aí a pessoa não eu sou eu sou preta isso me irrita sabe eu chega até para mim Carla você não quer fazer curso sobre colorismo não eu fico gente quer ver com quê com a perseguição de brancos estruturalmente e por conta do colorismo entre nós que foi o ensinamento do Branco de você vem cá me conte uma coisa quando foi que você descobriu que era negro ou branco ou indígena Quando foi que você tomou consciência da raça que você tem pode até parecer uma pergunta idiota mas assim considerando que o Brasil nos seus 522 anos
388 foram só de escravidão aí vem colonização europeia pesadíssima genocídio indígena genocídio negro política de Eugenia Então por aí vai É no mínimo compreensível que hoje em dia a gente tem herdado não só a miss generação mas uma crise identitária aí né No mínimo então assim a gente tem muita gente aí num Limbo racial e também é compreensível Então hoje como é mes da consciência negra a gente vai escolher esse recorte e para tomar uma comigo para falar sobre isso sobre o que é ser negro no Brasil eu tenho aqui gente eu tô toda me
tremendo eu não tenho roupa para isso mas tô aqui com minha cara de pau Porque sim é um sonho não só meu como de minha mãe que desde o começo me encheu o saco para eu chamar ela e eu achava meu Deus como é que eu vou atender uma mulher dessa magnitude aqui no meu podcast Mas acredite no seu sonho querido ouvinte Acredite no seu sonho porque hoje estou tomando uma com ela cria da caixa d'água filha de Dona Tânia e seu Carlos Doutora assistente social autora de livros aí um super famoso que eu adoro
particularmente é interseccionalidade hoje estou aqui realizando um sonho tomando uma com Carla coene bem-vinda ao mesa de bar podcast Aé obrigada por est aqui hoje É uma honra tá te recebendo de verdade muito muito muito obrigada mas aqui assim fiz uma introdução rápida e básica porque todo mundo já sabe quem você é se não sabe devia e Mas a pergunta que mais a gente quer saber aqui é quem é você na mesa do bar ai gente você já disse né um pedacinho que a biografia da gente tem a ver com a nossa experiência familiar e
essa necessidade de Honrar né pai mãe a voz então na mesa do bar eu sou essa pessoa que leva em consideração a educação de Dona Célia as palavras em relação a falar verdade a não manchar o nome da família que mé diz a única coisa que a gente tem é o nosso nome então nome na mesa do bar eu sou essa aí que sustenta o nome independente da quantidade de álcool exatamente Se bem que eu vou falando mais né A medida que eu vou bebend eu vou soltando então a gente tá aqui para isso hoje
para falar então irmã eu te chamei você Como essa grande referência mas assim antes de tudo eu queria começar pelo Passado Me conte uma coisa É verdade que antigamente você já tinha ali uma quando você se identificava você gostava de se identificar com morena escura Ai meu Deus cheguei assim ui você já começa né brocando né gente como é que pode né morena escura era mas é comum eu também já fui marena Clara que menina era comum era comum infelizmente mas é real mesmo você já teve essa é até 24 anos aí tá perto né
24 anos era morena escura ainda porque eu não reconhecia o racismo não reconhecia a minha Negritude foi passando pela Steve bico que eu tive uma formação política para entender e eu fiquei até pensando como a condição racial eh ausente no meu letramento entendimento dessas dinâmicas que você mencionou né da escravização da colonização prejudicaram até as minhas relações dentro de casa porque Eu odiava painho por ele ser um homem negro retinto e mainha também porque eu eu não via beleza naquele casal e eu ficava pensando Nossa eu não quero me parecer com eles aí eu dizia
que eu era morena escura para não ser uma mulher negra que pai eu me chamava né de criola Eu odiava ser chamada de de criola mas felizmente passando por uma formação do movimento negro eu fui aprendendo a reconhecer a minha Negritude e a resgatar o que eu tinha perdido de Laços de afeto com minha mãe principalmente que eu fui muito perversa com ela em relação ao fato dela ser uma mulher negra eu ficava nossa eu achava manha feia achava manha os traços sabe Nossa que perversidade né porque a gente olha pra raça sem entender as
dinâmicas que aparecem de efetividade também né sim com certeza com certeza mas é interessante pensar que esse processo que você passou é um processo bastante coletivo porque a gente tem dados até hoje assim de que antigamente as pessoas eram questionadas ali no IBGE e era morena cor de jambo moreninha cor de canela não sei ninguém assumia ou peitavento voltando pros dados 10% a mais de pessoas só no IBGE vem se se autod declarando preta e eu queria olhar um pouco para isso para essa mudança nessa nesse Auto se declarar nessa nessa mudança de de perspectiva
sobre si próprio e eu queria te perguntar como é que você Analisa essa mudança social assim por que as pessoas estão se identificando mais se autod declarando mais em ser negras agora perfeito vou resgatar tá a filósofa fundadora do movimento negro Unificado lélia Gonzales né Ela ali fazendo uma aproximação com a psicanálise com a produção lacaniana ela vai dizer que consciência negra é aquela memória né que não pode ser apagada então a maioria de nós agora reconhecem a partir de um esforço do movimento negro brasileiro que existe uma memória de resistência aqui no Brasil e
que sim sempre foi visto como outro como outra nas experiências nas dinâmicas da sala de aula então se algum momento o projeto eugenista estava vitorioso porque a gente queria se afastar da negritude esse conceito trabalhado por a missas é exatamente para falar da diversidade de nossas tonalidades de pele hoje o movimento negro consegue dizer para para nós né Principalmente as pessoas que não têm a pele tão pigmentada como a minha para dizer não você tem uma memória de resistência nesse território a partir de seus ancestrais o projeto racista branco que quis afastar você dessa unidade
política tanto que as siglas do movimento negro brasileiro é movimento negro Unificado né frente negra brasileira União dos negros pela igualdade Congresso Nacional de negras e negros do Brasil para mostrar que a identidade Negra É uma idade uma identidade construída a partir da necessidade de reconhecer a diversidade de experiências na cor da pele que foi afastada do seu pertencimento por conta do racismo então eu percebo que esse movimento hoje tem a ver com a vitória do movimento negro mas também parte em relação ao ao aumento de autodeclaração de pretos e eu não tô falando de
pardos tem a ver também com a dificuldade da gente reconhecer que pardon é uma categoria de autodeclaração então trabalhando com política pública eu vejo que negando a autodeclaração parda muitas pessoas que não são pretas se dizem pretas Isso é um problema também para nós porque preto e negro não são sinônimos no estado democrático de direito então vamos sugerir Vanessa da Mata eu e Vanessa da Mata Somos duas mulheres negras mas com certeza o fato dela não ter a cor preta como a minha colocou ela num Outra experiência de classe de acesso que eu não tenho
hoje por ter a pele retinta Então se ela di que é preta e o estado entende a partir do estatuto da Igualdade racial e das políticas de promoção da Igualdade racial que surgem aqui a partir de 2001 com a conferência de Durban o estado começa a entender que nos últimos 10 anos que é quando a gente realiza o Censo né Melhorou a qualidade de vida dos negros de maneira geral e de pretos de maneira particular quando não é verdade é só esforço retor histórico da gente se afastar da identidade parda porque acha que Pardo é
papel que Pardo é um apagamento da negritude quando não é E aí a pessoa se afirma preta mas preta é a pessoa negra que tem a pele mais pigmentada isso é importante para nós até para eh avaliação das políticas públicas né então se eu pego pretos e pardos dentro do grupo existe uma pequena distância sabe não preto não tem desvantagem em relação ao pardo não é verdade pretos e pardos vivem a mesma estrutura do racismo em relação a à colocação no mercado de trabalho por exemplo a diferença é R 34 mas existem outras dinâmicas né
em saúde por exemplo mulheres negras de cor preta recebem menos anestesia como é que eu vou ter esse dado se não coletar a de fato preto de fato par isso o quisito rç cô que é uma política pública importante né então eu percebo que tá vendo esse esforço de dar valor ao trabalho do movimento negro no Brasil a luta antirracista ao mesmo tempo existe a necessidade das pessoas se afastarem da identidade parda que é para mim problemático e em terceiro existe ainda O oportunismo de brancos né que não querendo ser apontados como descendentes daqueles que
escravizaram estupraram eh estorquir né o nosso patrimônio filosófico cultural espiritual acaba se também se autod declarando é dizendo que é pardo então Pardo é uma autodeclaração que está em disputa nesse momento no Brasil era um pouco disso que eu queria aprofundar na verdade assim a gente tem esse avanço de autodeclaração de empoderamento também dessas pessoas enquanto se apropriaram de fato do que são mas essa nova realidade também traz esses novos problemas né Por exemplo a gente vê novos termos aí sendo colocados tipo Black Fishing a a as bancas de é identificação que de fato avaliam
ali as pessoas pretas de pele mais clara quem de fato são negros tem tido uma dificuldade muito maior por conta desse oportunismo que você falou E aí eu queria trazer um pouco mais disso assim será que a gente pode entender que é hoje no no contexto que a gente vive mesmo tendo indícios muito tristes e pesados em relação à população negra existe um capital social envolvido em em Se auto intitular negro ou preto ou Pardo Nesse sentido porque eu ganho alguma coisa pessoas brancas estão buscando esse esse título como é que você entende isso olha
pessoas brancas se aproximam a partir do conceito que Lorenço Cardoso dout elaborou que é branquitude crítica né Então essas pessoas reconhecem que existe o racismo estrutural e que esse racismo se institucionaliza Mas a partir da necessidade de mostrar que o Brasil é miss genado essas mesmas branquitude né não críticas aí no caso as a críticas dizem não mas eu também tenho ancestrais negros aí eu sou pardo aí puxa para si essa experiência de Negritude que não deve ser confundida com as elaborações recentes que são feitas nas redes sociais porque os nossos mais velhos não têm
