Leitura e Produção de textos - A noção de informatividade

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UNIVESP
Disciplina: Ciclo Básico / Computação Univesp - Universidade Virtual do Estado de São Paulo Profes...
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[MÚSICA] [MÚSICA] [MÚSICA] >> [VANESSA] OLÁ, PESSOAL! TUDO BEM? NESTA SEMANA, NÓS VAMOS DISCUTIR UM CONCEITO IMPORTANTÍSSIMO TAMBÉM PARA LEITURA E PARA PRODUÇÃO DE TEXTOS, QUE É A QUESTÃO DA INFORMATIVIDADE.
ENTÃO, A GENTE VAI ENTENDER COMO É QUE FUNCIONA A INFORMATIVIDADE NA CONSTRUÇÃO DE SENTIDOS DE UM TEXTO, E COMO É QUE A GENTE DEVE SEMPRE PENSAR NO PÚBLICO-ALVO, OU NO LEITOR, OU NO INTERLOCUTOR DO NOSSO TEXTO, PARA GARANTIR QUE AS INFORMAÇÕES QUE A GENTE VAI COLOCAR ALI NO TEXTO CONVERSEM COM ELE DA MANEIRA COMO A GENTE DESEJA, CERTO? ENTÃO, ESSE É O OBJETIVO DA AULA DE HOJE. VAMOS LÁ?
! AQUI, A GENTE TEM COMPREENDER A NOÇÃO DE INFORMATIVIDADE E COMO ESSA NOÇÃO PODE SER MOBILIZADA NA ESCRITA E NA COMPREENSÃO DE TEXTOS. A GENTE TEM UMA CONCEPÇÃO DE TEXTO, QUE EU GOSTARIA DE REFORÇAR COM VOCÊS, QUE É TRAZIDA PELA KOCH, NUM TEXTO DE 2017, QUE É O "LUGAR DE INTERAÇÃO ENTRE ATORES SOCIAIS E DE CONSTRUÇÃO INTERACIONAL DE SENTIDOS".
OU SEJA, UM TEXTO, VERDADEIRAMENTE, ELE SÓ SE ESTABELECE A PARTIR DO MOMENTO EM QUE A GENTE TEM UMA INTERAÇÃO. O QUE É A INTERAÇÃO? É ALGUÉM QUE NOS OUVE.
POR EXEMPLO, NO CASO DE VOCÊS QUE ESTÃO ME OUVINDO AGORA, ESSE TEXTO ESTÁ SE CONSTITUINDO COMO TAL. POR QUÊ? PORQUE VOCÊS ESTÃO OUVINDO, VOCÊS ESTÃO VENDO, VOCÊS ESTÃO ESCUTANDO E ISSO GARANTE A INTERAÇÃO.
E É QUANDO O SENTIDO SE COMPLETA QUE A GENTE PODE DIZER QUE HÁ EFETIVAMENTE UM TEXTO. ENTÃO, UM TEXTO TEM SEMPRE ESSE CARÁTER DIALÓGICO. DE ALGUÉM FALANDO OU DE ALGUÉM ESCREVENDO PARA UM GRUPO DE PESSOAS OU PARA UMA PESSOA SÓ.
ISSO É IMPORTANTE VOCÊS RETEREM, ESSA CONSTRUÇÃO INTERACIONAL DE SENTIDOS. O TEXTO, É IMPORTANTE A GENTE DIZER, VEM DO LATIM, DA PALAVRA EM LATIM "TEXTUS", QUE SIGNIFICAVA NARRATIVA OU EXPOSIÇÃO. MAS ESSA PALAVRA NO LATIM VINHA DE UMA OUTRA PALAVRA, QUE ERA UM VERBO LATINO, QUE É O VERBO "TEXO".
