Eu eu estou ao vivo. Como é que vocês estão, chat? Tô enquadrado.
Acho que tô. Como está a tribo de Ja hoje? Sempre vale mencionar que a estrutura do canal está sendo melhorada graças ao apoia.
Então, se você quer ver esse trabalho aqui se expandir, apoia. Pública. Eh, algumas pessoas me elogiaram pelo último vídeo da Laura que bateu 2 milhões e não fui eu que fiz.
da Laura gravou lá em Belo Horizonte esse vídeo, mas fico muito agradecido. Não tenho mérito nenhum, mas vou aceitar o mérito, certo? Então vamos para os nossos roteiros do dia.
E o primeiro roteiro aqui do dia elaborado pela menina Sued que está nos agraciando com a sua presença aí no chat, né? Menina Suedé de Carvalho, presidente estadual da unidade popular do Ceará, grande companheira, grande camarada e grande intelectual e que trouxe um tema que me interessa muito, que eu acho que vale muito a pena falar e que é um que eu tenho que parabenizar os camaradas do Medo Delírio em Brasília por abordar sempre, que é o ministro Gilmar, autor da tese de Copacabana. E eu sei que se vocês escutam podcast tanto quanto eu, a música já tocou na cabeça de vocês, né?
Ministro Gilmar, autor da tese de Copacabana. É, o que é a tese de Copacabana? Vocês me perguntam.
É uma tese a respeito do marco temporal que senhor ministro Gilmar diz que não é porque os indígenas ocuparam Copacabana uma vez na sua existência que eles têm direito sobre aquela terra, né? O famoso a gente vai tomar todas as terras de todos os indígenas e [ __ ] o mundo. Meu nome não é Raimundo.
Essa é a tese de Copacabana, né? E falando nisso, vocês lembram no marco temporal, né? Vocês lembram do marco temporal?
E vocês já sabem o que eu vou falar. Tem vídeo sobre o marco temporal aqui no canal. O problema é que essa desgreta ainda tá sendo discutida.
Ainda tá sendo discutida. Marco temporal, tese de que os povos indígenas só terão direito às terras que ocupavam na data da aprovação da Constituição de 88. E caso vocês não saibam do problema disso, né, muitos povos começaram a retomada das suas terras justamente por conta da Constituição.
Eram pessoas que tinham sido expulsas e começaram a retomar as terras por conta disso. E essas pessoas estão tendo seu direito à terra privado, certo? Privado no sentido estrito da palavra privado.
E aí você que é uma pessoa muito informada vai pensar: "Mas o STF não falou que é inconstitucional o marco temporal? " Então, logo depois, logo depois do STF dizer que é inconstitucional, o Congresso é de extrema direita, né, gente? O Congresso tem um monte de lambsaco de latifundiário e logo em seguida eles aprovaram, a Câmara e o Senado aprovaram o projeto de lei para tornar o marco temporal lei federal e o Lula vetou em partes.
Então, o que que tá acontecendo? O Congresso tá pressionando o STF porque a chantagem que eles fazem é aprovar leis que limitam os poderes do STF. Então, o STF tá tendo que negociar.
Eles não conseguiram só declarar inconstitucional, apesar de ser absolutamente inconstitucional. O que aconteceu logo depois disso foi a formação de uma comissão especial para conciliação sobre o marco temporal. Isso foi em setembro do ano passado, tá?
Setembro de 2024. E isso aqui que é importante, conciliação entre quem, gente? É conciliação, como dizia o grande Rassan Kanafan, entre a espada e o pescoço.
É a conciliação entre latifundiários e povos indígenas. É a conciliação entre quem invade terra indígena e quem é invadido. É conciliação entre algós e vítima.
A ideia por si só é uma obsenidade, mas é claro, a gente sempre vai fazer ficar pior, porque não seria como Nilu se não ficasse pior. Vamos falar do Gilmar, o autor da tese de Copa Copacabana. Caramba, que difícil falar isso.
Sem citar provas, Gilmar Mendes critica ONGs na retomada das audiências de conciliação sobre marco temporal. Comissão de conciliação teve reunião nessa segunda-feira, dia 12, após período de suspensão. A PIB refuta o antiprojeto.
Vamos lá. Abre aspas pro Gilmar, o autor da tese de Copacabana. Durante o decorrer dessa comissão, temos visto parlamentares defendendo eleitoralmente posições irrefletidas de forma demagógica, ouvidando que estão vendendo ilusões ao passo que muitas ONGs acabam incentivando invasões e conflitos fecha aspas.
