Diversidade e inclusão: conviver transforma | Viviane de Araújo | TEDxBalneárioBarraDoSul

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TEDx Talks
Diversidade e Inclusão nunca estiveram tão presentes no nosso dia-a-dia. São temas que tocam e movim...
Video Transcript:
o iPhone wallpaper plena Ponte Estaiada leite eu vou ver ele é a diversidade e inclusão um tema cada vez mais presente no dia a dia das pessoas e que toca cada uma de maneira diferentes e um tema presente no meu dia a dia praticamente a metade da minha vida e que me toca profundamente e toda vez que eu falo para alguém que eu trabalho com diversidade inclusão é comum eu ouvi dois tipos de reação aquela mais romântica nossa seu trabalho deve ser bem gratificante né você deve ver coisas incríveis e aquela mais dramática Nossa esse
assunto em é difícil né você deve encontrar muitos problemas é claro que eu já vivenciei situações maravilhosas e situações horríveis e lamentáveis mas para mim esse assunto é mais amplo e abundante ele é como a imensidão do mar e hoje eu tô aqui para te convidar para explorar um pouco esse mar comigo como uma expedição mesmo sabe e eu quero começar a falando sobre nem se dão de cima a diversidade como esse e da condição humana portanto que descrito a minha você EA todas as quase 8 milhões de pessoas existentes no mundo nós somos uma
mistura Surreal de características que nos torna únicos e repetíveis não sei que é uma pessoa igual a outra nesse mundo ou nesse mar mas legal você já parou para pensar o que significa na prática no cotidiano do nosso dia a dia se você por exemplo eu arrisco dizer que você do jeito que você é aonde você vai você deseja acolhimento respeito e empatia das outras pessoas mas você não quer só isso você quer crescer se quer aprender ter oportunidades você quer ser útil você quer se realizar é um Eu quero existir Mas eu não quero
só isso eu quero sentir que eu existo não é assim é assim comigo e eu acredito que assim com todas as pessoas também mas nós só queremos isso porque nós somos seres sociais e vivemos em comunidade é na comunidade que nós vamos formando a nossa visão de mundo que vamos aprendendo valores de sensibilidade que nos ajudam a conviver com as outras pessoas e ela comunidade que nós vamos construindo a nossa história O problema é que no mar da diversidade as comunidades são como Ilhas que valorizam e aceitam algumas características e que ignoram ou menosprezo outras
características a nossa formação ela é baseada em padrões normativos que definem quem serve e quem não serve e sem perceber fixados nas nossas ilhas de referência nós vamos criando o configurações de convivência que diz consideram a imensidão de cima há 20 anos eu tenho explorado muito um dos oceanos esse mar o Empresarial todas as empresas desejam algum tipo de transformação no seu jeito de ser e fazer por meio da valorização e gestão da diversidade o desafio entornar esse desejo realidade está nas decisões diárias porque essas são tomadas por pessoas que estão em alguma medida fixadas
nas suas vendas reference É mas o problema está nas pessoas a solução também está porque são as pessoas que morrem tudo e o que eu tenho aprendido sobre elas nesses anos todos também é sobre mim e é por isso que eu quero compartilhar três aprendizados que tenha ajudado explorar esse mar e que eu acredito que podem te ajudar também o primeiro deles é que todos nós temos medo da diversidade e lá no final dos anos 90 ainda estudante de serviço social eu estagiava uma instituição e lideravam um projeto que encaminhava pessoas com deficiência intelectual que
o mercado de trabalho na época o número de empresas que contratavam pessoas com deficiência era quase zero sabe quando você vê uma oportunidade real de tornar o mundo melhor eu tava muito entusiasmada então eu idealizei na minha mente e no meu coração O que aconteceria e eu mergulhei naquele oceano E aí eu tomei o meu primeiro caldo e eu aprendi rapidinho aqui no Mundo Ideal cabe tudo que a gente quiser mas a vida real buraco é bem mais embaixo um de uma mãe me chamou e me disse minha filha tem 36 anos nunca pegou um
ônibus sozinha na vida você acha que eu vou deixar ela atravessar a cidade pegar quatro anos por dia para trabalhar numa empresa que eu nem sei sequer lá o gerente estava muito bem intencionado mas cheia de preocupações com os clientes como eles vão reagir o que vamos fazer e os alguns estavam confusos um deles me disse eu não quero sair da Extinção eu não quero deixar meus amigos e eu comecei a brigar se aquilo é dar certo bem antes de jatinho começar muito intenção pouca noção o caos se instalou dentro de mim e ainda uma
