo, tem essa relação com a minha mãe, que ela não é à toa. A gente já vai entrar nisso que eu tô curiosíssimo. Uma relação incrível, mas que foi construída a
duras penas, inclusive, né? depois de muita dor, mas que eu não vou abrir mão, ter a relação do meu trabalho, que é extremamente importante na minha vida. Então, gostar de mim é gostar da minha equipe também, gostar das minhas, gostar da minha vida não significa que eu não vou mudar, eu posso mudar, eu mudo, tá tudo certo, mas tem uma coisa ali enraizada que é um é a importância que o trabalho tem na minha vida e quanto eu sou feliz trabalhando e o quanto essa relação com a minha mãe é muito importante com a minha
equipe também que se estende para eles, que são basicamente a minha família, que tá comigo desde sempre. A pessoa precisa gostar do todo. Isso não tem só coisas boas, tem um monte de coisa que não é gostosa para quem tá do lado. Não é gostosa. E para quem quer ser o mimadão da mulher, né? Entendeu? E como eu vivi o outro lado, quando eu namorei o Airton, eu era a sombra e ele era a situação. Uhum. Isso nunca me incomodou. Pelo contrário, eu sabia aplaudir ele o tempo inteiro e sabia trocar uma ideia com ele.
Eu não me sentia menor. Ninguém nem sabia meu nome, isso não me atrapalhava em nada. Eu só fui buscar meu nome de novo quando eu dependia única e exclusivamente de mim depois que aconteceu o acidente, que eu precisava retomar minha vida. Enquanto eu estava ao lado dele, eu vivia essa experiência do do que um homem pode hoje viver ao meu lado, por exemplo. Isso nunca me incomodou. Nunca nunca mudou em nada o meu jeito de ser, o meu jeito de pensar, o tamanho do amor que eu sentia por mim. Nunca mudou. Por que que pro
homem é tão difícil assim? E aí é quase impossível, né? Meu Deus. No meu micro mundo já tem uns caras que corre porque ai você gosta muito de trabalho, ai porque você apareceu não sei que aonde numa notícia, eu imagino. Nossa, mas o dinheiro que você ganha, nossa, mas o dinheiro que você Ai, olha, é um negócio muito louco tudo isso aí. E também tem aquele que só quer namorar você da porta para fora. Ele só, ah, ele quer ser visto, ele só quer só dar porta para fora. Dentro de casa não quer muito, então
não quer muito ficar em casa, não quer muito que você fique de moletom, descabelada em casa, mas não quer ver você real, não. Quer só ver a Eu vivi isso também. Nossa, quer transformar uma mulher com o seu poder em mulher troféu. Que que é isso, gente? É impress. E por isso que em algum momento você pensou: "Talvez eu nem seja mãe, talvez eu nem me relacione mais". Porque assim, começa, você começa a ficar mais velha, você vai ficando de saco cheio de tudo isso cheio. No começo você tolera, depois você começa a brigar e
você começa a perceber que você gosta mais da pessoa do que a pessoa de você. Você passa por todas essas experiências, mas de repente você fala: "Puta coisa chata, ficar me explicando, eu não quero mais". Chegou hora que eu falei, eu não quero mais apareceu ele tava aí solteiro. Eu também falei vamos jantar e ainda fui reclamar as pitanga para ele. Ainda fui falar [ __ ] como é difícil e não sei o quê. E é curioso isso porque eu percebo que ele tem essa, ele ele age comigo como ele não se sente menor, pelo
contrário, ele hoje é meu empresário, há 12 anos ele cuida das minhas coisas. Que demais. Eh, quando o meu o meu advogado empresário faleceu um pouquinho antes, a gente era muito amigo, esse meu empresário, ele passou umas coisas pro além, ensinou a Alê fazer algumas coisas. O Alê sempre foi um cara mais cuidadoso com isso, gosta. A empresa dele foi vendida, empresa familiar e ele passou a cuidar de mim. Então eu vejo hoje, além dessa segurança profissional, o quanto o meu tamanho para ele não incomoda em nada. Quanto maior for, melhor para ele. Eu fiquei
vendo um monte de vídeo seu com ele para preparar a as perguntas e é muito legal porque você tá lá brilhando, linda, poderosa que e ele te olha como se fosse uma menina. Acho que ele me acha mesmo, porque eu sou um pouco, né? É, mas ele te olha tipo ai que sapequinha, sabe? Um olhar. É uma delícia esse olhar. É uma delícia. Eu percebo também porque porque não é um olhar que te diminui, mas é um lugar que te acolhe. É muito, muito legal o jeito. É exatamente nesse lugar que eu fico no colo
dele. Porque tem homem, tem homem que quando eu amo, porque assim, depois tem um quadro só sobre relacionamento, a gente já tá pulando, a gente já começou nos relacionamentos. Eu amo porque assim, tem homem que que vai para esse lugar de ai, ela é tão menininha, não, mas porque é machista e quer te diminuir. Eu tenho uma amiga que é empresária, ela dona, ela vendeu agora, mas ela tinha uma agência de publicidade de três andares, mandava e desmandava, ganhava 400 vezes mais que o marido, inclusive empregava ele na nessa agência em vários momentos que ele
tava, enfim, na Pindaíba. E todo dia no café da manhã, ele desempregado, ela sustentando a casa inteira, ele falava para ela: "Vai lá brincar na sua agência, vai". Era escroto, era para diminuir, mas não é isso. É um olhar de de ver tua alma. É um olhar de ver o que você tem de puro, de brincalhona, de você tem. É lindo o jeito que ele te olha e eu carrego isso mesmo. É, por mais que eu, olha, já fiz muita terapia, já fui entender esse meu jeito, porque às vezes eu eu tenho a a minha
falta de inteligência emocional em alguns momentos me deixa muito infantil, muito. E eu percebo isso. Eh, hoje menos, porque a gente começa a controlar, você começa a se conhecer melhor. Depois que vira mãe também muda. Você começa a se controlar, mas até o Vitório fala: "Mãe, fala: "O que foi?" Ele fala: "Pelo amor de Deus, mãe". Falou, vamos brincar, vamos jogar um Uno, vamos fazer alguma coisa. Vitória, não, mas agora eu queria ver um filme falou: "Não, mas vamos fazer um Sou louca. Eu, olha, olha que coisa louca isso que eu tô contando para vocês.
Quando eu fiquei grávida, eu falei: "Ai, que delícia, vou poder me fantasiar com o meu filho, vou poder acho que fazer tudo aquilo que eu não". Você, você, a gente, eu tô descobrindo que a gente é a mesma pessoa, você só é 14 vezes mais linda e 20 vezes mais rica. Mas assim, e quando a minha filha nasceu, eu falei: "Eu vou poder entrar em loja de unicórnio e comprar a loja inteira, porque é para mim. Eu compro pantufa para ela é pantufa para mim." Eu sou muito infantil, mas infantil é num lugar que é
o que mantém a minha criatividade. É por isso que a gente se comunica, é por isso que a gente trabalha com Exatamente. É a minha curiosidade, é esse o meu jeito. Eu eu acho que se o dia que eu perder isso, acabou para mim morrer. Sim. Porque eu gosto disso, eu gosto de querer. Ele fala: "Não é possível, Adriana, que você anda numa rua e você quer entrar em todas as lojinhas de cacareco, de coisinha, de olhar tudo, não sei o que." Eu falei: "Mas deixa eu olhar. Eu tô numa papelaria". Pronto. Eu quero ver
as lapisas, eu quero ver a borrachinha, eu quero ver. Falou: "Mas você tá, o que que aconteceu? Você pulou uma fase?" Eu falo: "Não, mas eu continuo gostando". E eu acho tão legal que o meu olho brilha para para tudo isso também, porque é muito chato também. Eu vejo e uns adultos diferentes que nada interessa, nada é bom. Ah, uma viagem. Ah, legal. Ah, uma roupa. Não, não quero mesmo. Eu falo pra minha mãe: "Mãe, não começa a fazer aquela coisa de, ai, não, tenho tudo, não quero nada. A gente sempre quer alguma coisinha. Não
é possível que você não queira nada. Não faça assim. É legal querer alguma coisa. É sinal de que você tá vivo, de que você tem vontade. Acho que quando você tá sentado no confortão ali no seu tronão e a não quero mais nada, dep. Isso não é uma vida que eu vamos falar da mãe que eu também acho que vai ter coisa parecida comigo. Aquelas, eu sou obsecada pela minha mãe também e a minha mãe, eu vi uma entrevista que você deu, acho que pro Jô Soares, que ela te dá umas broncas, ela fala: "Não
tava bom lá que aquilo que você fez não". A maioria das vezes. Então a minha mãe assim também, ela difícil me elogiar. É isso. Você não fica de saco cheio? Ah, a vez eu dou, porque às vezes eu dou um tempo da minha mãe, eu falo: "Mãe, me me elogia um pouco, eu tô ralando aqui". É, você fala, eu eu eu aprendi a lidar. Minha mãe é muito durona. Ela, apesar de ser canceriana, é durona. Sempre foi, sempre foi. Meu pai era um mantegão e minha mãe sempre foi a durona. Minha mãe sempre era que
mandava, desmantava, que voava os drones em casa, que eu falo que o chinelo voava para lá e para cá, que ela tacava o que tinha na mão. Apanhei a beça. Meu irmão fazia, apanhava eu e ele. Lá em casa não tinha essa, foi você que fez. Então, tomar, apanhava os dois. Ela, ela era terrívelzona assim. brava, mas sempre foi muito, ela nunca foi muito do beijo, do abraço. Eu falo para ela, beijo, Vitório, mãe, aproveita, abraça. Ela fala: "Não, ela não é de abraçar já, vai estragar ele." É isso. Mas ela é aquela que passa
o dinheiro escondido, que dá o doce escondido, que senta para para ver o o filme junto, que acompanha, que pergunta, que liga 20 vezes, que quer saber. É cheia de amor para dar, mas não expressa dessa maneira. Abraç, ela procura o defeito. Tua casa tá impecável. Você teve aquela semana em que você brilhou, ela fala: "Mas minha filha não tava, você tava naquele dia, você tava, o cabelo não tava bom". Ah, ela é exatamente assim. Exatamente assim. Aí ela hoje mesmo tava saindo de casa, ela melhor. Mas por que esse tênis? Esse tênis aí é
de esporte, né? Não é um tênis para eu falo: "Mãe, mas é porque a por acaso achei que ficou legal aqui. Eu fui correr hoje, usei o tênis na corrida e tô com acho e por que que você acha que ela faz isso? Eu acho que ela encontrou um modos operante comigo que a gente, a gente na verdade assim, eu com a minha mãe, a gente sempre se deu bem, mas eu entendendo a regra dela para para ficar bem em casa tinha que obedecer a regra da minha mãe. Como meu irmão passou por problemas seríssimos
de droga, ela acabou se dedicando muito pro meu irmão. E eu ficava mais com a minha avó. A mãe dela era brava, mas com a cabeça mais abertona do que a minha mãe, viu? Minha avó que me ensinou a rezar, minha avó que me ensinou a tabuada, minha avó que eu com ela que eu dormia, então ela era mais carinhosa. Minha avó era um pouco mais carinhosa. É, mas também meio eles eles vieram fugidos da guerra, falavam um pouco português, eles eram diferentes, sabe? O o eles tinham uma coisa diferente com toque. O europeu é
