[Música] [Música] Boa noite me chamo Maurício Silva e sou morador de Tianguá no Ceará hoje eu sou bem mais tranquilo fico mais em casa com a família não sou de sair tanto antigamente mas em minha juventude ali na década de 70 eu vivia mais no meio dessas matas do que em casa um lugar que eu sempre gosta de ir era na serra de biap caçar javalis veados e outros animais eu passava dias dentro dessas matas e minha família nem se preocupava pois já estavam acostumados eu era muito cuidadoso em relação a isso sempre estava bem
armado sabia bem os lugares onde tinha água e Onde poderia dormir um pouco em segurança Muita gente me perguntava se eu já tinha visto coisas estranhas nessas minhas caçadas à noite e eu respondia que sim já ouvi gritos vozes crianças chorando pessoas pedindo ajuda onde a casa mais perto ficava quilômetros só que Sempre respeitei a mata e sabia que coisas estranhas poderiam acontecer por três vezes eu estive frente a frente com o oculto e por nosso Senhor estou aqui para contar essas [Música] histórias na primeira vez eu não estava sozinho estava com meu irmão mais
velho estava começando escurecer quando vimos sete porcos do mato correndo em uma trilha que ficava no Pé da Serra então fomos seguindo o Rastro deles mata dentro dava para escutar os grunhidos e fomos devagar para eles não se assustarem fomos pelo lado contrário do vento e vimos eles fuçando no chão arrancando umas raízes estavam calmos e eu deitei no chão e comecei a mirar o lugar onde estávamos era a trilha que seria mais provável eles seguirem então ficamos na espera já que estava escuro e a chance de errar seria grande atirando de longe a Tocaia
já estava armada Eu deitado dentro de uma moita e meu irmão atrás de uma árvore ao meu lado [Música] de repente algo espantou os porcos pois eles saíram em disparada por todos os lados deve ter sido um susto grande pois eles não seguiram uns aos outros foram cada um para um lado diferente tamanho o susto que tomaram olhei para meu irmão e ele estava com os olhos arregalados me olhando e olhando para cima Pois eu ainda estava deitado quando olhei tinha um homem do meu lado de pé a me olhar ele estava com roupas que
lembravam as de soldados e não me olhava diretamente parecia desnorteado sem saber onde ir fiz um sinal com as mãos para que meu irmão não fizesse nada e ficamos parados por alguns segundos então o soldado saiu caminhando na mata como se não soubesse mais seu caminho depois que ele se foi meu irmão ficou em choque e eu sentei ele no chão e joguei um pouco d'água em sua cabeça aquele encontro tinha sido demais para nós e quando ele melhorou Voltamos para casa nunca soube de história sobreados por aqui mas se tratando do Sobrenatural ele é
realmente imprevisível [Música] o segundo encontro macabro que eu tive eu estava sozinho era por volta de 3 da tarde quando vi um Guaçu correndo e comecei a ir atrás dele Guaçu é Como chamamos uma espécie de veado catingueiro que vive nessa região nunca tinha visto um tão alto na serra eles ficam mais em locais secos para se misturarem com as cores da região eu dei dois tiros mas como esta longe não foram suficientes para bater então fii no encalço do animal esperando que as balas essem ao menos ferido mas como não havia sangue por onde
ele passava fui desistindo de ir atrás [Música] eu tinha saído da trilha onde estava e já era quase no quando resolvi voltar Foi então que comecei a escutar um a subil fino daqueles que vão lá no seu juízo e voltam na hora eu já peguei minha bolsa onde sempre levei um pouco de fumo meu avô sempre dizia que era bom levar Pois nunca se sabe quando os esperos das matas podem aparecer então peguei o fumo e deixei em cima de uma pedra grande que tinha no caminho coloquei umas pedras menores e fiz um círculo deixando