conversa franca comigo a minha orientadora me deu um chacoalhão e perguntou Viviane no fundo do teu coração você acredita que isso vai dar certo e para poder responder com honestidade essa pergunta eu mergulhei profundo dentro de mim bom e sabe o que eu descobri o que eu não acreditava eu acreditava que eu tava com medo na verdade eu tava apavorada eu tava com medo de usar alunos não conseguirem tava com medo de decepcionar as famílias de comprimento a imagem na instituição de não ter todas as respostas eu tava com medo daquela diversidade mas eu lembrei
mais profundo porque eu queria entender origem desses medos Oi e aí pela primeira vez na vida eu acessei e reconhecia os meus preconceitos foi doloroso mas Libertador e para poder sair daquelas ilhas de referência explorar aquele mar eu fui prática nós colocamos todas as nossas expectativas e medos para fora e juntos nós Compartilhamos a nossa responsabilidade pelo sucesso daquela ousadia que na época aquele projeto foi uma bela de ousadia e os resultados foram incríveis e pela primeira vez na vida Eu também experimentei o poder da inclusão e Mesmo Sem Entender direito em palavras a sua
dimensão o fato que o aprendi a surfar uma bela de uma onda nesse mar a primeira delas e quando eu chego uma empresa é comum encontrar declarações que se tem uma diversidade como valor ou que expressem claramente indiferentes palavras a mensagem Aqui todos são bem-vindos em uma primeira olhada é fácil perceber que há uma lacuna entre o que está declarado EA realidade as pessoas são muito abertas ao campo das ideias mas com dificuldade de materializar em ações concretas esse desejo elas estão fixadas nas suas vidas referência todo começo de um trabalho como eu vi frases
do tipo não temos muitas mulheres porque nosso processo produtivo demanda muito esforço físico a nossa processo é muito arriscado para pessoas com deficiência ou então somos muito formais então Aqui as pessoas não podem vir de piercing na pode ter tatuagem cabelos coloridos ou o sistema contrário aqui somos muito abertos mas somos uma empresa jovem super descontraído então apelidos e piadas são inevitáveis né algumas pessoas não se não se encaixam a e é muito legal durante o trabalho vê essas frases sendo ressignificados E aí o que eu quero chegar no segundo aprendizado a conviver transforma e
eu aprendi isso presenciando muitas transformações de pessoas empresas pelas quais já passei e Claro vivenciando na minha na minha própria experiência em 2013 Eu Me inscrevi no programa de intercâmbio para receber estudantes estrangeiros na minha casa e a coordenadora me ligou para me oferecer uma candidata e logo no começo da conversa ela me disse que a garota era muçulmana meu coração disparou em um segundo eu pensei em meia dúzia de noticiários que eu tinha assistido na TV na extrema diferença cultural e nos possíveis problemas de convivência aqui na minha cabeça seria um milhares Então eu
fui logo ver fritando disse que não dava que eu esperava outra candidata e moça que perguntou mais com problema e eu não sabia que era problema eu só sabia que eu não queria então uma conversa meu marido Charles eu contei do que aconteceu falei na minha negativa e ele me olhou incrédulo disse mais o que que tem ela ser muçulmana Não tô te entendendo vem cá não és a especialista em diversidade e inclusão Que papo é esse que ela não serve e a cada pergunta que ele ia me fazendo ele ia me salvando de um
baita de um caldo que eu ia tomar o que juntos a gente decidiu mergulhar nessa experiência de braços mentes e corações abertas Osklen Ferber uma jovem incrível que se tornou muito mais do que um hóspede mais uma querida amiga que a gente aprendeu rapidamente a lá e que você nos ensinou muito sobre a sua cultura sua religião e como vive dentro de casa a diversidade já que seus pais são Imigrantes turcos e ali os irmãos nasceram e vivem na Alemanha e eu que me incomodava com as declarações das empresas percebi que também posso ser coerente
porque nem dentro das minhas da minha declaração todos também são bem-vindos a Claudia Werneck da escola de gente faz uma provocação fantástica sobre isso ela a pergunta que cabe no seu todos Oi e o mais legal é que não importa o tamanho do seu todos ela disse que o importante é o tamanho do quanto esse todos pode crescer com ele transforma porque traz luz da nossa consciência EA consciência é a mãe da responsabilidade é a partir dela que a gente pode se permitir mergulhar mais profundo e começar a se sentir parte da imensidão de cima
e aí a gente chega no terceiro e último aprendizado quando a gente se transforma o mundo se transforma e 2014 quando a maternidade bateu na minha porta e colocou a Nina nos meus braços eu pensei meu Deus que mundo eu vou deixar para minha filha e eu logo percebi que a pergunta me fazer a outra que filha que ser humano é vai entregar produto então não tem logo meu como há muita literatura música filmes brinquedos estimula a convivência com a diversidade tanto quanto possível e muita conversa sempre tentando mostrar para ela que são as diferenças
