Uma Questão de Saúde: Trajetória da Psicologia Hospitalar em São Paulo

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Conselho Regional de Psicologia de São Paulo
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[Aplausos] [Música] [Música] as diferentes áreas de conhecimento e de atuação profissional do psicólogo hospitalar derivam das várias profissões ciências e saberes que confluíram para a definição da profissão e do campo de conhecimento da Psicologia em outra vertente históri a consolidação do campo da Psicologia hospitalar tem relação Direta com as transformações na Instituição hospitalar nas primeiras décadas do século passado somente na metade do século XX com a produção industrial dos quimioterápicos como os antibióticos acompanhada da incorporação de produtos tecnológicos é que o hospital adquiriu características e missões novas próprias de seu modelo contemporâneo os modernos métodos
de enfermagem a anestesia a sepsia e os raios X modificaram por completo a estrutura dos hospitais com a introdução de salas de cirurgia aparelhagem adequada e novos conceitos de arquitetura e organização do espaço de tratamento o hospital passou a ocupar um novo lugar não apenas na Esfera da Saúde mas na sociedade em geral com o processo de modernização Industrial o hospital tornou-se um lugar de tratamento e operação por meio de métodos científicos no interior da instituição hospitalar a função dos diferentes profissionais e saberes também mudou no decorrer do século XX profissão regulamentada em São Paulo
desde 1939 As Enfermeiras formadas em cursos reconhecidos pelo governo passaram aos poucos a ocupar o lugar que antes era reservado às irmãs de caridade as religiosas além dos cuidados físicos dispensados aos doentes se propunham a dar assistência espiritual e emocional desempenhando atividades depois absorvidas pelos assistentes sociais e posteriormente pelos psicólogos desde a década de 1940 a psicologia fazia parte do currículo e da formação das alunas da escola de enfermagem da faculdade de medicina da Universidade de São Paulo tendo entre seus professores Otto klinenberg que teve importante atuação junto ao curso de psicologia na faculdade de
Filosofia da USP nos anos 1950 a psicologia começa a ter importância enquanto conhecimento e atuação na Instituição hospitalar inicialmente com intervenções pontuais e participação em pesquisas com um estudo coordenado pelo médico Raul Briquet e pela psicóloga Bet katzenstein para a introdução do sistema de alojamento conjunto na maternidade do hospital das Clínicas em 1950 em 1954 a psicóloga Matilde Neder é convidada pelo chefe do grupo de cirurgia de coluna do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas para prestar acompanhamento psicológico às crianças submetidas à cirurgia e também às suas famílias esta atuação marca o
início de uma carreira de mais de meio século dedicada à psicologia hospitalar daquela que é considerada a mais importante Pioneira na área e é o problema básico desse grupo é que eles faziam a cirurgia das crianças e não sabiam eles como e por as crianças se atiravam não todas né claro eram uma ou outra caíam e quebravam o gesso eh prejudicavam a cirurgia eu vi relativamente rápido que aquelas crianças estavam com medo estavam se sentindo sozinhas assustadas e as mães estavam não próximas a essas crianças eu pedi para falar com as mães tratei de aproximar
as mães dessas crianças os profissionais As Enfermeiras e os médicos tratar de aproximá-los dessas crianças são crianças que estavam ali imagina uma criança sofre cirurgia está ali não sabe o que tá acontecendo e medo né pavor e se atirava criada em 1955 a sessão de higiene mental da Pediatria do HC foi desde o início um grupo multiprofissional formado por psiquiatras psicólogos e assistentes sociais a psicóloga aidil ma sedo de Queiroz atendia no ambulatório na enfermaria pediátrica e os pacientes encaminhados pela as outras clínicas na década de 1950 outra psicóloga é contratada e em 1959 a
equipe passa a contar com quatro Estagiários de Psicologia por meio de um convênio firmado com a faculdade de Filosofia São Bento que havia iniciado há pouco seu curso de graduação reg mental tem uma história longa né ela ela começa em 1955 eh ainda ligada à Clínica Pediátrica que funcionava dentro do Instituto Central não existia o instituto da criança como um prédio uma unidade a parte e ela começou na verdade com basicamente três profissionais um psicólogo um psiquiatra uma psiquiatra Na verdade uma assistente social né Eh desde o começo com essa visão multi com essa visão