um pouco mais frio do que o brasileiro, né? Meu pai já era o cara que cantava, que abraçava, que beijava. Eh, minha mãe já menos. Mas ela ficou muito endurecida com as dores da vida. Essa é a grande verdade. E com o seu irmão, depois da morte do seu irmão. Depois da morte do meu irmão, a metade da minha mãe foi embora e nunca mais voltou. E quase que a outra metade foi também. Então eu recuperei a minha mãe com esse meu jeito. Ele morreu com que idade? Ele morreu com 26. 26. 26. Quando o
meu irmão, meu irmão morreu com 28 anos. 28 anos. Quando meu irmão morreu, ele era bonitão, alto, menino animado, feliz da vida. Claro que no final já não mais, porque a droga transforma. E eu falava para ela, esse esse Beto não é mais o Beto. Entenda o que a gente tá vivendo, mãe. Era criança. Eu tinha se anos a menos que ele, né? Mas a eu percebo que essa dor ela é ela hoje, então, mais do que nunca que eu tenho filho, então a gente percebe mais do que nunca o tamanho dessa dor. Realmente mãe
nenhuma merecia passar por isso. Nossa, nenhuma. E ela falava para mim, porque às vezes eu não me conformava a atenção que ela dava lá e que faltava que eu cobrava isso dela. E ela falava: "Mas seu irmão precisa". Eu falava: "Me não precisa. Ele é safado, ele é, ele não quer trabalhar, ele". Ela falava, ele é doente. E eu não conseguia entender. E aí ela falava: "O dia que você tiver um filho, você vai entender o que eu tô falando". E quando ele morreu, eu queria tirá-la desse buraco de qualquer maneira, porque ela viveu aquele
luto extremo de assim, não querer soltar a roupa dele, sabe? De ficar vivendo aquela aquela coisa. Eu falava assim: "Ela vai morrer". Eu vi a minha mãe perdendo peso, perdendo peso. E você é uma menina, 20 anos, 22 anos, menina trabalhando, começando a ganhar meu dinheiro. Já tinha uma situação diferente, morrida há tr anos. É, então eu já tava conseguindo viver uma vida muito diferente do que eu vivia antes e podia dar para ela uma vida muito diferente do que eu que eu sempre prometi para ela e que eu sempre sonhei em dar. E de
repente ela não queria mais nada, não queria nem mais sair da cama. E aí eu falei: "Não, pelo amor de Deus, eu preciso recuperar". E fui enchendo tanto a cabeça dela que eu falava: "Tudo bem, eu entendo agora a tua dor, mas será que você não percebe que eu também tô aqui? Será que você não percebe que eu preciso de você? Eu preciso do do teu, do teu amor. Eu preciso do seu da sua conversa. Eu preciso do seu ponto de vista. Porque ela, apesar de muito durona e de muito simples, minha mãe estudou só
até a quarta série do primário, mas ela é uma mulher que tem uma visão de vida inacreditável. E então eu sempre gostei de trocar ideia com ela, de entender a visão dela, até para para mostrar a diferença e tudo, mas era muito legal poder trocar com ela. E de repente ela se calou, ela ficou um ano muito quieta. Foi muito difícil tirar a minha mãe desse. Eu acho que eu nunca tirei ela do buraco, mas ela, eu consegui tirá-la dessa situação do mundo. Você vê essa mesma dor até hoje nela em algum lugar. Reconheço essa
essa metade dela morta. Ela não é a mesma mãe. E eu recuperei ainda mais com o nascimento do Vitório. Com o nascimento do Vitório, o olho dela brilhou de novo. O olho dela brilhou algumas vezes comigo, mas há um tempo todo. E com o nascimento do Vitória, o olho dela brilhou de novo. Mas é curioso porque é uma dor que permanece e ela se entrega para essa dor. Então eu eu tive que fazer esse eu fiz feliz da vida, cheia de amor, mas quando eu me vi eu já tava fazendo esse movimento de tirar ela
desse buraco, de trazer ela para perto, de trazer ela para cima. Mas você você falando, eu penso como é fácil para você, para mim seria quase impossível, porque eu ia entrar num lugar de rejeição, essa mãe não me quer, essa mãe só peir, você consegue, você consegue, você nunca desistiu de pedir o amor da sua mãe, nunca. Hoje ela faz hoje com 82 anos, eh, com um pouco mais de dificuldade, depois da pandemia, ela piorou. Uhum. Ah, piorou bastante porque ela ficou mais parada, ganhou peso. Como você fez na pandemia com ela? Foi muito duro
para mim, porque os quatro primeiros meses eu não via a minha mãe e pela primeira vez eu fiquei tanto tempo sem ver. Então eu fazia as compras, usava aquelas roupas todas, desinfetava tudo, deixava no elevador, ela pegava no elevador e era assim. E eu vi ela da janela, eu ia todo dia de manhã e à tarde e à noite. E ela me dava tchau da janela. Você é uma filha muito dedicada. E ó, telefone. Mas eu fiquei muito preocupada porque ela, eu vi que ela foi ficando parada, parada, parada. Daqui a pouco ela tava quase
assistindo televisão apagada, sabe assim? Muito parada e engordou engordou muito na pandemia. Então agora, agora você não sabe, ela tá na minha casa porque teve um vazamento na casa dela. Eu falei: "Graças a Deus que eu posso dar uma reformada na casa dela, ela tá em casa e aí eu obrigo ela a fazer". Duas vezes por semana ela fazinástica, eu vi você postou e todos os dias faz fisioterapia. Ela inventa todas as desculpas do mundo para não fazer. E eu falo: "Não tem problema, você vai fazer com tudo isso, porque eu também vou também vou
pra academia. Olha, também não quero, tô com preguiça, tô com sono, mas eu fico em cima dela, sabe? exijo dela. Às vezes fico com pena que eu acho que eu exijo demais. Ela fala: "Você vai ter 80 e poucos anos, você vai ver que não é gostoso fazer isso". Falo: "Mãe, não dá para você ficar sentado o dia inteiro em frente à televisão." Porque antes ela ia num shopping, ela dava uma volta no quarteirão, ela ia até a padaria, ela ia no mercado, ela amava ir no mercado, ela não vai mais, ela nunca curtiu. Você
começou a ganhar dinheiro e ela nunca nunca se permitiu, nunca até hoje ela nunca. Você sabe que ela nos pede coisa. Tô precisando de um negócio, nunca precisa de nada, não quer nada. E eu vou te falar, primeiro dinheiro que eu ganhei depois dessa situação de tirá-la desse momento difícil, eu contratei um motorista que tá com ela até hoje. Até hoje é o mesmo. Eu comprei um carro zero para ela, blindado. Ela fazia o motorista deixar ela no ponto de ônibus. Ela ia me ver de ônibus e fazia pegar lá no final. Então ela saía
de casa de motorista e voltava de casa. E eu vi até que um dia o motorista me falou, ele falou: "Adriana, mas eu não fico com a tua mãe. Ela pega um ônibus, eu deixo ela na rebolas". Ela pega um ônibus, vai até a Lapa e eu pego ela lá no final da Lapa e traz. Falei: "Que coisa doida é essa? Ela nunca se permitiu. Acho que ela se sente culpada por tudo que aconteceu, em especial pelo meu irmão e pelas dificuldades todas que a gente passou, que não foram poucas. Eu falo: "Não faltou nada,
só dinheiro." Quer dizer, todo o resto a gente tinha, dinheiro não tinha. Então quando você não tem dinheiro, falta quase tudo, né? Você inverter, você começou a trabalhar com 9 anos, né? Para ajudar. Não, para ajudar com nove, não, mas com 13, 14, o meu dinheiro era importante dentro de casa. Então assim, eu vi uma entrevista que você falou que com 9 10 ela fazia você trabalhar justamente para não ter que ver os dramas do seu irmão. Para que ela fazia? Pelo contrário, ela achava que eu não deveria. Ela ela ela preferia talvez que eu
não tivesse escolhido. Ela até achava que isso não ia virar. Por isso que ela me pediu para fazer magistério. Ela achava que esse não, talvez não seria o meu caminho. Não sei se ela acreditava muito nessa minha. Eu era muito criança, né? Mas quando ela viu que isso era possível e que eu me divertia, era uma forma de eu me divertir também, porque a gente não tinha grana para fazer grandes coisas. Então, quando eu ia fazer um teste ou quando eu passava num teste a fazer um comercial no Guarujá, aconteceu várias vezes, fazer um comercial
fora de São Paulo, fazia shows no interior, era maravilhoso, porque eu era quase que uma grande diversão para mim. E ela queria ver você feliz porque o clima em casa por causa do seu irmão. É, era uma Hoje eu entendo que era uma maneira que ela tinha de me blindar, né? Então ela me punha na minha avó, ela me ela me afastava um pouco dessa situação e ela fez muito bem, porque eu não tenho muita memória trágica na minha cabeça, tenho algumas, mas não muito graves, entendeu? Então é curioso, ela encontrou um jeito de me
blindar e de eu não me traumatizar com nada. Eu não tenho grandes traumas, eu só tenho horror a droga, horror, horror. E também tem horror à bebida, porque meu pai é alcólatra, mas também não percebia. Olha, eu só fui descobrir, ela foi me blindando porque eu achava meu pai divertido e achava ela que brigava com o meu pai quando ele tava muito cantando alto, contando piada. Você achava só que falava: "Nossa, tem uma mãe chata, tem um pai super divertido, não pode contar piada, não pode cantar na rua". Ela aguentou muita coisa. Então ela e
era sempre calada, né? Super reprimida. Imagina, eu fui descobrir que o sonho da vida dela era ser comissária de bordo muito tempo, agora h pouco. Eu falei: "Mas você nunca falou isso pro seu pô". Imagina que eu vou contar isso pro meu meu pai. Como é que você fala isso para um pai? Olha, ela teve o sonho a vida inteira de ser moça começar de bordo. Ela falou isso na época, quando ela era jovem. É, era um caos falar isso para um pai. Era uma decisão horrorosa, sabe? Uma profissão que não era bem vista, não
viveu nada. Mas ela nunca inutiu isso em mim. Curioso também. Então é isso que eu te perguntar. Mas quando você tá linda, poderosa, teve aquela semana incrível, elogios, o programa Indo Bem, não sei o quê, e ela pá olha seu tênis e fala: "Não gostei do tênis". Ou então fala: "Aquela hora que você falou aquilo na televisão". É, é, ela te corrige. Você fala 1 hora e meia você arrasou, você um negócio que você falou, você não pensa que não tô te botando coisa na cabeça, mas você não vai para um lugar de ela não
pôde ver as coisas que ela queria, então ela tem um pouco de inveja minha. Você sabe que eu não penso isso? Não consigo pensar isso. Eu penso que é um jeito que ela que pros outros me elogia tanto. Então, então é um jeito que eu acho que ela tem, é um jeito de tá na tua vida, de de não só de tá, mas de não me deixar voar demais, sabe? Ela sempre teve medo, hoje não mais, mas assim, ela sempre teve medo que isso subisse na minha cabeça e que eu de alguma forma perdesse a