E ESSE VERBO TINHA O SENTIDO DE TECER, FAZER TECIDO, ENTRANÇAR, ENTRELAÇAR, CONSTRUIR SOBREPONDO OU ENTRELAÇANDO. E EU TRAGO PARA VOCÊS UMA IMAGEM JUSTAMENTE DE UM TEAR, QUE É O QUE PRODUZ UM TECIDO. OS TECIDOS ERAM FABRICADOS, SOBRETUDO ARTESANALMENTE, NÃO COMO HOJE QUE ELES SÃO A MAIORIA PRODUZIDOS INDUSTRIALMENTE.
ELES ERAM ARTESANAIS. E AQUI, A GENTE TEM UM EXEMPLO DESSE EMARANHADO. ENTÃO NÃO É QUALQUER EMARANHADO QUE PRODUZ UM TEXTO, QUE PRODUZ UM TECIDO.
É UM EMARANHADO DE UMA FORMA BASTANTE ESPECÍFICA, ARTESANAL E ORGANIZADA. ENTÃO ESSA ORGANIZAÇÃO DA TRAMA, DOS FIOS ALI PELO TEAR MANUAL OU PELO TEAR JÁ UM POUCO MAIS INDUSTRIALIZADO, QUE VAI GARANTIR QUE A GENTE TENHA UM TECIDO. E O TEXTO É A MESMA COISA.
ELE NÃO É UMA COMPOSIÇÃO ALEATÓRIA. ELE TEM UMA CERTA ORGANIZAÇÃO. A GENTE JÁ VIU ALGUNS CRITÉRIOS DE TEXTUALIDADE.
A GENTE JÁ VIU OS CRITÉRIOS DE COESÃO, O CRITÉRIO DE COERÊNCIA. E HOJE, A GENTE VAI VER A INFORMATIVIDADE. CERTO?
ENTÃO, A GENTE VIU AQUI, NA COESÃO, OS ELOS COESIVOS, OS MECANISMOS QUE FAZEM COM QUE UM TEXTO SEJA ALGO COM UMA ORGANIZAÇÃO LINEAR. E A GENTE VIU A COERÊNCIA QUE É ESSA ORGANIZAÇÃO QUE A GENTE DIZ RETICULADA, QUE É AQUILO QUE FORMA O TEXTO. E HOJE, A GENTE VAI VER A INFORMATIVIDADE, QUE PODE PARECER UM CONCEITO UM POUCO MAIS DIFÍCIL, PORQUE É UM POUCO MAIS ABSTRATO, MAS EU ESPERO QUE COM A AULA DE HOJE VOCÊS COMPREENDAM.
BOM, COMO A GENTE DEFINE A INFORMATIVIDADE? A INFORMATIVIDADE É DEFINIDA POR AQUELES DOIS MESMOS PESQUISADORES ALEMÃES QUE A GENTE JÁ VEM ESTUDANDO, COMO UMA "EXTENSÃO A QUAL UMA APRESENTAÇÃO É NOVA OU INESPERADA PELOS RECEPTORES". ENTÃO PENSANDO NA QUESTÃO DO TEXTO E DO SENTIDO, A GENTE TEM AQUI UMA RELAÇÃO NECESSÁRIA COM OS RECEPTORES, CERTO?
ENTÃO A INFORMATIVIDADE VAI MEDIR O GRAU DE EXTENSÃO SOBRE UMA DADA INFORMAÇÃO APRESENTADA NO TEXTO, QUANTO ESSA INFORMAÇÃO É ESPERADA OU INESPERADA PELOS RECEPTORES DESSE TEXTO, PELO PÚBLICO-ALVO DESSE TEXTO, CERTO? >> [VANESSA] A GENTE DIZ QUE EXISTEM TRÊS GRAUS DE INFORMATIVIDADE. EM TODA A LITERATURA SOBRE A INFORMATIVIDADE, VOCÊS VÃO ENCONTRAR ESSAS DEFINIÇÕES DOS GRAUS DE INFORMATIVIDADE QUE VÊM DO BEAUGRAND E DO DRESSLER, QUE FORAM CITADOS JÁ.
