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Oi boa noite a todos meu nome é Helen eu sou membro da liga de saúde coletiva da USP de Bauru que é formada por estudantes de graduação e também de pós-graduação em medicina odontologia e fonoaudiologia aqui do campus da USP de Bauru e o primeiro lugar eu posso dizer em nome dos meus colegas da liga que é com muita alegria que nós iniciamos o nosso curso os pilares da saúde coletiva é o posto tem como objetivo introduzir alguns conceitos fundamentais dessa área e serão quatro encontros semanais sempre às sextas-feiras às terças-feiras perdão às dezenove horas
é todos os inscritos vão receber o e-mail que foi cadastrado o link da aula a cada semana antes de apresentar Nossa convidada de hoje eu gostaria de lembrar que o formulário precisa se ele vai ficar disponível da Sé em até 30 minutos após o fim da aula e que é preciso ter presença em três das quatro aulas para poder adquirir o certificado de participação e bom conosco hoje temos a professora Lilian Lima vai ver que vai apresentar para gente uma aula sobre o que é afinal de contas à saúde coletiva e eu vou comer rapidinho
aqui um pouquinho da trajetória da nossa professora ela é graduado em medicina pela USP ou se mestrado doutorado e livre-docência em medicina preventiva é bolsista do Conselho Nacional de pesquisa do CNPQ desde 992 e é nível lá desde 1994 a professora desenvolve pesquisa e interdisciplinares no violência de gênero e saúde história das práticas em saúde Medicina e Saúde Pública e entre outros termos bom professora eu agradeço mais uma vez por ter aceitado nosso convite a senhora tem a palavra é isso uma boa noite muito obrigada Ellen a todas que me convidaram agradeço bastante a oportunidade
de estar aqui conversando com vocês bom então vamos começar né eu vou me valer de apresentação de slides que eu acho que ajuda um pouco a mim EA vocês também não é então eu vou fazer um resgate histórico sobre a saúde coletiva no sentido de situar O que é isso Que Nós criamos no Brasil o nome saúde coletiva é estritamente brasileiro ele corresponde na América Latina de uma maneira geral a noção que há um outro nome que a noção de medicina social como o nome um pouco está dizendo né medicina social é passa essa ideia
né de que é importante é apresentar deixar bem claro o fato de que a medicina faz parte da sociedade se articula com as demais práticas da sociedade e à o adoecimento são situações sociais né portanto são as existências né que é decorrem de determinadas configurações sociais de determinadas configurações e comportamentos humanos dentro dessas configurações não é e nós vamos falar então é dessa relação sobretudo porque é a relação entre a medicina EA sociedade o social não é que a saúde coletiva ou o campo da Medicina social na América Latina pensou a partir dos anos 1960
então se eu tivesse que definir uma primeira definição que eu daria essa tá no livro-texto que tá citado abaixo a soma das alturas desse Capítulo no livro né então a saúde coletiva ela pode ser definida como uma área de conhecimentos que quer compreender a saúde o adoecimento e as determinações sociais tanto da Saúde quanto do adoecimento e é também o campo de práticas na direcionadas prioritariamente para a questão da Saúde o sentido da sua promoção né E também articuladas com a prevenção dos adoecimentos e ainda articulada com os cuidados aos doentes né tomando por objeto
não só os indivíduos mas principalmente os grupos populacionais a população dentro de uma aproximação de saúde e adoecimento que diz respeito a uma coletividade por isso né é necessariamente interdisciplinar e multiprofissional bom então vejam que a ideia aqui por de trás da saúde coletiva ou né da Medicina social latino-americana é de resgatar para o campo médico né conexões com a sociedade e com a saúde porque o campo médico sobretudo trabalha com os adoecimento né E nós então queremos resgatar nessa relação né entre uma um conhecimento de uma prática de lidar com os adoecimentos e recuperar
os doentes a uma prática de prevenção dos agradecimentos e promoção da Saúde onde Passarelli a brigar isso significa é que nós vamos estar diante de uma proposta né da saúde coletiva que busca reorientar a saúde pública tradicional e busca também reorientar a medicina biomédica tradicional nesse sentido esta reorientação significa também uma crítica A medicalização do Social e para contrapor a medicalização do Social a saúde coletiva vai propor saberes que são interdisciplinares que combinam a clínica muito voltada aos adoecimentos individuais a epidemiologia voltada a saúde de populações combina esses dois saberes a clínica e epidemiologia com
os saberes acerca do Social Isto é sociologia a Ecologia história psicologia e mesmo com as humanidades de uma maneira geral introduzindo aí pelo bem a filosofia né Então nesse sentido a proposta da saúde coletiva é fazer o link vamos dizer né você já reconectar não é as ações mais tradicionais de saúde pública e assistência médica individual da Medicina biomédica a essa é a esse mundo né do Social e das humanidades né por isso mesmo e há a incorporação da ideia de prevenção e da ideia de medicina Comunitária além da incorporação de um recurso que se
chama planejamento né para o setor saúde né e através dessas incorporações promover uma releitura do que são as necessidades de saúde das pessoas como se pode organizar os serviços e modelos assistenciais que vejam essas necessidades ampliadas de saúde a gente diz ampliadas porque são necessidades que vão para além da dimensão biomédica estão incorporando justamente né azulão unidades e as determinações sociais do adoecimento e do Cuidado então ao promover essas novas formas né de saberes nós também estamos promovendo novas formas de práticas né então nós queremos a Suzy é formas né modos de agir na prática
profissional em saúde Talk articule não só assistência médica individual com as ações de saúde públicas ações sanitárias sobre as populações mas que articule as duas ao mesmo tempo né a questões que estejam humanas sociais e históricas nos vamos trabalhar um pouquinho que isso significa tudo bem Podemos passar bom então a saúde coletiva como proposta ela abrisse ao social e ao cultural né de duas formas uma valorizando a ideia de que adoecer ou permanecer saudável é uma condição ligada as demais condições da vida em sociedade Ou seja é um modo de viver em sociedade né que
vai determinar na processos de saúde ou processos de adoecimento e também é o modo de viver em sociedade que vai produzir a assistência né Aos adoecimentos ou assistência que vai prevenir os adoecimentos Então nesse sentido essa abertura que a saúde coletiva faz ela vai criar um conceito uma ideia o que representa essa abertura O que representa essa combinação o biomédico do sanitário com social representa o que nós chamamos de integralidade em saúde Então nós vamos definir não é tanto o adoecimento quanto as as práticas de lidar com os adoecimentos de uma perspectiva sempre integral sempre
ampliada sempre compreensiva né do da dimensão biomédica clínica porque ela é importante mas a ela nós vamos agregar articular na integrando junto com ela né as condições sociais de vida e de saúde ou adoecimento que as pessoas encontram no modo de viver cotidiano né tal como a vida corre na sociedade né então nós vamos definir nesse sentido o conceito de integralidade e ele vai exigir práticas diversas dos profissionais práticas mais eu e também a essas práticas nós vamos dizer que elas são o cuidado e as práticas anteriores são práticas menores do que cuidado são práticas
mais reduzidas relativamente a esta ampliação que nós pretendemos não é não é que elas não tratem das pessoas mas a palavra correta é essa elas tratam das pessoas cuidar vai além de tratar essa aqui é a ideia não é a saúde coletiva nesse sentido ela participa do movimento que vai procurar a reforma sanitária né porque ela vai sugerir novos saberes e novas práticas e novas formas de organização dos serviços e nessas novas formas ela faz uma releitura né do que é ou do que são essas práticas né para as pessoas o que elas representam em
termos do que em termos do um dos direitos das pessoas as pessoas têm direitos à saúde e a reforma vai procura o respeito a este direito e esse direito tem que ser protegido É tem que ser provido pelo Estado né é o estado através das políticas públicas que devem incentivar né os direitos à cidadania à participação e deve organizar as instituições que vão prestar os assistência às pessoas de forma que elas tenham uma articulação né integral Marte população em rede dos vários serviços que compõem esse cuidado ampliado que nós teremos prestar pode passar bom então
