Modelo de Atenção às Condições Crônicas - Parte 3

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Saps Secretaria de Atenção Primária à Saúde
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[Música] esse esse modelo né como as evidências demonstram especialmente AD vindas do modelo do cronicare Model do modelo seminal né Eh provoca mudanças muito fortes no Cuidado profissional e na forma como a clínica é praticada Então a primeira mudança é nós temos uma tradição vinda fortemente dos modelos de cuidado das condições agudas uma das crises que nós temos dos modelos de atenção é que a gente tenta aplicar a lógica da clínica do Agudo à condição crônica isso não deu certo no mundo inteiro isso não tá dando certo aqui então a clínica do Agudo ela tem
o seu centro no Cuidado profissional sobretudo cuidado profissional do médico e tá certo no Agudo chegue logo ao médico né já na condição crônica as evidências demonstram que essa essa Clínica centrada no Cuidado profissional do médico e é um grupo muito forte de americanos que estuda isso lá na atenção primária dos Estados Unidos um grupo de professores de medicina familiar da Califórnia liderado pelo professor eh bodenheimer eles verificaram né que há uma enorme crise na clínica que é a crise que eles chamam da falência do sistema centrado na consulta médica de 15 minutos por quê
Porque nos Estados Unidos a consulta médica tem média 15 minutos 14 minutos para para eh Pediatria 16 para adult na média 15 minutos então Eles estudaram profundamente essas essas essas consultas usando milhares de entrevistas milhares de filmes e concluíram que se estabeleceu um enorme crise que mostra que a do Agudo precisa passar por transformações muito fortes para dar conta de transformar-se numa clínica relevante para cuidado de condições crônicas uma delas é que a condição crônica exige necessariamente uma equipe multiprofissional e uma equipe multiprofissional na ponta e trabalhando num esquema em que esse processo de trabalho
é totalmente organizado em que o médico faz medicina em que a enfermeira agrega algo diferente da Medicina que é enfermagem de que o fisioterapeuta agrega o conhecimento específico da fisioterapia em que a nutricionista ou o nutricionista agrega o conhecimento específico do nutricionista o farmacêutico o conhecimento específico da farmácia Clínica e assim por diante esses processos são combinados são são desenhados a priori de tal forma que você não tenha nenhuma redundância né nem retrabalho entre que o médico faz o que o nutricionista faz o que é o que o fisioterapeuta faz há um sistema de sinergia
Mas essa é uma é uma nova concepção de trabalho multiprofissional n em que cada profissional Clínica sua vantagem comparativa há um estudo que mostra que se nós tomarmos as 12 condições crônicas mais mais comuns nos Estados Unidos um painel de 2500 pessoas e se for aplicados os guidelines americanos mais validados cientificamente para essas para esses cuidados preventivos o médico gastaria se fosse fazer toda a prevenção 7,4 horas por dia e ele tem oito portanto é impossível você fazer não é não fazer isso com uma equipe multiprofissional médico tem outras vantagens comparativas e há quem possa
não é Então essa é um pouco a lógica eh do trabalho multiprofissional que tá sustentado por enormes evidências científicas de que Trabalho multiprofissional supera o trabalho uniprofissional ou de poucos profissionais no SUS por exemplo o nosso trabalho é é muito centrado em médico e enfermeiro e eu às vezes penso que o Enfermeiro não faz enfermagem ele faz uma consulta médica feita por enfermeiro né bom então esse Então esse esse é um ponto que tem uma enorme repercussão na mudança eh da composição né Eh da equipe de atenção Especialmente na atenção primária a saúde O que
leva por outro lado a necessidade de transformações muito fortes na clínica então a clínica do crônico convoca um conjunto de de transformações e é mais uma vez Especialmente na atenção primária saúde mas não só na atenção primária saúde das quais eu ressaltaria alguns movimentos que T sido feito primeiro da atenção centrada no indivíduo para atenção centrada na família é isso que explica Saúde da Família com a incorporação na rotina dos instrumentos de abordagem familiar esse adjetivo aí tem um significado que a família é em si uma unidade de cuidado além do indivíduo uma segunda mudança
é da Clínica centrada na doença para Clínica centrada na pessoa que é uma mudança muito radical e que a medicina familiar felizmente trabalha isso já bastante bem né mas nós temos eh nós temos outros movimentos importantes nós temos que desenvolver novas formas de atenção o nosso sistema no SUS ele é centrado quase que exclusivamente em consultas médicas e de enfermagem presenciais Face a Face ora isso não dá conta de condição crônica é preciso manter consultas sempre haverá o espaço para isso mas é preciso desenvolver outras formas de encontros clínicos Então eu posso ir na literatura
a um encontro Clínico chamado cuidado compartilhado a grupo não isso tem sido muito testado entra numas numa atividade bem estruturada 30 portadores de condições crônicas a equipe multiprofissional e em 2 horas me você tem um atendimento coletivo com excelentes resultados Você tem o atendimento contínuo nãoé nós temos uma bela experiência disso em pelo menos em dois lugares em Minas Gerais uma no centro de hipertensão e diabetes de Santo Antônio do Monte e outra no centro mais vida de atenção idoso eh da Universidade Federal de Minas Gerais em que você tenha planejada uma consulta multiprofissional contínua
então o portador de diabetes é encaminhado ao centro de referência e ele não chega no médico ele chega no técnico de enfermagem que o orienta encaminha para um psicólogo que o faz a sua o seu atendimento individual de 15 minutos encaminha eu não sei bem a ordem eu tô que vai ao fisioterapeuta que vai a nutricionista que vai ao farmacêutico que vai ao assistente social mas sem retrabalho redundância porque esse processo tá todo desenhado fecha no médico com o quê com um plano de cuidado multiprofissional que é um plano de cuidado feito não de forma
prescritiva é discutido com a pessoa através de contratos portanto a clínica do crônico que aí vem outra mudança radical não é a clínica que termina numa receita numa prescrição ela termina num plano de cuidado feito em conjunto através de contrato assinado pela equipe pela pessoa em alguns casos pela família e pelos cuidadores e esse plano Onde esteja ele será monitorado conjuntamente pela equipe e pela própria pessoa mas também a nova clínica estabelece novas relações entre atenção especializada e atenção geral não é um pouco em função daquilo que já mencionei quer dizer em que que o
agre o que que o especialista agrega valora uma pessoa portadora de condição crônica naqueles 25% parte daqueles 25% que se beneficiam né E então a e as evidências mostram que o modelo de atenção entre para crônico para gerar valor paraa pessoa portadora de condição crônica ele precisa estabelecer novas relações entre generalistas e especialista Não adianta mandar para um especialista com um papel e voltar a outro papel o especialista só agrega valor quando ele conhece o generalista quando eles partilha o plano de cuidado quando eles trabalham junto quando eles fazem sessões clínicas junto esse modelo convencional
da referência qura referência não há nenhuma evidência na literatura que agregue qualquer valor à pessoa portanto é preciso que as pessoas se conheçam se se estabeleçam trabalhem com plano de cuidado compartilhado etc eu tô dando aqui alguns movimentos dessa nova Clínica outros H mas veja que é uma mudança bastante radical [Música] l
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