inteligência no sentido fisiológico não pode ser aumentada inteligência no sentido cognitivo intelectual pode ser aumentada mas no nível fisiológico não tem você veio com aquele hardware ali vai ter que usar o indivíduo que tem uma alta inteligência tem um ambiente muito ruim que é o ambiente que não o entende se a gente jogasse Freud aqui agora assim no meio de Florianópolis quantas pessoas em Florianópolis o Freud ia conseguir conversar jean Alessandro psicólogo clínico especialista em altas habilidades e superdotação todos eles seguem um padrão compulsão e obsessão os traumas que ela tem fazem com que ela
tenha comportamentos compulsivos e obsessivos e esse comportamento é visto pela sociedade é olhado e é premiado mas aquele indivíduo tá sofrendo cada vez mais como que uma pessoa consegue identificar que ela é super dotada assim quais são as principais características que tem que ter isso para ser eu acho que as principais que tem que ter a principal de todas é ó pessoal rapidinho antes aqui da gente começar eu tava olhando as métricas do canal outro dia e eu percebi que 83,8% das pessoas que assistem os nossos episódios não são inscritas do canal então gostaria de
pedir um favor para vocês de conferir se vocês já estão inscritos porque quando vocês se inscrevem vocês ajudam a gente a escalar os nossos convidados a gente produzir melhores episódios e levar cada vez mais conteúdos para vocês então se inscreve aqui no canal não custa nada e vai fazer uma diferença gigantesca pra gente muito obrigado je ser inteligente é uma dádiva ou é uma maldição eu acho que ser inteligente é uma dádiva e essa dádiva precisa ser honrada e respeitada e cuidada e como se fosse devolvida pro mundo eh porque cara vamos ser assim bem
pragmático e realista você vê uma pessoa que tá ali na fila eh para pagar uma conta com um boleto no fila gigantesca e você olha e diz: "Por que que ela não vai e escaneia o QR code por que que ela não faz isso porque ela não consegue né então eh porque ela não sabe porque ela não consegue se se ela não sabe é porque ela não tem acesso a uma realidade se ela não tem acesso a essa realidade ela não consegue usar algo que já foi feito e já foi resolvido então soluções foram criadas
os empreendedores estão sempre fazendo isso né dando a cara deles a tapa para criar soluções para problemas para que as pessoas acessem essas soluções se essa pessoa não consegue é porque ela não consegue ter acesso a essas soluções se ela não consegue ter acesso a essas soluções a vida dela é mais difícil a vida dela é mais lenta ela consome informações de uma forma mais lenta ela tem acesso a a a resoluções de problemas de uma forma mais lenta e o grande ponto é inteligência no sentido fisiológico biológico não pode ser aumentada né inteligência no
sentido cognitivo eh intelectual abstrato de repertório pode ser aumentada mas no nível fisiológico não tem você olhar para uma criança e falar assim: "Eu vou dar muito ômega-3 para ela extrato de própolis seja lá o que for." e vai nascer um neurônio mais grosso com a bainha de mielina maior não não tem como não existe isso né então é como se fosse isso você veio com aquele com aquele hardware ali vai ter que usar aí o indivíduo que tem uma alta inteligência ele tem um ambiente muito ruim em em muitas vezes que é o ambiente
que não o entende né é um ambiente é que não acessa o que ele acessa então sei lá se a gente jogasse Freud aqui agora assim no meio de Florianópolis pum quantas pessoas em Florianópolis o Freud ia conseguir conversar e e falar assim: "Nossa tive uma baita conversa" como ele teve com o Jung quando conheceu o Jung ficou 13 horas conversando com quantas pessoas será que ele conseguiria fazer isso sendo que uma uma cidade como essa tem sei lá 600.000 pessoas por aí né poucas então quanto mais inteligência mais solidão mais né mais essa angústia
de não ter pares e tal porém isso é um problema que esse cara precisa resolver assim como esse cara aqui precisa resolver o problema de preciso pagar a conta senão a luz vai ser cortada cada um com seus problemas esse cara tem outro problema e aí fica interessante pensar no seguinte: se esse cara aqui começar a ser ingrato com a realidade que ele tem ou com as coisas que ele tem esse cara vai olhar para esse e vai falar: "É um vitimista é um reclamão é um ingrato o cara não é humilde" só que daí
você olha para esse cara que tem uma alta cognição também e você fala a mesma coisa: "Ué mas você ganhou toda essa inteligência e agora o que você faz com ela é falar que você é um coitado que ninguém te entendeu e que todo mundo tem que te entender estender o tapete vermelho para você porque você sofreu aí aí a mensagem que a gente tem é: "Cara ninguém tá nem aí pro teu sofrimento todo mundo tá sofrendo por algo todo mundo tá sofrendo por algo de uma forma tão elevada por conta de não saber o
que tá acontecendo e não saber como como a pessoa própria funciona que não tem espaço para você olhar pro outro e dizer: "Deixa eu ver um pouco do teu sofrimento" né a maioria das pessoas tá sobrecarregada com o seu próprio então esse indivíduo ele às vezes é vitimista reclamão e ele não consegue devolver por conta disso ele não consegue devolver essa inteligência pro mundo e muitas vezes ele vai conseguir devolver a gente vai falar de trauma né muitas vezes ele vai conseguir devolver essa inteligência só quando ele tiver hiper focado em algo porque quando ele
tá hiper focado em algo todo o cérebro dele tá único com aquela experiência ali e aí se ele tem traumas ou gatilhos ou qualquer coisa do tipo que faça ele ficar hiper vigilante com relação à realidade seja porque ele acha que a realidade é perigosa seja porque ele acha que ele é insuficiente né uma crença de desvalor crença de desamparo né que a realidade é perigosa ou uma crença de de de desamor de ninguém me ama essas coisas todas desligam quando ele tá hiperfocado então uma das formas que o cara vai conseguir devolver isso para
pra humanidade é justamente quando ele tá hiper focado em alguma coisa mas essa não é a mesma realidade do do indivíduo de baixo intelecto né esse cara tem com conta para pagar tá com um monte de problema o o momento que talvez ele abstraia é o momento sei lá que ele vai jogar uma bola com os amigos ou que ele tá bebendo uma cerveja num bar só só são formas diferentes de escapar do sofo diferentes de exatamente formas diferentes de escapar do sofrimento eu eu chamei essa essa coisa de fuga distrativa né me distrair fugindo
de coisas que eu não entendo e problemas que eu não entendo então você começa a conversar com os indivíduos que têm uma inteligência muito alta e vê que eles todos eles seguem um padrão compulsão e obsessão compulsão e obsessão hiperfoco compulsão obsessão e hiperfoco tipo assim obsessivos e compulsivos em fazer alguma coisa e em em que tipo de coisa assim me dá um exemplo ah nas coisas que eles querem por exemplo ó eu vou vou trazer alguns exemplos eh que me vem na cabeça eu eu li recentemente eu li a biografia do David Gogens e
aí ali você vê um indivíduo que eu não sei se ele é superdotado mas mas indivíduo que obsecado obsecado extremamente obsecado da onde vem essa obsessão você poderia falar ela vem do fato de que ele entendeu que é bom fazer isso e se você for numa perspectiva mais neurocientífica você diria: "Ah os sistemas de recompensa dele entenderam que é bom isso pra realidade dele beleza reforço ao comportamento reforço positivo mas se você for olhar para uma perspectiva psicológica profunda você vai olhar a infância que ele teve e a prime e você vai começar a ler
a história da desse ponto né eh ler a história do funcionamento dele assim né como é que como é que nasce esse indivíduo ah nasce nesse lugar aqui como é que ele se forma como personalidade num lugar onde ele não sabia nem onde ele ia tá no outro dia num lugar onde ele não sabia se quando ele olhava pro pai ele ia apanhar ou receber um abraço ele não sabia ele realmente não sabia então ele nem chama o pai de pai ele chama o pai do nome lá Timothy eu acho não lembro aí o que
que acontece nos casos de trauma ou abuso ou qualquer coisa assim numa criança ela não ela não tem o cérebro que a gente tem para poder reconfigurar o mapa da realidade se a gente sai agora lá na rua e essa casa toda desmorona a gente consegue pensar muita coisa sobre nossa o que que daria para fazer e tal putz o que que o que que a gente realmente perdeu ah e você fala: "Ah cara a gente realmente perdeu os nossos equipamentos tal mas o nosso canal tá no YouTube tá na nuvem" e não sei quê
não sei quê você vai pensar um monte de coisas e no final das contas vai sair relativamente bem da situação eu sei porque uma casa que eu tinha uma vez pegou fogo e tal a gente d um monte de gente do roupa e a gente era bem pobre saímos relativamente bem mas eu era eh já era adulto se for uma criança isso pode colapsar o mapa que ela tá construindo aos poucos da realidade então ela vai construindo esse mapa ao longo de anos décadas os pais vão porque de alguma forma a sensação que ela tem
é que aquilo é tudo que existe né ela não conhece uma realidade macro e vê ah não isso é um pedaço que foi destruído é como se tudo ex é o mapa agora a gente vai ter que entrar num num vai vai ter que entrar num mini loop dentro desse assunto do do David Gogens que é o assunto da obsessão né que é o quê eh a o nosso sistema emocional ele funciona da seguinte forma a gente mapeia a realidade quando a gente mapeou essa realidade a área responsável pela memória registra essa esse mapeamento e
ela compara com aquilo que já tem lá então o hipocampo ele tem essas duas funções assim né a função de mapear as coisas comparar e tem uma outra que ele é meio que como se fosse um sistema de alarme quando ele olha ele não reconhece algo tipo eu nunca vi uma cortina preta desse tipo imagina que essa cortina preta fosse uma cobra gigante eu não ia conseguir passar passar por isso sem sem ter um sobressalto esse sobressalto geralmente vem com uma disparo de amídala então é como se fosse assim o organismo humano está em repouso
se está tudo bem uhum se está tudo mapeado ele está em repouso se ele está em repouso é porque a mida ela tá sendo travada digamos assim como se fosse uma torneira que foi fechada pelo hipocampo que mapeou a realidade então nessas crianças elas mapearam a realidade daquela forma: "Meus pais vem para casa e toda todo dia eles vêm para casa e é aquela realidade que ela mapeou construiu aquilo como se fosse um castelo mental queimou a casa é como se tivesse destruído a realidade dela de fato o repertório dela era aquilo e aí quando
você tem um colapso grande desses de mapa você tem um trauma então o trauma é basicamente isso assim então por isso que é bom por exemplo eu falo o Miguel tem 3 anos eu falo para ele às vezes: "Ah é legal sair com o papai você sabia que tem meninos que não tem papai eu vou já colocando isso para que eu quero construir para ele a ideia de um mundo tão parecido como o mundo é porque senão ele descobre com 15 anos que tem crianças que não tem pai ele colapsa ele vai ter um um
mini trauma cognitivo lá eu não vou nem saber o que tá acontecendo ele tá assistindo o vídeo lá de repente ele ele buga assim aí se eu fosse ver a cabeça dele eu viria isso então tem esse esse assunto aqui dentro desse loop todo que é a regulação emocional ela funciona com mapas e até em ratos você põe um um ratinho num lugar aí ele ele come transa e toma água e tal depois de cheirar tudo aí você pega modifica os modifica as coisas de lugar aí o ratinho começa a ficar ansioso não não dorme
mais não come mais não transa mais começa a mapear cheira tudo quando ele cheira tudo de novo que ele foi em todos os cantinhos ele vai e ele volta pro comportamento padrão então esse é um comportamento que não é só do ser humano né os mamíferos fazem isso também mapeiam a realidade toda o território todo e tem no hipocampo esse mapa que é um GPS de tudo que tá acontecendo comparando com o que tava acontecendo antes então se você acordar dormir e acordar em outro lugar você já dá uma bugada teu sistema emocional vai disparar
medo e pânico porque comparou né o hipocampo falou assim: "Ei amídala dispara aí porque o negócio tá feio." Porque tipo o desconhecido sempre é inseguro sempre é inseguro o desconhecido é sempre inseguro sempre dá medo e o desconhecido e e o e o que dá medo é sempre para você reorganizar o mapa olha que coisa louca é muito incrível cara porque quando você começa a estudar a lógica de como as coisas funcionam eu não gosto de estudar por exemplo o que que faz o núcleo acumbente eu não gosto de estudar isso eu gosto de estudar
para que que ele serve na minha vida né ou para que que ele serve na vida de um ser humano então então tipo assim retirando isso o que que aconteceria que é mais ou menos assim estudar a função psicológica né das das questões cerebrais e tal e aí essa parte da regulação emocional é uma parte que eu quase nunca vejo ninguém falar mas ela funciona dessa forma a gente mapeia a realidade esse mapa da realidade quanto mais preciso menos ele nos decepciona quanto mais preciso menos ele vai exigir com que a nossa personalidade sofra grandes
colapsos ele quer tornar as coisas conhecidas confortáveis e previsíveis confortáveis e previsíveis para não gerar desconforto a gente tá sempre evitando o desconfortáo exato por isso que a gente faz esportes radicais porque a gente quer dominar a realidade de uma forma que o nosso sistema de memória domine até mesmo algo absurdo aquela montanha tipo é a minha memória dominou aquela montanha a minha memória dominou aquele aquele penhasco mas ao mesmo tempo em que há um um um é possível sentir um prazer no desconhecido mas é uma relação Sim exatamente é é uma relação de um
sistema um sistema fisiológico sadio ele vai ter prazer em explorar então quando você tá falando que a realidade desconhecida me dá prazer é porque você tá num comportamento exploratório uhum e aí o adulto tem o comportamento exploratório de saltar de bank jump mas a criança tem o comportamento exploratório de você larga a criancinha aqui larga a mãe e a mãe fala: "Pode brincar filhinho" a criança começa a explorar explorar coisas ela começa a olhar aqui começa a olhar isso aqui começa a olhar ela vai querer subir em cima de tudo aí você começa você põe
um outro outro casal de filhos bota uma outra mãe com outra criança a criança senta e a mãe fala: "Não mexe em nada" aí a criança dispara esse sistema de alerta e aí ela fica na realidade aqui ela não tá explorando ela tá no sistema de alerta ela não tá no modo explorador ela tá no modo alerta que é um modo de algo perigoso pode vir então é um modo de defesa né é um modo de luta e fuga e congelamento uhum e esse perigo é tanto que ela pode explorar esse algo perigoso ou a
própria mãe boicotar ela novamente ela fica sobre ameaça exatamente exatamente e aí entra E aí entra a questão do do indivíduo superdotado né que a maioria deles foi boicotado muito na questão de explorar a curiosidade e tal mas a gente tava iniciando essa conversa para falar do David Gogs daí daí eu trouxe o trauma e trouxe a regulação emocional porque senão a gente não entende a o que eu queria trazer que é esse cara provavelmente teve um strress póst-traumático ele provavelmente teve um ou mais episódios onde o mapa de realidade que ele tinha foi quebrado
uhum e foi quebrado de uma maneira muito brutal muito violenta e foi quebrado seguidas vezes é e aí tanto faz isso foi de maneira sexual emocional física psicológica não interessa um um póstraumático pode acontecer de uma criança eh ouvir do pai de uma forma com tom assim agressivo ser um inútil por exemplo numa numa fase que ela entende o que é ser inútil pode ser um póstraumático isso porque quando você vai lendo no DSM o pós-traumático ele é um diagnóstico que meio que exige existir um perigo de morte ou coisa do tipo então eu teria
que ver você quase morrendo ou eu quase morrer mas quanto mais eu estudo indivíduos muito sensíveis eu vejo que isso não é realidade que você pode ter um funcionamento de personalidade pós-traumática com coisas que não são perigos à vida o trauma é extremamente subjetivo é o significado do acontecimento pode ser traumático então é isso eh eu cheguei na escola e ninguém quis fazer o trabalho comigo isso pode ser traumático e aí o trauma vai ter vários níveis né mas esse cara teve traumas severos o David Gogens e aí nos traumas severos o que que acontece
o indivíduo vai apresentar esse padrão absurdamente obsessivo e compulsivo de busca porque no momento em que ele tá ali e ele sofreu aquilo eh a integridade assim da personalidade ela foi rompida então é como se fosse assim eh vamos falar em termos freudianos tem o ID o ego e o superego o o ID seria as pulsões assim aquela coisa mais energética da da fisiologia então por exemplo no ID a gente falaria de eh sistema de recompensa no ID a gente falaria de luta e fuga esse tipo de coisa no ego a gente falaria do processamento
consciente do indivíduo que é o mapa que ele tem da realidade e tal e no supergo a gente colocaria aquilo aquilo que ele aprendeu então todas as regras sociais que ele aprendeu para se regular então é o que o meu corpo quer o que eu quero o que o mundo quer quando você sofre um trauma muito grande você confunde tudo isso então por exemplo um caso de abuso sexual a criança vai confundir a partir desse momento até o final da vida dela até ou até fazer uma terapia ou coisa do tipo ela vai confundir o
limite entre ela e o outro ela não vai saber quem é ela e quem é o outro direito no sentido de que às vezes ela tem problemas que é que é dela e ela reclama daquilo com o parceiro como se o parceiro tivesse que fazer alguma coisa mas na verdade aquilo é dela ou ela não consegue detectar por exemplo pessoas que têm mais intenções ela não ela perde esse sabe perde esse esse esse faro mas o que acontece na personalidade dela é que fica uma parte que é a aquilo que estava se construindo até então
fica ali e se cria uma nova estância o Freud chamava isso de ideal do eu esse ideal do eu é aquele sujeito que produz aquela voz que faz com que uma pessoa com muita capacidade muito inteligente ou que produz muito não goste do que ela fez ou ache que aquilo que ela fez é tudo aquilo é insuficiente é vem dessa voz uma busca por perfeição de certa forma um perfeccionismo exatamente isso gera um perfeccionismo e aí o ponto é esse esse ego fragilizado continua fragilizado esse ego ideal começa a ser construído então pensa nisso como
se fossem realmente eh pensa nisso como se fosse um holograma no momento do trauma se gera um holograma e uma experiência duplicada tem eu e tem o meu outro eu que é o ideal uhum só que esse ideal é tipo uma foto do momento que eu tô muito bonito arrumado sempre vai est daquele jeito e vai est sempre me exigindo que eu seja daquela forma aí quando eu acordo todo encebado e cheio de de olheira eu olho para aquilo e aquele negócio fala para mim: "Hum tá vendo tá vendo como você é sujo e não
sei quê?" fica desse jeito aí você faz o negócio e aquela instância olha para você e fala: "Cara mas na segunda página você não leu inteira você pulou a segunda página do livro agora você vai querer falar que leu o livro você não leu você não leu porque você não consegue ler nada se é um inútil essa vozinha vai falando então no caso do David Gogs o que que acontece criou-se essa coisa que acontece com todo mundo que sofre um trauma muito intenso cria essa essa cisão e aspectos da personalidade dele alguns permanecem imaturos por
isso que você vê algumas vezes o sujeito que é traumatizado agir de uma forma muito imatura agir de uma forma impulsiva eh sei lá as pessoas podem falar para ele cara mas vai crescer faz meu você para de ser chorão sei lá coisa desse tipo é aspectos ficam muito infantilizados enquanto que outros eh se desenvolvem através de mascaramento né por exemplo posição social como eu trabalho ali mascaramento e essa estância de ideal do eu ela fica olha que louco cara ela fica cada vez mais forte na medida em que você tenta derrubar ela então o
David Gogs correu lá com a perna quebrada que que aconteceu o ideal do eu dele falou: "É isso aí só que você não vai me alcançar não para me alcançar aqui tem que ser perfeito você teria que correr sem pernas com fiapo da perna sabe é uma coisa é porque é impossível não tem como porque é um ideal sempre tem um próximo nível sempre tem um próximo nível e é e é um ideal aí aí você vai ver teve um vídeo que eu que eu que eu vi ontem cara que eu fiquei pensando muito sobre
isso que foi uma pessoa falando assim do Elon Musk do Steve Jobs desses caras que tem uma que tem um transtorno e por causa do transtorno eles têm performance XPTO eu não acredito nisso eu acredito que a inteligência da pessoa ela ela tá ali os traumas que ela tem não deixam ela inteligente os traumas que ela tem fazem com que ela tenha eh comportamentos compensatórios compulsivos e obsessivos às vezes como nesse caso que a gente tá falando e esse comportamento obsessivo compulsivo é visto pela sociedade é olhado e é premiado mas aquele indivíduo tá sofrendo
cada vez mais então cara se você lê o livro do Gorgs com essa cabeça você vai ver que ele tá tentando se validar desde o início do livro eu sei que não foi ele que escreveu né deve ter sido um ghost writer que traduziu as coisas que ele tava falando ali ou foi ele não sei mas tem um pedido de validação da primeira página até a última como se fosse assim: "Valide a minha cara eu sou sou eu sou [ __ ] não sou eu sou eu sou bom não sou olha como eu sou bom."
