Pare de tentar ser uma boa pessoa - Lições de Maquiavel

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Psicose
No vídeo Pare de tentar ser uma boa pessoa – Lições de Maquiavel você vai descobrir como a bondade t...
Video Transcript:
Você já se perguntou quantas vezes foi respeitado por ser bom? Já sentiu que quanto mais tenta agradar, menos é valorizado? E se a sua obsessão por ser uma boa pessoa for justamente o que está destruindo você?
Todos vem aquilo que parece ser. Poucos sentem o que és. Nicolau Maquiavel.
A verdade é simples, mas cruel. Você está cansado. Talvez nem saiba exatamente porquê.
Mas sente, sente como se carregasse um fardo invisível, uma obrigação constante de manter tudo em equilíbrio, agradar a todos, evitar conflitos, ser compreensivo. Desde cedo te ensinaram que ser bom era o caminho, que os bons vencem no final, que basta ser justo, honesto, humilde, e o mundo, em sua justiça intrínseca, reconhecerá isso. Mas e se tudo isso for uma mentira confortável?
Um script que te ensinaram para te manter obediente, previsível, manipulável. Quantas vezes você silenciou sua voz para preservar a paz? Quantas vezes engoliu o choro, a raiva, o orgulho só para não decepcionar ninguém?
Quantas vezes deixou alguém te humilhar e ainda sorriu dizendo: "Tá tudo bem? Essa bondade que tanto te disseram ser uma virtude talvez seja apenas uma coleira disfarçada. O mundo não recompensa os bons, o mundo recompensa os estratégicos.
E se você está aqui ouvindo isso, é porque já sentiu isso na pele. Já se frustrou sendo o cara legal, a pessoa compreensiva, o amigo que entende tudo e percebeu com uma dor silenciosa que quanto mais se doa, menos recebe. Quanto mais se dobra, mais exigem.
Quanto mais tenta ser aceito, menos é respeitado. É aqui que Maquiavel entra. Não como o demônio que a história pintou, mas como um dos primeiros homens a ter coragem de dizer a verdade nua e crua, a moralidade pura, desvinculada da realidade, é uma armadilha.
Ser visto como bom não é o mesmo que ser eficaz, e viver tentando agradar a todos é se tornar refém da própria gentileza. Esse vídeo é um convite à ruptura. Vamos atravessar juntos o véu da mentira moralista.
Vamos expor o desconforto, a verdade sombria e necessária por trás da obsessão em ser bom. Você não precisa se tornar cruel, mas precisa acordar, porque enquanto tentar agradar a todos, será escravo da imagem que construíram para você. E se você já está cansado de ser usado, ignorado, descartado, talvez esteja na hora de aprender com Maquiavel o que nunca te ensinaram, como deixar de ser bonzinho e começar a ser respeitado.
Você está pronto? Então venha, porque a transformação começa [Música] agora. Você cresceu ouvindo que o certo era ser uma boa pessoa, que gentileza gera gentileza, que basta ser honesto, justo, paciente, e o universo conspirará a seu favor.
Mas e se eu te dissesse que essa ideia é uma armadilha cuidadosamente disfarçada? que a bondade sem estratégia é só uma isca em um mundo que opera por interesse, por domínio, por utilidade. A verdade é que ser bom, no senso comum virou sinônimo de apagamento.
Ser bom se tornou não se impor, não dizer não, não causar desconforto. Ser bom virou calar a própria dor para não incomodar. E o mais perverso, quanto mais você tenta ser bom, mais se distancia de quem você realmente é.
Ser bom da forma que te ensinaram significa esquecer de si mesmo para caber nas expectativas dos outros. É ser um ator num palco social, recitando falas que nem você acredita mais. E a plateia aplaude, mas não por admiração.
Aplaude porque é conveniente. Porque enquanto você continuar sendo previsível, acessível, dócil, você é inofensivo. E aquilo que não ameaça também não é respeitado.