eu vou examinar para isso do ponto de vista histórico o que nós chamamos de raízes históricas não é as raízes históricas são aquelas situações é existentes no passado e que levam a né determinados processos de mudança processos de transformações na sociedade então é um processo muito importante nesse sentido é olhe e bastante recente foi o movimento de reforma da Medicina iniciada nos anos 50 60 e depois o segundo movimento que foi de reforma da saúde pública dos anos 70 e 80 esse essa essas datas que estão colocando aqui são muito referentes ao Brasil mas o
movimento de reforma da Medicina ele é originário dos Estados Unidos ele ele inicia-se em torno de 40 1940 nos Estados Unidos né aceitou a uma primeira reforma da Medicina uma segunda reforma da Medicina se inicia lá nos anos 60 no Brasil chega um pouquinho mais tarde né já em meados dos anos 50 e depois nos anos 60 né a reforma da saúde pública Em contrapartida né reforma do sistema de saúde de uma maneira geral é mais brasileiro não é tanto americanos norte-americanos estão Ainda tentando fazer uma reforma sanitária lá não é no sentido de ampliar
a cobertura do serviço de saúde para a população eles têm uma população excluída muito grande né ao contrário da Inglaterra ou da Europa que promoveu a sua reforma sanitária nos anos 50 também né nos anos 50 então nós nos inspiramos para a nossa reforma mas integradora na verdade é muito mais no modelo inglês ou que no modelo norte-americano ainda que a prática da Medicina Nossa seja bastante influenciada Pelo modelo americano né Vocês sabe é claro que essas essas raízes são raízes mais recentes mas a possibilidade da Medicina ter essa configuração atual a possibilidade de surgir
uma saúde coletiva que pudesse propor esse essa ampliação está ligada ao camente a própria modernização da Medicina que cria né a clínica como o saber da assistência médica individual ou na digo Clínica é a clínica médica clínica cirúrgica ela se chama clínica médica clínica cirúrgica exatamente pela razão do aparecimento de um saber novo com a modernidade que se chamou Clínica né E esse aparecimento data do final do século 18 e ocupa todo o século 19 na Europa e nos Estados Unidos no Brasil um pouco mais tardiamente final do 19 já né E começo do 20
mas enfim é é o período em que a medicina ingressa né na no seu a sua fundamentação mais técnico-científica e é cria um saber operatório das práticas de assistência que vai ser a clínica né O que foi muito bem estudado por um grande Pensador que foi Michel ficou estado francês o nascimento da Clínica no final do 18 ao longo aprimorando salão do 19 né E aí nesse aprimoramento ao longo do 19 EA saúde pública vai se individualizar da Clínica Ela vai sair da Medicina né ao nascimento da primeiro de uma higiene pública e depois finalmente
de um perfil sanitário mais contemporâneo que será o da saúde pública grande influência nisso teve a a experiência inglesa tô vendo a definição de saúde pública né pode passar bom então aqui o que eu falei rapidamente para vocês né ao longo né deste período né final do 1718 mais 18 e 19 mesmo né Nós vamos encontrar né o surgimento progressivo da preocupação da Saúde de uma população na verdade porque nós estamos no período em que vaza é o período de formação dos estados nacionais e em que o governante começa a se preocupar com a população
que está naquele seu estado Nacional não é então começam as primeiras medidas é voltadas ai digamos a dimensão mais pública da sociedade né população vista como é as pessoas que só vão aquela sociedade né ocupam esse espaço público da sociedade né No início todos todos os movimentos são do interior da própria Medicina né até que Finalmente né no final do século que surgia a saúde pública tal como nós praticamos até hoje né E aí se vocês pensarem bem essa saúde pública ela vai definir né é casos de doença que estão os indivíduos doentes e vai
definir o meio ambiente como o contexto Onde está do e cimento ocorre essa definição de meio ambiente é uma definição do século 19 não existe essa definição antes né Eu estou numa condição de vida em que o meio ambiente né Tá contaminado né pela poluição do ar poluição da água né Essa essa ideia não existe ela é fácil criada no século 19 né até até ali a noção de adoecimento junta o indivíduo com a cidade ela não separa o indivíduo do seu não ao meio ambiente a nossa atuar nele em separado da atuação sobre o
indivíduo né é uma outra concepção de medicina de fato pode passar bom Então essas são as raízes ela pode passar e é isso obrigado Essas são as raízes remotas e mais recentes né então no caso brasileiro essas raízes vão estar presentes para nós dos anos 1920 a 1960 eu só para situar vocês o que que nós temos in termos de serviços de atendimento às pessoas né Nós vamos ter é postos de educação sanitária que são criados em 1925 com a proposta de fornecer uma higiene pré-natal e uma higiene da criança que é Puericultura Então veja
se fala em higiene de né Essa higiene do espaço público higiene da esfera pública não é é uma higiene Urbana higiene da cidade de n das pessoas né seu primeiro momento né antes até do da ideia de sanitarismo né mas implanta-se então a saúde pública através desses postos de educação sanitária nós vamos assistir a proposta de reformulação desses postos né em 1967 né da primeira gestão do Professor Walter Mazé quero um professor da Escola Paulista de Medicina responsável pelo departamento de medicina preventiva ali né e ele vai para o puro com base na medicina preventiva
que aparece naquele momento ele vai propor a existência não só de postos de educação sanitária mas de centros de saúde que além da educação sanitária também é vai introduzir a assistência médica individual então vejam que eu saio ainda essa ideia mais de prevenção à promoção de saúde e higiene da criança ou da gestante e parto para uma ideia de além de fazer isso eu também vou fazer uma assistência médica individual no Exercício Clínico né dá pra a médica né e eu vou para por uma articulação entre essas Duas Faces né de atuação uma Face mais
voltado ao coletivo e uma Face mais voltada a cada indivíduo né é no começo a uma implantação de dois grandes programas saúde da gestante e saúde da criança mas já dentro dessa perspectiva de articular a prevenção com assistência médica individual que a primeira expansão né na ideia de saúde ampliada na ideia de medicina ampliada é a primeira expansão que vai ser feita é juntar a dimensão Clínica com a dimensão da prevenção na Perspectiva populacional pode passar e vai passar ele é isso então o outro dado é não vamos voltar você passou duas vezes não dá
para voltar e oque Sera que tá Tá certo né vou então é importante também nessa nessa linha mas historiográfica né entender que a partir dos anos setenta e cinco o tema do Sistema Nacional de saúde aparece né mas é a muita discussão em torno desse tema é preciso é pensar um sistema completo né e não só então os centros de saúde o postos de saúde alguns hospitais hospital de isolamento Hospital de Clínicas então a poucos hospitais né alguns hospitais outras tantas casas que são hospitais mais do setor privado então a uma série de políticas nacionais
que vão no sentido dessa articulação né Sempre entre a parte mais preventiva e a parte mais da assistência médica individual né pode passar não podemos passar E aí E aí é bom nos anos 75/78 aparece então uma proposta que essa proposta da programação e saúde principalmente para São Paulo não é é é Oi gente o que o que abriu aqui não é o que eu tenho acho que eu acabei mandando outro e não tudo bem pode passar O que aconteceu com os slides pode passar por favor é isso bom então em termos do conjunto de
preocupações que nós temos em torno da década de 70 nós chegamos a proposta de um sistema de saúde uma preocupação que o sistema de saúde de outro lado né ao mesmo tempo horrendo eu faço uma outra recuperação pelo lado mais da Medicina o que que tá acontecendo nem tanto pensando né o sistema de atenção mas pensando assistência médica individual EA Clínica o que é que está acontecendo né a medicina quando entra na modernidade ela vai localizar todos os eu ensino a formação de pessoal assim como a experiência né de formação das pessoas e de pesquisa
de produção de conhecimento no hospital o Hospital se torna um local apropriado para essa o que nós chamamos a nova experiência médica ou seja onde os médicos o conhecimento onde eles vão ensinar aí as pessoas vão aprender é o hospital né curiosamente ao mesmo tempo a maior parte da assistência médica não é prestada pelo Hospital nesse mesmo momento a maior parte da assistência médica é prestada pelo consultório particular né e o consultório particular Tinha algumas conexões com alguns hospitais como as santas casas de Misericórdia sou os hospitais públicos né E esse médico né do consultório