os mesmos acessos que hoje nós temos para dizer tá equivocado e a rede social acaba ganhando outro fôlego para as pessoas dizerem que mulato tá correto né que eu sou preto de pé P Clara não existe preto de pele clara Porque se é preto é exatamente porque a pele não é clara ou como as pessoas têm feito nas redes sociais né que eu acho até criminoso você utilizar as elaborações dos Estados Unidos em detrimento do que foi construído aqui como não preto que é o correto que negro vende de negro isso tá ultrapassado quando nós
sentamos né com as governanças mais democráticas A exemplo do governo Lula né nos anos 2000 2003 sando tem da6 a primeira secretaria especial de polí de promoção da Igualdade racial que hoje é um ministério é tudo a partir desse esforço de unidade Negra pretos e pardos e portanto um conjunto de estratégias para diminuir as distâncias sociais entre nós pessoas negras pretas e pardas indígenas amarelos e brancos então é graças a esse esforço do movimento negro que a gente tem uma política de saúde da popula Negra né Uhum E o esforço né da educação reconhecer até
em termos de lei e diretrizes e de Base a a necessidade de não estigmatizar a história dos africanos e da população afrodescendente nesse território então quando a gente eh deixa de valorizar esses aspectos a gente apaga né esse patrimônio e acaba também reivindicando para si um lugar de Capital simbólico né que exatamente as pessoas que saem dando curso né sobre história do Brasil né sobre antirracismo enquanto nós pessoas evidentemente negras pretas não tem o mesmo acesso eu nunca vendi um curso por exemplo sobre eu eu nunca vendi mas quando eu tento fazer qualquer tipo de
elaboração né nas redes sociais não tendo o mesmo frescor dessa geração as pessoas podem até dizer está monetizando Pô até nisso a gente leva de desvantagem né quer dizer a gente que tem mais tempo sendo pretos e pretas somos esses mesmos que são apagados da autoridade discursiva e até ex e questionados e e dificultados né nesse trânsito de dizer pô eu sou intelectual que posso né monetizar Sim esses letramentos que as empresas a partir do selo de diversidade racial tem elaborado porque o estado é signatário da conferência de durba e portanto assumi o compromisso de
combater o racismo institucionalizado então isso está consolidado por conta do Brasil eh reconhecer que o que o racismo estrutura as nossas condições econômicas ambientais de saúde e de educação só que nós pessoas negras pretas somos as menos habilitadas né para terem eh o esse capital intelectual né cultural acumulados né na trajetória Eu tenho 20 anos de militância e eu sou a pessoa mais questionado eu digo gente o que é isso sabe então para as pessoas brancas fica viável né Abrir em mão da brancura trabalhada por Guerreiro Ramos para dizer Não eu não sou branco ninguém
vai dizer o que eu sou H essa confusão também em relação à autodeclaração Porque se é autodeclaração aí as pessoas né Eh deixam de perceber que o fenômeno social fala mais da sua experiência fenotípica como você é reconhecido socialmente tem a leitura social aí a pessoa não eu sou eu sou preta isso me irrita sabe porque parte das pessoas que que hoje minimamente tem uma casa própria um carro um plano de saúde São pessoas que lá na infância e na adolescência me chamaram de nega preta do Bozó de picolé de asfalto de superstição e hoje
não querem que eu diga que elas são negras mas não tem a cor preta Ah você está tentando ser mais preta do que todo mundo não gente é só você olhar até no âmbito da docência Se você olhar temos um percentual acho de menos de 11% né de docentes negros e negras e de pessoas da minha cor a gente quase não encontra porque essas pessoas foram evadido âmbito Educacional sabe não aguentaram o sofrimento na sala de aula de serem ridicularizados serem chamados de Cirilo de tia Anastásia de msum a gente precisa revisitar Essa é isso
só que a gente não tem honestidade o suficiente Então hoje eu vejo fundadores do movimento negro por exemplo Unificado emu andando de buzu sem plano de saúde sem poder trocar uma chapa enquanto os mais jovens que não estiveram em nenhuma momento esse essa década né de 2000 para cá não fizeram ocupação não conhece a trajetória de elaboração de políticas de promoção da Igualdade racial vendem curso chega até para mim Carla você não quer fazer curso sobre colorismo não eu fico gente eu não tenho nenhuma casa própria ainda nemhum carro Exatamente porque eu estava militando fazendo
ocupação indo pra porta de Secretaria de Segurança Pública denunciar o genocídio e hoje eu talvez seja a pessoa menos habilitada para falar do que eu sei na prática Teoricamente e profissionalmente já que quando eh a esquerda assumiu o poder na Bahia 17 anos atrás eu fui a primeira coordenadora do Conselho de desenvolvimento da comunidade Negra eu conheço de maneira maciça viceral orgânica a nossa resistência por isso que muitas vezes eu entro em choque porque o meu letramento não é a partir das redes sociais exatamente a partir de Formação com luí Alberto né Eh Luísa Barros
que foi ministra de igualdade racial e secretária de estado né macota Valdina que consolidou a luta contra o racismo religioso nesse país então eu tive aproximação tive formação mesmo sabe de sentar levar um ano todo né Fazendo lição né reconhecendo a nossa história como o estado democrático de direito opera orçamento estratégias jurídicas então tem Tem situações que eu realmente vou ter que fazer um enfrentamento no campo discursivo sabendo que eu não terei a notoriedade o aplauso porque sou uma mulher retinta e isso faz diferença sim faz diferença na hora da gente dizer ah não eu
dou valor o que Carla tá falando porque no Imaginário eu ainda lembro aquela preta que deveria est fazendo a faxina que que essa mulher que deveria tá fazendo faxina na minha casa tá querendo me falar sobre letramento racial e Lelia Gonzales falou muito bem sobre isso né Ela diz que a mucama e a mãe preta ambas sofreram o racismo né A colonialidade mas minimamente a mucama saiu com a senar pras juas mas a mãe preta ficou na cozinha ela não ofereceu nenhuma ameaça não houve complexo de épo dos filhos da casa grande com a mãe
preta porque ela sempre foi considerada gorda preta né assexuada com todas as aspas que não merece né nenhum tipo de prestígio né É é aquela mulher que a gente joga comida na cara e fala essa comida tá ruim essa faxina tá mal feita esse espaço não tá limpo eu me sinto assim também no espaço da milit né eu faço e as pessoas não não escreveu direito eu não concordo com isso quem ela pensa que é porque eu não tenho poder político nem perto da branquitude né nem perto dessa Negritude que por ser majoritariamente parda em
termos de autodeclaração não vai dar poder discursivo para quem é 10% da população e esse esses 10% ainda está super estimado porque essa parcela que Eu mencionei antes que a parcela que não quer se reconhecer parda porque diz que Pardo é papel né E se diz preta eu conversei recentemente com uma intelectual eu falei minha irmã não precisa nem dizer que é pardo é só na hora da autodeclaração Eu trabalho no SUS Então se seu pai chega lá infartado sabe eu tô vendo que ele é um homem Pardo Aí você me diz que ele é
amarelo porque você não quer que ele seja Pardo você tá me dizendo que Os descendentes orientais né asiáticos que estão morrendo de anemia falsiforme por exemplo então é responsabilidade discursiva não dá para você sair por aí eh passando pelos serviços dos equipamentos públicos e fazendo a autodeclaração que não bate com a realidade Você não pode chegar num atendimento hoje tendo 28 anos e dizendo que tem 30 isso é um dado porque 28 anos é Juventude dentro do Estatuto da Juventude então se você diz que tem 30 o estado entende que a juventude não está passando
pel aquele atendimento da mesma forma que se você é uma pessoa negra com com a pele clara e você não quer ser parda de que amarelo amarelo são os descendentes asiáticos dentro das políticas de promoção da Igualdade racial dentro da coleta do quesito raça cor aplicado ao IBGE então é mais questão de responsabilidade exclussiva e não de força retórica dizer não eu sou amarelo amarelo tem a ver com Ásia preto e Pardo tem a ver com continente Africano branco com a Europa e os indígenas povos tradicionais né povos orig desculpa eh povos originários esse território
mas que também é um povo tradicional né Desse território Então é isso a questão toda para mim é a soberba geracional então a gente precisa se colocar dentro de uma condição de Filosofia de terreiro dizer olha existem mais velhos e mais velhas que pavimentaram essa estrada de militância e eu sou um abian E abian é exatamente um lugar privilegiado de quem pode aprender ainda sabe de quem tá ali tendo a oportunidade de conviver com seus mais velhos e mais velhas eh valores que estão dispersos por conta da necessidade da escrita tem mais valor que a
oralidade Então se alguém está dizendo para você olha não é assim a realidade do Brasil não é a dos Estados Unidos nos Estados Unidos vai dizer orac Nogueira o preconceito é de origem Aqui no Brasil é de marca é porque p não mas e gente lá é origem é é o sangue aqui é Na aparência mesmo né o aspecto fenotípico Então como a gente tem uma síndrome de inferioridade quando a gente olha pro norte Global pros Estados Unidos pra Europa a gente não valoriza o que foi construído aqui que muita coisa foi construída aqui muita
coisa important ex frente Negra não é frente preta brasileira frente Negra você pegar década de 20 e 30 tá lá movimento negro unifica década de 70 para cá União dos negros tem alguma palavra Preto aí Exatamente porque somos uma diversidade de T de pele da da existência identitária Negra aí porque Babu Babu falou no reality que negro vem de necro eu digo então a pessoa não conhece o Teatro Experimental do Negro cujo o ícone foi Abas Nascimento pera aí gente a precisa reconhecer os nomes até pra gente saber o que que o que tá sendo
falado uhum poxa se Hoje existe uma resistência artística é graças a abidias Nascimento que produziu eh perspectivas teóricas sobre quilombismo né sobre o genocídio do povo negro a partir desses apagamentos que você no início falou né E que Portanto tem a ver com a identidade Negra por isso o Teatro Experimental do Negro reconhecendo né que existem negros Pig pigmentados que geralmente tem geralmente ficam com aqueles papéis né de fazer o escravizado a a mãe a mãe preta a figura da gorda que tá se vindo todo mundo bom não dá eu acho um desrespeito com com