Maquiavel, em sua clareza brutal, dizia que o governante que deseja ser apenas bom acabará destruído por aqueles que não são. A bondade por si só não é virtude, é ingenuidade. E a ingenuidade neste mundo é um convite ao abuso.
Um homem que deseja agir sempre de maneira virtuosa está fadado a ruína entre tantos que não são virtuosos. Nicola Maquiavel, o príncipe, releia essa frase. Deixe ela ferir, se for preciso, porque esse corte pode ser o início da sua liberdade.
A verdade é que você foi educado para agradar, não para viver. Desde cedo te ensinaram que a sua aceitação dependia da sua obediência. Não grita.
Isso é feio. Engole o choro. Seja bonzinho.
E assim, pouco a pouco, você aprendeu que sentir era errado, que reagir era falta de educação, que impor limites era agressividade. Você aprendeu a se mutilar emocionalmente para ser aceito. Mas a pergunta que te faço agora é: aceito por quem?
Respeitado por quem? Valorizado por quem? Porque no final, mesmo fazendo tudo certo, você ainda se sente invisível, ainda precisa implorar por reconhecimento, ainda vive com a sensação de que está sempre em dívida, sempre em falta, sempre quase suficiente.
É aqui que começa o colapso. A bondade virou cárcere. Você está preso numa cela decorada com frases bonitas.
Você é tão gentil, tão compreensivo, sempre tão equilibrado. Mas por trás de cada elogio há uma cobrança não dita. Continue se anulando para que eu me sinta confortável.
E você continua mesmo quando dói, mesmo quando revolta, mesmo quando seu silêncio grita por dentro. A tragédia é que você confunde esse sofrimento com nobreza, acha que está fazendo certo, que está sendo íntegro, mas o mundo não vê sua intenção. O mundo reage à sua postura.
Você pode ter o coração mais puro e ainda assim ser pisoteado, porque pureza sem presença é só mais uma vítima no chão. A bondade sem força vira moeda de troca para os espertos, vira desculpa para exploradores, vira prato principal para os predadores emocionais que se alimentam da sua culpa, da sua hesitação, da sua vontade desesperada de ser aceito. E quanto mais você tenta mostrar que é confiável, mais vira ferramenta, não pessoa, ferramenta.
Você já percebeu isso? Já percebeu que quem impõe respeito não precisa explicar nada? Já notou que quem tem limites, mesmo que não seja querido, é ouvido?
Enquanto você, com toda sua gentileza, segue sendo interrompido, sobrecarregado, esquecido? Isso acontece porque o mundo não respeita os agradáveis, respeita os que impõem consequência. Maquiavel não era um defensor da crueldade, era um cirurgião da realidade.
Ele olhava o mundo e via o que ninguém queria ver. A moral quando cega é uma estratégia de dominação. E quem vive para parecer bom cedo ou tarde perde tudo até a si mesmo.
A boa pessoa que se recusa a encarar o jogo vira peça descartável. Você pode dar tudo, tempo, afeto, lealdade, mas no dia em que não for mais útil, será ignorado. E o mais cruel, sem culpa, sem ressentimento.
Afinal, você nunca exigiu mais do que isso. O mundo entende limites, não entende sacrifícios. Então, aqui vai a primeira verdade incômoda que precisa ser dita.
A sua bondade está te aprisionando, não porque seja errada, mas porque está sendo usada contra você. E enquanto você continuar se escondendo atrás da imagem de boa pessoa, estará negando sua força, sua voz, sua [Música] dignidade. Você não nasceu querendo agradar todo mundo.
Essa fome por aceitação, essa urgência em evitar conflitos, esse medo de incomodar, foi aprendido, condicionado, imposto. Desde muito cedo você entendeu, talvez sem palavras, talvez só com olhares e castigos sutis, que ser você inteiro não era suficiente. Você aprendeu que o amor vinha com preço e que o preço era o seu silêncio.
Quando criança, bastava dizer não gostei ou isso me machucou para ouvir que era mimado, ingrato, exagerado. Bastava chorar na hora errada para ser repreendido. Bastava ser você, espontâneo, emotivo, honesto para ser moldado.
