IDENTIDADE E LUTA

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Tempero Drag
Realização: @TagarelaAgency @fruitsfrombrazil6545 Conteúdo: @rita_von_hunty Edição e Roxelly: @pe...
Video Transcript:
Dona Rita o cenário tá diferente porque a gente tá na Austrália né E a gente vai falar sobre LGBT né Por que é super diferente do Brasil não Burra bom Como você já deve ter visto em algum local desta tela o tema do vídeo de hoje é identidade e luta ou o que querem as lgbts bom moçadinha como rochell já avisou no início do vídeo o cenário está distinto na presente data pois estamos Live from Down Under e em outras palavras é ao vivo das Austrália tudo menina em resumo se você quiser saber mais você
vai lá no meu Instagram ou no da rochell uma parceria entre a tagarela que é uma agência de intercâmbio especializada em ajudar com que pessoas do Brasil venham pra Austrália estudar dar início nos seus processos cidadania etc né as que tem o sonho de morar aqui e tal e o fruits from Brasil que é uma organização não governamental é com o foco em Criar e estreitar laços e redes entre pessoas do Brasil que estão na Austrália em especial as LGBT para que a partir dessa rede de contato e suporte elas possam Segurar a Barra né
de est morando do outro lado do planeta Então essas duas iniciativas se uniram e fizeram um convite para mim e para R linha para que estivéssemos aqui na Austrália durante este mês de fevereiro para cobrir dois eventos fundamentais da cultura LGBT QAP mais que são o orgulho Mundial que tá acontecendo aqui na Austrália e o Madri GR que é historicamente o carnaval eu não vou poder explicar aqui em detalhe mas o carnaval da Austrália e um momento no qual as identidades LGBT tem espaço de reivindicação nas ruas suas vidas corpos afetos estão nas ruas demandando
atenção o vídeo de hoje abre uma série de três gravados aqui na Austrália é que vão cobrir um pouco dos eventos que eu estarei presente Inclusive a gente vai participar de um evento de cinema brasileiro cinema queer brasileiro exibido aqui na Austrália pro público australiano então esses vídeos vão cobrir esses eventos e eu também vou fazer algumas tanto aqui quanto no Instagram então se você não segue eu Rochelle sig siga-nos lá então moçadinha vamos começar pelo começo e se esse vídeo se chama identidade e luta o que querem as LGBT eu já tô movimentando aqui
com vocês para onde Vamos então é é tentar pensar que LGBT idade neste momento histórico que a gente atravessa está configurada como uma identidade dos sujeitos políticos uma identidade dos sujeitos Napolis na na nossa vida social essa identidade sempre existiu a resposta é Já fiz isso com vocês em outros vídeos Imagino que vocês já tenham respondido é não por um acaso você me respondeu que sim você não tá acompanhando o trabalho do canal menina e a gente vai confiscar sua carteirinha Dev viada Tô brincando você pode assistir é pecado ser LGBT e humanidade os dois
vídeos fazem um preâmbulo rápido de coisas que a gente tá discutindo aqui identidade de LGBT acreditar que uma prática sexual configura um sujeito no tempo é uma coisa que começa no final do 1800 não você não me entendeu errado Rita Mas em Grécia em Roma né aquela pegação aquela broderagem do soldado eu vou falar ô meu anjo ó minha anja aqui um segundo e a safo da Ilha de lesbos a prática homoa afetiva homoerótica não configurava uma identidade mas ela era vista na história do planeta como um pecado uma doença um desvio majoritariamente um crime
barra desvio ou um pecado doença é como ela começa a ser vista a partir do século X e por isso ela passa a designar uma identidade olha só 1868 é a primeira vez que o termo homossexual é utilizado é inclusive é utilizado junto com o termo hétero sexual né Sempre que surge o desvio a norma ganha seu nome ai o que que veio primeiro né a heterossexualidade vem não vem meu anjo que Para que alguma coisa Seja hétero vai ter que ter alguma coisa que não é só dá para chamar algo de a se tem
alguma coisa que é não a mas volta essa é uma carta entre o Car Maria kby que era um médico e o k urish que era um jurista mas ambos estão tentando entender e lutar por esses corpos que não são corpos heterossexuais se você assistiu os outros vídeos do tempero mas senão eu tô fazendo um resumão aqui historicamente esses corpos estão sendo vistos como desviantes de uma lei como desviantes de do que um Deus prescreveu que deveria ser feito ou não então era um crime ou um pecado a partir do século X 1800 e blá