essas pessoas e comigo serviço né porque acaba criando fortalecendo o Imaginário extremamente escravocrata ali nos dias atuais o que é um um grande serviço mas do do de tudo que você falou tem dois pontos aí que me me me Puxaram um sobre a questão da da da brancura da branquitude em relação quando me vem assim à mente muito uma fala que era comum eu já ouvi muito de pessoas brancas mais velhas que eram uma coisa meio Ah mas no Brasil não existe branco ninguém é branco no Brasil hum com essa essa falácia que que acho
que até corrobora com a ideia de democracia racial assim um pouco eu queria que você entendesse Porque nessa ideia de que ah não existe branco você se afasta também da ideia de que eu sou branco então eu posso falar sobre negritud eu posso ganhar esse capital social eu posso escrever livros Posso ser não que eu ache assim enquanto até acadêmica eu acho que ninguém é proibido de falar sobre nada mas exatamente como você falou existe um um crédito e um respeito que precisa ser dada uma autoridade que precisa ser dada para pessoas que de fato
vivenciam para pessoas que estudam empírica e Teoricamente sobre sobre isso então eu acho que é importante então na sua fala me lembrou essa questão do essa falácia de que ai no Brasil não tem brancos Guerreiro Ramos né baiano o intelectual que eh fez essa elaboração pioneiramente que a gente até cita muito Fran fanon né Pele Negra Máscaras Brancas a gente fala de maneira assertiva eh a produção de Sida Bento né sobre pacto narcísico da branquitude a teoria crítica de raça os estudos né de rut frankberg muita gente e tem falado sobre branquitude atitude branca ess
UZ o lugar subjetivo esse lugar subjetivo que permite você né o que quiser ser o que você quiser exatamente Guerreiro Ramos já tinha falado sobre né que o Brasil né Você sabe quem é o outro enquanto você mesmo se coloca como Universal não eu sou ser humano eu não sou eu não sou branco não aqui todo mundo ah Liv S também fala sobre isso né que ninguém é branco ela tem uma obra que fala sobre isso exatamente você poder se afirmar como não Branco exatamente você reunir as condições até de se internacionalizar em termos de
produção intelectual dizendo Olha como o Brasil foi alvo né de um processo forte de missena de apagamento da cultura africana os meus avós também eu nem sei de onde vem meus ancestrais enquanto socialmente a sua aparência é privilegiada no âmbito das políticas públicas do atendimento estatal da representatividade na vereança né na Câmara Federal né na representação de Presidência ainda que a gente vai diluindo essas marcas ainda assim a brancura que prevalece então o guerreiro Ramos vai dizer que esse portador de brancura de fato quando ele viaja para o norte Global quando vai para os Estados
Unidos Por exemplo ele deixa de ser visto como branco no Brasil Exatamente porque ele será lido como e Latino vai dizer jasb Puá ali naquele território existe o nacionalismo a ideia de que só os brancos dos Estados Unidos importa né só os brancos da Europa importa fora isso você está no território América Latina né um território eh racializado pela experiência indígena e experiência africana mas nesse território aqui a africanidade é que marca a desautorização até em relação aos outros países da América Latina como vai dizer lélia Gonzales né Eu estudo os decoloniais eu seii que
a gente a gente cita mais a Nibo kirano do que lélia Gonzales que antes do grupo decolonial está falando da supremacia europeia em relação à América Latina ela já tinha falado de amefricanidade de feminismo afro-latino-americano Mas você uma mulher negra do Brasil ela foi apagada precisou Angela Davis vi para cá e dizer não gente a pioneira do feminismo negra é lélia Gonzales a gente precisa ouvir de um estadunidense exatamente PR para levar a sério para valorizar né exato Porque mesmo Angela Davis sendo uma mulher negra ela está no norte global os Estados Unidos consegue publicar
mais sobre questão racial internacionalizar o ponto de vista a partir né da política de citação a gente cita muito mais B hooks Angela Davis audre Lord do que vilm rez Luísa bairros e Sueli Carneiro Carla cotir as intelectuais do Brasil quando vai fazendo isso em relação à nossa eh amefricanidade a gente vai fazendo também com os mais jovens com as mais J jovens eu me sinto desconfortável porque eu sei que se eu passar no pelourinho as pessoas a a coirini vinha tirar foto mas se Luísa bairros né que já faleceu estivesse no pelourinho ninguém dizer
Nossa muito obrigada por você ter ajudado a consolidar né as políticas de igualdade racial a política de saúde da população negra a lei 10639 né Muito obrigada por você ter sido uma das fundadoras do movimento negro eh Unificado a gente não faz isso a gente fala que o branco apagou a nossa essa história a gente apaga a história do movimento negro brasileiro por conta de quê por conta de quê do nosso sofa né aquele ideograma exatamente que tá olhando para trás o nosso tá olhando pra câmera do celular e não quer saber quem veio antes
sabe não quer saber dessa condição de memória que construi uma consciência negra como vai dizer lélia Gonzales Então se a gente tem consciência negra 20 de novembro é exatamente porque a gente tem memória que 13 de Maio não serve para nós já que Princesa Isabel não salvou os negros e ela não tem condição de ser mãe dos escravizados já que o nosso pai é Zumbi dos Palmares ela vai dizer então a gente tá com problema na verdade agora é de memória porque a gente diz que tem consciência negra ao mesmo tempo que a gente apaga
as pessoas que antecederam os nossos passos Então tem um problema ético aí perfeito tem um problema ético né na filosofia de terreiro né Por mais que você sim o novo orixá você Saúda a comieira da casa então não estão saudando a comieira da casa sabe não estão saudando os mais velhos e isso tá fazendo com que a nossa história comece a partir do nosso login não é verdade não é a partir do log é do ara dos algoritmos é um problema de vaidade eu tenho minhas vaidades mas eu procuro me corrigir todos os dias né
para que eu me olhe no espelho e quando eu vá fazer uma consulta os sistemas filosóficos a africanos eu não seja chamada atenção sabe em relação a minhas vaidades eu não sou uma pessoa vaidosa esse ponto de eh querer que tudo aconteça a partir de mim mas eu sei que muita coisa aconteceu a partir de mim mesmo sabe porque quando eu passei pela Steve bico em 2004 quando eu entrei na na Católica né minha primeira iniciativa foi não a gente precisa fundar um núcleo de estudantes negras nesse período né nos anos 2000 tinha um dispositivo
de organização política chamado senu né o seminário eh Nacional de universitários negras e negros então toda e qualquer universidade pública e privada havia Quilombo acadêmico hoje em dia não a gente faz um testão na rede Você viu meu posicionamento ou não isso não é o seu posicionamento posicionamento é você fazer ocupação para ter cotas raciais sabe é você inclusive diminuir o seu histó e seu escore porque você tá fazendo um movimento para que mais negros ingressem naquele espaço como eu fiz F eu prejudiquei minha carreira Uhum que eu vejo assim as meninas né de 20
e Poucos Anos aí com carro apartamento com tudo eu digo poxa é isso sabe porque ela pode vender uma palestra sobre questão racial e eu não sei nem editar um texto ainda porque não é da minha geração eu tenho 43 anos se eu não sei Imagine se luí bário sabia sabia Até recentemente entende se Vilma Reis vai saber se Nazaré se se Lande a Milton Borges Poxa é uma questão ética porque o que cons do Branco em relação à sua brancura é a política de citação você entra na universidade sempre vai est ali né na
estrutura curricular no conteúdo programático os brancos da Europa isso é lealdade Luciana Brito me falou recentemente é o pacto na físico da branquitude mas é a própria noção de memória de memória memória não é o que ficou para trás memória é o que está acontecendo agora o que está presente no seu DNA então Luciana Brito fala sobre né Essas experiências que temos visto de entregadores por exemplo sendo chicoteados ela não precisou estar na cena Colonial né de 1700 para reproduzir a retirada do cinto para chicotear isso é memória e porque a gente não pode honrar
a memória de nossos antepassados também dizendo eu vou me organizar vou sair cortando cabeça vou citar Quem veio antes vou pua Uma cantiga não como é que a gente vai ter consciência negra assim se a gente não honra os nossos mais velhos não honra a mãe da gente sabe que foi fazer faxina parou de estudar entendeu brigou com a família toda para sustentar até uma gestação para dizer eu vou levar aqui a educação de minha filha a presença de minha filha eu tô toda arrepiada agora porque a gente não pode Honrar essas pessoas porque quando
orixá ele chega no barracão ele chega puxando a cantiga ele não chega dizendo eu sou uma divindade ele vai puxando cantiga que vai contando a história como ele se tornou a divindade a gente não a gente já se coloca como divindade as outras divindades não importam né Porque só a gente que merece aplausos porque a gente quer o reconhecimento do Branco qu é notoriedade né nessas tecnologias que tem apagado a tradição tem apagado a memória enquanto vende a Consciência Negra então a gente tá num grande paradoxo né vai dizer Realmente realmente é um grande paradoxo
mesmo é é isso desculpa né acho que eu falei demais eu não você falou tudo e é importante falar tudo é importante você tá aqui para falar eu fico irritada Nossa eu sou bonita gente demais olha que mulher linda mas outra coisa que aí eu sei que você vai falar bastante também e a gente tá aqui para ser para falar Eh aí entrando mais um pouco na discussão dentro da bolha Negra atual assim no Brasil acho que vem se fortalecendo uma discussão sobre a questão do Pardo Ai meu Deus sim e aí eh eu venho
acompanhando algumas discussões na internet de de pessoas nesse âmbito que se que vem se empoderando dentro do do título de Pardo em detrimento ao Negro em detrimento ao negro porque vem se sentindo excluído dentro da da comunidade Negra por ser menos escuro por ser considerado menos negro por ser a que eu vou botar muitas aspas Barra wakanda Eu já vi essa eu detesto essa essa desculpa sen eu vou vou dizer para aqui agora eu detesto essa essa ligação muito grande com o filme da Marvel eu sou muito da Marvel Adoro o cinema Adoro o cinema