ENTÃO, A GENTE DIZ QUE EXISTE UM GRAU BAIXO DE INFORMATIVIDADE QUANDO A INFORMAÇÃO APRESENTADA PELO TEXTO É BASTANTE PREVISÍVEL. ENTÃO QUANTO MAIS PREVISÍVEL FOR A INFORMAÇÃO, MAIS BAIXO É O GRAU DE INFORMATIVIDADE. POR QUÊ?
PORQUE SE A INFORMAÇÃO É PREVISÍVEL, O TEXTO NÃO ESTÁ APRESENTANDO EFETIVAMENTE NADA NOVO, CERTO? QUANDO A GENTE TEM UM GRAU MÉDIO DE INFORMATIVIDADE, É QUANDO A INFORMAÇÃO APRESENTADA É MENOS PREVISÍVEL. ENTÃO, ELA JÁ NÃO É TÃO PREVISÍVEL QUANTO A PRIMEIRA ESCALA, MAS ELA JÁ É UM POUCO MENOS PREVISÍVEL.
ENTÃO, ELA JÁ CARREGA UM POUCO DE NOVIDADE, VAMOS DIZER ASSIM, OU UMA INFORMAÇÃO QUE NÃO ERA TÃO ESPERADA PELO SEU LEITOR, CERTO? E EXISTE UM ÚLTIMO GRAU DE INFORMATIVIDADE QUE É BASTANTE EXPLORADO POR ALGUNS TIPOS DE TEXTO, COMO A GENTE VAI VER, QUE É UMA INFORMATIVIDADE QUE, APARENTEMENTE, A INFORMAÇÃO TRAZIDA ESTÁ FORA DO CONJUNTO COMO UM TODO, OU SEJA, ELA NÃO É NEM TÃO PREVISÍVEL NEM IMPREVISÍVEL. ELA NÃO ESTÁ DENTRO DESSE GRUPO DE OPÇÕES.
ENTÃO, A GENTE VAI ENTENDER COMO É QUE FUNCIONA ESSE TERCEIRO GRAU DE INFORMATIVIDADE. ELE É MAIS COMPLEXO, MAS TAMBÉM MENOS USADO E MENOS INDICADO NOS TEXTOS ACADÊMICOS E NOS TIPOS DE TEXTO QUE VOCÊS VÃO PRODUZIR NA UNIVERSIDADE. BOM, UM EXEMPLO QUE É BASTANTE FREQUENTE DESSE GRAU BAIXO DE INFORMATIVIDADE É O CASO DA PLACA PARE.
POR QUÊ? PORQUE É UMA INFORMAÇÃO ALTAMENTE PREVISÍVEL, CERTO? ENTÃO ESSA CONVENÇÃO GRÁFICA AÍ DE UM TEXTO ESCRITO NUM FUNDO VERMELHO COM LETRAS BRANCAS, ELE É UMA CONVENÇÃO DA NOSSA SOCIEDADE.
BRASILEIRA, NO CASO, PORQUE ESTÁ ESCRITO EM PORTUGUÊS. CERTO? ENTÃO AQUI É UM TEXTO QUE TEM GRAU BAIXÍSSIMO DE INFORMATIVIDADE, OU SEJA, ELE NÃO APRESENTA NADA NOVO.
MUITO PELO CONTRÁRIO, ELE NEM PODE APRESENTAR NADA NOVO. PORQUE AS PLACAS DE TRÂNSITO TÊM QUE SER LIDAS QUASE NO AUTOMÁTICO. A GENTE TEM QUE SABER QUAL É A ATITUDE A SER TOMADA, CERTO?
ENTÃO É ESPERADO QUE ELAS TENHAM UM GRAU BAIXO DE INFORMATIVIDADE MESMO. O GRAU MÉDIO É AQUELE QUE, COMO EU DISSE, NÃO ESTÁ NA ESCALA MAIS ALTA DE PROBABILIDADE CONTEXTUAL. OU SEJA, A GENTE NÃO ESPERA QUE VÁ ACONTECER EXATAMENTE AQUELA INFORMAÇÃO NAQUELE CONTEXTO.