blá blá com a corrida científica e com o discurso médico se tornando o discurso regulador das práticas a psiquiatria a psicanálise a sociologia vão falar sobre esses corpos pra psiquiatria São corpos perversos porque eles pervertem uma lógica de funcionamento natural antes era crime contra a natureza agora é a perversão de uma lei natural ai Adorei a medicina pra psicanálise esses corpos estão operando uma inversão ai o Édipo invertido então é um é vai ter uma ideia de que não há normalidade aqui a norm realidade está em outra coisa e por fim a sociologia que vai
olhar para isso como um comportamento desviante de uma Norma estabelecida isso é mais ou menos o que o Foucault nos fala né na história da sexualidade que as ciências sexuais né Eh todos esses discursos científicos não são gente porque eles são sociais porque eles são produzidos num tempo por pessoas com Horizonte histórico A partir de um enquadramento de mundo mas volta é o que ess as ciências esses discursos científicos fazem é se debruçar sobre o campo da sexualidade é escrutinar é examiná-lo e aí a gente tem uma ascensão da ciência sexual e um declínio da
arte erótica então o sexo que era prazer mistério individual intransferível ele passa a ser caso não caso a caso mas ele passa a ser um caso onde todos os corpos serão a homossexualidade no singular quando não é singular né meus anjo a lesbi andade quando quando não é singularidades lesendes diversidades gays trans travestir a transexualidade quando não é a travestilidade nada disso é singular são modalidades de existência são sempre plurais e agora o ponto dois dessa nossa reflexão é pensar o seguinte a gente tá pensando sobre o surgimento dessa identidade como ela aparece no mundo
só que toda a identidade é resultado de um trajeto de Um percurso social tem alguma coisa acontecendo nessa sociedade que permite que um novo sujeito emerja os nossos últimos vídeos são sobre isso antropofagia zumbi é sobre isso depois você vai lá e assiste tem um Historiador estadunidense que é o John demilo eu vou deixar aqui tudo linkado na descrição como sempre o John demilo ele tem um texto né foi uma aula que ele deu numa universidade depois foi transcrito virou um livro que ele explica como o capitalismo fez com que que fossem possíveis as identidades
LGBT e e depois ele tem uma entrevista no qual ele fala o capitalismo fez com que essas identidades fossem possíveis e agora essas identidades precisam destruir o capitalismo porque só assim elas vão poder existir de forma plena mas eu já tô entregando o jogo volta antes aqui ai a socialista vai falar anticapitalismo nossa que surpresa ó Então vem comigo tem alguma coisa de uma trajetória material que possibilita a emergência de um novo sujeito o que que aconteceu bom o o núcleo produtivo como que as coisas eram produzidas e é como que se fazia casa telhado
ferramenta era nas famílias os núcleos produtivos das sociedades que a gente conhece eram familiares no máximo eram guildas de trabalhadores reunidos né durante o feudalismo e também com a queda do feudalismo quando esse modelo social o feudalismo acaba se dissipa é é superado existe um outro modelo começando do Mercantilismo que vai dar origem ao capitalismo que propicia um êxodo rural ou seja as pessoas vão sair do campo para ir morar nos Burgos que vão virar cidades trazer um monte de camponês para dentro das fábricas porque agora você precisa de muita gente trabalhando e eh criar
a ideia da urbanização da cidade abrir a fábrica abrir o comércio é o lugar de onde extrai a matéria prima ou pega a matéria conurb isso juntar isso vai possibilitar um fluxo de pessoas que a gente não conhecia antes na história esse fluxo de pessoas vai permitir O Anonimato se você tem fluxo de pessoas Anonimato e o trabalho sendo remunerado o salário você tem a possibilidade dos sujeitos de exercerem prazeres que não estão condicionados pela comunidade ou pela família veja lá se você tá entendendo o que que eu tô te dizer agora o Joãozinho que
era um camponês [ __ ] é um operário [ __ ] mas o Joãozinho vai pra fábrica e ele fica Fido na fábrica do sol nascer ao sol se pôr enquanto ele tá lá [ __ ] na fábrica ele tem a possibilidade de transar com tubias né seja ali na coisa do intervalo seja num beco escuro Indo ou voltando da fábrica seja no no no trânsito no tráfego seja nas nas ruelas e vielas da cidade enfim eh mas a Mariazinha que ficou em casa cuidando das Crianças agora descobre que a vizinha dela Janice pode ter
