E aí o Olá tudo bom Aqui é o Vinícius Siqueira no canal das Tortas e hoje a gente vai falar sobre a noção de dispositivo e Michel cocô e sobre a elaboração que agamben fez após com essa mesma noção para falar sobre o dispositivo o Michel ficou inicialmente a gente precisa pegar a situação onde de um jeito mais direto para o descreve o que é um dispositivo Isso faz parte de uma entrevista publicada sob o nome sobre a história da sexualidade e está dentro da microfísica do poder eu vou citar aqui o que aconteceu nesse
entrevista e como o cole falou sobre o dispositivo o entrevistador "para você qual o sentido EA função metodológica deste termo dispositivo eu vou colar responde "através deste termo tempo de marcar em primeiro lugar um conjunto Decididamente a ter o gênio que engloba discursos instituições organizações arquitetônicas decisões regulamentares leis medidas administrativas e no eu tive que os proposições filosóficas Morais filantrópicas em suma o dito eo não dito são os elementos do dispositivo o dispositivo é a rede que se pode estabelecer entre estes elementos Esse é o primeiro pedaço da situação aqui a gente já compreendi que
o dispositivo ele vai englobar o que se fala mas também as relações de poder mas também aposto no próprio conjunto arquitetônico das instituições é dos locais Onde se pratica as relações de poder onde circulam os enunciados a respeito do objeto principal do dispositivo Esse é o primeiro. O gol Continua em segundo lugar gostaria de demarcar a natureza da relação que pode existir entre estes elementos heterogêneos sendo assim tá o discurso pode aparecer como programa de uma instituição ou ao contrário como elemento que permite justificar e mascarar uma prática que permanece muda pode ainda funcionar como
reinterpretação dessa prática dando-lhe acesso ao novo campo de racionalidade em suma Entre esses elementos discursivos ou não o tipo de jogo ou seja mudanças de posição modificações de funções que também podem ser muito diferentes em terceiro lugar não tendo dispositivo como um tipo de Formação que em um determinado momento histórico teve como função principal responder a uma urgência o dispositivo tem portanto uma função estratégica dominante este for o caso por exemplo da absorção de uma massa de população flutuante que uma economia de tipo essencialmente mercantilista a chave incômoda existe a um imperativo estratégico funcionando como
Matriz de um dispositivo e pouco a pouco tornou-se o dispositivo de controle dominação da loucura da doença mental da neurose que a gente tem aqui no final muito importante o dispositivo é esse conjunto de relações de saberes relações de poder o dispositivo ele vai a todo instante da condição para o nascimento de um certo tipo de subjetividade de uma certa forma de subjetivação e um dispositivo ele tem uma a limpo ali que também é como essa estratégia Vale lembrar que provocou estratégia não tem estrategista é uma combinação das relações de força e acabam tendo um
sentido prático na sua combinação da sua somatória enfim na sua aritmética própria Então você tem ali um conjunto de relações de força e esse conjunto quando o visto no todo caminha para um sentido vai desocupou de uma sociedade punitiva por exemplo o que a gente tem aqui então para resumir trocou o dispositivo funciona como uma estratégia e ao mesmo tempo um conjunto de relações de poder de relações discursivas na relações de saberes entre enunciados enfim o espaço que não é físico necessariamente mas não circulam os enunciados dos discursos que compreendem o objeto desse dispositivo e
o espaço onde também são exercidas as relações de força que compreendem esse esse dispositivo basicamente é um cruzamento entre por e saber que gera espaços com funções de sujeito né formas de subjetividade vão emergindo disso você não construídas você não marcadas disciplinados vão ser um controladas vão ser no construídas Esse é o primeiro ponto dispositivo da sexualidade por exemplo ele está em vários locais ele tá no hospital tá na clínica ele tá na escola na religião na família e todos esses locais físicos mas ele pertence ao espaço propriamente da sexualidade quem está na nossa sociedade
é um espaço social e ali você tem um discurso próprio da sexualidade discurso que combina lá patologização da criança que se masturba ou na criação o surgimento da mulher histérica por exemplo esse discurso não é só o dito também ou não dito a existência própria das Clínicas a existência própria dos espaços hospitalares a existência própria de uma separação dos quartos dentro de uma de uma casa de família a existência própria de uma e para meninos e meninas de um palito também as relações de poder que se pode colocar em um jogo relações de poder que
a gente vê por exemplo com os mecanismos disciplinares aplicando normas que devem ser seguidas para você ter um contato mais honesto com seu corpo né Por exemplo não se pode transar pelo prazer não é para reprodução não se pode se masturbar você pode ir se tocar e junto a isso também o a perspectiva biopolítica que a gente pode dar o próprio exemplo do fruto do cocô né é o cocô ele vai dizer o seguinte no início da da origem da figura da histérica havia uma ligação muito forte com a impossibilidade da estética se reproduzir ali
uma medida estatística também colocado no jogo como questão que é uma Medida no fundo do fundo biopolítica né uma perspectiva do biopoder para se olhar a reprodução da sociedade tentar minar um problema que poderia abaixar as taxas de nascimento para a gente tem esse primeiro ponto é a parte mais pouco Tatiana agora a gente vai para citação do agamben como ele consegue elaborar em cima disso agamben tem um texto chamado o que é o dispositivo ele vai dizer isso "generalizando posteriormente a já amplíssima classe dos dispositivos cotianos chamarei literalmente de dispositivo qualquer coisa que tenha