particular da Medicina Liberal podia cobrar daqueles que podiam pagar ou também não cobrar o que era comum não é então havia uma certa cobertura digamos tanto da população que podia pagar quando a população que não podia pagar dentro desse desse dessa configuração da Medicina Liberal pode passar e aqui eu trago uma imagem muito típica da Medicina Liberal não é e é nesse período é que eu vou dizer que dura totalmente liberal de 1890 1960 no Brasil né Essa é uma figura de um consultório médico e ele se apresentava exatamente assim quem que estava no consultório
era o médico e alguém que o ajudava não necessariamente O Enfermeiro Universitária ele até podia ela até podia ter noções de enfermagem Mas não precisava ser uma enfermeira Universitário né e ajudava o médico nos procedimentos que ele tinha que fazer é Oi como é que você sabia da existência dos médicos né os médicos não não tinha seguro em dia a televisão ninguém quer anunciar se ele tinha sempre uma placa colocada né no consultório dele avisando o que o nome dele o que que ele era um médico de ouvido nariz e garganta o que tornava bastante
populares né Esse reconhecimento de que ele seria um otorrinolaringologista né Então esse é a forma predominante de prestação de assistência médica individual é até os anos 40 no Brasil praticamente né a partir dos anos 40 até os anos 60 começam as especialidades médicas a crescer e também a crescer uma medicina mais hospitalar né onde então as especialidades vão estar mais alocados né pode passar bom então nós vamos ter na assistência médica individual é dos anos 30 aos anos 60 no Brasil a convivência de uma medicina Liberal com outra medicina que vem aparecendo cá medicina destinada
aos trabalhadores por isso é uma medicina que aparece através do sistema Previdenciário de aposentadorias e pensões então é nesse período dos anos 30 aos anos 60 né o sistema de garantir aos trabalhadores a sua aposentadoria e também pensões em caso né de lesões e afastamento do trabalho né é esse sistema começou a prover também assistência médica por dentro das empresas né É por de início eram caixas de assistência médica de cada empresa depois viraram é Instituto de assistência médica dentro de certos Ramos e aliás então o ramo das indústrias do ramo do Comércio o ramo
dos marítimos o ramo dos Bancários né então é cada ramo produziam Instituto de assistência médica ao Trabalhador e a sua família que eram formas de irem aumentando as coberturas da assistência médica individual para uma população que não ia conseguir pagar né o médico Liberal ou mais do que isso né o médico até dava mas o hospital né o hospital as suas internações e progressivamente com as especialidades obviamente os exames né os exames que passam a ser muitos né cada vez mais frequente exames complementares hoje em dia quase nem complementares fazer sempre principais né quase que
a consulta é complementar ao exame né se a gente pensa bem não é então a medicina vai se modificando na assistência o visual de uma prática voltada ao consultório particular do médico é com seu cliente particular com a sua assistência toda a família né era conhecido como médico da família não é daquela época que não tem a ver com o médico de família e comunidade hoje é um outro médico né uma outra configuração mas é França vai passando progressivamente a medicina dessa forma né mas Liberal para uma medicina cada vez mais hospitalocentricos entrada no Hospital
né e também uma medicina mais empresariada né ou seja mais articulada a empresas que vão conseguir né digamos é pagar os custos estão progressivamente maiores de uma assistência cada vez mais especializada né Então a partir dos anos 80 só Olá tudo né Vamos dança na configuração a medicina Liberal que era centrada no consultório e Hospital era só um prolongamento do consultório depois dos anos 80 esse praticamente se inverte né no sentido de que o centramento do tratamento é o hospital e os consultórios são antessala né então a porta de entrada para o que seria o
principal né Vocês pensarem hoje com a questão da atenção primária e aquela ideia de juntar não é como ah ah ah o outro histórico que eu fiz né lado da Medicina mais das populações da saúde pública da higiene né que vem se preocupando com sistema né obviamente a partir né da criação do sistema nós acabamos propondo algo é que é diverso dessa divisão anterior e pode passar vamos chegar neste algo e vamos montar e isso então em 82 né é uma grande crise econômica no Brasil e a um colapso da assistência que era dada pela
medicina previdenciária né então começa a ter uma certa música de soluções no interior do setor público né para resolver a a cobertura de assistência médica que vai ficando muito precária e muito excludente não é então começa a ver uma grande né tensão entre né a pressão por consumo dos movimentos populares sobretudo cês vão aparecer é em torno dos anos 80 né 79/83 não é e que vai e que vai e aqui é uma coisa interessante esses movimentos também vão pressionar né O que está acontecendo é no Brasil e do contexto de políticas públicas né quem
está provendo as políticas públicas e provendo assistência médica dentro dessas políticas públicas desde 64 né até 82 83 é nós estamos no Brasil atravessando o regime da ditadura militar então a pressão por aumento do consumo da assistência em função dos custos crescentes da exclusão né cada vez maior dos trabalhadores das camadas populares do acesso seja assistência médica individual seja aquela Medicina dos programas dos postos de saúde é do Centro de Saúde né a cobertura começa a ficar muito baixa e o acesso muito difícil né e o atendimento muito precário então começa a ver de fato
uma pressão por uma e nessa nessa situação sanitária do país lembra alguma coisa para vocês acho que lembra né lembra o momento atual claro né onde estamos vivendo igualmente é uma dificuldade de acesso a dificuldade de cobertura não é a mesma coisa na história em termos históricos nunca gente pode dizer que é a mesma coisa que aconteceu naquele período não é não é mas é são configurações bastante aproximadas o significado já um pouco distintos claro que agora nós temos um contexto pandêmico ali Nós não estávamos no que eu estou falando né dessa atenção que o
consumo não era um contexto pandêmico mas era uma falta de cobertura é uma falta de de extensão da possibilidade de todos os brasileiros né serem atendidos no campo da Saúde Olá seja na assistência médica individual seja mesmo né no interior dos programas de saúde dos postos de educação e já começavam né como eu disse articular uma dimensão mais preventiva com a assistência médica individual como uma forma de suprir né é a necessidade das pessoas pode passar bom então aqui eu tô colocando uma série de etapas né que vão acontecendo até aparecer em 88 Sistema Único
de Saúde né então é de um lado o setor público com Centro de Saúde é começam a fazer também Abrir essas unidades não só para prevenção não sobra para higiene materno-infantil mas para assistência médica em geral e começam a criar os postos de pronto-atendimento e na verdade é uma situação básica de emergência é e emergência da emergência no sentido de que é um atendimento mais episódico é um atendimento da daquela queixa que no momento a pessoa tem na perde um pouco esse caráter desligar né assistência médica a prevenção é mas todas essas reformulações que vão
acontecendo né ao longo do tempo é vão no sentido de buscar cada vez mais ampliar a cobertura e manter a articulação entre assistência médica individual e a prevenção EA promoção da saúde a criação do SUS é combina né esse processo aqui eu Listo várias isso fica à disposição de vocês né para quem quiser mas são várias situações em que a progressivamente propostas de mudanças do sistema é tanto na linha da assistência médica individual quanto na linha da das dos serviços deve conjunto dos serviços oferecidos à população para produzir uma articulação né culminar com a articulação
que é o sistema único de saúde que vocês acham que né já tem já devem conhecer algo desse sistema ou como usuários ou como é pessoas que estão no campo da Saúde também né então se formando nesse campo né pode passar Ah pois bem e eu volto agora ao período dos anos 40 e 60 para entender um pouco mais por dentro das reformas o que vinha acontecendo eu contei até aqui né um conjunto de políticas públicas propostas no sistema da organização de serviços mas não falei tanto né é do que acontece internamente ao serviço né
