Olá você que tem acompanhado o nosso canal seja bem-vindo e se você está chegando agora espero que desfrute das explicações que temos procurado fornecer como sempre reservamos nossos vídeos para trabalhar textos que muitas vezes sejam de difícil compreensão para um aluno que está entrando agora na universidade ou mesmo para a al uns professores que não tiveram contato com estas leituras à época da graduação portanto a finalidade é acompanhar a redação dos textos a construção dos textos tentando torná-los mais claro possível é o que continuaremos a fazer hoje prosseguindo a nossa discussão da ideologia alemã Vamos
trabalhar nesta sessão o texto da ideologia alemã publicado pela boit tempo editorial das páginas 67 a 70 lembremos como OB observamos em vezes anteriores que se tratam de excertos não são textos profundamente trabalhados mas tão somente que apresentam uma leitura bastante geral que Marx e engs procuravam desenvolver para estabelecer aquilo que posteriormente seria compreendido como sendo a concepção materialista da história esta passagem ou estes excertos que estão da página 67 a 70 nem sempre são de uma compreenção extremamente Clara Portanto vamos procurar esclarecê-las o máximo possível lembrando sempre que as explicações elas não suprimem a
necessidade por parte de cada um de ler o próprio texto bom vejamos como Marx e engels iniciam a discussão na página 67 diram eles a diferença entre indivíduo pessoal e indivíduo acidental não é uma distinção conceitual mas um fato histórico O Que Eles procuram indicar com isso Eles procuram indicar que a diferença entre indivíduo pessoal ou seja o indivído em sua singularidade ou Se quisermos ainda a subjetividade do indivíduo concretamente existente e indivíduo acidental portanto aquele indivíduo existindo dentro de uma determinada estrutura social portanto em sua atividade social não é uma distinção conceitual ou seja
não é o produto da ideia não é o produto da consciência da Imaginação mas sim um fato histórico portanto a medida em que a história se desenvolve ela vai criando também uma espécie de distanciamento entre o indivíduo enquanto ser particular e o indivíduo inserido nas relações sociais de produção é lógico que este indivíduo será mais ou menos a expressão destas relações sociais de produção O que não quer dizer que ele seja exatamente idêntico a estas relações sociais de produção pensemos por exemplo que no interior da sociedade capitalista Somos Todos estamos a atualmente subordinados à lógica
da mercadoria isto não quer dizer que todos os indivíduos tenham no plano da consciência enraizados os valores liberais e muito menos que todos os indivíduos em razão das contradições que emergem da sociedade capitalista sejam necessariamente socialistas ou comunistas existe uma margem para a existência da individualidade Só que essa individualidade ela não está solta no espaço pelo contrário ela está se constituindo no interior de relações sociais de produção bastante específicas portanto voltemos a esta passagem já inserindo os comentários que temos introduzido a diferença entre indivíduo pessoal ou seja o indivíduo em sua singularidade ou Se quisermos
ainda a subjetividade do indivíduo concretamente existente e o indivíduo acidental ou seja aquele existindo Dent de uma determinada estrutura social portanto em sua atividade social não é uma distinção conceitual ou seja não é o produto da ideia da Imaginação mas um fato histórico ou seja está enraizada Nas condições materiais de existência esta distinção observarão Marx e hos tem uma distinção em épocas distintas esta distinção tem um sentido distinto em épocas distintas Isto é assume configurações diferenciadas nos vários modos de produção trata-se é bom observar de uma distinção que cada época faz por si mesma quer
dizer cada época cada modo de produção e cada momento específico dentro de um mesmo modo de produção produz a partir dos diferentes elementos que encontra não é portanto uma distinção diferenciação que Brota segundo o conceito que Brota segunda segundo a ideia ou a consciência pura mas sim decorre necessariamente ou como afirmam Marx e Angels são forçadas por colisões materiais da vida Isto é pelas condições materiais condições concretas da existência social entre a época anterior e a época posterior estabelece-se para Marx e os um vínculo que é o processo civilizatório no seu movimento entre a época
anterior e a posterior estabelece-se um vínculo o qual configura o processo civilizatório ainda que a época posterior não necessariamente venha a entender a época anterior e sua configuração como expressão das relações concretas que os indivíduos sociais na época anterior anterior estabeleceram isto não quer dizer que que na época anterior aquelas decisões aquela forma de se organizar e mesmo as reações que os indivíduos estabeleceram ao mundo circundante não estivessem para met tradas pela materialidade portanto não eram decisões ocasionais aleatórias as conquistas estabelecidas no período anterior são transmitidas para gerações posteriores o que não quer dizer também
que as gerações posteriores tenham plena compreensão do passado hoje por exemplo se perguntarmos a maioria dos indivíduos se eles sabem o que é o desenvolvimento histórico seguramente não saberão responder muito embora se utilizem de várias conquistas estabelecidas em processos históricos anteriores Independente de terem consciência ou não de que são a síntese de um longo processo histórico isto não elimina o fato de que entre a geração anterior e a geração posterior ou mais precisamente entre os modos de produção anteriores e o modo de produção atual existe todo um encadeamento uma unidade o modo de produção atual
Portanto o modo de produção capitalista é no fundo a síntese de toda a processualidade histórica anterior daí afirmação de Marx e Enos segundo a qual o que em Oposição a época anterior parece acidental ou seja ocasional aleatório para a época posterior o mesmo também a posterior é no fundo uma forma de intercâmbio que correspondia a um determinado estágio de desenvolvimento das forças produtivas Ou seja a maneira de organizar-se no passado Pode parecer a nós no presente uma maneira extremamente arcaica no entanto não podemos desconsiderar que aquela maneira como a vida social se manifestava em períodos