um envolvimento então isso John demilio explica lá que eu tô fazendo piada esse número de pessoas o assalariamento e O Anonimato tornam possíveis outros elos afetivos outras práticas sexuais essas outras práticas sexuais vão constituir novos sujeitos a gente está tendo uma coisa nova na história do planeta que é um sujeito que está sendo formado a partir da sua prática sexual isso não existia existia o sujeito camponês existia o sujeito proletário existia o sujeito francês existia o sujeito plebeu existia o sujeito Nobre mas não existia um sujeito a partir da sua prática sexual existia um pecado
da sodomia né Eh existia um crime crime contra a natureza mas aquele pecador e aquela pecadora aquele crime e aquela criminosa não tem uma identidade nova eles eram um sujeito que já estava constituído que cometeu um crime ou pecado agora não agora a Sexualidade deste sujeito organiza um novo jeito de estar em sociedade que é essa ideia de que uma comunidade vai começar a se formar e agora a gente chega no ponto três desse vídeo que seria a ideia de que toda identidade consciente produz luta política estou falando de gênero e sexualidade não tô meus
anjo não tô é tudo truque para vocês virarem comunistas é doutrinação marxista que chama para que que a gente fica lutando desde sei lá quantos anos eu tinha acho que 18 rochel a gente estava começando aquele movimento na Austrália né das sapatões nas bicicletas bom eu era muito jovem eu produzi um vídeo chamado consciência de classe vem cá comigo lutar por conscientização de classe que a classe trabalhadora se reconheça como tal e entenda o que que esse reconhecimento pode produzir de luta política é exatamente o que eu tô tentando fazer aqui nesse vídeo você perceber
o que que esse sujeito sexualmente desviante desviante do quê Quem estabeleceu que era desvio Quais são os poderes que estão organizados assim este sujeito desviante Perceba como o seu sujeito pode ser um sujeito revolucionário pode ser um sujeito de contracultura pode ser um sujeito que ajude numa manda por outra sociedade por outra organização social ser trabalhador e [ __ ] tô preocupado Só em ganhar meu salarinho lutar para que ele aumente de vez em quando comprar minhas buj gangin meus cremes francês e aí ter uns filhos dois três 4 e morrer tranquila aqui nada de
revolucionário agora sou um trabalhador se eu não trabalho Nada é produzido mas eu que trabalho e produzo tudo fico com nada hum que que acontece se essa estrutura social mudar que que acontece os trabalhadores se organizam que que acontece se tem greve geral que que acontece há demanda por uma reconfiguração da estrutura tá entendendo uma identidade consciente de si torna-se política separei alguns trechos para fazer leitura para vocês nesse momento são três livros que eu vou usar ao longo dessa série eles estão aqui e ainda tem um australiano que a gente comprou no no evento
de abertura do do pride que conta a história da Marcha aqui como que o orgulho australiano começou o terceiro vídeo da série vai ser sobre isso mas hoje a gente vai usar é do Renan quinalia movimento LGBT e Mais Uma Breve História do século XIX até os dias de hoje eu escrevi a orelha desse livro e a Erik Hilton escreveu a contracapa então lá na página 86 do livro e quando a gente tá discutindo um subcapítulo que chama o poder gay o Fronte de libertação gay e a aliança dos ativistas gay que foi uma dissidência
do primeiro então vem aqui comigo na página 86 a gente leu o seguinte com efeito o ativismo homófonas principais Bandeiras ao lado do fim da discriminação no trabalho a luta pela despatologização da homossexualidade então que deixasse de ser visto como uma doença na base dessa reivindicação repousava uma ideia de normalidade ade ou ao menos de normalização dos comportamentos homossexuais em certa medida prevalecia uma visão essencialista que recusava a ideia de desvio e reforçava a integração na cultura hegemônica sob a forma de uma assimilação em vez de demarcar as diferenças e afastamentos de uma minoria que
busca criar uma nova forma de vida o eixo era afirmar a igualdade e a proximidade com o padrão Logo no início que as lutas LGBT os as movimentações estão se tornando movimentos e aqui eu tô citando alguns nos Estados Unidos é que são depois de stoney wall depois da Revolta do quebra-quebra no bar depois desse grupo reagir à brutalidade e à violência policial as movimentações estão se configurando em movimentos e existe uma ideia lá Inicial ai lá Inicial meus anjos 2000 20 tantos o que tem de LGBT falando vamos ser limpinho para ser assimilado vamos