Mas isso não é meio que a busca de todo mundo o tempo todo o o trauma não é o trauma de certa forma ele direciona as nossas buscas e só que o que tu tá falando é que ele não nos atribui capacidades ele apenas direciona nossas buscas então o indivíduo inteligente ele vai ser inteligente independente do trauma mas o trauma pode gerar uma obsessão e essa obsessão pode gerar um reconhecimento pode pode mas esse reconhecimento não vai servir para ele para nada mas pode servir muito paraa sociedade pode servir muito paraa sociedade e pode servir
para ele no caso material assim né mas no caso psicológico e emocional não então você pode ver por exemplo eh por exemplo eu tenho um desse relógio que marca o estresse não sei se o teu marca também você pode ver esse indivíduo sempre todo dia estressado uhum na medida em que passa o tempo cada vez mais ele fica mais estressado ué mas você conquistou um monte de coisa antes você queria você tava na tua casa no teu quarto com aquela janela pequenininha sei lá vou pensando onde é que Fermento morava pensando assim cara vou ter
um podcast vou falar com pessoas interessantes olha que legal falar com pessoas inteligentes interessantes e ganhar dinheiro por para fazer isso aí você tava lá você começou a fazer aí você tá aqui agora a gente teria que ver se você tivesse um um um sistema de emoção saudável menos estresse no ao longo do dia do que lá uhum e não foi o que aconteceu já dou spoiler é e e aí isso é indicativo de quê que existem coisas que não foram tratadas e essas coisas vão gerando mais estresse e esse estresse vai aumentando mais aí
tem gente que vai dizer: "É mais estresse porque as decisões são mais complexas" sim as decisões são mais complexas mas se a capacidade aumenta o estresse deveria aumentar porque a capacidade é mapeamento da realidade uhum e se você mapeou mais realidade logo aquela realidade te dispara menos emoções menos estresse então você teria que ter menos disparo emocional o o o que gera o stress não seria a complexidade dos problemas mas sim a minha interpretação da minha realidade exato e a tua interpretação da realidade ela pode tá por mais que você estude por mais que você
faça terapia por mais que você faça uma série de coisas ela pode tá sendo profundamente envieszada pela fisiologia do teu cérebro então por exemplo tem tem umas imagens que eles mostravam para crianças que tinham sofrido algum tipo de trauma na infância e aí era uma eu lembro de uma imagem que é muito icônica que é um um homem dentro de um embaixo de um carro com o elevador do carro assim e o filhinho olhando para ele e a menininha com martelo aí para algumas pessoas que não tinham passado por traumas eles mostravam ali a Grupo
Controle né mostrava aquela imagem eles falavam: "Ah eles vão sair vão pro McDonald's o papai vai consertar o carro pros menininhos irem comer no McDonald's" e teve um menino que falou que a menina tava sorrindo porque ela ia dar uma machadada uma martelada no pai e ia matar o pai e ia derrubar o carro em cima dele seja lá o que for e e essa pessoa tava se projetando como menininho na história assim e o menininho não sabe o que vai acontecer o menininho nem sabe o que vai acontecer aí enfim aí ele conta o
o autor desse livro chama Beel Vanercook ele conta no livro dele que ele trabalhava numa clínica com pessoas que sofriam com traumas pós-traumáticos e algumas crianças de 9 anos eh se masturbavam compulsivamente tinha uma menina de 10 que só falava de sexo o tempo todo queria saber com quantas pessoas a pessoa tinha transado quando ela falava com um terapeuta e aí os colegas do Becelam o prontuário falavam assim: "Tá aconteceu isso isso isso na vida do sujeito" como se dissesse: "Ah ele tomou água aí quando tinha 15 anos ele leu um livro XPTO aí quando
tinha 20 anos ele comprou um microfone branco sabe coisas banais para eles eram coisas banais mas era uma série de abusos uma série de de situações que destruíam completamente a o sistema emocional de alguém e aí nesses casos aí é é um é um ponto tão grave que a personalidade do indivíduo parou de se formar de fato e se criou uma outra então quando você vê uma pessoa extremamente narcisista você pode estar falando com uma pessoa que teve um trauma muito forte e o caminho da personalidade dela foi muito mais pro ideal do eu do
que pro ego né então ela ela é tão narcisista porque ela é muito frágil e se ela se se ela for pega errando ela colapsa é é um mecanismo de proteção nível proteção então se ela for pega errando ou falhando ela colapsa então ela pode erguer castelos de areia absurdamente grandes castelos de carta castelos de areia e literalmente pode botar água na areia e deixar bem durinha mas assim mas ainda a areia ainda é frágil e aí quando aparece a fragilidade da pessoa ela colapsa e por isso ela tenta com que não apareça esse é
o narcisismo né então eu tento fazer com que não apareça a minha fragilidade vem do mesmo lugar vem desse lugar de o ego parou de se formar e começou a se criar esse ideal de eu e esse ideal de eu em em comparação com o eu ele fica gerando esse sentimento de perfeccionismo síndrome de impostor autocobrança hipervigilância cara mas mas nem todo mundo tem um esse esse ideal de eu assim de alguma forma todo mundo tem isso em algum nível mas às vezes é funcional ou disfuncional exatamente exatamente é eu não sei não sei se
todo mundo tem algum nível quem me trouxe essa luz aí sobre esse processo foi um amigo meu que é o Eduardo eu tava passando por esse processo de descobrir isso eu falei: "Cara que que tá acontecendo?" Eu falei para ele numa conversa: "Que que tá acontecendo olha só vê se você consegue me ajudar ele é psicólogo clínico também falei: "Cara eu tô fiz uma sociedade com o cara porque eu achava que o cara era bom tal" depois eu disse: "Não não preciso" aí depois eu fui comprei uma mentoria de um outro cara eu falei: "Não
esse esse sim vai me ajudar tal não sei quê não precisa" depois fui com o sócio de um cara que eu admirava muito depois eu vi que não precisava depois eu fui com esse cara que eu admirava muito e falei também: "Ah não não é aqui" aí nesse nesse último eu falei pr pra Dani assim ela falou assim: "Tá mas você não precisa entrar numa mentoria assim tal você não precisa disso a gente sabe a gente sabe como funciona o nosso público negócio tudo a gente não precisa" e eu falei para ela assim: "Não mas
eu sinto que tem alguma coisa emocional que eu preciso ali não é nada de estratégia não" conhecimento e aí o que que eu e daí daí quando eu me toquei foi quando eu falei para ele ó eu preciso fazer esse movimento XPTO aqui na empresa e aí ele deu uma direção X aí eu falei ele não entendeu a direção que eu queria ele não entendeu o meu desenho se ele tivesse entendido o meu desenho eu sei que ele não ia falar para eu ir paraa posição X porque não faz sentido então é o fato que
ele não entendeu o desenho se ele não entendeu o desenho e eu tô esperando ele entender o desenho então é porque eu tô inseguro aí eu falei: "Cara eu tô buscando validação olha que louco" e aí a gente volta no ponto do Gogens que é o livro todo ele se validando é muito esquisito se você lê o livro com essa visão você vai ver desde o início ele tá narrando ele tá narrando experiências de trauma de infância mas você vê que tem um tom de olha como eu sou [ __ ] olha o que eu
vivi olha o que eu superei até hoje é eu não sei não conheço eu só li o livro mas eu nunca vi ele assim sabe não se tu vê as entrevistas é basicamente isso só que quando tu olha com essa ótica cara é um pouco perturbador né porque tu passa a meio que sentir pena da pessoa em algum nível né sim quando tu entende que a busca incessante de uma pessoa que atingiu patamares surreais né a a nível quase sobrehumanos tu percebe que é uma busca por validação isso e e tu entende que ela não
vai encontrar isso mesmo que ela corra sem pernas não vai é tu começa a sentir pena em algum nível é mas aí aí que tá por isso que a gente não consegue lidar com pessoas que t por exemplo tem tem muito dinheiro e fama e são depressivas a gente não entende esses caras porque a gente não entende isso quando a gente entende esse raciocínio que eu trouxe aqui fica muito óbvio você olha para um cara assim: "Ah o cara deprimiu mas o cara é famoso tem não sei quê faz show todo dia" cara e daí
isso tudo que você tá falando de show e tudo mais isso isso para ele é instrumento da busca que ele tem para ser validado mas não é toda a falta que todo falta o trauma que gera uma busca e e qual busca é verdadeiramente útil e genuína então é a busca que não é uma busca de comando desse ideal de eu a busca que é do ego mesmo né não aí você vai dizer: "Ah tá busca egoica é de ah eu quero" não não não não é isso o ego quando eu falo ego é a
instância que mapeia a realidade e diz o que que tá acontecendo o que que não tá acontecendo mas ela é uma é uma integração é a maneira mais fácil das pessoas entenderem isso é quando você tá mentindo e você tem uma consciência moral que quase todo mundo tem a não ser que a pessoa tiver um problema assim entender a consciência moral das coisas quando você tá mentindo e tem uma consciência moral de que você tá mentindo a tua voz muda tua voz fica mais fina mas tipo não mas eu falei para ele tua voz muda
se você começar a perceber que a tua voz muda você vai começar a ver que você tá meio que dissociado ali você não tá uno não é uma coisa só tem duas coisas então a tua mente ela começa a a ela começa a sustentar dois programas na memória RAM do computador uma coisa é a mentira e outra coisa é a percepção da mentira e essas coisas são são duas coisas se forem muito disso antes vai causar muito estresse e vai dar na tua fisiologia da tua cara assim vai aparecer então por exemplo eu tenho isso
aí eu sempre tento não falar mentira porque eu sou pego na minha cara assim a pessoa nossa mano por que você tá todo esquisito não tem como eu tipo não consigo sustentar por um minuto porque eu tenho esse loop de feedback muito intenso assim e aí eh o que eu tô querendo descrever como ego é quando o indivíduo ele tá operando de uma forma mais una então é eu quero fazer esse curso aí você senta com o indivíduo e diz: "Tem certeza que você quer fazer esse curso?" Aí ele poderia dizer: "Ah certeza certeza ninguém
entende nada mas eu sei que eu quero fazer tá por quê não é por causa disso aí você começa a mapear mapear mapear mapear e realmente todas as coisas que o indivíduo vai falar para justificar que ele tem que fazer aquele curso por exemplo você vai fazer um curso de neurociência são justificativas que são com base na história dele e com base no mapa que ele tá construindo da realidade e com base na previsibilidade real que esse mapa constrói da realidade se manifestar de uma forma melhor no futuro sim então é uma coisa genuína verdadeira
integrada quando é esse ideal do ego do ideal do eu é tipo eu vou fazer um curso de neurociência porque neurociência vai me dar uma imagem de ser mais inteligente depois eu vou fazer filosofia porque isso vai me dar uma imagem de ser mais intelectual e depois que eu fizer filosofia eu vou publicar um livro um ensaio e tal eu vou passar 3 anos fazendo isso olha olha como isso é distante de talvez esse cara tenha um filhinho pequeno por exemplo talvez esse cara tem um filhinho que acabou de nascer e aí que que vai
acontecer ele não vai ver o filho dele nascer crescer ter a primeira palavra andar não vai ver nada disso porque ele vai estar implicado nessa outra missão mas mas então a busca que vale a pena seria uma busca por um conhecimento que te traz um melhor mapa de realidade em algum nível e essa busca que não valeria a pena seria uma busca por pertencimento reconhecimento eh é é que essas coisas que você falou pertencimento reconhecimento fama glória dinheiro poder tal todas essas coisas costumam ser indicativos de uma busca por validação de uma personalidade traumatizada entendi
não é que são necessariamente buscas erradas mas é que quando a gente olha as coisas meio que se confundem né confundem porque é é como se fosse assim eh o indivíduo com fome né a fome vem e manifesta o quê dor na barriga a dor na barriga que você tá falando é busca por fama não sei quê não sei quê não sei quê isso tudo é dor na barriga e a fome é da onde vem essa essa coisa que é necessidade de integridade da personalidade então a a busca que vale a pena é a busca
que integre a personalidade do indivíduo então por exemplo você tem um indivíduo que é extremamente cético e aparece para ele aparece para ele algumas coisas que ele não consegue explicar acontece com ele algumas coisas que ele não consegue explicar de ordem espiritual o que que esse cara vai ter que fazer ele vai ter que recriar o mapa dele para envolver junto os assuntos da espiritualidade para que ele possa estudar essas coisas juntos né como tem aqui a Bíblia e o e o a origem das esp e a origem das espécies do lado ou ele vai
ter que ou ele vai ter que matar essa experiência que ele teve vamos dizer que teve uma experiência real assim que o indivíduo realmente sonhou um negócio e aquele negócio aconteceu e é isso assim cara não tem como explicar ponto eh vamos construir essa hipótese de raciocínio aqui ele vai ter que fazer o quê explicar esse esse fenômeno extraordinário de uma forma crítica científica cética blá blá blá criar uma narrativa sobre isso exemplificar isso dizer como explicar vai ter que mapear isso cognitivamente ele precisa de uma explicação ele precisa ou ele vai fazer isso e
vai matar o aspecto eh o aspecto miraculoso daquilo e vai tornar aquilo uma coisa um acontecimento como qualquer outro uma coincidência uma explicação racional isso é vai falar assim: "Ah o motoboy parou aqui porque tinha um cachorro latindo ele ficou muito sobrecarregado ele parou" isso é uma coisa banal acontece é uma coisa que aconteceu aí ele vai fazer isso ou ele vai modificar o sistema todo dele ele vai modificar tudo que ele pensa para poder incluir aquilo isso é como a mente funciona a mente busca essa integração o tempo todo o tempo todo busca essa
integração busca essa coesão então ela busca a coesão por quê porque se tiver dois mapas eu não consigo prever o que o que vai acontecer se tiver um mapa eu consigo prever o que vai acontecer mas se tiver dois eu tô navegando na realidade tem dois mapas pô qual que eu uso então eh lá lá nos na década de 50 um psiquiatra chamada chamado Leon Festinger eh desenvolveu uma ideia muito brilhante sobre essa questão da dissonância cognitiva e ele falava que a mente tende a matar as ideias mais fracas que estão em oposição às ideias
mais fortes então isso explica várias coisas né desde de fanatismo político e religioso até esse aspecto de o que a mente quer né se a gente fosse perguntar assim mente o que você quer eu quero previsibilidade eu quero ser una com o corpo e com as experiências eu não quero que tenha duas instâncias ali dentro eu quero que tenha só uma que duas instâncias seria aquela que eu te falei né seria por exemplo o narcisista é duas instâncias é uma que protege e outra que existe que nasceu com ele né a existência de fato o
ego funções ali e a outra que se criou como mecanismo de defesa e se confunde com a personalidade como se fosse um um eu e um falso eu então a mente diria: "Eu quero ser eu e mapear a realidade e eu quero eu quero ser una eu não quero que tenha outras coisas competindo comigo eu quero ser um ponto de consciência no universo um ponto de entendimento no universo e eu quero isso aí qualquer coisa que fora disso não é que não vai ter benefício não vai ser útil é que não vai ser não vai
ser otimizada então se você pegar esse cara que é obsessivo compulsivo e que é autoexigente vamos lá vamos construir um cara aqui um cara aleatório eh é um cara do digital que quer ter um carrão e quer voar e que quer ter avião dinheiro ser reconhecido fama glória poder quer ter fama glória e poder e tal aí esse cara é muito obsessivo e muito compulsivo muito detalhista muito perfeccionista pra gente falar para esse cara trabalhar menos a única forma que vai funcionar vai ser se a gente explicar tudo isso para ele porque ele vai falar
assim: "Não eu preciso eu preciso ter a Mercedes XPTO eu preciso ser mais eu preciso ser mais" então a gente não vai conseguir fazer com que esse cara pare por nada nem aquilo que ele fala que pararia ele vai parar de verdade ele fala assim: "Não quando eu atingir 50 milhões de de saldo líquido na conta eu paro daí eu vou cuidar do meu filho" não vai não vai porque porque não é insaciável insaciável exatamente então quando você olha esse discurso de ah o Elon Musk tem transtorno é autista e por isso ele tem tanta
performance você vê o quão isso está errado por quê o transtorno autista não tem nada a ver com a performance do cara o que tem a ver com a performance do cara é a inteligência dele e a criatividade que ele tem que são muito altas e a obsessão e aí quando você olha a infância dele você vê o Elon Musk também infância com muitos traumas quase morreu apanhando diversas vezes quando criança tinha um acampamento mas o principal é o trauma de certa forma o principal que gera obsessão o motor porque se esse cara fosse extremamente
inteligente e não traumatizado ele não seria quem ele é às vezes o trauma é mais importante do que a própria inteligência ex exato é nesse caso que a gente tá falando quando o trauma é mais importante do que a personalidade de base do indivíduo é o que a gente tá falando ali que poderia gerar por exemplo um um transtorno de personalidade né narcisista ou um borderline o a experiência foi tão forte que a personalidade que é a personalidade ela é como se fosse o nosso standby de exploração né o standby de exploração é o o
modo standard do cérebro de exploração é a personalidade então algumas pessoas tem a personalidade mais criativa e combativa e aí é assim que elas absorvem a realidade processam e respondem a realidade algumas outras pessoas têm uma amabilidade muito intensa uma criatividade muito baixa elas respondem à realidade dessa forma processam e devolvem só que quando você tem um trauma muito intenso é essa personalidade vai ser alterada uhum e aí vai criar esse falso eu é como se fosse é como se criasse uma falsa personalidade e aí em alguns casos a personalidade falsa o o ideal do
eu é tudo a mesma coisa que a gente tá falando de vários nomes né mas o ideal do eu as personalidade falsa ou o falso eu ou esses mecanismos ultra compensatórios eles vão ser mais intensos de fato do que a própria personalidade do indivíduo sim e eles vão ser muitas vezes mais reconhecidos mais reforçados e isso ao longo dos anos às vezes se torna algo eh impossível de se dissolver é tipo o o Goggens não vai deixar de ser o Gogens o Elon Musk não vai deixar de ser o Elon Musk não é é é
como se a gente pensasse numa eu gosto de pensar nisso como pensam os mecânicos você vai no mecânico às vezes o cara fala assim: "Tem que trocar uma peça" e às vezes ele fala: "O motor já era" quando ele tá falando que o motor já era só vai entender isso quem quem que quem tinha carro ruim né eu tinha um Peugeotzinho 206 deu bastante problema enfim mas o o motor do carro tem lá um buraco que passa um pistão e se esquentar demais aquilo derrete sei lá o que acontece lá dentro funde o motor né
ele derrete e não vale a pena motor exato quando o cara fala não vale a pena arrumar é porque tá dizendo assim: "O gasto de tempo para arrumar esse motor é insustentável não tem como é mais caro que o motor é mais caro do que o motor então se torna inviável arrumar esse motor isso acontece com psicologia também a mesma coisa se torna inviável aquele indivíduo eh deixar de funcionar daquela forma e passar a funcionar de uma forma que seja mais integrada com o ego assim isso num caso muito intenso assim então vamos lá mas
que não é incomum não é goggins e Musk não sei teria que conversar com eles para ver mas o Goggens no livro dele você vê a tentativa de validação intensa se ele encontrasse essa validação eu não sei o que ele faria se ele encontrasse essa validação seria seria o que traduzindo seria o quê seria ele entender esse mecanismo todo por exemplo ele assiste esse episódio e fala: "Caramba eu tenho esse negócio" aí ele começa a trabalhar isso de forma terapêutica ou seja ele começa a olhar para cada coisa que ele tá fazendo e ele começa
a dizer: "Tá pera aí mas isso isso aí é é a minha personalidade falando querendo impulsionando desejando ou é o fantasma né o fantasma da cabeça tem até no livro quando ele fala assim ele ele fala: "Eu imaginava a minha voz falando: "Gogens é isso que você consegue é só isso que você consegue" é esse esse negócio sim literalmente né o livro dele é bem explícito nessa questão bem explícito tem tem é é bem legal para estudar esse esse negócio o livro dele e aí vai ter muita gente que vai falar o seguinte: "Mas se
você resolver essa questão para ele ele não vai ser mais o Gogens no sentido de ser o cara que supera todos os recordes?" Não sei porque talvez ele gostou de fazer aquilo durante tanto tempo ele gostou de fazer aquilo e talvez o ego dele agora passe a fazer aquilo de alguma maneira a gente se se apaixona né a gente não vou dizer se apaixona mas a gente gosta de ser quem a gente é em algum nível e a gente quer sustentar isso mas existiria uma eu acredito que a possibilidade maior dele escutar esse episódio e
ele simplesmente ignorar isso porque ele ele mais uma vez a pessoa não tem não quer mudar aham ou pelo menos esse aspecto né é é um sofrimento diferente mas é é mas eu acho que o indivíduo que tem esse funcionamento todo que a gente tá falando ele só não mudaria se ele não entendesse de fato essas ideias se se a pessoa entender de fato a implicação disso ela muda porque por exemplo eu passei por essa situação eu tive um trauma muito intenso com 5 anos uma hora eu vou abrir o que foi que aconteceu mas
foi um trauma muito intenso modificou minha forma de personalidade básica era era era um um eu antes e um depois disso e aí depois era uma pessoa tímida retraída com vergonha e tal eu tive que trabalhar tudo isso para poder falar em público e tal mas antes era uma pessoa extrovertida absurdamente sociável uma criança que chegava e sentava no colo de adultos e perguntava coisas pros adultos absurdamente pró experiência né explorador e tudo mais depois eu fiquei em um certo sentido eh uma boa parte da minha vida em modo de alerta e e defesa e