CERTO? ENTÃO, ELA NÃO ESTÁ NA ESCALA MAIS ALTA. ELA CONFIGURARIA, ELA NÃO, ELE, O GRAU MÉDIO, CONFIGURARIA O PADRÃO USUAL DE INFORMATIVIDADE.
ENTÃO, NA VERDADE, O GRAU MÉDIO É O QUE A GENTE DEVE BUSCAR QUANDO A GENTE ESCREVE UM TEXTO, CERTO? AS INFORMAÇÕES NOVAS E DADAS, OU SEJA, DADAS, AQUELAS JÁ CONHECIDAS, DEVEM SER BALANCEADAS A FIM DE QUE O INTERLOCUTOR COMPREENDA O TEXTO. ENTÃO, A GENTE NÃO PODE INICIAR UM TEXTO FALANDO NADA SOBRE O QUE A GENTE IMAGINA QUE O LEITOR SAIBA.
A GENTE TEM QUE, PELO MENOS, IR GUIANDO O NOSSO LEITOR A RESPEITO, PARTINDO DE UM PONTO QUE ESSE LEITOR CONHEÇA, CERTO? PORQUE SENÃO A GENTE CRIA UM TEXTO QUASE SEM COERÊNCIA, CERTO? POR CAUSA DESSA QUESTÃO DA INFORMATIVIDADE.
PARA DISCUTIR ESSA QUESTÃO, EU ESTOU USANDO UM TEXTO QUE EU INDIQUEI PARA A LEITURA OBRIGATÓRIA DE VOCÊS DESTA SEMANA, QUE É ESSE TEXTO DE ARNEMANN E VEÇOSSI DE 2018. BOM, O GRAU ALTO DE INFORMATIVIDADE, ENTÃO APRESENTAÇÃO DE INFORMAÇÕES QUE NÃO ESTÃO NO GRUPO DAS MAIS PROVÁVEIS NEM NO GRUPO DAS MENOS PROVÁVEIS. OU SEJA, É AQUELA QUEBRA DE EXPECTATIVAS.
ENTÃO NÃO É QUE EU ESPERAVA, MAS TAMBÉM NÃO É QUE EU NÃO ESPERAVA. ERA PROVÁVEL, MAS TAMBÉM NÃO ERA POUCO PROVÁVEL, CERTO? ESSAS OCORRÊNCIAS DEMANDAM MAIS ATENÇÃO E FONTES DE PROCESSAMENTO, TODAVIA SÃO MAIS INTERESSANTES.
OU SEJA, QUANDO A GENTE QUEBRA A EXPECTATIVA DE UM LEITOR, A GENTE TENDE A TORNAR ESSE TEXTO MAIS INTERESSANTE PARA AQUELE LEITOR, TÁ? SÓ QUE ESSE GRAU ALTO É UM ESTADO INSTÁVEL DE INFORMATIVIDADE. E ESSE ESTADO INSTÁVEL GERA UM DESCONFORTO PARA O RECEPTOR.
ELE PODE GERAR UM DESCONFORTO PARA O RECEPTOR. ENTÃO, A GENTE SEMPRE TEM QUE PENSAR NO TEXTO SEGUINDO AQUELE GRAU MÉDIO DE INFORMATIVIDADE. OU SEJA, EU PARTO DE UM PONTO CONHECIDO PARA O MEU LEITOR QUE TEM, ENTÃO, ALGUMA COISA COM GRAU BAIXO DE INFORMATIVIDADE, QUE É ALGUMA COISA QUE ELE JÁ CONHECE E, AÍ, EU VOU EXPLICANDO, DELINEANDO, DISCORRENDO, EXPLANANDO SOBRE COISAS QUE ELE NÃO CONHECE TANTO.