gosto desse filme mas nossa gente é tão imperialista é tão errado se você for ver todos os vilões de de de Pantera Negra tão certos eles são extremamente contra colonização vocês tem que reassistir esse filme para parar de citar tanto o akanda para parar de citar tanto essa essa ligação bizarra é é re assistam e vão ler mais Carla cotir para entender porque assim tá errado aquele filme não é o melhor da Marvel Mas enfim pao para outro para outro Episódio aqui vou me cancelar porque eu tô falando isso provavelmente mas assim vamos falar sobre
essa questão parda que outro dia tava até lendo um post de um colega vin Rodrigues Ele é antropólogo e ele falou muito bem eu até trouxe um trecho de um de um de um texto que ele postou que eu achei muito pertinente porque ele na verdade é uma questão que ele levanta né quem ganha com essa com essa autovalorização do par eu trouxe só um um um trecho que eu acho que resume um pouco do que eu penso e aí eu quero ouvir também o que você pensa a respeito ele fala assim sendo Pardo assim
como o preto categorias que denotam cor de pele e histórico e politicamente ambas dessas populações formarem a categoria racial negros me parece que lutar pela valorização dessas categorias de cor de cor de pele em separado é por o feitiche de identidade politicamente é um retrocesso que faria Abdias Nascimento e outras e outras ativistas da nossa história chorar em posição fetal Obrigado Vini pela colocação Ah eu me arrepiei toda eu eu concordo V Rodriges maravilhoso é maravilhoso fiquei toda arrepiada quando fala assim dos mais velhos eu fico emocionada assim fico pensando nossa nossa os nossos mais
velhos realmente desistiram de cumprir o seu próprio destino né Liberal caso fosse uma proposta consolidada dentro da identidade negra para viver para nós sabe coletivamente falando então essa disputa né entre preto e Pardo realmente é um desserviço colorismo é um desserviço embora quem é colorista é a sociedade não é o preto que quando diz assim é mas você não é tão preta assim essa é uma dinâmica que sempre existi gente olha as minhas amigas né da adolescência me chamavam de preta a ideia do mas pelo menos seu cabelo é bom não foi inventada por mim
isso é o colorismo quem inventou isso foi o branco colonizador e que portanto nós introjetamos nessa dinâmica mesmo né que ajudou muitos e muitas irem trabalhar na oficina mas eu vou ficar fazendo o que na sala de aula para ser chamado de Cirilo para ser chamado de Zé Pequeno pera aí gente o estereótipo do negro no Brasil E é só ler o livro de Ana Célia né representação do negro no livro didático foi em cima da cor da pele então assim quando a gente discute o cor da pele a gente não tá tirando a Negritude
de ninguém até porque se não existe racismo reverso eu acredito que não exista também dentro da comunidade Negra né esse novo racismo de cor de quem é mais negro ou não a gente não tem poder enquanto 10% da população né preta dizer se você é negra ou não o que existe são as as mágoas né Nós somos é isso eu acho que existe essas mágoas e existe esse olhar também e eu acho que é uma coisa que a gente tem que ter cuidado de utilizar essa lente do colorismo para julgar e separar entre entre nós
mesmos mas que tá separando é que tem poder porque preto no Brasil não tem poder para isso eu conversei com o Hélio Santos né que é um intelectual brasileiro que escreveu livro em busca de solução para o Brasil a rota do circo círculo vicioso se eu não me engano eu li esse livro eu tinha 24 anos né é ali que você conhece lei de terras né as estratégias do movimento negro ele vai mostrando como era as autodeclarações né antes da gente chegar na identidade Raça Negra de fato como é que você ia regular as assimetrias
raciais sendo que todo mundo queria se afastar da negritude eu sou mareno escura eu sou mareno Clara eu sou cor de b então ele vai mostrando isso né que todas essas pessoas eram negras Então quando chegou ao Pardo o Pardo para nós é negro a ainda que saibamos que no norte do Brasil né existe uma população que tem uma descendência indígena só que esse movimento Pardo atualmente está cooptado por interesses brancos liberais que T autorização política para ficar debatendo nas redes sociais com interesses inclusive de ocupação de cargos estratégicos e falando mal do movimento negro
porque se nós temos um Estatuto da Igualdade racial que tá lá dizendo pretos e pardos formam a população negra porque dizendo Ah mas na carta de perov de Caminha Pardo primeiro era indígena Sim todo mundo conhece a história mas assim as categorias são reposicionadas para atender aos interesses dos grupos Então hoje se você falar Pardo no Brasil não vai cair na pasta do ministério de povos originários vai cair na pasta de Aniele Franco cuja proposta é o enfrentamento do racismo institucional e de políticas de promoção da Igualdade racial para negros pretos e pardos se você
chega em qualquer equipamento público agora você passar para fazer uma ficha para tirar seu RG você vai tirar foto e você vai ter que responder qual a sua cor preto Pardo Branco indígena ou amarela se você me responder parda O Estado está entendendo que você é negra o estado não vai entender outra identidade que não seja negra porque você agrega pretos e pardos dentro da identidade Negra então não dá para esses mais jovens né que tem o equipamento tecnológico ficar disseminando desinformação e ignorância na rede social ainda que eu entenda que sim existem essas mágoas
eu sou uma dessas pessoas magoadas quando eu vejo minhas amigas mais jovens de pele clara sabe bem casadas com carro com plano de saúde eu fico sabe que você é bem casada tem carro tem apartamento tem tudo porque você é mais clara que eu Isso é verdade pô eu tenho irmãs negras mais jovens que fala a mesma coisa que eu estou falando e as pessoas aplaudem Exatamente porque elas têm a pele mais clara e aí é o que Dub boá explicou para nós é o salário psicológico entende você sempre acredita que alguém que tem a
pele clara que vai liderar a revolução nunca é uma pessoa retinta só só você olha paraos sindicatos né pode estar ali organização de classe trabalhadora denunciando a burguesia dizendo que nós não temos os meios e mos de produção da ordem capitalista mas ainda assim nunca vai ser uma pessoa retinta na frente a pessoa retinta Vai representar O Operário sabe a a força braçal nunca é intelectualidade isso é verdade fala não quantas pessoas parecidas comigo você vê com algum tipo de notoriedade em termo de intelecto vai eu postar foto da minha bunda que é Lindíssima para
ver quantos seguidores eu perco na rede social tá muitos você perde gente eu fico chocada como se dissesse assim para mim você sabe que você deveria estar mastigando uma teoria para mim na cozinha do seu conhecimento porque você não é desejável você é muito preta né que eles falam assim e elas né Muito muito negra para ser branca muito branca muito é é sei como é é tipo muito preta para ser branca mas muito branca para ser preta é o negócio desse eu vou dizer muito preta para ser negra né E muito preta para para
ser reconhecida como humana pelos brancos é isso porque é uma avenida também de de identidade sabe e isso eh tem causado os prejuízos para nós porque Pardo pode me chigar pode dizer que eu sou etnocentrista pardo eu sou fiel ao movimento negro isso eu tive formação com tud ti bico eu lembro cidadania e Consciência Negra Valdo lumumba Marcos alessandre e Marina Bonfim eu deveria ter perdido naquela seleção porque quando eu fiz a seleção eu tinha 24 anos foi me perguntado Carla o que você pensa do racismo no Brasil eu falei não acredito em racismo para
mim é questão de esforço sabe acordar cedo porque eu sempre fui uma pessoa que acordou cedo sempre fui andando e se eu não passar sem concurso Eu nunca ia arrumar emprego enquanto minhas amigas negras de pele clara pelo menos conseguiram a vaga de recepcionista da padaria porque elas tinha uma boa aparência e o cabelo bom que eu não tinha com meu cabelo representa de maneira inegável o que esse país tentou a pagar então se eu não passasse no concurso eh da prefeitura para ser assistente social até hoje eu não teria uma estabilidade que não tenho
mas assim minimamente você receber seu salário certinho para dizer ó vou pagar a cuidadora de minha mãe vou mandar lá lavar roupa de minha mãe que tá na cadeira de roda até hoje eu estaria sem trabalho da mesma forma que meu irmão que foi chamado de Cirilo saiu da escola e abriu o o lava-jato pera aí gente isso tem a ver com o quê com a perseguição de brancos estruturalmente e por conta do colorismo entre nós que foi ensinamento do Branco de você ficar perseguindo os seus irmãos na sala de aula sabe vai seu tisão
e Fulano Fulano parece musum você já viu alguém falando Fulano Parece Didi na sala de aula e ambos podem ser lidos como negro ou não Fulano parece Fulano nem deveria usar Fulano mas tá eh Sandro parece Pelé Mas você já ouviu alguém dizendo eh sando parece Neymar no sentido pejorativo não e Ambos são negros a gente precisa reconhecer que colorismo agora conceituando colorismo não é a ideia de que eu não sou negro suficiente porque não tenho a pele retinta colorismo é um conceito elaborado por Alice wal e aqui no Brasil faz parte da coleção feminis
os plurais escrito pela Dra Alessandra deusque onde se entende que quanto mais pigmentada a pele Mais afastada da humanidade dentro da dentro de uma estrutura racista e particularmente dentro da comunidade Negra por isso que esses filmes né da Marvel tem valorizada a experiência de cor de pele preta porque a gente não consegue realmente nem colocação para trabalhar na cinematografia a gente não consegue a gente não consegue representação política quando você vai ver eh o percentual de negros em relação aos brancos que se elegeram né para Deputado Estadual e Federal você vê que os brancos lideram
em relação a negros indígenas e amarelos mas quando você desagrega negros pretos e paros você vê que os pardos ainda conseguiram mas representação Creusa nunca conseguiu ser Eleita Creusa uma grande militante desse país liderança do trabalho doméstico dos direitos das trabalhadoras domésticas daqui desse Território que eu vi sendo alfabetizada no seaf nunca conseguiu VTO e tem relatos né de a gente perguntar dentro da comunidade porque você não volta em Creusa sei lá não acha ela bonita ela é fe não fala direito entende a gente tem isso assim de não seada é a gente acha bonito
é quando já está se distanciando né da marca negroide para usar uma discussão de Carlos mour né sobre o racismo na história que é um racismo de cor então colorismo é a maneira pela qual o racismo potencializa os seus efeitos não existe privilégio você ter a pele mais clara que do que eu não torna você privilegiada mas em algum momento será uma uma vantagem entre nós até porque você tá me entrevistando no podcast eu duvido que eu tenha a mesma oportunidade por exemplo sabe são vantagens que são colocadas simbolicamente da mesma forma que a geração