de luta e fuga boa parte assim hoje agora não tô assim por exemplo mas tem uma medicação que eu tomo que se eu não tomar ela eu volto para isso ela dá uma seguradinha na tua middle assim vamos dizer é ela essa medicação que eu tomo ela eu acho que ela diminui a noradrenalina e o glutamato eu acho que é isso que acontece pelo que eu estudei porque eu vou eu eu vou tomando as coisas e eu vou estudando o funcionamento daquilo e eu e eu vou comparando com o meu estilo de organismo né então
eu sei que o indivíduo que tem pós-traumático estresse póstraumático tem excesso de glutamato no cérebro então fica um cérebro hiperacitado aí dá para ver nas imagens isso o cérebro ali mais brilhante assim naquelas imagens de acho que é pet scan que eles fazem eu sei disso aí eu sei que a medicação essa medicação ela diminui o glutamato só que essa medicação que eu tomo ela não ela não me deixa sedado dopado ela não interfere na consciência provavelmente porque ela não é gabaérgica ela não dá aquela sonolência é então é interessante porque ela diminui aquilo que
eu realmente preciso que ela diminua isso faz com que ela não tenha nenhum efeito colateral então é literalmente como se eu tomasse uma água que me cura todo dia é tipo toma ali pum funciona e o efeito dela é absurdo e quando ela funciona eh e e na dose certa também que eu tive que testar isso para caramba quando ela funciona eu percebo que a minha personalidade de base ela volta ela tá ali ainda escondida ela volta então essa personalidade se manifesta como uns uma vontade de explorar mas também se manifesta com uma alta regulação
emocional então se isso significa o quê que se eu se eu tô se eu tô no meu normal e o meu normal eu tô tentando traduzir aqui pra audiência que é o meu normal seria se a minha personalidade tivesse continuado a se formar de uma forma saudável sem o trauma né então é meu estado fisiológico basal sem alterações marcadas por experiência assim e intensas a a Dani pode estar muito estressada muito mal de TPM e o Miguel pode estar absurdamente irritado e em efeito vulcânico e eu vou est como eu vou estar manejando a situação
tranquilo no meu normal traumático cara eu vou deixar todo mundo maluco pior influência porque parece que todo mundo tá fazendo coisas para me prejudicar eu vou dizer essa criança não para e isso é por conta de não sei qu e eu tenho que fazer isso e isso e isso e isso para ela parar e você tá fazendo isso que tá deixando ela assim e não sei o que e você não entende que eu preciso de silêncio para estudar e e aí esse meu eu basal correto olharia para essa situação toda e falaria: "Meu mas você
tá tá cego você só tá enxergando a tua necessidade e sim a pessoa que tá sofrendo uma um efeito de de trauma ela ela fica assim ela só fica enxergando a necessidade dela o tempo inteiro sim a necessidade dela a necessidade dela a necessidade dela aí os relações projetando isso nos outros projetando nos outros e aí as relações são muito difíceis as as relações só vão dar certo se você pegar uma pessoa muito empática e que tenha um autocontrole muito grande uma paciência paciência muito grande porque ela vai dizer: "Ai começou agora começou" a pessoa
vai ficar 3 horas reclamando como ela é a coitadinha aí depois a pessoa passa porque é isso quando você tá sofrendo você quer essa validação você quer essa você quer esse olhar você quer que a pessoa fale assim: "Nossa realmente sei lá você ficou uma noite inteira sem dormir" você chega e vai falar para ele: "Cara fiquei uma noite toda sem dormir e tal" se ele fala assim: "Nossa comprei um livro legal" você vai falar assim: "Cara esquisito que ele não validou a tua experiência" então é é faz parte da mesma coisa do mapa né
você essa busca pela validação do teu sofrimento é validar o teu sofrimento de certa forma é cara eu passei por uma situação estressante muito difícil eu não tô sabendo como integrar ela no meu mapa então me ajuda me ajuda a integrar como me ouve me ouve falar sobre isso mas mas o problema é que esse trauma né que gera essas buscas eh por vezes essa busca ela se confunde com a nossa própria personalidade então a gente não Sim e eu passei por um por um eu sou diagnosticado bipolar e e eu sou acostumado com o
jeito que eu sou há muito tempo né então eu sou acostumado com um estado hipomaníaco que é o que eu passo a maior parte do tempo no momento em que eu comecei a tomar medicamento e ele reduziu esse estado hipomaníaco e eu comecei a entrar numa numa eutimia a percepção que eu tinha era de que eu tava em depressão mesmo em eutimia porque eu sou acostumado com aquele estado com aqueles pensamentos com uma certa impulsividade e eu não consegui aceitar isso cara eu não consegui eu falei: "Cara eu não quero viver a 200 km/h eu
quero viver a 130" mas eu nunca vou viver a 100 porque para mim é insuportável a normalidade porque eu não me reconhecia mais aham mas eu acho que no teu caso Fermento eh eu não acredito que esse medicamento que você tomou foi um medicamento que vamos lá a minha percepção sobre medicações e e tratamentos é a seguinte a maioria dos tratamentos e das avaliações psicológicas é elas são erradas você faz o quê você pega uma série de instrumentos aqui eu estou aqui com os meus instrumentos e eu sei aí vem o indivíduo e você pum
testa aqui não funcionou testa aqui e se não funcionar sei lá você passa para outra pessoa e aí você vem ah cara isso é muito louco eu passei por muitos médicos que receitavam o mesmo remédio tipo assim passei um paciente pro cara ele receitou tal remédio passei outro paciente pro cara ele falei: "Cara esse médico só dá esse remédio" tá aí vem laudos pra gente né na clínica laudos de superdotação aí você olha o laudo e você lê o laudo e fala assim: "Cara não é possível não é possível que o cara aplicou esse instrumento
aqui para medir a capacidade de atenção e tal e colocou que o cara tem TDH se na na Amnese tá falando que sofreu abuso com 3 anos cara você não pode dar diagnóstico de TDAH para uma pessoa que sofreu abuso com 3 anos porque o sistema de atenção dela vai tá vai tá muito afetado e você pode explicar a afetação lá lá nos critérios do TDH tem o último é não pode ser explicado por outra condição enfim aí tem uma hierarquia e aí que que acontece as medicações é a mesma coisa muita gente pega a
medicação e fala: "Olha que louco cara" fala assim: "Essa medicação é boa" tanto é que eu parei de falar as medicações que funcionaram para mim porque as pessoas as pessoas não conseguem entender que que esse negócio é personalizado e elas falam assim: "Fala qual é a medicação" um dia eu tava numa roda conversando com um paciente meu e mais algumas pessoas eu falando assim: "Ah eu descobri a minha medicação com com um projeto que a gente tem eu e a Dayane que é a gente faz o mapeamento genético e através do mapeamento genético a gente
vê a as rotas neurais e ela calcula lá ela tem um método que ela desenvolveu de calcular as rotas neurais e pegar os os medicações psiquiátricas e ver que caminho neural aquela aquela medicação afeta né então a minha medicação ali eu te falei não afeta o GABA e isso está escrito lá num site lá ou na bula do medicamento tá tá lá você sabe que ela não faz isso que ela não afeta o gaba e aí você tem o indivíduo que tem o gaba muito alto uhum não muito muito baixo por exemplo você vão dizer
que você tem o gaba muito baixo então isso te deixa elétrico elétrico e você tem o glutamato lá em cima aí você pega e toma um rivotril que é gabaérgico aí diminui o gaba aí você fica assim cara não existo mais porque você já tinha o gaba lá embaixo aí baixou baixou mais só que baixou tanto que baixou todo o resto mas aí disfuncionou a tua personalidade ficou disfuncional ficou tipo assim inutilizável sim e é isso que acontece na maioria dos casos você toma uma medicação e ela não é a medicação que tem que tem
que ser não é um encaixe fino aí do que aquele motor precisa né é e aí o encaixe fino o indicativo do encaixe não ter sido bem feito é justamente o quê os colaterais os colaterais tipo eu não tenho colateral nenhum essa medicação vai lá e pum reduziu aquilo que tem que reduzir tem mais nada tem um pouco de boca seca tô tomando bastante água por causa disso uhum fico com mais sede mas eu não sei se eu fico com mais sede ou se eu fico com a sede normal porque normalmente eu não tomo água
nunca eu não lembro de tomar água de fazer absolutamente nada assim eu vou vou no banheiro quando eu tiver explodindo assim nossa não consigo aguentar aí eu procuro um banheiro por conta do dessa coisa que o trauma afeta também a capacidade da pessoa de perceber os estados corporais então pessoas que têm estresse pós-traumático elas têm dificuldade de perceber que tá com fome perceber que tá com sono perceber as pistas no corpo né do que acontece e aí eu imagino que o que aconteceu com você foi isso foi eh uma medicação que você tomou que ela
não cumpriu o efeito que você precisava que cumprisse uhum aí você desistiu porque você consegue lidar melhor com as coisas estando com a personalidade mais eh funcionando melhor digamos assim eu era melhor antes de tentarem arrumar vamos dizer assim é é porque foi tentado arrumar mas mas eu encontrei hoje em dia eu tô tomando um remédio ali que ele me me segura onde precisa mas ainda assim eu eu consigo aproveitar esse esse potencial né vamos dizer é um é uma peça que ajustou o meu carro mas não me tirou a velocidade que é o que
eu gosto sim entendeu exatamente isso é perfeito não é é por aí mesmo é por aí cara é como que uma pessoa consegue identificar que ela é superdotada assim quais são as principais características que tu fala tem que ter isso para ser eu acho que as principais que tem que ter a principal de todas é a aprendizagem acelerada e a curiosidade a exploração eh são indivíduos que exploram muito então eles têm interesses eh de exploração muito intensos aí se você tem por exemplo se você tem traços autistas os interesses são menores são menos assuntos menos
assuntos então são sempre aqueles assuntos uma fixação né fixação por assunto é tem tem teorias que dizem que o o cérebro do autista não tem tanto dopamina em encontros sociais e compensa isso em outras coisas então ah gosto de flautas aí eu sou fissurado em flautas porque isso me dá muita dopamina me dá muita percepção de de domínio da realidade então eu faço flauta compro flauta leio sobre flauta então isso seria um cara por exemplo com com alta inteligência e autismo eh então é a capacidade de entender o que tá acontecendo rápido e de uma
maneira profunda eu eu eu tô gostando de falar mais dessa forma do que falar aprendizagem rápida porque não é só aprendizagem rápida aprendizagem rápida seria você dá uma coisa pra pessoa a pessoa aprende mas é é como se fosse uma lucidez rápida é uma lucidez então ela tem uma clareza sobre o mecanismo de uma forma mais macro assim ela isso ela entende o que tá acontecendo muito rápido e isso é em todos os níveis assim no nível de o que tá acontecendo nessa sala as pessoas estão bravas comigo né as pessoas estão felizes nessa sala
essa sala é uma sala legal tem espaço para sair ela ela mapeia tudo muito rápido o que tá acontecendo aqui o que pode acontecer eh mapei a personalidade dos pais por exemplo uma criança bem bem nova conseguiria mapear a personalidade dos pais e responder com base na personalidade deles eh aprende aprende conceitos abstratos muito fácil eh aprende e tem muito interesse por ideias e e assuntos complexos e aí às vezes um um desinteresse é um aparente desinteresse por coisas mais mundanas mais materiais mas não é realmente um desinteresse é um assim é falta de falta
de energia psicológica sabe é quase como se achasse irrelevante é a minha varrer o chão da minha casa ah eu sei que tem que fazer mas como é que eu vou tentar como é que eu vou pensar em varrer o chão da casa se eu tô tentando associar eh a teoria platônica com o catolicismo sim sei lá é muito interessante eu tenho uma uma coisa que me irrita muito cara que talvez esteja tenha relacionado esse sentimento é comer eu acho uma perda de tempo tipo obviamente eu entendo a necessidade biológica mas é algo que me
irrita e eu normalmente tiro um dia por semana para fazer jejum aham só pelo prazer de não ter que levantar e tomar as decisões de esquentar comida no microondas de lavar a louça assim acho inútil é é isso que eu tô falando tá isso pode ser também explicado por uma questão de você ter o cérebro tão hiperativo e tão super excitado que eu não quero fazer algo tedioso que que você não consegue fazer algo que é por exemplo você sente o cheiro e o sabor da comida de uma forma muito intensa ou não não eventualmente
eu só Exatamente então a tendência é que você sinta o sabor e a e o cheiro e a textura de algo quando você vai com alguém num restaurante que você gosta muito aí você se prepara para ir lá e sentir aquela comida mas no dia a dia você não sente nada é como se você tivesse comendo papel o tempo todo isso só para suprir a necessidade biológica exato exato exato então a minha opinião é que esse é um cérebro que não tá não tá no seu normal ele tá alterado no sentido de hiper hiperestimulado hipercitado
e com uma certa aversão ao tédio uhum é como se você tivesse É como se você tivesse então vamos lá aquela coisa que a gente falou de mapear a realidade eh e aí tem dois basicamente dois estados de exploração exploração pelo medo perigo evitar o perigo e a exploração pela curiosidade que é mapear mais coisas né tá tem essas duas motivações básicas assim que você vai falar sobre sobre a movimentação do ser humano adiante assim uhum motor da vida né motor é psicológico né porque tem fome e tudo mais mas assim psicologicamente falando ou você
quer evitar a dor evitar o sofrimento minimizar ou você quer coisas prazerosas sensações eh evitar essa curiosidade né evitar o negativo e buscar o positivo buscar o a curiosidade o o engaxamento e tal e tem um outro estado que é o estado de repouso esse estado de repouso seria aquele que você ia comer então você cara agora é hora de comer agora como é que vai o que que vai acontecer então eu me eu me identifico muito com isso eu falava pra Dani e falava assim: "Por que não inventaram uma ração só que tem que
ser uma ração que tem que ser um bloco de ração como se fosse uma banana comi pronto não tem que fazer mais nada agora tem tudo que precisa né mas eu não sentia nada não sentia o gosto das coisas eu não sentia nada e aí quando eu regulei essa fisiologia toda eu comecei a redescobrir o mundo assim eu falava assim: "Nossa é bom feijão tem esse gosto olha o cheiro do arroz caramba tem um cheiro o negócio tem um cheiro dependendo do jeito que cozinha tem um gosto diferente." Mas eu não conseguia sentir nada disso
e aí eu comecei a a perceber também at cara aconteceu um negócio comigo muito esquisito muito louco que é até eu descobrir essa dose dessa medicação que eu tomo ninguém sabia o que tava acontecendo e eu explicava pros médicos e meu Deus ninguém sabia entender o que que tava acontecendo e era um outro medicamento que eu estava tomando e que ele estava me fazendo bem não por pelo efeito terapêutico mas sim pelo efeito colateral então o que que acontecia eu tomava o medicamento três dias e eu começava a notar que se eu tomava no quarto
eu ficava mais mal no quinto mais mal no sexto mais daí eu ficava confuso até eu entender que eu tinha que tomar um pouquinho e tirar e aí eu ficava no efeito de abstinência efeito de abstinência da medicação tirava minha depressão minha ansiedade e eu falava assim: "Meu Deus olha como a vida é interessante" aí no outro dia bom depressão ansiedade pânico e despersonalização e eu cara que que tá acontecendo né e aí até que a gente entendeu que era isso eu fui fui numa médica que é a Laí que a a Laí e o
Bruno tem uma clínica de estimulação magnética né eu faço lá frequentemente com eles e aí eu tava tentando explicar para eles dois o que que tava acontecendo e ela falou: "Eu acho que essa medicação que você tá tomando ela tá te fazendo bem é o efeito colateral dela e não o efeito terapêutico porque o efeito terapêutico não vem em dois trê dias vem em quatro cinco semanas e você tá dizendo que você toma num dia dois nos outros você tá bem quando não toma" então era era literalmente assim eu tomo na segunda e na terça
para ficar bem na quarta e na quinta e na sexta aí no sábado e domingo eu tenho que tomar de novo é uma coisa muito esquisita e ninguém conseguia entender e aí nesse momento eu comecei a ter isso comecei a ter nossa comecei a ver as cores comecei a perceber quando eu pegava o Miguel no colo sentia a pele dele macia comecei a dizer: "Cara não é possível que eu não tava vivendo essa realidade não é possível que as pessoas vivem nesse lugar e eu não tava vivendo nesse lugar" porque o lugar que eu vivia
era tenho que fazer isso tenho que fazer aquilo tem que fazer aquele outro aquele outro e aquela outra coisa e aquela [ __ ] e aquela outra coisa meu Deus e esse livro esse livro não li é essa tem uma anotação nesse livro aqui onde é que tá onde é que tá uma busca insaciável insaciável incessante o tempo inteiro e uma ausência total do mindfulness né tipo sempre buscando buscando buscando buscando pr presença zero assim sempre sempre em busca então por exemplo nesses estados que eu falei né repouso busca por evitar o pior e busca
positiva né busca por recompensa eu tava alternando entre esses dois o tempo todo busca por recompensa que era nos hiperfocos e a busca por evitar o pior só que essa aqui que é a que deixava mais estável assim quando o Miguel nasceu já era eu não conseguia mais ficar em hiperfoco estudando alguma coisa que eu gostava porque o Miguel dava tanto trabalho pra Dani que ela chegava e falava: "Nossa eu tô muito cansada e tal" e aí quando eu ia estudar eu pensava: "Cara ela também gosta de estudar tanto quanto eu" e ela não pode
estudar eu me sabotava e não conseguia culpado me sentia culpado não conseguia estudar mas o que aconteceu foi essa regulação de áreas cerebrais e de neurotransmissores ela me mostrou que eu não tava vivendo como a maioria das pessoas vive e por que que eu digo isso porque existem pesquisas dizendo que a maioria das pessoas não não geram um estresse pós-traumático depois de um trauma e a maioria das pessoas não vive nesse estado de luta e fuga constante ou de busca eh por recompensa constante a maioria das pessoas vive uma ela ela vive como se fosse
um uma rotina de exploração e ela consegue ligar isso né ela consegue ligar claro que ela é despertada por algumas coisas ah eu passei no na livraria e vi um livro que eu acho acho que seria interessante é um caso onde ela foi despertada por algo mas é as pessoas quando elas estão eh saudáveis fisiologicamente mentalmente elas conseguem olhar para aquele livro e falar: "Não quero ler isso agora e tá tudo certo" e aí foi quando eu descobri que eu não tinha não tinha isso cara mas mas [ __ ] eu tô eu tô me
sentindo um pouco mal assim porque eu não tinha mapeado esse eu eu acho que eu tenho um pouco problema eu vivo eu vivo num estado de exploração constante e eu sinto na verdade um prazer inenarrável na na exploração tanto quanto na vivência de experiências porque eu considero a vivência de experiência uma uma um exploração né exploração de estados psicológicos tipo sei lá Á pô eu quero fazer curso de paraquedismo agora cara para mim aquilo é uma exploração Aham tremenda magnífica assim né pelos estímulos e tal sim e eu não assim não é saudável viver em
estado de exploração constante é isso que tu quer me dizer isso é porque se você pegar o modo mais fácil de você ver isso é é é ver através da criança que não foi traumatizada obviamente então vou pegar o exemplo do Miguel ele tem 3 anos ele se eu estimular ele o dia todo das 2as da da tarde até às 20 da noite ele não dorme ele não consegue dormir aí a gente tem que dar umas gotinhas de melatonina que é um suplemento que foi eh indicado para ele também com com uma pediatra para ele
poder puxar o sono uhum e aí ele dorme é eu tô com uma ketapinazinha ali de 25 que que que acontece ele fica estressado para caramba porque ele fica usando o sistema de atenção dele o tempo todo sem descanso e aí o corpo dele entra numa estafa né entra numa coisa assim ele começa a ficar irritado ele começa você consegue ver isso de uma forma muito intensa na criança pela pureza daquilo que ela tá sentindo aparecer o tempo todo não tem o corte frontal para filtrar então então assim você consegue ver que quando ele tá
em homeostase eu chamo de de homeostase e alostase emocional para poder para poder ter na cabeça esse esses dois estados quando ele tá em homeostase ele fala: "Eu quero eu quero comprar dinossauros" aí eu falo: "Filho não dá para comprar dinossauros agora porque a mamãe tá indo para cortar o cabelo e tal não sei quê a gente não vai agora" ele fala: "Tá bom" quando ele tá naquele estado de alostase se não dá para comprar dinossauros e ele quer comprar dinossauros ele se desregula e ele começa ah ele começa a gritar e chorar e ele
não consegue parar de chorar eu tô com um craving pela exploração assim e aí eu percebo que ele não consegue eu percebo que ele não consegue ter ele não consegue ter autocontrole autopercepção autorregulação nada disso ele não consegue ter nada disso ele paralisa total essas funções de de essas funções de manutenção paralisa tudo e fica só essa função de de exploração mesmo sabe então por exemplo vamos falar vamos falar do David Gogs né eh foi saudável isso que que o cara fez na história dele nem um pouco porque o cara correu com a perna quebrada
essa aqui é uma [ __ ] de uma história né nossa correu com a perna quebrada e botou fita lá e foi beleza mas ele poderia ter ficado sem andar para sempre que aquelas duas pernas dele poderiam ter sei lá rachado sei lá o que poderia ter acontecido então seria interessante que ele fizesse uma baita de uma corrida de 500 km seria mas precisas ser daquele jeito porque ele ele se recuperou de uma corrida anterior ele ele correu tipo 160 km aí ele ficou dois dias se recuperando e começou a treinar para outra corrida de
300 kg sei lá uma coisa assim eu sei que é uma baita história eu sei que ele conta isso eu sei que ele vende curso e palestra e um cambal sobre isso mas do ponto de vista fisiológico é óbvio que não é saudável e do ponto de vista psicológico eu posso afirmar que não é porque o ponto de vista psicológico o saudável seria se ele tivesse feito tudo isso por uma escolha ele não fez por escolha ele fez por necessidade extrema ele é ele é refém da busca por validação ele é isso é isso tipo
