Olá, seja muito bem-vindo a mais um episódio do nosso talk show, nosso terceiro episódio com o nosso querido Professor Joel. Gracioso, então, nos últimos dois episódios você já viu que é um conteúdo riquíssimo, profundo, que o professor sabe muito. Então, compartilhe esse vídeo se você conhece alguém que precisa escutar esses temas.
Mande esse vídeo para ele, deixe seu like, compartilhe. Bem, professor, hoje nesse episódio eu queria discutir um pouquinho com o senhor sobre essa questão do imaginário, da imaginação. Falam que é necessário purificar o imaginário, é necessário prestar atenção na formação do imaginário das crianças.
Senhor, poderia definir um pouquinho mais sobre o que é imaginário e sobre as suas consequências? Essa temática, hoje em dia, vem sendo realmente muito frisada, essa importância. Eu fico feliz com isso porque, de fato, quando nós falamos em imaginário, o imaginário é justamente a constituição do trabalho da presença tanto da imaginação quanto da memória, principalmente ali nos autores mais clássicos antigos.
O imaginário não é apenas a questão da imaginação, mas entra também a questão da memória. De fato, é lógico que, para a gente poder entender a relevância disso, a importância, nós precisamos lembrar que o ser humano tem uma estrutura natural. Quando a gente diz que ele é constituído de corpo e alma, numa unidade profunda, então, o ser humano não é constituído de duas substâncias, mas ele é uma substância.
Princípios só que com dois aspectos distintos: um mais material, outro mais espiritual. Então, o corpo, é lógico, tem relação com toda a questão da matéria, mas, no fundo, a alma é aquilo que vai vivificar essa matéria, enfim, e vai estabelecer a sua identidade, a sua organização, a sua estruturação. Por isso que a gente diz que o ser humano tem uma unidade substancial, ele é uma única substância.
A gente fala da questão de corpo e alma, mas no pensamento, porque, na realidade, o que você encontra são pessoas. Eu encontro o José, o Paulo, a Maria, eu não encontro o corpo, a alma de alguém. Encontro pessoas, indivíduos ali.
E, nessa estrutura natural, nós vamos ter, evidentemente, a nossa sensibilidade, os sentidos externos, né? Tato, paladar, visão, etc. E os sentidos internos.
Dentre esses sentidos internos, dois realmente são muito salientados, que são a imaginação e a memória sensível. Ora, a imaginação tem uma importância muito grande. Por quê?
Porque as informações entram pelos nossos sentidos externos, né? São organizadas, porque alguns autores chamam de sentido comum. Tem uma avaliação se isso que eu estou encontrando no mundo, na realidade, é perigoso ou não é perigoso.
Que aí seria aquela coisa da estimativa quantitativa, a estimativa mais nos anima, mais a cogitativa no ser humano, e aí a imaginação recebe tudo isso e, a partir disso, vai se elaborar uma imagem sensível. Só que, além dessa coisa de colaborar na formação dessa imagem ou dessa espécie sensível, a imaginação faz outras coisas. Ela complementa.
Então, dentro desse processo de sensação e depois de percepção da realidade, aquilo que está na imaginação, aquilo que entrou e foi sendo armazenado na imaginação, complementa o processo de percepção. Por isso que você pode ver, tem coisa que você olha, por exemplo, aquela estética que a gente vê em livro. Você vê rabiscos assim.
Aí você fala: "São rabiscos, mas é uma cama, uma cadeira, não sei o quê", ou você vê sombras misturadas e fala: "Aqui parece um monte de pessoas". Então, é interessante como aquilo que está na sua imaginação, de uma certa forma, também interfere, complementa. Não é que inventa tudo, mas complementa o processo perceptível.
Então, veja, complementa a percepção e ajuda na elaboração da espécie sensível, da imagem sensível, como também tem a questão da própria criatividade, que a gente chamaria mais de fantasia, no caso do português. Aquela coisa de pegar uma imagem, associar a outra e criar uma terceira, etc. Por isso que esse aspecto da criatividade está muito ligado à fantasia, que está vinculado à imaginação.