também é uma vantagem você não pode dizer que uma pessoa que tem 43 anos tem o mesmo frescor que alguém que tem 19 anos com a tecnologia São vantagens simbólicas pontuais Mas se a gente tá olhando pra estrutura do racismo tá todo mundo no mesmo barco não veio o navio negreiro separando né quem era paros e exatamente não veio o navio negreiro separando quem é gordo quem é magro quem é pessoa com deficiência quem é LGBT não os navios Negreiros vieram por raça mas a administração Colonial que usou os olhos ocidentais para estigmatizar inferiorizar uma
aparência precisou manter uma estrutura a partir de outros marcadores sociais então a cor da pele e a maneira desse racismo potencializar seus efeitos e mal com x eh chegou a fazer esse enfrentamento discursivo com o próprio Martin Luther King né quando as empresas querem trabalhar diversidade elas não trabalham diversidade a partir da cor de Carla co tiene né trabalham diversidade a partir de uma Negritude que seja mais próximo mais palatável ali para uma sociedade exatamente que é o salário psicológico da brancura tratado por dubar esse salário psicológico que é que faz você dizer assim ah
não eu sou bonita eu sou bonita porque meu cabelo é bom mas porque seu cabelo é BR bom porque puxou da minha mãe que é branca entende ou puxou do meu pai que é branco entende vai produzindo em nós uma sensação de maior importância que não é encontrada no negro porque até dentro da família a gente tinha essas disputas eu mesmo eu eu massacrava a mha mesmo ficava mha por isso que painho tem amante por isso que Pain tem amante mha não se cuida manã não se cuida só anda Suada né essa boca en por
né Coitada ela tava tão Suada assim exatamente então para você vê como essa experiência perversa até mesmo entre nós e retira de nós até a capacidade de viver o amor enquanto lugar político porque quando você pega pesado com seu irmão é porque você acha que ele aguenta tomar mais chicotada do que o outro né quando você coloca um cancelamento para uma mulher retinta como é porque você tem a ideia ainda racista né colonial de que eu aguento tomar porrada porque eu tenho corpo forte que eu tenho a pele retinta né é de maneira sistemática isso
mas eu não sou cancelada Porque não se cancela orixá né e eu tenho orixá sentado na minha cabeça né eu falo a partir dos orixás que me escolheram também para dar continuidade aos passos de macota Valdina que deu o meu nome a cotir né Luísa bairros né lélia Gonzales Beatriz Nascimento então eu faço ess esses enfrentamentos sei que eu vou construir minha abundância mais tarde mas pelo menos sempre vou conseguir me olhar no espelho dizendo eu sou o reflexo de água muito límpida porque eu não vou me vender nunca vou me vender que eu tenho
o valor de Oxum na minha vida né Essa é a moeda que eu preciso o óvulo sabe ess esse formato né de moeda que eu quero o formato do poder e matri potência e orubá no meu caminho Aché agora ainda sobre esse assunto dessa discussão eu eu venho pensado muito sobre isso comigo mesma e e lendo até essas discussões que a priori eu não concordo muito com essas discussões Mas eu também levo em consideração porque não deixam de ser negros e não deixam de ser irmãos e irmãs e eu penso muito no que nos argumentos
levantados por essas pessoas e e venho me encontrado em várias contradições comigo por exemplo a gente teve um caso recente de uma blogueira de Salvador que foi cancelada e aqui de antemão eu queria condenar a política de de de cancelamento eu acho que independente do do que se faça do que se levante errado ou certo eu acho que a gente não deve linchar virtualmente ameaçar ninguém porque a troco de nada discurso nenhum diálogo nenhum se avança com esse tipo de de Conduta mas foi o caso da da Rafaela flir e aquele caso me botou em
reflexão muita em uma reflexão muito grande assim primeiro eh pelo pelas fotos de antes e depois que foram levantadas inicialmente ali que se começou aquele movimento de de cancelamento e depois na justificativa que ela teve que vir a trazer mostrando pai mostrando mãe para se se convencer ser ali aquela aquela audiência de que de fato ela era uma mulher negra ela é uma mulher negra e aquilo me me colocou para pensar muito profundamente assim sobre sobre mim sobre as minhas mágoas porque por exemplo um dos primeiros argumentos que eu tive Foi olhando pra minha própria
família eu venho de uma família interracial meu meu por parte de pai minha família é branca e por parte de mãe ela é negra meu pai ele se disz Pardo porque o pai dele era negro e na certidão tá lá Pardo mas ele é lido como como Branco ele é um branco castigado pelo sol dequier mas ele é branco uhum e e uma coisa que sempre me incomodou nessa discussão é que eu nunca poderia usar a branquitude do meu pai ou da família da minha família pelo por parte de pai para me assumir eu me
autodeclarar Branca Uhum eu nunca seria respeitada nesse lugar porque a leitura social me me denuncia sim independente eu posso alisar meus cabelos eu posso passar maquiagem Ultra mais clara e isso a a Negritude ela vai me denunciar assim em qualquer espaço que eu que eu vá e acho Queen Helen oléa tem até uma música ou já fez algum discurso alguma entrevista que eu vi dela que falando assim ela pode até se passar por homem mas que por Branco ela nunca vai conseguir se se passar e aí eu nesse nessa nesse caso da Rafaela eu me
deparei muito com essa mágoa de tipo como é que ela conseguiu se passar por branca Tendo tendo ela quer voltar a a a ser negra se assumir Negra agora e aí ela foi acusada de black fish e etc e tal e acho que ela sofreu violências muito pesadas naquele discurso foi um cancelamento assim e eu sinto muito que ela tenha passado por isso de verdade eu não acredito que ninguém mereça passar por isso até trazer a figura paterna e materna ali Para comprovar o que foi triste também se olhando todo mas olha não Nada justifica
mas eu eu acho legítimo a questão sabe porque eu nunca conseguiria me me colocar da forma da branquitude que ela que ela colocou e várias outras pessoas também se colocam mas aí eu também volto e me pergunto será que eu não tô me baseando Será que eu não tô usando uma lente racista ou colorista para olhar para outras irmãos de pele mais clara que eu não isso é isso é a mágoa né eu eu vi o vídeo eu até escrevi para ela pedindo S desculp porque eu fui uma das pessoas que viu a a matéria
num Portal e eu disse Pois é eu nunca consegui me passar como Branca Então isso é minha mágoa de vê-la fazendo publicidade e a mágoa de tantas outras pessoas né ver os negros né dentro desse cenário onde a luta antirracista né em termos de Publicidade tem ganhado recursos monetários né um certo prestígio quando a gente vê outra pessoa conseguindo a gente fica com inveja com despeito fica com ciúme fica sentindo injustiçado eu me sinto primeiro porque por exemplo ela sofrer esse cancelamento ela recebeu um monte de mimos de marca que eu nunca recebi e eu
sou atacada sistematicamente ninguém nunca escreveu assim para mim para falar assim nossa Carl eu vi que hoje você foi atacada eu vou mandar uns presentes aí para ela recebeu porque ela performou uma feminilidade que é mais perto do que sensibiliza as mulheres brancas dessa marca dizendo ela foi tão injustiçada eu eu e aqui a gente não tá culpando ela nesse lugar não não eu não tô culpando Não eu só tô tentando olhar as camadas primeiro porque são camadas exatamente né Eu não tenho essa opção de apagar a luz fazer a cara de de de choro
e as pessoas se sensibilizarem olha que eu sou atacada sempre nas redes sociais que o cancelamento é uma estratégia né de você dar uma chibatada em termos tecnológicos em alguém é uma permanência Colonial né você eh escolher o outro para bater bater bater bater bater e esperar algum tipo de Penitência né não se Carol conc que o diga exatamente a própria ideia de penitenciária né que é você prender alguém num lugar de porrada de surra e de castigo Vem de um lugar Cristão né Cristão militar né Colonial que é a Penitência mesmo né O que
as pessoas querem quando fazem isso é que a gente apareça com a cara de choro e dizendo eu sei que eu errei é isso que as pessoas querem e eu não faço isso eu eu não faço isso mesmo porque eu não não eu eu eu imprimo em mim a porrada mas eu fico ali meu nome é co tiene SA o que o branco quer o que o racista quer é que diga Tá bom vou eu abaixei minha bola e eu tô errado é isso isso não vai acontecer comigo nunca nunca vai acontecer porque eu sei
que não vai ter política de solidariedade em relação a mim nem de brancos né antirracistas branqu tudes crítica nem da própria Negritude que na sua maioria é parda já que Preto representa 10% como você falou agora me diga se preto que representa 10% da população que tem menos seguidores nas redes sociais tinha condição de produzir cancelamento dela eu falei com ela eu escrevi para ela não foram nós pessoas pretas que produzimos seus seu cancelamento não foram as pessoas primeiro negras que viram que você tava acendendo né em termo de Publicidade porque quando as marcas se
interessam pelas negritudes se interessam pelas pelas negritudes que se aproximam do que é bonito Aos olhos do racismo né que tá perto da mulher branca eu recebi eu falei para ela eu recebi esse print de uma colega sua que fez faculdade com você ela pegou e me disse essa menina era Branca Carla e agora tá ganhando dinheiro Ou seja eu não capturei essa subjetividade dela de que estava Incomodada com o crescimento da outra então eu fui uma das pessoas que quando foi lá comentar foi comentar também com a raiva não da mulher negra que estava
conseguindo publicidade e sim da branca que estava se passando pela Negra eu acho que deveria haver essa honestidade e dizer não as pessoas que estão me atacando não estão me atacando porque eu sou negra de pele clara e sim porque eu vendia imagem com filtro exato de filtro e tal de ser uma mulher branca com uma passabilidade que o racismo aqui na na na Bahia né Principalmente na Bahia consegue despertar em nós e até se a gente for olhar né a a loira do tian né Carla peréz se ela não alisasse tanto o cabelo ela
