A Arte Urbana - Filme completo - Português sub

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A ARTE URBANA
O graffiti é uma forma de arte? O grafiteiro é um artista? Podemos chamar de graffiti a arte que ac...
Video Transcript:
Daqui a pouco você vai conhecer outros grupos sociais de natureza bem diferente. Eles não estão atrás de dinheiro, mas são movidos pela simples vontade de romper com as mais elementares normas de convívio da sociedade. O país deu um importante passo no combate à pichação. Ao aprovar o projeto de lei 706/2007, sancionado pela presidência da República e transformado em lei, determinando a inscrição das expressões. Pixação é crime e proibida a venda para menores de 18 anos. Você já teve seu muro ou porta pichadas? As obras deles estão espalhadas nos muros e paredes da cidade. Inscrições na
maior parte das vezes incompreensíveis. [Música] [Aplausos] atleta programa vocês não sabem do lixos lixos lixos ocidental. [Música] Informações do comandante. Daqui a pouco você vai sociais de natureza bem diferente. Eles não estão atrás de dinheiro, mas estão movidos pelas vontades de romper com as mais elementares normas da sociedade. Você vai ver quem são, o que pensam e como agem os militantes destes estranhos grupos sociais. [Música] [Aplausos] Tem vesos que a própria parede chama a gente, né? Próprio espaço, ele pede para uma intervenção, né? Quando você começa a ter esse tipo de olhar pra rua, começa
a ficar mais interessante, né, a conversa, né? Mas você tem que dar uma testada antes de sair primeiro, senão você chega lá, não abre. Tipo isso aqui, você chega lá e aí não abre. Aí você tá no meio da rua, putar movimento. Isso aqui não abre. Aí tem uma manha. É isso que eu tô fazendo. Isso aqui é bem coisa de puxadura e grafiteira. Você vai pega a tinta, né, já deixa ela pronta já, né? Tá misturada aqui a água com latex, né? Só que ela cola toda vez ela ela seca, né, de um dia
pro outro isso aqui, né? E não há medo de abrir, cara. Você não abre nem [ __ ] Deixa eu tentar aqui. Aí você tem que passar um um fogo aí, sabe? Aí bota o fogo aí, abre. Mas eu vou levar só um pouco. Tenho bastante preto aqui, branco. Esse cara aqui, Anunque, é esse cara aqui. Esse trabalho cham de entusiasmo anunak. O entusiasmo significa o Deus dentro de você. Só você que levanta parada todo dia e vai à luta, cara. Que é isso que eu acho que é o verdadeiro Deus, é você acreditar em
você. Você tem motivação e entusiasmo pra vida. [Música] [Aplausos] [Música] [Aplausos] [Música] fazer aqui, ó. Você vê o Skyline foi dar vez do outro lado. Pegar escadinha legal fazer aqui, ó. Faz para cá. A energia que leva para mim o grafite, a palavra grafite que vem para do escrito de escrever, simplesmente riscar, né, do latim lá, do italiano lá, para mim vem com essa conotação que eu uso, que eu levo, que do protesto dos anos 60, 60, 70, tal, aquilo que ficou conhecido como grafite, né, um movimento mais de caráter mais internacional, na verdade no
Brasil ele tem, né, o os seus lastros, a sua pré-história, se a a gente puder chamar assim, que na verdade tem a ver com uma questão política mesmo, né? Eu vem de uma geração dos anos 70 que você tem uma lata de colorjet em casa, você podia até ser preso, é como ter uma cartilha comunista em casa, porque a gente usava o Coloret fazer finchação, abaixo a ditadura, né? Viva a liberdade de expressão, fora fulano de tal, frases políticas e de libertação, porque o povo brasileiro tava sendo reprimido por uma ditadura militar. [Música] Isso já
pode ser considerado como uma arte urbana, como um grafite, como um início do grafite, um fator prédeterminante para que o grafite viesse a existir. Depois disso, vieram intervenções urbanas e ações de performance e happenings, feitos por artistas que vieram de uma escola conceitual, influenciados pelo dadaísmo e por outros movimentos contraculturais do mundo, o movimento Bach, os RIPs, e vieram fazer várias ações, principalmente em São Paulo e no Rio, que eram ações performáticas, ações de happenings e ações de intervencionismo urbano. [Música] A gente sabia que ao colocar um saco de lixo na cabeça do de um
herói nacional, a gente não só tava criando uma espé metáfora sobre a tortura ou sobre o clima político, mas que a gente estava produzindo um documento para aquilo que a gente já sabia que era arte, que era a arte do nosso tempo, especialmente porque os anos 70 são os anos anos que vão ser conhecidos pelos anos da arte independente. Eu sou da velha guarda, né? Isso aqui era grafite, né? E era feito assim a mão livre rapidamente. Meu grafite sempre foi político, né? Contra a ditadura. E essa campanha eu acabei com ela, né? Eu pensava
que o Brasil ia se democratizar, veio as diretas, já veio eleições livres, né? E agora você tem toda essa volta, né? Parece que é um feedback de 30 anos, né? Que volta para trás, se tá em nos anos 70. Então, tô retomando aí a minha velha campanha agora. Tô dando uma versão atualizada. Quando eu comecei a fazer as plásticas, né, a faculdade, você entra numa faculdade das plásticas de arte de educação, aí você vê, [ __ ] lito, gravura e metal, você começa a sacar as mídias, né? Fala pá pá, puxa, que bacana, né? São
várias possibilidades de você fazer arte. O grafite, a pintura é uma mídia, né? Só que o artista é o mesmo, né? Então é muito, pois é muito log. Agora se eu for fazer uma chilo, eu tô fazendo grafite em chilo. Se eu for fazer uma tatu, eu vou fazer grafite na pele. Se eu vou pintar um painel mural num prédio de 10 andares, eu tô fazendo um grafite num prédio. Grafite não f não é uma coisa que é limitada às artes plásticas ou visuais, né? Tem grafites de tudo quanto é procedência, né? Quando eu vou
pra rua e faço o que eu quero, sem ninguém ali do lado buzinando, enfim, eu faço o que eu tô afim, eu acho que isso é grafite, independente de eu fazer com pincel, com caneta, sabe? Eu acho que a base do grafite, lógico, é a letra lá, pô, vindo lá de Nova York, né? Essa linguagem do grafite que a gente conhece hoje, porque o homem sempre rabiscou parede, sempre se expressou na nas paredes, mas essa linguagem que a gente vê hoje em dia, realmente começou lá no metrô de Nova York, os caras lá pintando, botando