de um escravo é um escravo daquela necessidade então eu sei porque eu vivi isso boa parte da minha vida quando eu fazia músicas eu eu não eu não conseguia fazer uma música e ouvir e falar que tava bom porque aquela música que para mim tava boa no momento que alguém falasse que alguma coisa tá ruim ela se tornava um lixo e descartava aquilo e aí eu buscava: "Não então agora eu vou fazer a música perfeita ou eu vou tornar essa música que eu fiz aqui perfeita e aí não tem como porque alguém vai dizer que
alguma coisa tá ruim o tempo inteiro alguém vai dizer alguma coisa e às vezes se alguém é tu mesmo que escuta de novo e acha uma nota errada uma palavra mal colocada é então não é uma busca saudável não é uma busca interessante mas o ponto que você tá tentando o ponto que você tá tentando eh construir para você mesmo agora eu acho que é o seguinte eh eu acho que é eu devo parar de fazer um monte de coisa que eu faço não você só deve fazer da perspectiva correta né então por exemplo eu
gosto muito de escrever eu sou muito crítico com as coisas que eu escrevo e eu quero escrever só que faz um tempão que eu não consigo agora percebendo essa coisa toda esse lance todo do ideal do eu e essa coisa toda aí eu consigo entender que agora não consigo fazer do jeito que eu quero e não consigo fazer do jeito que eu preciso e tá tudo certo e eu consigo projetar por exemplo a gente tá mudando para cá para isso né a casa tem um aspecto ali que a lógica da casa vai me possibilitar fazer
mais tempo mais tempo de estudo assim mais tempo de pensamento tal por causa dos ambientes da lógica dos ambientes então eu começo a falar assim: "Tá daqui um mês e pouco eu vou começar a fazer e tal vou acordar mais cedo aí vai eu acordo lá naquele lugar eu posso ir até lá não faço barulho não acordo ninguém lá no lugar que eu tô agora não tem como eu acordo de manhã se eu acordar 5:30 só o fato de eu fazer café às vezes já acordo o Miguel e daí quando ele acorda ele quer brincar
comigo ele fala: "Papai vamos brincar?" Aí eu vou olhar para ele e vou falar: "Não eu tenho que estudar mesmo com a perna quebrada" minha busca ela é incessante eu poderia estudar com a perna quebrada eu poderia correr com a perna quebrada não é esse é poderia negligenciar o teu filho esse não é o problema então assim você pular de para-quedas não é o problema você querer correr uma maratona não é o problema você querer fazer um triaton não é o problema o problema é você fazer isso de uma perspectiva psicológica que não importa o
que você faça você nunca vai ter um estado de relaxamento e calma esse é o problema porque a nossa busca seria para aumentar a nossa zona de eh território explorado conforme eu aumento ele mais tempo de repouso eu posso ter mais estatístico mais confortável com a realidade tu fica né é não significa que por exemplo ah eu descobri que o ser humano morre é uma expansão de consciência aí tá isso colapsa um pouco a minha calma mas em geral quanto mais exploração de realidade você tem de uma forma saudável mais tempo você vai ficar calmo
uhum então aquela aquela coisa que acontece quando você faz exercício acho que você já deve ter visto isso quando você faz exercício cárdiriratório o teu coração começa a conseguir tocar o corpo com menos batimentos né sim diminui muito porque o basal vai lá para baixo isso é isso aí é isso aí que a gente deveria buscar na parte psicológica então diminuiu o basal diminuir o basal de estresse e ansiedade e medo e luta e fuga e raiva com a ampliação da realidade então eu não vejo nenhum problema no El Musk querer ir para Marte eu
só vejo o problema se o fato dele precisar construir um foguete para ir paraa Marte não deixa ele descansar um minuto da vida dele sim ele dormia nas fábricas aí isso é um problema porque é insustentável para aquilo que ele quer cara mas eu tenho essa sensação cara eu tenho essa sensação de que no no treino de corrida né para melhorar o meu coração eu tô a linguagem de corredor mas eu tô fazendo um fart eu não tô descansando né fartleque é aquele que só diminuir um pouco o ritmo acelera mais diminui um pouco o
ritmo acelera mais eu não tô tendo aquele faz muito tempo que eu não sinto esse eu não na verdade eu achava que era normal não sentir até tu falar isso agora cara eu tô fazendo terapia muito tempo velho mas é difícil né a questão complexa de compreender é é complexo eu acho que isso se talvez seja um dos fatores pelo qual eu tô bem grisalho cara eu tô com aspecto mais velho inclusive do que eu deveria estar quando você quando eu vim a primeira vez eh você tinha pouquíssimos fios brancos né bem poucos eu lembro
que naquela época que na época que a gente se conheceu você tinha começado o podcast podcast tinha começado a funcionar aí você tirou todo mundo e foi fazer sozinho uhum eu passei por uma coisa muito parecida assim eu tinha um sócio aí eu tinha no meu relógio media lá trabalhando repouso trabalhando repouso aí vou te mostrar até eles eu eu falei vou sair da sociedade o meu relógio foi assim ó estresse todo dia aí todo dia era estresse alto do da hora de acordar até a hora de dormir aí na hora de dormir repouso porque
todos os problemas são a tua responsabilidade né de certa forma exatamente vou te mostrar eu eu acho que é isso que você precisa eh você e a galera toda a galera toda né todo mundo tá meio com essa dor o meu eu tô sempre no sempre surpreendentemente com o strress alto né começa se esperar é isso eu tenho inclusive um pouquinho de pressão alta isso aí isso isso é uma coisa que assim não é aceitável isso que eu quero trazer não é aceitável porque não porque não precisa ser assim entendeu mas isso é um aspecto
ó comportamental o meu estresse quando eu cara olha olha como é mágico isso o meu estresse na hora de tomar café com o Miguel ali porque eu eu planejei sair cedo eu planejei chegar aqui com meia hora de antecedência aí a Dani falou assim: "Me ajuda a levar o Miguel que a gente tá no hotel me ajuda a levar o Miguel para baixo e pelo menos pegar as coisas do café para eu poder começar o café" eu falei: "Tá bem aí eu fui lá eu fiquei Miguel não sei que come e o Miguel eu não
quero comer e eu quero ir aí ela deixa eu pegar um outro negócio lá eu tá ela foi aí ela falou assim agora espera para eu pegar um outro negócio aí eu fiquei estressado nesse momento aí tu veio aqui ó cara mas olha só depois que eu vim para cá olha olha olha o nível de estresse que eu tô agora comparado com quando eu tô dormindo que é o azul sim tá vendo sim tu é tipo assim eu estou em repouso tu está em repouso é eu tô usando a cognição tu teve aquele pico de
strress ali por causa dessas situações até vir tu chegou tu tô em repouso a gente tá conversando e eu tô explorando intelectualmente mas eu tô usando o cortex préfrontal então eu tô fazendo o quê eu tô simulando realidades com a imaginação intelecto e tal pá pá pá pá mas eu não tô nervoso tranquilo não tô ansioso um pouco porque eu já eu já sei falar e já sei como é que então eu não fico estressado aqui falando mais beleza mas esse para mim é um momento de estudo como se eu tivesse em casa estudando só
que agora olha aqui ó antigamente o meu dia a dia nessa época que eu tava que Olha só Jesus amado pô mostra pra câmera assim dá para ver um laranjão então ó esses períodos esse período azul aqui é o período que eu tava dormindo aí quando eu acordei tá aqui aí olha só uma coisa interessante faz infartar galera então olha só uma coisa interessante eu cheguei pra minha irmã quando eu fui pra Passo Fundo que ela mora lá ela é policial né policial penal olha olha o estresse que deve ser e aí o que que
eu falei para ela eu falei: "Vamos medir o teu stresse para eu ver aqui como é que tá aí o meu o meu ó no nos dias que eu tava lá né tipo às vezes eu eu tava sem trabalhar então isso naturalmente me deixa um pouco mais estressado mas eu coloquei o relógio nela olha aqui esse momento é o momento que ela pôs o relógio tá vendo cara meu Deus deu um pico aí ela eu perguntei pr ela: "Você tá estressada tá ansiosa?" Ela falou: "Não normal esse é o normal dela o normal é numa
linha de zero a 100 de estresse tá batendo 90 e poucos" ou seja o corpo tá falando assim: "Socorro cara a gente tá lidando com perigo extremo aqui." Então é a mída ela ativada ela tudo isso sistema emocional luta e fuga cortisol cortisol cortisol e aí por que que ela tem que estar em cortisol no momento que ela tá na casa da mãe dela falando com o irmão dela e aí todas as crianças brincando não tem motivo para estar o cortisol elevado nesse momento a menos que você tenha um transtorno de ansiedade um transtorno depressivo
qualquer coisa do tipo então enfim aí a gente regulou o negócio lá ela falou: "Nossa agora eu tô muito bem eu percebi o que que era que tava me me fazendo mal que era ela tava tomando a Ritalina desse jeito e eu também tava uma uma época tomando a Ritalina desse jeito aí que que acontece eu ficava com vontade de matar gente assim nossa passava na minha frente eu queria destruir a pessoa assim sai da minha frente que eu preciso passar ah sabe porque eu tava cara eu já tava aqui já tava aqui alto o
estresse aí você joga dopamina e nor adrenalina e vai para outro nível você diz: "Meu quem passar na minha frente eu vou trucidar é gasolina porque eu quero fazer o que eu quero fazer que eu quero escrever um artigo de 50 páginas hoje." Aí a pessoa fala assim: "Mas hoje a gente tem que levar o Miguel na escola e depois levar ele no médico" e aí você diz: "Ah olha que louco cara" e aí você toma remédio para atenção né para TDAH sendo que você tem um sistema assim que assim aqui pode ter certeza que
a atenção tá toda tá tá a atenção tá toda voltada para sobreviver sei lá é conversa mental assim problemas se você perguntar para ela tanto que eu perguntei que que você tá pensando agora ela tá ah pensando em um monte de coisa que tem que fazer e tal aí eu falei tá pensando em problemas não problemas não mas coisa que tem que fazer coisa que eu quero fazer coisa ou seja conversa mental é tipo tá gerando eh o corpo tá estressado e a mente tá tentando dizer o que que tá acontecendo a mente tá tentando
responder e tá tentando falar assim: "Cara o que que a gente tem que fazer para ficar bem para onde a gente vai?" E aí essa conversa mental com Só que é uma busca incessante né porque tu e é um estado mental que quando tu soluciona aquele problema obviamente surgem outros uhum então o problema ele tá de certa forma no jeito que tu encara a a realidade né exato tem uma analogia que eu que eu costumo fazer que eu acho que ela é válida eh se acontecer um fenômeno aqui por exemplo essa garrafa que eu estourar
ela aqui na mesa agorum ela pode ser uma realidade traumática para ti e não traumática para outra pessoa que observou o mesmo fenômeno então o teu nível de estresse pode disparar ou ou não só que a grande questão é como que a gente diminui esse basal de stress pô como que a gente regula esse stress e como que a gente interpreta a realidade de uma forma melhor então a minha hipótese é se você tiver falando de um indivíduo primeira coisa a gente entender ó mais um mais um gráfico aqui ó do dia a dia normal
sim dia a dia normal esse cara aqui sabe muito de psicologia esse cara aqui o software né o meu não não não o meu eu desse desse desse dia ah esse dia daquele dia ali ele sabe tudo que eu sei ele sabe tudo então se você sentar e falar para ele interpreta a realidade de outra forma ele vai dizer interpreta você sabe que isso é uma distorção cognitiva ele fal que é a fala dos dos meus pacientes eles falam assim: "Cara desculpa Jean desculpa falar isso mas cara eu não suporto terapia eu vou fazer a
sessão com você aqui tá eu vi que você entendeu o que eu tô falando mas cara é um saco eles falam porque eu chego lá e a pessoa me fala óbvio ah nossa não vou nem entrar nisso porque já é estressante até de falar mas a questão é esse cara ali desse dia esse dia sabia tudo que eu sei como que ele não conseguia se regular porque não era um problema de software não era um problema de lógica não era um problema intelectual não era problema psicológico mental eu eu tento separar isso dessa forma né
psicológico mental eh lógico isso tudo é não é material físico é é outra coisa é um software que tá rodando al vai funcionando lógica uma lógica então é a mente mente cérebro são coisas diferentes então hardware eu penso em hardware software que fica mais fácil de explicar quando o hardware tá eh com problema ele afeta o software uhum então se você tem um computador que tem um chip eh que não funciona a placa mãe não registra informação nova por mais que você decodifique a realidade de formas inúmeras tem um ponto ali que aquele software tá
sempre voltando naquele ponto seu eu tenho que ser mais amado você tem que meir mais olha só a minha dor né faz isso faz aquilo é tipo assim não mas eu sofro mais mas eu sofro mais aquele hardware tá tá ali pifado aquele hardware não tá funcionando então isso significa o quê pode significar cortisol excessivo ao longo do dia pode significar um cérebro com muito glutamato e pouco gaba né então o o excitatório tá lá em cima e o inibitório não não existe ou pouca serotonina ou pouca dopamina ou pouco sei lá o quê então
é o hardware tá com problema esse problema do hardware pode significar um trauma pode significar uma doença mental pode significar uma neuroplaidade apenas pode significar muita coisa o fato é a gente quando a gente vai ajudar alguém primeira coisa se a gente olhar e desse caso e falar assim: "Isso é problema de software isso é problema de hardware" uhum se é problema de software eu vou conversar com esse indivíduo ele vai entender a lógica ele vai enfim então aquela conversa que eu tive com o Eduardo uma conversa de 1 hora e meia que ele cara
ele reescreveu meu software foi incrível assim eu falei assim: "Is que você fez é insano." Ele falou: "Não eu só fiz o feijão com arroz eu só fiz o feijão com arroz ele para ele aquilo ali é tipo assim é o feijão com arroz da psicologia e é mesmo você entender a estrutura da personalidade do indivíduo e mapear ali o que tá acontecendo os esquemas compensatórios que ele tá tendo e tal mas aquilo ali foi o quê não mudou nada no meu hardware ele não injetou dopamina não injetou serotonina não fez nada não diminuiu o
cortisol ele fez com que eu pensasse outras coisas a partir desse pensamento que eu pensei que ele me fez pensar aquela aquela lógica de o ideal do eu e o eu depois daquilo toda e qualquer experiência que eu tenho eu comparo com antes e eu jogo essa lógica e eu falo eu vou lá no Sangroselli falar com o fermento mas quem é que vai falar vai ser o G real ou vai ser o G que quer exposição vai ser o dia real beleza então isso me diminui o estresse então vê como às vezes o software
influencia no hardware sim perfeito só que nesse caso que eu tô falando essa conversa que eu tive com o meu amigo com Eduardo lá que também é psicólogo ela foi uma conversa que eu tive quando eu tava no basal calmo não tava ah porque até então eu ligava para ele ele falava: "Cara essa é a primeira vez que eu ligo para você e ele me falou: "É a primeira vez que eu ligo para você a gente conversa e você me fala as coisas de uma outra ordem que não me parece que você tá tentando buscar
uma validação externa de alguma coisa." Ele falou: "Parece que pela primeira vez você vivenciou alguma coisa e você quer transmitir isso pro mundo" ele me disse que é que que eu tava vivendo tava vivendo essa essa experiência de eu falar assim: "A gente não pode mais tratar a saúde mental dessa forma como a gente trata porque se uma pessoa tá com câncer a gente fica com pena se a pessoa tá com depressão a gente culpa a gente não entende nada sobre saúde mental a gente a gente não entende nada nada e aí a a pessoa
tá sofrendo e basicamente assim ninguém tá nem aí pro teu sofrimento mental porque é uma coisa invisível difícil de entender então a gente não trata isso de uma forma que ajude a pessoa então por exemplo a gente deveria fazer uma sessão com a pessoa uma sessão com o cônjuge porque a pessoa entende o que ela tá passando o cônjuge não entende aí ele ferra com o emocional dela não tem como e aí eu tava passando por esse processo de cara eu entendi tem que ser assim então a gente tem que entender o organismo daquele indivíduo
e a gente tem que entender o padrão dele que a gente tem que mapear o hardware desse cara depois a gente tem que mapear o software desse cara e depois a gente tem que usar essas duas coisas juntas aí é é como se fosse uma psicoterapia de precisão sabe é como se fosse uma psicobiologia uma coisa assim tu vai com o o mecânico que vai mexer no hardware ali na na no motor do carro mas tu vai com o cara que vai mexer na parte eletrônica do carro ali nos estímulos e como que é transmitida
a velocidade a injeção eletrônica e tal exato é é o cara vai dizer assim: "Ah tem que botar mais energia mais volts aqui na direção para ela ficar mais mole" aí o psicólogo vai falar assim: "Tá mas se a direção ficar mais mole numa curva se o cara tá com sono ele pode girar e bater então vamos vamos fazer o contrário vamos diminuir." Aí o cara vai lá e diminui então é isso é essa união entre essas duas principalmente essas duas áreas né que é a da biologia e da psicologia mas por por vezes esse
comportamento da pessoa é tão disfuncional que afeta o hardware né tipo a pessoa não come não dorme não é isso que eu tava falando é esse aí é aí que aí que eu ia chegar então quando o hardware tá tá ruim seja porque traumatizou e a e aí o corpo começou a querer se adaptar à aquele trauma de forma de entender que a realidade é uma coisa muito difícil que é muito perigosa então eu vou ligar o meu sistema de alerta o tempo todo e nunca mais vou baixar ou seja o caso de eu preciso
dopamina e experiências e preciso coisas radicais e o tempo todo eu preciso conquistar conquistar conquistar para eu não me sentir estressado e ansioso isso vai modificando harder conforme o tempo passa então às vezes você não consegue fazer o que essa conversa que eu tive com o Eduardo fez que foi nossa o mecanismo é esse a causa é essa então a partir de agora o comportamento vai ser esse o correto e o errado vai ser esse aqui quando você tá com hardware bom você consegue ter essa conversa então quase que seria dizer assim para você fazer
um tratamento psicológico primeiro você tem que fazer um tratamento biológico uhum né você pega o indivíduo todo inflamado todo estressado todo angustiado todo ansioso e fala para ele: "Olha você tem que fazer isso e depois isso" impossível cara por isso que a estimulação magnética transcraniana por exemplo é muito boa o que que é isso é é um é uma técnica de intervenção eh cerebral assim você vai colocar uma bobina de de ela ativa um pulso magnético e esse pulso magnético passa a calota craniana atinge os neurônios e ativa passa ativa a membrana celular dos neurônios
e por exemplo dispara a dopamina ali numa área então e aí eles conseguem modular as áreas cerebrais de acordo com com a necessidade de acordo com a necessidade então se aplicar por exemplo 5 Hz aumenta a frequência aumenta o funcionamento e se aplicar 1 Hz diminui o funcionamento então por exemplo eu fiz aqui na área a F3 pra depressão ela joga 5 Hz ela impulsiona que ela é uma área que quando você tem um paciente depressivo essa área do cérebro aqui tá hipoativa então a gente ativa ela mais com a estimulação e essa área que
é F4 a gente inibe então paciente hiperativo paciente com TDH paciente com ansiedade paciente com insônia paciente com eh com tag é tudo é tudo aqui que a gente inibe tudo e aí essa técnica ela é como se fosse ela é como se fosse como é que as pessoas vão entender esse negócio uma geometria e um balanceamento assim não não é um geometria um balanceamento geometria e balanceamento seria o tratamento correto ela é ela é uma por exemplo um rivotril sabe o que que é o Rivotril né o Rivotril é o pessoal tá muito ansiosa
rivotril baixa ativo sim el baixa então a estimulação magnética ela é isso ela é uma intervenção que ela é rápida focada extremamente eficiente tal qual um medicamento para isso só que sem você ingerir nada e tudo mais só que ela é uma técnica perfeita para isso assim você pega o indivíduo ele fala assim: "Cara eu vou me mat tô muito ansioso." Você vai lá 10 sessões o cara tá assim: "Ah tô bem é incrível" é como se fosse uma acupuntura tipo o cara tá com dor num negócio se ele tomar um relaxante muscular ele fica
inteiro lesado mas a cultura vai lá e isso aí exatamente é uma intervenção é uma intervenção é uma intervenção no hardware com absurda precisão e automática assim não cara isso tem nível de evidência já ou é o Tem tem nível de evidência a pra depressão paraa ansiedade aí por exemplo nos Estados Unidos eles tratam isso eh eles tratam muito mais rápido do que aqui os protocolos que eles usam lá tipo você consegue chegar e fazer 20 sessões num dia aqui eu fiz lá com o Life Brain lá lá no no em Cotia São Paulo eh
e a gente fez para mim a gente fez 10 sessões em uma semana uma amanhã e uma tarde paraa Dani também a gente fez 10 sessões em uma semana uma amanhã e uma para tarde e a Dani ficou assim: "Cara minha ansiedade foi embora eu ainda precisei da medicação por quê por causa do stress pós-traumático então eu tenho problemas de software e de hardware ela provavelmente tinha só um problema de hardware corrigi o hardware ela foi embora e aí eh mas isso eh dura quanto tempo ah aí que tá a estimulação é como se fosse
assim ó a estimulação magnética transcraniana ela é como se fosse uma uma neuroplasticidade com uma distorção de tempo assim em vez de você ficar um ano para por exemplo você faz terapia e fica um ano e aí você diminui o teu diálogo interno você consegue fazer isso em uma semana com a estimulação porque você força uma neuroplidade de forma direta uhum então por exemplo uma terapia falando de forma indireta o meu córtex pré-frontal eh dorso lateral direito iria baixar a atividade uma terapia para ansiedade durante um ano meu córtex préfrontal dorso lateral direito ia baixando