Primeiro, vocabulário pau no cu de juridis. Segundo, muitas ONGs acabam incentivando invasões e conflitos. Quais?
Ele não cita nenhuma. Ele não cita nenhuma. A continuar na matéria, disse o ministro que pediu aos integrantes da comissão que ajam abre aspas com bom senso e boa fé, voltados ao entendimento entre indígenas e não indígenas.
Fecha aspas, ou seja, o entendimento entre indígenas e latifundiários. Abre aspas de novo. Espero que vocês usem o diálogo e o entendimento ao invés das lutas tradicionais que já se mostraram não dar certo, porque as mortes e os conflitos no campo permanecem e estão aí acontecendo com bastante frequência.
E, infelizmente, Fecha Aspas afirmou: "É, de mortes e conflitos no campo, o senhor Gilmar Mendes entende muito bem. Então, a gente pode dizer que ele tem muito critério de causa aqui. Ele é um grande, ele é um profundo conhecedor de conflito no campo.
E claro, ministro Dilmar Mendes, ministro apontado pelo senhor Fernando Henrique Cardoso, é claro que a culpa é dos povos indígenas que são muito intransigentes, né? E vocês já sabem, né, de que lado que o ministro tá. abre aspas para matéria de novo aqui.
A comissão teve início em setembro de 2024 e chega a 8 meses de debate sem acordo entre as partes. Ainda no início dos encontros, a articulação dos povos indígenas do Brasil, a PIB retirou seus representantes do processo por considerá-lo ilegítimo e inconstitucional num movimento, no meu ver, corretíssimo. A comissão tá atendendo interesses latifundiários.
Ela foi aberta sem que os representantes dos povos indígenas fossem consultados. Abre aspas paraa matéria. Na retomada dos trabalhos, o ministro Gilmar Mendes participou somente da abertura da audiência, ressaltando a necessidade da busca por um consenso.
Abre aspas, nós estamos propondo outra saída possível para o impasse, baseada em uma reconciliação, uma nova forma de solução para a jurisdição constitucional da de maneira a resolver definitivamente o problema do conflito no campo e não ficar empurrando paraa frente sem que este tenha um fim. ressaltou, eu tenho a resolução definitiva pro problema no campo. A gente extingue o latifúndio, a gente expropria a terra improdutiva, a gente elimina a propriedade privada no campo.
A Ian, você é radical? Sou. Essa é a minha proposta.
O que o Gilmar Mendes quer é apaziguar a luta dos povos indígenas e o enfrentamento aos setores ruralistas, né? Então, de um lado, a gente tem povo indígena querendo garantir a sua terra ancestral e poder viver nela de boa. E do outro lado a gente tem lati fundiário destruindo o meio ambiente, transformando o Brasil num fazendão, comendo bilhão do orçamento federal, produzindo pouco emprego com baixíssima tecnologia e baixíssima eficiência e com muito trabalho escravo.
A gente tem esses dois lados, né, gente? Mas é claro, a espada e o pescoço sempre tem que dialogar, segundo o ministro Gilmar Mendes. E a gente nem abordou o caso da invasão de Terra indígena, né?
Só sem a invasão já é ruim, mas as invasões acontecem. As invasões acontecem com assassinato de homem, mulher e criança sem dó nenhuma. Como que a gente tem conciliação?
Não tem. Não tem conciliação no vocabulário erudito do Dr Gilmar é beneficiar os latifúndios. É um eufemismo.
Além de que quando eu falo diálogo entre a espada e o pescoço, não é um exagero. Vocês sabem que essa luta é desproporcional. Os latifundiários são, além de ricos, políticos que mandam e desmandam localmente e tem a maior bancada do Congresso.
E além de ter a maior bancada no Congresso, tem um ministro no Supremo Tribunal Federal. Quem é o ministro do agro no Supremo Tribunal Federal, chat? Gilmar Mendes.
O Gilmar Mendes é o ministro do agro. Ele tem muito interesse pessoal nesse processo. Vou mostrar para vocês.
De olho nos ruralistas aqui. Gilmar Mendes é denunciado por abuso de agrotóxicos e plantil de transgênicos em nascentes do rio Paraguai. O Gilmar Mendes, ele tem uma fazendinha que ele foi lá plantar?