linha do da moral, dos do que é certo, do que ela me ensinou, da moral dela, né, da da das educação, porque assim, eu falo, eu eu primo muito pela educação que eu tive. Minha mãe, eh, apesar de faltar tudo, ela nunca deixou de faltar, assim, nunca nunca deixou de conversar comigo sobre a minha escola, de olhar minha lição de casa, de trocar uma ideia comigo, trazer meu pai para pé. Ela ela fazia isso muito bem, de sabe, pelo menos uma vez por semana todo mundo tá junto na sala ou na mesa, em algum momento
da família, isso isso acontecia, sabe? Então eu acho que ela tem tanto medo, teve muito medo que o dinheiro ou que a fama subisse na minha cabeça e que eu esquecesse dela ou que eu esquecesse da minha história por alguma razão, de quem você é, de onde você veio, de tudo. Exatamente. Que durante muito tempo, toda vez que eu ou sofria muito por algum motivo, tá, ela me via triste, ou ela me via ah, deslumbrada, ela sempre falava, vamos dar um pulinho lá na Lapa. Ela sempre dava um jeito de me carregar paraa casa da
Lapa que existe até hoje, que a Casa da Lapa, que é onde você nasceu, que é onde eu nasci, que a casa que ela construiu com o pai dela, carregou tijolo, construiu aquela casa e que hoje tudo que eu ganho de fã, toda a minha história, eu coloco lá. Então, no quarto, eh, fiz um quarto assim, tipo, todos os recortes que ela sempre guardou, ela parou faz um tempo, mas durante muito tempo ela recortava tudo, tudo que saia a meu respeito, ela gravava, tem nessa sala. Então eu tenho muitas coisas nessa casa. Essa casa tá
lá, ela é tipo um museu seu. Eu não consigo pensar em me desfazer porque essa casa representa para minha mãe muito mais até do que representa para mim, mas para ela representa muito. Então ela sempre me carregava para lá, falava: "Não sei porque você tá chorando, tá tá ruim a tua vida, vamos lá. Você tá achando que você tá com problema?" Então ela sempre usou o excesso da dor que a gente passou naquela casa. foi onde eu perdi meu pai, meu irmão, a falta da grana para me dar referência. Bem ou mal, funcionou muito. Funcionou
muito. Funcionou muito durante muito tempo. Ah, eu sempre usei isso como referência. Então, quando eu tava entristecendo demais, eu falava: "Epa, pera, opa, pera aí." Mas você tem isso de de ter que ter momentos em que você fala: "Eita, tô tô entrando numa coisa meio triste". Tem um pezinho que pode uma depressão? Ah, eu acho que não é depressão. Eu acho que não, não vou ali, mas eu tenho medo. Eu tenho pavor de depressão. Eu sou uma pessoa que tenho medo das coisas e acho legal ter medo também. Não sou destemida. Tenho medo de gente
destemida demais. Acho que é gente meio doida que não tem responsabilidade. Eu tenho muitos medos, mas eu também não deixo com isso tome conta da minha. É porque esse negócio que você falou no começo de que se você focasse você entrava na crise de ansiedade, então você ia fazendo e fazendo ia fazendo. É muito de é um um medo que eu tenho às vezes de meditar, porque eu sou workahólic e a grande pergunta que meu psicanalista me faz é: "O que que você acha que vai acontecer com você se você parar?" Porque eu aí eu
falo: "E sou orca porque eu sustento minha família inteira? Porque eu amo trabalhar, porque eu sou a louca dos projetos". Tá, mas será que não é também porque se você parar tem uma tristeza que vem que você tem medo? Que que você é? Porque você também é Orca Holic. Sou, mas a uma vez o Paulo Lima, sabe? O Paulo Lima, grande Paulo Lima, da Trip, ele ele ele durante muito tempo ficou muito perto de mim profissionalmente, muito perto. E é uma pessoa que eu adoro e eu sempre penso nele porque ele me ajudou muito e
eu acho ele admirável. Sempre gostei muito dele. Um dia ele falou uma coisa para mim, ele falou: "Olha, sabe como eu vejo você e sua mãe?" Falei: "Como?" Ele falou: "Me dá a sensação que você tá num grande mataga com uma foice na mão, abrindo também. Vem, mãe, vem, mãe." E ela vai atrás de você, você vai, vai, vai. Você não foi capaz ainda de sentar e olhar para trás, fala: "Caraca, olha o que eu já fiz. Você não passa por". E a isso que ele falou aquele dia para mim, um dia na casa dele,
que ele me contou isso. Eu fui para casa pensando tanto nessa cena, falei: "Putz, é verdade". Porque teve uma época que eu não me permitia nem tirar férias, hein? Não perm morria de medo de tirar férias e alguém pegar meu lugar. Ai que medo que eu tinha. Então eu preferia não tirar férias. Tocava o meu programa ao vivo, nem se fosse sábado, domingo, não queria parar, morria de medo de perder o meu, olha que coisa, de de descansar, não me permitia muito. E aí de repente quando ele falou isso, começou, eu comecei a parar para
prestar atenção. Ele tem toda a razão. Durante muito tempo eu fiz isso. Não olhei para trás. Você não, não, você não pensava, cheguei, você tem que chegar, tem que chegar, tem que chegar. Nunca chegava. E se para perguntar para mim, você chegou, vou falar: "Não, e o medo que eu tenho de falar que eu cheguei?" E aí cheguei, morri. "Não, eu quero, quero mais, quero mais, quero mais". Eu continuo assim, só que um pouquinho mais devagar, sabe? Hoje eu já sento num toquinho lá de árvore que eu cortei, dou uma respirada, tomo um cafezinho e
continuo. Mas eu não perco o foco e essa relação que eu tenho com a vida. Isso me dá uma coisa que eu acho maravilhoso, que é essa vontade de testar, de me desafiar, de aprender. Isso me dá me dá esse exão. Mas você sabe que pra mulher tem uma coisa de que mulher que apresentadora como você que tá na televisão há tanto tempo, me dá essa sensação de que por ter tanto machismo nunca tá ganho. Exatamente, né? Você tá sempre imagina nesse programa que eu tô apresentando agora, que sempre foi 100% masculino, sempre homem, sempre
homem. A primeira vez que eu assumi mesmo tinha, eu falava, gente, o mon tinha brilhado ali, né? Outros homens passaram, mas o me brilhou ali, né? E eu falei, como é que eu vou encontrar meu caminho aqui sem grandes comparações, porque eu tenho as pessoas, ainda bem que eu já tenho um histórico na televisão e que as pessoas já conhecem um pouco o meu jeito de me comunicar, pelo menos o meu jeito de falar, mas na fazenda o meu jeito de falar exatamente não funciona. Ali tem um outro jeito, porque é um reality. Então você
não pode se posicionar como as pessoas estão acostumadas a te ver. Você não pode sair falando tudo o que você pensa, como eu num programa ao vivo ou numa entrevista sou capaz de fazer. Na fazenda não. Você tem que tá dentro de uma, você tem uma, um limite para ir, porque você não pode falar demais. Eu posso falar demais pro público, mas não para os participantes. A ousadia tá nas situações do programa e não no que você tem ali para mostrar de você. E quem brilha ali não é o apresentador. Então é difícil. Os as
estrelas do reality são os participantes, são os peões. Eu tô ali só para contar essa história para quem tá em casa. E o meu papel é quase de telespectador também, porque eu fico sabendo tudo junto com com quem tá em casa. Então é uma relação diferente. Eu fiquei com medinho no começo, mas rolou super, né? Aí eu falei: "Não, pera aí, pera aí. Falei muito com no telefone, pedi, ele foi genial, comi sempre como amigos. Ele me deu bastante eh toques de como como ser neutro também, porque é uma relação difícil para mim ficar neutra,
é uma coisa que eu sinto dificuldade. E fui indo e encontrei o meu caminho. Mas eu te garanto que é um lugar ah que que eu tive que desbravar também. Essa cena da do foi aconteceu de novo agora. E você tava falando do medo e eu lembrei de uma de uma entrevista sua pro Jô também que você falando que você tá tinha muito medo de estrear as de fazer as peças. Você ficava com pavor pavor. Mas excelente atriz ele e a Bibi loucos por você. Mas eu muito medo. E é por isso que você, a
apresentadora, sobressaiu por, por ter muito medo de fazer teatro? Porque eu acho que assim, no meu lugar como comunicadora, eh, eu tenho uma coisa um pouquinho mais confortável, que é não ter um personagem. Hum. Então, se eu errar aqui e falar uma grande bobagem, eu posso te pedir desculpas, eu posso dar um jeito de me desculpar, mas eu fui falando do que eu, do jeito que eu penso, do jeito que eu sou. Eh, enfim, eu tenho um jeito muito, eu tenho mais segurança de ser quem eu sou na hora que eu tô com microfone para
apresentar você, para falar do seu livro, para falar, para te dar, para fazer uma entrevista. Eu posso até falar: "Olha, eu não sei nada do que você fala, não domino o seu trabalho, mas eu tenho tanta curiosidade, vamos aqui trocar uma ideia". Eu não, eu não escondo isso das pessoas. Agora, como um personagem e num teatro você tem que exercer uma coisa que eu falo que exercer a generosidade, que assim você tem que dar deixa pro seu coleguinha porque senão você quebra o colega, né? Então primeiro você tem que saber exatamente o que você tá
fazendo de um jeito natural, que não é natural, porque você tá decorada. Então isso é uma coisa apavorante que você pode o medo de você dar uma bugada e falhar. Nossa, eu Nossa, só pensinha tá aqui, não entra na fala e fica todo mundo meio bugado. Acho que seu mau medo era ferrar o outro também junto com você. Favor, pavor, porque abre o pano ali, não tem. Pera aí, gente. Vamos de novo. Não tem. Vai que vai. Uhum. Hum. Para quem tá assistindo, difícil o o o quem tá na plateia pegar essa falha, mas pra
gente o coração, juro por Deus, na estreia do teatro, meu coração batia tanto que eu achava que as pessoas percebiam o meu coração batendo de tanto que batia. Era uma totalmente diferente da síndrome do pânico. Era uma batida de medo mesmo, de adrenalina, de nervoso. E curioso porque isso isso quando a Bibi falou para mim, vamos, Bibi Ferreira falou, eu falei: "Mas por que eu?" Eu falei para ela porque tem tanto, eu nunca, acho que eu nunca pensei em fazer teatro, não tá na, não tá em mim. Ela falou, vamos fazer um teste e eu
fui, a cena é maravilhosa, porque eu levei, minha mãe levantou e falou: "Filha, vamos embora. Não tá bom, tá legal não. Maravilhoso, né? Ela com aquele jeito dela levantou, falou: "Vamos embora. Vamos embora." Não tá bom não. Não, não é para vocês. A Bibi olhou para ela assim: "Nunca me esqueço." Falou: "Calma, tenha calma". Ela falou: "Não, mas não tá bom". Ela falou: "Ma calma, ela acabou de chegar chegar. Calma. Aí fiz, fiz, ensaiei, ensaiei, ensaiei já olhando pra minha mãe, sabendo, [ __ ] se ela tá fazendo isso, o negócio deve est um caos.