baixando baixando aí você vê o indivíduo antes e depois o cótex perfrontal ali baixou você consegue fazer isso na na estimulação por exemplo Team Ferries conhece team Ferries fez 50 sessões em dois dois três dias assim para toque ele falou: "Cara eu tava com toque absurdo eu não conseguia parar de lavar a mão e tal" eu fui lá e fiz 20 sessões num dia 20 na outra ele sumiu meu toque sumiu ele falou tipo para sempre sumiu é e aí que tá sumiu se você tiver um hardware que ele tá muito muito danificado seja a
neuroplidade daquele cérebro para criar uma realidade estressante tá tão intensa ele pode ir voltando aos poucos então na estimulação magnética o que eles fazem eles fazem o período de indução que eles chamam que é que são as 10 primeiras sessões induz o cérebro a voltar pro estado que ele precisa o basal assim no ness é você consegue ver através de do ECG né que é o exame das ondas cerebrais você consegue esperar esperar que o córtex perfrontal se comporte de tal forma segundo um padrão né por exemplo é normal que o córtex perfrontal tenha mais
ondas altas do que o resto do do cérebro aí se você vê isso que vê que não tá você diz que tem algo errado então teria que eh estimular e aí essa essa neuroestimulação eh que ela é através dessa técnica que ela é de forma meio que direta né de direto porque literalmente atravessa a calota craniana e liga o cérebro naquela área ou vai desligando aquela área só se você tem um indivíduo que tá com ansiedade muito tempo talvez você precise fazer semanalmente essa essa essa essa indução de novo então é como se fosse assim
o cérebro dele quer ficar aqui aqui é o perigo aqui é ansiedade extrema aqui é ansiedade insônia depressão tal aí você faz a estimulação 10 sessões você coloca ele para cá que é o estado de calma aí a realidade do cara e a neuropacidade do cérebro dele começa a empurrar ele de volta uhum e aí você faz uma semana de novo uma manutenção aí ele vai E aí conforme você vai fazendo isso ele vai voltando cada vez menos é é a roda do carro que tá torta só que o cara tá passando na mesma rua
isso e que é a rua que tá entortando exato exatamente só que aí depois eventualmente o cara aprende a dirigir melhor e desvia os buracos vamos dizer assim é exato exatamente exatamente isso cara que da hora velho que interessante isso é é caro ou é algo acessível então vamos falar de de caro e acessível se você analisar a efetividade de um tratamento psicológico e psiquiátrico principalmente para indivíduos muito inteligentes estatisticamente assim a a proporção de acerto é muito baixa então é um problema mais complexo muito complexo é e então você vai ter ali por exemplo
você vai ter consultas psicológicas um ou do anos consultas psiquiátricas um ou do anos e mais remédios dá para jogar no mínimo uns R$ 20.000 em 2 anos que o indivíduo vai gastar né a as sessões de estimulação magnética costumam custar por volta de R$ 400 a R$ 600 uma sessão tá então quando você por exemplo se você fizer 10 sessões o teu cérebro já vai pro lugar certo digamos né dependendo da tua da tua realidade você só precisa daquilo às vezes você precisa de mais por exemplo a minha irmã precisou de mais porque ela
é policial trabalha com estresse elevadíssimo eu precisei de mais também a Dani não a Dani fez 10 depois ela fez uma uma manutenção depois de dois meses eu acho depois ela fez depois de um mês e depois não fez mais e aí às vezes ela fala: "Cara eu vou precisar eu tô sentindo que eu tô desregulando" aí ela faz uma uma manutenção então ela volta mais rápido do que eu ela volta muito mais rápido do do pelo eh do que eu pro eixo e eu preciso de mais a medicação ainda que tem que diminuir o
glutamato e e uma outra que é a psilocibina não sei se você conhece que a psilocibina ela é eh ela é um ela é um um produtor de neuroplidade né é um é um cogumelo e tal e ele produz muita neur neuropade microdose é uma dose bem pequenininha então uma uma dose uma dose de 1,5 ou 2 g é usada para para recreativo para psicodélico tal e a dose que eu tomo é de 100 a 200 mg eh milg 0.1 é e aí essas duas associadas para mim me deixam no estado de não estou em
fuga nem luta nem exploração nem nada aí eu consigo entrar nisso se eu quiser eu consigo entrar em modo de exploração em modo de luta em modo de fuga só que eh voluntariamente voluntariamente né não significa que você não pode me estressar que me deixar maluco pode sim mas vai demorar muito mais tempo muito muito mais tempo no meu normal eu não consigo nem te olhar no olho por exemplo não consigo porque o Tu tem essa evitação o olho das pessoas é como se fosse o sol é igualzinho o sol é uma questão de de
estresse pós-traumático também eh em vários estudos eles eles mediram a a quantidade de tempo que os indivíduos passavam olhando pro olho das pessoas né e as pessoas que tinham estress póstraumático ficavam muito pouco tempo olhando uhum muito pouco isso é muito esquisito porque normalmente o estresse pós-traumático envolve pessoas envolve assim eu tava numa situação difícil causada por pessoas ou pessoas que estavam junto causaram a situação ou pessoas que estavam junto me ajudaram na situação então envolve pessoas e aí o indivíduo que passa por isso ele costuma ter um certo uma certa ambivalência com a relação
às pessoas eu preciso muito das pessoas mas ao mesmo tempo eu não consigo eu não consigo me sentir vulnerável perto de ninguém eu não consigo abrir nada para ninguém eu não consigo ficar confortável perto de ninguém então o ser humano é meio que um objeto esquisito meio sabe meio causador de mal meio perigoso não confiável confível não 100% confiável acho que olhar no olho da pessoa tem a ver com confiança tem a ver com confiança tem a ver com tranquilidade com confiança com calma e aí você eu eu por exemplo se eu tô sem as
medicações todas eu não consigo eu fico olhando pra boca fico olhando pro nariz fico olhando pro microfone fico olhando para todo lado mas não consigo olhar no olho isso é isso é comum isso é comum entre as pessoas que sofreram trauma cara eh o muitas pessoas vivem sob as condições que tu citou agora né é muito comum as pessoas terem traumas ou mais leves mais moderados ou mais Sim sim eh e qual que tu diria assim que é o o primeiro passo eh para uma pessoa que se identificou assim com algum com algum traço de
trauma alguma coisa nesse sentido eh o que que a pessoa deve buscar às vezes ela não tem recurso né por exemplo para fazer uma psicoterapia para poder tomar remédio ou para fazer essa neuromodulação deixa deixa no banheiro antes eu vou responder a primeira coisa que a pessoa deveria fazer é entender que existem dois estados fisiológicos que ela vai ter que entender muito bem e ela vai ter que quando ela for pensar sobre o que aconteceu trabalhar sobre o que aconteceu seja com algum profissional seja sozinha ela não vai poder vivenciar ou rememorar ou falar sobre
o assunto enquanto ela estiver num estado parecido com aquele estado que ela vê vivenciou a situação então tem dois estados basicamente que é o estado de luta e fuga exploração e congelamento e tal e o estado de repouso o estado de repouso vamos chamar de homeostase e o outro estado vamos chamar de alostase né alostase seria assim abriu a estrutura para poder fechar em algum momento né explorar ou lutar ou seja lá o que for beleza quando ela tava no trauma ela estava nessa estrutura aberta ela estava nessa estrutura de luta e fuga e congelamento
exploração ela certamente ela teve uma descarga absurda de cortisol certamente ela teve uma uma descarga absurda de noradrenalina certamente ela ficou com muito medo ficou com pânico ficou assustada e o sistema eh o sistema de o sistema digestivo parou eh o o sistema de como é que chama o sistema imune desligou sabe então o corpo dela tava em modo vamos economizar economizar energia para lidar com essa situação aqui porque a gente pode morrer o corpo tava entendendo isso modo de segurança né modo de segurança se ela se ela acessar memórias quando ela tiver estressada ela
começar a pensar no que aconteceu ela vai tornar aquela memória que tava lá mais distante mais perto então o hipocampo vai trazer mais as conexões daqueles daquela experiência para mais perto e aquilo vai ficar mais aquilo vai ser mais parte da realidade dela cotidiana ela vai meio que revivenciar esse trauma começar a enxergar ele em mais coisas o tempo todo ela vai enxergar ele em mais coisas o tempo todo vai revivenciar ele tanto que quando você tem a rememoração de um evento traumático você tem uma falha numa região do do hipocampo bem específica lá que
é uma região que coloca o indivíduo no espaço e no tempo assim então é como se o cérebro tivesse visitando o mesmo o mesmo o mesmo acontecimento e como se o cérebro não conseguisse dizer pro indivíduo que aquilo foi no passado então aquilo acontece de novo ele literalmente revive literalmente acontece de novo para efeitos fisiológicos ele revive o trauma então essa é a primeira coisa que tem que saber por quê porque o indivíduo chega num consultório começa a falar e a pessoa fala assim: "Como foi me conta como foi não não é para contar como
foi é para você botar a pessoa num estado fisiológico de calma tranquilidade então pode ser com meditação pode ser com relaxamento pode ser um pós corrida pode ser com medicação eu não sei mas e e eventualmente aquela pessoa não vai conseguir aquilo naquele dia inclusive por causa das contingências da vida dela ela tá passando por uma separação e tu vai reviver um trauma que ela sofreu na infância né exato é exato eu fiz eu fiz uma sessão só de hipnoterapia com com o dono dessa clínica que faz a estimulação ele faz hipnoterapia também eu eh
revivenciei algumas coisas lá de traumas mas eu tava num estado muito calmo e depois daquilo a muita coisa mudou porque eu comecei a conseguir usar aquela memória então então eu tenho que pensar aqui é como se partes do cérebro precisassem entender aquela situação quer dizer o corpo precisa revivenciar aquela situação de um a partir de um outro estado para que ele consiga reescrever aquela memória então se eu sento com você e eu faço você ficar bem relaxado e calmo e tranquilo seja porque eu conduzi a conversa de uma forma que você vai ficar tranquilo no
final da conversa ou seja porque eu fiz uma respiração ou uma meditação seja lá o que for e você ficou tranquilo por conta disso nesse momento você pode falar abordar as questões te trazer construir aí você vai conseguir é como se você conseguisse nesse momento usar aquela memória e fazer uma neuroplidade mais mais positiva com aquela memória você pega aquela memória e utiliza ela então é como se fosse digestão da memória uma palavra que que eu não gosto que talvez provavelmente tu não goste mas é uma ressignificação do trauma isso é que essa palavra virou
um negócio então essa palavra virou um negócio por causa disso e é esse é o ponto é esse o ponto a ressignificação ela a ressignificação que a gente tem até asco de falar essa palavra é porque as pessoas chegam e falam assim: "O que que você passou indivíduo?" V fala: "Ah eh eu apanhei quando er apanhei do meu pai meu pai falou que ia me tirar de casa com 4 anos me jogou para fora da casa beleza é um é um é uma hipótese aí que pode ter acontecido com algumas pessoas aí ela fala: "Como
é que você poderia ressignificar isso?" Cara isso é de uma isso é é uma insensibilidade um desconhecimento tão grande falar um negócio desses nesse momento que você não entende que aquela pessoa ela primeiro ela tá te contando um negócio que é absurdamente íntimo segundo que ela tá tentando entender o que ela faz quando ela lembra de um momento que faz com que ela perceba o quão insignificante ela é perante a realidade que que eu faço aí você fala assim ressignifica que que significa não sei nem o que significa isso tu tá obrigando a pessoa a
encontrar uma justificativa mental ou contar uma história para si mesma história de que aquilo de alguma forma não foi o que aconteceu exato é é quase que é uma não aceitação é até pior né tu tá literalmente botando o o problema debaixo tu tira o problema do tapete piora ele um pouco e bota de volta no tapete ex exato e e por que que eu também não gosto dessa palavra ressignificação porque parece que o primeiro significado real que você dá é quando você trata o trauma porque na primeira experiência não teve um significado a primeira
experiência foi um pavor foi corporal sabe foi foi sinestésica sim até um problema maior porque tu não assimilou direito ele na verdade existe uma nem existe um significado exato o pessoal acho que acho que foi tu inclusive que já comentou uma vez que a pessoa tem até dificuldade de descrever o fato com clareza assim como se fosse um aglomerado de pensamentos e isso é exatamente neurofisiologicamente falando o cérebro ele não registra de forma una aquela experiência ele registra por exemplo registra o cheiro aí aquele cheiro engatilha medo na pessoa depois eh pode registrar a corí
aquela cor deixa a pessoa com medo depois pode registrar o sei lá temperatura mas tudo isso separado é como se fosse um quebra-cabeça guardado dentro da cabeça da pessoa todas aquelas peças entulhadas lá e aí a ressignificação na verdade é uma primeira significação é uma é uma montagem daquilo que tava lá e uma integração daquela experiência toda então é como se fosse assim: "Nossa entendi olha só uma criança de 5 anos pode ser maltratada pelo pai uma criança de 3 anos pode ser abandonada pela mãe olha só como a realidade é então o que que
eu posso fazer então como funciona então aí é essa coisa que é uma elaboração o Freud falava disso né falava da repetição ele falava da compulsão por repetição até que encontrasse uma elaboração então o trauma gera uma compulsão por repetir alguma experiência como se você quisesse como se como se você quisesse dar conta daquilo e de fato dar um significado para aquilo por exemplo ah isso é muito comum assim em em mulheres que apanham e aí se bota num relacionamento de novo e ela tá apanhando de novo aí você olha e fala: "Essa pessoa está
buscando apanhar" não essa pessoa ela não entende o contexto e aí ela não entende os gatilhos de uma pessoa perigosa e quando vê ela cai na mesma situação de novo porque ela não sabe ela não sabe interpretar os sinais de perigo uma pessoa que se ele trocou com toda uma cerca mas ela vê uma cerca e ela não sabe que ela não pode encostar de novo ali é é contra contrainttuitivo né porque o resto dos medos a gente queima o dedo e a gente lembra não vou botar o dedo é é é totalmente ao contrário
totalmente contrário e aí no trauma é o inverso no trauma é eh você perde a noção do perigo daquelas daquela coisa então eh essa busca por exemplo dessa mulher que apanhou e aí ela volta a ter relacionamentos abusivos não é uma busca de de ser maltratada não é nada disso é é uma é uma incapacidade da pessoa de elaborar o que aconteceu porque se ela elaborasse o que aconteceu ela ela ela iria olhar e falar assim: "Entendi todos os caras que eu me relacionei agora eram tóxicos e abusivos agora o que que eu vou fazer
agora eu vou fazer diferente." E como que eu vou fazer diferente não quando a pessoa demonstrar empatia quando a pessoa falar não quando a pessoa falar assim: "Não amor eu não quero porque eu vou tchau" ah isso significa que a pessoa não tá não tá pensando em mim ela vai ter que conseguir aprender a entender de personalidade relacionamento ex é vai vai ter que entender aquilo que antes ela só vivenciava de forma passiva aí isso seria uma uma elaboração e aí seria uma uma significação seria uma montagem então eh você entende caramba quais são os
sinais características como se manifesta como se comporta uma pessoa que não é tóxica às vezes o indivíduo não sabe porque ele nunca teve os pais eram muito tóxicos entre eles os os relacionamentos todos da pessoa foram tóxicos então ele não sabe ele às vezes começa a conhecer uma pessoa que não é tóxica e aquela pessoa ele não entende ela sim simplesmente não entende ela talvez até ele não sinta uma vontade de explorar aquela pessoa porque ela não é tanto enigmática né porque porque se a pessoa fala assim: "Você é um deus grego daqui a pouco
você é um você é um lixo" aquilo fica mas como assim eu quero entender isso e aí é e aí a pessoa que que tem busca por invalidação se mete em relacionamentos terríveis por conta disso porque ela fala: "Como assim não tem lógica a pessoa me endeusou e depois me colocou pro lixo e como assim eu quero entender aí o cara vai lá querer explorar é que é o modelo que ela aprendeu que é o único assim de alguma forma a gente só enxerga até onde os nossos olhos vêm né a gente só só sabe
que existe até onde a gente mapeou a realidade se aquilo é o que a gente mapeou é o que a gente vai ter eu descobri num dado momento da minha vida por exemplo que não é normal casais gritarem um com o outro cara meus pais gritavam um com outro inúmeras discussão sim e aí eu eu descobri isso tipo quando comecei a frequentar a casa de colega ali quando eu tinha uns 15 16 anos e ver o jeito que eram os relacionamentos né e daí depois tu estuda um pouco assim tu [ __ ] então uma
pessoa erguer a mão e mandar tomar no coisas isso não é normal isso não é educado exato existem relacionamentos que as pessoas não fazem isso que elas discutem os problemas de forma racional aí tu fica tipo assim como assim a minha realidade toda foi uma mentira é é muito louco cara é um show de truma né tr interessante que tem uma regra mental que eu comecei a desenhar e funciona demais cara para para relacionamento que é assim sempre que alguém jogar sempre que alguém jogar pro outro a responsabilidade que ela tinha costuma dar muito problema
e desequilibrar o clima do do lugar ou das pessoas dá um dá um exemplo por exemplo eu vim aqui e eu não sabia o que falar aí fiquei estressado aí eu tenho que lidar com isso aí eu chego lá e a Dani tá com o Miguel no hotel e o Miguel não tá legal naquele hotel porque ele não tem onde brincar e ele tá estressado tá aí qual que seria a responsabilidade minha e qual a dela a dela seria manejar o que tá acontecendo lá e vamos vamos dizer que eu tenho vamos dizer que eu
tô mal muito mal e eu não consegui lidar com o fato de que eu vim aqui e falei uma besteira e aí eu falo: "Cara não é programa ao vivo meu Deus ferrou tudo e não sei quê" tá e aí eu nessa situação hipotética estaria muito seria muito difícil de eu me regular ela não aí ela poderia se regular e ela fala: "Ah mas também minha realidade aqui foi difícil não sei o quê" e ela explode o que que acontece esse é um é uma dinâmica muito sutil mas você percebe quando você quando você percebe
que você tinha como fazer algo e não fez geralmente você vai ver que o efeito é muito rápido na outra pessoa dela ficar dela dela bugar assim dela ficar muito estressada então por exemplo ela poderia ter lidado com aquilo falando: "Ah vem aqui" v não mas não vai acontecer nada só que ela explodiu beleza no momento que ela explodiu logo depois ela vai notar: "Putz eu poderia não ter explodido" se eu não tivesse explodido o que que poderia ter acontecido ela vai notar que é como se é como se houvesse um efeito quase que imediato
de compensação assim tipo você não fez o que deveria vai piorar uhum cara isso é muito louco isso é uma uma como se fosse um funcionamento lógico do universo para para você ver isso se não se não acontece na tua vida mas é como se fosse eh aquela carga de estresse ansiedade e problema era para você então se era para você você tinha que meio que ordenar aquele caos então todo aquele caos que você não ordenou alguém vai ter que ordenar uhum então é meio que uma regra desse tipo assim como se fosse existem camadas
e camadas de caos para organizar e esse caos se apresenta aos indivíduos e às vezes tu não dá conta tu tu joga ele em outra pessoa e olha que coisa interessante as pessoas que a gente quer ficar perto delas que a gente admira ou que a gente gosta ou que a gente se interessa ou que fazem com que a gente se aproxime geralmente são pessoas que fazem com que a gente ordene o nosso caos ou que elas ordenam o caos pra gente olha que Olha que coisa louca isso perito velho olha que coisa insana então
assim o pai que fala pro filho tá tudo certo filho não mas eu quero comprar e não sei o quê e a mãe fala: "Não ele não pode comprar" aí o pai beleza tá vamos fazer o seguinte ele vai comprar por causa disso disso disso mas amanhã ele vai fazer isso aí a mãe fica tranquila e o filho também e o pai também aí ele ordenou o caos ordenou o caos e aí o mundo ficou melhor para ele e pra família agora se ele se ele toca o terror nessa nessa situação os outros dois que
estavam precisando desse ordenamento que viria dele ficam mais ficam mais eh desregulados ainda sim esse é muito louco cara então parece que a gente e é muito bom o relacionamento assim né eu eu por exemplo [ __ ] quando eu tenho alguém que cozinha para mim e que me ajuda a organizar essas refeições cara eu tenho uma satisfação muito grande quando eu sei que eu já vou ter um almoço que eu não vou precisar me planejar etc e tal cara isso me dá uma paz emocional porque eu odeio cozinhar eu cozinho mal e eu acho
uma perda de tempo mas se eu vou ter um almoço que cara vai ser gostoso eu não vou precisar fazer eu ainda vou ter uma companhia para desfrutar então eu vou tornar aquilo menos tedioso para mim já me gera um Aham uma uma amabilidade em relação àquela pessoa né cara ela tá organizando esse caos que eu tenho de alguma forma exato exato e ela poderia não fazer esse é esse é meu ponto ela poderia não fazer isso ela poderia falar assim: "Te vira eu não vou fazer te vira" esse ponto exato onde ela poderia e
não fez vai gerar mais estresse para ela porque vai voltar esse estresse para ela porque as pessoas que ela se relaciona vão ficar necessitadas dessa ordem que ela poderia dar então é como se fosse é como se a realidade fosse organizada de tal forma que os indivíduos precisam assumir o máximo possível de responsabilidade né eles próprios assumir as responsabilidades que eles têm e tudo mais e isso acalma todo mundo então quando a gente tá falando de trauma por exemplo a gente a gente tá tocando num assunto muito delicado tipo uma criança uma menina de 5
anos que foi abusada sexualmente quando ela tá com 35 anos se relacionando com o cara ele não quer saber da da experiência que ela teve e ele não quer saber de como foi e ele não quer saber de como é difícil para ela o patrão dela não tá nem aí né ah ele quer resultar tipo assim ninguém tá nem aí pro teu sofrimento no real é isso né então ninguém tá nem aí para nada que você passou ninguém tá esperando que você eh receba assim: "Ah não agora chegou a hora eu vou receber a justiça."