o nome da gang. in New York I started like this and this basically is like the opener for you to become aff because without here you can't go to that next level you know the 70s and the 80s because you needed a tag you know for you to come out and say I'm a graffiti ar this is graffiti you know this is what I learn this is But I got into before you get to this, you got to learn that because that tag is a style and every graffiti writer has his own style. Graffiti was
only somebody writing their name. And somebody saw that was like, "Oh, I'm going to do that. But I'm going to do a line around mine." And then somebody else said, "Oh, I saw that thing." They wrote and they did a line around. I'm going do the same thing, but I'm going [ __ ] dots in mind. So everybody that participated in this culture have brought something to elevate it. They added something to [Música] [Música] it. This is another neighborhood. Usually the whole Bronx used to look like that empty abandoned you know lot of graffiti on
it. So this probably rare what you see now. You don't see that anymore. So right here was the bronze. I lived in this building, you know, many years ago and all these buildings here used to be abandoned during graffiti. That's the time that I got involved with like Bio and Ner in the early 80s. You know, we met in um in in high school in James Mor High School and that's where we met. That's where we started doing graffiti I'm Bo. I'm one of the members of TAS Crew. This is NASA. We're here at our
office in the Bronx point. Uh basically Tas Crew is a group of muralist. We started here in New York City, I don't know, maybe 1980, you know, started on the subways and we've been painting now for about 31 years. Uh for the past 17 years, we've been doing it as a business. We do a lot of uh commercial work and we still do a lot of our, you know, personal paintings. We do a lot of collaborations with artists that come visit. Right now, we're going to show you a train, a replica of a New York
City train we have in our backyard. You know, whenever artists come visit, we let them come paint. And it's kind of like our little playground. Come hang out, try ideas back [Música] here. Growing up here in New York City, that's what you would see. You know, when you would take the subway as a kit, you would see it everywhere on the subways, inside, outside, you know, even in, you know, some in the neighborhood. And then, you know, as we got older, probably maybe about 14 years old, that's when we started. You know, we wanted to
to start painting on subways. We were always interested in art and pretty much that was the art that we would always see. So, for us, you know, the guys that were painting on the subways, those were the you know, the Picasso, the REM brands for us, you know, so we enjoyed watching that. So, you know, naturally that's what we started doing. My name is Da. I'm originally from the South Bronx, birthplace of hip hop. I started painting trains in New York about 1977. I got into it just like anyone else. I was wondering how people
wrote on trains and how they did it and when they did it. Had questions like anyone else. And it wasn't until I entered a high school, the high school of art and design that I started meeting people that went out painting trains and doing all that. In the 80s when we were painting subway trains, we did it for ourselves. We were just kids that wanted to go out and get our name up. The rest of New York City didn't even care what we were doing for us. We were doing it for other graffiti riders to
see what they were um you know to see what what they thought about each other. We did it like a [Música] competition. But you got to remember when we started painting subway trains. There were no faces to the names. Whatever you painted people didn't care. People in New York City there were no websites. There were no magazines. There was nothing. You you didn't know what another graffiti rider looked like unless you knew him personally. When we stopped painting trains and we started painting in the street, now there were faces. Now you saw who was doing
it. So for us it was strange because people come up to us and be like, "Hey, you guys are the ones that do that." And we like, "No, no, it's not [Música] [Música] me. Ausstieg! Links. Also dazu muss man sagen, dass ich ja 1989 angefangen habe zu sprühen. Das dadurch bin ich gehöre ich nicht zu den ersten Sprüher in Europa oder in Deutschland. So Graffiti ist im Grunde 82 83 nach Deutschland und und nach Europa gekommen. Also nach Frankreich, Holland, ähm Dänemark glaube ich auch und Deutschland in erster Linie. Oder das Taggen habe ich nie
großartig gemacht. kann nicht besonders gut hängen. Ähm das das war für mich nicht reizvoll und mir war es wichtig richtige Bilder zu entwickeln, auch die Hintergründe richtige Mirrors, so große Wandbilder. Na, also für 18 Jahre kann sich das echt noch sehen lassen. rühe ich etwas, dadurch male ich etwas sehr manchmal sehr intuitiv, sehr gefühlt und das beeinflusst mich natürlich auch als Menschen wieder. Es ist im Grunde ein ein Geben und [Música] nehmen. Graffiti was the only American born art form. I mean, if you look at history, everything came from somewhere else. European you know there
so many origins of all type of different art. Everything has birthplace. inser unitatay os arqueólogos estudam grafit foi daí que veio esse nome não do Nova York ou do spray esse nome começou a ser utilizado pelos pelos historiadores, pelos arqueólogos, porque já era um fenômeno que existia. As pessoas estudam isso porque isso faz parte daquela sociedade urbana onde ele tá estudando aquela aquela aquele povo, aquele a cultura daquele povo, as manifestações, as manifestações culturais daquele povo. É, é por isso que é importante pra história e paraa arqueologia. O cara vai lá em Pompeia, tem lá
um monte de coisa escrita na parede, normalmente escavada, às vezes também pintada, mas pintado não dura tanto. O escavado durou muito mais. Não é só mais pincel que existe, tá ligado? Existe o spray. Então foi foi uma evolução natural dos materiais, né? Spray é uma coisa dos pós-guerra, por isso que todo mundo acha que que foi que começou nos Estados Unidos. O que começou nos Estados Unidos foi o marketing de achar que começou lá. Mas é que o spray é uma uma coisa assim é mais rápida, né? Um material mais prático, né? Apertou tá saindo,