E você se moldou. Começou com gestos pequenos, um sorriso forçado aqui, um tudo bem, mentiroso ali. Logo virou um modo de vida.
Engolir sapos, ceder antes que peçam, fingir que não se importa. Tudo isso virou rotina, porque em algum ponto da sua história você aprendeu que sua sobrevivência emocional dependia de não ser rejeitado. O problema, essa adaptação virou submissão, virou um mecanismo automático de autoabandono.
Você se tornou mestre em perceber o que o outro quer ouvir, em sentir o clima, em medir as palavras, em se antecipar às decepções, só para evitar o desconforto de ser mal visto. Mas sabe o que é mais cruel? Você acha que isso é empatia, mas não é.
É medo. Medo de ser rejeitado, medo de ser julgado, medo de ser chamado de egoísta, difícil, insensível. Medo de ser quem você realmente é, com limites, desejos, raiva e voz.
E enquanto você vive esse medo disfarçado de gentileza, o mundo te lê exatamente pelo que você mostra. Fraqueza. Maquiavel sabia disso.
Ele não falava sobre psicologia nos moldes modernos, mas entendia como ninguém a alma humana. Sabia que as pessoas respeitam aquilo que impõe consequência. Sabia que quem nunca ameaça, nunca confronta, nunca impõe, nunca é levado a sério.
E isso se aplicas a você. Você pode ser gentil, mas se nunca se posiciona, será tratado como ferramenta, não como presença. Você pode ser generoso, mas se nunca diz basta, será drenado até o esgotamento.
E o pior, ninguém vai se sentir culpado por isso, porque o mundo não mede bondade, mede utilidade. E se sua bondade é sempre oferecida, sem critério, sem reciprocidade, sem pausa, ela deixa de ser virtude, vira recurso. Você já percebeu como os bonzinhos estão sempre correndo atrás, sempre justificando, explicando, pedindo desculpa por existir, enquanto os que impõem limites, mesmo que menos simpáticos, são ouvidos, respeitados, lembrados?
Isso não é coincidência, é estrutura psíquica, é hierarquia de poder emocional. O submisso vive com medo de ser abandonado. O assertivo vive com clareza de quem pode ficar e quem pode ir.
O submisso se esconde atrás de máscaras de empatia. O assertivo mostra o rosto mesmo quando é desconfortável. O submisso espera que sua bondade fale por si.
O assertivo sabe que sem presença não há respeito. E aqui entra uma das maiores confusões emocionais da nossa geração. A ideia de que ser legal é o mesmo que ser bom.
Não é. Ser legal é ser agradável. Ser bom é ser justo.
Ser legal é evitar conflito. Ser bom é enfrentar o necessário. Ser legal é sorrir por fora enquanto sangra por dentro.
Ser bom é dizer: "Isso me fere e eu não aceito mais". A psicologia do submisso é, na verdade, a psicologia do medo. Medo de romper vínculos frágeis, medo de não ser amado, medo de perder um espaço que só existe porque você aceitou viver curvado.
Mas aqui vai uma verdade crua. Aquele que vive com medo de ser abandonado já está abandonando a si mesmo todos os dias. E se você continuar vivendo assim, com medo de desagradar, medo de ser mal interpretado, medo de ser você, vai acabar vazio.
Vai se olhar no espelho e não vai mais saber quem é. vai viver sendo o personagem preferido de todo mundo, menos o seu, porque o preço da submissão é a autoextinção. Maquiavel diria: "Não se trata de ser amado, se trata de não ser ignorado.
E isso só acontece quando você tem coragem de se impor, de dizer não, de representar consequência. É claro que ser cruel não é a solução, mas ser inofensivo também não é. Existe um caminho no meio, mas ele só é acessível quando você entende que ser submisso não é ser bom, é ser condicionado, é ser treinado para agradar, é ser mantido num estado perpétuo de medo e dependência emocional.