Agora, esse processo todo aqui é importante, porque a nossa inteligência, ela trabalha a partir daquilo que ela recebeu dos sentidos externos e, principalmente, dessa imagem sensível que foi sendo elaborada. Nosso intelecto, a nossa inteligência, vai recebendo tudo isso, trabalhando a partir disso, como também daquilo que ficou na memória sensível, ou seja, as avaliações que foram feitas, ficaram na memória. Enfim, as experiências vividas ficaram lá na memória.
Então, por mais que a gente diga que a inteligência seja nossa grande faculdade, a faculdade superior, junto com a vontade, ela não trabalha a partir do vazio. Ela não trabalha a partir do nada, ela trabalha a partir daquilo que está na imaginação e daquilo que está na memória. Então, o que se chama de imaginário muitas vezes é justamente aquilo que permeia a imaginação e a memória.
Por isso que muita gente diz: "Qual é a melhor forma de destruir a inteligência de uma criança? Arrebenta a imaginação dela e a memória dela. " Em outras palavras: povoa.
Você imagina, sei lá, por exemplo, uma criança desde pequenininha, o imaginário dela é constituído, formado por coisas feias, por coisas violentas, por coisas confusas. E a memória por avaliações inadequadas das coisas. Então, se o que está ali na memória, na imaginação, são coisas profundamente inconvenientes, desordenadas, onde eu confundo o verdadeiro com o falso, o bem com o mal, o belo com o feio, o resultado vai ser horroroso, vai ser pernicioso.
Porque, no fundo, repito, a inteligência, ela age a partir disso, ela trabalha a partir desses dados. Então, de fato, é muito importante se. .
. Preocupar-se com isso, né? É muito importante que a criança, desde pequena, seja estimulada a imaginar, né?
Mas não a imaginar qualquer coisa, né? E quando falo imaginar, não é também só no sentido de fantasiar, né? Mas é no sentido de reter imagens, de ter imagens, de ter na sua imaginação ali referências de coisas verdadeiras, boas e belas.
Lógico que, no primeiro momento, o belo talvez seja aquilo que é mais fácil, né? Ou seja, uma coisa que é luminosa, harmoniosa, ial, né? Porque a beleza, no sentido objetivo, sempre tem relação com esses pontos, né?
Ou seja, algo é belo na medida em que ele é ordenado, luminoso, íntegro, proporcional, etc. , né? Então, são os elementos do Belo, né?
E isso é o que teria que estar presente ali. Junto com isso, é lógico, depois, a questão de atos bondosos, virtuosos, né? Referências, modelos, e a própria memória também, de uma certa forma, vai gravando isso.
Por isso que é importante estimular também a memorização, né? De poemas, de cantos, né? Lógico, poemas e cantos que tenham conteúdos bons, né?
E outras coisas. Então, por exemplo, até 11, 12 anos de idade, isso é muito importante. Isso é muito importante mesmo.
E, eh, se preocupar desde pequenininho em povoar bem esse imaginário, né? E ao mesmo tempo tentar colocar experiências e coisas boas na memória. Perfeito, professor.
E se, né, supondo, creio que na maioria dos casos a criança fica no celular, vê tudo que passa na TV, supondo que, cara, já é adulto, não teve uma boa educação em relação ao imaginário e, digamos, que o imaginário dele está corrompido. Como que essa pessoa pode, meio que, fazer o processo inverso na sua vida? É aquela história, né?
Vamos pensar assim: contar histórias é muito importante, para ver que as crianças adoram saber de onde o pai e a mãe vieram, os avós, histórias da família. Então, contar para a criança e ouvir isso é muito importante. Uhum.
Ler um livro para a criança. Aí muitos falam: "Professor, mas e ver desenhos? Bons desenhos também ajudam, mas melhor ainda para estimular a imaginação é ela só ouvir, porque, ouvindo, ela vai imaginar o cenário, os personagens, as atitudes, isso fica mais marcado, né?
Isso estimula mais o imaginário e a memória. " Mas o desenho bom, o filme bom, né? Depois, a própria leitura.
Esse é o processo da criança, no caso, da memorização. Como eu disse, fazer com que ela estude, memorize poemas, a própria lição, né? Então, você estudou, beleza, agora tenta lembrar e decorar mesmo.