precisa misturar, pincelar. Graffiti is now being more accepted around the world. There can that are made specifically for the graffiti writer in mind. pressure, how thick these are things o spray é super importante, sim, porque ele dá mais visibilidade a sinais que antes não tinham. Os trabalhos mais elaborados esteticamente, visualmente, começam a ganhar um peso diferente, né? Então, o spray tem sim essa importância no desenvolvimento da do do da história do grafite. É que assim, né, o nome o nome grafite ele vem do grafitor escrever, né? E o grafiteiro ou o termo grafiteiro só existe
no Brasil, na América Latina, na verdade, no mundo inteiro é escritor de grafite, né? Eh, o graffite writer, né? Se você é um escritor, você fome, você picha, você rabisca. Isso virou uma cultura, essa cultura de rabiscar. As letras ganharam corpo, cores, proporções enormes, fundos. Começaram a aparecer desenhos e outras coisas, mas o grafite é a escrita, é a caligrafia. Aqui ao meu lado estão os anônimos invisíveis pichadores. Você já viu a cara de um pichador? Eu sou o Valdemar Zinler. E qual é a tua? Que que você faz? Eu picho muro aqui. Matuque Carlos
Matuque. A sociedade civil aceita bem o seu trabalho plástico de grafite? Sem dúvida alguma, uma grande aceitação. Todas as leis nos favorecem. Temos um apoio integral da sociedade, sabe? Você, Alex Valaburre, então os grafites estão por aí, a gente tem feito uns já 4, 5, 6 anos e os muros continuam pichados. Quer dizer que as pessoas estão curtindo e deixam, né? Cada vez que você vê um muro branco, qual é a sensação que você tem? É uma tentação. Já pelo tamanho, eu vejo assim, aqui daria para colocar isso, aquilo, acaba virando um atelier na rua,
né? [Música] Tomei contato com essa linguagem do grafite com ele, conhecendo ele. Valor aceitava muito oferecimentos de de de muro, né? Amigos que falavam: "Pô, pinta lá no muro da minha casa, pinta lá no fundo da minha casa, pinta". Nesses que a gente começou a ir muito com ele, todo mundo lembra porque f ele destampou aquela botinha pela cidade inteira, ficou uma uma coisa marcadinha mesmo, legal, né? O Valor foi o primeiro que eu conheça, pelo menos, a sistematizar em qualquer lugar e isso dava uma dimensão interessante pro pro grafite. É uma das dimensões do
grafite essa questão territorial, pô. De madrugada, sem sono, nada como sair com color, tudo assinando, né? Por exemplo, essa guerrinha com LFamur já é um pivô, né? É um pivô pra gente fazer alguma coisa durante a noite. A rua é daqueles que passam, o grafite é daqueles que passam. E esse celanto que provocava o maremoto, para mim é a coisa que melhor expressa toda a perplexidade da sociedade brasileira quando ela tava passando da ditadura braba do médice paraa distensão do gás até chegar a abertura do Figueiredo e até esse arremedo de democracia sarnei que nós
estamos vendo aí agora. E esse LFAMU numa só palavra dizia todo o absurdo da situação. É, evidentemente é uma palavra eh eh impossível de decodificar. Lerfamu em língua portuguesa não significa nada. Nós estamos no país do lerfam. Nós estamos saindo do lerfamu. Então eu sinto eh a experiência do grafite como uma experiência eh como é que eu vou dizer? de forças que vê do fundo das coisas, do fundo das pessoas e de repente adquirem aquela consistência de um grito. que o grafite ele está para um texto, assim como o grito está para voz, o grafite
ele é um belo. [Música] fazendo grafite. [Música] Graite toque dos originais fazendo grafite. A identidade nacional do grafite, assim, que hoje é reconhecida mundialmente, ela veio no meio dos anos 90, assim, 94, 93 por aí, que começou a ter essa busca por uma identidade nacional, assim, uma coisa mais brasileira do grafite, assim, mas isso tem muito a ver com a história do skate. Quando a minha geração começou, ela já começou absorvendo a cultura do skateboard, a cultura do hip hop. Seria a hipocrisia? Acho até hoje hipocrisia quando algum artista que faz grafite ou anda de
skate ou gosto de hip hop, cospe no prato que comeu. Não é porque essas culturas começaram nos Estados Unidos que elas são realmente culturas americanas. Desde o começo a gente foi batendo forte nessa tecla de buscar um estilo, um estilo próprio que tenha uma característica brasileira de preferência. E aí isso tomou uma força muito grande a ponto de fazer um barulho lá fora, dos caras chegarem e falar: "Pô, o que que tá acontecendo lá no Brasil? bottom characters. This is what they do every day. This is what they paint. You know, these guys started painting
like this when they went to Brazil. They really have fun with it. I think it was like one of the best art. I like Brazilian art. I think that's one of the best thing I learned when I was in Brazil that it was way different from New York to City. [Música] coming here a lot because I feel that here in Brazil the riders here embraced a lot of the original spirit that was took place in New York in the early 70s and even though the information didn't wasn't as readily available here in Brazil somehow the
people seemed to kind of um have a connection what was going on back then and I really feel a similar kind of spirit here that existed in New York [Música] [Música] Ok. A lot of the riders here seem to have a lot more freedom and experimenting style and what they do. I see New York influence [Música] inu e a gente sentiu assim essa força de saber que a gente estava no nosso caminho quando a gente começou a viajar e levar nosso trabalho fora daqui, que as pessoas assustavam-se. Da onde que vocês vieram assim, né, com
esse trabalho? Porque a gente nunca viu isso aqui. É, vocês vieram de que lugar? Que linguagem de grafite é essa? E a gente ouvindo isso, a gente viu quem tava no caminho certo, porque não tava fazendo o que os caras fazem lá fora. A gente não sabia que ia fazer grafite. A gente morava aqui no bairro e via o pessoal sair e pixar o nome na parede, né? Pô, isso é legal, vamos fazer também. A coisa de moleque, né? A gente começou a colocar o que a gente sabia dentro do grafite. Tanto que na época
a gente começou com rolo também assim, não tinha essa coisa de spray. A gente usava rolo e pincel desde a primeira geração de grafite, que já tinha isso também muito na época do dos anos 80, né? Tupi não dá, John Howd, essa galera que que fazia o grafite com latex também, com rolo, pintava orelhão de rolinho, pintava asfalto de ponta a ponta, tudo no rolinho. Acho que isso era uma linguagem nossa assim. Als damals Osemios und V das erste Mal nach Europa kam und hier ihre kleinen Minirollen ausgepackt haben und mit der mit der mit