então mesmo tempo que nós temos esse movimento que eu comentei que são das instituições e das organizações que vão dar assistência que assistência vai ser dada afinal não é então aqui surgem nos anos 40 a 60 propostas de reforma do ensino médico interessante porque elas são de reforma do ensino médico Mas a intenção é que mudem a prática do médico o primeiro e parece nos anos 40 se chama o movimento da Medicina integral e logo em seguida né mais perto dos anos 50 aparece a proposição da Medicina preventiva e vai ser o que vai ser
uma disciplina do currículo médico que vai trazer para dentro da escola médica o conteúdo Clínico da Medicina integral e qual é a proposta da Medicina integral ela que cria ideia do indivíduo como um todo biopsicosocial você já ouviram falar arruma arruma é uma referência importante essa ideia né Sempre que se fala em prevenir saúde promover saúde o mesmo é promover um cuidado uma assistência mais ampliada mais integral as pessoas todo mundo logo fala ah é ver o indivíduo como um todo eo psico-social e vejam que se todo bio-psico-social e tem uma dimensão que é biomédica
é o bio que a patologia é o adoecimento os termos da Medicina Clínica né 15 e se articula com a clínica e diz respeito à esfera da Saúde Mental o sofrimento mental que deve se articular com as dimensões biomédicas clínicas do corpo não é vocês vão longos e assim não espera lá mas a psiquiatria trata da Saúde Mental e ela é Clínica isso ela é É verdade não é mas não atendimento clínico e no atendimento psiquiátrico tinha ocorrido fragmentações importantes das dimensões das especialidades médicas fixarem mais a localização no órgão do sistema a patologia como
uma lesão do corpo e daquela parte do corpo que diz respeito àquela especialidade a nossa da Medicina integral como o nome diz era integrar era integrar todas as áreas especializadas na visão de um indivíduo como um todo e integrar o que seria a medicina da patologia Clínica com a medicina das patologias mentais é um bebê mais o todo não para aí porque a proposta é o indivíduo como um todo biopsicosocial então ainda tem a dimensão social ou seja De que modo é o estilo de vida né o modo usual de viver a vida na sociedade
que os indivíduos têm de que maneira isso acaba comprometendo a saúde né e adoecendo os indivíduos ou De que modo isso permite cuidados e restabeleçam a saúde ou promovam a saúde ou previnam os adoecimentos né são as duas coisas estão em questão aqui os tratamentos Assis um cuidado mais ampliado mas também a prevenção e a promoção como evitar o adoecimento né e dar uma qualidade de vida melhor para as pessoas né então esse esse movimento da Medicina integral Era bastante pretensioso né Isso quer dizer é o preventivista quando o preventivista entra como disciplina do currículo
médico uma das tarefas teria organizar digamos a costura entre todas as áreas especializadas do ensino imaginando-se que assim seriam formados os médicos com essa visão mais ampliada não é eu não preciso dizer que isso não foi muito fácil não é muito fácil de fato não não não tem exatamente essa formação né ainda né mas a disciplinas de medicina preventiva ou de saúde coletiva elas buscam sempre dentro da escola médica né fazer essa ampliação e fazer e os pontos de conexão para ampliação não é então é por exemplo na minha escola nós temos é disciplinas que
são integradoras do conhecimento Clínico cirúrgico psiquiátrico né É no sentido das repercussões sociais para o adoecimento e para restabelecimento das pessoas e para a prevenção EA promoção da saúde né é são disciplinas preocupadas em fazer isso ao mesmo tempo não é que se dá é a clínica que se dá a formação da habilidade cirúrgica não é ao mesmo tempo bom esse foi o primeiro movimento dos anos 40 e 50 quando ele veio nos anos 40 e 50 ele não conseguiu se implantar exatamente ele conseguiu ser mais implantado na segunda proposta de reforma a médica que
foi a medicina Comunitária nos anos 60 aí já é uma outra questão não era mais o problema do indivíduo como um todo mas era o problema da exclusão social do privilegiamento da assistência médica às elites econômicas né socioeconômicas e de novo é uma proposta norte-americana né são os Estados Unidos que percebem os seus idosos que estão fora do mundo do trabalho né E também determinadas populações muito pobre deve Imigrantes ou né populações das periferias das suas grandes cidades estavam excluídas da assistência médica pelo Estados Unidos assistência médica é muito relacionada a ter um trabalho é
empresa que garante assistência médica né Então as pessoas são tem uma contribuição Ali pela empresa que elas pagam né não é de graça elas pagam mas é se você tem que elas não pagam a empresa complementa né nesse sentido e é por isso que elas a usar o sistema que é bastante caro Sistema de Saúde norte-americano então quando era quando ele se deram conta né que uma grande parte da população Né tava excluída da assistência médica eles criaram a proposta da Medicina Comunitária como uma medicina que está voltada para o atendimento dessa populações mais carentes
mas também para o atendimento de um conjunto muito grande de situações de adoecimento que não exigem hospitalização queria se aqui a ideia né de um nível de atenção dentro do sistema de saúde que é capaz de responder a grande maioria pelo menos há quase setenta por cento né das situações de adoecimento que são consideradas as situações mais simples e não requerem né A hospitalização Olá a todos um estudo que Embasa essa proposta né dos próprios médicos norte-americanos mostrando que a hospitalização ocorre Principalmente nos hospitais mais tecnológicos uma porcentagem muito pequena dos casos né E que
a grande maioria das pessoas precisa mesmo é de uma atenção primária né É do interior da proposta de medicina Comunitária que vai surgindo a ideia de que a um nível de atenção e ele pode ser a porta de entrada do sistema e ele pode resolver grande parte das dos adoecimentos que estão em geral tecnologica mente adoecimento simples não quer dizer que seja um simples do ponto de vista da assistência do Cuidado mas do ponto de vista da tecnologia que vai ser empregada os recursos dos equipamentos então é são adoecimentos que demandam menos recursos diagnósticos ou
terapêuticos em termos de é de dispositivos né que possam encarecer a assistência as duas propostas são disseminados para a América Latina nesses dois seminários que acontecem né no México e no Chile de rua a cano México vinha del Mar no Chile né em 1955 nesse ano acontecem esses dois seminários e sobre financiamento da fundação Rockefeller da roupas da Organização Mundial de Saúde toda América Latina é convidada para esses Face seminários no sentido de disseminar né a ideia de preventivista a ideia de medicina Comunitária e criar nas escolas médicas departamento de medicina preventiva que também se
ocupariam de formar os alunos numa medicina Comunitária né e nascem aí também né além dos centros de saúde os usuários não é da rede os centros de saúde escola das escolas médicas que é onde os alunos das escolas médicas tem a possibilidade de ter a experiência de uma medicina de caráter conectario e de caráter né é de atenção primária é mais passa e depois passar um pouco eu já falei sobre isso né da importância do hospital na ensino médico né aqui eu trago então é e a escola médica e o hospital escola né eles são
uma proposta da modernização da Medicina e quem trabalha mundo Nessa proposta né trazendo essa ideia da importância do hospital como laboratório com o local de prática é a Grand Fiesta Flex né então é quem se preocupa com a padronização científica do ensino médico isso nos anos 1910 eles ó tá vendo o relatório ak904 Quando começa discussão até os anos 1930 e vejam que a primeira primeiro movimento reformador dessa aposta eu quero apresentar proposta para falar da reforma né vai ser o preventivista então dos anos 40 né então o Flex ter vai aqui eu sou trechos
do relatório dele deixa como ele fala ele diz Hospital ele próprio em todos os sentidos um laboratório a facilidade com que o laboratório EA Clínica podem reciprocamente iluminar é um a rádio vantagem para a luz qualquer das integração dos hospitais e dos laboratórios é da nossa para ambos e para o estudante na formação do Pauli devem cooperar então a ideia que o aluno de medicina tem que aprender né no hospital que é um laboratório ou seja aprender um laboratório é muito importante essa ideia do laboratório para ciência é EA modernização da medicina é a entrada
do saber e prática da medicina para dentro né o seu fundamento científico da para dentro das ciências e porque o hospital é é importante e laboratório é importante Porque é importante transformar o hospital no laboratório porque é a toda a nossa ciência ela é baseada em dados empíricos que são produzidos em laboratório Quem São Os experimentos Os experimentos científicos são Dados produzidos especialmente né em laboratório é dados acerca do que acerca do adoecimento acerca do que eu quero estudar não é o adoecimento é o fato da vida cotidiana mas ele vai ser estudado de uma