O problema é que nós satanizamos essa coisa de decorar, né? Decorar por causa do Paulo Freire. Enfim, tanta gente lá.
Então, essa coisa da educação bancária sataniza a memorização. É interessante porque muitos países, até a China, por exemplo, até certa idade, é só memorização. Ninguém critica, ninguém fala nada, né?
Por quê? Porque está mais que comprovado que é lógico. O momento que você tem que desenvolver o pensamento lógico, o pensamento racional, isso é mais a partir dos 13 anos, entendeu?
Ou seja, até então é memorização. Você pode ver que a própria criança não enjoa de determinadas coisas, por exemplo, por que uma criança de 7, 8 ou 9 anos viu o mesmo desenho, o mesmo filme, 50 vezes? Eu nunca vi!
Depois, ela já começa a enjoar e fala: "Ah, quero isso, não quero ver outra coisa. " Mas é interessante como, até uma certa idade, a repetição não é problema, você entendeu? Então, repito: é nessa fase que tem que simular a imaginação e a memória.
Agora, como você disse, muitas vezes a pessoa não teve oportunidade disso. Ou seja, a criação que ela teve, o ambiente foi muito complicado, a educação que ela recebeu foi muito complicada. E ela só consegue tomar consciência disso, sei lá, depois de 30, 40 anos, né?
O que eu faço? Primeiro, não se mata, né? Primeira coisa é isso.
Ou seja, agora é ter consciência de que o caminho não é fácil, mas, com certeza, a literatura aí tem um papel importantíssimo, tanto para a criança. Por isso que eu falei: contar histórias, ler livros, né? Personagens virtuosos, mas também mostrando os vícios e como os personagens maus se dão mal, né?
Essas coisas referenciais aí: filmes, desenhos bons, músicas. A música é muito importante, né? Então o que acontece?
O adulto que descobre isso vai ter que fazer esse caminho. Ele vai ter que parar, tomar uma decisão e fazer uma escolha que não é fácil, porque ele vai entrar numa luta contra si mesmo, né? Porque ele já tem ali hábitos enraizados.
Então, provavelmente, ouve músicas inadequadas. Então essa é a primeira luta: é a música. Ele tem que romper com determinados estilos.
É fácil? Não, não é! E ele tem que buscar ouvir outras músicas que estimulem coisas mais ordenadas e boas dentro dele, né?
E que estimulem aquilo que ele tem de superior e não músicas que só ficam estimulando ele a chacoalhar o corpo. Então esse é o primeiro ponto. Segundo ponto: literatura.
Ler bons livros, né? E quando falo ler bons livros e literatura mesmo, porque a literatura vai estimular a questão do imaginário, né? A questão da cena, do personagem.
Não sei o que, provavelmente vai ter muita dificuldade com isso, né? E às vezes a coisa é mais complexa ainda. Por quê?
Porque muita gente também não sabe português. Como não tem o domínio da gramática, ela vai ler um livro de literatura e não entende quase nada do que leu. Então aí vai ter que ter mais ainda, porque não resolve também: "Ah, então vou fazer aula de gramática.
" Não! Você tem que procurar entrar nesse universo da literatura com calma, com paciência, né? E.
. . Professor Rodrigo Gurgel, por exemplo, que é meu amigo, faz um trabalho fabuloso.
Tem o seminário de literatura dele, onde ele vai explicando os livros, e o seminário de escrita criativa. Enfim, é buscar ajuda e apoio. O professor Francisco Corc tem vários que podem ajudar nesse sentido, né?
De como retomar essa coisa da literatura. Porque o que acontece? Conforme você vai entrando nesse universo da literatura, você vai mexendo com o seu imaginário e aí você começa a ter novas referências, entendeu?
A memorização também precisa ser trabalhada. Ou seja, pode ver, a gente ouve música e consegue guardar determinadas coisas. Então, isso é um sinal de que, com paciência e calma, você também vai colocando coisas boas na sua memória.
E, com o tempo, né, queira Deus, se você continuar, aquilo que era tão negativo, que estava na imaginação, na memória, vai se tornando minoria e você vai, aos poucos, tendo melhores referências. Mas isso passa pela música, passa pelo livro, pela literatura. O celular é um processo de destruição da inteligência, né?