der Wandfarbe erstmal alles gerollt haben, gemalt haben und dann hinterher nur die Outline gesprüht haben. Das war völlig neu für uns. Da haben wir ja gar keine Notwendigkeit darin gesehen. Warum soll man erstmal alles rollen? Man kann es auch gleich sprühen, aber es war eben auch vielleicht aus einer Notwendigkeit daraus, man konnte sich das man konnte sich nicht so viele Sprühdosen leisten oder der Untergrund war so beschaffen, dass man erstmal ordentlich grundieren musste, weil das vielleicht verfallene Wände waren und und dadurch entsteht plötzlich ein Stil ähm der hier äh auch äh natürlich die die Sprüher
ähm den den die Sprüher spannend fanden und plötzlich fing auch alle an mit kleinen Rollern rumzure, also wo die Brasil wo der brasilianische im Grunde auch Deutschland oder Europa wieder ein Stück weit beeinflusst hat, also ganz stark, also und da sind natürlich die Game ganz wichtig. Isso que é legal do Brasil, você pode usar qualquer coisa para fazer grafite. Você não tem que usar, sei lá, determinado bico de spray, determinada lata de spray. Você pode usar aquilo que você tem. Se tiver calç, você vai usar calça, se tiver um spray vencido, você vai usar. เฮ
[Música] [Música] La escena de Brasil fue como ejemplo a seguir fueron los primeros que llamaron la atención los primeros artistas de calle que se dieron a conocer por todos lados obra monumental Brasil [Música] ero no início a gente não tinha nada, nada vezes nada. Na época eu era menor, né? Não tinha um apoio dos meus pais para para est pintando na rua. Era proibido a venda de spray. Só tinha uma marca, né, que era colorin, que era spray automotivo, enfim, não tinha traço fino, não tinha traço grosso, a gente tinha que inventar tudo. Então, quando
começaram chegar esses materiais novos, o grafite teve um salto evolucional assim absurdo. Um grande problema naquela época, cara, não tinha internet. Eu não tinha internet, não sei se já existia essa [ __ ] A coisa toda era era informação, tá ligado? Vontade de fazer. Tinha, mas não tinha material, referência, né? Hoje em dia a gente usa a tinta aqui que o cara usa na Europa, usa no Japão, enfim, é a mesma tinta. A coisa globalizou realmente, né? No sentido literal da palavra, assim, a gente tem acesso a material de ponta. [Música] the in Brazil the
AR you know the painter or anybody just doing a good job that's really up there making me do [Música] Não tem como um cara dizer que é um grafiteiro se ele nunca teve o nome dele rabiscado em lugar nenhum. Na hora que um outro grafiteiro encontrar com ele, vai dar o caderninho. O cara não sabe, ele vai fazer um desenho, ele não sabe que serve aquele caderninho, ele não sabe que é uma coisa para deixar uma uma presença pro outro grafiteiro. Ele não sabe. É uma cultura, não é só a pintura. A pintura é uma
parte dela. Aí vem os stickers, os rabiscos na cidade, vem essa coisa dos canetões. Então isso é grafite, né? Quando os caras pulavam as grades para pintar os trens, isso é grafite. O que é chamado de pijação, que também é grafite, é muito mais interessante do ponto de vista da relação com a cidade. É muito mais interessante. É transgressivo para caramba. Não fica com essa frescurada toda de achar que tá fazendo um presente. Tá fazendo um presente não, tá em confronto mesmo. Confronto. Você tem que botar a cara. Você bota a cara para bater mesmo.
Você vai lá, você vai, você está sempre invadindo, né? [Música] Acabou aqui. Deixe molegado. Porque a pistação ela foi feita para ser ilegal. O barato dela é ser ilegal. Se você não tomar as porradas da polícia não correr de uns tiros. Não tem graça escrever seu nome na parede. Eu picha, eu gostava de pichar, subir muro e escrever meu nome. E um determinado ponto da minha vida, eu vi que com spray eu podia fazer mais coisas do que só escrever meu nome. Eu podia usar as paradas que eu fazia nas telas, só que nos muros,
e comunicar mais pessoas dessa forma. A maioria das pessoas já picharam, porque pichar mim é um simples fato de você escrever seu nome na carteira ali, moleque pequeno. Eu fazia muitos grafites com umas letra americana, mas quando eu saía com os meus amigos que eram da pistação, tipo, eu falava: "Pô, vamos fazer umas letras, pô, mas eu não sei fazer essas letras, não. V fazer as letras de picha mais larga com cor dentro e contorno. Eles curtiam e tal assim, mas eles queriam mesmo vandalizar. Fal, não, o negócio é preto fosco mesmo, saca? Tipo, fazer
um negócio para ficar [Música] feio. Nunca vou falar mal da pichação, mano. Eu acho que o pichador ele é tão artista quanto um grafiteiro, tá ligado? Desde o momento que você vai para algum lugar e você expõe com traços e a pessoa passa ali, sentir uma emoção naquilo que você fez, nem que seja raiva, velho. Você já se tornou um artista, você já tá passando emoção para alguém de alguma forma. Quando os gringos vem, começa a valorizar a pichação, meio que essa galera começa também olhar a picção com outros olhos. Aí chegaram aqui, pô, que
que é isso? Os cara pintando o prédio inteiro, cara. Como é que sobe? Entra por dentro, sai pela janela? Não, escala por fora. Como assim escala por fora? Pô, o negócio aqui é estratosférico. E aí os caras voltava pra gringa louco. Fala: "Mano, você não sabe o que acontece lá no Brasil? Os cara pinta o prédio inteiro, cara. Eu picho de escada ou então eu vou na escalada. Na calada da noite eu vou varando a madrugada, fichando a sua parede pintada. Não quero nem saber, o vício é rebelde, só para você não esquecer. Correr o
risco de morrer e de ser preso é normal. Aprendi a charpir no cachambi eu sou local. É a galera maldita que habita na pista. Alpinista indo pro alto da Boa Vista. Vou comprar lata no jacaré. A tinta tá barata. Co preto fosco, uma verde e duas pratas para ficar bonito. Por isso que a gente picha escala prédio alto que nenhuma lagartixa. Brincando de homem-aranha, o charpe é cultura. Enlouquecidos somos atraídos pela altura. Cuidado com a casa do [ __ ] [ __ ] Ai, ai, ai, ai. Não boto p Não olha para mim não, filha
da [ __ ] Não olha para mim não, filha da [ __ ] Aqui não tá autorizado. Não está autorizado. A gente não tem autorização. A gente já veio aqui há vários tempos. Eu mesmo já tenho três pilastros ali pra frente que nunca foram apagados. Então o que a gente vem procurar aqui é colorir para não ter problema da pichação. A gente conquista o espaço atrás. Isso é importante. Eu sei que é grafite, não tem nada a ver com picha inchação, é um desenho, só que acontece. Isso querendo não perante a lei é crime ambiental.