E você merece sair disso. Mas para isso, precisa encarar uma pergunta brutal. Sua bondade está nascendo do amor ou do medo?
Porque se for do medo, ela não é bondade, é armadura, é escudo, é prisão. E você não foi feito para viver preso, foi feito para se tornar inteiro. Você passou a vida acreditando que seria reconhecido pela sua essência, que bastaria ser sincero, justo, humilde, e as pessoas veriam sua verdade.
Mas Maquiavel, há mais de 500 anos escreveu uma sentença que atravessa como um punhal qualquer idealismo ingênuo. Todos vem o que parece ser, poucos sentem o que realmente és. Nicolau Maquiavel, o príncipe.
Essa frase é um golpe e também uma revelação. Ela nos mostra que o mundo não responde à sua verdade interior. O mundo responde à sua imagem, ao que você representa, ao impacto que você causa, ao medo ou ao respeito que você desperta.
É cruel, com certeza, mas é real. E enquanto você viver esperando que percebam sua boa intenção, continuará sendo ignorado por aqueles que sabem jogar. Porque a vida, queira você ou não, é um jogo de percepção.
E Maquiavel não escreveu para criar monstros, escreveu para ensinar sobrevivência. Ele sabia que em um mundo povoado por lobos, ser apenas cordeiro é pedir para ser devorado. Mas há uma saída e ela começa com um novo tipo de virtude.
Não aquela virtude pregada pelos moralistas, que exige pureza, passividade e submissão, mas a virtuma maquiavélica, uma mistura de coragem, inteligência estratégica, frieza emocional e presença firme. Aavel dizia que o príncipe, aquele que quer governar sua vida e não ser governado por ela, deve ser como dois animais, a raposa e o leão. O príncipe deve saber usar bem a natureza da raposa e a do leão, ser raposa para reconhecer as armadilhas e leão para amedrontar os lobos.
Essa metáfora é uma das mais brutais e mais libertadoras já escritas. A raposa é astuta. Observa, lê o ambiente, percebe intenções escondidas, sabe quando calar e quando se mover.
Ela não confia cegamente. Ela vê através das máscaras. Já o leão impõe respeito.
Ele não se explica, ele não se desculpa. Sua presença é suficiente para dizer comigo não. Ele não precisa ser cruel.
Ele precisa ser inevitável. E aqui está a chave. Você precisa ser ambos.
Precisa ver os jogos emocionais antes que te engulam. E precisa ser forte o suficiente para fazer os outros pensarem duas vezes antes de testarem seus limites. Porque por mais que doa, é isso que o mundo respeita.
Presença, fronteira, consequência. Você não precisa deixar de ser sensível, generoso, compassivo, mas precisa entender que essas qualidades, sem um contorno, sem estrutura, sem limite, se tornam armadilhas. A mesma compaixão que cura também pode te destruir, se for dada a quem só quer te usar.
Por isso, Maquiavel nos convida a parar de pedir aprovação e começar a construir autoridade interna. Não a autoridade que grita, que domina, que impõe medo pela força bruta, mas a que impõe respeito pelo silêncio firme, pela clareza do não, pela coragem de ser quem se é, sem se ajoelhar por aceitação. E aqui está a virada de chave.
Você não precisa se tornar um tirano. Você precisa deixar de ser um fantasma. O mundo trata bem quem tem poder.
E esse poder começa na sua capacidade de dizer basta, de parar de se justificar, de entender que nem todo mundo merece explicações e muito menos o seu melhor. Você não precisa gritar para ser ouvido. Você só precisa parar de pedir permissão para existir.
A imagem que você projeta tem peso. E se você se apresenta como alguém sempre acessível, sempre bonzinho, sempre disposto, você será tratado como recurso. E um recurso pode ser descartado a qualquer momento.
Mas quando você se apresenta com presença, com olhar firme, com voz clara, com postura inegociável, você começa a mudar a forma como o mundo te enxerga. E mais importante, começa tu a mudar a forma como você se enxerga. Porque o maior poder que Maquiavel ensina não é dominar os outros, é deixar de ser dominado pelo medo de desagradar.