Não, vamos ler aqui. O ministro desculpa, o Ministério Público Estadual do Mato Grosso deflagrou duas ações contra o Gilmar Mendes, ministro do STF, devido ao plantil de transgênicos em área de preservação e uso abusivo de agrotóxicos em duas fazendas situadas no município de Diamantino, a 190 km de Cuiabá. As propriedades somam 1300 haares e estão em nome do ministro e de seus dois irmãos, Francisco Ferreira Mendes Júnior e Maria Conceição Mendes França.
A notícia foi divulgada pela revista digital matogrossense Olhar Direto. De acordo com o MPMT, as fazendas São Cristóvel e Rancho Alegre, onde o ministro planta soja e milho. Soja e milho estão cheias de irregularidades.
A fiscalização da Secretaria de Meio Ambiente e do Mato Grosso identificou o uso descontrolado de agrotóxicos perto das nascentes do Rio Paraguai, área de proteção ambiental protegida por lei. O ministro do STF também é acusado de plantar transgênicos irregularmente. A denúncia do MPMT aponta que o plantil de transgênicos só pode ser autorizado pela Secretaria do Meio Ambiente mediante um plano de manejo.
Entretanto, por ser uma área de nascente, não existe a possibilidade de conseguir essa autorização. O Gilmar Mendes é um latifundiário do Mato Grosso, que é um estado que já é dominado pelos latifundiários por conta da ditadura militar. E aí para quem diz que a ditadura é uma coisa que matou muito pouco e só perseguiu quem era guerrilheiro e blá blá blá e que não teve consequências pro Brasil profundo.
Região Centro-Oeste do Brasil era pouquíssimo povoada na década de 60. Parte dessas terras iam ser destinadas pelo João Gular paraa reforma agrária das reformas de base. Quando veio o golpe de 64, o estado ofereceu subsídios para que grandes empresas adquirissem terras no Mato Grosso.
Deixa eu mostrar aqui para vocês uma matéria, uma, na verdade, um artigo científico. No Mato Grosso, como já mencionamos acima, optou-se por oferecer subsídios a grandes empresas que adquire adquiriam terras a preços atrativos para revendê-las em parcelas que poderiam estar nos núcleos urbanos nascentes, ter o tamanho de cháas, sítios ou fazendas. Algumas dessas áreas chegavam a 10.
000 haar. A essa operação imobiliária denominou-se projeto de colonização. Aqui, ó, notícias de um Brasil distante, golpe ditadura em Mato Grosso e o seu entorno no sul da Amazônia Brasileira.
O latifúndio foi construído nessa região grande parte por incentivo da ditadura militar. E além do ministro Gilmar Mendes ser latifundiário, ele não é um latifundiário qualquer, ele é de uma região cujas fortunas dos grandes proprietários têm conexões com a ditadura militar. É o tipo de latifúndio construído com a anuência da ditadura militar.
Esse cara tá falando em conciliação. Esse cara tá querendo negociar com os indígenas. E tem uma das cenas mais icônicas da política dos anos 2000, que é uma que novamente, se você escuta medo e delírio, você já ouviu.
É uma cena de um embate entre o Joaquim Barbosa e o Gilmar Mendes. Dá uma olhada. O contexto não importa tanto.
O que importa é que o Gilmar, o que o Joaquim fala pro Gilmar. Escutem. Vossa Excelência quando se dirigir a mim, Vossa Excelência não está falando com seus capangas do Mato Grosso.
Ministro Gilmar. Senhor, respeite. Senhor presidente, Joaquim, Vossa Excelência, me respeite.
Mesma coisa. Vamos encerrar a sessão. Eu creio que a discussão está Vossa Excelência não está falando com seus capangas do Mato Grosso.
Nesse vídeo todo o Gilmar Mendes está cheio de risadinha. Assim que o Joaquim Barbosa fala isso, ele fecha a cara na hora. Claramente, claramente o Joaquim Barbosa pegou num calo do Gilmar Mendes e claramente ele sabe de muita coisa.
Gilmar Mendes está muito acostumado a levantar o tom contra as pessoas, tá muito acostumado a dar ordens para jagonçagem. Agora, se vocês não entendiam o ao que que o o Joaquim Barbosa tava se referindo, acabei de dar o contexto para vocês. Bom, ah, o sabe qual que é o problema agora?
O Gilmar Mendes está se dirigindo aos seus capangas do Mato Grosso. Nessa fala dele, ele está se dirigindo aos seus capangas do Mato Grosso. O resultado dessa comissão vai legitimar ou não a ação desses capangas do Mato Grosso e não só os capangas da fazenda do ministro Gilmar Mendes, mas de todos os lafundiários do país.
