A História Social da Criança Parte 2

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Estudo Dirigido Psi
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Video Transcript:
E aí [Música] o Olá pessoal eu tomando então o nosso estudo sobre a obra a história social da Criança e da família do Filipe RN nós estávamos falando anteriormente da descoberta da Infância e de um momento diferente um movimento de mudança representado nos retratos de família ou no retrato da criança morta incluída na imagem da família Eu gostaria de retomar com esse quadro com essa imagem de 1670 em que a família de Luiz 14 o grande 2014 da França ela ela tá aqui representada em múltiplas gerações crianças já estão incluídas e aqui embaixo você consegue
visualizar um quadro de dois bebês de duas crianças ainda na primeira infância que foram incluídas mas já não viviam mais na adaptação desse quadro a uma e são lá na família real é de retratar de incluir essa infância fugaz que teve uma passagem muito breve por essa família mas é incluída no registro histórico então no século 17 é pensando na descoberta da infância à diminuição da mortalidade infantil não sua superação porque ela ainda perdura por um bom tempo a diminuição dessa mortalidade ela começa a Gerar possibilidade de apego com essa Infância É porque agora não
é mais tão breve essas crianças sobrevivem mais nós temos então condições de possibilidade de apego afetivo É temos também aqui uma maior cristianização dos costumes nesse período é que vão falar da imortalidade da Alma Vão falar da preservação da e nos e dessa infância dessa criança e isso faz com que esses pais olhem para essa criança para esse ser com um olhar diferenciado no século 16 surge uma outra representação da criança que é um ou putto que seria a criancinha nua se antes lá atrás ela aparece ligada uma imagem mais religiosa se ela aparece é
como a representação de um adulto em miniatura é aqui ela vai aparecer na forma de pudim na forma de criança nua e Vocês já viram isso nas imagens anteriores também o gosto pelo ponto representa a corresponde a algo mais profundo do que o gosto pela nudez clássica a algo que deve ser relacionado com um amplo movimento de interesse em a infância e aí a gente tem essa imagem muito conhecida que é o culto a Vênus descendo também de 1.518 em que os pontos estão representados em massa aqui essa imagem vai dar origem mais tarde a
figura do Querubim que está muito próxima da representação da adolescência não é um tema de interesse para a gente aqui mas que você vai começar a ver nas obras de arte que você Aprecia no século 17 essa criança começa a ser representada sozinha nas pinturas de época e a gente tem aqui também um quadro muito conhecidos os filhos de carros Primeiro eles estão agora sozinhos não mais complementando a imagem da família e isso é muito significativo nesse processo de transformações ele vai falar do traje da criança como um elemento de mudança e que marca essa
infância que eu sei que marca a passagem da sua infância pela sociedade nessa imagem aqui vocês observam crianças entre 10 anos e 8 meses de idade os gêmeos na lateral é questão de frente para o outro tem em torno de cinco anos a roupa deles é uma roupa usada por crianças dessa idade ela tem a má rações específicas uma gola específica é como uma túnica né Os mais velhos têm uma roupa luxuosa diferente também que é mais próxima da roupa do adulto da época e as crianças no meio é Elas têm roupas muito semelhantes e
aqui só tem uma menina que a menina do meio os outros dois são meninos até os 5 anos meninos e meninas é trajavam roupas indiferenciadas você não consegue ver uma diferenciação entre meninos e meninas e isso é uma marca daquela época é assim que a criança deixava os coelhos ela era vestida como os outros homens e mulheres de sua condição o traje medieval em nada diferenciava a criança do adulto no século 17 os trajes antes indiferenciadas dos adultos começaram a ser pensados para as crianças Então a gente tem aqui mais um dado dessa passagem e
da Constituição dessa ideia de Infância moderna que é próxima é um pouco mais próxima da das referências que a gente tem se antes os trajes eram diferenciados quando a gente a dentro o século 17 e eles começam a marcar as diferentes idades da vida a gente já percebe aí uma diferenciação dessa infância a roupa demonstrava as etapas do crescimento que transformava a criança em homem e o outro tópico que esse autor aborda é a contribuição dos jogos e das brincadeiras nessa passagem nessa Constituição da Infância e da família da Criança e da família as crianças
elas permanecem no mesmo espaço que os demais compartilhando as mesmas histórias músicas danças jogos e brincadeiras isso para a gente é um dado é que provoca estranhamento porque a gente chegou ao momento que coisa de criança é coisa de criança espaço de criança espaço de criança e Brincadeira de Criança é brincadeira de criança nessa época não existia diferenciação EA brincadeira na infância ela já é uma tentativa de imitação do mundo do adulto por isso era tão comum então econômico nessa época o cavalinho de pau que a gente ainda conhece mas que não é mais comum