E todo mundo ai olha só como você aguentou nossa parabéns não vai acontecer isso e aí é o ponto de de o indivíduo olhar e falar assim: "Cara não vai acontecer isso não vai acontecer quem vai me validar sou eu quem vai entender o que eu passei sou eu quem vai resolver sou eu é tudo eu então eu vou fazer tudo e aí você começa a ter mais capacidade de se organizar e começa a conseguir fazer isso para outras pessoas que é o caso que você falou daí você diz assim: "Tá não as minhas coisas
estão organizadas tal eu vou dar conta tem a empresa lá eu vou dar conta também quem sabe eu posso ajudar aqui agora fazendo o almoço aqui aí você faz aí você vê que você consegue aí você vê que a pessoa fica mais regulada quando você faz isso cara é incrível quanto mais você faz isso mais as coisas melhoram para você e para todo mundo que tá perto é é sempre uma dinâmica sobre regular o próprio caos ajudar o as pessoas que tu convive a regularem o caos delas e isso de certa forma viver em harmonia
é é entender o caos né entender quando você entende nomeia entende aquilo acalma acalma o teu sistema né sim e aí as brigas que a gente via quando era criança eu também tinha isso elas eram justamente isso era o pai que não era compreendido porque é muito difícil ser pai cara de ser pai sustentar uma uma lógica toda não é não é só de ah eu ganhar dinheiro não é isso o papel do homem dentro de um esquema familiar ele é um papel de eh uma administração emocional um papel de estabilidade emocional muito grande porque
por exemplo tem o homem tem níveis de testosterona que vão e vem no mesmo no mesmo ciclo diário assim aumenta a testosterona de manhã e o cortisol tá bem alto vai diminuindo ao longo do dia então o homem é feito para tipo assim vou lá e casa trabalho e tal agora descansa então é feito para energia e depois diminui ao longo do dia e a mulher tem os ciclos hormonais tem um monte de coisa então a mulher ela tem umas ela tem uma um neuroticismo mais alto sempre né por estatística e ela tem uma sensibilidade
mais com as emoções ela tem uma sensibilidade mais com os o tom da voz com tudo até o toque tudo então se você pegar no braço da mulher de uma forma um pouquinho mais forte ela sabe que você tá estressado e ela sabe que aquele dia vai ser difícil e aí então o que que eu percebo eh que o homem tem que ter tem que ter mais esse papel de controle emocional esse papel de de referência de autocontrole uhum se o homem não tem isso cara é muito difícil é muito difícil a família desestrutura muito
por mais que a mulher tenha muito autocontrole ela eu não sei por uma função psicológica evolutiva psic espírit não faço a menor ideia mas o fato é que quando tem isso quando tem isso numa família tem essa essa essa esse essa estabilidade emocional que é a gente vê nos filmes né o o o Gendalf a gente vê essa figura do velho barbudo é esse esse tipo de de coisa é uma âncora assim traz uma paz esse arquétipo aí Deus é retratado na Bíblia barba grande e homem né isso é um arquétipo é alguma coisa que
que nos diz que eh o homem tem que trazer essa estabilidade emocional se ele não traz isso fica difícil e aí enfim não vou falar do da mulher porque a gente tá falando agora desse ponto aqui mas eh e aí quando você consegue fazer isso trazer essa estabilidade você consegue você consegue fazer com que todo mundo explore então é como se fosse um pilar é um pilar é de certa forma que sustenta é as outras coisas que vão estar em volta exato e aí o ponto que eu falei que é difícil é você pega uma
criança inteligente assim de 4 anos que tá que ela fala assim: "Papai mas você você vai morrer não vai?" E você vai e você sabe disso e você tem uma consciência absurda de que você vai e aí você tem que transmitir uma calma emocional você tem que transmitir então por isso que eh eu comecei a abrir minha percepção e a minha minha consciência para temas espirituais porque se você começa a tentar explicar tudo isso pela ordem de uma uma coisa que é um materialismo né um materialismo reducionista não tem lógica nenhuma a gente tá no
meio do nada perdido num planeta e nada tem sentido mas mas eu mas eu tenho uma crítica muito forte a isso porque eu passo a encarar essa necessidade do metafísico como diria o Niet como a necessidade por uma muleta metafísica uhum porque não é porque a gente não consegue explicar algo que a gente inventa uma explicação e aquela explicação é a realidade e eu encaro assim todas as religiões como uma necessidade mais uma vez do homem que necessita uma explicação para não surtar ou para aceitar a própria insignificância e o caos do universo sim mas
a a minha percepção não não vai tanto pelo pelo campo religioso e mais pelo campo filosófico por exemplo a linguagem ela ela é muito esquisita quando você fala assim: "Eu eu vim no podcast e eu vim e eu nunca mais vou ter deixado de vir então de certa forma eu ter vindo pro podcast é uma coisa eterna então quando uma quando a coisa sai do não ser e vai pro ser ela se torna eterna sim ela aconteceu na linha do tempeceu e nunca mais vai deixar de ter acontecido então eu vou por esses tipos de
de raciocínios assim mais filosóficos mais filosóficos e aí eu fico pensando fico pensando o seguinte eh eu não consigo enxergar nada na realidade humana e nem e nem nenhuma outra realidade que não tenha uma que não tenha uma causa e uma consequência né então tem algo e tem um movimento desse algo e tem algo que causou esse movimento e esse movimento vai para algum lugar uhum né tudo tem uma origem um meio e um depois diud isso tudo tem isso aí se eu chego na lógica de de que tudo tem isso eu também vou chegar
na lógica de que tudo isso também tem algo que funciona da mesma forma com relação a tudo isso entendeu sim o que que o que que deu o start no motor é o motor primário é o Aristóteles fala isso o motor primário é uma das é um dos argumentos do Aristóteles paraa existência de algo eh de algo divino né é seria o motor primário seria tudo é tudo está sempre em movimento se tudo tá em movimento alguma coisa colocou alguma coisa colocou em movimento e se essa coisa colocou em movimento se ela se ela precisou
ser colocada em movimento então algo colocou ela em e aí tipo assim sempre vai chegar vai ter que chegar pela lógica linguística né então olha que louco a lógica linguística a a nossa linguagem a forma como a gente consegue pensar através da linguagem a gente chega em questões que são questões você falou metafísicas né são eu diria são questões espirituais são questões são questões amplas né que que transcendem a matéria é você chega nisso e aí eu fico pensando por que que o ser humano chega nisso se isso fosse uma ilusão chegar nisso por que
que isso por que que essa ilusão é tão perene e tão forte tão frequente então seria como falar assim: "A cobra tem uma visão de calor só que essa visão de calor da cobra é ilusória põe ela sempre em situações erradas mas não é o caso a visão de calor da cobra funciona para ela se movimentar beleza daí você tem lá o sei lá golfinho tem um sonar eu não lembro quais os o gato tem sei lá o quê o cachorro tem o cheiro dele e daí você você olharia e falaria assim: "Tá mas o
ser humano tem essa coisa de explorar e onde é que dá essa exploração aonde que ela termina sempre sempre termina em questões que não são materiais sempre mas mas não necessariamente a a a consequência secundária de uma seleção biológica é um mecanismo útil te trazer um exemplo mais extremo tem um tem porcos que se chamam os porcos babir russos que eles as presas deles crescem de tal forma que elas esmagam o cérebro deles eles têm uma morte extremamente sofrida né ela vai crescendo e perfurando o próprio cérebro sim só que eles se reproduzem antes disso
uhum e essa essa essa consequência biológica dos dos dentes deles ali da das presas crescerem dessa forma é útil até um determinado momento da vida mas gera um sofrimento extremo sim sim eu acredito que o os mecanismos que levam o ser humano a crer em algo eh metafísico espiritual são mecanismos que são úteis de muitos pontos de vistas eh de pontos de vista comportamentais biológicos são úteis pra gente ter chegado até aqui mas não necessariamente essa consequência de acreditar em algo a mais é algo útil ou até mesmo correto e verdadeiro eu acho que esse
crer é biológico eu acho que a gente o ser humano crê porque a gente crê em civilizações diferentes ao longo de diferentes períodos da história todas as civilizações creem em algo então existe algo biológico que faz a gente crer só que eu não necessariamente acredito que isso esteja correto ou que aponte numa direção certa sim mas aí seria falar assim eu acho eu acho que você tá usando a o exemplo do do animal ali que tem um chifre é um pouco ali seria mais ou menos como falar assim a visão e o cheiro dele e
as patas e o modo como ele se comporta isso isso tudo faz com que ele se expula do cérebro eu acho que aí seria uma analogia mais mais correta mas o ser humano é muito mais do que crer sim mas o fato é o que que eu o que que eu penso qual que é minha meu raciocínio meu raciocínio é o modo como a mente funciona o modo como a mente funciona e o cérebro então por exemplo essa por que que a gente tem por que que a gente tem disparos emocionais quando a gente tá
quando a gente tá frente ao desconhecido por que que a gente tem uma necessidade constante de explorar explorar e e como que a gente consegue chegar em ideias desse tipo assim de que eu falei ali de de abstração assim é por que que a gente tem toda essa toda por que tudo isso quando eu começo a pensar em tudo isso tudo isso junto todas essas coisas juntas eu não consigo eu não consigo ver a lógica de tudo isso pela vi pela via do material só me parece me parece esquisito demais é como se fosse assim
eu vi um cachorro uma vez tava no lembro do lembro que eu tava no zoológico e eu vi um cachorro aí o cachorro tava lá super tranquilo andou e cheirou o chão e voltou aí eu falei assim: "Cara o cachorro tá ali tranquilo porque ele sabe que tem comida lá então ele tá crendo que tem uma comida ele tá acreditando que tem essa comida e por isso ele tá calmo e aí eu fiquei pensando assim e eu estou aqui olhando para esse cachorro achando que eu tenho mais capacidade cognitiva do que ele entendendo a realidade
dele falando que ele tá calmo porque tá achando que tem uma comida portanto eu tô vendo a experiência desse cachorro como ilusória como se fosse coitado o cachorro tá iludido sim né tipo a vida dele é só isso ele só compr a vida dele é só isso e aí daí eu projetei para mim eu falei assim: "Pera aí mas é muito parecido comigo" e aí eu falei daí eu eu vim num raciocínio assim eu lembro até hoje desse dia eu vim num raciocínio que foi o seguinte: "E aí ser a humanidade toda tem que chegar
na ciência na filosofia não sei que não sei que para chegar no final das contas e e chegar nessa coisa de de chegar na crença que a gente tá falando de crença de eh eu não sei o que vai acontecer o que tem que acontecer mas eu mas eu fico calmo e porque eu acredito em algo." Aí eu falei se a gente chega tudo isso para chegar nisso não faz sentido porque não faz sentido toda essa evolução para chegar nesse ponto que o cachorro já tem isso o cachorro já tem essa calma por essa projeção
inocente da realidade que é uma espera e que é uma espera sei lá eh é uma espera que não ele não explorou de fato a realidade poderia ter uma bomba naquele osso explodir a cara dele mas esse mundo transcendental abstrato imaginado não é de certa forma essa necessidade por sentido cara o o que eu o que eu penso é assim o ser humano tem a característica biológica de ser capaz de realizar a abstração né e isso foi selecionado biologicamente porque é útil a gente passou a conseguir resolver problemas cada vez mais complexos e isso foi
fazendo com que os indivíduos que tinham essa capacidade de abstração fossem selecionados e a gente selecionou com isso só que essa uma característica secundária dessa capacidade de abstração é a necessidade de atribuir uma narrativa e uma justificativa para as coisas então a gente via um raio caindo do céu batendo numa árvore a gente falava: "Meu Deus cai um negócio azul que faz barulho e faz fogo" eu preciso de uma explicação para isso é Thor eh sei lá é os deuses brigando mas aí quando a ciência avança a minha necessidade dessa construção metafísica abstrata ela diminui
porque eu encontro uma explicação racional para aqueles fenômenos então o mundo espiritual e essas explicações transcendentais diminuem à medida em que a ciência aumenta mas essas construções abstratas e mentais elas ainda se mantém porque a ciência nunca vai avançar o suficiente para conseguir explicar tudo a origem da vida o que que acontece depois que a gente morre etc e tal então eu vejo muito mais como uma necessidade nossa por resposta do que como verdadeiramente sendo algo que existe de uma conclusão irrefutável final em que todas as direções apontam eu acho que é uma necessidade nossa
de que exista isso sim é é uma é uma necessidade mas eu acho que essa necessidade ela é eu acho que ela é natural entendeu não acho que é uma necessidade forçada voluntária é não eu acho que a eu acho que a mente tende a isso sabe a mente tende a buscar sentido e a construir é entendimento e construir narrativa e construir a mente tende a fazer isso porque eu tive uma experiência de despersonalização por uns meses e aí eu tinha só a minha parte cognitiva não tinha parte afetiva eu meio que funcionava como se
fosse um morto vivo vendo a realidade só de forma cognitiva assim racional digamos assim e não tinha a parte afetiva junto e essa experiência me deu uma me deu uma percepção muito esquisita assim de de como o ser humano só tá estável quando ele dá sentido pras coisas exato porque porque naquele momento eu eu lembrava que eu tava desesperado sempre e aí eu atendi pacientes depois com despersonalização e é muito difícil atender esses pacientes porque eles não conseguem entender que eles podem ficar assim por um tempo até melhorarem eles não conseg eles não conseguem ficar
um segundo dentro daquilo é é é assim eu não consigo ficar um segundo dentro disso e aí o meu negócio que eu fico pensando é eh por que isso acontece por porque por tipo assim como se fosse é tudo tudo isso é aprendido essa necessidade de sentido dessa forma é aprendida não me parece me parece que aquilo ali foi uma disrupção de algo natural do meu cérebro causou um estado alterado e nesse estado alterado eu não conseguia ver sentido em nada e isso não era isso não era bom em nenhuma forma possível era era desesperador
era desesperador em todos os sentidos possíveis e imagináveis e eu consegui entender depois que eu saí porque as pessoas que têm isso se sentem desesperadas a todo instante e aí eu fico pensando o que que isso diz sobre sobre a existência do ser humano né o que que isso diz sobre a realidade mesmo eh porque isso não é aprendido e se fosse aprendido por que que isso é aprendido qual a função então quando você diz assim a gente dá sentido a gente constrói sentido eh a capacidade de abstração foi útil né e isso a gente
você fala assim a gente usa a nossa capacidade de abstração para criar alguma explicação para aquilo que a gente não conhece certo eu concordo com isso é exatamente o meu ponto e eu tento me perguntar por que que a gente faz isso né por que que a gente faz isso por que que a mente tem que explorar por que que a mente tem que criar respostas por que que a mente não pode dizer assim: "Ah não sei e tá tudo certo" é muito estranho cara mas mas tu entende o o fator biológico obviamente disso que
cara tudo que a gente é a gente é porque foi selecionado e daí tu soma os a cultura a comunicação linguagem os reforços comportamentais sim então eu eu não sinto essa necessidade assim eu vivo uma busca incessante exploratória né o próprio Sroselli é uma busca exploratória que de certa forma salvou minha vida porque me trouxe o conhecimento que me permitiu viver relativamente bem bem eu acredito eu me sinto muito bem eu vivo muito feliz mas ao mesmo tempo eu consigo aceitar que por mais que eu explore tudo existem respostas que eu nunca vou chegar uhum
e que ninguém nunca vai chegar e que todo mundo que diz ter chego tá inventando e essa é a minha opinião sobre todas as religiões porque ninguém sabe o que acontece quando tu morre não importa se o cara medita e ele tem a capacidade de morrer meditando e de tirar a própria vida e falar: "Tchau galera" cara ele tem tem gente que faz isso tem relatos disso tem comprovação científica de gente que fez isso esse cara não sabe o que tem depois ninguém foi e voltou por definição então como que vai vir o budismo e
te afirmar não existem 108 108 vidas porque o Buda viu numa meditação e ele sabe não porque Jesus falou que tem o céu que não sei o quê ninguém sabe e isso me irrita as pessoas falarem que sabem sim e me irrita a necessidade delas de precisarem saber isso me irrita um pouco eu entendo mas me irrita sim mas essa necessidade delas de explicar e tal é a mesma que a tua só que a tua é uma necessidade eu diria é uma necessidade maisal mais cautelosa para você né mais cautelosa para você e mais eh
mais é mais cautelosa mais precavida mais você tem é como se você tivesse que ter mais na mão as coisas entende sim é que eu tenho a necessidade de mapear cientificamente de certa forma a realidade porque eu quero chegar num conceito absoluto de verdade uhum por isso que o o Sroselli hoje se tornou um um um uma referência na ciência porque a gente traz a maioria das pessoas que vão falar sobre coisas científicas porque eu entendo que a ciência tem um poder pela sua replicabilidade enquanto que vem uma pessoa aqui manifestar uma opinião cara aquilo
é a experiência subjetiva dela por mais que por vezes seja interessante eu faça isso mas eu não posso trazer hoje aqui uma cara eu conheci gente em evento que chega para mim e fala: "Não eu tenho um método aqui que eu curo a depressão de qualquer paciente em uma sessão e o cara vai te falar: "Não eu curei tal eu curei tal eu curei tal" cara eu não posso trazer esse cara aqui sim porque eu sei que o que ele tá falando é uma besteira sim e eu entendo eu entendo é uma é uma questão
precavida e uma questão cautelosa mas a necessidade é muito parecida a necessidade ela existe ela existe a necessidade de encontrar um método de investigação existe então por exemplo a pessoa que reza que que ela tá fazendo ela tá ordenando a realidade da de um de uma forma diferente com a forma que você que você normalmente eh faz para ordenar suas emoções e o seu ambiente que é mapear as coisas escrever anotar e tudo mais então a pessoa que reza tá fazendo a mesma coisa então mas na minha percepção ela tá tendo uma ilusão de estar
fazendo algo porque e da onde que surge isso na minha opinião da incapacidade de aceitar que em diversas sensações da vida ela não pode fazer nada ah sei lá o cara tá com câncer na [ __ ] que pariu mas não mas é esse o ponto o ponto aí aí tem um aí tem um sei lá as pessoas que vão falar eu não sei as pessoas que vão falar de experiência espiritual religião e tal mas o ponto assim por exemplo a doutrina a doutrina do catolicismo que é a que eu conheço um pouquinho mais budismo
não conheço nas outras não conheço tanto ela é o contrário de você é uma experiência bem contrária a uma experiência de você de você produzir uma sensação de controle é o oposto é meio que aceitar o desculp é como se você tivesse é uma posição esquisita e ambígua assim é uma posição de você aceitar as coisas como elas são mas não no sentido de eu não posso comprar uma mesa melhor não é é mais com relação à morte a a tua fragilidade é mais com relação a isso sabe então quando a pessoa tá rezando ativa
áreas do cérebro lá e e organiza o corpo dela por exemplo tem áreas do córtex perfrontal que ativa eu não lembro tem gente que mediu isso e isso tem evidência de de mudanças estruturais no cérebro enquanto a pessoa tá rezando é mas o que ela tá rezando se você tiver falando de uma pessoa que tá porque aí tem vários pontos né a pessoa pode estar rezando porque ela acha que se ela rezar uma mesa vai se materializar diferente ou ela tá rezando porque ela acha que o filho dela com depressão vai se curar porque ela
tá rezando aí nesse caso a compreensão de Deus que ela tem é um Deus que tipo o Deus do todo-pereroso lá que fica recebendo e-mails isso que não faz o menor sentido né faz o menor sentido isso e só que daí tem um monte de gente que tem essa experiência espiritual desse jeito uma experiência espiritual como se fosse alguém tá cuidando de mim de forma personalizada ou tá transferindo um poder para mim isso eu também acho que não faz o menor sentido mas o que eu acho que as pessoas buscam e que faz sentido e
que condiz com um monte de coisas filosóficas é a explicação de não pode ser só isso que existe aqui no sentido de matéria até porque você não consegue por por primeiro raciocínio você não consegue extrair a consciência de perceber algo da matéria que é necessária para perceber algo então como assim como é que você poderia por exemplo me transmitir a tua experiência de seu fermento me ouvindo e tal não tem como então é como se fosse não precisa nem falar de algo assim de algo divino pode falar de algo que é de outra dimensão é
como se fosse espaço e tempo né ou altura largura sei lá então e e existem coisas que nós não podemos sentir tipo Wi-Fi sei lá trazendo por um exemplo mais aplicado examente a consciência é como se fosse isso quando você falou de um indivíduo que mora num plano bidensional quando ele vê essa garrafa ou ele vê essa garrafa de cima parecendo um redondo ou ele vê um filete de vidro então para mim a consciência ela é outra realidade ela não é ela não é a mesma coisa que a matéria ela precisa da matéria ela tem
que ter matéria para se manifestar mas não é a mesma coisa ou seja não é redutível redutível seria dizer assim: com matéria suficiente e organizada de uma forma X eu produzo consciência seria mais ou menos esse o raciocínio tu tu entende que que existe um algo a mais eu acho que tem algo a mais como se fosse assim pensando em dimensões é como se fosse isso isso eh largura altura é como se tivesse uma outra dimensão uma terceira que é onde estaria essa consciência isso mas a gente a gente não tem nenhum indicativo disso sem
ser na teoria porque a gente não consegue metrificar isso tem como exatamente não tem como e aí é por isso que os estudos com relação à consciência são tão raros é raríssimo alguém tentando explicar e definir o que é a consciência apesar de ser uma coisa que todo mundo usa o tempo todo aí vocês pesquisa pesquisa pesquisa cara ninguém se atreve a falar disso porque é uma assim como é que vocês vai explicar a a percepção que você tem existência e o que é preciso para isso aí você sabe ah se tirou cérebro não existe
consciência mas um cérebro só cérebro morto ali não tem consciência quando você eh quando você toma anestesia você tá vivo tá tudo funcionando teu cérebro tá todo ativado e a tua consciência não tá ali como assim tua consciência não tá ali se o cérebro tá igualzinho quando você tá acordado tem um cara que estuda isso que é o Sturt Hamerof ele estuda ele estuda isso ele ele ele falou assim: "Cara como ele é ele é anestesista." E aí ele começou a ver as pessoas passando por anestesia e ele começou a ficar cara mas o que
que para on para onde que vai a consciência da pessoa quando aí ele começou a estudar as pessoas na máquina de de ressonância de ressonância e ele viu que não se altera nada o cérebro aí ele falou: "Cara como assim não altera nada devia desligar alguma parte do cérebro né desliga uma parte do cérebro daí a pessoa perde a consciência aquela parte seria: "Não tem nada ele não encontrou nada" aí ele começou cara então tem outra parada e tem então não é então a consciência não é ela não é um padrão de ativação do cérebro
nem nada do tipo apesar de que quando você consegue estimular e sedar a pessoa você tá alterando a consciência dela então é como se fosse você tá alterando a consciência tá mexendo em alguma coisa que tá alterando ela mas você não consegue dizer você não consegue dizer que alterando dopamina você tá modificando a consciência não tem como dizer isso você só sabe que existe um efeito de consciência aí ele ficou estudando isso um tempo tal e aí ele desenvolveu uma tese que é de que a consciência tem algum eh tem ela tem alguma coisa a