seria assim uma mulher negra parda e tal mas Débora Brasil quando foi retirada da condição né de morena Era exatamente porque ela é preta sim então aí hoje eu não consigo ver eh Sheila Carvalho ou qualquer outra morena do Tchan representando né alguém que não é branco mas sim alguém que é é pardo não não é esse Pardo que o movimento negro tá falando o Pardo do movimento negro é a pessoa negra que não tem a pele retinta não é Sheila Carvalho não é eh essas Negritude recém admitidas né os leopardos no esforço de se
afastar da crítica que o movimento negro está fazendo em relação ao racismo institucionalizado e ao mesmo tempo né se apropriar da pauta se eleger conseguir recursos e publicidades balançando o cabelo botando tatuagem botando conta de orixá como essa galera faz quando vai pra banca de hetero classificação a primeira atitude de quem quer ser negro é se eh se vestir com sujeira se bagunçar tem Tem tantas denúncias aí ou seja essas pessoas sabem exatamente um estereótipo né Eles seguem um estereótipo inclusive racista exatamente né se suja toda se bagunça porque na cabeça da toma bastante S
abusa maquiagem Ou seja que na cabeça dessas pessoas ser negro é exatamente se essa pessoa retinta [ __ ] né miserável é essa fantasia que tá sendo colocada E aí eles se às vezes se utilizam muito de de situações eles contam histórias de de ataques sofreram muitas vezes por questões de pressão estética que não necessariamente sejam ligadas ao racismo mas para se justificar Quanto ah eu passei então par porque eu sou gorda Eu já vi isso não mas eu sofri também porque eu sou gorda eu digo mas aí parece que que o que torna você
né e é uma coisa que me incomoda também nessas reflexões que eu venho tido que é exatamente isso parece que o ser negro é ter sofrido racismo então se você sofreu algum tipo de coisa você é negro mas eu acho que o ser negro ele precisa por mais que a gente venha passar por por racismo como você bem colocou tudo nesse país é bem estruturado pela questão racista o ser negro não é sobre sofrer eu acho que a gente tá num momento talvez de de subverter um pouco essa essa linguagem até para que não para
que a gente não dê argumento para essas pessoas se passarem p e aqui eu só queria reafirmar para que a gente não não deturpe a nossa imagem eu queria eu quis citar o da Rafaela para que a gente pudesse tirar a lente do cancelamento desse caso Porque aí se cancela e depois a internet se divide entre os que atacaram e agora os que santificam e não é isso eu acho que ali a gente tem um exemplo muito bom para se analisar as camadas sociais mesmo que que que a sociedade que a socied como a sociedade
é posta e a gente tem que usar isso para para aprender para não se repetir os mesmos erros para evoluir Enquanto isso não é sobre amar ou odiar é sobre entender gente é isso é injusto Até eu achei injusto da parte dela dizer que que os pretos retintos que fizeram isso isso é injusto sabe porque como a gente não tem poder estrutural você pode dizer que sempre foi o preto igual como acontece nas dinâmicas de ilicitudes não foi a pessoa preta que fez porque não vai ter quem defenda Então você escolher exatamente 10% da população
que não tem poder estrutural nenhum que não tem engajamento nem perfil verificado para dizer que foram essas pessoas que conseguiram cancelar poxa se os neg estruturalmente não consegue cometer racismo contra os brancos como é que os pretos retintos vão conseguir cancelar alguém nesse nesse país a gente não tem poder para isso o que pode acontecer é a mágoa o revanche a chacota que não produz nenhum tipo de alteração no cenário estético ou mesmo de monetização da identidade Negra Os Pretos só ficam mesmo com a revanche porque tem as suas memórias como eu fico também quando
eu vejo a minha amiga Ana Paula Prazeres né fazendo publicidade sobre Negritude eu fico mais é Ana Paula ficava me chamando de macaca na sala de aula que eu era preta né que eu era mais feia da sala a Paula exatamente e hoje ela é uma mulher negra Tudo bem eu sei que foi o racismo que produziu essa condição para nós duas mas eu também fui atacada por ela também entende então não dá agora para ela se sentir ofendida se eu diser assim mas você sabe né que você tem vantagem relação a mim porque você
tem a pele mais clara Isso é isso é óbvio que ela tem se ela for honesta ela vai dizer de fato Carlo olha o que o racismo fez comigo né eu não queria ser negra e aí eu transferi a opressão que chegava a mim estruturalmente para você por você ter a pele mais retinta mas o que que as pessoas fazem ao inv vez de resgatar essa sua memória em termos de consciência negra fica Ah Os Pretos retinto estão me atacando tentando tirar a Negritude como se a Negritude fosse alguma vantagem social que vantagem existe para
ser negro é você vê o casal Lázaro Ramos e Taí Araújo casal lindo eu vi recentemente na na rede social as pessoas dizendo que bom que sua filha puxou a thí Araújo Isso é o quê racismo porque ela é mais clara pera aí gente tá lá tá lá na rede é só a gente jogar limpo e dizer pô a gente precisa superar essas feridas Mas aí você fingir que não existe colorismo não foram as pessoas pretas que criaram colorismo Quem criou colorismo foi o colonizador foi o colonizador que estabeleceu quem ia ficar na cozinha quem
ia poder sair cinar a ser considerada bonita né olha as novelas hoje que tem protagonistas negras qual Branco que vai se apaixonar pela retinta retinta geralmente é a mãe da protagonista que é uma mulher parda geralmente é só vocês olharem eu tô mentindo todas as novelas cujas protagonistas assim nos últimos 5 anos são mulheres negras as retintas são as avós as bisavós são mulheres que não são desejáveis até porque se o galã sempre é o homem branco o homem branco vai se apaixonar pela gorda retinta de jeito nenhum aí não dá para dizer tem uma
preta na no protagonismo da novela não não não tem uma mulher negra e que está ali Exatamente porque não tem a pele retinta sinto muito não fui eu que inventei isso quem inventou isso foi quem produziu inclusive esse lugar aí ficar condenando Ah você tá tentando tirar minha Negritude Lógico que não eu não posso confundir autod declaração né que é um dado uma estratégia né de avaliação monitoro e criação de políticas públicas com colorismo que é uma técnica pela qual o racismo para potencializar seus efeitos diz assim ó estruturalmente vocês são negros e particularmente Vocês
que são pretos não servem para mim isso Quem fez foi o estado colonial não fui eu aí você colocar na mão do retinto a culpa né de estar apontando para você que você tem a pele mais clara você também fez isso na sua infância chamando seu colega de Cirilo de nego preto do Bozó de msum de é pequeno Olha a glob beleza Não que seja um lugar que a gente deseja porque a glob beleza foi substituída quando quando Houve essa substituição que colocaram acho que é naara Justino Ah sim exatamente chamaram ela de Zé Pequeno
que ela era feia que ela era retinta verade se cor da pele não fosse importante as duas sendo mulheres negras deveriam ocupar um lugar que não seria questionado socialmente mas uma delas foi chamada de Zé Pequeno foi afastada foi substituída foi atacada né isso foi por quê Ah foram os pretos retintos né Os Pretos aliás que por si só são retintos né que disseram não nós não queremos ela não porque ela é muito preta não quem fez isso foi a sociedade colorista racista E colorista aí as pessoas dizem Ah mas na quando a polícia Eu
acho esse discurso não meu Deus ah mas quando a polícia chega não quer saber óbvio que a polícia chega no território e o território vive uma população que a população negra então a polícia realmente não quer saber se é preto se é pardo eu eu discuto Segurança Pública é até meu próximo livro né Eh sobre audiência de Custódia eu assisti todas as audiências de custódias né paraa Minha tese Desde da sua implantação que é de 2016 para cá a audiência de Custódia hoje é o ritual pelo pelo qual o estado o juiz ali né juiz
promotor Defensor Público advogado constituído naquela cena Colonial vai escutar sua versão dos fatos para saber se o flagrante foi fojado ou não então todo mundo que passou por ali quase essencialmente foram os pardos negros pardos negros pardos e todos pelo menos as audiências que eu assisti os flagrantes forjados foram convertidos em prisão preventiva então a cadeia é majoritariamente parda sai por quê Porque os pretos são vítimas de violência letal Preto nem passa pela audiência de Custódia Preto nem passa então a guerra as drogas esse proibicionismo né que a gente tem em relação à maconha né
que faz com que a polícia né ganhe dinheiro forjando flagrante porque a escrita do Alto da prisão em flagrante tem mais valor do que a oralidade que é um valor africano banto vai fazer exatamente que os pardos sejam sequestrados paraas cadeias e Os Pretos mortos nos confrontos policiais quando a polícia chega na comunidade é já atingindo o menino que tá trabalhando de maneira informal na oficina tá fazendo um aviãozinho e tal são essas pessoas que saíram da sala de aula vou fazer o que aqui professora só dizendo que eu que eu parei sumsum que eu
sou escravo isso acontece com as pessoas pretas e não é porque somos mais oprimidos do que os outros negros mas porque estruturalmente nessas avenidas de marcas de identidade a cor da pele faz com que os olhos coloniais acessem a uma aparência da mesma forma que a gente persegue né a a as gays né afeminadas tudo isso é sempre os olhos ocidentais né então se você é gorda você sofre a gordofobia por causa dos olhos são os olhos embora dentro da da filosofia I orubá dentro da Cosmo percepção são sentidos que são considerados relevantes né você
não dá mais valor aos olhos em relação à fala do que o tato do que a audição mas o ocidente valoriza a aparência e a aparência é capturada pelos olhos então se você vai fazer seleção no seu bairro que é paliz para trabalhar na você considera assim a aparência da pessoa que é lida socialmente como bonita você não vai considerar Carla bonita embora seja linda mas diz assim você vai botar a menina Black cabelo mais cacheadinho e tal pronto vai passar a ideia de confiança de que não vai roubar tudo isso isso não fomos nós
que construímos foi o racismo e as suas narrativas a partir das mídias né da televisão principalmente né construindo a ideia de incompetência de que a gente só merece apanhar de que a gente não tem inteligência suficiente então assim não é um coitadismo não é uma revanche a gente só precisa agir com honestidade ao invés de ficar apontando Ah porque o preto tá não visite eu sempre visito eu sei que eu fui uma pessoa perversa até me construir enquanto feminista Negra eu sei todas as mulheres que eu sacaneiam conversando com tia mar e ela falou Você
