oi meus anjinho Esse é um rit em 5 minutos um vidinho curto que a gente debate um tema em 5 minutos nunca consigo me desejo sorte mas como a gente tá chegando perto do fim do ano começo do próximo eu já mandei tudo pras cucuia as meninas que lutem is Rochelle vocês que se virem Esse é um 35 minutos Premium e ele vai ter coisa aí de uns 15 minutos e a partir de agora todos os rit 5 minutos 15 tô ligando não [Música] o tema desse vídeo de hoje é agrotóxicos e colonialismo químico já
preciso te contar de cara que ele é o título deste livro aqui mas ele também aparece na tela da nossa grande lutadora pela agroecologia no Brasil Larissa bombard Esse vídeo é especial porque vou mostrar umas imagens e vou deixar elas aqui também na descrição esse livro é tudo vamos falar dele vamos falar desse aqui da Bela Gil também mas Enfim deixa não deixa eu me adiantar não deixa eu ir do jeito que programei no final de julho agora no dia 24 eu estive no armazém do Campo aqui em São Paulo pelo amor de Deus procure
Armazém do Campo na sua cidade que que é armazém do campo é um lugar onde você vai ter acesso à comida agroecológica orgânica produzida pelas lutas nacionais da reforma agrária do MST todo apoio e Vida longa ao Armazém do campo então o evento foi aqui no armazém do Campo em São São Paulo em parceria com a editora expressão Popular uma das editoras mais comprometidas que a gente tem aqui no Brasil de esquerda maravilhosa sempre falo deles aqui qual foi o evento agora no dia 24 de julho eu estive junto da Larissa bombarde e da Bela
Gil para fazer o lançamento do livro da Larissa esse Ao qual eu me referi aqui com vocês professora Larissa preparou uma leitura que deve se tornar obrigatória em qualquer curso de geografia em toda Tod as escolas ao redor do país porque a didática deste livro é absurda Mas como ele consegue ser explícito sobre aquilo que ela fala é ainda mais no evento de lançamento a professora Larissa ela falou com a gente brevemente sobre como esse título apareceu dentre outras coisas na fala dela a ideia de colonialismo químico aparece por quê apesar da escola de pensamento
da Larissa ser o Marxismo e a gente não usar a palavra colonialismo exatamente dessa forma ela não encontra outra palavra para descrever o fenômeno que faz com que o veneno o agrotóxico aquilo que nos intoxica nos mata desgraça as nossas vidas produz crianças com má formações com deficiência produz o abortamento espontâneo por causa de toxinas produz o adoecimento dos nossos Rios das nossas terras das da nossa biodiversidade todo esse veneno ele é é produzido no norte Global proibido no norte global e mandado pro sul Global onde a gente toma veneno de colherada ah finalmente os
refrescos eu sei que parece que é uma hipérbole tomar veneno de colherada Mas você vai ver quando eu chegar nos números que os níveis tolerados para veneno no sul Global por litro de água chegam a ser mais de 1000 vezes maiores do que o tolerado por exemplo na União Europeia então lá eles não podem beber veneno aqui o veneno tá liberado pra gente se intoxicar E aí a Larissa diz que ela não encontra outro nome para isso como a gente descreve o fenômeno de produção do lixo do lixo químico no norte do Globo e exportação
e permissão para o uso desse lixo no sul Global capitalismo de dependência mas é resultado de uma dinâmica colonial do Poder um dos destaques desse livro é o conjunto cartográfico que tá presente nele então a série de mapas que vai mostrando sobre o que a pesquisa da Larissa descobriu ele é fornecido como QR Code aqui no final do livro mas tem um link de acesso eu vou deixar ele na descrição do vídeo aqui para você poder acessar os mapas e vê por exemplo os mapas que mostram o país inflado que produz agrotóxico E aí o
que você vai ver inflado é o norte Global outro mapa que apresenta o país inflado que usa o agrotóxico né no nível de uso e aí é quase o mapa invertido aqueles países no norte da Europa que produzem o veneno que a gente lança sobrevoando plantação a gente tem aqui no Brasil agrotóxico da família do agente laranja que foi despejado de avião sobre Território que tá sendo usado no Brasil como arma química contra populações indígenas do Mato Grosso do Sul então não tem como falar disso sem falar veneno sem falar agrotóxico sem falar arma química