na nossa época mas aqui era um brinquedo muito e fica de alguma forma era uma tentativa de imitação ou de movimento né dessa criança já adentrar nesse mundo adulto e a brincadeira tinha um caráter comunitário e socializador Aos sete anos o menino e aí eu coloco em Porque tudo que a gente tá falando aqui é o menino tem um lugar privilegiado o menino se vê obrigado a abandonar os brinquedos é hora de se tornar adulta é justamente nesse momento em que ele adentrou o mundo adulto ele sai de casa ele começa a ser educado de
uma forma diferente já a menina vai permanecer nesse contexto por algum tempo ainda lá na página 124 tem uma informação interessante para gente retomar que é o seguinte a gente observa o abandono desses jogos pelos adultos das classes sociais superiores e simultaneamente sua sobrevivência entre o povo e as crianças das classes dominantes é notável que a antiga Comunidade dos jogos se tenha rompido ao mesmo tempo entre as crianças e os adultos e entre o povo EA burguesia essa coincidência nos permite entrever desde já uma relação entre o sentimento de infância e o sentimento de classe
é Vale lembrar que a compreensão que se tem da infância da Criança é é de um sujeito de menos valor um sujeito subalterno um sujeito menor dentro da hierarquia social e a mesma visão que se tem das classes populares do Povo bom então quando a gente fala de brincadeira quando a gente fala de jogo quando a gente fala é desse desse espírito mais descontraído você encaixa ali tanto a criança quanto um povo a as classes dominantes os fidalgos eles precisam ser graves eles precisam ser sérios eles não podem mais brincar porque isso é algo menor
é algo de um espírito menos elevado E aí a relação que se tem com a infância é uma relação que se aproxima também com o sentimento de classe quando você precisa desenvolver essa entre infância e você precisa salvá-la desse desse lugar de menos elevação por exemplo que as Crazy as classes subalternizadas ao ocupava Oi e aí na página 112 A gente vai destacar o seguinte os humanistas do renascimento em sua reação ante Escolástica ou seja na sua resistência com a escolarização já haviam percebido as possibilidades educativas dos jogos mas foram os colégios Jesuítas que impuseram
um pouco a pouco as pessoas de bem e amantes da ordem uma opinião menos radical em relação aos jogos propuseram-se assimilá-los e introduzi-los oficialmente em seus programas e regulamentos com a condição de que pudessem escolhê-los regulamentá-los e controlá-las assim disciplinados os divertimentos reconhecidos como bons foram admitidos e recomendados e considerados a partir de Então como meio de educação tão estimáveis quanto os adultos os jogos eles são recuperados dele os salvos dessa visão por exemplo de divisão de classes indecisão entre o ser adulto e o ser criança no contexto da escola é quando ele é controlado
quando ele é regulamentado quando ele é preparado para de alguma forma até um sim educativo não é simplesmente brincar por brincar é jogar por jogar para alcançar de investimento sociabilidade como ela nas sociedades tradicionais mas para de alguma forma chegaram objetivo com aquele jogos e assim que eles permanecem por exemplo dentro das escolas que a gente vai retomar mais à frente e a uma discussão no tópico de despudor a inocência da que uma sociabilidade atravessada por questões ligadas à sexualidade onde a 1 com o compartilhamento que não chocava o senso comum da linguagem dos gestos
do contato físico entre adulto adultos e crianças que em algum momento foram considerados maléficos para esse sentimento de infância essa Conservação da infância Nascente na modernidade no século 17 a gente sabe que acontece uma reforma dos costumes influenciada por uma renovação Religiosa e moral é a inocência infantil passa a ser exaltada criança é vista como próxima de Deus e essa é uma narrativa sustentada por educadores e reformadores a Escolástica que tem uma relação com a reforma religiosa é a noção de Inocência da criança vai se desenvolvendo juntamente com essas práticas religiosas logo aquele contato primeiro
aquele contato indiscriminado entre adultos e crianças passa a ser condenado se isso acontecer por duas razões primeiro porque se acreditava que a criança impúbere fosse a Leia e indiferente a Sexualidade segundo porque ainda não existia sentimento de que as referências assuntos sexuais mesmo que despojada da prática de segundas intenções não se acreditava que essa Inocência realmente existisse era essa racionalidade que permitiria um contato íntimo entre adultos e crianças que permitirá por exemplo que sem nenhum estranhamento as crianças participassem de jovens sexuais entre os adultos que elas coabita sem a mesma cama desses adultos que elas
fossem tocadas por esses adultos sem nenhum tipo de estranhamento ou de restrição justamente porque você acreditava que essa criança era indiferente a Sexualidade a sexta Inocência são os reformadores religiosos que vão começar a pontuar que existissem essa Inocência que essas crianças estão próximas da natureza divina e que elas não podem mais participar dessa dessa lógica social e aí a gente tem uma gravura bastante interessante aqui ainda de 1511 em que a família sagrada está representada nós temos de Maria com Jesus no colo o menino Jesus no colo e Santana tocando o pênis dele isso era