OU SEJA, COISAS QUE TÊM UM GRAU MÉDIO DE INFORMATIVIDADE. AÍ ENTÃO, EM ALGUM MOMENTO DO TEXTO, EU POSSO LANÇAR A MÃO DESSE GRAU ALTO. OU SEJA, QUEBRAR AS EXPECTATIVAS, FALAR SOBRE UMA COISA QUE ELE NÃO SABE ABSOLUTAMENTE NADA.
MAS ISSO TEM QUE ESTAR NUM MOMENTO DO TEXTO. ELE NÃO PODE SER A GRANDE PARTE DO TEXTO. BOM, A GENTE TEM UM EXEMPLO DESSA QUEBRA DE EXPECTATIVAS, DESSE GRAU ALTO DE INFORMATIVIDADE, QUE É ESTA FRASE QUE ESTÁ NO TEXTO DA FÁVERO, QUE EU TAMBÉM PEDI PARA VOCÊS LEREM.
QUE DIZ: "A ÁGUA NÃO É HIDROGÊNIO E OXIGÊNIO. ELA CONTÉM OUTRAS SUBSTÂNCIAS, POR EXEMPLO, PORÇÕES ÍNFIMAS DE DEUTÉRIO". OU SEJA, AQUI TEM UMA QUEBRA DE EXPECTATIVA, JÁ DE ANTEMÃO, NO INÍCIO DO TEXTO.
ENTÃO A ÁGUA, DIFERENTE DO QUE TODO MUNDO APRENDE, DO QUE TODO MUNDO FALA, DO QUE TODO MUNDO SABE, ELE DIZ: "NÃO É HIDROGÊNIO E OXIGÊNIO". OU SEJA, AQUI TEM UMA QUEBRA COMPLETA. E ELA CONTÉM OUTRAS SUBSTÂNCIAS, POR EXEMPLO, PORÇÕES ÍNFIMAS.
O QUE ACONTECE QUANDO A GENTE LÊ UMA FRASE ASSIM, PRINCIPALMENTE NO INÍCIO DE UM TEXTO? AQUELE TEXTO NOS CHAMA A ATENÇÃO. MUITOS JORNALISTAS, MUITOS ESCRITORES, USAM ESSE RECURSO PARA ATRAIR A ATENÇÃO.
PORQUE JUSTAMENTE ESSA QUEBRA DA EXPECTATIVA, ESSA POUCA PROBABILIDADE DE VOCÊ LER UMA FRASE COMO ESSA, QUE É ISSO QUE A GENTE CHAMA DE PROBABILIDADE CONTEXTUAL, QUAL A PROBABILIDADE DE VOCÊ LER ISSO? É MUITO BAIXA. ENTÃO A PARTIR DO MOMENTO QUE VOCÊ LÊ ISSO, ELE CAPTA A SUA ATENÇÃO, VOCÊ QUER SABER MAIS SOBRE O ASSUNTO.
CERTO? E AQUI, A GENTE TEM UM OUTRO EXEMPLO. ESSA É UMA PROPAGANDA, ENTÃO OS TEXTOS PUBLICITÁRIOS, AS PROPAGANDAS EM GERAL, OS ANÚNCIOS, ELES SE UTILIZAM MUITO DESSA QUEBRA DE EXPECTATIVAS.
ENTÃO AQUI EXISTE UMA INTERTEXTUALIDADE, QUE É UM DOS FATORES TAMBÉM DE TEXTUALIDADE, QUE ESTÃO CITADOS LÁ NO INÍCIO DA AULA, QUE É A INTERTEXTUALIDADE QUE ENTRE O FILME, "O DIABO VESTE PRADA", E O ANÚNCIO. ENTÃO, O ANÚNCIO DESSA EMPRESA, HORTIFRUTI, FAZ REFERÊNCIA AO FILME. E AÍ, ELE QUEBRA COMPLETAMENTE NOSSAS EXPECTATIVAS.