o fumo bem no centro então virei as costas e segui meu caminho dei uns oito passos e só senti um vento passando atrás de mim quando olhei tinha uma criatura em cima da Pedra onde eu tinha deixado o fumo virei rápido pra frente e continuei meu caminho sem olhar para trás mas com a sensação que aquilo estava olhando para mim quando achei a trilha novamente só escutava as pancadas nos troncos das árvores e o [Música] aob Então fui descendo a serra sempre olhando pra frente meu avô dizia para nunca encarar o Caipora ele tem raiva
e açoita quem osa olhar para ele dava para sentir ele sempre atrás de mim caminhando junto comigo mas eu me segurei e não olhei Nenhuma vez só quando saí da mata fechada senti que o Caipora não estava mais atrás de [Música] mim passados vários meses eu eu voltei a caçar na serra mas nenhuma arma ou sabedoria que eu tinha ou me foi passada sobre a Mata iria me preparar para a criatura que [Música] vi muitos meses depois eu estava criando um cachorro desse sem raça definida que para mim são os melhores ele estava com se
meses quando fui na serra para ficar uns dois ou três dias ia depender muito da sorte na caçada então preparei tudo e levei ele Passamos o primeiro dia e nada de caça boa então a noite chegou eu fiz um fogo baixo só para espantar os mosquitos mesmo fiquei meio receoso de caçar na aquela primeira noite então fiquei perto de umas pedras que tinha por lá naquela noite pela manhã eu fui seguindo as trilhas e Entrei em uma mata fechada na esperança de encontrar algo e o cachorro sempre do meu lado volta do meio-dia eu parei
para comer algo e sentei um tronco de árvore caída e o cachorro ficou nos meus pés perturbando por comida então jog um pouco e fiquei olhando ele comer quando levantei a cabeça tive a impressão de ter visto uma velha atrás de umas árvores na minha [Música] frente levantei e ela se escondeu nas árvores bem rápido eu peguei minha arma e gritei saia daí eu vou atirar então comecei a andar na direção das Árvores mas quando cheguei não tinha ninguém lá deveria ser coisa de minha cabeça então peguei o resto de minhas coisas e segui meu
caminho por volta de umas 4 horas eu parei tinha andado por horas e nada de caça parecia que aquele lugar da Serra não tinha animais nem pássaros eu escutava cantando foi quando eu escutei aquele bater de asas no meio da Mata até me assustei na hora por conta do silêncio que estava o cachorro ficava pulando e olhando para cima e olhando junto tentando ver que diabo seria aquilo pelo barulho que fazia deveria ser um pássaro dos grandes mas voar no meio daquelas árvores não seria fácil e pra altura do barulho dava para perceber que estava
bem perto de nós então do nada parou tudo ficou em silêncio parecia aquelas coisas filmes então começamos a escutar algo batendo nas árvores eram duas batidas seguidas então uma pausa rápida e mais duas batidas junto com essas batidas escutamos alguém assar uma música qualquer e os passos vindo em nossa [Música] direção foi quando vi sair do mato um senhor baixo que me olhou e falou tá perdido difícil ver a alguém por aqui eu até ri na hora e falei que estava caçando mas já estava indo embora só parei por conta das batidas nas árvores Então
o velho falou eu ando assim para avisar que estou chegando às vezes eu encontro uns Caçadores por aqui e chegar de surpresa não é muito seguro então eu bato e a suvio para avisar que estou perto e não sou nenhum animal você vai passar a noite por aqui sim eu respondi vou atrás de um lugar mais aberto para fazer um fogo e vou embora pela manhã se quiser pode pousar em minha casa não é grande mas dá para você dormir lá o senhor tem uma casa por aqui eu nunca vi nenhuma e olha que faz
anos que eu caço por aqui tenho sim eu passo um tempo aqui e um tempo lá embaixo com as pessoas eu venho passar uns dias depois disso faz anos que faço isso gosto de ficar aqui vamos lá que já já vai anoitecer o senhor fica sozinho aqui não não minha mulher vem comigo ela também gosta dessa tranquilidade começamos a descer e mais na frente tinha um descampado onde tinha uma casinha dessas de barro bem velha o velho entrou e chamou sua mulher era uma senhora bem estranha com cabelos brancos que só Balançou a cabeça em