uma coisa muito comum na época esse tipo de contato era algo que que não havia restrições para a tal qual vai Quais vão ser as recomendações dos educadores da época para se preservar essa tal Inocência constituída então da criança primeiro uma prática da confissão em Curitiba é de culpa ainda na criança é a seleção da literatura passou-se a ser uma literatura adequada para criança com por exemplo restrições de algumas partes Então as obras eram rejeitadas por exemplo para serem lidas na escola os hábitos de coabitação dos espaços eram restritos criança não podia mais dormir com
outras pessoas inclusive existe a uma prática de civilidade em que a criança precisava estar bem coberta e vestida e dormindo numa posição em que ela não se expor Zé se depois de Adormecida era muito comum que as crianças ocupassem a mesma cama dos adultos e compartilhar sendo que era feito ali é com esses adultos não deixar crianças sozinhas elas passaram a ser vigiada sem tempo total evitar um Mimo habituando as desde cedo a seriedade e aqui há um contraste com a A ideia é medieval da criança Engraçadinha que o Felipe é pontua no início essa
relação que se estabelece entre a família EA criança ela tá atravessada pelo Mimo e isso é condenado dentro desse contexto da moralização o recato no comportamento a maior reserva nas maneiras e na linguagem dentro do contato interpessoal são todos pontos que são colocados e que aparecem por exemplo nos famosos manuais de civilidade dessa época o sentido da inocência infantil resultou portanto numa dupla atitude Moral com relação à infância preservá-la da sujeira da vida e Inicial especialmente da sexualidade tolerada quando não aprovada entre os adultos e fortalecê-la desenvolvendo o caráter EA razão então existe todo um
processo que corre na direção da pra e dessa Inocência quanto no fortalecimento desse caráter ainda frágil o que faz com que a criança seja diferenciada do adulto tanto no aspecto como no outro a gente tem uma oposição com a relação com relação aquele sentimento de Total indiferença que se tinha com essas crianças nas sociedades tradicionais então isso faz a gente pensar e chegar na conclusão desse pressa a primeira parte da obra em que o Felipe e ele pontua dois sentimentos de Infância Esses são aspectos que caem em concurso já apareceram em diversas questões é se
você procurar e que é legal a gente ponto a entender gravar o primeiro sentimento é o sentimento de paparicação um sentimento que começa a se exercer pela família em torno da criança Ela é vista como Graciosa em jena passa a ser passa a ser alvo um cuidado diferenciado por conta das necessidades agora entendidas como específicas Esse é o primeiro sentimento Nascente que aponta para o surgimento dessa infância e dessa família moderna num segundo momento a gente tem a entrada dos reformadores e educadores é no século 17 que de alguma forma tem uma repugnância esse Mimo
e começam a condenar essa paparicação nesse segundo sentimento a gente tem o apego a infância EA sua particularidade não se não se espremia mais através da distração e da brincadeira mas através do interesse psicológico e da preocupação moral que se tinha com essa fase da vida a uma tomada de consciência por parte desses atores é da da inocência e da fraqueza da infância o que demandava dos adultos o de preservar a primeira e fortalecer a segunda caberá então a educação cuidadosa desenvolver o homem racional e de bem era preciso preservar e disciplinar a infância se
a gente tem um primeiro momento um sentimento de Infância com permanecer nesse slide aqui é a gente tem um primeiro momento um sentimento de infância que tá ligado a esse essa organização da família em torno dela em torno dessa criança aqui é Engraçadinha que entretém que é Graciosa e que é paparicada por esses pais e isso já é uma diferenciação daquela família que era Total indiferente a essa criança num segundo momento a gente vê um sentimento oposto a essa paparicação que é um repúdio esse Mimo que que não quer de maneira nenhuma fortalecer a fraqueza
a culpa reafirmar a fraqueza mais fortalecer através de uma chamada a razão e isso vai se fazer pela via da escolarização você é o mesmo tempo que enfatiza a inocência você também aponta aponta para o perigo da fraqueza essa fraqueza precisa ser superada para de alguma forma construir esse cidadão racional esse cidadão de bem que vai ser o cidadão que se espera dentro dessa sociedade moderna Nascente então para terminar esse primeiro momento na página 163 a gente vê que era preciso antes conhecê-la melhor para corrigi-la tentava se penetrar na mentalidade da criança para melhor adaptar
a ser um nível os métodos de educação pois as pessoas se preocupavam muito com as crianças consideradas testemunhas da inocência batismal e semelhantes aos anjos e próximas de Cristo essa é uma ideia uma ideia que se constrói no processo que as havia amado mas esse interesse em Cunha que se desenvolvesse nas crianças uma razão ainda frágil e que se fizesse delas homens Racionais e cristãos a gente tem aqui o fundamento e o argumento para entrada dessas crianças na escola e para a razão de ser desta Escola Moderna que substitui a lógica Escolástica né que a
escola dos clérigos da escola voltada para a formação religiosa agora a gente tem uma formação Educacional que penetra na mentalidade e no ser da Criança e para isso só precisa diferenciar especificar quem é essa criança e assim fortalecer lá pela via da razão a gente vai fazer uma pausa por aqui para posteriormente é a segunda parte dessa obra
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