de de poder estar atendendo outras clínicas A diferença é que ela tinha um pressuposto de eh um trabalho psicoprofilático que tava eh enraizado na própria criação no próprio nome higiene mental né eh uma definição da Organização Mundial de Saúde Com relação a a o que que era ên mental o que que era saúde mental no sentido de você tá integrando o indivíduo ao seu grupo adaptando o indivíduo ao seu grupo com essa proposta eh eh os trabalhos foram sendo desenvolvidos durante muito tempo tanto na parte de assistência Quanto na parte de ensino e acho que
isso é uma característica interessante da da então sessão de higiene mental e não serviço de higiene mental Néa uma sessão da Clínica Pediátrica eh foi a atenção eh ao pediatra a a a enfermagem aos atendentes de enfermagem em relação a cursos em relação à formação em relação a discussão eh dos atendimentos do trabalho quer dizer todo o tempo teve uma preocupação com relação a essa parte de ensino ainda na década de 1950 com a inauguração do Instituto Nacional de reabilitação inar Matilde Neder foi convidada a integrar a equipe multidisciplinar que trabalharia no Instituto fundado pela
ONU em 1957 o inar era um centro multiprofissional com médicos psicólogos assistentes sociais terapeutas ocupacionais fisioterapeutas e enfermeiras tinha por objetivo formar técnicos e produzir conhecimento sobre centros de reabilitação em diferentes realidades socioeconômicas inar Instituto Nacional de reabilitação Mas é uma organização eh sustentada criada pela ONU todos os funcionários ali vinham de diferentes partes do mundo cada um numa especialidade né próteses órteses e cegos era um pessoal que dava uma consideração humana para aqueles pacientes e via ali um trabalho de equipe muito bem definido muito bem definido e era o que eu queria eu trabalhava
em equipe fora dali mas eram eram pequenas equipes que a gente formava o médico aquela assistente social Amiga essa psicóloga outra eh mas ali estava algo profissionalmente bem delineado como um trabalho de equipe sabe consideração ao ser humano Achei um respeito muito grande para com os pacientes falei não aqui e tem algo para mim que correspondia à minhas inclinações a entrada do psicólogo na Instituição hospitalar se deu inicialmente em instituições públicas no caso do complexo do Hospital das Clínicas da USP a partir dos anos 1950 novos psicólogos vão se integrando e atuando em outros serviços
como na clínica psiquiátrica em 1958 na higiene mental do Instituto Central em 1963 E logo depois na Clínica otorrinolaringológica no Hospital do Servidor público estadual inaugurado em 1961 a contratação de psicólogos se deu nos primeiros anos de funcionamento com a regulamentação da profissão em 1962 se observa um aumento embora lento da atuação do psicólogo nos hospitais em São Paulo e em cidades do interior do Estado então no terceiro ano de faculdade eu fui fazer estágio com professora Teresa pontual de Lemos metel minha querida orientadora eh orientadora de do meu início na psicologia hospitalar eh e
a Teresa é uma pessoa que tinha as mesmas preocupações de sistematização de organização da observação para uma compreensão boa do paciente e para minha percepção era uma das primeiras pessoas a est trabalhando em psicologia hospitalar no Brasil pelo menos ali em R Preto ela tava acabando de chegar nos Estados Unidos eh com um conhecimento muito grande um trabalho muito grande com importantes pesquisadores na área de modificação do comportamento nos Estados Unidos e a Teresa sempre foi uma grande professora tinha muita vontade de ensinar e E era uma mãezona para ensinar porque ela efetivamente nos educava
eh naquilo que é fundamental na preparação de um de um bom psicólogo hospitalar ou de um bom psicólogo na área da saúde que era o resp peito ao paciente a observação adequada de todas as variáveis envolvidas no tratamento o adequado relacionamento com as equipes médicas a partir do momento que eu efetivamente fui contratado 74 eh eu já tinha uma série de responsabilidades dentro do hospital como voluntário eh e eu já via pacientes em diversas clínicas em colaboração com a Teresa psicologia hospitalar a psicologia dentro do hospital da Saúde dentro do hospital não era muito conhecida
divulgada querida a percepção que os médicos tinham do que era o papel do psicólogo do hospital ainda era um pouco defasada em relação ao que existia na realidade internacional por exemplo o médico brasileiro via naquela época muito o psicólogo como um psicometrista um indivíduo nada contra a psicometria mas ele só enxergava o psicólogo sim o indivíduo que vai eh aplicar testes para avaliar o paciente dizer se o paciente pode ou não pode esteou aquele procedimento médico o hospital funcionava assim com relação à psicologia ao serviço da aquele serviço de Psicologia tinha psicólogas contratadas cada uma