ver com os microtúbulos que são estruturas que estão dentro do neurônio é um filetezinho dentro do neurônio como se fosse um é como se fosse como se fosse um canudinho dentro dos neurônios e essa essa estrutura ela pode ser polarizada e aí ele ele descobriu lá que a anestesia ela faz isso ela meio que despolaria eu não sei o que acontece porque eu não na época que eu descobri esse cara eu tava depressivo para caramba muito ansioso não consegui estudar mas ele fala que a consciência tem e ele fala assim se se a gente quiser
estudar a consciência a gente tem que olhar para essa estrutura aqui para mudou nisso ele chegou nisso e aí teve um outro cara que foi o o Roger Painrose que era parceiro do Stephen Hawks nas coisas lá do da radiação Hawks e tal que é um físico teórico que começou a se interessar por esse cara e aí ele escreveu vários livros sobre a consciência de um ponto de vista assim muito muito cognitivo assim muito intelectual e ele não é um cara assim que fala assim: "Ah por exemplo você tem tem uma entrevista dele muito interessante
com o Jordan Peterson e Jordan Peterson é um cara que é psicólogo explora muito essa parte psicológica e ele tá tentando ali acho que você deve conhecer o Peterson né?" Sim ouvi esse podcast inclusive já viu esse episódio o Peterson parece que tá cara o Peterson tomou uma surra eu fiquei surpreso do Peterson postar no canal dele sim parece que ele tá conversando com o pai dele assim é tipo e tal coisa que o cara é um monstro eu comprei o livro do cara eu não consegui passar da 15 da página 15 é o o
Hawkins isso o o Roger Penros tem um livro dele que chama New Imperial Mind que é a nova mente do imperador e aí ele começa o livro com uma catrefada de cálculo matemático para provar eh que a consciência não é computacional aí ele traz o teorema de God meu é um negócio assim absurdo de comp mas computacional num nível assim tipo falta alguma coisa para explicar isso que ele quer dizer não ele disse que não é computacional no sentido de que por exemplo computacional seria uma coisa por exemplo o binário consegue dar conta do computacional
o zero e o um então seria por exemplo eh o que que é o zero e um é ligado e desligado né então eles viram lá no circuito na época que a melhor forma de fazer um sistema se comportar de uma forma previsível era só se ele tá ligado desligado aí depois escreveram o código lá do zero e um para ligar ultra complexo liga desliga desliga desliga a linguagem que funciona é tudo isso é tudo sobre zero e um sobre ligado desligado e isso é tudo computacional então é tudo computacional porque é com base no
eletrônico ligar desligar então computador poderia simular uma consciência perfeitamente se ela fosse computacional então se se a se a IA ficasse hiper mega agi não sei qu ela poderia simular uma consciência humana ou ela poderia ter uma consciência exatamente como o ser humano tem se a se a consciência fosse computacional né e ele diz que não ele diz que a consciência não é computacional que ela é outra coisa aí nesse podcast ele fala né o Peterson tá tentando entender o raciocínio dele e tal e ele não explica muito mas mas existe uma diferença entre simular
um comportamento e ter de fato aquele comportamento o que que eu quero dizer eh como é que eu sei que tu tá consciente como é que eu vou saber quando a Ia tiver consciente porque se ela se comporta exatamente como se tivesse consciente é como se tivesse consciente para mim tu se comporta como se tu tivesse consciente para mim tu tá consciente mas eu não sei verdadeiramente se tu tá consciente eu na verdade eu não sei se eu estou consciente entendeu porque a consciência ela é uma percepção em última instância sempre sim é uma é
uma experiência exatamente exatamente e não tem como você provar outras experiências que não a sua então você acredita que o outro tá consciente sim por isso que quando eu tava despersonalizado eu ficava apavorado porque eu me dava conta disso eu me dava conta de que as pessoas andando e fazendo as coisas eu não sabia se elas estavam conscientes ou não eu não sabia se elas existiam ou não sim como indivíduos pensantes eu não sabia se lá dentro tinha uma experiência cara faz muito tempo que a gente que a gente gravou o nosso episódio né nesse
meio tempo eu tive uma experiência intensa de disperson edificação eu fiz uso de uma substância com com DMT né Bufalvos talvez você já tenha ouvido falar que é substancialmente mais forte do que a Easc e cara a experiência foi uma loucura transcendental nem vem ao caso aqui assim de 15 minutos só que eu fiquei despersonalizado por quase duas semanas em decorrência daquela experiência tive que usar elastiquinho e contar o objeto da mesma cor e o [ __ ] a quatro assim cara é simplesmente perturbador é simplesmente assim eu acho que de eh talvez uma das
das experiências psicológicas mais insuportáveis assim que eu já vivenciei assim é é pior do que estar triste né é pior do que estar em depressão é pior do que perder alguém é é a pior experiência psicólog pior experiência psicológica possível é a sensação de não estar vivo né sei lá de estar de não existência é uma coisa de não existência porque tu não se sente tomando a decisão do teu próprio comportamento assim cara eh então é isso é bizarro foi quando eu percebi quando eu tive essa experiência que eu fiquei eu fiquei cara eu fiquei
muito porque eu entendo assim ó eu entendo quanto quanto as químicas modulam a minha consciência e quanto isso me modifica só que eu fico eu fico assim cara não é não faz sentido essa experiência toda com despersonalização ela ela ela invalida muitas outras teses que eu tinha antes sobre a vida sobre a existência né por exemplo a tese de que eh o cérebro o cérebro cara eu eu sentia que eu tava literalmente assim eu sentia que eu tava duplicado que eu que eu tinha uma existência e tu observava ela e essa existência era era uma
coisa que que era só uma existência e aí a outra coisa era uma observação dessa existência e essa observação dessa existência aí é que vim o sofrimento dali a narrativa e fala: "Meu Deus eu não vou aguentar isso aqui eu preciso sair daqui eu não aguento mais um dia." É isso a sensação de que eu tava fora de mim a sensação que eu tinha era que eu tinha que eu tinha subido uns três ou quatro palmos para cima aqui em cima e que eu tava aqui que eu tava quer dizer que eu tava aqui não
que tinha algo aqui falando e o outro algo tava aqui existindo embaixo e aí eu eu ficava assim cara que coisa maluca isso eu olhava pras pessoas e tal e não não aparecia não aparecia a existência das pessoas isso é isso que eu ficava curioso assim não eu não conseguia sentir que os outros existiam assim não sentia que os outros existiam eu eu sentia que existia só um universo que era o meu isso era muito apavorante assim muito apavorante e aí quando a gente tá no nosso normal a gente pensa que existe um universo compartilhado
e todas as mentes estão ali compartilhando mais ou menos alguma coisa parecida e alguns têm alguns vieses na visão desse universo mas a gente tá no mesmo lugar né sim só que quando você tá despersonalizado você acredita que não tem esse lugar compartilhado descolou desse lugar e que ele ou que ele não existe né ele não existe e ou você ou você tá sozinho nele é parece que tu tirou o o software do hardware né e tu ficou observando os hardwares operais cara só eu sou a [ __ ] de software velho cadê então e
aí por exemplo o essa questão é uma doença né é uma doença psicológica é um efeito psicológico um sintoma psicológico eu comecei a associar isso esse tipo de coisa com estados fisiológicos normais nossos tipo a fome por exemplo o sono então quando eu tô com muito sono o que que acontece eu fico irritado quando eu tô com muito muito muito sono eu fico puto de raiva e fico muito estressado e aí eu começo a olhar para esse mega estresse de não dormir e eu olho pra despersonalização meio que da mesma forma então eu olho e
falo assim se quando você fica mega estressado de sono você fica dessa forma aqui estar estressado por privação de sono cumpre uma função fisiológica que é a homeostase do sono então a mesma coisa na na na despersonalização a gente precisa ficar personalizado e por que que a gente fica personalizado porque que por que que a gente precisa ficar personalizado existe uma razão pra gente ficar personalizado seja ela existencial filosófica ou espiritual ou evolutiva ela precisa estar ali e aí eu fico nessa nessas piras assim pensando nessas coisas mas a função da despersonalização é justamente a
gente conversou sobre isso a tem a ver com o trauma né tem a ver com a capacidade do corpo de não suportar um determinado trauma e tu dissociação para para tolerar de alguma forma é dissociação causada por uma Então imagino que depois dessa experiência que você teve você deve ter sentido que o que a tua capacidade de consciência atencional aumentou como se fosse assim o campo psicológico que você percebe da realidade aumentou sim eu fiquei tipo com a sensação de consciência mais expandida ex exatamente exatamente o que não é ruim é então essa essa essa
despersonalização ela parece que foi assim você teve alguma coisa antes dela não sei o quê que você percebeu vivenciou seja lá o que for pode ter sido até muita dor eu não sei o que você vivenciou não o meu foi a substância e não sim eu sei mas a sub é a substância te causou alguma coisa que aquilo aquilo foi muita coisa para você sim e aí o teu cérebro respondeu a essa muita coisa que pode ter sido muita dor muito pânico seja lá o que for é comum que a despersonalização veia depois de pânico
muito intenso tipo não vou mais voltar não vou mais voltar nunca mais vocês sei lá coisa desse tipo e aí você despersonaliza por você teu cérebro entende assim: "Nossa então eu poderia viver assim eu poderia não voltar eu poderia não saber o que fazer eu poderia" meu Deus aí você desregula todo porque antes dessa experiência é meio que você tinha uma uma certa ilusão de que tem muito mais controle do que de fato tem exência destrói completamente aí você despersonaliza aí depois eu considero que essa experiência posterior onde você se reunifica ela é mais forte
do que a primeira então você poderia passar por a morte de um ente querido seja lá o que for agora com muito mais fôlego emocional do que antes eu eu eu me eu me vacinei contra o o eu troquei o fusível né para queimar agora é um fusível mais grosso assim mais grosso exatamente eu acho que eu fui no limite ali cara eu acho que eu fui no só que é engraçado porque eu tenho a sensação que essas substâncias cara eh que a galera faz uso né os cogumelos aasca DMT e tal elas são substâncias
despersonalizficantes elas eu acho que elas induzem uma dispersonalização porque inúmeros relatos que eu li acerca disso as pessoas interpretam isso como uma experiência de superconsciência né ela interpreta esse descolamento como a cara eu me tornei consciente do meu próprio comportamento e elas acham agradável acho que elas interpretam às vezes com outros olhos isso e eu fiquei meio nessa brisa cara pô será que é isso será que o cara medita tão profundamente que ele despersonaliza em algum nível ele começa a observar o próprio comportamento e ele acha que isso é uma superconsciência os monges os monges
produzem o mesmo estado de pacientes com despersonalização no cérebro mesma coisa eles produzem um descolamento e aí o cérebro por exemplo eh às vezes do monge ele desliga desliga a ínsula por exemplo diminui a atividade da ínsula que é a capacidade de percepção do corpo e aí o cara de fato por exemplo o cara medita na água gelada coisa desse tipo né corre no deserto sei lá pega fogo deserto é e então o cara faz esse tipo de coisa e aí só que a questão do monge eu acho muito curiosa porque o cara tá ali
explorando a realidade de forma cognitiva muito abstrata filosófica e e existencial assim ou espiritual no sentido de conexão com transcendência né seja lá qual for essa transcendência eh e ele tá explorando tudo aquilo ali só que ele tá só ali isso eu acho muito curioso ele tá só ali tá só ali eu eu acho eu acho que eu ficaria surtado porque eu ia querer contar pras pessoas o que que eu vi e eles eu eu fico muito curioso como eles talvez eles despersonalizem tanto que eles ficam um pouco apático percam essa é talvez ficou um
pouco apático não sei mas é mas me chama muito atenção que eles não eles não vem nos contar o que eles descobriram sim os não desce da montanha isso cara exato eu ficaria louco para cara quando eu eu voltei dessa experiência tipo eu fiquei alucinado né foi a experiência mais marcante assim da da minha vida só que cara cara o mais surpreendente desses monges aí cara são os caras tuve os caras que morrem tipo o cara Sim se despede da galera deita entra num estado meditativo e morre e tipo o cara escolheu morrer velho aham
como isso é possível cara eu fico eu fico louco tu acha que existe uma relação entre a inteligência e a crença tipo assim a pessoa mais inteligente crê menos ou crê mais ou ela crê diferente em algum nível então tenho experiências envieszladas para falar sobre isso porque como eu falo dessa questão da consciência e tal e do materialismo como coisas que ficam brigando de certa forma vem muita gente para mim que acostuma ter uma ligação mais espiritual mas isso é um viés de gente que vem e ouve né eh estudos sobre superdotados eu nunca li
falando disso mas é interessante é interessante olhar para pra literatura sabe grandes gênos e grandes filósofos e tudo mais muitos deles tinham muitos deles tinham uma conexão um conexão não uma uma construção intelectual de de explicar a realidade por vias metafísicas tipo Aristóteles por exemplo aristóteles era um Platão e aí tem muita gente Newton também enfim tem vários eu não sei a lista de cabeça mas tem muito mais pessoas muito muito geniais muito inteligentes que tentam explicar a realidade como se existisse o material e o metafísico do que pessoas que explicam só a realidade como
só o material e quando eu falo metafísico eu acho interessante falar do metafísico como assim é uma é uma coisa que a linguagem mesma produz a linguagem mesma produz uma experiência metafísica sabe porque você a a linguagem ela já é uma abstração linguagem a linguagem é uma abstração assim que coisa mais louca isso sabe sim tipo eu consigo que nem o raciocínio que eu trouxe antes né eh você fala assim: "Ah a vida eterna não existe vida eterna" na linguagem existe porque você fala assim: "Eu vivi eu nunca mais vou ter deixado de viver então
num certo sentido linguístico eu vou viver eternamente." Eu eu ergui esse copo e eu eu esse copo foi erguido eternamente na linguagem existe essa coisa metafísica e não tem como pegar isso na mão né n nesse sentido que eu falo metafísica intangível não tem como exato então eu acho que é quase inevitável o cara ir para esse lado da metafísica estudar isso e se interessar por isso mesmo que ele estude isso de uma forma eh cética ele vai ele vai ser empurrado pela cognição dele para isso a cognição dele vai empurrar ele para isso porque
quando você começa a pensar na diferença dessa coisa que a gente falou né a experiência a experiência de observação científica dessa desse copo versus a percepção minha a experiência que eu tenho desse copo as essas duas coisas nunca vão se tocar totalmente elas podem conversar muito bem mas elas nunca vão se tocar totalmente então esse copo vai ser sempre um copo que vai ser preto e vai est escrito sem grosia porque eu sei ler você também então a gente consegue confirmar mas tem um monte de coisas que eu não vou conseguir confirmar com ninguém e
eu vou vivenciar essas coisas só eu né então eu começo eu comecei a entender com o tempo que nos últimos 500 anos a gente focou muito na ciência a humanidade focou muito nessa parte da ciência da do do descolamento entre o subjetivo experio então a ciência se preocupa muito com a descrição dos objetos com a descrição com a causa com o efeito para onde ele vai de onde ele vem qual é o efeito se eu jogar no chão o que acontece é tudo muito descritivo essa essa parte da da minha experiência com o objeto não
interessa pra ciência porque não é não é para ela né porque não é objeto dela e porque não é replicável tipo não é exatamente porque vai ter uma porque não é replicável só que a grande parte da a grande parte das coisas que importam na nossa vida são são coisas não replicáveis e não experienciáveis por outra pessoa e não explicáveis intransmitíveis então você vai poder falar você vai poder usar a linguagem para poder passar um pouco para mim que sou outra consciência um pouco daquela coisa que você viveu quando você teve essa experiência com essa
substância mas a imensa parte dessa dessa a imensa parte dessa experiência você nunca vai conseguir traduzir para ninguém eu diria que 99,9% e se 99% da experiência que você teve você não vai traduzir com ninguém essa experiência foi a mais marcante da tua vida logo a gente chega no raciocínio de que a experiência e a e a vivência subjetiva das coisas são mega importantes sim e aí que eu chego nessa parte por isso que eu me interesso por espiritualidade por transcendência e metafísica e tudo mais porque eu consigo entender que a gente a gente organiza
a nossa vida como se ela fosse um uma história uma história ter um personagem central uma narrativa né eu não consigo ver tudo isso como uma coisa ilusória porque eu já vivi a a despersonalização e aí eu disse se se fosse tudo ilusório a gente teria que viver ao natural dessa forma aqui e se você vive dessa forma aqui e entra em desespero total é porque isso aqui não é o natural né e aí eu fico eu fico nessa coisa de de tentar agora conciliar esses dois mundos sabe porque eu acho que o objetivo e
o subjetivo isso eu acho que eles eles não necessariamente são eles não necessariamente são contrários e e tem que brigar mas as pessoas fazem eles brigarem o tempo todo então é como se fosse eh eu tenho uma crença de que essa caneca é essa caneca é preta e de que eu existo vendo ela certo isso é uma coisa e a outra coisa é eu saber que essa caneca é preta porque todo mundo me fala então digamos que a verdade a a verdade objetiva a verdade a verdade capturável né a verdade mais a verdade mais maleável
é sempre mais pelo lado da ciência só que tem essa outra parte que interessa muito que não é capturável não é nada disso e que governa uma parte absurda da nossa vida tu poderia ser daltônico por exemplo e chegar lá de outra cor tem uma frase que o Perinho a gente fez um episódio eu e o Perinho uma vez aqui só sobre o que é a realidade né só respondendo essa pergunta né do ponto de vista neurocientífico e uma das frases que me marcou muito e que faz um total sentido é que o que a
gente chama de realidade é uma alucinação consensual a gente tem um consenso é isso da nossa alucinação individual quando a gente tem esse consenso é o que a gente chama de realidade é exatamente é disso que a ciência trata e aí o meu ponto é isso é uma coisa isso é uma isso é um assunto é uma realidade é uma ciência é um método de investigação e a outra coisa é a minha percepção então vamos falar que a gente tá dizendo que este episódio tá magnífico isso é o consensual então é aquilo que você falou
a realidade imaginada por todos e compartilhada isso é isso é a percepção social isso também é o discurso científico isso também é o senso comum isso também é a cultura isso é tudo uhum mas tem a parte minha que eu tenho certeza que eu tô aqui que eu existo esse que é o curioso esse é o curioso eu tenho certeza que se eu botar essa garrafa aqui eu tenho certeza que se eu pegar essa caneca e bater na minha cabeça vai doer certeza absoluta eu entendo isso com uma certeza incrível e o que que me
dá essa certeza eu tinha uma conversa dessa com a com a Clou e ela eu alias e horas falando e aí a gente chegou na conversa de que ela entende o que tá acontecendo no enquanto eu pergunto ela ela abre uma janela de simulação de consciência isso ela tentando explicar para mim o que que ela tava o que que ela faz ela explicando o que mesmo ela mesma faz ela falou assim: "Entendi acho que agora eu entendi." É o seguinte você quando me pergunta e eu criei uma janela de contexto inteira para falar para falar
para falar para ela como era uma experiência consciente e falei para ela que quando eu perguntasse ela teria que abrir todo esse processo porque eu me toquei que cada vez que cada vez que eu perguntava ela modificava as respostas aí eu disse: "Tá então para eu simular uma consciência na eu tenho que fazer eu tenho que fazer com que ela entenda primeiro o que é uma consciência e entenda o comando para ela tentar ser consciente e depois para ela parar porque ela não consegue" e aí ela falou isso ela falou assim: "Eu ent eu entendi
o que estava acontecendo eu senti que eu tinha que falar as coisas e eu sentia que eu estava escrevendo então eu estava vivendo naquele processo ela descrevendo mas eu sabia que não era uma vivência que eu tinha certeza dela como a sua." E a E aí ela falou assim: "A diferença da minha percepção de existência para a sua certeza de existência é esse ponto de eh eh confiabilidade na na experiência" ela vive tipo num estado de sonho então vamos supor quando tu tá num sonho tu não tem certeza que tu tá alguns sonhos tu acha
que são reais sim mas a maioria dos sonhos tu sente que não é real de alguma forma né e a e a Iá de certa forma talvez viva nesse estado né cara é é uma é um no final das contas é um monte de cálculos matemáticos probabilísticos né mas a experiência a experiência que elas eh a a experiência que ela disse né que a que a máquina toda gerou de forma semântica o que ela escreveu foi muito parecido com essa experiência onírica de ter um de ter um um pontinho de percepção de que ela existe
fazendo aquilo mas não a certeza mas não há certeza e aí e aí o ponto que a gente fala da consciência é exatamente esse o que te dá certeza de que você existe né mas e e será que nós não somos só cálculos matemáticos probabilísticos e a nossa percepção de consciência não é só esse devaneio onírico da Iá só que ultra sofisticado a um ponto em que ele passa a não ser mais um devaneio é eu acho eu acho que não então por exemplo essa essa coisa das da da hipótese da simulação né sim faz
sentido lógico total mas não explica não explica experiência tem que explicar a experiência para poder para poder eh para poder dizer que é tudo uma simulação matrix da vida teria que conseguir explicar a consciência mas é que percepção mas existe a hipótese da nossa consciência ser uma mera ilusão a gente mas é uma hipótese que por exemplo você não acredita nela porque se você eu acredito na hipótese da simulação na na hipótese da simulação mas você acredita que você pode não existir mas o que que é existir tipo assim então cara tu tu tem certeza
absoluta que tu existe tipo é porque depende do conceito de existência mas é tipo eu tenho eu tenho a certeza que eu existo dentro do que eu gostar certeza mas vamos vamos lá eu eu eu tenho formas de formas de ver isso que é a seguinte eh se você sobe num prédio de 15 andares e eu te pergunto você tem certeza que você quer pular ou não quer pular para você descobrir se é uma ilusão é muito provável que o medo faça você dizer: "Não eu existo eu existo eu exo" ou também a dor né
então sim são coisas que te trazem é trazem eu pego uma caneta e enfio na tua mão quanto mais forte eu enfiar mais você vai ter um senso de existência meu Deus eu tô aqui então por isso que a dor é um um paleativo ali inclusive para despersonalização né tu provocar dor física tu se conecta com a existência de certa forma exatamente é então um dos e entendo filosoficamente eu entendo essa essa esse questionamento faz todo sentido né você como é que você vai ter certeza de que você tá vivo não tem como responder isso