É uma coisa assim. Não estou satanizando. Ah, então não posso usar?
Pode, de maneira comedida. Ou seja, é para poder, lógico, conversar, resolver problemas de trabalho, de família, etc. Redes sociais têm que ser uma coisa muito comedida.
Então, porque se você fica ali, não sei quantas horas, e é lógico que é tentador. Vamos ser honestos: você chega em casa cansado, né? O que a maioria das pessoas, que já tem uma predisposição complicada, vão querer?
Você acha que a pessoa vai chegar às 9 horas da noite, cansada, depois que tomou um banho e jantou, pegar um livro e ler? E ler, né? Deveria, mas a dificuldade vai ser enorme porque o livro vai ser muito mais desafiador.
Ele vai desafiar sua inteligência, requer uma atenção maior, uma disposição maior. É muito mais fácil pegar um celular e ficar vendo TikTok, né? Dancinha, não sei do quê, ou simplesmente pro YouTube, e ver ali, não qualquer vídeo também, porque tem vídeo que é pesado.
Então, mas pegar videozinhos, né, do Tigrão ou do Luzinho, sei lá o que, ou seja, aquelas coisas inúteis, mas que no fundo não exigem tanto de mim; não exigem esforço, concentração, etc. Só que isso é um problema, né? Ou seja, o que eu diria assim: vai entrar numa dinâmica que passa muito pelo pessoal.
É muito pessoal isso, é muito individual, porque você vai ter que fazer uma escolha. Falar: “Não, eu vou usar o celular e as redes sociais de uma maneira mais comedida. Vou me obrigar a ouvir músicas melhores, uma literatura mais saudável, ler livros.
” E mesmo quando for ver um vídeo, fazer opção por vídeos de um conteúdo mais sério, né? Que estimulem coisas melhores em mim. E esse é o caminho.
Ou seja, não tem muito que fazer, talvez alguns cursos, né, que vão te ajudar nesse processo. Ou seja, mas o caminho da música, da literatura. Lógico que, junto com tudo isso, para quem é católico, para quem tem fé, a questão da prática religiosa é muito importante, né?
Ou seja, a adoração ao Santíssimo Sacramento, a meditação e a oração do Santo Rosário, do Santo Terço, orações meditativas, né? De contemplação, de adoração, ajudam muito, ajudam muito, porque vão redirecionando o intelecto à vontade, vão reordenando e vão apaziguando um pouco, né? Então, assim, não pode ficar escravo só de uma vida ativa, né?
Tem que também ter momentos onde você para, silencie, medite, nem que sejam coisas simples, né? Mas aquilo: adorar o Santíssimo, ficar ali em silêncio, adorando. Ah, Senhor, o que eu faço?
Já tá fazendo. Se dobrou o joelho, tá adorando, contemplando. É isso, é isso.
Não precisa falar mais nada, né? Deixa que Deus faça o restante. A meditação do terço, mesma coisa, os mistérios, Santo Rosário, a meditação das Sagradas Escrituras, a Lectio Divina, né?
Então, essas coisas ajudam muito a reordenar o interior. E, por conseguinte, aos poucos, o imaginário, a memória. Uhum, né?
A imaginação e a memória que constituem o imaginário. Interessante. Mas assim, o senhor falou da meditação, né?
Só que creio eu que a maioria das pessoas hoje não sabe o que seria meditar. Será que você poderia passar alguns conselhos mais práticos sobre material, como fazer, etc. , para as pessoas criarem essa prática também?
Sim, teve um saudoso bispo chamado Terra, né? Já faleceu. Foi um dos maiores biblistas que nós tivemos no Brasil.
Se eu não me engano, ele tem um livro sobre a Lectio Divina. É da editora, acho que Ave Maria, uma coisa assim, ou Santuário, uma das duas, mas acho que é Ave Maria. Ele explica o que é essa leitura orante e ali ele entra na discussão da meditação.
Então, quando a gente pensa em meditação, ou seja, que é diferente de uma mera reflexão, numa reflexão você está usando a sua razão, onde você relaciona uma ideia com a outra, um problema com o outro, né? E vai analisando racionalmente apenas aquilo e pronto, uhum, né? Então, o processo reflexivo é muito no sentido lógico, racional, de articulação, que não tem nada de errado.