Mas você sabe que até o fato de mostrar para ela é porque eu, sei lá, eu sempre essa verdade dela de falar não tá bom era importante para mim. Eu prefiro que você aponte, eu posso ter acertado tudo, mas aponte ali onde eu errei, eu eu não me incomodo que você aponte ali um onde não tá bom, eu vou tentar resolver ali, porque minha atenção é, eu quero tentar acertar tudo. Claro que eu não vou conseguir, mas eu tenho essa intenção de tentar fazer o melhor, sabe? Então, nunca me nunca me senti menor por causa
disso. Eu queria que minha mãe me falasse, eu prefiro do que gente que me aplaude o tempo inteiro e de repente te põe numa situação, numa roubada daquelas e você tá achando que você tá fazendo um papel maravilhoso e não tem ninguém te jogando na real. Sim. Quando você namoru, você tinha 20, 19. 19. Quando eu comecei a namorar com ele, tinha 20. 20 para 21, assim, o seu irmão, você tinha 22, 23. 22, 23. Meu irmão morreu em 96, o morre em 94. Essas duas mortes estão próximas, elas te deram uma um novo sentido
de querer aproveitar mais a vida são morte de duas pessoas jovens. Que que fora de hora de forma absurda? Eu tô fazendo um reality até queria contar isso, né? que é uma coisa que as pessoas nem imaginam, mas eu tô trabalhando ah, nesse momento que as pessoas não estão me vendo no ar, eu tô trabalhando muito. Esse reality vai passar no canal I, no entertainment e eu conto um pouquinho dessas barras que eu falo que são barras invisíveis. Por que que são barras invisíveis? Porque essas dores, as nossas dores, elas são nossas pro olhar dos
outros, elas nunca são tão grandes. Todo mundo sentar aqui para contar suas ladaarinhas e suas dores, a gente não sai nunca mais dessa mesa, né? Porque todo mundo aqui tem uma história difícil de vida ou uma história dura para contar. Esse não é o meu objetivo, contar as minhas minhas dores, mas o meu objetivo é como sair das minhas dores, como passar pelas barras, porque eu acho que de alguma forma aquela aquela menina que não falou sobre a síndromia do pânico e que hoje decidi falar aqui para você, eh, deveria ter falado, porque quando a
gente fala, a gente tá ajudando um monte de gente que que precisa, que quer ouvir, que não tem condições, que não sabe para onde correr. É tão legal também você poder contar a sua história e deixar a história do outro mais leve. Não é assim que funciona? Sim. É assim, então, quando essas essas eh essa tragédia aconteceu na minha vida, porque meu pai morreu com 54 anos. Nossa, eu tinha 15. E ele morreu por causa do alcoolismo. Ele morreu no terceiro infarto por causa do alcoolismo. Então assim, ele já tinha outras questões. Ele tinha diabetes
por causa do álcool, 54 anos. 54. Um cara divertido, um cara que gostava da vida, um cara que achava que beber era super legal, que ele não era viciado, ele achava que ele bebia só para ficar legal, que isso não era um problema. Que idade quando ele morreu? 15. Então assim, aí a quando meu pai morreu, meu irmão virou homem da casa naquela situação difícil, drogado, complicada, uma decisão de vida dificílima. E foi assim até a morte dele. Aí quando o meu irmão morre, na verdade a sentença de morte do meu irmão foi junto com
airton. O Airton morreu em maio de 1994. Na sequência, meu irmão foi diagnosticado com HIV. naquela época fica igual a atestados de óbito, não tinha o que fazer, não tinha nada. Tanto que os amigos dele todos foram morrendo, inclusive ele foi o último da turma. Que tristeza. E ele morreu um pouquinho antes do primeiro do do do primeiro era ZT, se eu não me engano. A primeira primeira primeira tratamento, primamento. Foram tipo 4 meses de diferença, assim do primeiro tratamento. Então, com essas mortes, eu tive uma um senso de urgência de viver e um senso
de valorizar a as coisas que eu tenho, a vida, os meus amigos, a saúde, o meu trabalho, a isso ficou mais incrível na minha vida, você acredita? Eh, antes eu ficava culpada de ter essa sensação quase que de euforia, de poder viver as coisas que eu gosto. Eu vivo intensamente o que eu gosto, porque todas essas essa essa tanto do meu pai como do Airton, como do meu irmão, é a puxada de tapete da vida, que eu falo. Tem a puxada de tapete do amiguinho, do colega, do inimigo e tem a puxada de tapete da
vida. Essa puxada de tapete da vida aí tá fora do controle de qualquer um de nós. E aí é que é a questão, né? Eh, o que que eu vou levar? O que que eu deixei? O que que eu vivi? O que que as pessoas vão poder falar de mim? O que será que eu vou ficar aqui? Não, não vou. As pessoas vão me esquecer. É óbvio que vão me esquecer. É claro que vão me esquecer. Mas quem tá perto de mim de alguma forma, eu quero marcar de alguma maneira. Eu tenho eu, eu tenho
uma certeza que enquanto eu viver, eu vou viver assim. Se não for assim, feliz da vida, não que eu não tenha problema, não que eu não passe por medos, mas eu tenho dia e hora para parar de chorar. Eu não me permito ficar. Você não, você não, você não fica muito no fundo do posto. Eu não gosto nem de quem fica do meu lado também. Isso é uma, isso é um probleminha assim, porque tem gente que lida com as questões de uma forma diferente de mim. Então eu sou capaz de te da gente discutir aqui
e eu te chamar para tomar um café ali. Eu esqueço que você ficou magoada. Eu esqueço que o que eu falei de repente não foi legal para você. Isso não significa eu não te respeito, mas para mim fica difícil de entender por que você tá tão magoado por uma coisa que eu tão só te mandei tomar no cu. Então já que você tá tão preocupada, vai tomar no cuquinho, tá tudo bem e vamos continuar a vida. Deixa eu só eu não consigo entender. Então isso é uma coisa que eu não gosto de carão do meu
lado. Eu não gosto de gente que faz clima, eu não gosto do relacionamento. Sabe aquela coisa de dormir de bunda de resolver? Pessoa e a pessoa que ficou uma semana esquisitona, com cara feia. semana ontem o Vitório, vou te falar, tô saindo para trabalhar, o Vitório tá chegando, entrou assim, ó. F que cara é essa? Ele falou: "O quê? Tô com enjoado." Falei: "Volta aqui, volta aqui. Beijo, abraço, sorriso." El falou: "Mãe, eu tô enjoado". Falei: "Tá bom, mas eu não tenho culpa do seu enjoo. Você pode dar um sorriso para mim, pelo amor de
Deus, vai tomar um voal rapidinho, mas dá um sorriso aqui para mim. Vamos melhorar esse astral." Eu não suporto o carão. E eu falo pro Vitória todo dia, você não vai ser um adolescente carão, hein? Porque eu não vou aguentar um adolescente caro. Eu falo morro de medo porque tudo que eu falo cai na cara, né? Cai no meio da testa. Não é assim, mas eu falo pelo amor de Deus porque eu acho tão legal vibrar com as coisas e adolescente é meio coisa que não vibra com nada, né? Não é faz parte um, é
até um charme que ele que ele precisa aqui não, hein? Pelo amor de Deus tá com 12. 12 ainda tá um pouco, tá quase, mas não tem assim sua mãe de vez em quando, car, me deixa ficar uns três dias meio deprimida, pelo amor de Deus, essa pessoa quer que eu fique feliz o tempo inteiro. Eu sou um pouco assim, eu não gosto um pouco dessa coisa. Você acha que a pessoa tá se entregando? Eu acho que ou tá se entregando ou não tá valorizando. Eu tenho a tristeza, ela me ela vem, eu choro, eu
eu perco sono, eu fico com raiva, mas eu vou treinar, eu vou eu procuro fazer coisas que me demutes, né? Eu tenho quatro casas em Áries. Eu fico para morrer um dia, no outro eu já resolvi. É, é isso. Você quer matar uma pessoa? Tenho uma raiva. Mas eu acho que eu eu acho que a nossa raiva ela não permite que a gente fique muito triste. É raiva explosão. É, eu lembro uma vez, eu eu já falei isso várias vezes, eu sofrendo por amor, se tinha sei lá, 15 anos, o menininho que não sei o
quê, que não quis mais, eu deitada na cama sofrendo. Eu lembro da minha mãe falando: "Levanta, nem que seja para se vingar". É maravilhoso. E eu e a minha mãe é leonina e é e isso bateu em mim. Eu tenho a minha raiva, ela me levanta. Ah, me levanta também. Eu tenho mais raiva. Eu tenho muito mais raiva do que tristeza. Eu também. Muito mais. É bom ter raiva. E a raiva faz a gente, ah, é, puxou meu tapete. Você vai ver onde eu vou chegar agora. Você vai ver eu puxar o tamanho do tapete
que eu vou te puxar. É maravilhoso. Eu acho. Eu acho isso incrível. Então eu não sei, mas assim, tudo que eu vivi de dor, que não foram poucas e foram graves, que não tem como mudar, né? Porque tem dores que você pode mudar, essas você não pode mudar, não pode trazer ninguém de volta, não pode experimentar de novo esse abraço, esse amor, mas foram elas que me ensinaram. Muito forte. É muito essa essa mistura de você falar: "Eu tenho muito medo e ao mesmo tempo eu sou muito forte". É isso, né? Rita ali, vou falar
uma coisa. Uma vez aconteceu comigo, é que muita gente me me ensinou muitas coisas. Eu tive a sorte de ter gente muito legal me ensinando, né? Então, como Jô, como Bibi, Paulo Altran, Ritali, Ritali uma vez na Bahia, nós estávamos juntas e aí eu saiu uma foto me de um paparaz, eu tava na época com boy ali que eu não queria que ninguém soubesse porque não era nada demais, era só um, era só um oizinho ali. Falei: "Putz, tá tudo bem aqui, eu tô super segura. Toca meu telefone, dona Ema". Ah, histérica no telefone. Com