minha direção e olhou estranho para o velho consegui escutar alguns sons de pessoas e o velho disse indo aqui direto você sai no município que tem lá embaixo é só seguir direto que sai lá eles estão longe o vento que traz o barulho a noite foi chegando e eu estava sentado em um banco de madeira na sala e comendo uma canja de galinha que a senhora tinha feito eu falei que não se preocupassem que dormiria tranquilo no chão pois estava acostumado então a velha se virou e se trancou em um pequeno quarto que tinha nos
fundos e não saiu mais o velho veio até mim e falou não ligue ela não gosta muito de visitas saí para dar de comer ao cachorro quando voltei O velho falou bote o cão para dentro vai ser melhor eu falei que não precisava e que ele poderia dormir lá fora mesmo mas o velho insistiu falando bote o cão para dentro vai ser melhor se ele fizer sujeira pela manhã você limpa então entrei com um cão e deitei no canto da parede enquanto o velho se trancou no quarto onde sua senhora já dormia forrei o chão
e deitei com o cão em minhas pernas e peguei no sono rápido com todo o silêncio que fazia ali já na madrugada eu acordei com o barulho do cão chorando perto de minha cabeça ele andava de um lado para o outro e choramingava como se estivesse com medo de alguma coisa as paredes da casa em alguns lugares tinham buracos E era uma noite Clara e dava para ver a aluns metros adante mesmo com toda aquela escuridão foi quando escutei um bater de asas de algo que passou voando bem do lado par que EUA susto grande
f de e Peg cachor per deha aqu lá fori olar Pan que tinha umas brechas grandes quando escutei a voz do senhor da casa já perto de mim olhei rápido e ele estava já bem ao meu lado com o dedo na frente da boca fazendo um gesto para que eu não fizesse barulho Então me agachei e ficamos olhando o que poderia ser aquilo eu falei para o velho o senhor já tinha escutado isso antes ele me olhou e disse sim já escutei algumas vezes é só não fazer barulho que logo irá parar Então momentos depois
o bater de asas parou e algo já caminhava ao redor da casa olhei por um buraco na parede e não sei se eu estava louco ou se estava com tanto medo que comecei a ver coisas mas o que eu vi foi uma coisa que parecia uma velha Só que tinha garras e dentes e também Asas andava raspando os pés e pare I sentir nosso cheiro no ar eu peguei a arma para dar um tiro naquilo estava a poucos metros Eu não erraria só que quando apontei pelo buraco na parede o senhor pegou em meu braço
e Balançou a cabeça negativamente então falou não desde que já já irá embora quando o velho acabou de falar aquilo bateu as asas e ficou fou voando por cima da casa eu olhei para o velho e perguntei por sua esposa Mas ele falou ela está dormindo como ela pode dormir com um barulho desses mas o velho ficou calado e minutos depois o que estava lá fora foi [Música] embora velho se retirou sem falar nada para quarto e eu fiquei com meu cachorro sentado esperando o que viria em [Música] seguida nem me dei quando a luz
comeou a entrar pelos buros na parede anunciando que era dia só vi a porta abrir e o casal de velhos me olhar desconfiados então levantei agradeci pela dormida e nem perguntei mais nada sobre o que tinha acontecido eles ficaram me olhando ir embora e eu nem olhei para trás eu sei que pode ser uma ideia errada mas eu acho que a coisa que eu vi fora da casa aquela noite era a velha esposa do velho ele deve ficar com ela lá para que ninguém saiba seu segredo quando o velho viu que eu passaria a noite
lá por perto me convidou para dormir em sua casa onde eu estaria seguro por por isso não deixou que o meu cachorro dormisse fora da casa por isso antes de ver o velho eu escutei asas por isso não tinha sons de pássaros ou qualquer animal os bichos devem saber que aquilo sobrevoa o lugar e se sentem ameaçados Esses foram meus três Encontros com o sobrenatural e alguém lá em cima deve gostar muito de mim para me fazer viver para contar tudo isso sem um arranhão sequer respeitem as matas respeitem seus mistérios não é porque você
não acredita que coisas como as que eu vi não possam existir boa [Música] noite h [Música]