fazendo uma prática muito bem dentro de consultório mesmo era um consultório dentro do hospital então elas ficavam sentadas no quarto andar quando havia uma solicitação essa solicitação eraa preenchida pelo médico apenas eh numa folhinha amarela até hoje é famosa as folhas amarelas em que ele punha a identificação do paciente o motivo da solicitação e isso ia para uma pasta na psicologia e nessa pasta então o psicólogo que tivesse disponível que tinha encerrado um caso vamos dizer assim né Eh ia até a pasta e via o que que ele queria atender então se eu quisesse atender
mais homens mais adolescentes mais pacientes vindo de uma clínica determinada eu ia naquela pasta e esia eh o complexo HC inteiro mandava os pedidos de consulta para essa pasta então Eh se tivesse um caso de depressão tentativa de suicídio qualquer coisa que uma outra clínica a dermatologia Neurologia quisesse mandava para um estudo de Psiquiatria e ia pra pasta o o cliente eh passava pelo médico pela assistente social pelo psicólogo que fazia avaliação psicológica e depois ele ia para para a orientação profissional e por isso como o psicólogo ali trabalha trabalhava na orientação profissional também eu
defendia muito a ideia na época de que o psicólogo no hospital não é um psicólogo Clínico apenas ele pode ser um psicólogo organizacional e fazer Clínica enquanto ele faz o psicologia organizacional também porque ele tem tinha que entender de trabalho de colocação na comunidade de tendências e enfim o psicólogo não era só aquele que conhecia os testes de de tat rochas e Outros tantos importantes ele tinha que conhecer algo sobre a a reabilitação no aspecto profissional também eu era psicóloga clínica eu fazia psicoterapia era observadora e acompanhante de Noemi rudolfer ela fazia psicoterapia com as
crianças e eu visitava as famílias dormia em casa dos meus dos pacientes dela observava de perto então eu eu tinha tudo para ser clínica psicoterapeuta então de repente eu me vi fazendo e cuidando de aspecto profissional também a partir de meados da década de 970 existem nos hospitais da capital vários serviços de Psicologia coordenados por psicólogos um Marco neste sentido foi a fundação do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas o Incor em 1974 com um setor bem definido um lugar reconhecido e vários profissionais trabalhando em 1977 quando o Incor Começou a funcionar foi também
realizado o primeiro concurso público para psicólogos do HC o que permitiu a regularização de vários profissionais que trabalhavam nos institutos do complexo foram eleitos Ou foram escolhidos 13 profissionais do complexo HC para vir aqui montar o funcionamento do Incor então cada um vinha com a responsabilidade de montar o seu próprio serviço a sua própria área de conhecimento e cada um de nós vinha também como um colaborador de uma equipe e que e começava a trabalhar em conjunto isso faz a construção do hospital e da do respeito do trabalho multidisciplinar extremamente diferente do que você ter
um hospital funcionando e e alguém e entrar né nesta nesta ser inserido nessas tarefas Então a próxima pergunta seria baseada no que que você construiu esse serviço de psicologia e eu digo que eu construí baseado na minha experiência de 4 anos de HC porque eu aprendi tudo o que não devia ser feito então o modelo construído aqui no Incor foi baseado em cima do não modelo então lá tem uma pasta o sujeito fica sentado alguém decide se precisa ser feito o que vai ser feito etc etc a orientação não incorre não psicólogo tem que estar
andando no corredor psicólogo tem que ver a família na hora da visita eh o psicólogo tem que sentar com médico e discutir o caso Clínico o psicólogo vai decidir se aquilo lá é uma ação importante ou não se é uma necessidade ou não o psicólogo vai sentar e dizer Opa estão fazendo um grupo de transplante então espa um pouquinho só eu tenho uma contribuição para dar vocês não previram mas eu posso te dizer como vai ser e e assim por diante isso isso daí eu acho que não pode abrir mão mesmo você não pode estar
trancada ent uma sala você não pode ser alienado ao que a equipe tá fazendo você não pode eh partir do pressuposto que tudo é interpretação comportamental porque nós temos uma quantidade de drogas enorme participando nesta eh nessa Mudança de Comportamento eu tenho o ambiente colaborando para essa mudança de comportamento então diferente sujeito tá na UTI tá no ambulatório ele tem comportamentos completamente diferentes então isso isso tá encrustado no modelo eu diria que a parte eh o CNE do modelo né a parte que Dá para mudar eh assim como registrar no prontuário e fazer com que
os registros sejam úteis para pra equipe multiprofissional e não só aquele célebre célebre eh registro o paciente está em acompanhamento tá sendo visto pela psicologia quer dizer que contribuição você tá dando eh se você tiver alguma coisa que seja eticamente muito pessoal e que só você sabe você tem que dizer ao paciente que você faz parte de uma equipe e que isso vai determinar o cuidado dele então isso tem que ser compartilhado pela equipe e compartilhado dentro de uma ética superior à profissão de cada um de nós em separado é compartilhado dentro de uma ética