quem você está? Você não tá trabalhando? Tô, tô trabalhando, tô trabalhando. É, me dando um esporro monstro. Eu falei: "O que que aconteceu? Olha a capa da contigo." Falei: "Pelo amor de Deus, pera aí". Não tinha rede social na época. As revistas eram um grande momento dos artistas e das pessoas para acompanharem, menino. Quando quando chega a revista, eu tô de top les na revista, eles botaram aqueles mosaicozinho assim no peito, deitada com boi aqui no meu lado assim numa praia. Não, a estava ali tomando um sol na me aparece ele, eu medito a pil
Adriane com novo amor, aquelas falei: "Nossa, senhora, já me deu uma tremedeira porque não era para ter, não era para ser aquela cor, não era maior respeito ao rapaz, mas não era. A gente tava se conhecendo ali, era uma coisa nada a ver, era uma, né? Bom, beleza. Páginas e págin de foto. Onde tá esse cara? Onde tá esse fotógrafo? Eu sou super esperta com isso. Sempre fui, sou bem ligada, sou reparadeira, boto reparo em tudo. Eu não consegui achar esse fotógrafo. Depois, pelo ângulo da foto, eu vi que ele se hospedou no hotel e
fez a foto da janela do quarto lá de cima. Aí eu comecei a ficar na paranoia e a Rita ali tava na piscina. Quando tudo estava acontecendo, eu tava na piscina tomando sol no hotel que meu trabalh mais tarde. Rita Alice estava na piscina também. Sua mãe, você não tá trabalhando? Mãe, minha mãe no pânico comigo, eu aquela merda. Falei: "É agora? Agora vai começar a tocar. Ai meu Deus, vou ter que responder aí. Bom, pega essa aí. A Rita tá ali vendo aquela movimentação e me vendo para lá para cá. Fal monumento vem cá
me chamar de monumento. Que que tá acontecendo aí monumento? Falei: "Vem cá, olha a merda. Olha aqui, olha o que saiu." Ela falou: "Pera calma". Aquele jeito dela. Ela olhou, falou: "A bonita na foto". Começou, olhou, olhou, falou: "Olha, aprenda uma coisa. Se a foto tá bonita, ninguém lê o texto. Se a foto tá feia, a gente lê o texto. É, faz sentido. Aí você vê uma foto esquisita, você vai ler o que que é. Você vê uma foto bonita, você passa. Você fala: "Ninguém leu o texto". Ela falou: "Ninguém vai ler nada. Você acha
que v saber o nome dele? Ninguém vai". Esquece minha amiga. Esque aquilo me deu um alívio. Caiu como um bálsamo. Eu uso isso pro resto da minha vida. Falar: "A foto tá boa? Tá, esquece. Ninguém vai ler o texto." É verdade. Você só vai ler se a foto tá feia. É muito boa, muito maravilhosa. É que dó. Tem gente que não podia morrer, né? Tem, tem. Ah, eu não tem uns que podiam estar dando uma falecida já, né? Então, meu amor, tem muita gente que podia, tem uma galera que podia estar falecendo e aí, cadê?
É, não tão aí vivinhos, não pega nem gripe, né? Então, triste. Você acha que eh essa galera que enche o saco em rede social que toda pessoa tem? Eu no meu micromundo, gente, assim, os haters essa desgraça, né? Hum. Tenho lá uns cinga, mas uma pessoa famosa como você deve ter bilhões que amo e deve ter uns idiotas que entra lá para encher o saco. Mas é o mesmo que ama, né? É. É essa doencinha aí que faz gostar tanto que vai lá e ofende. Alguma vez você já entrou para responder? Adoro. Você responde? Quando
me pega com tempo é difícil, mas quando me pega com tempo e com saco, na hora do número dois, olha que delícia, ele tá lá fazendo um cocozinho. Um cocozinho. Você começa a dar uma olhada lá. Vou arrumar essa encrenca agora. Agora tô com vontade de brigar, vou arrumar esse encrent pá. Aí eu começo, escolho um lá e começo. E eu isso aconteceu algumas vezes comigo, assim, começo a discutir, faço o testão, manda a merda, vai, vira uma confusão. Até que um dia um fã muito querido meu falou assim: "Posso te falar uma coisa? Você
recebe algumas críticas, principalmente do meu nariz, por isso que eu fiz agora o dona do meu nariz n é uma coisa que impl as pessoas se incomodam com o meu nariz de um jeito que é uma coisa impressante não é muito sério, mas desde sempre, né? Tipo, se fizesse uma coisinha aqui, não é possível fazer nada aqui. O que que tem que fazer aqui? Sabe? Mas é nossa, ainda bem que você nunca fez nada no seu nariz. É muito charme. É, é lindo seu nariz. Mas acho que se eu fizesse, eu ia chegar em casa,
ia levar tanto, tanta surra da minha mãe, se eu acreditasse em alguém, que falasse alguma coisa, apontasse um dedo, sabe? Isso é uma coisa que nunca entrou na minha cabeça de fato. Ela me cuidou, isso minha mãe fez, ela me deixou com uma autoestima desde pequeno muito boa. Ela falou: "Dinheiro, bom, tamanho, aspectro físico, são coisas que não se falam, não se discute, você não tem nada a ver com do outro, o outro não tem nada a ver com você". É, sabe? Uma coisa que ficou muito clara desde sempre na minha cabeça, mas é curioso
que meu nariz incomoda. Tanto que eu fiz esse quadro dona do meu nariz que eu vou começar a toda semana eu falo um pouco sobre alguma questão feminina ou uma questão minha ou uma questão da semana. Mas é curioso que esses caras eles quando você discute esse esse fame falou assim para mim: "Mas 90% é a gente falando bem". Sim. Se você responde o que tá te falando mal, você tá desestimulando os 90% a falar bem. Não é legal, porque você não respondendo. Eu falei, mas pensa se eu vou responder todo mundo que me elogiou
aqui, eu não consigo num cocozinho. Eu preciso de um cocozão muito grandão para responder todo mundo aqui. Então ele falou: "Então não responde ninguém, mas não não perca seu tempo com uma pessoa que falou mal, porque você tá tirando a minha moral". Eu falei: "Puta, ele tem toda a razão, né? Caramba, tanta gente elogia e eu vou ficar respondendo uma que de vez em quando o sangue aqui sobe, né? De vez em quando eu vejo que é demais eu gosto. Quase eu arrumei briga no teu Instagram, porque você postou uma foto linda, você e o
cena e as pessoas entram lá que desrespeito com o marido e com o filho". Eu falei: "Não, eu tenho que responder pr suas donas de casa desocupada. Eu quase arrumei briga no teu Instagram". Imagina que eu ia me casar com um homem que não gostasse da minha história, que não respeitasse a minha história ou que não fosse fã do ATO. Já pensou? Você casa com um cara que era fã do Piquê? Que inferno que ia ser na minha vida? Deus me livre. Não, pelo amor de Deus. Claro, claro. Não, a galera é muito, muito chata.
Você fala nos seus vídeos no Instagram, você fala de corpo livre, de mulheres empoderadas, do não é não. Você é feminista? Você se sente feminista? Você lê? Eu acho que eu me sinto na obrigação de ser, mas eu uso meus filtros e adoro me ver no Photoshop. Não tô nem aí. Isso não quer dizer que eu não me aceite, hein, turma. Deixa eu falar. Eu tenho um filtro que eu tenho mania, que as pessoas muito feltro. Eu gosto porque eu não quero ficar. Eu quero me ver de um jeito divertido. Eu eu olho pras redes
sociais como a brincadeira. Eu tenho humor nas redes sociais, porque eu acho que se você não tiver, melhor não ter rede social, porque se você for levar aquilo a sério, real, [ __ ] grila você você você quebrou ali você você arrumou uma encrenca pra tua vida importante. Então eu não, eu procuro tentar eh tirar uma onda daquilo tudo, experimento todos os filtros, faço dublagem, faço dancinha al pessoas levam a sério. Você foi fazer piada com o negócio do brechó, já acharam que era uma provocação. Em nenhum momento quis provocar o Roberto. Eu falei para
ele, inclusive, falei: "Roberto, pelo amor de Deus, você já teve mais humor, né? Você não vai levar isso a sério. Você falou, eu respondi de uma brincadeira e tá tudo bem, porque eu acho que é um pouco esse o caminho. Tem algo de brechó aí pra gente, amor? Isso aqui não é brechó, mas eu tenho 20 anos. Isso aí não tem. Tá quase um brechó, amor. Por 20 anos eu só não me abri mão dele porque eu sei que eu paguei caro. Eu falei: "Meu Deus, eu gosto dele, ele é bonito, eu acho que ele
não vai sair de moda. Porque qualquer coisa de 20 anos já tava no brechó há muito tempo." Mas ele, eu já posso dizer que ele é vinta de brecholento, né? Em 2021, eu lembro de, acho que você já tava na fazenda e você falando que não ia deixar ter muito debate político ali. Você vi. Ah, eu não suporto. Por que? Tá aqui. Um negócio que eu não suporto é política. Eu não suporto política. Não consigo entender uma pessoa do bem que entra nesse universo. Não consigo. Uhum. Porque vai ter que dançar conforme a música. E
a música que toca lá não necessariamente é uma música do bem, né? Uhum. E assim, ah, acho que, infeliz, quero falar isso com pena, até porque eu adoraria viver num país que a gente pudesse amanhã entrar lá em Brasília, levantar uma conversa, poder trocar uma ideia de igual para igual com essas pessoas que, afinal de contas, são os nossos funcionários, né? A gente paga muito caro para viver nesse país, para não ter nada em troca, nada. A gente não tem nada em troca. Que que você tem em troca? Eu tenho que ter plano de saúde,