Esse é o tamanho do buraco. É uma comissão que busca conciliar interesses de povos indígenas e de latifundiários coordenada por um latifundiário. Como a gente não suspeita da coordenação do ilustríssimo ministro?
E além das falas infelizes do Gilmar, ele ainda elogiou uma, entre aspas, solução milagrosa do Mato Grosso do Sul. Vamos ver a solução, porque o Gilmar, ele traz um exemplo de como ele gostaria que fosse. Vocês vão adorar o exemplo do Gilmar, vocês vão adorar.
Gilmar Mendes usa acordo de Antônio João como exemplo pro marco temporal. Referência foi feita durante a reunião da Comissão de Conciliação, que eu acabei de falar no Supremo Tribunal Federal sobre a tese do marco temporal. Abre aspas.
Segundo o ministro, a pacificação só é possível quando há diálogo real entre as partes, abre aspas ministro. Essa intenção é tentar reconciliar e encontrar soluções que tragam paz no campo, a exemplo do acordo histórico obtido nessa corte no mandado de segurança 25. 463 463 envolvendo o município de Antônio João, no qual os indígenas do povo Inhanderu Marangatu e os não indígenas conseguiram avançar para além das suas diferenças e mágoas, resolvendo todos os interesses em litígio.
Hoje não se tem notícia de conflitos ou mortes após essa conquista civilizatória de todos, afirmou. No processo citado, produtores rurais indígenas Garani e Caioá disputam terras tradicionalmente ocupadas pela etnia do município. A disputa se arrasta desde 2005, quando uma liminar suspendeu a homologação da terra indígena em Yande Anderu, Marangatu e o conflito resultou inclusive em um episódio de violência com morte.
Após 19 anos de litígio, o Supremo homologou em 2024 um acordo prevendo o pagamento de pega a visão chat, 146 milhões de reais em indenizações aos proprietários rurais com recursos da União e do governo do Mato Grosso do Sul. Em troca, as áreas foram desocupadas pacificamente, permitindo a reintegração dos indígenas. 19 anos de luta, violência, conflito.
E qual que é a punição dos ruralistas? Uma indenização de 146 milhões paga pela União e pelo governo. Sem conflitos e sem mágoas.
Um lado foi ameaçado e sofreu violência por 19 anos. O outro encheu o toba de milhões de dinheiro público. E quando ele fala de episódios de violência, vamos falar desses episódios, indígenas são baleados em confronto com a PM em Mato Grosso do Sul.
Esse é um exemplo, só tô mostrando aqui de passagem. Jovem indígena assassinado no Mato Grosso do Sul em meio à escalada de violência em terras indígenas do povo guarani. Os latifundiários foram punidos por isso?
Não, eles foram punidos com 146 milhões, que esse é o acordo que o Gilmar quer. Claro, a gente desocupa as terras indígenas. A união que pague milhões em recompensa a toda a violência perpetrada contra os indígenas, tá?
E assim, eu não sei se vocês estão ligados da situação no Mato Grosso do Sul, não é qualquer estado. Em Mato Grosso do Sul, taxa de violência contra indígenas é oito vezes maior que a média nacional. Estado apresentou escalada nos crimes letais.
Foram 35 homicídios registrados em 2021, 3922 e 47 em 2023. Extrema violência recompensada pelo Estado. Vamos dar uma lida numa matéria um pouquinho mais longa da agência pública.
Áreas de retomada guarani em Mato Grosso do Sul enfrentam dificuldades e violência. Essa aqui é a agência Brasil. Perdão, gente.
A gente sabe Brasil. Um pouquinho longo, mas vale a pena. Abre aspas.
As retomadas são as áreas consideradas tecorra, territórios ancestrais pelos indígenas sumatogrossenses e por isso ocupadas por eles para forçar uma demarcação do governo brasileiro. O termo retomada tem justamente o sentido de tomar de volta a terra que um dia pertenceu aos povos originários e que durante a expansão agropecuária pro Centro-Oeste do Brasil durante a ditadura militar foi parar nas mãos dos fazendeiros, em sua maioria provenientes de outros estados. Os conflitos por terra no Mato Grosso do Sul acontecem há décadas.
Segundo o Instituto Socioambiental, ISA, a 21 terras indígenas Guarani demarcadas no estado com um total de 48. 000 ha. Há, no entanto, 11 terras já identificadas ou declaradas como guarani, com um total de 194.