falar a língua do colonizador para para conseguir negociar vamos exigir o mínimo vamos faz né é uma luta é uma luta né resta saber o que que ela é passível de atingir lá no início quando as movimentações estão virando um movimento uma das ideias É essa a de se higienizar para se normalizar de não falar não é natural a gente nasce assim não tá não pode bater na gente a gente não quer destruir a família a gente não quer meus anjo se a gente abre mão desse discurso de que a nossa Constituição é social de
que a nossa Constituição é reivindicar um desejo que não esteja serviço do Estado de que as nossas vidas são tomar na mão a ideia de que a gente vai constituir família da forma que quiser e não é o estado que vai impor a gente deixa de ser uma ameaça e E aí o que você tem não é uma configuração de uma identidade que pode fazer luta política mas a configuração de um de um novo jeito né um novo jeito de estar no mundo como se de minimalista você virasse punk como de punk você virasse gótico
né troca a roupinha da boneca mas ela continua fazendo as mesmas coisas e servindo pra mesma coisa ela continua trabalhando na mesma fábrica produzindo a mesma mais-valia aceitando a mesma estrutura de estado de família de taxação de Imposto de propriedade ela só encontrou um outro jeito fashion de estar no mercado a geração de 78 aqui na Austrália que é a que faz a o fightback com a polícia né O que que revida o ataque policial olha só é ontem no relógio da história é final dos anos 60 nos Estados Unidos final dos anos 70 no
Brasil e na Austrália então é ontem no né Eu já já tava Professora Doutora tava dando aula PR Maria Conceição Tavares né formando ela em economia política ensinando ela fumar ó volta e tem uma coisa que que os intelectuais pensando a a configuração dessa identidade e se ela vai se configurar Como subcultura oferecer ameaça nenhuma ou como contracultura colocar alguma questão pro funcionamento do sistema esses intelectuais já estavam fazendo esses apontamentos vou ler com vocês um trechinho de matachin society eh para vocês terem uma ideia o primeiro grupo LGBT organizado nos Estados Unidos e ele
tinha uma publicação periódico mensal eh que eles reuniam as pessoas que colaboravam para organizar as suas ideias né organizar a sua ação política eu vou ler com vocês a edição de maio de 59 rochel vai est pondo na tela e um artigo do David mcreynolds você não conhece ele foi o primeiro candidato à presidência nos Estados Unidos abertamente homossexual ele é um socialista era já faleceu um socialista estadunidense eh eh que teve uma ação muito importante pra política pros debates de lá ai menido até materialize aqui meu computadorzinho então ele diz o seguinte ó um
grupo de homossexuais não vai liderar revolta nenhuma e isso é porque a última coisa que eles querem é se envolver em qualquer luta real eles querem ser deixados em paz para levarem as suas vidinhas preciosas da forma como está presentemente estabelecida a sua Graciosa moda de ser eu acredito também que um número de homens homossexuais é se tornam homossexuais como uma forma de escapar da realidade ó percebe essa identidade esse jeito de estar no mundo é um jeito GG o motivo desse grupo não é a rebelião mas simplesmente a escapatória o mundo homossexual gay do
Underground é um mundo de festas noturnas de mério de juventude e belezas eternas sem crianças sem filhos sem dor sem dureza e sem a morte é precisamente porque é um modo de vida que escapa das responsabilidades do casamento heterossexual tradicional que muitos homens optam por esse estilo de vida eu não vejo portanto qualquer capacidade numa revolta da sociedade gay é apenas uma subcultura destru produzindo seus produtos que são corpos depilados de zumbi cheirando a perfume que comem dormem andam conversam e morrem é uma subcultura na qual o sexo substitui as relações pessoais e como uma
subcultura talvez ela não possa produzir nada de valor então pensa aqui comigo esse é um texto de 59 a gente tá falando sobre um auge da repressão tá atravessando venders care queera uma série de políticas e eh culturais institucionalizadas para demitir expulsar abafar desaparecer com pessoas LGBT e vai haver um grupo dessas pessoas que não vão no seu Horizonte de imaginação política imaginar que é possível mudar o sistema algumas delas vão apenas querer se integrar oo sistema então fingir que não são gays viver uma vida gay na encolha escondid no sigilo casado à procura etc