POR QUÊ? PORQUE ELE TRANSFORMA O DIABO EM QUIABO. CERTO?
E A IMAGEM QUE SERIA, NO FILME, A IMAGEM DE UM SALTO ALTO VERMELHO, SE TRANSFORMA NO ANÚNCIO NUMA JUNÇÃO DE VÁRIOS QUIABOS AQUI. ISSO, ENTÃO, É UMA QUEBRA DE EXPECTATIVA. ISSO CHAMA A NOSSA ATENÇÃO.
A PARTIR DO MOMENTO QUE A GENTE VÊ ESSA IMAGEM, PRINCIPALMENTE SE A GENTE CONHECE O FILME, ISSO VAI NOS DESPERTAR ALI UMA GRANDE CURIOSIDADE. A GENTE VAI QUERER LER. "MAS O QUE É ISSO?
ANÚNCIO DO QUÊ? ". ENTÃO, ELE ENTROU NO SELETO MUNDO DA HORTIFRUTI.
ELE QUEM? O QUIABO. ASSIM COMO VÁRIOS OUTROS LEGUMES, VERDURAS QUE PROVAVELMENTE SÃO VENDIDOS LÁ NO HORTIFRUTI.
BOM, O QUE É IMPORTANTE VOCÊS TEREM CLARO TAMBÉM É O PÚBLICO-ALVO. A GENTE PRECISA SEMPRE PENSAR, QUANDO A GENTE VAI ESCREVER O TEXTO, EM QUEM VAI LER ESSE TEXTO? PARA QUEM EU ESTOU ESCREVENDO?
A GENTE PRECISA CRIAR UMA IMAGEM MENTAL VIRTUAL DE QUEM É ESSE NOSSO LEITOR. EU TROUXE PARA VOCÊS AQUI UMA NOTÍCIA DO UOL, QUE CONSTRUIU UMA REPORTAGEM EM PERGUNTAS E RESPOSTAS. OU SEJA, CONSTRUIR EM PERGUNTAS E RESPOSTAS JÁ ESTÁ PRESSUPONDO UM LEITOR LEIGO NA ÁREA DE SAÚDE.
CERTO? PORQUE JÁ NÃO INICIA O TEXTO FALANDO TERMOS COMPLEXOS DA ÁREA DA SAÚDE, MAS PRESSUPÕE UM LEITOR MAIS GERAL, LEIGO. E AÍ PERGUNTA-SE NO TEXTO, "POR QUE ELE FOI BATIZADO DE COVID-19?
". "'CO' SIGNIFICA CORONA, 'VI' VEM DE VÍRUS E 'D' REPRESENTA DOENÇA". ENTÃO AÍ JÁ ESTÁ EXPLICADO AQUI, COVID.
"O NÚMERO 19 INDICA O ANO DE SUA APARIÇÃO, 2019. ESSE NOME SUBSTITUI O '2019-N-COV', DECIDIDO PROVISORIAMENTE APÓS O SURGIMENTO DA DOENÇA RESPIRATÓRIA. O NOVO NOME FOI ESCOLHIDO POR SER FÁCIL DE PRONUNCIAR E NÃO TER REFERÊNCIA ESTIGMATIZANTE A UM PAÍS OU UMA POPULAÇÃO EM PARTICULAR", COMO TINHAM OUTROS NOMES DE DOENÇAS DE SÍNDROMES RESPIRATÓRIAS TAMBÉM.
CERTO? ENTÃO AQUI É UM TEXTO DO UOL PARA UM PÚBLICO LEIGO E ISSO ESTÁ BEM CLARO PELO TIPO DE PERGUNTAS E RESPOSTAS E PELA EXPLICAÇÃO. AQUI É UMA EXPLICAÇÃO QUE PARTE DE COISAS QUE A GENTE CONHECE.