da equipe mas que vai fazer toda a diferença no tratamento quem é a instituição pediátrica para nós instituição pediátrica para nós é a criança e a equipe de saúde e atuação então deixa de ser aquela que é mais um atendimento vamos dizer eh junto com com outras categorias profissionais com outros categorias da área de saúde eh para ser um trabalho que vai dar conta daquilo que acontece com a criança daquilo que acontece na relação da da daquilo que é possível a pediatra compreender ou ter de subsídios para atender essa criança e essa família eh esse
é o grande norteador Acho que sempre foi talvez sem essa definição desde o começo a criança e a equipe de saúde em vários momentos da história essa história registrada que eu tenho no serviço eu percebo que esse sempre foi a tônica a criança e uma criança não nasce num vazio então a família eh por tabela tá envolvida né E E a equipe de saúde aí considerando todos mas aquele que na verdade dominante na instituição que é o médico e que recebe essas crianças por princípio logo de cara chega primeiro pro médico e depois para qualquer
um do dos outros né inclusive nós ao redor de 73 74 1973 1974 a visão que os médicos tinham do papel do psicólogo era de um profissional auxiliar que viesse para aplicar testes e dizer se um paciente podia ou não ser submetido a determinados procedimentos médicos não existia uma verdadeira interação de equipe e eu acho que não existia nenhum tipo de equipe na realidade se chamava um outro profissional o médico aceitava com muita facilidade a participação da enfermeira como parte da equipe um profissional bem subordinado a Ele sem nenhum questionamento semum participação em processos diagnósticos
ou terapêuticos progressivamente desde então o que se construiu no Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto foi uma participação cada vez mais ativa do psicólogo nas equipes hospitalares eu acho que de início a gente começou um trabalho eh primeiro atendendo pedidos de interconsulta eh então existia um problema de uma criança internada na enfermaria de Pediatria que tava ida e se achava que isso estava Escapando do do da área do psiquiatra que era um problema mais psicológico e aí chamava o psicólogo para ver se ajudava nesse processo e a gente então atendia os pedidos de interconsulta de
inicial Inicialmente um predomínio muito grande de pedidos de atendimento de criança que acho que é a demanda maior PR as pessoas ver uma criança sofrendo chamar o psicólogo para ajudar eh esse trabalho foi se estendendo ainda na forma de pedidos de inter consulta para para várias outras clínicas do hospital uma das atividades mais importantes desenvolvidas pelo psicólogo no hospital é a interconsulta que começou como um trabalho de psiquiatria na Assessoria a médicos não psiquiatras No Brasil esta atividade começou na década de 1950 em instituições como o hospital dos comerciários de São Paulo em 1954 e
a higiene mental da Pediatria do Hospital das Clínicas desde 1977 o serviço de interconsulta é um programa de treinamento de residentes na Escola Paulista de Medicina atualmente a grande maioria dos hospitais Gerais que mantém um setor de psiquiatria conta com serviços de interconsulta médico-psicológica o trabalho da interconsulta El ele busca exatamente uma integralização dos aspectos sociais e psicológicos na questão do do adoecer né da da área biológica vamos dizer assim então a gente procura com esse trabalho aproximar não só o paciente e e prestar assistência ao paciente que tá sofrendo não só pela doença mas
pela interrupção da própria vida mudança de projetos mudança na rotina quer dizer há um sofrimento do paciente da sua família nesse momento mas como também poder amparar e poder cuidar e e e até capacitar os profissionais da área de saúde que estão cuidando dele né mas a assessoria era uma forma que a gente achava extremamente válida porque ela era colocar um profissional da nossa área dentro de uma equipe dentro de uma unidade eh discutir as questões daquela equipe eh produzir um conhecimento a partir das questões trazidas por aquela equipe seja caso de seja a abordagem
de um caso seja a compreensão seja uma forma de intervenção seja uma uma uma possibilidade de discussão do Papel desse pediatra da função ou do incômodo desse pediatra a atender determinada criança ou determinada situação né ou seja e criar um conhecimento a partir disso que gerasse uma escrita que gerasse uma pesquisa que gerasse uma Fundação pro pediatra uma fundamentação pro pediatra atuar né então e a ideia da assessoria vingou por muitos e muitos anos Qual era esse lugar que tinha que se sustentado um lugar de não dar respostas prontas um lugar que não era de
