Oi e aí tudo bem sofrendo viva sou professor universitário e hoje eu gostaria de atender a um pedido que foi feito por João Pedro ele disse que é um aluno de graduação tá fazendo um TCC sobre focou e pediu para que eu gravasse sobre o sujeito na arqueologia do saber que você não tem acessado o meu canal com frequência eu gostaria só de lembrar que tem uma playlist sobre fukkoku vários temas já gravados então se você encontrar alguma dificuldade você pode acessar os outros vídeos e dá uma olhada e se cercar de conceitos de ideias
para poder entender então o que eu vou dizer hoje tá bom essa temática da o sujeito na arqueologia de saber ela pode ser interpretada de formas distintas certo Quer dizer pode ser a primeira Possibilidade é de procurar identificar concepção de sujeito e subjetividade presente no livro de Oi amada arqueologia do saber outra possibilidade de interpretação é considerar já uma leitura quase canônica da obra do cocô que procura trabalhar o todo o olhar de forma global para o trabalho do cocô e então a gente enxergar ia três eixos né as vezes a gente usa até expressão
primeiro focou o segundo focou o terceiro focou é um primeiro ficou o primeiro eixo o primeiro grande tema o primeiro grande bloco teórico-metodológico do ficou se chamaria a arqueologia do saber eu tô naturalmente entendendo que sujeito na arqueologia do Saber sistema está relacionado a essa segunda interpretação eu tô partindo do pressuposto que é essa a interpretação possível de sujeito na arqueologia do Saber ou seja qual o sentido significado do sujeito ou qual o papel desenvolvido pelo sujeito no com uma das primeiras obras de Michel focou então lá eu tenho algumas ideias para poder ajudar compreender
esse problema então vamos lá primeiro a gente tem que lembrar que a gente chama de primeiro ficou o a fase da arqueologia do saber os trabalhos do Forro que estão inseridos aí e na década de 1950 em 1910 cadas né de 1950 e1960 a primeira coisa que a gente sabe é que o cocô dentro desse período ele flerta com o Marxismo né então a gente sabe que ele teve uma relação com o Marxismo e depois se tornou um crítico importante do maxilar a gente sabe por exemplo que ele teve uma relação e foi bastante é
influenciado por Louis althusser que é um laxismo importante francês e o luia ao cercam sabemos ele foi um adepto de uma interpretação mais Academy é mais teórica do pensamento de Marx e que procurava dá maior atenção a dimensão mais e estrutural do pensamento de Karl Marx quiser o Marxismo seria então pensado com uma teoria macrossocial essa é a primeira questão segunda questão é que também nos anos 50 60 o cocô flerta com o estruturalismo né que é uma corrente teórica que vamos e assim Grosso moda agora não daria para discorrer sobre isso coloca a sua
ênfase em estruturas né estruturas linguísticas estruturas sociais quiser elementos estruturais privilégio ao funcionamento da sociedade ou uma descrição da sociedade o a dinâmica da sociedade e não foco na subjetividade ONU sugere então é esse é o primeiro dado com qual a gente tem que ter como pano de fundo e não entre se não é diferente os trabalhos de Socorro desse período Eles são muito próximos e como o estruturalismo operava nos anos 50 60 full Claro a posteriori vai dizer que nunca foi um estruturalista ele até brinca com isso né Ele diz ninguém é perfeito né
então gostaria mais uma vez de afirmar que eu não sou eu não fui não sou não fui um estruturalista eu concordo que ele não é um estruturalista mas me parece bastante razoável dizer que ele é impactado pela filosofia ou sociologia estruturalista e que a pontos de convergência entre o seu modo de filosofa e o estruturalismo inclusive com uma determinada leitura uma leitura mais estruturalista do próprio Max quando a gente olha por exemplo os dispositivos que é um tema também bastante importante provocou a gente vai ver que os dispositivos a gente poderia definir o que é