de algum modo a capacidade de capturar orientar determinar Inter como modelar controlar e assegurar os gestos as condutas as opiniões e os discursos dos seres viventes não somente portanto as prisões manicômios o panóptico as escolas As Confissões as fábricas as disciplinas as medidas jurídicas etc cuja conexão com o poder e em certo sentido Evidente mas também a caneta a escritura literatura a filosofia agricultura o cigarro a navegação os computadores dos telefones celulares é porque não a linguagem mesma que talvez é o mais antigo dos dispositivos em que há milhares e milhares de anos um primata
provavelmente sem dar-se conta das consequências que se seguiriam teve algum consciência de se deixar capturar tem que a gente tem aqui uma noção de dispositivo que é um pouco mais Ampla e que leva em consideração também a caneta por exemplo porque a caneta a caneta ela controla o gesto a caneta ela possibilita um gesto controla o gesto e legítimo gesto gesto da escrita é simplesmente o gesto da escrita mas também é escrita com sendo o elemento central de uma sociedade Global globalizada e acima de tudo uma sociedade onde você precisa ser Alfabetizado a caneta sozinha
ela não é nada mas a caneta faz parte justamente de um em um certo discurso de um certo saber que vai colocar a intelectualidade como algo que deve acontecer alfabetização como algo que deve acontecer no fundo no fundo aquele afã Iluminista de que todos são Racionais produção iguais dessa maneira todos podem é ver direitinho a situações que acontecem no dia a dia a todos podem entrar em contato com as luzes no fundo no fundo o uso da caneta a escrita como tal na nossa sociedade é a banalidade da escrita todo mundo tem que saber se
escrever indica muito de como existe uma hegemonia desse pensamento da passionalidade da escrita como sendo o elemento essencial para se conseguir isso o mundo independentemente de na prática seres ou não da prática é isso de fato mas é isso também e atravessa justamente da estruturação que existe em torno desse dispositivo e o funcionamento como dispositivo e aqui traga para caneta de novo também a como estratégia a estratégia da da Razão como constitutiva do sujeito como constitutiva do ser humano todo com constitutiva daquilo que é o sujeito moderno e a gente tenta um lado que são
as relações aquele poder do outro lado a estratégia a resultante que nasce dessas relações o sentido que ela acaba tendo é mais uma gambi além de colocar outros elementos como dispositivos ele vai ter uma tese muito interessante sobre a contemporaneidade ele vai dizer que contemporaneidade é o tempo da proliferação dos dispositivos e ele dá o exemplo do celular ele vai dizer que o celulares aprisionam aqueles que usam a todo instante você tá ali chegando notificações de aplicativos enfim a todo momento o celular um elemento que faz parte do nosso dia-a-dia celular quase uma extensão da
nossa possibilidade de ter uma consciência do mundo né a nossa é uma extensão da possibilidade de se comunicar de receber e enviar informações hoje é meio que essencial no dia a dia de boa parte das pessoas do Brasil por exemplo e partiu exemplo também é possível dizer do Adam bem desisto que em todos os momentos da nossa vida nós estamos em contato com dispositivos a todo instante estamos em contato com dispositivos na agora nessa nessa grande consolidação do sistema capitalista a mamãe vai dizer que o dispositivo é um daqueles elementos que tornam nos tornam o
sujeito que somos né faz do homem homem faz da mulher mulher só elemento constitutivo não é muito bem uma questão de escolha compreende é uma questão de Constituição mesmo sujeito que somos hoje depende dos dispositivos é que a partir de suas estratégias vão mudando o mundo criando o outro como Nós não entendemos mas o grande. Aqui é que todo sujeito vai dar uma gama e também carrega consigo a num certo desejo de felicidade por exemplo desejo um super humano de felicidade o ponto dos dispositivos é potencializar esse desejo retirando do ser vivente retira o ser
vivente potencializada uma forma e constitui o sujeito a partir da Estratégia a própria do dispositivo e o grande ponto que fica aqui após esse primeiro grande. É como que a gente faz para lidar com os dispositivos é o Adão e não dá uma resposta para isso nem umas capô Pô dá uma resposta para isso O que é evidente também que só parar de usar o celular não significa muita coisa né o nosso mundo ele é feito para que o uso do celular por exemplo dando como exemplo o celular seja algo cotidiano seja algo sempre presente
né o grande ponta como é que agente faz para alterar o dispositivo como a gente faz parte da Estratégia Global nesse dispositivo num caminho e nesse número sentido que nós vemos hoje na dependência com celular é até mesmo numa numa impossibilidade de se concentrar devido aos estímulos que temos cotidianamente o dia inteiro com o celulares enfim cocô a gente lida com isso fica essa questão é com certeza a resposta no individual repito talvez parar de usar o celular não seja o suficiente para desacoplar esse dispositivo do nosso dia a dia para fazer um parar de
construir sujeitos a pergunta que fica é organizadamente coletivamente é possível de qual maneira como E é difícil responder mas fica essa pergunta responda nos comentários Qual a sua opinião eu não é Vinícius Siqueira Muito obrigado até a próxima