Você pode sim ser amado, mas ser temido no sentido de ser levado a sério, de representar uma força, é muitas vezes o caminho mais seguro para ser respeitado. E o respeito é a base de qualquer relação verdadeira. Sem ele, tudo é teatro.
Então, olhe para si agora. Você tem sido uma raposa? Ou vive caindo em armadilhas emocionais?
Você tem sido um leão? Ou vive rugindo para dentro enquanto por fora sorri? A imagem que você passa está alinhada com o valor que você carrega?
Ou você se mostra pequeno esperando que o mundo perceba sua grandeza escondida? O príncipe, que nesse contexto é você, sim, você mesmo, precisa acordar, precisa tirar o manto da inocência e vestir a armadura da clareza. Precisa aprender que ser estrategista não é trair sua essência, é proteger sua verdade e mais, é se dar o direito de escolher a quem você entrega o seu melhor, porque o seu melhor não é obrigação, é presente.
E presente só deve ser dado a quem honra e não a quem consome. Chegou a hora da pergunta que você evitou a vida inteira. Você quer ser amado ou quer ser livre?
Parece cruel, né? quase desumano, mas é a escolha que Maquiavel em silêncio te obriga a fazer. Porque a busca por ser amado, quando baseada em medo, em necessidade, em dependência emocional é a mais sutil das prisões.
E pior, é uma prisão em que você mesmo tranca a porta. Você não precisa de grades quando tem a necessidade de aprovação. Não precisa de algemas quando tem medo de desagradar.
Não precisa de censura externa quando vive se sabotando internamente para caber na expectativa dos outros. A verdade que ninguém quer encarar é essa. A obsessão por ser visto como bom, legal, agradável, não nasce da virtude, nasce da vergonha de ser quem se é.
E essa vergonha é sorrateira. Ela se disfarça de humildade, se veste de gentileza, se mascara de empatia, mas no fundo é só a sua crença secreta de que você não é suficiente do jeito que é. Por isso, você se molda, se recalibra, se adapta a cada ambiente, a cada pessoa.
Diz sim quando quer dizer não. Perdoa rápido demais. Sorri quando tudo dentro de você quer gritar.
E aí, quando se dá conta, passou a vida tentando manter uma imagem que nem é sua. Você virou o que os outros precisavam que você fosse e esqueceu quem você era antes disso. O homem que vive apenas para ser amado será sempre escravo do olhar alheio.
Aquele que deseja ser livre deve estar disposto a ser incompreendido. Essa frase não é de Maquiavel, mas poderia ser, porque o que ele nos ensina é que a liberdade começa quando você para de se importar com o que os outros esperam de você e começa a viver de acordo com o que você exige de si mesmo. Mas não se engane.
Esse caminho não é doce, é árido, solitário. Muitas pessoas vão se afastar, vão dizer que você mudou, que ficou frio, que está estranho. E você vai se perguntar: será que eu estou sendo cruel?
Não, você está finalmente sendo honesto. E honestidade, depois de anos de autoengano, assusta, incomoda, porque quebra o pacto invisível que você tinha com o mundo. Eu me sacrifico e em troca vocês me amam.
Mas a moeda que te pagaram foi falsificada. Não era amor, era conveniência. E quando você decide sair do papel do bonzinho, do que compreende tudo, do que aceita tudo, você quebra esse pacto e começa a descrever um novo contrato consigo mesmo.
Eu serei leal à minha verdade, mesmo que isso me custe a aceitação de quem só sabia me amar quando eu me calava. A verdadeira liberdade exige que você abra a mão do personagem, exige que você tolere o desconforto de não agradar todo mundo, exige que você sustente o olhar de quem desaprova. sem baixar os olhos, porque o amor que vale a pena não exige a sua anulação.
E o respeito que te fortalece não nasce da submissão. Ele nasce da coerência, da coragem de ser inteiro, da ousadia de se bastar. E aqui vai a parte mais brutal de todas.