eu tenho que ter carro blindado, eu tenho nada em troca do que eu pago. Eu trabalho tr meses, 4 meses do ano pro governo. Uhum. Para esse tipo de gente que tá lá, que me trata mal, que mente para mim, que enfia a mão no meu bolso com a maior cara de pau. Ah, não. Então, assim, eu não, eu não gosto nem de A e nem de B. Você nunca você nunca nunca apoiou ninguém. Porque eles não apoiam a gente, amor. Você vai apoiar um, você vai fazer um papelão que daqui a pouco você vai
ter uma vergonha. Eu aprendi isso com a EB, tá? A EB pintou a cara de verde amarelo. Você lembra disso? Lembro, meu amor. Ela defendiu. Depois ela passou um perrengaço e ela falou para mim: "Eu me arrependo porque você". Ela falou, "Ela, ela gostava daquela pessoa, ela, ela, ela convivia com aquela pessoa, sabe? De repente você tem teu pai que vira um político, aí você fala: "Porra, é meu pai, eu convivo com ele, ele é maravilhoso". Aí de repente você vê teu pai tomando umas atitudes, você fala: "Não, pelo amor de Deus, não é meu
pai mais porque não é só que corrompe, às vezes nem corrompe, mas se ele não fizer, ele pode até não acreditar naquilo." Mas se ele não fizer, como é que ele vai, como é que ele vai se manter? ou ele morre ou ele vai perder o lugar, ou ele vai. Então assim, é um universo que paralelo. Eu olho, sabe assim, como universo paralelo, passo pel por aqui, ó, batido, pede, experimenta nas redes sociais, você não se posiciona, não me posiciono, não vou me posicionar, acho que é um ambiente tóxico, não acho agradável. Mas você se
posicionou pela, eu lembro na época da Covid você falado de vacinação. Aí sim, aí sim. Lógico, aí tem uma questão óbvia que não é nem mais uma questão de política, é uma questão de humanidade, de respeito. É diferente. Eu sempre me posiciono de alguma maneira. Ouvi você se posicionando também em defesa de democracia. Alguma coisa ali você se posiciona alguma coisa, mas não a favor de alguém, de A ou de B. Isso eu acho que ninguém, mas ninguém ninguém merece que a gente faça, porque a pessoa não vai cumprir aquilo que ela tá falando para
você, nem que seja a pessoa mais próxima da tua família. Eu não consigo acreditar. Até que alguém me prove o contrário. Adoraria não tá dando esse discurso de quinta categoria. Adoraria ser uma pessoa super politizada que fala, mas assim, eu acho tão vergonhoso que a gente passa e as coisas que eles falam e as coisas, aquelas mentiradas todas. Se ninguém fica vermelho, eu não sei como essas pessoas dormem. Uhum. Essa é a grande verdade. Eu não sei como eles dormem. Vamos para o quadro Me engana que eu posto, que é o momento que a gente
vai descobrir se você contou alguma mentira. Ó, a diretora acha que você tá falando muito que você é medrosa, mas que você é segura para caramba. Não, não, não, não, diretora. Eu, eu, eu vou te falar, eu quando eu tô num programa, por exemplo, coração disparado, pego o microfone e começa a falar, eu vou eu vou me encaixando. Eu vou me, eu vou me encaixando. Quando eu vou fazer uma abertura de um evento com um monte de gente, vou te dar uma entrevista, mas aqui e eu fico sempre muito nervosa, sempre. Vamos então pro maravilhoso
quadro. Nove perguntas e meia de amor. Primeira pergunta. Você e Alexandre? Uhum. Os dois são orcahólicos. Ele também trabalha para caceta, né? Ah, ele é ele é mais ele trabal é assim, ele trabalha e ele é aquele que cutuca, sabe? Por exemplo, eu trabalho muito, mas eu adoro. Por exemplo, quando eu tô falando com você, eu tô falando com você. Eu tô jantando, eu tô jantando. Ah, hum. Ele fica de olho ali na Ele tá jantando, ele tá sem telefone. Hum. Hum. Tá jantada me perguntando de trabalho. Falou: "Não, pera aí", fala: "Não, pera aí,
não preciso dar uma resposta". Falou: "Não, se eu tô malhando, eu tô treinando, estou correndo, tô na academia, tô treinando, tô malhando". Eu não tô. Olha que lindo, você voltou a focar, a gente abriu o programa, você com a dificuldade de tô falando que eu comecei a melhorar muito a maternidade. Eu não vou ficar olhando o telefone enquanto eu tô malhando. Pode ser que no final eu vou fazer uma foto. Olha, malhei. Uh, mas eu não vou ficar olhando se tá tocando enquanto eu tô malhando, porque senão acabou minha vida. E o Alê é um
pouco preocupado. Ele é aquele que você manda o WhatsApp, ele te responde, você nem terminou teu WhatsApp, já tá te respondendo. Entendi. Eu não, eu vou olhar seu WhatsApp, eu vi que você me mandou. Se eu puder responder na hora, eu respondo. Se eu tiver fazendo uma outra coisa, eu vou responder depois vou esquecer de responder. Aí à noite eu vou lá, vou olhar e vou te responder. Eu não sou essa pessoa que tem essa. Ele tem uma urgência. Então você, então, por incrível que pareça, você tem mais facilidade de relaxar do que ele? Eu
tenho uma, eu aprendi a viver isso. Não é nem real, eu quando eu tô trabalhando, tô trabalhando 100%, mas eu aprendi a viajar, eu aprendi a valorizar minhas férias, eu aprendi a estar com Você desliga nas férias, você desliga. Eu aprendi. Eu só não desligo mais porque hoje o meu trabalho, as redes sociais hoje elas são tão importantes que você tem entregas para fazer, você tem outras coisas. Hum. Mas se eu não tiver focada no trabalho, amiga, você dá uma desencanada, fica fica em casa moletom, sem maquiagem ou você você tem uma preocupação de sex?
Sexi só para trabalhar. Maquiagem, cabelo só para trabalhar. Você chegar em casa a qualquer momento que eu não esteja trabalhando é caótico. Que você vai ver que eu tô fazendo reposição hormonal, aí eu durmo com uma bermuda que vem até o joelho e a camisola por cima, que eu morro de medo de de por acaso passar a mão, encostar no vitório. É perigoso, né? Não é uma coisa muito Como? Como assim? O eu não entendi. Você você tá fazendo com pomada? Com pomada? Ah, sim. Então, até no Alexandre, então tem coisa que você não pode
encostar. Então assim, amor, é blindado o negócio. Cena, a cena é bonita de ver, é, é belo de ver. Outro dia eu acordei, ele falou: "Pelo amor de Deus". Eu falei: "Pelo amor de Deus, né?" Tá realmente caótica a situação. Bermudão com a camisola por cima, cabelo assim. Mas eu amo essa experiência da casa assim de viver eh de verdade assim, de ter essa sensação. Por isso que eu vivo usando um monte de filtro, porque imagina, as pessoas não são obrigadas a me ver assim também. Eu também, mas eu gosto de de ter essa relação.
Eu sou essa mulher desencanada. Posso falar uma coisa? Ave Maria, eu vou falar. Eu não consigo imaginar você feliz e relaxada assim. Imagina ter que dormir de bermudão com os justos. Não ia conseguir. Então isso que ele, aquilo que ele falou lá, ele não tá errado. Eu era aquela mulher mesmo. Mas essa mulher de verdade, gente. É, eu sou essa mulher mesmo. Eu sou, não sou patricinha. Eu eu eu eu já usava brechó, continuo us vendo minhas roupas, dou minhas, faço uma confusão com roupa, misturo todos os mulher interessante. É, eu não tenho essa. Eu
fumava na época. Eh, ele não falou nada de mentira. Ele tudo que ele falou é verdade. Ele não contou outros defeitos ainda. Tá, tá, tô muito bem. Ainda tá muito bem. E você acha, já que eu falei, já que eu falei dos justos, você acha que porque ele começou a gostar de aparecer mais depois de você, não foi? Eu acho que eu acho que assim, tá que mordeu um bichinho ali de de Eu acho que ele é um cara muito, eu eu respeito muito ele, assim, ele tem esse jeito, ele ele é assim, ele ele
não é ele ele é genuíno. O Roberto, ele você pode encontrar 500 defeitos nele, mas ele é genuíno. E ele é generoso, ele tem essas duas qualidades assim. Ele é deste jeito, sabe? Esse Roberto que dá entrevista, é ele em casa, ele que como ele pensa, é a verdade dele, ele é assim. E a gente era muito diferente, de fato, quando eu conheci ele, era só um publicitário, famoso, poderoso, dos bons, mas ele não era artista. Uhum. E depois ele virou artista. Sim. Ah, e aí eu me lembro quando logo depois eu liguei para ele
e falei: "Caramba, você tá com assessor de imprensa". Eu lembro que eu fiquei muito impressionada que ele tinha um assessor de empresa. Isso logo depois que a gente separou que tinha um assessor. Falei: "É verdade isso arrumou um assessor. Eu já achei terrível ele ter um assessor de imprensa." Aí quando ele começou a virar artista, falei: "Meu Deus, ele virou". Então talvez isso tivesse dentro dele, né? De alguma forma, porque acho que as pessoas a vaidade em todas isso não é um pecado. Todos tá longe de ser um problema ou alguma coisa relacionada a caráter.
Não, nada. Não tem nada a ver. E acho que você pode mudar de ideia. Olha que delícia. Hoje, antes, para mim, os 50 anos era uma coisa tão longe e tão velha. Juro por Deus, eu sou de uma geração que com 30 tinha que cortar o cabelo. Eu pensava, já olhava McBryan, que era minha mulher de cabelo curto, loira que eu olhava. Eu lembro, eu tinha uma tia que falava: "Passou dos 30 com cabelo muito comprido, é bruxa, fica com cara de bruxa." Imagina. Eu também ouvi muito isso. Mulher não é amiga de mulher. Uhum.