Ninguém tem autorização para fazer isso aí. Ao mesmo tempo de boa vontade, porém é crime ambiental. A sua boa vontade, o seu desenho, a sua arte não tá acima da quebrar porque nada me chamando só. [Música] [Música] a sua arte mais. Acho que hoje aqui em São Paulo a gente tá criando, cara, comunicações que até então eram inexistentes pra gente. Isso daqui é uma prova disso, né? Museu aberto de arte urbana foi uma parada que começou no puro grafite. A galera veio aqui pintar sem autorização, acabou tendo esse esquema de denúncia anônima e aí todo
mundo foi pra delegacia e tivemos que responder por um crime ambiental. Buscamos uma saída que formalizar mais ou menos a nossa ideia de transformar isso daqui numa galeria de arte, né, com o centro expositivo dessa galera que tá fazendo arte. cbana. E aí a gente começou a buscar apoios para isso e a gente viu muita gente a favor hoje que de repente antigamente não seria. Comecei a pichar acho que o 14, né? 14 que eu tava no J de no canetão só de ônibus, pichaxador de ônibus de orelhão. E aí depois nos 16 anos assim
eu comecei a a pichar lata e a lata era muito cara. Eu não tinha condição, eu comprava, pô, uma lata para pichar, uma perrengue. E aí na na primeira que saí já rodei, mas eu continuei, né? Tive muito problema com pichador e tive muito problema também com com a polícia, né? Que aí é porrada comida. Só que aí quando eu entrei pro exército, eu ainda piso como recruta. Como o exército era uma oportunidade de emprego maneira, eu eu comecei a querer me, né, pensar no futuro. Eu falei: "Pô, tem que parar de fazer merda para
poder seguir uma carreira no exército, porque não dá para você ficar fazendo merda aqui na rua e servir no quartel, que é muito rigoroso o regime." E aí eu fiquei um ano ainda pichando, mas depois eu parei. Em 97 eu ingressei no grafite [Música] mesmo. Gosto muito do Monetê. Leva o Monê pro grafite pelo fato de de ser os traçadão, ser impressionismo mesmo. Quando a pintura é grande, dá para você explorar bem essa parada e fica legal, porque quando o cara chega perto assim, o cara vai f, pô, isso aqui tá meio cagado e tal,
mas quando ele olha de longe, ele vê a mágica. E isso é que eu acho que é impressionante, é, é ter uma, é ter uma descoberta. Eu acho que arte é isso aí. Você olha pra parada e você passa a descobrir. Eu tenho vontade de pintar, cara. E pintar tela é uma coisa pequena, né? Com a parada da parede, você poder fazer uma coisa grande. Eu não vou conseguir pintar uma tela de 3x3 onde que ninguém compra. A minha vontade de pintar coisa grande numa tela não resolve. Eu preciso pintar numa uma parede grande porque
eu gosto de fazer coisa grande. Eu não conheço nenhuma foto antiga de um trabalho de mão livre spray. Eu falo assim, se não fui eu fui o John ali. Foi um spray. O cara pega um spray com a escada e faz um desenho grande. Por isso que eu tenho o painel na Paulista. Eu trabal na Paulista não é troco de nada. Foi porque eu fazia muito nos anos 80, né? Ali fui preso, cara. Tanto que o Maluf quando entrou em 90 apagou depois da Irundina. O Maluf entrou acho que em 94. Olha, apagou de branco
que nem apagou do Gêmeos. O Cassab apagou do Gêmeos. Maluf apagou o meu. A prefeitura tá fazendo uma política meio radical, né? Você vê que eles falaram que gostava de grafite, apagou os grafites todas nas suas já, maluco. Ainda botou verniz que não tem parada, velho. Você pode fazer amanhã eles apagam com água. Água e papel higiênico. Quer dizer, vai ser guerra. Vai ser guerra. Vai ser guerra. [ __ ] já tá bacana o desenho. Não apaga. Deixa aí o tempo. Eles estão apagando aqui. No caso, estão pagando se lá de três em três meses.
Não tá gastando dinheiro à toa, né? Vê de você preservar o trabalho, deixa lá um ano. Fica feio mesmo. Cobre de poluição, faz parte, descasca. Eu acho que a gente não pode também ficar brigando pro ficar pagando o grafite, que eu acho que grafite ele é efêmero, cara. Faz parte. Por isso que eu uso o preto e branco, é baratinho, porque para pagar. [Música] O muro é tudo de quem chega e e pinta e se apropria para escrever uma mensagem, se apropria para poder expressar sua personalidade, se apropria para poder criar uma nova realidade visual
da visualidade já estabelecida pela arquitetura, pelo urbanismo, nada mais próprio. do que se apropriar do muro para poder você eh criar uma nova visualidade, uma visualidade espontânea, uma uma visualidade livre, sem opressão, onde a gente nós podemos criar o nosso universo, a nossa estética, que a partir do momento que que entra a minha coordenação, meu automatismo e o meu inconsciente livre para poder criar ali, ali já tá presente o poder da magia e da natureza. Então eu como artista me vejo como um médium, um médium que psicografo, psicografo abstratamente, psicografo palavra, psicografo, imagem. E a
minha relação com os muros da cidade é a própria relação com o inconsciente da cidade. E eu quando boto a minha pegada, boto a minha o meu meu minha pintura, eu tô botando o meu ritmo, eu tô botando a minha vibração, eu tô botando o meu sommose as pessoas absorvem querendo ou não. E e isso aqui é público, é uma é uma obra de arte eh pública, nacional, internacional. Então isso aí, ó, de 0800 gratuito, entende? Não tá ali no museu, nem cabe dentro do museu lá do Rio. For botar um negócio desse aí, não
tem nem cabimento. A gente se apropriava da parede ou do muro da cidade quase como imagem. É uma propriação virtual, vamos dizer assim. Você se apropria como daquilo, como um suporte, né? Ô meu, hoje os caras são dono do muro, da casa de outra pessoa. É uma apropriação física. Eles vão lá e fala assim: "Não, aqui é meu, eu vou pintar esse muro aqui". E não aceita que outra pessoa pinte em cima. Fica louco da vida se alguém pinta em cima. A partir você pintou na rua, tem que lance de não ser mais seu, tá
na rua. Só que a gente defende a parada com unhas e idências. A gente pintou, o cara foi lá, pintou em cima, já era. Nós vai e faz de novo. Porque a gente costuma sempre respeitar todo mundo, então tem que respeitar nós também. Na rua tem essa lei, tá ligado? Mas tem um negócio que é legal que quando você tá na coloca [Música] colocando, eu acho que bacana do que você tem do grafite, ele ele pega a coisa da moleque, né? Sou um moleque que vai fazer um trabalho na casa de um cara, você pedir