é sobre isso que eu vou tentar construir o vídeo de hoje mas o vídeo se destaca por isso e se destaca também porque ele é produzido por essa intelectual de ponta brasileira a gente já falou sobre a Larissa num vídeo do canal que foi o mulheres sobre a Rachel Carson vou deixar aqui vou falar dela também hoje não tem como não falar mas a Larissa ela é a pesquisadora brasileira que descobriu essa dinâmica da produção uso contaminação e exportação das commodities e que publicou um atlas geográfico mostrando essa relação O agronegócio brasileiro ficou furioso com
ela a Larissa foi perseguida pela extrema direita ela teve que fugir do país ela volta para fazer o lançamento do livro porque o MST prepara um time de segurança e escoltas para ela e protege a vinda dela de volta pro Brasil a Larissa ainda está exilada fora do país sobre o que que eu vou tentar falar nesse vídeo é mais ou menos a fala que eu fiz no lançamento do livro então estávamos Bela Gil Larissa e eu cada um de nós ia falar sobre um aspecto deste assunto a minha área de pesquisa minha área de
ensino minha área de de atuação são os estudos culturais e aí eu preparei uma fala a respeito disso como os estudos culturais conseguem perceber a cristalização no campo da cultura das lutas sociais que a gente tem no campo da infraestrutura em outros termos como aquilo que a gente fala significa vê apreende absorve é no campo das ideias é resultado da disputa material de um povo num tempo como esse povo luta como esse povo produz seu valor como esse povo é explorado quais classes estão interessadas em quais tipos de produção e exploração tudo isso se cristaliza
no campo da cultura ou você nunca percebeu como O agronegócio que é o principal aliado do bolsonarismo investe rios de dinheiro numa indústria cultural que cristaliza em música por exemplo seus valores e o seu significado vocês não lembram dos cantores sertanejos apoiando o bolsonaro ou então enfim nos estudos culturais a gente percebe essas cristalizações no campo da cultura da luta na infraestrutura no lançamento do livro eu falei um pouco sobre o nosso vocabulário como a aquilo que a gente fala é Reflexo das lutas que a gente luta a nossa língua a nossa linguagem cristaliza as
nossas lutas No Brasil existe um giro linguístico uma tentativa de torção né dos Sentidos que começa com a tentativa de proibir o nome agrotóxico você vai ver por exemplo que a gente tem setores da sociedade que usam o termo defensivo agrícola e a gente sai da ideia do tóxico pro io sobre isso tem um estudo da Universidade de Caxias do Sul programa de pós--graduação um estudo feito por doutores e Mestres que mostra quão ideológico é o uso de defensivo agrícola Então olha o que eles fizeram eles examinam o banco de teses e dissertações né de
trabalhos acadêmicos brasileiros de 2005 a 2011 eles recolhem 20 trabalhos mestrado e doutorado que usavam a palavra defens Agrícola no lugar de agrotóxico desses 20 trabalhos 15 deles estavam favoráveis ao uso do veneno favoráveis a esse modelo de quanto mais veneno melhor espirra veneno em tudo tanto faz o Manancial tanto faz a terra tanto faz a comunidade o impacto se a gente vai est com o sangue envenenado e eles conseguem comprovar a vertente ideológica quem usa a palavra está a favor do uso o Pedro grigori fez um um uma matéria pro Brasil Repórter falando isso
vou deixar várias notícias aqui na na descrição do vídeo vou deixar também o link vou deixar tudo você como de prax agora volta para esse giro linguístico que eu tô tentando te falar essa tentativa de torção dos Sentidos ela começa com um projeto de lei de 2002 proposto por um se você adivinhou apoiador da bancada ruralista o blairo magir né tem que cuspir depois que fala pro veneno não ficar na boca ele propõe o projeto de lei 6299 de 2022 que a gente conheceu pelo pacote do veneno ele era um projeto que visava o uso
indiscriminado de veneno no Agro Brasileiro uma das coisas que esse projeto de lei tentava era impedir o uso da palavra agrotóxico e que a gente começasse no seu lugar a usar a palavra defensivo agrícola Por exemplo agora por que que a gente usa agrotóxico porque a gente tá falando de uma toxina a gente tá falando de um veneno mas não é só isso é que cientificamente é o único termo correto a gente tem um pesquisador brasileiro o Adilson Pascoal grande pesquisador brasileiro um dos grandes nomes da agroecologia no Brasil ele foi parceiro de trabalho companheiro