e um grupo vai querer criar esse mundo de moda beleza Juventude festa e fse o que tem para fazer com a vida é aproveitar a vida é irada V curtir então desde dos anos 50 já tem pessoas nos alertando que um novo modo de vida pode não colocar questão nenhuma para como o sistema está estabelecido ele pode só virar um novo jeito de estar um novo jeito de consumir um novo jeito de se portar é uma nova moda oi gay Feliz mês do orgulho Estamos lacrando nos descontos esse mês e como toda moda ela movimenta
o mercado ela vende produto faz blusinha faz corte de cabelo faz anabolizante faz festa ela é muito lucrativa mas ela não representa uma ameaça nem uma reconfiguração nem um avanço nem um progresso sobre isso no Brasil o Celso suuri que era um jornalista da época tinha uma coluna importante uma vez deu uma entrevista pro lampião da esquina que é um dos primeiros periódicos organizados para a comunidade LGBT nessa entrevista ele diz o seguinte quando me perguntam pelo movimento homosexual no Brasil eu respondo ele não existe então ó Isso é 78 é o ano que tá
se organizando o grupo Somos o que existe é uma movimentação homossexual da boate pro táxi do táxi pra sauna no Brasil nem movimento de manicu é possível B importante contar para vocês que 78 a gente ainda está sob a ditadura civil militar no Brasil acabaram de se passar 10 anos do ai5 do do ato institucional número C né que recrudesceu a ditadura que tornou a mais perversa e a questão desse vídeo por que que eu chamo ele de identidade e luta o que querem as LGBT é que essa é uma pergunta fundamental para compreender um
jeito o que ele deseja o que ele quer a gente tá falando de um movimento LGBT que quer se grudar no sistema fala olha eu também posso ser explorada das 9 às 6 olha eu também sou bonitinha me contrata para ser garota propaganda me chama pra sua empresa a gente tá falando de um movimento LGBT que tá falando Ah [ __ ] o planeta tem mais 20 anos Vamos só Celebrar curtir viver a vida eada ou será que a gente ainda consegue pensar que haveriam sujeitos LG gbts que compreendendo que a sua identidade é fruto
de uma opressão sistêmica desejam reconfigurar o sistema para encerrar vou fazer três indicações a primeira como alguém dos estudos de cultura é um filme produzido por uma cineasta marxista que explica tudo que eu tô tentando te contar como que a identidade sem a consciência da sua ident não produz nada mas a consciência alada com a identidade pode a revolução então é o filme de 1971 da Rosa Von para um rim chamado não é o homossexual que é perverso mas a sociedade na qual ele vive vocês acharem um lugar para baixar moçada comenta aqui nos links
que depois eu fixo no primeiro lugar indicação número dois tem um filósofo espanhol chamado pacu vidarte ele já é falecido o an men1 aqui a gente fala sempre dessa Editora aqui no canal ela publicou no Brasil um um um livro dele chamado ética [ __ ] e é e essa ideia né É É como organizar uma ética desses sujeitos LGBT tem um momento que o Paco fala uma coisa muito poderosa né e a gay que faz banheirão tá transando com alguém num banheiro público e ela pode tá transando com a pessoa que mata ela no
futuro porque para que um cara esteja no banheiro topando transar é porque ele não pode transar em outro lugar é talvez porque ele seja um hétero na encolha um escondido ou porque talvez ele seja um homofóbico na rua mas no banheiro ele topa transar então o Paco fala isso pra gente né que você não pode produzir aliança com quem te mata no futuro e por isso uma ética [ __ ] reconfigurar a lógica de uma sexualidade aliás uma das frases que tá no filme da Rosa é essa de sair dos banheiros e ocupar as ruas
né é fazer com que essa vida essa identidade sexual seja uma identidade política porque ela sempre foi e por fim se você você é um brasileiro que tá aqui na Austrália te recomendar que procure a fruits from Brasil para organizar sua rede de apoio contato e suporte e se você é uma pessoa LGBT vendo esse vídeo no Brasil eu tenho duas indicações de coletivos LGBT com os quais eu trabalho o coletivo LGBT do MST eu tô sempre lá dando formação dando aula participando ajudando compartilhando coisa e o coletivo LGBT comunista Do PCB Inclusive a gente
vai fazer alguma as ações no interior de São Paulo né formação e eh e congregar militância fazer agitação propaganda política aqui tão dois coletivos se você quiser se organizar se você quiser entender como essa sua identidade pode virar uma luta política e o que que significa ser um LGBT com consciência de classe é isso por essa semana moçada a gente se vê ah Espero que você tenha tido um ótimo carnaval a gente se vê semana que vem vamos discutir de produção subjetiva dos grupos LGBT é isso beijinho tchau [Música]
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