que fazem mundo ser muito legal e é muito lindo ver o Charles comigo nessa porque além de mim ele também têm que editar suas vidas para poder contribuir Mas ela tá crescendo tendo outras referências e as perguntas começaram a chegar eu gosto desses momentos porque acredito que são oportunidades para mostrar para ela como é o mundo e como eu gostaria como mãe que ele fosse em alguns momentos eu me sinto bem confortável porque a sua atenção muito simples mas outras situações são muito desafiadores como por exemplo quando ela me perguntou o que é racismo ela
tinha de 5 para 6 anos e presente uma situação que logo virou um questionamento e eu disse a ela linguagem simples que algumas pessoas brancas maltratam pessoas negras por causa da cor da sua pele e Eu Fico revoltada só falava disso com qualquer pessoa inclusive com as pessoas desconhecidas e eu precisei acalmar Mais primeiro eu precisei me acalmar porque eu pensei será que eu falei cedo demais sobre isso E aí Nessas horas a gente está correr para quem entende né Encontrei o projeto criando crianças pretas na internet que fala da importância do estímulo à educação
anti-racista e liguei para minha querida amiga Estudiosa e ativista miziane Bueno que sempre me socorre Nessas horas e eu entendi que não era cedo que como mãe eu tenho a responsabilidade de mostrar para ela a minha sensibilidade no assunto e para ajudar a entender que com criança branca ela pode e deve tem empatia então usando também uma linguagem adequada para a idade eu falei filha calma embora o racismo exista todo mundo isso pode mudar e todo mundo pode ajudar inclusive você e olho para mim me disse série mamãe como eu e o respeito amor e
carinho todas as pessoas negras que você convive e todas que você ainda vai conhecer ela me olha e diz assim mas então eu já tô ajudando mamãe eu não sei se eu usei as melhores palavras mas eu acredito que a gente precisa se encorajar para tratar esse assunto mesmo correndo o risco de errar porque o risco maior é na educação dos filhos a gente se calar e o nosso silêncio perpetuar discriminações e desigualdades que são frutos do racismo eu procuro fazer isso com todos os temas com os quais eu não tem um conhecimento Total ou
que mesmo se tenha eu não saiba como lidar com ela como criança para mim isso é transformar o mundo e sabe por quê que eu escolhi essa história para ilustrar esse aprendizado porque todos nós sendo pais ou mães ou não somos referência na vida de alguém e tudo o que nós falamos e fazemos ter um impacto gigantesco na formação e na transformação de se alguém sendo criança ou adulto você com certeza você é referência se você já parou para pensar que tipo de referência você tem sido nesse assunto no começo da nossa conversa eu contei
que muito cedo experimentei o poder da inclusão Sem Entender direito ainda o que significava em palavras e depois desses anos todos eu aprendi que se diversidade a imensidão inclusão é movimento é ação e ação com intencionalidade aquelas são com vontade dentro sabe de transformar mesmo uma coisa é fato esse assunto vai chegar em você e ele pode chegar a como uma marolinha ou como Tsunami para gente perder o medo da diversidade é importante a gente olhar com seriedade mas também com generosidade para os nossos medos e reconhecer os nossos preconceitos dá para a gente se
transformar é importante a Gente Se permitir conviver com pessoas que nos tirem das nossas ilhas de referência e fazer esse movimento proposital e para gente transformar o mundo é muito importante que a gente compartilha e tudo que a gente aprender sobre esse assunto para estimular a inteligência e sensibilidade de outras pessoas influenciam as mudanças nós estamos chegando ao final da nossa expedição e eu quero terminar te oferecendo um presente aí Traz o pequeno trecho desse livro chamado de humanismo histórico a humanismo perene do autor Antonio Meneghetti o humanismo considera cada homem como uma criatura única
e extraordinária portanto todos os homens mesmo se diversos gozam da mesma dignidade sou homem e nada do que é humano é estranho a minha humanidade a aceitação das diversidades é estímulo portanto humanismo quer e ama as diferenças Eu acredito com todas as minhas forças no humanismo na força e no poder de transformação que há dentro de cada um e cada uma de nós e por favor não subestime a sua importância o mar precisa de todas as gotas para ser imensidão
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