É valoroso também você refletir sobre um assunto racionalmente, né? Na meditação, evidentemente que a nossa razão também vai estar presente. Eu vou usar a minha inteligência, a minha razão, só que eu vou pensar não no sentido só de ficar relacionando, articulando e vendo no aspecto lógico-racional, né, e quais são as implicações.
Eu vou meditar no processo de interiorização. Ou seja, eu paro, né? E é lógico que uma meditação geralmente é muito focada na Escritura, por exemplo, ou no Rosário.
No caso do Rosário, entram os mistérios, né? Gozosos, enfim, dolorosos, né? Gloriosos, onde cada mistério tem alguma relação com a vida de Jesus.
Uhum. Então, meditar quer. .
. Dizer parar e pensar um pouquinho naquilo, trazendo pra sua vida, relacionando à sua vida e fazendo um momento de silêncio e de interiorização. Ou seja, não é uma ação só do meu pensamento, da minha razão, mas, ao mesmo tempo, permitindo que o Espírito Santo, de alguma forma, me ilumine naquele momento e diga algo para mim no sentido pessoal.
Isso é muito importante porque, na meditação, né? Eh, quando você, sei lá, põe o Anjo Gabriel, né? Não "chou" a Maria, etc.
Pode parecer, eu posso analisar isso apenas do ponto de vista racional: o Anjo, Maria, ela aceitou. Tá, mas eu posso, num processo de meditação e oração, então eu posso pedir muito a Deus, no sentido, "me ajuda a mergulhar nesse mistério". É mistério.
Se é mistério, quer dizer que vai ter dimensões ali que nunca vão se esgotar. Então, eu posso, naquele momento, por exemplo, da visitação, né? Do anúncio do anjo, Deus pode me ajudar, por exemplo, a tocar a minha alma, meu coração no sentido de que o Anjo anunciou a Maria, Maria ouviu, Maria acolheu.
E, de repente, Deus pode tocar na minha alma no sentido de dizer: "Você está me acolhendo? Eu estou acolhendo Deus na minha vida". Como que está minha relação com aquilo que Deus me fala?
Eu estou numa Santa Missa, por exemplo, a liturgia da palavra é Deus falando. Estou prestando atenção naquela meditação, naquela leitura, eu estou procurando vivê-la. Eu tenho uma alma realmente receptiva.
Então, veja que, em um mistério, eu me abrindo num processo de meditação, pensando, mas com a ajuda da Graça, com essa abertura, pedindo para Deus, Deus pode, de repente, me ajudar a ver aspectos daquele mistério ligado à minha vida. E aquilo mudar, né? Aquilo me ajudar a dar um passo, né?
A me ajudar a entender a viver determinadas coisas que eu estou passando ali. E, é lógico, com o Pai Nosso, Ave Maria, enfim, vou vivendo essa dimensão oracional, sempre pedindo a graça de Deus à luz do Espírito Santo. Então, isso, num terço, meditação da Escritura é a mesma coisa.
Evangelho do dia, vou meditar aquele evangelho, mas veja, não é apenas uma atitude intelectiva, racional, de refletir; vou analisar, calcular. Não, não é só isso. É meditar.
Sempre pressupõe o silêncio, a interiorização, o pausar. Né? O que Deus está me dizendo aqui, né?
O pedir essa luz do Espírito Santo, né? Então, o meditar, repito, é lógico que tem relação com a inteligência, com a razão, mas o meditar pressupõe um ato de fé, uma abertura da Graça, o mover do Espírito Santo e não só uma atitude meramente racional de cálculo, de lógica, de método científico, sei lá o quê. É mais que isso.
Por isso, é uma abertura de alma, de silêncio. Por isso que tem que parar. Não tem como fazer meditação correndo, né?
Tem que ser uma coisa com calma. Uhum. Então, eu acho que isso é lógico que tem linhas, né?
, na questão de compreender como se dá essa meditação. Mas veja que a meditação transcende, ela vai além de uma mera compreensão racional de um texto, ou de uma ideia, ou de um conceito, de ver as implicações lógicas daquilo. Ela vai muito além.