suprimir sintomas que é o grande pedido né se você suprime os sintomas que aí fica tudo tranquilo e o tratamento pode continuar não era um lugar de suprimir sintomas ao contrário era um lugar de pôr questões era um lugar de interrogar o pediatra um lugar de interrogar o paciente né e um lugar difícil de sustentar isso um modelo eh analítico de atuação numa Assessoria com o aumento do interesse dos psicólogos pela atuação em hospitais começaram a surgir os primeiros cursos de Psicologia hospitalar tanto na graduação como na pós--graduação desde o projeto de regulamentação da profissão
em 1958 a disciplina psicologia aplicada à Medicina já era prevista como optativa no currículo de graduação no entanto até o ano de 1977 quando foi formalmente introduzida na PUC a disciplina não constava em nenhum curso de graduação pouco depois começam a se organizar os primeiros cursos de especialização na área até que eu não me lembro direito o ano se é 76 ou 78 nós resolvemos criar a primeira residência em psicologia quer dizer hoje eu sei que ela é a primeira residência mas Nós criamos uma residência em psicologia se permitiu que criasse que fosse criado dentro
do Hospital das Clínicas de Ribeirão uma residência em psicologia que nós denominamos hoje eu digo inadequadamente de residência em psicologia Clínica o inadequado do título é o clínica porque não era uma residência em psicologia Clínica era uma residência em psicologia hospitalar eh mas essa residência atendia nesse programa de residência eh a o objetivo era formação de novos profissionais psicólogos recém-formados num processo de Treinamento aprendizado durante a execução de tarefas a se tornarem bons psicólogos dentro de um hospital eu fui até Ribeirão Preto conhecer esse projeto ver como é que funcionava quais eram as exigências e
foi um contato muito rico e quando eu voltei eh que eu apresentei a direção superior do Incor essa essa proposta né que eu fiz essa proposta paraa direção superior do Incor eh dois nichos se abriram a enfermagem fazer a residência e a psicologia fazer a residência houve uma tramitação bastante intensa a Superintendência acaba autorizando a partir de 1983 então foi quando esses dois essas duas áreas começam o programa de naquela época a gente chamava de residência ainda para não médicos em todo o complexo HC is começa nessas duas profissões no ano seguinte então esse projeto
passa a ser tão importante tão bem aceito que a Superintendência resolve abrir para todas as outras profissões não médicas e em todos os institutos então foi um modelo que começou com a psicologia e com a enfermagem e começa um movimento dentro de um órgão do Governo que é a Fundap do Governo do Estado de São Paulo que é a Fundap eh para normatizar esses programas de residência Então a primeira coisa que a Fundap faz é cortar o nome residência e passar para aprimoramento por quê Porque tinha uma implicação em custos são eles que dão até
hoje as bolsas dos residentes médicos e e ela é de um valor superior ao dos aprimorandos não médicos né ou da equipe multiprofissional mas daí eh independente disso a Fundap começa também a se estruturar em termos de eh avaliações trimestrais de ouvir também o supervisor de critérios para aprovar os programas de um mínimo de horas então ela começa a fazer essa estrutura eh administrativa enquanto que os locais aonde vão se desenvolver esses programas de aprimoramento eh começam a se estruturar do ponto de vista científico e da formação do supervisor o Conselho Federal de Psicologia muito
oportunamente faz uma legislação uma normatização do que são os programas de Psicologia eu participei da comissão do Conselho que levou muito em conta a nossa experiência de Ribeirão e outras experiências de outros locais do Brasil e denomina residência entendendo esse programa de Formação entendendo que residência é o nome que descreve um processo de formação e não e algo exclusivo da área médica a questão do pagamento é questão prisa ser resolvida de uma outra forma né não simplesmente através da da troca dos nomes o nosso programa heroicamente continua Resistindo então eles disseram olha vocês têm que
chamar aprimoramento então nós chamamos aprimoramento em aspas residência em psicologia Clínica quer dizer ninguém pode me obrigar a mudar o nome do meu programa Eu Quero manter a tradição Histórica de que esse programa se chamou residência recebeu como recebem as residências médicas hoje na expectativa de que um dia se enxergue que as diferentes profissões de saúde tem muita coisa em comum e que os treinamentos são muito semelhantes e que devam ser respeitados assim o programa de aprimoramento profissional da Fundap representou uma importante iniciativa para estabelecer e consolidar padrões adequados de atendimento tendo um forte impacto