de vida da Ana primav e o Adilson ele tem um um artigo e um livro dos anos 70 o artigo de 77 e o livro de 79 chamado pragas agrotóxicos e crise ambiental Inclusive a expressão Popular a editora que eu falo no começo do vídeo tem uma reedição desse livro Esse livro foi premiado né ele ganhou o prêmio IPS é uma leitura fundamental que que o Dr Adilson né agrônomo da USP né trabalhou na exal deu aula fez pesquisa que que ele mostra como o termo agrotóxico é o único termo capaz de falar daquilo que
tá sendo dito alguma coisa que intoxica a terra o Agro o campo ao redor do mundo você tem outras línguas que usam outros termos né então você tem a palavra pesticida que é usada em países que falam francês e em países de língua espanhola você tem praguicida a nossa questão é o seguinte cídio morte né feminicídio homicídio fratricídio E aí o que tá morrendo na primeira palavra é uma peste o agrotóxico ele não mata uma peste o agrotóxico mata tudo ele mata os insetos ele mata os polinizadores ele mata a terra ele mata as plantas
ele mata populações indígenas ele mata seres humanos então não são pestes que estão morrendo o mesmo pro espanhol não é uma praga que tá morrendo e aí o o trabalho do doutor Adilson Pascoal ele vai mostrar isso até os anos 70 o nome corrente na boca eh do Agricultor né de Quem planta de quem trabalha na terra é veneno a pessoa que conhece chama de veneno você começa a ter uma luta dos setores que controlam a política que dominam a economia pela troca desse nome durante a redemocratização brasileira a gente consegue uma lei de 1989
uma lei federal a lei 7802 que estabelece o uso do termo agrotóxico E aí volta rapidinho para aquilo que eu havia te dito antes que é a diferença entre defensivo e tóxico né se a gente pensa na ideia da Defesa o que tá sendo defendido não é a terra não é a planta não é a nossa vida não é o nosso prato livre de veneno é o que tá sendo defendido é um modelo de negócios Essa é a ideia defensivo do agronegócio que cada vez mais vai usar transgênicos que são cada vez mais resistentes a
veneno para poder usar cada vez mais veneno e esse veneno vai parar nas nossas roupas nas nossas águas e assim sucessivamente mundialmente falando a primeira descoberta né sobre o impacto do veneno foi feito pela Rachel Carson a gente já falou dela aqui no mulheres F que essa e autora bióloga que estuda o impacto do dos venenos nos Estados Unidos do chamado milagre verde quando os Estados Unidos começa a usar veneno indiscriminadamente estuda os impactos disso na vida e aí ela ela ela cria essa parábola essa anedota de um lugar onde a primavera não tinha canto
de pássaro e não tinha florescimento de flor por isso o título do do livro dela é a primavera silenciosa e ela junta numa só história coisas que ela tava observando acontecer em vários lugares dos Estados Unidos então esse veneno que ia sendo pulverizado que ia sendo usado ia matando os insetos envenenando os insetos os pássaros comiam os insetos e os pássaros iam sendo envenenados e morrendo e envenenando os insetos Então os insetos não polinizam mais as flores então as flores iam morrendo o Adilson está lá ele vai pros Estados Unidos dos anos 60 estudar e
ao invés de se impressionar com milagre Verde americano ele se impressiona com os impactos Absurdos desse milagre Verde ele volta pro Brasil e faz a pesquisa toda dele em agroecologia no que que a gente podia fazer para contornar o uso indiscriminado de veneno na nossa vida o uso do termo é tão importante que você tem ordas de Deputados bolsonaristas que tentaram defender que a gente parasse de usar o termo agrotóxico vou ler para vocês uma das declarações depois de críticas ao projeto o relator da comissão luí nishimori do Pr do Paraná adicionou o termo pesticida
ao texto votado abre aspas para as palavras do Luiz nishimori é o termo usado em todos os países menos aqui fonte Vozes da cabeça dele foi o que concluir depois de bafor loló queremos modernizar o nosso projeto e todo o setor E isso passa pela alteração do nome explica o deputado bolsonarista a reportagem agrotóxico traz uma imagem negativa ao produto pensamos nesse projeto não só pro agricultor mas também pro consumidor final você e eu que estamos intoxicados de veneno Calma que eu vou chegar lá dizer que vai passar um agrotóxico ou um veneno no produto