um dispositivo como um conjunto heterogéneo é um conjunto que envolve questões linguísticas mas também questões não linguísticas ou seja envolve discursos envolvem instituições edifícios que são fenômenos discurso as leis as proposições filosóficas são fenômenos linguísticos mas as instituições por exemplos edifícios arquitetura não são fenômenos linguísticos e eles funcionam também como uma das faces dos dispositivos que a gente vê aqui no debate sobre discurso sobre instituição sobre dispositivo sobre edifícios arquitetura a gente vê que não estamos aqui pensando em subjetividade e esse é um conceito bastante importante eu ficou também vai dizer que os dispositivos tem
sempre uma função estratégica ou seja eles estão envolvidos numa relação de poder positivos funcionam como estratégias de submissão do outro os outros de submissão das pessoas de criar a atitude de submissão nas pessoas e também os dispositivos envolvem o cruzamento de relações de poder e de saber então nós temos aqui uma ideia que está presente na arqueologia do saber vai continuar presente na genealogia do Poder no segundo deslocamento temático quando o segundo focou e a gente vê que a ênfase na própria discussão do que é um dispositivo de como é que ele funciona é um
fenômeno fundamentalmente linguístico e social e de caráter impessoal outra coisa que nós podemos agora para tentar compreender essa questão é pensar um pouquinho então na relação entre os sujeitos e os discursos EA gente sabe por exemplo que o cocô entrou na polêmica com aquilo que poderia ser chamado tem sido chamado mas atualmente de filosofia do sujeito que a filosofia por exemplo atrelada a Rede Car né filosofia iluminista o que que tomam o sujeito como princípio de todo filosofar e portanto como o fundamento do conhecimento e focou vai se opor a esse tipo de filosofia tentando
inverter um pouco essa proposição E aí vai dizer que o sujeito é o fundamento do conhecimento ele vai dizer que o próprio sujeito é constituído ele é construído historicamente por intermédio do conhecimento né então isso é bastante interessante nas obras tipicamente desse período né o período da arqueologia do Saber passamos algumas coisas interessantes nas palavras e as coisas ele tá discutindo como é que emergem as ciências humanas e ele tem uma discussão muito importante sobre a morte do sujeito sobre a ausência do sujeito a arqueologia do Saber nós temos uma discussão principalmente focada no campo
da linguagem do discurso do arquivo e também não temos aí a figura do sujeito ou o sujeito só aparece como sujeito assujeitado do jeito que é constituído que é formado que é elaborado pelas próprias práticas discursivas Talvez um exemplo tornasse isso tudo um pouco mais claro para vocês todos e claro para o meu amigo aqui pediu para que eu gravasse um vídeo tentando esclarecer essa questão pegar por exemplo a loucura eo louco a loucura é discutida pelo ficou com um fenômeno que não é natural a loucura é uma construção social né eu fico faz isso
ao proceder uma genealogia da loucura ele vai mostrar que a loucura é um fenômeno que se constitui muito recentemente na nossa cultura certa a mesma coisa é um louco o que que é um sujeito louco sujeito louco ele é constituído por uma série de práticas de saber né quer dizer a produção de saber médico psiquiátrico a constituição dos hospitais psiquiátricos só os loucos ficam internados são uma série de linguagem de produção linguística é arquitetônica tudo isso é que vai tornar a figura do sujeito louco algo empírico Ou seja você vai constituir não só à loucura
mas também você precisa constituir pessoas que vão ser identificadas que vão ser rotuladas que vão ser estabelecidos por especial estabelecidas por especialistas como pessoas loucas Então me parece que a coisa caminha é um pouco por aí né Eu espero que que com esses meus apontamentos eu esteja ajudando a tornar toda essa questão um pouco mais clara e espero poder ajudar o meu amigo e ajudar também as outras pessoas que estão ri tendo alguma dificuldade em entender o que é o sujeito como é que funciona o sujeito Nesse contexto da arqueologia do Saber de Michel Foucault
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