na formação de novos profissionais em diversas instituições do Estado iniciou desde a partir da década de 80 e até hoje é um programa de 2 anos aonde os psicólogos têm experiência nos nas diversas atuações dentro do hospital né quer dizer em ambulatório em programas longitudinais em psicoterapia enfermaria psiquiátrica né atuação com paciente em crise eh e o trabalho da interconsulta psiquiátrica e psicológica né que é o trabalho dentro do Hospital Ribeirão tem hoje o Hospital das Clínicas de Ribeirão tem hoje sob a minha coordenação dois programas um programa que chama residência em psicologia clínica o
que faz na realidade o conteúdo é um programa de Treinamento durante o exercício profissional na área de psicologia da saúde em hospitais e um programa de promoção de saúde na comunidade que é o que o nome diz no programa de Psicologia clínica que na realidade faz psicologia hospitalar Hoje nós estamos com uma função extremamente diversificada em praticamente todas as clínicas do hospital nós atendemos pedidos de interconsulta eh desde cirurgia pediátrica quer dizer crianças que vão passar por um procedimento cirúrgico e que precisam de um acompanhamento e preparação psicológica até acompanhamento de pacientes terminais eh em
clínicas muito complexas como gastrocirurgia por exemplo e a partir de então nós começamos a formar os profissionais eh não só de São Paulo mas de todo o Brasil para levar esse modelo para o seu local de origem e para abrir inclusive frentes de trabalho agora muito mais credenciadas e mais habilitadas para desenvolver a prática da Psicologia clínica na área hospitalar o psicólogo hospitalar participa também na formação de outros profissionais da área da saúde a psicologia médica aparece como curso pela primeira vez em 1952 na faculdade de medicina de Ribeirão Preto e em 1956 na Escola
Paulista de Medicina na década de 1960 os programas de Psicologia médica foram implantados de forma mais Ampla e efetiva difundindo-se posteriormente e atingindo atualmente quase a universalização a ideia do serviço de atenção psicossocial integrada em saúde que é o saps ele ele tem um objetivo que é o da continuidade né então a gente inicia o trabalho desde o momento da graduação com os estudantes né de medicina com curso de psicologia médica então assim todos os esses profissionais que eu tava te contando os psicólogos contratados do saps eles são professores também da Psicologia médica ele tem
eles têm diversas atuações né atuação de Coordenadoria como professor na psicologia médica como profissionais de ligação nas enfermarias Então são diversas as atuações do psicólogo dentro do saps e essa ideia de continuidade é assim é você começar trabalhando desde o estudante de medicina né que que fez essa escolha e que vai começar a se deparar aí com diversas questões e a a a sua atuação né a a prática a assistência e também as questões de capacitação né que a educação continuada aos profissionais de saúde que que trabalham no hospital na Instituição Então a gente tem
essas esses três focos né que é o do ensino o da assistência e o da capacitação então assim tem tem particularidades também no trabalho do médico que precisa ser contemplado com com com um trabalho de ensino a gente tá chamando de ensino não só o ensino formal ensino eh aula né mas o ensino na medida em que discussão traz traz conhecimento na medida em que eh elaboração de um uma estratégia para atuação com o paciente traz um conhecimento faculdade medicina de Ribeirão Preto abriu cursos novos na área de Fonoaudiologia nutrição fisioterapia terapia ocupacional esses profissionais
também precisam aprender psicologia e e a como lidar com seus pacientes e como se estabelecem as relações interpessoais Então os psicólogos que ministravam psicologia médica passam a ministrar agora também psicologia das relações interpessoais e na as práticas pelas quais passam seja o estudante de medicina seja os estudantes de Fonoaudiologia nutrição terapia ocupacional eles são supervisionados por psicólogos contratados que estão desenvolvendo tarefas em ambulatórios ou enfermarias onde se vê pacientes no Hospital das Clínicas de Ribeirão então eles vão lá e vem pelos olhos do instrutor dessa aula O que é a psicologia do paciente naquele aspecto
além do ensino para residentes a gente também tem uma disciplina na pós-graduação em pediatria a gente tem mdulos no curso especialização em pediatria a gente tem uma uma aula que faz parte da graduação de físio da F e da terapia ocupacional nós temos uma disciplina optativa na partir do quto ano da graduação em medicina o aprimoramento que é de 1 ano a partir dos anos 1980s interesse e do número de psicólogos atuando dentro dos hospitais especialmente em áreas que tiveram grande desenvolvimento como a cardiologia e posteriormente a Oncologia a psicologia hospitalar se apresenta como uma