Ninguém vai te libertar. Não haverá um aplauso, não haverá um diploma, não haverá uma linha de chegada com fogos de artifício dizendo: "Parabéns, agora você está livre. Você terá que se libertar sozinho no silêncio, no desconforto, na raiva contida que você transformará em clareza, na dor antiga que você usará como alicerce.
E quando isso acontecer, algo muda para sempre. Você não implora mais por carinho. Você não suplica por reconhecimento.
Você escolhe. Você decide para quem abrir as portas e para quem mantê-las fechadas. Isso é ser príncipe de si mesmo.
É deixar de ser súdito da opinião alheia. É abandonar o trono falso do bonzinho amado e assumir o reino da sua verdade. Sim, você pode continuar sendo uma boa pessoa, mas não uma pessoa boa a custa da sua alma.
Não uma boa pessoa que aceita tudo calado. Não alguém que se anula em nome de uma bondade que só serve aos outros. Porque se for assim, então você não é bom.
Você é domesticado e ninguém nasceu para isso. Então eu te pergunto agora, direto, sem rodeios, você quer ser amado ou quer ser livre? A resposta não está na sua cabeça, está nas suas escolhas e no que você vai fazer a partir daqui.
Você passou por quatro camadas, desconstruiu a ideia de bondade, reconheceu as raízes do seu comportamento submisso, descobriu a potência estratégica escondida nas ideias de Maquiavel. E por fim se deparou com a escolha mais difícil da vida adulta. Agradar o mundo ou finalmente ser fiel a si mesmo?
A resposta talvez ainda esteja ecoando dentro de você. E tudo bem, transformações reais não vem com fanfarra, elas vêm com silêncio, dor e às vezes um pouco de raiva. Mas é nesse desconforto que nascem as mudanças mais verdadeiras.
O mundo respeita quem respeita a si mesmo. O resto é só teatro e você merece sair do palco e assumir o roteiro. Se você chegou até aqui, provavelmente alguma coisa dentro de você já não se encaixa mais na antiga fantasia do ser bom a qualquer custo.
E essa fissura, essa rachadura na sua persona social é o começo da sua libertação. Eu lembro da primeira vez que percebi que minha bondade estava me destruindo. Foi numa conversa com um amigo que eu admirava.
Alguém que, sem saber, me dizia sempre a mesma coisa com os olhos. Você é gentil demais para esse mundo. Na época achei que era elogio.
Hoje eu vejo que era aviso. Eu aceitava tudo, me doava, me calava, me adaptava. Mas um dia, depois de mais uma situação em que me vi sendo ignorado, senti uma raiva que me queimou por dentro.
Raiva dos outros, talvez, mas principalmente raiva de mim. Naquela noite, escrevi uma frase num papel e deixei colada no espelho. Ser bom não é se apagar.
Ser bom é ter coragem de existir inteiro. Demorei anos para entender o peso disso. E talvez você esteja nesse mesmo processo agora.
E se estiver, só quero te dizer, eu vejo você. Esse canal, esses vídeos, esses roteiros não são sobre dar lições, são sobre acender velas em corredores escuros, onde muitos caminham sozinhos. E se uma dessas velas iluminou algo dentro de você hoje, já valeu.
Se você ainda não se inscreveu no canal, tudo bem. Continue sendo legal, continue deixando a vida te atropelar. O algoritmo adora quem vive para agradar.
Agora, se você está pronto para parar de ser a versão domada de si mesmo, clica em curtir, comenta lá embaixo a última vez que você disse não, sem culpa e se inscreve. Não porque eu pedi, mas porque a partir de agora você só faz o que escolhe fazer. Ah, e os vídeos que estão aparecendo aqui na tela, um deles vai te irritar, o outro vai te libertar.
Mas eu não vou dizer qual é qual. Você vai ter que descobrir sozinho, como toda transformação que realmente importa. Nos vemos do outro lado.
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