já pensou em pedir desculpa para desculpas para essas mulheres eu falei não mas eu sou incapaz de ficar falando de patriarcado e dominação masculina sem revisitar do ponto de vista ético quantas mulheres eu sacaneiam diz Eu sou mais jovem Então vou pegar o marido dela vou deixar marca de batom pra outra lavar então eu faço isso eu sou uma pessoa que tanto reconhece uma postura militante e engajada contra o racismo e o patriarcado como eu também revisito a minha experiência eu não fico dizendo nossa Ai eu já fui feita diamante por tanto homem que me
me desvalorizou que não não ninguém ninguém fez ninguém tá fazendo isso comigo não eu me colocava nessa situação porque a minha subjetividade foi construída para rivalizar com minhas primas com as minhas com as vizinhas com outras mulheres o fato de eu ser mais jovem fez com queem algum momento achasse que a minha geração tinha vantagem em relação às outras é só jogar limpo as pessoas não jogam limpo as pessoas mentem e falam de ancestralidade pede justiça a Xangô estando com as mãos cheias de mentiras sabe eh estando com as palavras cheias de omissões eu não
consigo fazer isso eu não sou uma pessoa que mente e eu vejo só mentira em nome de lacração em nome de um empoderamento que não tem a ver com paradigma afrocentric porque empoderamento tem a ver com ação política você fazer circular o seu dinheiro dentro da sua comunidade valorizar ações como essa isso aqui é um empoderamento porque é coletivo as nossas vozes estão ganhando autoridade discursiva e não um mérito individual para você dizer a eu sou uma divindade daqui não você tá respeitando olha as trocas que a gente tá fazendo né ninguém aqui tá sendo
roubada como vai dizer a filosofia de de Exu tá tendo uma troca aqui isso é africana isso é empoderamento mas empoderamento virou uma perspectiva Liberal né ah eu sou empoderada enquanto manhã não tiver um plano de saúde decente não puder trocar a chapa dela não existe empoderamento dentro da minha família por mais que eu seja a única pessoa da família a ter ingressado no ensino superior mestrado doutorado mas goo dizer que isso é para mim perfeito eu penso exatamente igual eu penso assim só para só para fortalecer assim eu penso exatamente mas assim eu vou
aproveitar eh Talu vai me matar mas eu vou meter o dedo em outro vespeiro aproveitando esse gancho que você falou dos olhos coloniais tem um termo que também tá sendo muito utilizado na na internet para se referir a pessoas que escrevem sobre questões de minoria minorias né as minorias sociais eh as pessoas vem vem chamando de identitárias até de uma forma pejorativa e eu queria perguntar para você o que que você pensa sobre isso eu penso que o correto em termos de organização contra Colonial é você assumir uma identidade política e não só uma política
de identidade porque se você assume uma política de identidade você procura uma opressão para si e fica competindo com os outros grupos né como a gente fica né não quem vem primeiro gênero raça eu não não quero fazer essa discussão isso para mim é é política de identidade é você rivalizar negro com mulher sendo que dentro da comunidade de mulheres existem mulheres trans né existem travestis existem pessoas com deficiência Então quando você entra na política de identidade você centraliza um marcador e acaba secundarizando os outros sendo que nós somos seres atravessados simultaneamente por marcas assim
como a Encruzilhada é né se chegar na encruzilhada tem quatro ou mais Avenidas não dá para você dizer que essa avenida é mais importante porque quando tem um acidente o acidente para né e congestiona as avenidas porque é Encruzilhada é inseparado aquela Avenida e o que tá acontecendo é exatamente isso a política de identidade tem feito com que a gente crie uma revanche em relação às nossas marcas sociais sendo que em algum momento uma marca vai ter um privileg privilegiamento em relação a quem você é em relação aos outros por exemplo Minha família é toda
Negra né mas o fato de eu ter nível superior e meu irmão não ter mesmo sendo homem faz de mim uma pessoa que em algum momento vai ter vantagem em relação a ele então eu vou ficar dizendo ah Sandrinho é ensino superior escolaridade vem primeiro não gente é o contexto exatamente de identidade política de você perceber quando uma marca vai ter uma centralidade numa cena tanto que se eu Pass passar por um beco agora sendo uma mulher branca eu posso acusar um homem negro de estuprador eu sendo mulher branca da mesma forma que eu sendo
uma mulher branca mora pessoa em situação de rua ou negra eu também posso passar no beco e ser estuprada por um homem ou negro ou indígena o branco o amarelo porque a estrutura é patriarcal ela é racista ela é exigên Ela é lgbtfóbica são vários atravessamentos exatamente então uma identidade política luta contra todas as opressões por qu por mais que os navios Negreiros tenha vindo através de raça a administração Colonial Manteve essa sustentação de aparência olhando também se o corpo se é s gênero ou não se é gordo ou não se é com deficiência ou
não então os olhos eh os olhos eh coloniais mantiveram esses efeitos que são a parte de raça estruturada mas que precisam de Fôlego de outras marcações sociais então não dá para você desfazer da sua identidade mas também não dá para você fincar na sua importância enquanto grupo em detrimento aos outros dentro da comunidade Negra existem pessoas que são de Candomblé existe pessoas deficientes existe pessoas com deficiência existem lgbts então se você diz que é só Raça aí você não percebe que o líder da sua entidade por exemplo é transfóbico entende ou se você diz que
é movimento de mulheres você não percebe por exemplo que o racismo tá ali como o seu JN falou lá em 1851 na conversão dos direitos das mulheres em ohai eu não sou uma mulher então o fato de todas serem mulheres ali não foi suficiente quando o assunto foi raça Porque ela foi silenciada exatamente por ser uma ex escravizada dentro do contexto de mulheres onde ela foi tratada como homem Ninguém ajudou a pular carruagem Ninguém ajudou a pular eh poas de lama porque era um corpo lido como masculinizado da mesma forma Angela Davis vai dizer houve
escrav a houve mas as mulheres foram paraa plantação mas os homens não foram paraa cozinha isso é gênero foi o colonizador que trouxe gênero gênero é Colonial vai dizer a nigeriana é ouque omi mas gênero estrutura junto com Raça as opressões que nós vivenciamos tanto você morre em virtude de confronto né e de violência letal como você chega na saúde e é vítima de injustiça reprodutiva Você morre na clínica clandestina de aborto também você morre sendo perseguida porque você é uma pessoa trans por exemplo Então você vai entrar numa política identitária que não consiga ver
as avenidas da sua existência você morreu porque você é Trans ou você morreu porque você é negra ou porque você é mulher ou porque você é de classe trabalhadora a gente tá repetindo o que lá trás né os marxistas menos críticos né ser marxista já é crítico mas eu falo de corrente ocidental que quer sobrepor as outras perspectivas teóricas chamando raça gên sexualidade de recorte é você dizer que a sua abordagem da Europa ocidental é importante e as outras são identidades identitarismo exatamente todas nós todos nós todos nós somos identitários Porque a partir desse projeto
de 1492 para cá a matriz Colonial estabeleceu que o homem Cis Branco heterossexual é o parâmetro de humanidade então construiu a ideia de igualdade e diferença que é um paradoxo até né que é igualdade e diferenciação essa diferenciação foi transformada em identidade porque você passou a não ser lido idêntico exatamente Então essas dinâmicas de identitarismo né que hoje estão colocadas são dinâmicas exatamente para reverter as dificuldades que o modelo de humanidade de estado Branco sis dental burgues estabeleceu como Norma Jurídica enquanto as outras identidades aí na condição de outros existencialismo falando do ponto de vista
filosófico por exemplo seria relegado à diferenciação uma diferenciação que não pode ser completada ser realizada já que ela é relacional vai dizer grada quilomba né eu sou diferente de você porque você é diferente de mim mas se você não discute diferença nesse termos de discussão sobre identidade política você estabelece que você é diferente do branco e Portanto você que é o identitário sendo que o branco também é identitário que ele foi construído como portador de brancura e ele não é um sujeito Universal então Eh respondendo só para rematar a política de identidade ela tem uma
atenção importante pra gente negociar em termos Neo idealistas com o estado né a diminuição eh da da pobreza por critério racial os feminicídios isso é política de identidade a gente precisa de um marcador para construir um estatuto né a gente precisa de marca identidade criança adolescente para ter um Estatuto da Criança e do Adolescente o estado regular a gente precisa da identidade Negro para autoc classificar pretos e pardos e dizer olha políticas de promoção da Igualdade racial então a política de identidade é importante mas a identidade política vai fazer com que você preste atenção a
todas as avenidas dessa Encruzilhada que nós fomos colocadas e colocadas a partir do projeto Colonial porque quando você faz uma oferenda né pra Encruzilhada você não faz uma oferenda para essa avenida você coloca na encruzilhada na encruzilhada você tá olhando pra raça pra gênero pra classe para território você está conciliando né e respeitando os outros você não tá dizendo as portas estão fechadas para os outros grupos igual o terreiro O terreiro ele deixa a porta aberta né paraa comunidade e você logo cedo né de manhã você despacha a porta para dizer eu não quero problema
com a as pessoas da rua né e aqui no meu terreiro eu tô assentando a cigana eu estou assentando os cabocos eu tô assentando a rua porque eu respeito dentro de um projeto eh de civilização os outros eu não respeito e quero só Bem Viver para mim lélia Gonzales e Beatriz Nascimento falaram né da ideia de Quilombo o quilombo foi um modelo de Estado Livre né ali tinha branco de classe trabalhadora ali tinha indígena ali tinha africano ali tinha Cigano ali tinha todos os povos Então isso é identidade política é você reconhecer que todos os