maneira artificial no laboratório mediante o experimento os ensaios clínicos que nós fazemos são experimentos né E quando vocês veem no jornal ouvem dizer qual é a eficácia da vacina é qual é a cobertura dela em termos da variante do vírus tudo isso é dado do que de laboratório né então é Os experimentos dos laboratórios são esse traz na Nascimento e no desenvolvimento das ciências e das ciências positivas tal como nós conhecemos hoje em dia né é então que o hospital fosse um laboratório e que o aluno de ver se aprender em práticas de do tipo
laboratório né então aprender o paciente no leito o leito do hospital é uma situação artificial Se vocês forem pensar bem não é o que que artificial porque ele ali tem em casa comida banho distração e tudo mais tudo provocado artificialmente não é ele está ali dentro do hospital com tudo regulado tudo controlado não é então não é a vida dele não usual né é uma é uma vida colocada no laboratório né para que possa ser é vista né desse ponto de vista também é científico né claro que toda a questão é o laboratório tem que
depois corresponder a Vida Prática se não corresponder à Vida Prática a ciência não é eficaz é isso então a uma certa correspondência mas é se você não é direta nem imediata essa é uma questão sempre para nós né pode passar bom então o primeiro movimento reformador eu trouxe aqui para vocês também é o que era este movimento né o núcleo vai ser a medicina do indivíduo como um todo o alvo objetivo né é o ato médico individual combatendo a fragmentação especializada do cuidado eu pus o cuidado aqui em destaque porque não é bem o cuidado
nós vamos atualmente dizer que cuidado é mais do que que era feito naquela época não é instrumento é o médico né o mecanismo é integração das disciplinas existentes e agregação de novas disciplinas para o ensino médico a matemática a estatística Ciências Sociais a demografia e as Ciências do comportamento O que é uma seria uma as psicologias né psicologia então vejam a proposta da Medicina preventiva da Medicina integral para o ensino médico e para reformar também assistência de modo geral era produzir médicos formados desse jeito né formado nessa noção do indivíduo como um todo biopsicosocial para
o que ele contaria com uma interdisciplinaridade já já está se propondo alguma coisa na linha interdisciplinar beijo não só ele vai aprender a clínica né que é a base da Medicina moderna mas vai aprender matemática estatística é e humanidades e Ciências Sociais antropologia psicologia demografia é é o propósito vai ser manter o cuidado né o tratamento dos doentes mas também introduzir a prevenção das doenças sim pode passar e aqui eu trago uns textinhos do relatório da época veja o que que diziam Então os reformadores os médicos reformadores da época e dizendo assim a meta em
saúde agora na metade do século 950 né pede não apenas cura ou alívio da doença veja então estávamos antes né uma medicina da cura o dualismo da doença a sociedade hoje pede por um médico os objetivos serão sempre conservar e complementar a saúde Inter Por Barreiras as disfunções e doenças entender o conhecimento que torna Isso possível esse médico precisa considerar a variedade de fatores que conduzem a saúde não apenas das doenças orgânicas ou dos danos deve versao de doença influenciadas pelo grau de adaptação das pessoas as complexidades do seu meio ambiente eu vou chamar aqui
atenção para vocês que Quando surge né a saúde pública EA higiene do urbano e eu falei separou-se o meu e as pessoas e aqui nos anos 1950 tá tentando juntar o meio ambiente com as pessoas vejam que interessante né então a medicina mais atual deve entender cada paciente como indivíduo levando em conta seus sentimentos emoções porque se comporta dessa outra maneira deve saber como avaliar os efeitos do modo de vida do paciente ter usado sua família seu emprego o outros fatores em sua vida se remetem à saúde ou ao adoecimento a bom então vocês vejam
como eles vão criando né eu criando a noção de clínica que era centrada no adoecimento né e nos elementos biomédicos do adoecimento né eles nos anos 50 estão ampliando Isso numa direção mais é ambiental e social né visivelmente né pode passar e aqui outro trecho na da da proposta muitas escolas não tem tido sucesso em oferecer um tipo de experiência Educacional necessária para preparar Tais médicos se algum defeito maior deve ser assinalado é o de que a educação médica é muito engraçada imagina lá né em 50 e eles não sabiam saber um pouco do que
era a fragmentação né frequentemente insuficiente coordenação e apresentar aproximadamente 32 distintas matérias da anatomia na clínica deixa um estudante com uma visão fragmentada da doença e da Saúde as situações do ensino Clínico são também extremamente concentrada sem doenças somáticas tal como são vistas no leito hospitalar deixando novamente estudante como uma visão fragmentada do paciente da doença Então veja isso é um relatório é uma a escrita né de 1953 pode passar é bem então aqui foi o primeiro movimento que eu já comentei antes agora tô só ilustrando um pouco mais com os textos de época né
o segundo movimento da Medicina Comunitária é ele aparece nos anos 60 70 e E aí ele faz uma aquela inversão que eu falei aquela reorientação de se voltar para melhorar a cobertura populacional dar mais acesso à população então ele não vai falar do indivíduo como um todo ele vai falar das necessidades de saúde da população quais são elas O que é que o sistema tem que suprir o que é que assistência terá que suprir né então é uma preocupação e é muito mais voltada para o sistema do que voltada para o ensino Mas acontece que
é a medicina Comunitária que vai trazer o movimento presente vista de fato na prática para dentro né das escolas médicas através dos departamentos de medicina preventiva porque quando o preventivista vem né com aquela medicina integral e se cria disciplina eles não tem ainda onde praticar exatamente né aquela disciplina com toda a complexidade né de uma prática voltada também para o social e também para o psicológico né Para Além do dano físico então eles as escolas vão encontrar esse local de prática também para o ensino né no movimento da Medicina Comunitária e elas vão introduzir a
medicina Comunitária como parte da formação então sendo parte da bom então ela é também ao mesmo tempo não estou né uma reconstrução de saber sobre as doenças EA saúde né mas uma reorientação toda prática por quê Porque na atenção primária aquele conceito da Medicina de laboratório já não cabe Exatamente porque não cabe Exatamente porque o paciente aqui é um paciente que tá morando no seu domicílio ele vem a unidade básica mas ele volta ele volta para as condições do adoecimento O que torna a assistência cuidado muito mais complicado porque eu não tô numa situação artificialmente
criada para que o tratamento de certo eu estou numa situação em que o meu laboratório conhecido com a vida coluna aquela pessoa porque ele está territorializado ele vai ele vem ele não fica na unidade básica né e alguma o digamos artificialização no sentido né de se dar conta Além da questão científica né no diagnóstico isso é feito nesse momento diagnóstico Mas a partir dali a terapêutica ela é toda implementada no domicílio da pessoa ela não tá né ela não tá na situação Laboratorial do hospital mais e nesse domicílio da pessoa é isso traz uma outra
possibilidade de ensino O que é uma possibilidade de ensino né em que imediatamente o adoecimento é visto Nas condições sociais da sua produção é ali eu posso de fato integrar é a patologia com a condição social do adoecimento né então uma outra experiência que vai ser fornecida no ensino através dessa dessa presença da Medicina Comunitária que depois vai dar bases para a atenção primária e as unidades básicas de saúde né então é o lucro aqui vai ser uma educação e uma prática voltadas para as necessidades de saúde da população né o alvo no final não
é só educação mas é o próprio sistema de atenção né uma proposta de reestruturação dos serviços né muito comum combate abaixo a extensão do serviço da população né o instrumento principal vai ser a ação da atenção primária né o mecanismo vai ser esse ensino esta muros do hospital na atenção primária aparece a proposta da simplificação tecnológica né É E aí é muito se falou em torno dessa medicina da atenção primária ser uma medicina para pobre né mas ela não precisa ser uma medicina para pobres né ela pode ser simplificada tecnologica mente e ser bastante complexa