dele não fica bem pesticida seria mais bem habituado e é esse o atual modelo usado no mundo então o que eu tô tentando mostrar É como essa disputa por significados e valores por termos por expressões ela cristaliza uma disputa e uma luta que tá acontecendo no seio de uma sociedade como O agronegócio brasileiro que é que você pare de pensar que o que eles estão jogando a rodo na nossa Terra comida e água é ven o PL Du blage né o 6299 foi aprovado em 2022 então é depois da gestão bolsonarista que o Projeto Volta
pra Câmara com força suficiente é num congresso conservador numa câmara reacionária onde o Agro tem uma bancada gigantesca que eles vão conseguir aprovar esse absurdo Agora pensa comigo o projeto é de 22 de lá para cá como a gente vai tendo liberação anual de mais de c pena de agrotóxico conforme os setores do Agro no Brasil estão lutando para que o ministério da saúde não tenha mais dizer o Ministério do meio ambiente não tenha mais dizer e quem controle as agências regulatórias seja o Ministério da Agricultura Ou seja é o Agro que vai decidir se
o Agro pode usar o veneno os outros setores sociais não t palavra para isso então o projeto é aprovado em 22 a PL do veneno e agora em 24 a gente tem relatório de Quais comidas estamos encontrando veneno bom para além das comidas em Natura né que é óbvio que a gente vai encontrar níveis Absurdos de veneno tem os industrializados Então segura essa lista essa lista é resultado do relatório idec né o Instituto de Defesa do Consumidor e ele traz à tona os dados se você quiser acessar a lista completa você vai atrás do relatório
tem veneno neste pacote Então vamos lá 2024 a gente encontrou glifosato no bacon zitos glifosato glufosinato outros três agrotóxicos e butóxido de piperonila no torcida sabor queijo três agrotóxicos mais butóxido de piperonila na bolacha bono de chocolate cinco agrotóxicos mais butóxido de piperonila na bolacha óreo sete agrotóxicos mais butóxido de piperonila na bolacha Traquinas glifosato mais três agrotóxicos mais butóxido de piperonila na bisnaguinha Pullman glifosato glufosinato mais seis agrotóxicos mais butóxido de piperonila na bisnaguinha Seven Boys dois agrotóxicos na bolacha Nesfit para você que cuida da saúde que malha Então o que eu tô tentando
te mostrar é o seguinte em 2 anos da liberação do pl do veneno aqui que a gente conhece por Ultra processado já tá completamente contaminado de veneno Quando você vai no mercado e compra seu saquinho de de lixo o que você tá comendo de lá de dentro é veneno agora é no livro da Larissa eu quero mostrar para vocês o que que é permitido na nossa água e proibido na água europeia na água estadunidense na água canadense tebuconazol um fungicida no Brasil a gente consome 18 vezes mais tolera que esteja na água 10000 vezes mais
do que a União Europeia tolera lá glifosato um herbicida aqui no Brasil 5.000 vezes mais a nossa tolerância a glifosato na água Você tá entendendo uma criança que beba água 1 l d'água quanto glifosato ela pode consumir pela lei do veneno no Brasil Vale te contar sobre o glifosato isso aqui ele é o ingrediente ativo mais vendido no Brasil as vendas em 2019 foram de 217.90 toneladas a reforma tributária que a gente tá muito feliz que conseguiu fazer no Brasil considerou o veneno agrotóxico Como Um item essencial insumos agrícolas e garantiu 60% de desconto em
impostos no Veneno a gente acabou de passar pela semana da Agricultura Familiar esse tema é urgente que a gente debata a luta do MST é uma luta que precisa ser apoiada por qualquer brasileiro que entenda o que está acontecendo no planeta não existe pensar reforma energética sem reforma agrária não existe pensar a despoluição do mundo sem reforma agrária sem agroecologia vou pedir para vocês divulgarem o livro da Larissa e atrás dele vou deixar o link aqui para os mapas que Ela utiliza vou pedir para você conhecer a Ana articulação Nacional agroecológica o projeto deles que
já está disponível para todo mundo da plataforma de governo então ano de eleição Quais são as candidaturas que a gente deveria apoiar que estão lutando por reforma agrária e por agroecologia te pedir para conhecer o Raízes do campo que é um selo agroecológico né dessa produção agroecológica do pequeno produtor sem veneno conheceu o armaz Endo campo e se enterar de que o que a gente tá pondo no prato no Brasil é veneno e o Congresso é cúmplice desse projeto de destruir tudo bom Por Esse vídeo é só mas já fica de aviso que agora todos
os ritem 5 minutos vai ter para mais de 15 tá bom um beijinho até o próximo tchau [Música] C [Música] [Música]