ENTÃO DE LETRAS QUE SIGNIFICA CORONA, "VI" QUE VEM DE VÍRUS, "D" DOENÇA, 2019 É O ANO. ENTÃO, ELE VAI CONSTRUINDO A INFORMATIVIDADE. ENTÃO, ELE TEM UM GRAU MÉDIO DE INFORMATIVIDADE, VAMOS DIZER ASSIM.
JÁ ESTE TEXTO É UM TEXTO PARA UM OUTRO PÚBLICO-ALVO. É UM TEXTO PUBLICADO POR DOIS CIENTISTAS RECENTEMENTE, EM 2020. CERTO?
NUM GRANDE PERIÓDICO DA ÁREA DA SAÚDE, OU SEJA, UMA REVISTA CIENTÍFICA DA ÁREA DA SAÚDE. E OLHEM A DIFERENÇA DO TEXTO. "A DOENÇA DE CORONAVÍRUS 2019 (COVID-19), UMA FORMA DE ZOONOSE RESPIRATÓRIA E SISTÊMICA CAUSADA POR UM VÍRUS PERTENCENTE À FAMÍLIA CORONAVIRIDAE, ORIGINÁRIA DA CIDADE DE WUHAN, NA CHINA, AINDA ESTÁ SE ESPALHANDO PELO MUNDO ASSUMINDO ASSIM AS CARACTERÍSTICAS DRAMÁTICAS DE UMA EMERGÊNCIA PANDÊMICA".
ENTÃO, VOCÊS VEEM QUE AQUI NÃO SE TEM A PREOCUPAÇÃO COM O LEITOR LEIGO, MAS É UM TEXTO QUE ESTÁ SENDO ESCRITO PARA UM PÚBLICO DA ÁREA DA SAÚDE, UM PÚBLICO QUE CONHECE PLENAMENTE A DETERMINAÇÃO DE UM NOME DE UM VÍRUS, QUE CONHECE O SENTIDO ESPECÍFICO DE PALAVRAS COMO ZOONOSE, QUE CONHECE A INFORMAÇÃO DE QUE UM VÍRUS PERTENCE A UMA FAMÍLIA DE VÍRUS, CERTO? ENTÃO AQUI, A GENTE TEM VÁRIOS ELEMENTOS QUE MOSTRAM A IMPORTÂNCIA DE ASSOCIAR O PÚBLICO LEITOR AO GRAU DE INFORMATIVIDADE DOS TEXTOS. BOM, PESSOAL, ERA ISSO.
EU QUERIA DEIXAR CLARO PARA VOCÊS A IMPORTÂNCIA DESSA NOÇÃO DE INFORMATIVIDADE, TANTO PARA VOCÊS IREM PERCEBENDO NOS TEXTOS ACADÊMICOS QUE VOCÊS VÃO LENDO COMO ELES VÃO CONSTRUINDO ESSA NOÇÃO DE INFORMATIVIDADE, TANTO PARA NO TEXTO QUE VOCÊS VÃO PRODUZIR, PARA VOCÊS SEMPRE TEREM EM MENTE A NECESSIDADE DE IMAGINAR UM PÚBLICO-ALVO. ALGUÉM QUE VAI LER ESSE TEXTO. QUEM É O LEITOR DO MEU TEXTO?
O IDEAL, INCLUSIVE, É QUE ELE NÃO SEJA SEMPRE O PROFESSOR, MAS QUE VOCÊS IMAGINEM UM OUTRO PÚBLICO, PARA AÍ VOCÊS IREM CONSTRUINDO E BRINCANDO UM POUCO COM ESSES GRAUS DE INFORMATIVIDADE. LEMBRANDO QUE SEMPRE SE ESPERA QUE, NUM TEXTO, O GRAU MAIS FREQUENTE SEJA O GRAU MÉDIO DE INFORMATIVIDADE, TÁ BOM? ERA ISSO.
NOS VEMOS NAS PRÓXIMAS AULAS. MUITO OBRIGADA!
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