000 haar, mas que ainda não foram demarcadas, entre elas, a Panambi, Lagoa Rica, que aparece no epicentro dos mais recentes conflitos envolvendo indígenas e fazendeiros. No início de agosto, mais de 10 indígenas ficaram feridos, alguns gravemente, depois de ataques de homens armados e arretomadas da região. Terra Panambi, Lagoa Rica, foi delimitada em 2011, mas nunca chegou a ser demarcada.
Os Guarani resolveram, portanto, tomar a iniciativa e forçar a conclusão do processo. Em resposta, um grupo de pessoas que se posiciona contra a retomada decidiu montar seus próprios acampamentos para dissuadir os indígenas e deixar a área. Também presentes no local estão homens da força nacional de segurança.
O que acontece? A terra foi demarcada e o processo ficou parado. Ficou parado.
O que que os indígenas fizeram? Ah, é, a terra foi demarc a terra foi identificada e não foi demarcada. A gente ocupa, a gente retoma.
E aí os episódios de violência são porque o estado tá fazendo vista grossa pra identificação dessas terras que precisam ser demarcadas. Não tem nenhuma invasão, tá? O ministro Gommar fala em invasão.
Invasão de qué rola. Tem invasão [ __ ] nenhuma. Minto, tem invasão dos latifundiários nessas terras.
Desde a época da ditadura, viu? Seu ministro Dilmar Omar, a ocupação dessa terra já identificada é para pressionar o cumprimento de um negócio básico. Abre aspas.
Segundo a Atiuaçu, grande assembleia Guarani, o grupo armado é formado por produtores rurais de agunços populares movidos por ideias anti-indígenas e postulantes a cargos públicos. A assembleia indígena denuncia que esse grupo é uma agromilícia que vem promovendo tiroteios, terror psicológico, agressão física, derrubada de barracos montados pelos indígenas e violência variada com ameaças a de agressões sexuais a meninas e mulheres indígenas. de acordo com nota divulgada pelo CM, Conselho Indigenista Missionário.
Beleza? Então assim, de fato, senhor Gilmar Mendes, grande exemplo que o senhor dá, né? Acordo de Antônio João como exemplo.
Realmente o acordo que o senhor dá de exemplo é realmente um acordo muito muito benéfico e pacífico para todos os brasileiros envolvidos, né? Marco temporal é um ataque aos direitos do povo indígena e 500 anos de luta, tá? 525 anos de luta.
É um ataque que vocês já estão calvos de saber. Já estão calvos de saber. Eh, e uma proposta de conciliação entre o latifundi que pressupõe indenização, é um absurdo completo.
Gente, vocês acham que vai acontecer o quê? Vamos falar na prática, mesmo que isso, que essa conciliação seja aprovada, vocês acham que o estado vai disponibilizar esse dinheiro para indenizar os latifundiários? Vocês acham?
Vocês acham? Vem comigo, chat. Vocês acham que o estado vai disponibilizar grana para indenizar todos os latifundiários?
Deixa eu mostrar uma coisa para vocês. Presidente da FUNAI defende orçamento maior paraa Fundação de Apoio aos povos indígenas. Deixa eu mostrar uma um dado aqui.
Presenta da Fundação Nacional dos Povos Indígenas, Funai Juen Aapichana pediu aos parlamentares a aprovação de um orçamento maior para o órgão no próximo ano, a fim de que a fundação possa atuar melhor na proteção dos indígenas e anonami e dos povos indígenas do Brasil em geral. Abre aspas. Em 2023, a FUNAI teve um orçamento discricionários, discricionário de 225 milhões para atender todo o país, o ano todo.
Esse ano aumentou para 289 milhões. Não fosse o crédito extraordinário de 245 milhões que veio, seria pouco, lamentou Joênia Apichana. Gente, o orçamento é 289 milhões.
Quanto que foi a indenização dessa terra aqui, ó? Quanto que foi a indenização? Vocês lembram?
146 milhões de indenização. O orçamento da FUNAI inteira é 289. Gente, uma indenização é mais do que a metade do orçamento da FUNAI.
Em tempo de arcaboço fiscal de déficit zero, o que vocês acham que vai acontecer? Metade desse valor foi pra demarcação dessa terra que foi mediante a indenização de latifundiário. E aí vocês acham que o governo vai despender esse recurso?
Mesmo que isso, essa conciliação bizarra seja aprovada? Um monte de terra que é fruto de grilagem, de invasão e que vai receber indenização. Nem isso vai acontecer.
