UMA HISTÓRIA DE ARREPIAR - "Caminhos da vida" - MARCO BRASIL - Poemas e versos

alô meu povo copia Papa xingo do Estação Boi de Ouro kra do Marco Brasil a todos os amigos irmãos caminhoneiros diretamente do Beto belano esse velho boiadeiro é mais ou menos assim 11 anos na estrada cumprindo a minha jornada com a carreta viajar e uma dessas viagens me batei um cansaço parei no posto para descansar geralta madrugada quando anjo me acordou me incumbindo de um Fred que São Cristóvão determinou você vai para o lambra carregar na Cidade das Flores Pode ficar sossegado que eu te aviso quando o caminhão estiver carregado é para o céu que

você vai viajar no mesmo instante me disse vá está tudo pronto e você não pode demorar não precisa nem de ajudante mas leva esse gravador eu sei que vai precisar quando eu cheguei no céu muita gente a me esperar foram gritando Olha o caminhão da morada vamos comot conversar todos queriam contar sua mágoa sua dor foi aí que eu entendi o porquê do gravador para trazer mensagem de paz a esse povo sonhador comecei formar uma fila para não tumultuar Toninho boiadeiro Renato Cordeiro Gilberto Preto tiveram que me ajudar uma jovem sorridente pediu deixa eu falar

primeiro Beto belano reconheci seu caminhão eu vi o letreiro meu pai trabalhou com o senhor sou filha do André Monteiro nisso um senhor com os olhos rasos d'água pediu para sua história contar outro gritou lá do fundo seja rápido que a fita do gravador pode acabar eu tinha um 113 de caçamba trabalhava na região de pirc Rio das Pedras e Mumbuca até que um dia eu fui assassinado na Rodovia do Açúcar um outro caminhoneiro me mostrou um sinal profundo nas mãos e nos pés viajava sempre sozinho Vejam só como é que é a até que

um dia eu carreguei em Tuneiras do Oeste no interior do Paraná uma carga de café com destino a São Paulo Cidade de Avaré roubo de carga quadrilha não deixa a pista leva a carga e na maioria das vezes a vida do motorista chega agora o moço alto de olho azul pelo sotaque notei que era do Sul quero contar o meu passado parei para trocar um pneu que havia furado inocente não percebi dois homens atrás de mim fortemente desarmados um falava no celular o outro me mantinha deitado nos olhos dos dois o ódio estava estampado É

verdade o no minto deu até para ouvir o estampido da 765 quando o gatilho foi acionado o outro me pediu grave aí a minha história pelo sotaque forte era um Caboco do Norte trazia uma rede no ombro e uma toalha no pescoço pedi silêncio Vamos ouvir esse moço meus amigos vejam como eu fazia o dia para mim era noite a noite para mim era dia carregava no nordeste chegava em São Paulo chinelando câmera fria viagem de 48 no meu 161 eu fazia em 38 mas foi na Rio Bahia na madrugada de um certo dia o

fim da minha história seu moço me chamaram de conterrâneo abracei os dois e senti vontade de chorar chorando deles me disse viajávamos contentes era tudo maravilha de repente uma batida de frente acabou tudo na Belém Brasília a notícia chegou de imediato o povo não quis acreditar a cidade de Borborema no interior de São Paulo ficou três dias parada esperando a gente chegar o povo ficou emocionado ao ver o que tinha sobrado do ninão e do dito Araçá na sequência chegou o moreno sorridente e parando na minha frente disse grave aí um recado meu Peço calma

aos motoristas os acidentes são constantes Eu também perdi a vida na Via dos Bandeirantes me lembro da velocidade que eu desenvolvia Afinal era uma BMW o carro que eu dirigia Diz pro meu amigo seguir em frente sua missão pois toda vez que ele canta aí eu acompanho daqui no refrão até um estúdio tem aqui para nós eu vou gravar com Tião Carreiro com o Pardinho não combina a voz Cristiano Araújo Parrerito Marília Mendonça Gabriel Diniz le João Carreiro Zé Rico alro e eles também cantam com a gente fazos uma mistura de voz em duetos diferente

fora da fila notei alegria como Quem brinca o menino dei um abraço forte er os tropeiros Paulo Miranda madrugada e João palestino vem chegando baixinho gesticulando é o moço que há muito tempo aqui no céu está cantando nesse momento eu disse eu te conheço ele dis eu acho que não pois quando eu vim para cá você ainda era um piazão aproveito a oportunidade de pedir um favor atual para que você realize um desejo meu sei que você é o caminho peça pro DJ Latino tocar a minha música nos odeios e no Programa do Ratinho aquele

sujeito é Batuta anda com o povo na linha agradece ele por nós e mande um abraço do gaúcho Teixeirinha nisso recebi um bilhete de um senhor educado que me dizia assim na sua próxima viagem traz uma foto de táis para mim lá tem uma rua que tem o mesmo nome meu nela plantei algumas árvores quero ver se já cresceu dei um abraço forte em Zé Fortuna o meu coração doeu a fita Estava acabando quando alguém vestindo um terno branco e de microfone na mão disse caubói da estrada Deixa eu te dar um abraço apertado reconheci

era Zé do Prato locutor apaixonado [Música] elic éco Brasil agora é meu veio nrar um rodeio no cé e lembrança me deu Zé do Prato tinha na mão tanto deação e falou assim comigo entre essas orações a família desses grandes amigos Asa Branca din Júlio César bara COC e para família do Juli [Música] do céu Beto Essa é especial entrega para o moço que contou um sonho e o mundo inteiro ouviu essa é para o Marco Brasil Marco Brasil do rodeio que você fez aqui o povo ainda sente saudades suas um anjo começa a falar

os seus versos o outro continua pedir até para eu te imitar não sei se vou saber não é o meu estilo não tenho nada ensaiado Vamos ouvir o que vai [Música] acontecer alô meu povo alô meu povo que está no céu a e foi assim com essa voz sumindo que acordei assustado Na Boleia do camião com o travesseiro molhado mas logo suso e a tristeza pela alegria foram trocados lembrei então daquelas mensagens e uma esperança surgiu tenho que contar para todo mundo na forma de um poema narrado por mim Marco Brasil aos amigos irmãos caminhoneiros

Deus abençoe vocês ai [Música]