permissão, cara. Depois que você compra a casa, você entende melhor. Tem quantos moleques você não entende? Onde é que você andou na sua casa? Você vai entender fácil o que significa uma pessoa vir na frente da sua casa e pintar. [ __ ] é autorização. Não quer chama polícia não, né, meu filho? Tá morando aqui no pé e você vai picha o meu muro. É, hein? É, não tá pichando. Então você tá fazendo o quê? Vou chamar a polícia. Eu morando aqui no prédio. Fechar o prédio. Isso é ficha. A mulher tá pagando pra gente
fazer. Qual é a mulher que tá pagando? Conta. Ah, não é da minha conta. Não, dono da rua não. Sou dono do prédio. Moro no prédio. O grafite, o principal dele é que ele tá questionando alguma coisa que não é do campo da arte, que é do campo social, sociológico. Então, por exemplo, você mora na tua vila e tem uma parede lá. Aquela parede pra lei ela é do dono, mas pra tua vila a parede é da vila que volta mais pros índios, né? Então se você tem alguma coisa, ela é da comunidade, ela não
é tua. Quando a pessoa cede a parede para um grupo de grafiteiros pintar, ela tá tornando aquilo lá comunitário. Apesar desse muro pertencer a esse indivíduo que tá do lado de lá dele, o visual disso pertence a todos. E eu faço uma interferência nesse visual. Então eu me aproprio disso para compartilhar isso. [Música] [Música] Ah. Ah. [Música] que em São Paulo se criou um estilo, acho que desde essa época do John Howard que já veio desde os anos 80, depois nos anos 90, criam uma característica de pintar de dia, que isso é um lance que
não rola muito nos outros lugares, né? Tipo na Europa, nos Estados Unidos, tanto tomar enquadro de polícia da polícia chegar falar assim, ó, você tem autorização? Não tem. Tá de dia assim na cara dura. É, isso aqui fica bacana, né? Aí começa a ficar mais interessante, mais divertido. Ver isso aqui também, ó. Várias histórias, né? Capaz de encontrar um trabalho meio antigo aqui trás. Esse acaba fazendo parte da textura do trabalho do rosto dele. Fica muito louco. Botou um negócio na rua, ele vai fazer parte da vida de todo mundo que tá na rua, assim,
querendo ou não. Que nem uma vez que a gente pintou dentro de um bar, num boteco, os cara tudo tomando pinga. Aí o cara, a gente tava pintando, eu posso fazer um desenho aí dentro? O cara falou: "Pó, a gente pintou e o cara dormia dentro do bar, né?" Aí ele apagou no outro dia que ele falou que ele tinha pesadelo com o boneco que a gente pintou, foi que não conseguia dormir olhando pro boneco e teve que apagar. Ele apagou assim. Então isso aí mexe é legal que mexe com as pessoas, né? Criança, né?
Que olha assim, se incomoda e vai lá e estraga. Você vê que tá tá conversando com as pessoas. Isso que é legal. [Música] Die das Interessante bei der Sache finde ich, also ich ich bin ja jetzt klassischer Graffitispur, ich komme klassisch aus der Graffitiene, an irgendeinem Punkt ist ja Street Art sozusagen dazuekommen, so wie man auch immer das jetzt definieren will, aber auf einmal mal gab's überall Schablonen, gesprühte Schablonensachen. Auf einmal gab's Poster und Sticker und BSI war da. So, das ist natürlich der Wendepunkt gewesen und das ist eben ganz spannend, dass es Schablonengraffiti oder
gesprühte Schablonenbilder schon vorher gab, aber die spielten für einen überhaupt gar keine Rolle und auf einmal 10, 15 Jahre später taucht plötzlich etwas auf, was man dann so als Streetart bezeichnet. [Música] Toda vez que a questão da arte relacionada com o grafite vem pra gente, incomoda. Grafite é arte ou grafite não é arte? Porque eu acho que é um pouco isso que acontece, é quando o cara acha que ele tá fazendo uma arte, coloca isso num patamar superior, entendeu? Então aquilo é sagrado, não pode ser conspurcado por outra pessoa. Então ele tá pensando uma intervenção
na cidade como um quadro numa galeria. As pessoas querem isso e a hora que vem isso me dá então pelo menos a imagem, me dá pelo menos a figurinha. Só na minha camiseta. Pronto. É uma questão de de identificação. E aí fica o grafite tá na minha camiseta, o grafite tá aqui, o grafite tá ali. É isso que permite, porque a coptação não é uma coisa marra. Quando se revela aquele maluco que faz aquele negócio que se tanto queria fazer, pô, aquele cara passa a ser um ícone. Você viu que o a Gstein lá de
cravejada de brilhante, o símbolo do HIP, né? Você vê o movimento, você vai nas carreiras, você compra cinto de por 300 o cinto lá no punk, né? Você vai na boutique lá, né? Punk de boutique, né? E o grafite também tem isso, né? O grafite aconteceu isso. Virou um grafite de boutique, né? Ah, paga a gente dança, né? É assim, né, mano? Dinheiro, a gente tem conta, tem família para sustentar, tem filho para criar, tem que pagar, né, meu? No mundo a gente paga até para morrer, né, cara? Isso é real, mano. Hoje em dia
você paga até para morrer, então por que não paga paraa gente grafitar, né? Eu ia fazendo os grafites na rua, as pessoas iam vendo e muita gente ia pedindo: "Poxa, caramba, eu quero, eu quero levar um pouco da rua para dentro da minha casa". O cara chegava e falou assim: "Ó, nós vamos abrir uma danceteria aqui. Vocês querem pintar essa parede daí?" Já já era uma coisa diferente. Falei: "Claro, vai custar tanto." Aí a gente começou a fazer um outro trabalho. Não tinha nada a ver com grafite, mas tinha a ver com grafite porque a
gente trabalhava com grafite. Então, do ponto de vista artístico, obviamente que tinha a ver, tem até hoje. Olha aí o trabalho que eu [Música] faço. Aos poucos isso virou um outra coisa. Eu praticamente sobrevivo disso, de fazer isso que o gordo chama de práticas derivadas do práticas derivadas. Eu acho chiquérimo assim, práticas derivadas. Eu acho chique demais também. I going to b and asking listen I want to take some time off to see I can paint graffiti full time. And he looked at me was like take a week off you be back in a week.