nova opção especialmente para o grande número de psicólogos que chegam ao mercado de trabalho e que tem o modelo Clínico como ideal profissional uma prova deste interesse foi a grande repercussão do primeiro encontro nacional de psicólogos da área hospitalar organizado pelos psicólogos do Incor e do HC em 1983 e qual não foi a nossa surpresa que apareceram ônibus inteiro de gente descendo com a mala assim tinha nós nossa mobilizamos 900 eh eh pessoas que vieram prestar atenção naqueles depoimentos que a gente estava imaginando que seria meramente um encontro de sentar e contar o que eu
faço onde eu tô enfim 900 pessoas então não cabia o anfiteatro era para 600 não não tinha condição nem se sentasse no chão não tinha condição de absorver tudo aquilo e rapidamente a fundação de novo foi muito permeável e se dispôs a a a equipar as outros dois auditórios que tinha no centro de convenções com televisões para transmissão simultânea e de forma que todos aproveitassem da melhor maneira possível eh eh eh as ideias estavam sendo trocadas e como final do encontro eh o grupo que que veio assistir de participantes mesmo se mobilizou para que aquele
lá fosse nomeado como sendo o primeiro encontro e que e a cada do anos esse encontro eh tivesse uma continuidade e que buscasse mesmo atualizar não só informar mas atualizar contar essas essas Eh esses ganhos essas mudanças que a gente estava vislumbrando num cenário que no momento era um cenário só informativo passou a ser um cenário até de Formação mesmo de possibilidade de encontros entre as pessoas esse encontro então o segundo foi realizado aqui em São Paulo de novo no mesmo centro de convenções em 85 depois ele passa para 87 aí ele vai pro nordeste
e a partir daí ele começa a viajar ao país este e foi o o o CNE também o primeiro embrião pra fundação da Sociedade Brasileira de Psicologia hospitalar a Sociedade Brasileira de Psicologia hospitalar foi fundada em 1997 diferenças internas levaram à Constituição de uma outra Associação Nacional a Associação Brasileira de psicologia da Saúde hospitalar em 1999 em muitas instituições as contratações iniciais de psicólogo obedeceram mais a critérios pontuais e circunstanciais do que a um plano organizado e programado o que levou a um esforço posterior de organização e sistematização dos serviços de Psicologia hospitalar neste sentido
Por exemplo em 1987 Matilde Neder foi convidada a dirigir a Coordenadoria das atividades dos psicólogos do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo o CAPS nesta função foi também Presidente do Conselho editorial da revista de Psicologia hospitalar a minha surpresa foi que havia também a minha designação para ser coordenadora dessa nessa Coordenadoria não foi um trabalho fácil ser coordenadora dessa mas aconteceu e teve sucesso o grande problema dessa forma dispersa da entrada do psicólogo é a questão do da aplicação dos recursos né quer dizer cada um vai fazendo uma atuação
isolada parcial né um pedaço da daquela atuação e e e não consegue promover nenhuma questão mais integral né em relação ao hospital como um todo em relação ao ao ensino da Psicologia médica então todo o esforço do departamento tem sido com o setor de interconsulta e com essa recente formação dos o serviço de atenção psicossocial é no sentido de integralizar essa a questão do psicológico no hospital né Então a hora que você tem um setor como a gente tem agora há do anos um setor de Psicologia eh você tem uma centralização desses recursos né Então
na verdade o o psicólogo ele passa a ser coordenado por psicólogos né ou por psiquiatras e não mais pela aquela disciplina médica o que acabava acontecendo uma subordinação e uma limitação das possibilidades do psicólogo atualmente a psicologia hospitalar é um campo profissional estabelecido tendo expandido sua atuação para os hospitais privados e tendo sua importância reconhecida por profissionais de saúde usuários e pelas políticas públicas de humanização dos hospitais esse pedido né da centralização do trabalho do psicólogo no hospital de encontro com um pedido da Superintendência né em função do de um projeto do Ministério da Saúde
que é o projeto de acreditação hospitalar e que busca essa reumanize não só técnica e excelência né que o que os médicos já estão alcançando mas também a excelência no contato humano e na integralização dessas dessas questões que eu tava falando né as questões sociais e psicológicas e essa assistência que se destina a enfermaria as unidades de internação que se destina às unidades ambulatoriais né Eh mas onde assim aquilo que a gente não vai não vai pensar é num trabalho que seja normativo que seja de enquadramento do paciente que seja de adaptação que seja de