O que pode acontecer no máximo é nada, é as coisas continuarem como tão. E sim, é dinheiro de pinga isso aqui, tá? 225 milhões de orçamento pro Brasil inteiro, o ano inteiro.
É ridículo. É ridículo. É um absurdo.
E assim, alguém pensa em indenizar os indígenas por morte, por tortura, por abuso sexual, por expulsão, por agressão, por terror psicológico, por incêndio criminoso, por destruição das suas casas. Tem algum projeto de indenização? Tem algum?
Eu não tô ciente. E o Gilmar não é o único que defende a ideia da indentização. Tem um outro muito conhecido que é advogado, que advoga, perdão, por essa opção, que é o maridão da dona Vivi, o cachorro do Supremo, o Alexandre de Moraes, tá?
O Alexandre de Moraes defende a mesma coisa. Voto de Moraes no julgamento do marco temporal defende indenização a ruralistas. O ministro Alexandre de Moraes do STF refutou a tese do marco temporal, mas determinou a indenização das terras pros ruralistas.
Aí ele fala um monte de blá blá blá juridiqueis e tem aqui traduzindo, o ministro não aceita a tese de limitar a demarcação de terras indígenas a data promulgada da Constituição de 88. Mas abre uma nova discussão. No entendimento dele, o estado é obrigado a indenizar as pessoas de boa fé que tiveram o título da propriedade concedido.
Boa fé. de boa fé. Definitivamente não existe nada que possa enviezar o que é considerado boa fé ou não.
Definitivamente, os latifundiários não têm poder nenhum para conseguir convencer com muita lábia o que que é boa fé e o que que é má fé. Porque de repente o poder desses latifundiários pode transformar grilagem em uma [ __ ] de uma boa fé. Abre aspas pra matéria.
Hoje a indenização para reservas indígenas é feita apenas para benfeitorias e não pra terra. Ou seja, o que ele fez na Terra e não pela Terra em si, porque o princípio é que a Terra nunca foi do fazendeiro, diferente, por exemplo, da reforma agrária. Ou seja, é invasão, tá?
É invasão. Esse novo entendimento pode significar uma conta expressiva paraa União e para os estados que desejariam criar reservas indígenas. Sabe o que a União vai fazer?
Não vai pagar. Não vai pagar. Simples assim.
Isso vai inviabilizar demarcação nova, porque eles vão criar uma lei que não vai ser cumprida. O negócio vai ficar congelado. Porque vai ser assim, tem que demarcar, mas tem que indenizar.
O estado vai falar: "Não vou indenizar. " Pronto, fica parado. E aí no estado parado, no conflito parado, sem o estado intervir, quem é mais forte?
Os indígenas ou os jagunços? São os capangas do Gilmar ou os indígenas? Quem que é mais forte?
Mais forte de força física mesmo, quem é mais armado, quem tem mais anuência do estado e da polícia e do exército. Às vezes, reconhecer alguma possibilidade de conciliação entre indígenas e latifundiários é um erro. Os interesses são antagônicos.
Achar que o latifundiário Gilmar Mendes vai ser favorável aos indígenas é outro erro. Então é urgente que a gente tenha atenção para esse tema. Eu tenho certeza, eu tenho certeza que esse vídeo vai dar menos views que a média.
E a única razão pela qual eu não coloco na thumbnail, Virgínia fala tudo na CPI, aí eu assim escrito: "Meu Deus, eu não acredito que ela falou isso". A única razão pela qual eu não faço isso para fazer todo mundo clicar no vídeo e ver alguma coisa que tá acontecendo a respeito dos povos indígenas é que o YouTube pode desmonetizar o meu canal por clickbait. Eles podem desmonetizar o meu canal por thumbnail ou enganosa.
É a única razão pela qual eu não faço isso, porque me dá vontade, viu? me dá vontade o desinteresse das pessoas em pauta indígena. Eu não não costumo ser moralista com esse aspecto de, ah, é culpa do público que não se interesse.
O brasileiro é muito, o brasileiro gosta mais de futebol e de lei Gaga do que de parou com essa [ __ ] Mas o desinteresse a respeito da pauta indígena me assusta. Me assusta de verdade. Essa é uma das coisas que me deixa um pouco de cara.
A apatia para com a população que sofre a violência mais longeva do Brasil. Eu não posso fazer nada a respeito. Eu só posso manifestar um pouco do meu, da minha surpresa.
Enfim, levantemos.