Eu não vivo do grafite. Márcio, se eu te chamar para pintar o seu desenho na parede da minha sala, só do momento de eu saber que eu vou estar recebendo para fazer uma pintura na parede da sua sala, eu tenho a preocupação de fazer algo que você goste pelo fato de você tá pagando. Eu não vou fazer diretamente aquilo que vai me agradar, porque na rua eu posso fazer o que eu quiser, que se do nada eu quiser pegar um balde de tinta e tacar na cara do boneco, eu posso tacar e me sentir super
bem. Isso eu tenho certeza que eu não vou ter a coragem de fazer se eu tiver fazendo na sua casa. O mercado de arte é um circuito muito fechado, muito restrito, muito competitivo também. Então o artista para se tornar um artista comercial, às vezes ele precisa abrir mão de um monte de coisas que ele não necessariamente gosta ou não quer abrir mão. Então eu não acho que todos os artistas com que a gente trabalha ou todos os artistas do mundo devam entrar no mercado, devam ser artistas comerciais. Eu acho que existe hoje outras chances de
um artista conseguir desenvolver o próprio trabalho sem necessariamente depender da venda de obras. Mas o mercado tem essa faceta que é um cartão de crédito que abre portas, né? Essa rapaziada quando começa a vender na galeria eles estão conseguindo entrar numa rede de circulação internacional que é muito louca, que a gente, por exemplo, não teve essa oportunidade. O mercado hoje tá querendo, né, porque vende, cara. Tem recebido até convite de galerias que não tem nenhum perfil de artes de rua querendo enfiar você ali só para ter uma cartela de de venda, né? Ah, vem aqui,
pô. vente trabalhar com a gente nessa galeria X Y aqui tem uma exposição de arte, queria colocar você numa coletiva e tal, tá dentro da galeria, tá vendendo a tela. É isso mesmo, tem que vender, entendeu? Tem que vender, não é essa não, não vou vender e tudo mais, porque eu sou grafiteiro, eu não posso vender. Grafite é a rua. Tá na rua, tá no muro, tá ali. Aquilo ali é o grafite. Mas se o cara fez isso aqui, não vai deixar de ser grafiteiro. Muitos grafiteiros viram artistas, tá ligado? Os cara entram pra galeria,
constrói um nome, uma carreira como artista plástico, mas veio do grafite, entendeu? O grafite nunca vai mudar mesmo. Mas você a uma coisa que mudou as grafiteiros, cara. Ate de rua abriu seu próprio espaço sem pedir permissão para ninguém. Ela foi ignorada por anos. Por conhecer pessoas que trabalham com isso e que tentam fazer esses projetos faz bastante tempo. A gente sabe das tentativas de de expor em museu, de criar diálogos, de se comunicar com o universo da arte, foram ignoradas, fizeram piada assim. Hoje museus que estão abertos para isso, em outros momentos eles falaram
que não, que aquilo ali é não era arte, que era uma moda, que era ilustração. Tudo bom? Eu sempre pintei na rua. Sempre pintei parada comercial, só que aí uma vez o um cara, um maluco que é dono da galeria lá no no Cassino Atlântico, ele viu um grafite que eu fiz ali em frente ao pinel no Rachamaia, aquele muro do Rachamaia. E aí o maluco ficou me caçando, tá ligado? E ele pagou 50 conto para o maluco ir lá no morro me buscar com el. Falou: "Ó, se tu achar o cara, te dou R$
50". E aí o maluco chegou lá em casa, mano, foi desinformando lá, subiu lá no morro. Aí chegou: "Ai, compadre, [ __ ] ganhei 50 conos para te achar. Vamos lá". Aí eu falei: "É mesmo". Aí fui lá conhecer o maluco. Aí o maluco me encomendou 10 tela, precinho bacana naquela época, fez uma verniçagem e tal com outros artistas do pincel e eu era o único grafiteiro da galeria, né? Fiz isso durante um tempo. Isso também foi minha entrada para essa parada de, pô, as pessoas viam na galeria, já queria comprar uma tela minha. Eu
desde o começo, eu sempre quis fazer do meu trabalho dentro de galeria uma coisa diferente, naturalmente diferente. Eu nunca pensei na galeria de chegar e fazer um grafite assim, eu quero ocupar aquele espaço de alguma forma. Isso me faz pensar, entendeu? Que na rua de vez em quando eu não penso. Eu chego lá instintivo como um pichador. Minha intenção é é demarcar, não é fazer os outros pensar, entendeu? Na rua. Às vezes eu penso assim, é só ir lá e cobrir uma parte gigante, pegar ali, passar de carro, olhar meu trabalho, [ __ ] irada,
entendeu? Tem essa egotrip. Na galeria eu faço uma coisa mais elaborada que eu penso um pouco mais, viajo nas minhas questões mesmo emocionais. Grafite mesmo é na rua. O que a gente traz para cá é um recorte da nossa linguagem trabalhada na rua. [Música] passa a ser um universo que é um outro universo, que já não é mais o universo da rua, é o universo da galeria, da instituição, do museu, de um circuito de arte e passa a ser valorizado tal qual. Você já não é mais vândalo, você é artista, você já não é mais
contra a sociedade, você já faz parte dela. Isso pode levar para uma domesticalização da coisa, porque a partir do momento que você tá dentro de um espaço institucional, você tá trabalhando com uma certa liberdade e um certo comodismo que não existe na rua. Tu tá lidando ali com uma série de questões, né? A polícia pode parar, o dono pode chegar, alguém pode vir te dar um tiro. E [Música] eu me deparei. com um colecionador que conhecia tanto quanto eu e que me apresentou artistas e que me apresentou livros, que me apresentou coisas. E o cara
é um advogado, sabe? Que tu olha ele na rua, tu não fala, mas ele gasta todo o dinheiro dele em obras de arte. Ele venera os trabalhos, ele convive com os trabalhos, ele cuida dos trabalhos, ele conhece os artistas e ele entende que uma compra dele tá viabilizando que o cara continue trabalhando como artista. Vocês estão na minha casa, essa é a minha sala. Ali tem uma parede grande, de 7 m por praticamente 2,40 de altura. Tá completamente cheia de de quadros. A última vez que eu comprei são quadro 110 de pendurados na parede. Todos