assistencialmente do tipo de cuidado que vai ser fornecido não é é a possibilidade de integrar né domicílio na com a própria assistência na unidade básica de saúde o fato de que as pessoas têm da unidade e vão ao domicílio e conhece aquela aquele contexto né do domicílio da família e isso não tem nada de simplificado e tem tudo de é mas não é um complicado da tecnologia equipamento é um complicado da interdisciplinaridade com social e psicológico na verdade então é nós temos aqui pode passar uma outra uma outra experiência sendo promovida aparecendo né e aqui
de novo eu trago os documentos de época que achei interessante que vocês vissem as palavras das pessoas correspondentes aquelas épocas não é então aqui vai aparecer o que fundamenta no final nessa essa ideia de medicina Comunitária né então é o cientista vai dizer numa região da da existem doenças muito frequentes pouco frequentes raras muito raras existem doenças banais alto curar doenças que exigem cuidados médicos como elemento crucial no seu desfecho e aquelas evoluir para a morte como o sem cuidados médicos a experiência tem mostrado que de um modo geral cerca de dois terços dos casos
são doenças frequentes banais alto grave a exigir cuidados mínimos ou a simples aplicação de rotinas estabelecidas Esse é um estudo feito por um autor inglês Cartoon Fairy né em 1966 pode passar e a o grande volume de população marginalizada em maior ou menor grau dos benefícios concorrentes da moderna assim como dos serviços do campo do bem-estar brindam os demais setores da sociedade tampouco recebe em geral serviço racionalmente enquadrado nos postulados de uma atenção humanizada e de uma complexidade graduada pelas diversas Gamas de necessidades mais comuns tudo isso se resume a um sistema de atenção à
saúde de escassa efetividade em suficiente cobertura real apesar de seus custos crescentes e absorvem porções cada vez maiores das rendas nacionais então havia que claramente essa preocupação com os custos né por isso que eu falei que surge também a proposta de fazer um planejamento para o setor planejamento implica né em prestar atenção nos custos também né da assistência médica isso é bastante interessante nesse período dos anos 60 não é e vai te passando é indispensável organizar um primeiro nível de atenção e esse documento agora já é de 77 né e é derivado de uma reunião
de 76 né primeiro nível de atenção que integre ações preventivas e curativas de baixa complexidade tecnológica adequadas aos problemas de cada comunidade as funções a concluir por este primeiro nível deverão ser definidas em cada caso pelas necessidades vigentes assim como pela possibilidade tecnológica de resolvê-las e disponibilidade de recursos apropriados para este fim então eu trago tudo isso para mostrar quais eram as ideias que estavam por trás dessas propostas reformadoras né E são ideias né que é obviamente Nós vamos incorporando né é a medida que nós né e propusemos a saúde coletiva estamos no mesmo período
histórico o anos 70 agora né É dizer dos anos 50 aos anos 70 nós vamos dizer ali estavam as raízes da saúde coletiva a saúde coletiva é prestar atenção em tudo isso que tá se apresentando e vai fazer a sua proposta né de ampliação da Saúde de ampliação dos cuidados é um diferente dessas raízes né mas vai aproveitar a noção de integralidade e vai se preocupar com a determinação social também né e e os efeitos emocionais e psíquicos do adoecimento pode passar então bom então deste período para frente né vão aparecer o que nós chamamos
né de atenção primária à saúde e no caso brasileiro vai também recebeu o nome de unidade básica do sistema de saúde do SUS Ué então é nesse no caldo de todas essas discussões que aparece a saúde coletiva né E ela vai aproveitar tudo isso né ela vai aproveitar o movimento presente vista e vai aproveitar a medicina Comunitária mas ela vai fazer uma exigência ainda maior de interdisciplinaridade é E vai ampliar essa ideia de interesse finalidade para o trabalho em equipe multiprofissional sempre sobre a ideia de integralidade então se a ideia de integralidade apareceu ali olhar
o indivíduo como um todo E no caso da saúde coletiva ela passa a exigir a integralidade das instituições que vão fazer isso a integralidade é da dimensão Clínica com a dimensão sanitária não é que é muito peculiar porque é não é exatamente sistemas na Europa e façam essa integralidade nas ações a uma integralidade das políticas mas a rede sanitária EA rede clínica de assistência são redes relativamente separadas mas a política nacional de saúde é mais integrada no caso brasileiro quase que a gente faz o contrário às políticas são meios segmentadas que cês podem acompanhar que
a política das Crianças a política dos idosos a política para as mulheres até a política dos homens que ameaçou surgir não sei se saiu do papel Ah e não é São segmentadas conversa um pouco entre si Mas a nossa proposta de integração das ações né ali na ponta né ali no final não é pode passar G1 E aí E aí bom então é ao mesmo tempo nem paralelo eu queria destacar não é que é o nome saúde coletiva por exemplo é o nome que aparece nos anos 70 né e aparece É no em seminários estão
sendo feitos pelos departamentos de medicina preventiva medicina preventiva e social eles eles ganharam vários nomes né esses departamentos nas Várias escolas médicas brasileiras esses departamentos começaram a se reunir para definir bom que que vamos fazer Qual é o conteúdo da disciplina de verdade né como é que vamos a atuar nesse sentido de tentar integrar o ensino como um todo integral ensino com a prática integrar a prática nas instituições como é que vamos fazer isso né E aí no conjunto desses seminários aparece o nome de saúde coletiva no caso Brasileiro né a base é inspiração obviamente
é dos movimentos presente vistas do movimento da Medicina Comunitária mas ampliando bastante né o fundamento da relação com social Oi e essa ampliação do fundamento com a relação social se inspira no movimento do final do século 19 um movimento de francês importante chamado medicina social é o por isso alguns dos nossos departamentos ao invés de se chamar em medicina preventiva se chama medicina social O que é a medicina social que estão modelo médico francês mas que teve uma vida muito curta na verdade né durou pouco na história esse movimento era um movimento muito preocupado com
o adoecimento das pessoas em função das condições de vida e de trabalho Esse é um movimento que começa com o início da industrialização portanto né meados do século 19 é e o início quer dizer o desenvolvimento e nem seu primeiro grande desenvolvimento da industrialização principalmente com as condições né de vida dos trabalhadores na Inglaterra na França e mais que nasce na França muito 1948 né é muito próximo e muito dentro do agito francês que viria dar né na aqui que vem que vem né dessa modernização a partir da Revolução Francesa né que é de todo
esse período em que a França está numa ebulição né de discussão é republicana né E quem que vai definir o que é cidadania O que é direito né tudo isso está nessa nesse momento muito candente né e aparece o movimento da Medicina social mas ele tem vida curta de fato ele dura muito pouco tempo é substituído por uma clínica e uma saúde pública no qual o social tem pouca participação e se vocês pensarem no conhecimento Clínico das das áreas de especialidade fala se muito vocês aprendem bastante acerca dos elementos biomédicos da patologia né mas não
dos elementos e com sociais da patologia né então o movimento da saúde coletiva vem nessa direção de manter a proposta interdisciplinar que vinha da preventiva mas fazê-la ainda mais digamos ainda mais orientada para as conexões sociais pode passar e eu estou já quase terminando então podemos passar a saúde coletiva tem como especificidades né você passou dois pode voltar para trás beijo ser um campo científico com aberturas ao social e aos direitos né uma grande articulação que foi feita nesse momento entre a universidade e os movimentos sociais e os serviços que acaba resultando na criação do
SUS né ela surge no contexto da ditadura militar e como um espaço de ação social com um grande ativismo por uma reforma política da saúde né com com esse sentido né de grande articulação entre né a saúde e o social portanto com isso se faz uma grande politização das técnicas médicas sanitária né no sentido de demonstrar né a conexão com o social né é isso as esferas de atuação tanto na produção de conhecimento quanto no sistema de atenção então não é um movimento que só atinge a produção de conhecimento acadêmico ele é acadêmico ele tem
uma porção bastante importante da academia mas desde o começo academia se propõe né a duas articulações com os serviços e com os movimentos sociais né pode passar é isso não quer dizer que a proposta seja fácil e não tenha obstáculos ela encontra obstáculos científicos e obstáculos práticos é muitas vezes a gente não tem clareza desses obstáculos mas eles estão ali né eu vou rapidamente passar por eles para poder finalizar a minha fala pode passar bom então vejam é quando eu quero né é trabalhar com um objeto ou uma de cimento que é o mesmo tempo