eu ouvi uma vez uma frase num trabalho que dizia que a a porque é muito antiga mas falava da Psicologia hospitalar como a clínica do re era reabilitação reeducação re no sentido de voltar a um estágio anterior que se supunha o adequado não é o que a gente faz não é verdade né a gente procura eh dimensionar para essa criança né aquilo que ela vive naquele momento e e e como ela pode viver isso agora né que perspectivas ela pode elaborar de futuro a partir daquilo como ela transforma essa pode transformar Essa realidade o que
significa determinado sintoma que ela apresenta com com sua sintomatologia até orgânica né nesse sentido entender o sintoma orgânico o sinal orgânico como um sintoma que que denuncia alguma coisa que é de uma relação eh no nível do psiquismo como a causalidade psíquica é importante né Eh mas isso tem tido um efeito muito bom né a gente eh tem discute cada vez mais com os médicos cada vez tem mais reuniões cada vez tem mais procura no sentido de entregar de entender de de de articular os trabalhos e o que eu acho que é muito interessante que
se observa nesse período não é só a diversificação das áreas em que o psicólogo passou a trabalhar mas o tipo de envolvimento que ele passou a ter com as equipes e o tipo de relacionamento que ele passou a ter com as equipes no início O que predominavam eram equipes aonde Cada um faz a sua área a sua parte sem muita interação hoje predominam mais equipes onde há uma efetiva interação entre os profissionais então se eu usar a terminologia técnica antes existiam muitas equipes multiprofissionais eram múltiplos profissionais fazendo coisas diferentes pouca interação hoje existem mais equipes
interprofissionais aonde existe uma efetiva interação entre os diferentes profissionais os psicólogos hoje tem uma uma visão às vezes eu acho graça porque não são muito diferentes dos psicólogos de antigamente entre aspas de alguns anos atrás não são muito diferentes as preocupações podem ser outras mas são preocupações de exercício da função os muito muito jovens já receberam muita coisa de como a gente diz de mão bejada né E então querem muita coisa também mais facilmente né então por que Não por que não temos isso porque o médico já não nos recebe assim bem esquecendo que eles
precisam também fazer sua Conquista né que a a relação profissional é construída a relação de profissional outros com outro profissional a relação do profissional com a família do paciente a relação do profissional com a administração Isso é uma construção tive alguns Marcos que eu acho importante que tive o prazer de de de iniciar dentro da Psicologia hospitalar o encontro foi um Marco importante a Minha tese de doutorado que em 1987 traçou esse perfil do psicólogo brasileiro eh a de livre docência que em 1997 Então fez uma comparação de uma década eh Foi bastante prazeroso de
ser feito no perfil se 87 quem contratava mais eram os hospitais públicos em 1997 você vê um grande avanço dos hospitais particulares procurando o serviço dos psicólogos se em 1987 a pesquisa era direcionada para trabalhos acadêmicos Então se o profissional estava inserido na pós-graduação ele pesquisava se ele não estava na pós-graduação ele não pesquisava em 1997 você vê que não ele pesquisa como produção mesmo de conhecimento eh e eu digo de conhecimento Nacional em que ele questiona conceitos questiona instrumental questiona a própria rotina eh para torná-la mais eficiente mais eficaz então ele começa a prestar
atenção naquela profissão e naquela inserção diferente do 87 que ainda é uma perplexidade né quem somos o que estamos fazendo enfim o que a gente observa em 97 é que os programas de ensino são mais formalizados quer dizer eles têm um programa mesmo com começo meio e fim todo mundo sabe quando entra o que vai aprender aonde Com quem diferente de 97 de 87 que você tinha propostas de de programas de estágio de tipo passar uma hora aqui por semana quer dizer o que que alguém aprende em uma hora por semana não aprende nada né
Eu não tô dizendo que não há em 97 eu tô dizendo Até que em 2000 qu isso continua verdadeiro O que é um absurdo mas melhorou eh os psicólogos começaram a se preocupar com esta formação a ponto de caminharmos eh para a concessão do título de especialista e do reconhecimento de alguns programas como sendo capazes e suficientes de formar essas pessoas eh como especialistas na na na área eh hospitalar né Eu acho que esse assim eh o auge do reconhecimento de que essa profissão está caminhando de que essa especialidade está caminhando muito bem com gente
muito séria e com capacidade de formar não só de informar mas de formar pessoas que vão reproduzir esses programas [Aplausos] [Música] [Música] [Música] Us [Aplausos] [Música]
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