do gênero que se chama street art, tá? Gente que faz na rua e também faz para poder você depois denorar em casa. Boa parte dessas pessoas, tá? Aliás, boa parte não, quase todas essas pessoas além de, digamos assim, gastar tempo da para deixar a cidade mais bonita, certo? Elas ainda gastam dinheiro, porque aqui normalmente a tinta não é roubada, muito pelo contrário, a tinta é comprada. Eles dão pra cidade alguma coisa que é pesado para isso. Não é uma coisa fácil. E tem gente que acha um horror. [Música] O colecionador mais informado, ele entende inclusive
o compromisso social, que é cuidar dessas obras e manter essas obras. Os colecionadores mais pesados, que tem muitas obras, é comum discutir com eles e eles falarem sobre o que vai acontecer com as obras depois que ele morrer. Ou seja, ele sabe que ele é parte da história daquela obra por um período de tempo, mas que a obra vai além dele. [Música] trabalho para ele ser cuidado, para ele ser visto, um trabalho de arte, para ele atravessar os anos e continuar sendo preservado, visto, estudado, ele precisa ter um valor monetário, porque a sociedade tá construída
assim nesse momento. As coisas que não têm um valor monetário vão pro lixo, ninguém cuida, elas se perdem e são destruídas, elas desaparecem. A linguagem dos grafiteiros sempre me interessou bastante. Hoje em dia não sei como é que a gente pode denominar, porque adquiriram já um estatuto de legitimidade dentro do cenário da da arte contemporânea, né? Então os grafiteiros hoje em dia já são artistas já consagrados com exposições marcadas em galerias, instituições, já tem obras que já possam ser guardadas ou colecionadas, coisa que era praticamente inviável, né? Então, 30 anos depois, a gente começa a
ser procurado pelo mercado de arte para que isso possa ser elevado ao status de obra de arte, mesmo reconhecida então como algo que tem um valor merecedora não apenas de uma tese acadêmica, mas talvez de um investimento em dólar. that paintingets likeet stuff they were kind of like oh these guys are selling out they don't work for cocaola like fuck you did all the illegal shit already we got chased we got arrested we got we did mad illegal shit if anybody should make money from this form it should be a real graffiti rider and you
know what we [ __ ] in all days and we [ __ ] our work in and we paid all du so you know everything that weve gotten is because we worked hard for CRV grafite é uma espécie de terapia ocupacional. Eu, na verdade, uma das coisas que me fez é voltar a grafite, tem a ver com depressão, com stress, né? E pintar na rua me faz bem, entendeu? Tem esse lado do grafite que é uma delícia, que é muito ligado a esporte. Por isso que o grafite é braçal, né? É mochila, não é ficar
sprayzinho com luvinha, touquinha. Vejo a arte como um grande lençol a se jogar em cima de um fantasma, que é algo que existe, mas que você traz a forma pro espírito. A estética, a forma, a matéria nada mais é do que a expressão do espírito, do invisível. A partir da pintura, a partir da arte, eu me eu consigo me sentir uma imagem semelhança do divino que criou, que arquitetou o universo, a engrenagem e as órbitas dos planetas e toda essa engenharia. Então nós, como seres inteligentes, seres humanos, somos criadores. Além de criadores, somos e eh
eh idealizadores, entendeu? E e a partir da ideia nós podemos projetar e realizar tudo que a gente possa imaginar. [Música] A gente faz essa parada toda aí, pô. A gente entra na mídia, faz um comercial e tudo mais, pô, faz pinta um bagulho pra Nike, mas só que lá no no no 63 lá é, né? Você ainda tá lá incluído lá como puxador, como como vândal, é compuscar, grafitar e pxar. E aí é o código 63. Então a gente ainda continua sendo marginal, tá ligado? [Música] Até hoje eu nem me considero artista, tá ligado? Eu
faço grafites e fiz isso na minha vida. Eu desenho desde os meus 8 anos de idade. Então isso era é comum na minha vida. Eu fui largando as coisas, eu fui largando o emprego, eu fui largando o que o meu pai e minha mãe falava quando eu era mais novo. Vai trabalhar. Eu não não fiquei prestando muita atenção nisso, não absorvi isso. Eu foquei mais em pintar, em fazer aquilo que eu me sinto feliz, entendeu? Que amanhã ou depois você morre, você morre infeliz, entendeu? O artista vai morrer. A única coisa que ele deixa pro
mundo é o trabalho dele. Naturalmente, quem faz arte já tá deixando impressa aí alguma coisa pro futuro. [Música] Acho que o mais importante nisso tudo que a gente tá citando agora de galeria, de tela, pintura, quando começou, eu acho que é influenciar as pessoas [Música] positivamente. Querendo ou não, você pintou a porta dele. O cara vai chegar lá falar: "Puta, pintaram então não é mais sua, é nossa também porque nós pintou era sua, agora é sua e nossa." Ele deu a porta para nós botando lá na rua e nós demos a pintura para ele. Na
verdade, a gente tem uma cidade para usar, um monte de concreto para você usar e metal você pode pintar. Tá tudo aí assim, só saber usar. Tem o ônibus, tem os carros para pintar. Tem muito espaço ocioso. H us you know because they saw our work growing in the 80s so it becomes like a real big thing. I'm in my early 40s. That means if the president is 50 something the next president that's going to be around my age he may have wrote graffiti one day. And you know what you got to accept it. And
the cool part about that he's going to be the one that's going to be more accepting to this whole art form. You know he might take a tag in the White House one day. [Música] Só para saber se vocês dão umas pichadinhas de vez em quando. [Música] É o Gêmeos São Paulo. [Música] people how you do that you don't use sten and no sten just you know a lot of a lot of of practice I'll be I went to school for it. What school? I said school up the chains you know that's how I learned.
This is it. This is what we love to do. Again, this is the Sou Bronx the Sou Bronx here with BG183 Trew all the [Música] [Música] [Música] debochado, cínico a [Música] milhão. I was better. So I like to sound niceer. Nicer. [Música] [Música] Eu [Música] [Música] [Música]
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