tem uma natureza Clínica biomédica e uma natureza social né eu vou dizer bom eu preciso articular essas disciplinas não é É mas vejo que são disciplinas é que tem pretensões sociais e de conhecimento que são muito diferentes então todo conhecimento biomédico é um conhecimento muito voltado para produzir uma técnica de intervenção essa é uma característica do campo médico do campo da saúde né Nós conhecemos para resolver problemas práticos né E sempre que a gente produz o conhecimento nossa preocupação é bom como é que nós vamos aplicar isso na assistência não é quando estou diante das
Ciências Sociais ou da filosofia a preocupação não e tecnológica não é tão resolver imediatamente os problemas práticos e também resolver problemas da Vida Prática não tem dúvida nenhuma tudo depois da modernidade do surgimento das ciências é para resolver problemas da Vida Prática Só que no caso das ciências humanas e das humanidades é a proposta de produção do conhecimento não é imediatamente encontrar o intervenção prática mas sim encontrar primeiro uma grande compreensão do problema das causas que geram esse problema para então imaginar que a partir dessa compreensão né um conjunto diversificado de possibilidades de intervenção seu
produto se apresentem mas não é uma preocupação das Ciências Sociais por exemplo ao conhecer como uma sociedade mantém as pessoas mantém relações entre si não é mantém comunicações entre si ao conhecer O que é que intervenção Sai daí e não é não é uma intervenção imediata né que é um pouco diferente do nosso caso Então na verdade a junção de disciplinas diferentes é também a junção de culturas de pesquisa e culturas de intervenções muito diversas entre si Então é isso não é muito simples né não é muito simples de articular sim pode passar o bom
era isso que eu queria trazer né aqui eu deixo uma bibliografia para vocês e deixo vocês com esse pensamento se não é muito simples como fazemos não é é isso nós estamos né o longo do tempo no desenvolvimento da própria saúde coletiva é bom se estabelecer pelo menos três segmentos né de atuação no segmento mais voltado ao ao adoecimento das populações e ao da epidemiologia no segmento mais voltado para a reorganização dos serviços né e dos cuidados que é a área de políticas planejamento gestão e avaliação dos serviços no segmento que é mais voltado para
as humanidades e para contribuição da compreensão da influência social nos adoecimentos e nos cuidados é é é tão difícil articular isso que isso nasceu articulado mas é fragmentou-se já né esses três Ramos são fragmentações são áreas né de atuações que vão se tornando progressivamente também mais especializadas na própria saúde coletiva e aparece nos anos 90 então dos anos 70 até os anos 90 a saúde coletiva ainda foi ela mesmo mais integrada né mas integral a partir dos anos 90 ela estudo de vinde nesse estressamos e Nós não sabemos o que vai acontecer seus ramos se
fragmentam e viram especializações autônomas ou se a gente consegue manter o princípio da integralidade também entre nossa né Essa é uma questão para o campo da saúde coletiva pensar e trabalhar mas o que eu queria trazer hoje eram as possíveis contribuições da saúde coletiva na área da Medicina e das profissões é né em debate a professora primeiro muito obrigado por ter aceitado o convite aula foi excelente a gente tem recebido vários elogios aqui no chat do YouTube muito obrigada mais uma vez você eu queria queria pedir uma desculpa pelo pequeno lei que a gente teve
nos slides o computador de quem tava passando deu uma travada Foi por isso perdão Eu Cheguei a pensar que eu tinha mandado o outro outro lugar vocês acontece a gente mandar aquele aquele Power que a gente já corrigiu e mandou antigo né Eu falei se vê que eu mandei o antigo no corrigir mas depois Eu reconheci não falei esse mesa tudo bem foi um delay no computador perdão e nós trabalhamos três perguntinhas a Luana que vai projetar aqui na tela para gente é a primeira é da Margarida Araújo ela Pergunta assim ó é medicina integral
visava esse modelo entre os diversos saberes especialidades O que houve com esse movimento o modelo mundial e observamos que até hoje não vingou bom então quando você está diante de reforma a reforma significa um corrente de pensamento né que querem fazer mudanças em relação aquilo que é hegemônico aquilo que é se está dado como o dominante né porque algo é dado como dominante porque é reconhecido pela maior parte das pessoas como uma cultura legítima como uma proposta legítima né então a proposta de reforma ela sempre tem que ganhar esta legitimidade né e digamos eu acredito
que ao longo do tempo as pessoas foram percebendo as diferenças entre as propostas mas a integralidade obviamente ainda não é uma proposta hegemônica não a proposta que ganhou essa legitimidade para ser a dominante quem é que ganha está nessa hegemonia é a proposta da as cidades né ainda são as áreas mais a forma de medicina mais valorizada ainda é da especialidade né a ideia de que a gente tenha conseguido é reintroduzir é um certo olhar mais generalista e seria da Medicina de família e comunidade é veja aqui os próprios os próprios profissionais dessa área falam
de si mesmos enquanto uma especialidade então a força do pensamento né da do ideal de especialização que é uma certa é o certo ideal de profissão né enquanto o ideal nesse sentido ele ele configura nessa referência configura uma ideologia ocupacional nós podemos dizer ou seja quando se eu perguntar né do ponto de vista dos há mais de saúde para grande maioria deles O que é o ideal de boa prática de boa assistência eles vão dizer da da Medicina especializada né então é uma disputa de corrente de pensamento mas efetivamente nós ainda não conseguimos É nos
tornar né Toda vez que a gente tem uma situação assim bem difícil uma crise Como como é uma pandemia a pandemia é um momento de grande sofrimento e de grande esperança por outro lado né porque ela provoca o sofrimento pela pela pelo sentido dela mesma né que é uma epidemia muitas dores uma muitas pessoas adoecem muitas pessoas morrem né mas é nesse momento de crise que as pessoas também se dão conta do que estava faltando então para isso não acontecer né é é a aparecer tudo muito acomodado né tá muito satisfatório e de repente a
gente é sacudido por algo bom não foi não era satisfatório então então que faltou é o momento da reflexão né de uma certa viada se será que vamos manter então a mesma ideia né da Medicina especializada e agora novas correntes de pensamento entra na disputa né sei se percebem isso né claro que esse modo remoto não vai sair tão fácil da nossa vida não sei se você tem essa essa percepção mas a minha esta visivelmente tanto do lado da Corporação médica né mal hipervalorização da telemedicina vai acontecer bom né e e eu não sei se
na nessa a hipervalorização né Pode ser que também seja valorizado generalista mas ao contrário pode ser muito mais valorizado o acesso ao especialista que é mais difícil mais gostoso mas não sei o que então ela ser destinada muito mais a isso do que eu o verbo Pode ser então não sei nós estamos entrando no outro momento de disputa dentro do campo médico né visivelmente né É É uma pena que então a medicina integral não com esse tá social é que devia ter dado certo mas também não deu assim como os direitos demandados deviam ter dado
mais certo mas também ainda não deram né ainda é uma batalha e espero que a gente caminha nesse sentido professora depende de nós mesmos né a gente tem mais uma pergunta que é do Pedro Henrique ele Pergunta assim na atualidade é uma crescente precarização das relações trabalhistas em vários âmbitos sociais como a senhora está com os efeitos desse processo sobre os profissionais e o sistema de saúde Ah é Então é esse processo de precarização também surge como é feito uma grande estranhamento dos profissionais o seu contexto suas condições de trabalho né E nesse estranhamento os
próprios profissionais deixam de reconhecer né é aspectos muito importantes do campo médico como com suas identidades eu vou dar um exemplo no que eu tô querendo dizer Jaime e isso não é de hoje Veja a precarização ela vem vindo desde os anos 90 né você olhar para trás um pouquinho aqui vem acontecendo né com na a organização dos serviços de saúde a grande privatização é atenção que vai se criando entre o público eo privado a forma como o público se articulou o privado o que aconteceu né você for vendo isso por dentro do dos mecanismos