grupos todas as populações merecem respeito merecem reconhecimento da sua humanidade e esses outros quando se fortalece consegue estabelecer um investimento contra Colonial que fic se ficar só a nossa moquequinha dizendo Ah eu sou negro que poder a gente tem a gente não tem nem orçamento enquanto Ministério da Igualdade racial a gente não tem direito basta uma a a ministra tomar uma postura como tomou recentemente né de desligar uma das suas assessoras que ela quase foi leiloada como como Mati de Ribeiro e sofreu né linchamento cancelamento lá na primeira gestão de da secretaria especial de políticas
de promoção da Igualdade racial então assim ainda que a gente fique criticando a política de identidade a gente não tem flego tem flego assim na retórica somos negros mas na hora da pasta a gente não consegue nem indicar né uma mulher negra para o STF então é identidade política dito e feito caminhando agora pro final aqui do nosso papo ainda vai ter mais umas coisinhas mas assim caminhando pro final eu queria que você fechasse aproveitando a data de hoje né 20 de novembro eu queria que você me dissesse o que para você é ter consciência
negra o que é que a gente precisa enquanto brasileiro criar para termos de fato essa consciência negra para assumirmos uma consciência negra acho que eu tinha falado sobre isso né é a gente pensar uma árvore né a nossa comunidade é uma árvore mas a árvore só cresce por conta das raízes então a gente não pode se comportar como um fruto uma flor algo que está ali em torno né de uma árvore que está crescendo enquanto as raízes né não estão sendo eh cuidadas não estão sendo devidamente eh reverenciadas como a estrutura que está fazendo esse
povo ir adiante então ter consciência negra é reconhecer que os nossos passos vêm de longe né que a gente tem raiz nesse Território que a gente tem família nesse Território que a gente tem uma memória nesse território isso para mim é ter consciência negra é você ainda reconhecer que se você foi colocado na condição de outro né do homem branco esse outro se organizou reposicionou a sua humanidade dizendo Sim somos negros somos pessoas que têm história tradição repertório filosófico político temos estratégias até mesmo de controle de território porque quando a gente olha né O que
o Estado tem falado a existe Richa no território pessoal de Pau da Lima não pode passar por Águas Claras eu sempre digo isso aí é filosofia isso aí é filosofia banto isso é um bunto porque quando você mexe com um você mexe com todo mundo pode parecer até uma distorção mas não isso é uma forma da gente dizer não você mexeu com o nosso território você mexeu com membro da nossa comunidade Então você mexeu com todo mundo então ninguém da sua comunidade vai passar mais pela nossa comunidade Então isso é ter consciência negra de que
não pode ser apagado algo que ainda está latente dentro de nós que é o caminho de resistência de dignidade e de honraria ao continente africano a gente tá numa diáspora mas a gente mantém a partir de nossas posturas éticas né vívida né as nossas letras e as nossas condições de seguirmos em irê é o que eu percebo Quando eu olho para o povo e urubá que é o que eu tenho mais conexão assim né de DNA Eu fiz meu mapeamento genético Eu vim da Nigéria Eu vim da Nigéria chiqu quem é ouvinte raiz sabe que
a mesa de B só termina depois que alguém bota a Saira e hoje para botar essa Saira eu tô recebendo ela que é um fenômeno em Salvador idealizadora do projeto 120% lgb que a mais o paredão mais LGBT da Bahia e do mundo paulilo paredão e aí adoro cheguei com minha Saira chegou com a Saira rapaz e assim não tem o spoilers da Saira que ela vai botar então assim pode ser um pesadão pode ser uma coisa proibidona eu tô não sei o que que vai vir só tô aqui recebendo mande eu acho que é
leve eu acho que é leve se não for rel leve ótimo essa história foi uma história de carav é uma história de carnaval foi um ano que o carnaval foi patrocinado por uma cerveja daquelas que hoje em dia é bem baratinha assim bem uma água uma água assim de chuca qualquer coisa de chuca é ótimo e a gente estava curtindo o carnaval bebemos horrores fomos atrás do trio curtimos nosso Carnaval quando acabou né o o nosso percurso saímos do do da resenha do carnaval para comer enquanto na época não tinha Uber a gente tinha combinado
com o vizinho para buscar a gente pra gente ligasse enquanto ele chegava a gente parou num cachorro quente daquele que é cachorro quente tipo Subway que tem um monte de opção amo e aí Possivelmente aquela salsicha ali em dias de carnaval ô irmã e aí a minha amiga eu comi tranquilinha com comi um cachorro quente assim bem light pãozinho sal a outra amiga disse que ia no churrasco porque né era mais confiável e a minha terceira amiga minha segunda amiga foi n nesse cachorro quente com tudo ela botou ovo de codorna ela botou ela botou
tudo maionese eh eh coisa ralada um monte um monte de coisa um monte de coisa comemos o carro chegou e estávamos indo para emb boí pra casa de uma outra amiga que a gente ia passar o carnaval todo lá no caminho minha amiga já suando suando suando menina que calor tá fazendo e ninguém sentindo calor daqui a pouco a gente ouve o estômago dela já Vocês ouviram é dava para ouvir o dela e do ladinho dela aqui assim ó no carro e aí ela amiga começou a suar frio começou a suar frio me do céu
o moço do carro olha lá viu olha lá se segura Olha lá e a gente não sabia se era Momo a gente não sabia se era d de barriga a gente não sabia o que ela tava sentindo quando chegou em frente a a o a Universal ali no Emi tivemos que parar o carro ela saiu desesperada do carro a gente não sabia se fazia cabaninha não sabia o que fazia ela saiu do carro e se agachou já al embaixo do viaduto na frente tá igual igreja frente do shopping FR do shopping e da Igreja Universal
da igreja essa parte foi a melhor melhor é o que eu queria deixar ali no altar da igreja ela deixou ali na frente da igreja e não satisfeita ela se Limpou com a cueca não ia jogar a cueca fora porque ela disse que era uma cueca nova Oi então levou a cueca ali na trouxinha no carro o carro ficou empesteado fo de maluco Mona foi uma coisa horrível E aí seguimos vi meu Deus eu não entrava nesse carro não nem eu entrava nesse carro ai que agon nessa chur nessa gacha todo mundo dando risada todas
as janelas abertas para tentando evitar o odor não foi o suficiente chegando perto de casa ela teve que parar de novo e aí gente parou era tipo esse shopping de bairro que é um shopping aberto Sabe sim parou ali também na no no estacionamento Zinho do shopping oh meu Deus E ai foi insuportável porque não tinha mais o que o que limpar não tinha mais o cuec para ela se limpar não tinha mais nada para ela se limpar Então ela entrou no carro suja ah aí ela entrou ficou de e vocês são muito amigas viu
ficou deitada assim ó ela ficou tipo deitada com a bunda para cima porque o bof o motorista foi logo falando Ei não vai sentar no meu no meu carro assim não viu Bora com culpa aima aí ela foi meio deitada assim hoje é muito humilhação carnaval né a gente passa por cada coisa e ela tá bem hoje em dia tá viva não perdeu nenhum órgão nessa nessa brincadeira nunca mais comer um cachorro quente desavisada eu não como mais cachorro quente na rua assim qualquer cachorro Estou quente depois disso com certeza traumas e a cerveja também
banida banida do Rolê gente deve ter sido a mes eu acho que muita coisa ovo ovo de codorna Ah tinha um monte de coisas que eu nunca vi na vida é é um s de cachorro quente mesmo um monte de opão e a nesse Você poderia colocar um assim à vontade Ah eu adorei já aconteceu comigo Ah mentira e eu tava ao Pê aí Mena parei também peguei a folha mas eu fiz com a folha do pedido em licença e aí quando eu cheguei encontrei Algum cara que gostava de mim a primeira coisa que ele
fez foi assim na minha mão ó aí eu fiz meu Deus ele vai fazer isso assim ol você não sabe por onde essa mão passou minha irmã meu de na unha vai dar um tchau ai cuidado com o que vocês comem no Carnaval minha gente fica aí essa lição assim sabe essa lição cuidado com que vocês vão comer no carnaval gente traumatizada ai eu adorei amizade amizade eu achei eu acho que assim amizade é tudo assim ó Depois dessa provação que vocês passaram com ela só ficou a história né to vez vai no barzinho a
gente pega uma coisa para comer lembra dessa história olha lá viu Tem uma cueca Extra aí feixa não hein É tipo isso tem uma cueca Extra aí resultado ela ficou com a cueca ela disse que ficou disse que lavou e não com a cueca dela que era nova né [ __ ] é cueca não tá bar Olha gente eu queria agradecer mais uma vez a presença de vocês aqui muito obrigada pelas histórias pela aula pela aula muito obrigada por por nos conceder essa presença todos esses ensinamentos eu tô assim honrad Sima mais uma vez realizando
o sonho meu de minha mãe vou mandar mãe realizei nos sonho que é um beijo Dona Rosana minha irmã Eu que agradeço imensamente você é uma mulher muito potente né que as nossas ancestrais continuem alimentando o seu R de inteligência de repertório e alguns momentos eu fiquei totalmente embaraçada aqui é sinal de que as nossas ancestris fizeram um bom trabalho sua mãe também né porque ajudou a construir uma mulher firme forte né que me colocou numa saia que tá ada porque deveria est justa Eu gostei muito eu lhe agradeço que você continue influenciando que esse
programa né ganha o mundo a porque eu gostei de est aqui quando eu botei minha água eu convoquei algumas memórias quando eu botei essa cerveja outras memórias outras memórias eu gostei também viu minha irmã muito obrigada pela aula minha mãe é sua fã inclusive marrom paulilo deixar aqui registrar o que ela pediu ah verdade e foi realmente uma aula eu quando cheguei mas era para ter dado a go pedido a Go ai sogra Eu gosto da sogra de vocês a minha Ah minha sogra é Tima também gente alg um beijo sogra beijo já nci beijo
minha mãe beijo mãe beijo marrom paulilo ó quando tiver uma história venha viu já tá convidada aqui eu já sou que é babado e é isso gente por a gente fica por aqui muito obrigada pela presença muito obrigada por vocês estarem aqui ouvindo não se esqueçam de seguir compartilhar comentar porque isso ajuda muito a nós essa equipe toda e esses convidados maravilhosos então conto com a colaboração de vocês e até a semana que vem beijo Até breve por exemplo eu consigo ver muita gente da dessa geração z mais nova com discursos e em homens e
meninos com discursos completamente diferentes do dos outros de nós né sim de outros homens da nossa idade ou mais velhos Então eu acho que a geração nova chega para quebrar um pouco desse [Música] paradigma