Ou seja, é um falar com Deus, é um ouvir Deus, né? É um ter essa abertura e essa receptividade que me leva a buscar um sentido espiritual, um sentido transcendente, um sentido mais profundo, onde tem a participação da minha razão, mas que me ajuda a atingir uma inteligência, uma compreensão mais elevada. Porque há uma pressuposição também da fé, da graça naquele momento.
Muito bom, impressionante! Então, levando tudo isso em conta, dá para trabalhar, né? Não é rápido para purificar o imaginário, digamos.
É difícil porque você vai ter que mexer não só com a cabeça, né? Você vai ter que mexer com o seu comportamento, né? Uhum.
Com a sua vida. Ou seja, querendo ou não, a gente tem hábitos, né? Por isso que São Tomás dizia que os vícios são como se fossem uma segunda natureza, né?
Ou seja, estou tão acostumado com determinadas coisas que chega um momento que a gente começa a achar que não consegue viver sem aquilo. A pessoa começa realmente a achar que aquilo é natural. Não é natural.
Você adquiriu, só que você começa a achar que é. Então, da mesma forma que eu falo: "Putz, eu não consigo viver sem respirar", né? Aí você começa a achar que não consegue viver sem aquela música, sem aquele filme, sem não sei o quê, sem aquele lugar que vou.
Enfim, você não se vê sem aquilo, parece que aquilo grudou tanto em você como se fosse a sua natureza, mas no fundo é algo que você adquiriu depois, né? Então, tudo que envolve muita mudança de hábito, de pensamento e comportamento é difícil. E quanto mais quilometragem rodada, mais desafio.
Não tenha dúvida. Por isso que aquela história: uma coisa é uma criança com todas as suas dificuldades, mas uma coisa é uma criança com 2 anos, com cinco já é outra; com 10 já é outra; um jovem já é outra e por aí vai. Entendeu?
Imagina, então, alguém com 60, 70 anos. Então, é lógico que para Deus, ensinado, é impossível. Mas ou seja, Deus tudo pode.
Evidentemente que não contradiz a sua natureza, né? Então, por favor, para Deus nada é impossível, no sentido de que não contradiga a natureza dele, porque Deus nunca faria um triângulo quadrado, não dá. Aham.
Então, assim, mesmo compreendendo isso, você pode ver as conversões. Lógico que alguém com 80, 90 anos pode se converter no final da vida, mas é raro, mas difícil. É raro, então é muito comum você ver, pode ver que é.
Pode pegar a história de muita gente, né? A pessoa vem aí, lá pelos 18 e 19, do canto do Cisne Rebelde, resolve caminhar por aí, fazer a sua Odisseia, dos beijinhos no capeta etc. Voltando, depois, lá pelos 35, quentão vem a crise e começa a voltar.
É muito comum isso, é muito comum. Mas, ah, professor, mas eu também conheci gente de 50, 60. Existe, mas a maioria é nesse miolo, né?
Elas, nos 35, 40, com o negócio, né? Até 50. Passou de 60, 70, existe, existe, mas é mais complexo.
Entendi, muito bom, impressionante o conteúdo. Tá bom, então, vimos a importância de ter um purificar Imaginário, né? Purificar o Imaginário, educar bem as crianças também nesse aspecto.
Então, já compartilhe, deixe seu like. E, desde já, professor, agradeço muito sua presença. Viu?
Eu que agradeço, obrigado pelo convite. Quem quiser me acompanhar, eu estou no Instagram, só procurar por "Jo Gracioso". Tem meu canal no YouTube também, só procurar por "Geog Gracioso".
Tem meu site, né? www. joggracioso.
com. br. Tem o meu centro de estudo, que é o Studium, né?
Que é um centro de estudo filosófico e teológico, onde tem cursos lá, né, sobre Santo Agostinho, os padres da igreja e outros cursos que vão vir depois. São cursos gravados e, se Deus quiser, ano que vem eu pretendo ampliar um pouco isso com aulas mais ao vivo, né? Então, quem tiver interesse em me acompanhar no meu trabalho, só me procurar no Instagram, no YouTube, que eu tô por lá ou no site.
Enfim, perfeito, perfeito.