Também ouvindo. Passou dos 30 cabelo curto. Cuidado com essa sua melhor amiga aí. É, eh, então assim, é tão curioso que hoje eu falo, putz, a gente pode começar uma vida donada aos 50, ao 60. Você pode começar uma nova profissão, você pode mudar completamente teu estilo de vida, você pode viver uma outra vez, você pode ser uma outra, é uma decisão única e exclusivamente sua, que era uma coisa que tava completamente fora dos planos. Então, assim, o fato dele ter se tornado um artista, uma decisão que devia est dentro dele, ou se ele teve
vontade de experimentar e gostou, tá tudo válido, entendeu? Sim. Você acha que a maternidade em algum momento deu uma desandada na sua vida sexual? Oi. Ah, mas não é a maternidade. Eu não sei o que acontece esse negócio, porque eu achava que também não ia acontecer comigo não, porque eu gosto do da brincadeira. Eu sou chegada. Mas realmente tem um lado que eu não quero falar que é a maternidade, eu não quero falar que é não tem nada com Mas não mas tem rola uma um uma preguiça, né, assim, porque a gente cansa mais, principal
agora não mais, mas quando você tem um bebê em casa, você vai ver daqui a pouco começa a crescer, muda muito, volta o ritmo um pouco. Não, eu separei, tô com outro. Volta também que é uma maravilha, maravilhoso. Tem uma coisa que ajuda muito a vida sexual, é se amor novo. É, é se é se ver sem tem que tem que encontrar alguém, né? Isso ajuda muito. Eu falo ajuda, ajuda na dieta, na pele, no look, tudo melhora, né? Tudo animação. Mas para quem tá casadinha ali com o mesmo, para quem tá casadinha ali com
o mesmo, é uma luta, hein? É, é uma luta que eu achei que eu não fosse viver. Eu achei que eu não ia ter essa história para contar. Achava que era papo de casamento cagado. Fala aí, esse casamento aí já não tá bom não. Por como eu sou uma mulher que gosta de beijar na boca, eu gosto, eu gosto de namorar, eu existo. Não, você não é do selinho. Quando selinho eu dou em qualquer um, né? Sim. Olha que coisa. Não dá para virar e, né? Depois de casado. É isso que eu falo. Celinho você
dá beijo na testa. Então é quer me matar, é me dar um beijo na testa. Aí eu arrumo uma treta, nem que seja de manhã, eu levanto, falo: "Não, volto para". Começo a querer brigar. Então assim, eu gosto de beijar, eu gosto de de exigir isso porque eu acho que é um termômetro do relacionamento. Eu acho que o beijo vai ficando escasso. Pode reparar, hein? Quando o beijo começa a ficar escasso, não significa que o casamento tá ruim, nem que o teu namoro, mas significa que você vai começar talvez pegar uma outra estrada, que é
um caminho provavelmente natural depois de muitos anos de casado, mas que você não precisa pegar se você não quiser. E depende da gente. Esse esse esse esforço e esse exercício de estar casado é uma decisão diária. Eu estou casada todos os dias. Você acorda e fala: "Quero continuar com o meu casamento, com a minha família. Vou continuar, vou continuar. E aí você mete uma língua ali no beijo. Mete uma língua no beijo porque você E aí ele fica para Olha, que é isso meio do elevador com câmera. Ele fala [ __ ] Falo pá, tudo
bem, vamos beijar. Eu exijo isso dele, eu puxo isso. Isso, isso é de mim, porque ele não vem aqui. Ele não por ele vai no beijo, no selinho mesmo. Ele já tá já no vamos ficar no selinho. Eu falo: "Não, não, não, não, mas aposto que ele quer trans que ele quer dar um selinho e transar. Porque homem quer dar selinho e transar. D o selinho, dá o selinho atrasar rapidinho também, né? Dá o selinho. É tudo meio resolvido assim pra gente não é resolvido, não tá aí, entendeu? Então essa é uma questão que eu
nunca achei que eu fosse entrar, que porque eu porque não é do meu temperamento. Eu eu escutava as minhas amigas falando, falava: "Vocês são as vocês que não sabem fazer negócio, você sabem". Aí de repente eu tô vivendo esses e falam: "Gente, que loucura, que loucura". Mas a gente não, mas não é que voltou, a gente se obriga. Se você não se colocar nessa situação, ainda mais eu vou te contar uma coisa. A gente botou o Vitório bem cedo para dormir com a gente. Hum. A minha filha também vai pra minha cama, mas ela vai
tipo 5 da manhã até lá. Não, mas eu amo que ele vá. Eu também amo. Eu e agora ele tá indo embora e não tá querendo mais ficar e eu fico puxando ele para ficar. Tô quase pondo o Alexandre para dormir no quarto do Vitória e vem meu filho pr cá. Nossa, é bom demais. Meu Deus, aquela nuquinha suada no meio da noite que a criança fica suadinha dormindo. Então é gostoso até o 5 se porque agora com 12 suado já é um suado né? Já é um negócio meio esquisito. Então assim, vamos tomar um
banho, vamos dormir gostoso. Minha filha ainda é neném com 5 anos. Nossa, chulé. Eu tem meia que eu nem ponho para lavar, eu fico assim, ó. Essa é uma angústia que eu tô vivendo com Alexandre, porque eu quero ter outro filho. A Cláudia Raia chegou na minha vida forte, com 56 anos sendo mãe. Incrível. E eu olhei para ela e falei: "Eu quero também". Liguei para ela, falei: "Me conta tudo que eu quero fazer igual". Foi sofrido para você essa essa uppério, você não nada. Eu sofri na porque assim, não é nem que eu sofri,
eu tive encurtamento de coloquei de repouso a do quarto ao nono mês. Vitório nasceu 38. Vitório nasceu com 38 semanas. Uhum. E aí, eh, esse momento foi duro para mim porque eu tinha me programado, vou engordar 9 kg, vou fazer yoga. Eu amo. Ela programou quanto ela ia engordar na gravidez. Vou engordar 1 kg por mês. Não vou comer. Vou contratar o nutrólogo. De repente eu engordei 20 kg. Você engordou 20 na gravidez? 19. Fiquei numa cama, comia chocolate loucamente, lia, assisti o Datena. Eu fiquei louca pelo Datena. Eu falava assim: "Gente, o Vitório vai
achar que o Datena é pai dele." Por isso que eu tenho, por isso que eu tenho medo da gravidez. Imagina, eu fico louca pelo Datena. Não, a gravidez é muito estranha. Eu tinha medo de ovo na gravidez. Peso de ovo. Ovo. Eu fiquei fóbica com ovo. Alguém fazia um ovo a a cinco quadras de mim, eu vomitava. Eu fiquei com lance com ovo. A gravidez é muito esquisita. É muito esquisita, mas é muito você vendo da tenena. Eu com medo de ovo. Alucinada. Não chegava na hora do da tena, eu parava tudo, falava: "Gente, tem
que deixar assistir o da Atena. Eu queria ver o da Atena loucamente. Gente, olha que coisa louca, gente. Você teve uma uma fase pegadora na vida? Tipo solteira? Não me pesquisou. T [ __ ] [ __ ] meu, não viu a minha vida na caras? Casei, separei, encontrei o homem da minha vida. Não é, não foi dessa vez. Agora foi, agora aconteceu. A grande pergunta é: tem saudade da fase pegadora? Não, acho que eu peguei. Legal. Deu. Eu acho que deu. Acho que o legal também é isso, né? Hoje, por exemplo, eh, eu não sei
nem como como faz mais, né? Porque a gente perde um pouco o ritmo, né? Você fica casada há muito tempo, você não sabe mais como é que funciona, como é que é hoje para se relacionar, onde eu vou, como que troco uma ideia, como é que é chega aqui no no direct, eu não sei direito. Mas eu era boa disso. Eu era muito boa disso. Mas você dava em cima? Ah, eu dava em cima. Eu eu esperava vir encantada. Se não vinha, eu ia. Aí eu não tinha terror com isso. Aí eu apontava ali. Era
porque a minha lembrança da da última pressa. Não, a minha lembrança era de você sempre com namorados, mas eu não lembro de você assim solteira pegando geral. É porque sempre me arrumava um namorado. Quando, tipo, eu pegava um, já virava namorado na capa da revista. Aí eu me sentia na obrigação de dar uma explicação, né, que aí no semana seguinte ia ter outro na capa da revista, porque eu achava que eu tava escondendo e não naquela época não, não sei o que aconteceu, não conseguia. Eu vejo mulheres que conseguem esconder, falou: "Caraca, nunca consegui esse
negócio". Tem um idiota que fica pendurado num quarto de hotel. Dis, cara, como é que faz isso acontecer? muito louco. Eu não não era boa nisso de esconder não, nunca conseguia. É, então aí eu tinha que assumir às vezes uma coisa que eu não queria assumir, mas eu assumia lá uns dois, três mês só para não ficar meio tal, aí depois desandava o teve teve namorada que eu nunca separei, você sabe que sumir e ele todo dia me encontrou, falou: "Você será que você nunca terminou comigo?" Eu falo: "Jura por Deus, cara, você nunca me
separou de mim. Um dia você nunca atendeu mais o telefone." Eu sumi. Você fez muito homem sofrer? Ah, acho que me fizeram sofrer mais do que eu fiz. Jura? Você acha que você sofreu mais? Eu acho. Eu tive dois relacionamentos muito difíceis, de você ficar mal fócos, mas não de nunca nunca apanhei de homem. Não, isso aí não. Mas eu tive homens que me machucaram psicologicamente mesmo, sabe? Que pegavam, que eu acho que é igual ao tapa na cara, né? Se não for pior. É porque o tapa na cara tem um olho roxo que você
vai lá e vai numa delegacia. O terror psicológico, você demora 20 anos para entender o que te aconteceu. Demorei gastei uma [ __ ] grana em terapia. terapia para saber onde é que tá meu botão que ninguém mais pode apertar, entendeu? Mas foi foi dura, uma fase ruim, não foi uma fase boa não, mas também me ajudou porque a única coisa que eu tenho raiva um pouquinho é de ter ficado muito, podia ter ficado menos nesse relacionamento, entendeu? Porque eu já sabia como era. Então assim, faltou um pouco de inteligência também, né? Porque já sabe
como é, tá repetindo modos operand ali e termina antes. Sabe como é? Por quê? Porque tinha fama de fazer isso. Beijo. É. Você acha que vai ser diferentão com você só porque você quer, né? E tanto que continuou e continuou dando pepino, né? Continuou dando pepino. Então assim, é um modo desoperante, não tem jeito. Você bom, essa pergunta óbvia, né? Eh, faço essa pergunta para toda mulher fadona que vem aqui. Muito homem já correu de você? Ah, oi. Mas muito, muito. Tipo, Adriane, não dou conta. Não, não dou conta. Não dou conta não. Nem nem
às vezes não chegava nem no nesse ponto aí não chegava nem perto. Não é vivia essa experiência. Eu acho que hoje eu tenho a sensação que hoje você acha que ainda tá assim? Eu acho que melhorou, mas ainda tá. Eu também acho que melhorou. Eu acho que eles entenderam que, né, mas as minhas amigas assim com grana muito bem cedida, elas têm reclamado muito do homem brochar, do homem até tentar dar conta. Brocha, mas depois volta. Brocha naquele dia, no dia seguinte, tenta de novo. Na terceira vez vai acostumar. Tem que dar um pouco de
chance. Brochou uma, broxou dua, bruxou. Eu tava muito acostumada com as brochadas. Bruxaram muito com muito brocharam de medo de muito. Muitas vezes. E aí falava o que isso não era, eu não ria. Eu não achava que era um problema, não ria, não. Não apontava, porque eu já tava bem normal. Você já sabia que brochar primeiro fal beleza, entendeu? Tá tudo bem, vamos trocar uma ideia. Aí no dia seguinte tentava de novo. Às vezes brochava no segundo dia também uma hora ia. Entendeu? Algo depende um pouco da tua paciência. Se você já tinha ali, já
falava: "Será que vale a pena a tentativa segunda, mas vamos lá, vamos." Às vezes dava, às vezes você dava essa segunda, terceira, quarta, às vezes a chance e às vezes não virava mais, parava ali. E é, é, é verdade que quando, eh, o Sena de Paquiró, você não acreditou? Não, imagina, ele tava me dando uns moles, eu falava: "Não é comigo". Ele ficava te olhando. Eu eu tinha porque tinha uma sempre uma menina que tava linda, Nara, muito linda, que tava comigo sempre que a gente estava contratada, eram oito meninas e eu tinha certeza que
era com a Nara, porque ela era uma mulher um pouco mais velha do que eu, muito ajeitada, muito bonita, muito toda certa. Eu falava: "Ele tá de olho na Nara e não é em mim". Então eu tinha certe eu não, isso não significa eu me botava para baixo, mas eu falava por qu não é comigo, você tinha 19 anos, né? Tudo certo aqui comigo? Imagina até que veio esse o braguinha que foi quem me ajudou e que foi meu anjo da guarda. Falou assim: "Oi, garotinha, o aí tu queria falar, foi comigo, mas falar comigo
e que é meu telefone." Eu tomei até um susto quando ele me falou isso. E eu dei meu telefone e quando a Iters comigo, eu continuava falando para ele: "Mas vem cá, você pode ter a mulher que você quiser, né? Você pode até a mulher que você que você já teve, né? Faz você, tipo, tipo, que que você tá fazendo? Prefiro ser sua amiga. Eu me lembro até hoje a gente em Angra, tudo certo para na hora de dormir, eu blindadona o meu pijamão. Eu só não tava com bermudão, mas tava com pijamão bem blindadona.