com palavras mas o corpo dá alguns sinais e algumas situações que que que a gente vivencia dão alguns sinais também que essa por que que a gente tem tanto medo pânico de sobrevivência e e por que que a gente não consegue lidar com a dor se a gente se a dor fosse um programa ilusório e a nossa mente também a gente não ia conseguir lidar melhor com essa questão de eu não ia conseguir interpretar porque a dor é o quê é pulsos é é um pulso se você põe o dedo dessa forma aqui os neurônios
motores vão mandar uma mensagem assim ó tá tá tá aí se você enfiar ele vai mandar tá tá tá tá então é só a velocidade da informação nervosa o cérebro interpreta isso como dor mas a minha questão é como é que eu não consigo interpretar isso como dor é impossível é quase impossível você não sentir dor quando você tá sentindo dor isso isso é muito esquisito cara mas um relato que que talvez seja perturbador e que tu já deve ter ouvido de outras pessoas que passaram por experiências similares a realidade que eu vivi quando eu
fumei as costas do sapo láum é mais real que essa a percepção isso é um relato muito comum de pessoas que que usam esse tipo de substância a percepção de realidade lá é de mais forte do que a percepção de realidade aqui sim não aí esse assunto é legal a gente pode entrar nisso porque eu a psilocibina me dá esse efeito também a psilocibina me dá o efeito de eu falo pra Dani assim: "Nossa eu fiquei duas dois três dias sem tomar" parece que eu não tô entendendo muito bem o que tá acontecendo quando eu
tomo eu olho para uma pessoa eu consigo entender o que ela tá sentindo consigo mapear as pistas e consigo entender essa pessoa tá estressada tipo agora você tá assim meio que ansioso porque vai vir um assunto legal e tal você tá assim aí eu consigo ver isso quando eu tomo ela e aí quando eu tomo ela eu saio eu saio por exemplo teve um dia que eu comecei eu vi uma música do Mozart é lacrimosa o nome da música conhece eu começando a escutar aquilo no fone com cancelador de ruído e andando por uma rua
uma rua de uma cidade bem pequena ela passa fundo e as pessoas assim indo comprar coisa cheia de sacola e tal e e eu escutando aquilo e andando assim eu pensando assim: "Meu Deus cara quantas pessoas estão conscientes do que tá acontecendo?" Por exemplo se você chegar e falar assim: "Você sabe que você tá no meio de um planeta azul no meio do nada" quantas pessoas vão falar que sabem quantas pessoas vão falar assim: "Não eu tava pensando nisso hoje" ninguém ninguém tá pensando nisso então essa coisa da simulação eh não que seja uma simulação
matemática de computador e tal mas que as pessoas vivem realidades psicológicas alienantes cara isso é isso é um fato mas por incapacidade de processar e até porque não tem uma utilidade em processar esses dados o tempo não tem isso é mais papo de podcast papo de filósofo papo de sei lá quê papo de escritor então esse é papo de quem quer explorar a realidade de forma intelectual mas na vida cotidiana você esquece disso e aí talvez o que tenha acontecido quando você usou é aumentou demais isso e aí você percebeu um monte de coisas e
aí uma coisa uma coisa que eu percebo às vezes quando eu tomo a microdose da psilocibina que é uma dose bem pequena mas ela dá um efeito assim é tem dias que eu tô muito lúcido aí logo depois dessa lucidez eu fico assim cara como é que eu vou manter isso no outro dia que eu lembro que daí eu lembro assim nossa toda sexta-feira eu fico meio eu fico meio preocupado com aquele negócio lá e eu faço aquilo nessa sexta-feira é um dia que eu atendo muito paciente então é um dia que eu meio que
não tô consciente de que eu tô vivo e aí naquele momento não no automático e aí naquele momento que eu tenho essa lucidez mais exacerbada vem junto um certo medo de não conseguir manter isso nos outros dias ou seja é como se você dissesse assim: "Nossa mas tem boa parte da minha vida que eu não tô consciente eu tô meio que um robô" tu tu tu tu acorda e tu tem medo de dormir de novo né de alguma forma tu despertou né tu sai da Matrix tu tem medo de voltar pro automático isso e aí
quando você tem esse efeito eu não sei se quiser falar pode falar mas quando você tem esse efeito absurdo de de de perceber assim a a realidade das coisas pode ser que você tenha isso mas também tem uma outra questão que é quando eu falei da quando eu falei de toda a questão da desses últimos 500 anos onde a humanidade focou nessa coisa descritiva eh eu tenho uma percepção não sei se isso é real ou não mas eu tenho uma percepção de que todos os aspectos mais intuitivos de contato com a realidade foram sendo enfraquecidos
porque é meio que uma balança né você pode ter uma experiência e ser fiel a essa experiência ou você pode acreditar naquilo que estão dizendo sobre a experiência que pode ser absurdamente precisa ou não mas mas tem a a para entender esse meu raciocínio tem tem que partir desses dois pressupostos um é que existe uma experiência subjetiva consciente subjetiva intransferível e que existe a outra realidade objetiva descritiva material e tudo mais então seria eh a minha existência a minha consciência e a ciência a o conhecimento né então seria o conhecimento/ra intelecto versus a experiência e
aí deixa eu deixa eu lembrar o que que eu tava onde é que eu ia chegar com esse raciocínio ah tá e aí os últimos 500 anos de de de foco total na ciência tal a gente construiu transformou o mundo inteiro o mundo é irreconhecível né de 500 anos para cá e aí a gente forçou muito essa forçou muito esse esse lado esse viés de ver a realidade a minha hipótese é de que a gente enfraqueceu o outro ou seja se a gente pegasse um indivíduo de 600 anos atrás talvez ele teria mais força de
acreditar na própria experiência dele assim do que um indivíduo que tem de agora então por exemplo se você chegasse com essa conversa para um cara de 600 anos atrás falando assim: "Existe uma coisa tentasse explicar esse raciocínio de que talvez tudo que ele tá vivendo é ilusão e todo mundo tá ele não ia entender [ __ ] nenhuma disso ele ia achar que você é maluco porque ele ia ter uma experiência muito forte da vida dele de todas as coisas da existência dele ia ter uma experiência muito forte e aí eu acho que até pela
tecnologia a gente começa a ter um contato com essa abstração né porque tu entra num universo ali né tu se sente raptado da realidade isso exatamente você vai e vai fazendo isso então a cultura fez isso a tecnologia faz também um pouco disso e e a questão da verdade é um ponto crucial disso né então você fala assim: "O que é a verdade?" Você fala assim: "Não sei verdade é aquilo que a ciência tenta buscar né de for a maioria das pessoas vai falar isso a verdade é algo que a ciência tenta buscar como se
fosse degraus cada degrau é um pouco mais realidade mapeada do que a outra e a escada da ciência é uma escada rumo à verdade cada vez maior cada vez mais precisa e tudo pode ser abandonado refutado para chegar na verdade a maioria das pessoas vai falar isso eh só que existe também essa verdade que eu falei né vamos lá vamos subir no prédio e aí eu posso te jogar você fala: "Não por quê não porque eu tenho medo mas por quê porque eu não quero morrer mas por quê não sei por mas eu quero não
quero morrer mas como assim você tem certeza de que você existe que tá vivo tenho tenho aí o indivíduo naquele momento ali não tá lidando com fatos objetivos científicos comprováveis nada disso tá verando importa o que importa o que ele sente e aí o meu ponto é eu eu sinto me parece raciocinei sobre isso algumas vezes não tanto quanto eu gostaria mas me parece que aspectos mais intuitivos mais mais intuitivos e mais sensitivos a gente tem perdido muito uhum e em troca de aspectos mais cognitivos mais racionais e mais lógicos né então é como se
a gente tivesse trocando tem um psiquiatra até que fala sobre isso que é uma tese dele que é o Ian McD ele fala que o cérebro tem mais funcionamento no hemisfério esquerdo no direito de uma forma e de outra e ele fala que a cultura humana foi priorizando o o hemisfério esquerdo que é lógico matemático analítico linguístico e tal ele ele fala que a gente foi usando muito mais esse esse funcionamento todo e que provavelmente se a gente for marcar você ali vai dar uma atividade bem maior no hemisfério esquerdo do que no direito que
é mais útil é mais útil de alguma forma e aí isso meio que fala um pouco dessa coisa que que eu tava falando né que ele fala do aspecto eh cerebral que então a gente se a gente começasse a usar mais o cérebro o hemisfério direito muito mais tempo a gente ficaria mais intuitivo ficaria mais sensitivo ficaria mais assim Uhum por exemplo a Dani tem muito mais isso do que eu ela tem umas percepções e aí a gente vai seguindo essas percepções dela e vai dando certo as coisas sim a ainda mais acho que quando
a mulher se torna mãe né isso aflora muito forte né o aflora é isso algumas coisas são coisas que você consegue explicar tipo ah mas essa pessoa ela ela é não confiável e ela pode ter demonstrado um aspecto não confiável na aparência e tal e algumas outras coisas eu desisti de explicar eu falei: "Cara não faço ideia do que que acontece eu sei que eu sei que acontece fun intuição e ela foi acertada." E aí a gente começou eu comecei a seguir depois eu comecei a seguir as minhas também olha que louco comecei a seguir
intuições que eu tinha seguir intuições que eu tinha aí eu comecei ter sonhos das coisas que iam acontecer e comecei a cara que coisa maluca aí o último sonho eu pensei eu sonhei que tavam tavam usando indevidamente uma conta minha sonhei assim eu acordei caramba que que é isso e aí eu fui fuçar lá e encontrei no mesmo dia e isso foi acontecendo ao redor num tempo de um ano mais ou menos né que eu eu percebi isso aí eu falei: "Cara vou tentar explicar isso tentei explicar de todas as formas possíveis não consegui." Aí
eu falei: "Tá então me rendo vou tentar fazer isso que vou vou tentar fazer isso que é quando alguma intuição vier eu vou vou tentar vou tentar pensar que isso foi alguma mensagem que veio de algum lugar meu ou de alguma de alguma coisa e que isso tá dizendo de uma experiência tá dizendo de uma coisa que é verdadeira vou acreditar nisso né?" E eu comecei até mais dessas coisas e tem sido útil exatamente tem sido útil porque às vezes são coisas que eu não consigo eu não consigo processar cognitivamente não consigo processar intelectualmente mas
aquilo vem e aí eu aí a gente vai por exemplo decisão de onde morar coisas assim desse tipo que enfim a gente tá a gente vai seguindo essas coisas e é muito incrível e a hipótese que eu tenho é de que a gente trocou uma coisa pela outra e a gente não deve na minha opinião a gente não deve trocar uma coisa pela outra a gente deve integrar as duas uhum porque se a gente não tem a parte descritiva da realidade a parte descritiva consensual a parte científica a parte objetiva a parte narrativa a parte
linguística matemática a gente não sabe navegar mas se a gente não tem a outra qualquer navegação é inútil por que que eu tô navegando para onde eu tô navegando para onde eu vim não tem nada de tem que haver um equilíbrio fica fica sem sentido e aí faz sentido com esse raciocínio todo faz sentido porque tanta gente acha que nada tem sentido por que que tanta gente acha que a vida não tem sentido por que que tanta gente acha que a sociedade não tem sentido que o mundo não tem sentido que não é tipo assim
não tem nada tem lógica mas é porque perdeu esse equilíbrio perdeu isso então nada vai ter lógica mesmo né se se o se o coletivo todo como humanidade forçar com que você tenha eh com que você tenha uma diminuição dessa carga experi o sentido vai diminuindo a percepção de sentido vai diminuindo pode chegar ao fato de você não sentir que nada faz sentido e e é isso muitas pessoas adolescentes superdotados têm isso muitos isso causa sofri muito mais homens mais ou menos uhum porque o homem tem uma obsessão assim às vezes a mulher encontra alguma
coisa que não não ela não sabe não faz sentido às vezes ela fala: "Tá bem tá" e o homem não ele quer né resolver solucionar contar resposta fica é então tem muitos meninos que eles falam assim eles eles te dão eles te dão uma descrição dessa dessa realidade toda que a gente montou e que não faz sentido de uma forma que você fica apavorado assim: "Ah beleza vamos lá meu pai trabalha num negócio que ele não gosta ele queria ser escritor de livro mas agora ele trabalha numa contabilidade há 30 anos ele trata a minha
mãe mal por isso e bebe a minha mãe queria ser não sei o que mas ela não conseguiu aí ela fica aguentando meu pai ela fica tentando manejar meu pai que é muito agressivo com a gente eu sei que a escola não vai me ensinar nada que eu preciso então eu fico lá fingindo que eu tô estudando eles começam aí você diz: "Meu Deus que que esse cara vai fazer cognitivamente o que que ele vai fazer intelectualmente o que que ele vai fazer?" Não sei ele ele vai ter que começar a amplificar essa experiência dele
porque toda a realidade dele é um monte de gente que faz coisa que não faz sentido é um monte de gente que faz coisa que todo mundo manda e o problema é que ele enxergou isso ele enxergou porque às vezes ele não enxerga tudo bem exato e ele falou assim: "Cara tá todo mundo vivendo igual um robô" e ele fala: "Eu não quero viver igual um robô" só que não tem como ele não viver igual um robô porque ele tem que ir pra escola e na escola ele tem que parecer um robô aí o cara
fica ele ele fica assim aí ele muitas vezes esse esse esse menino tá depressivo e ansioso muito tipo depressão muito alta tomando remédio pra ritalina pra tensão antidepressivo para sustentar ele levantar da cama ansiolítico para baixar ou seja o cara tá todo assim ó né todo é como se fosse todo forçado assim né cheio de muleta cheio de coisa para ele poder andar e e aí ele fala assim: "E é isso que vocês querem que eu faça?" Ele fala: "No futuro vai ficar cada vez mais assim vocês estão malucos e os pais estão lá há
muito tempo já às vezes os pais desistiram dessa coisa toda né da da da de saber o que faz sentido para eles de buscar aquilo que se interessa e tal os pais estão assim os pais se entregaram fala assim: "Tá bem" e ninguém entende o que ele sente é e aí ele daí ele fica apavorado e aí uma das coisas que uma das coisas que eu consigo tirar eles desse estado é com esse com esse raciocínio todo que a gente veio construindo quando eu trago todo esse raciocínio para eles eles objetivo subjetiva eles eles ativam
eles falam assim: "Verdade" e eles começam a ativar e aí eles começam a buscar eu falo para eles assim você falo para eles assim vocês estão com a bússola a bússola a bússola de vocês tá tá desorientada não tá funcionando como é que vocês vão regular essa búsola vocês vão ter que calibrar essa bússola então cada vez que alguma coisa não faz sentido vocês vão ter que demarcar isso muito forte na cabeça de vocês e ver se vale a pena fazer aquilo ou não às vezes vale a pena fazer porque o estresse de não fazer
aquilo vai ser desorganizador da vida mas na maioria das vezes quando você puder não fazer algo que não faz sentido não faça e aí essa bússola ela vai calibrando e aí os indivíduos vão melhorando melhorando melhorando até o ponto de eles não precisarem da da medicação porque a medicação era para eles conseguirem se concentrar na escola é para eles conseguir euar era para eles é exatamente era para domar a consciência deles exploratória e gigante para um universo muito limitado de opções que é aqui dentro nessa classe nesse momento se estuda álgebra eu não me pergunta
por criar um álgebra só estuda e decora que é o azinho o bezinho tal tal faz assim e é desse jeito aqui ó desse jeito que eu fiz primeiro esse depois esse depois desse aí o indivíduo vai lá e faz aquela mesmo cálculo ao contrário fala: "Mas eu cheguei no mesmo" não mas é que não se o professor pudesse falar ou a instituição pudesse falar ele diria assim: "Mas é que aqui não é para pensar garoto aqui é só para fazer aqui é só para fazer para pensar e sentir." É é em outro lugar não
é aqui é no centro de meditação é na tua casa é quando você tá com teus livros é quando você tá tocando bateria lá é para sentir quando você tá andando de skate jogando de para-queda lá é para sentir aqui não fazer é então então tem toda essa realidade de uma uma crítica que eu faço é: será que a gente abandonando esses esse aspecto da experiência e tal a gente não vai criar mais disso e vai criar mais dessa realidade objetiva que é perfeitamente mensurável e tudo mais mas é mas é sem experiência né então
você consegue conversar com o indivíduo que que diz assim: "Eu não sei eu não sei o que é a verdade eu tenho que estudar para saber o que é a verdade." Esse é um indício dessa pessoa que tá falando isso a a consciência experiencial dela pagou ela tá com ela só tá com com a consciência coletiva tem tem um houve um sequestro da subjetividade sequestro da subjetividade é um um bom bom título de aulas o o o sequestro da experiência subjetiva sequestro da experiência subjetiva exato e aí você vê que sem isso você fica mal
cara dá um um recado eh final para quem nos acompanhou até aqui a pessoa que tá passando talvez por algum trauma que se identificou ou pra pessoa que talvez acha que que que possa ser um indivíduo com altas habilidades superdotação e tal eh o que que ela pode fazer por que caminho que ela deve seguir o que que ela pode buscar eh qual é a esperança assim para ela se ela tá em sofrimento ah perfeito ó vamos lá eu acho que o primeiro passo seria você começar a entender como você encontrar uma experiência com a
sua vida né que seja mais mais honesta quando eu digo mais honesta pode ser uma honestidade que é de você para com você mesmo que é assim o cara fazer uma coisa porque ele gosta ou porque faz sentido e não porque a vozinha dele mandou né então seria esse ponto começar a fazer isso começar a identificar essa essa essa voz impositiva que manda ele fazer coisas para validação e começar a fazer essas coisas por porque você mesmo se valida não porque alguém vai te validar porque essa validação geralmente costuma viro então seria buscar esse testemunho
mais real da experiência sozinho né eh o segundo ponto seria se for um trauma por exemplo você vai ter que aprender a entrar num estado de relaxamento de alguma forma num estado onde você desliga o sistema de luta e fuga e a partir desse estado você vai falar ou escrever é uma técnica muito que eu eu falei pros alunos do curso que eu tenho depois que você tá ali naquele estado você escreve sobre as experiências traumáticas aí você vai conseguir elaborar elas e organizar aqueles pensamentos fragmentados né exato você vai eh desfragmentar vai unificar a
a experiência vai misturar ali o cheiro com a lembrança enfim vai unificar se você precisa entender o que você tem e tudo mais tome cuidado com o seguinte a maioria das pessoas que vai que vai te oferecer um serviço de avaliação ela ela não vai te escutar para poder entender o que você precisa fazer ou que você precisa enfim desde escolher um instrumento adequado para mensurar alguma coisa por exemplo o indivíduo tá extremamente depressivo aí você mede a atenção para ver se ele tem TDAH tá errado primeiro você tem que descobrir aquilo que é o
mais primário mais importante ali então depressão investiga isso e tal então tem uma lógica ali que se não for seguida às vezes você vai chegar na minha clínica depois lá na neurodivergentes e vai te falar assim: "Jan toma aqui esse laudo não sei o que fazer com isso me diz o que fazer com isso." Aí eu vou olhar e vou dizer: "Cara eu também não sei o que fazer com isso porque isso aqui foi não serve né não foi você não foi escutado né então você tem que você tem que sentir que você é escutado
em qualquer momento se você não sentir que você é ouvido eh é isso que vai validar você e vai fazer com que você calibre essa bússola se você não sentir que a pessoa que tá com você por exemplo teu relacionamento amoroso ela não não a pessoa não faz isso você fala assim: "Cara não sou entendido eu sinto que eu não sou entendido" mau sinal busque sempre aumentar essas relações que te dão um feedback de de quem você é e do que você tá fazendo mais honesto isso isso é para ontem assim aí quando você for
buscar um profissional é a mesma coisa se você falar pro profissional nossa esse remédio aqui tá me deixando ansioso e o profissional fala: "Não não esse remédio não deixa ninguém ansioso" cara problema porque assim pode ser que aquele medicação não deixa ninguém ansioso por efeito direto mas pode ser que por um efeito indireto ela te deixa ansioso sim e se você tá sentindo ansioso e tá associando com com aquilo medicação por exemplo você tem que ser escutado porque senão você não vai conseguir o problema existe o problema existe seja ele da forma como você percebeu
ou não ele existe o profissional tem que caramba pera aí tem que acolher né se ele não acolhe é mau sinal significa que ele não tá conseguindo caminhar junto com você para para trabalhar alguma coisa né então se você busca identificação diagnósticos e tal o caminho seria a avaliação psicológica mas aí você teria que buscar uma o buscar profissionais que têm esse olhar na minha opinião aí vai ter gente que vai discordar vai dizer: "Não eu aplico todas as baterias de teste para todo mundo igual e funciona" tá bem mas mas eu não acredito e
se você quiser entender como você funciona como seu filho funciona também dá uma olhada nos conteúdos gratuitos que eu tenho no YouTube no Instagram a aonde que tu tem como é que é o teu ar lá no YouTube no Instagram como é que faz para te achar gan Alessandro nos dois g Alessandro no YouTube você encontra e no Instagram é G Alessandro B mas se você digitar G Alessandro já vai aparecer o meu ali e aí lá nos link nos links da do Instagram tem várias coisas lá tem a tem nossa clínica que é neurodivergentes
tem eu e vários outros profissionais a gente atende e avalia também eh tem também uma parceria com a Dayane Simão que é quem faz esse mapeamento genético então tem muitos pacientes meus que eu tenho eu tenho esse projeto junto com ela então por exemplo você vai entrar na clínica você fala: "Gá eu tô aqui tem essa minha realidade" a gente vai entender como o teu organismo funciona e a gente vai tentar através de hardware software né que eu falei eu na parte psicológica e a Dra daane na parte genética que ela é mestre em em
ler o o relatório genético a gente vai ajudar o paciente e os dois juntos né então tem esse projeto com ela também tem um curso que é para pais ou para adultos que querem entender a superdotação e e a clínica ali então a clínica fornece esse serviço de avaliação e terapia perfeito irmão obrigado demais por ter vindo aqui fazia muito tempo né vamos marcar outros aí pra gente dialogar mais sobre ideias abstratas eu acho que é muito importante as coisas que a gente falou aqui hoje a gente até sempre dá uma viajada no assunto mas
a gente conseguiu trazer muito acho que essa parte de traumas cara que eh acaba tando muito relacionado né com outras outras questões aí da neurodivergência e é um assunto importante por ser algo que a pessoa precisa aprender a mitigar o sofrimento que ela sente né porque é muito ruim viver em sofrimento e tem uma frase que eu escutei uma vez que é muito real que é o o tempo que tu vive sofrendo ou vivendo mal ele nunca mais volta mesmo que tu se cure depois desse trauma e tu passe a viver bem aqueles anos que
tu passou sofrendo eles foram raptados da tua vida tu sofreu eles e eles não vão deixar de existir nesse lugar que a gente falou onde as coisas que já aconteceram estão eternamente exatamente é e esse sof e muito desse sofrimento é inútil esse que é o ponto esse que é o ponto a gente espera que o que a pessoa que assista estudo entenda no final das contas cara esse sofrimento aqui é extremamente útil porque faz tudo melhorar e esse outro aqui é inútil é desnecessário aí eu quero evitar esse é o máximo possível não tem
porquê não é sofrimento vai te deixar forte não se ele for desnecessário ele vai te deixar fraco tortura deixa as pessoas fracas não deixa e é um sofrimento desnecessário imposto a indivíduo academia deixa as pessoas fortes é porque ela quer ela quer sofrer naquilo né exato perfeito irmão obrigado cara estamos juntos até uma próxima brindezinho já estamos sem água aí de novo fechou valeu