todos que existem né É no campo da Saúde sistema de saúde né você vai perceber que enfim a precarização bem vindo desde os anos 90 né e e do interior dessa dessa a precarização no começo assim desses anos 90 houve uma pesquisa que foi feita pela professora Maria Helena Machado que coordenava muitas pesquisas sobre é o mercado de trabalho dos médicos então além fazer um inquérito entre os médios na mostra nacional é perguntando várias coisas né mas uma das perguntas que ela fez me chamou muita atenção porque ela detectou que os médicos pareciam não está
fazendo pessimistas né com a profissão né eu quis fazer essa pergunta mesmo né se você tivesse que falar sobre né o futuro né da profissão como é que você vê isso né Google o que você acha que vai acontecer né para medicina e os médicos a resposta que ganhou mais foi a medicina vai bem os médicos não Oi e me chamou muita atenção essa resposta por quê que os médicos achavam que eles não são a medicina quem será que a medicina que não seja os médicos né ele criou-se uma distanciamento o estranhamento identitário entre o
agente da prática e a própria prática né como se ela não dissesse respeito a ele né então isso isso isso isso de fato foi acontecendo esse distanciamento e quando você examina melhor esse distanciamento você percebe que ele é produzido né por dentro da própria medicina pelos próprios médicos eles nem percebem que eles fazem isso né mas a medida em que os próprios médicos foram centrando muito mais a sua prática na tecnologia material nos equipamentos Eles foram descentrando a medicina EA sua prática da pessoa dele E aí e a ponto de passar a imagem para os
próprios pacientes de que mais importante do que eles é a tecnologia O que os médicos são acessados pelos pacientes como uma forma de chegar na tecnologia Mas o médico mesmo parece não ter tanta importância assim então vou concordar com a opinião dos colegas é a medicina vai bem porque os equipamentos ou tecnologia vai a todo vapor né os médicos têm tanto mas essa cisão essa essa cria uma o e-mail essa problemática que é o que eu chamei de uma crise de confiança das pessoas nos médicos não nos equipamentos bom né então então é para como
é feito né evidentemente não é só que o médico vai ficar insatisfeito com seu trabalho vai ficar aborrecido com as condições de trabalho ou vai ter que trabalhar em muitos lugares para ter uma renda ele considere compatível com as necessidades da vida dele né esses efeitos também aconteceram que isso já é conhecido do mundo do trabalho e não é privilégio dos médicos nesse sentido né isso acontece com todos o mundo do trabalho mas o que vai acontecer adicionalmente é que uma prática que era fundada em vínculos de confiança não vai ser mais a gás não
é mais e os médicos vão progressivamente é ficarem numa situação Muito desconfortável porque eles serão desautorizados permanentemente pela população não não tá acontecendo bom então eu acho que esse pedaço da repercussão Que também está ligado a precarização né nesse sentido mas tá ligado também a forma como pode ser feita a precarização porque é uma forma como aí eu tenho que dizer que uma parte dos médicos é responsável também então todos os médicos mas são porque quem faz a configuração da prática na medicina e não é o advogado não é são os próprios médicos os médicos
enquanto pertencentes ao aparelho de estado para os médicos são homens digitar homens e mulheres do Estado os médicos as médicas sempre foram na modernidade homens e mulheres do Estado quer dizer eles estão fazendo as políticas de saúde Eles não estão fora não é a gente estranha a ordem médica que tá fazendo a política de saúde que quem faz as políticas nacionais de saúde são também os médicos eles são chamados aí não todos os médicos mas os representantes dos médicos mas que estão médicos não é mesmo as empresas médicas são em grande parte assessorado as criadas
supervisionadas inventada sugeridas pelos colegas é que os colegas não gosta de falamos da divisão interna da Corporação mas ela vai se estabelecer né EA precarização do trabalho também diga-se de passagem não é para todos os médicos não é verdade e aqui tá se trabalhando com uma ideia de que bom de repente todos os médicos dando uma condição precarizada não não tô entendendo assim não vejo né os especialistas do hospital sírio-libanês o do Hospital Albert Einstein precarizados porque eles são precarizadas não tô entendendo falta condições de trabalho com eles não não falta bom então assim nós
temos que agora por de examinar melhor os detalhes dessa dessa ideia né ela me ideia que vai mostrando a grande desigualdade interna a Corporação e que é pouco mencionada pouco discutida né e pouco pensada né então é bom vocês que no futuro serão também parte né na área da saúde profissionais serão mesmos que não serão também tem que pensar isso né o campo os campos vários Campos sociais nem a saúde é uma dele reproduzem a desigualdade social parece que não mas eles reproduzem internamente né eu não sei se eu respondi espero ter respondido Pedro muito
obrigada professora e a gente vai agora perguntou última pergunta que é do Rafael é uma pergunta que diz quais as principais diferenças entre Ciência Tecnologia e saúde coletiva e Saúde Pública se a senhora poderia comentar alguma coisa é nós usamos o termo saúde pública para fazer referente aquelas práticas mais tradicionais quais eram as práticas mais tradicionais eram as práticas ligadas né ao saneamento básico a vacinação é a vigilância dos alimentos ao em que englobaria enfim mais recentemente também né a poluição do ar e tal mas não não eram práticas que também se preocupavam e se
articular com assistência médica individual a saúde coletiva faz vai fazer a proposta das Ah e por isso não vai chamar-se a si própria mais de saúde pública mas mas mas isso é uma coisa muito brasileira aí que ocasionam certo uma certa dificuldade internacional porque internacionalmente é todo o setor que lida da Saúde querida com saúde das populações e em alguns deles também trabalham pouco com a os médicos generalistas eles vão continuar se chamando Só de pública né então é é uma terminologia que ficou um pouco complicada para o Brasil mas nós já acabamos' traduzido para
o inglês também o termo saúde coletiva já vários nos nossos pesquisadores né professor jairnilson professor nalmar o professor é de Pelotas o César Vitor é infeliz número as pessoas Oi bom dia revistas internacionais e já forneceram esse nome a explicação desse nome para o caso brasileiro Mas de fato foi o uma ideia local e que causa uma certa é uma polissemia do termo né isso né mas nós aqui reservamos a noção de sal YouTube e dá uma prática mais tradicional né com a vinda dos usos e a proposta da integralidade a própria saúde pública faz
outras coisas mais né e seriam os equipamentos antigos da saúde pública e fazer outras coisas mais né não faz só O saneamento mais tradicional né eu vou estar inclusive Foi uma discussão que a gente teve aqui na hora de dar o nome da nossa liga que acabou se tornando liga de saúde coletiva eles são que a gente teve aqui durante um tempo é porque complicado isso mesmo né de você criar algo tão excepcional né e e o nome saúde coletiva veja mesmo tem alguns sociólogos dentro da própria do campo da saúde coletiva e acham o
nome muito ruim é porque pelo menos o nome saúde pública trazia a noção de público e público né o espaço público da sociedade na esfera pública da sociedade Esse é o que é o que é é o espaço né é que politiza a sociedade né então perder a perder essa noção de público nome e por uma noção de coletivo os coletivos não deixam de ser agrupamentos surpreendi viduais nega Z é um coletivo não é uma soma só de indivíduos ele é um agrupamento surpreendi vidual mas ele não tem a mesma conotação política que a esfera
pública nome público né bom então tem muitos sociólogo que não gostou da proposta achou o nome horrível mais foi foi uma ideia ali de momento e que aprovado assim né A professora é nós vamos encerrar agora agora com as perguntas que nós estamos perto aqui do nosso tempo queria mais uma vez agradecer por ter aceitado o convite pelo disponibilidade foi uma honra que a senhora nessa aula hoje eu agradeci imensamente e gostaria de lembrar o pessoal que está assistindo de preencher o formulário de presente se ele vai ficar disponível por mais 30 minutos até 9
e 10 é qualquer problema vocês podem entrar em contato com emendar liga que tá passando aqui em baixo e aí você uma boa noite a todos nos vemos na semana que vem terça de novo ali 19 horas muito obrigada Parabéns para vocês pelo empreendimento pela iniciativa de ter uma liga né acadêmica de saúde coletiva muito bom isso viu muito obrigada professora uma boa noite a todos até mais até mais
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