Falei: "Aqui não vai vir nada, não vai vir. Não é que eu tô fazendo frescura, é porque eu quero continuar sua amiga. Então vou transar com você hoje. E aí amanhã? Amanhã eu vou embora pra minha casa. A gente não vai se ver nunca mais. Eu prefiro não dar para você e continuar frequentando a sua casa. ser sua amiga, tá tudo certo e ficar perto de você, porque você porque ele era um cara muito legal, não é porque ele era ariano, não, mas ele era um cara muito legal e era ele era simples, sabe? Uma
pessoa simples, de hábito simples, divertido de conversa, muito diferente do que as pessoas imaginavam, porque ele era muito tímido publicamente, mas em casa ele era uma pessoa sensacional. E e aí eu falei isso para ele assim e ele foi bem devagar assim, a coisa não aconteceu de repente não, foi bem devagar e ele entendeu isso porque eu falava: "Você pode sair com quem você quiser, por que que eu vou fazer isso acontecer agora?" Eu tinha pavor disso acontecer, de sair com ele e no dia seguinte ele nunca mais me ligar e eu não tenho nem
a chance de ser amiga dele. É. E você tava naquela, naquele universo que era delicioso, né? De poder conviver com ele. Você não queria? Eu tava adorando aquilo tudo. Eu falei, prefiro ser sua amiga mil vezes. Não, para poder ficar aqui, não. Pega aí outra menina, tá ótimo. Não quero nem pensar em namorar. Até que ele me pediu em namoro mesmo. Foi lá na minha casa na Lapa. Que demais. bonitinho ele. E e é muito legal isso porque essa coisa do pedir em namoro para mim era muito importante. Era uma, eu sempre ouvi minha mãe
falando que o homem tinha que te pedir em namoro, que então eu sempre teve esse, tinha esse lado muito caretona assim de de ter o pedido de namoro e hoje tá na moda pedindo namoro também. Eu eu eu sempre que peço os caras que eu namoro, eu que peço em namoro porque eu acho maravilhoso pedir até para falar: "É isso ó, eu não vou ficar com outras pessoas, não é aberta essa [ __ ] aqui, você fica aí comigo". É porque eu também não tenho condição nenhuma de ver o relacionamento aberto. Essa era essa era
uma outra pergunta. Não, eu já fico apaixonada. Então eu tenho grandes tendências também. Eu prefiro não, eu acho perigosíssimo. Seria bom num relacionamento se todo mundo pudesse ter um ano sabático? Olha, vamos dar um tempo de um ano para tudo bem. An muito. Um ano você Ah, não, dois meses. Um ano você já namora um outro um ano. Tá bom. E volta. Eu vi agora a Bela Gil falando que nos 20 anos de casamento ela ela namorou três pessoas diferentes. Você viu ela falando? Fi gente, que loucura moderna essa. Eu vou até ligar para ela
para entender como é que ela fez esse negócio aí. Achei aquilo e um gato, o ex-marido dela. Ela falou: "I tá tudo certo". Ele sabia. Eu falei: "Gente, três relacionamentos diferentes. É muito lou". Agora você sabe que essa coisa de pedir namoro quando a gente começou a sair, eu e o Alê, eu estava saindo com ele há uns dois meses, né? Já namorando, já tava jantando em casa, saindo normal. Dia 12 de junho, ele fala: "Vou fazer um jantar aqui em casa para você". Falei: "Ass cozinha? você que vai cozinhar sou eu. Vamos lá. Tá
bom. E ele me pediu namoro. Eu falei: "Mas pera aí, esses dois meses que a gente tava aqui, ué, não, que eu tô contando agora. Eu tava desligando os fios da tomada, não sei o quê". Então eu namorei dois meses com ele, ele desligando uns fios, sei lá que fio da tomada e eu namorando com ele dois meses normal e ele me pediu em namoro numa determinada data que na cabeça dele valeu daquele daquele dia pra frente aquele dia. Maravilhoso. Vamos pra meia pergunta que é: sou mais sexy depois dos 50. Por quê? Sou. Você
é não, você é sexy. Você, enfim, você sexi. Eu acho que tem uma coisa que depois acho que tem muitas coisas boas e algumas bem ruins, mas eu acho que tem uma coisa que que eu não sei se é depois dos 50, mas depois dos 40 e pouco, já nos preparando para 50, que é a segurança. Eh, esse medo que eu sigo tendo, porque eu sou uma pessoa medrosa, mas eu hoje me sinto uma mulher segura. Segura a ponto de te falar um não. Uhum. que era uma coisa que eu tinha pavor de falar não
das pessoas me interpretarem mal, não quero ser vista como antipática, não quero ser vista, eu falo não, gostosinho hoje, bem gostoso. Então, eu tenho segurança de falar não, tenho segurança eh de botar um biquíni, tenho segurança, nunca tive problema com isso, mas tô falando também dessa questão da segurança física, da segurança emocional, da segurança, eh, de, de falar, eu vou fazer uma viagem, vou ficar de férias e tá tudo bem. Ah, eu tenho uma segurança, eu acredito em mim de uma maneira diferente. Eu acho que isso deixa uma mulher mais sex quando ela é segura,
ela fica mais sexy. Eu acho que essa é uma questão clara que não era assim. Isso começou com 40. É, começou com uns 40, não, 45. Começou assim, deu falar, tem um tufo de cabelo branco aqui que eu não gosto. Tem esperança para mim. Tem um tufo de cabelo branco aqui que eu detesto. Apesar das meninas largarem, eu achei genial as mulheres acreditarem nos seus cabelos brancos e soltarem dessas amarras, das tintas, de tudo mais. Na pandemia, isso aconteceu muito claramente, né, das pessoas irem abrindo mão. Eu não sou essa mulher, então eu tenho segurança
suficiente também de dizer que eu não me gosto de cabelo branco, não gosto e tá tudo certo. E eu vou ficar atingindo o meu cabelo pro resto da vida, não vai ter jeito, porque eu sai esse tufo, já me dá uma raiva, eu não gosto. B não. E você é uma uma é uma maravilha. Poois, eu quero dicas aí porque não porque tá, faço zero coisas, amiga. Mas eu zero coisas. Eu faço botox, mas eu nunca fiz nada de outras coisas naquele bioestimulador de colágen se nunca fiz nada que eu sou medrosíssima de dar um
erro n dói. Então eu falo só se for sedada. Vamos pro último quadro que é o [ __ ] que é o momento em que a gente dá dicas de, sei lá, cinema, série de TV, livro, qualquer coisa. O meu eu só vi agora, você já deve ter visto, você viu uma animação da Disney que chama A vida é uma festa viva da do dia de los muertos? Só vio, é maravilhoso. Eu chorei, mas assim, euatei. É sensacional. Que que coisa linda, né? E tem uma Vol como personagem quase que principal, né? Uhum. Apesar dela
parecer pouco, mas ela tem um poder alinha na filme. Eu só vi agora porque a minha filha tá com cinco e aí alguém da escola tinha falou falou para ela e a gente viu juntas. Chama Coco, na verdade que é o nome da bisa. Ah, mas é maravilhoso. E que coisa linda. É linda. Você já mostrou a Pequena Sereia nova? Ela foi ver com o pai. É muito bonito também. É, eu não fui ver. É bonito também. É bem bonito também. Eu adoro desenho também. O Vitória já tá querendo ver outras coisas. Eu continuo querendo
ver os desenhos e levo ele para você. Você já viu com ele aqueles japoneses do estúdio Gibly? Esse eu gosto um pouquinho menos. Touro. Acho tão lindo. Acho esse eu gosto um pouquinho menos. Eu eu gosto mais das Disney. O da os os P. Eu eu gosto muito. Eu gosto muito mesmo. Aquele red da nossa aquela sou eu. Controlando a raiva. Delícia. Eu amo. Eu amo. Mas você sabe que em termos de filme e séries, eu gosto das coisas pesadonas. Hum. Bem pesadões. Eu gosto de falda. Eu gosto de uns filmes mais falda. Que que
é falda? Ah, porradaria, guerra, homem que explode, né? Adoro. Carro batendo. Atena. Atena. É da É, gosto. Acho que vem daí essa loucura. Eu adoro uns negócios mais pesados. Eu eu adoro assistir. Eu não gosto muito de filme comédia romântica. Não faz muito a minha, não é muito a minha escolha, mas é a escolha do Vitório. Então eu assisto com ele. Mas se eu tiver que escolher, eu vou escolher sempre uma coisa mais o filme de guerra, um filme de homens que escondem, desses que desses de mulheres, mulheres de homens bombas. Adoro, gente. Adoro. Tem
uma, ai, que eu não me esqueci o nome, como é que é o nome? Meu Deus do céu, tem uma série maravilhosa que eu engulo essas séries dessas mulheres, a relação das mulheres com essa vida. H, tentando fugir desse momento. Eu tô sempre olhando pelo lado da mulher, né? A mulher que vive nesse, imagina você sempre casada com homem bomb, você sabe como é que é a vida dele, dos amigos dele, você tenta fugir dessa situação. Ai, eu amo. Olha que que engraçado. Você curte uma coisa para dormir já num num clima bem pesadel falar:
"Nossa, como eu vivo bem, como a minha vida é maravilhosa, é boa. É, amor, acabou. Eu amei. Fala muito, né? Fal não, a diretora tava tá rendendo, tá rendendo, tá rendendo, tá rendendo a beleza. Diretora, olha, um beijo, eu amei. Tá aqui, mas falamos demais, né? Assina aqui para mim depois a louca sou eu. Eu assino esse e você deixa um bilhetinho para mim que todo mundo deixou, ó. Só que o seu vai ser o mais especial. Oh. [Música]