anteriores em modos de produção anteriores por exemplo expressavam nada mais nada menos do que as possibilidades históricas existentes naquele momento desse modo Marx e engels reafirmam mais uma vez que o desenvolvimento sociohistórico não se processa ao acaso e sim ele é dado por circunstâncias e configurações objetivas as quais os seres sociais de determinada época precisam responder E cujas respostas são legadas em geral para gerações posteriores esta questão vai percorrer o pensamento de Marx em vários momentos quando recorremos à suas cartas por exemplo dos anos 40 vamos encontrar Marx em vários momentos colocando que entre as
várias gerações estabelece-se um vínculo ou se estabelece um vínculo que é o processo civilizatório portanto há que reconhecer que a relação das forças prod com a forma de intercâmbio é a relação da forma de intercâmbio com a atividade ou atuação dos indivíduos afirmam Marx e engels traduzindo um pouco esta passagem ou seja a passagem de que a relação das forças produtivas com a forma de intercâmbio é a relação da forma de intercâmbio com a atividade ou atuação dos indivíduos ou por outras palavras como se estabelecem as relações sociais as relações dos seres sociais concretas portanto
esta essa passagem indica como se estabelecem as relações dos seres sociais concretos com as condições objetivas e ao mesmo tempo as relações que se estabelecem com destes seres com as demais subjetividades para darem conta da das condições objetivas de existência por outras palavras o ser social ele não se relaciona apenas com as condições objetivas que encontra diante de si não se relaciona apenas com aquilo que geralmente chamamos chamamos por natureza para dar conta das necessidades cotidianas da vida eles estabelecem também outras relações sociais com outros seres daí que se estabelece entre eles uma relação de
sociabilidade cada vez mais profunda sociabilidade no sentido de que cada vez mais o trabalho coletivo se torna uma necessidade para dar conta da existência social daí esta afirmação de Marx e engels de que a relação das forças produtivas com a forma de intercâmbio é a relação da forma de intercâmbio com a atividade ou atuação dos indivíduos isso obriga assim a reconhecer que a forma fundamental dessa atividade é material e dela dependem todas as outras formas de atividade todas as outras formas do homem se manifestar no mundo tanto as formas na suas expressões espirituais quanto políticas
como também religiosas ou jurídicas como dirá Marx por exemplo no texto da introdução à crítica da economia política no prefácio A Crítica da economia política portanto isto obriga a reconhecer que a forma fundamental dessa atividade ou seja como os homens atuam no mundo é determinada pelas condições materiais que ele encontra em determinado momento e destas condições materiais dependem também as formas de intervenção ou como dizem Marx e engels todas as outras formas de atividade tanto materiais Como não materiais observemos que aqui Marx e Engel já estão colocando uma discussão que vai reaparecer posteriormente quando se
quando remetem a existência a existência de uma infraestrutura e de uma supraestrutura lembremos por exemplo Marx no prefácio A Crítica de Economia política quando ele afirma que minhas conclusões levaram a perceber que a partir de uma determinada base material se ergue todo um terreno jurídico ideológico político o estado e relações sociais e representações que os homens estabelecem sobre o mundo lembrando sempre que a infraestrutura e a Supra estrutura formam uma unidade formam uma totalidade e entre elas não há Também nenhuma relação mecânica portanto a partir da infraestrutura Isto é da base material que é a
base econômica da sociedade ergue-se toda a superestrutura portanto as manifestações espirituais ligadas a determinadas formas de sociabilidade Marx e Engel prosseguem observando que as diversas configurações assumidas pela vida material portanto os diversos modos de produção Nos quais se expressa são as relações sociais dependem cada vez mais das necessidades já desenvolvidas ou seja na medida em que as necessidades os problemas vão aparecendo estes seres precisam responder a estas necessidades e encontrar caminhos para responder a estas necessidades para equacionar estas necessidades lembremos que Marx coloca também nos textos de maturidade que a humanidade não se propõe a
resolver problemas que ainda não estão amadurecidos ou que não tenham se colocado para ela no entanto na vida material na vida cotidiana os problemas se colocam cotidianamente e de uma maneira a exigir que para continuarem sobrevivendo Os seres sociais precisam encontrar encontrar uma resposta adequada daí eles afirmarem que as diversas configurações assumidas pela vida material portanto os diversos modos de produção dependem cada vez mais das necessidades já desenvolvidas se ainda não houver um desenvolvimento também intelectual capaz de pensar aquele problema e responder aquele problema aquele problema pode continuar existindo durante séculos e séculos e tanto
a produção como a satisfação dessas necessidades são um processo histórico que não se encontra no caso de uma ovelha ou de um cão aqui ele está estabelecendo a diferença que há entre o mundo dos outros seres vivos e o mundo humano porque no caso do mundo humano as respostas são mediadas pela consciência e tanto a produção como a satisfação dessas necessidades são um processo histórico que não se encontra no caso de uma ovelha ou de um cão embora ovelhas e cães em sua forma atual também sejam produtos de um processo histórico e eles estão colocando
isso de produtos históricos no sentido de que os seres sociais aprendem não apenas a como domesticar os animais Mas também como integrar estes animais domesticados as suas próprias condições de existência seja como alimentação seja como transporte podem utilizar as ovelhas reproduzir as ovelhas para fornecer aquilo que é necessário para a subsistência de um determinado coletivo Mas podem usar os cães amarrando a um trenó de tal modo que sirvam como eh um meio de transporte as condições sobre as quais os indivíduos intercambiam uns com os outros ou seja estabelecem relações sociais uns com os outros enquanto
não surge a contradição ou seja enquanto as relações sociais de produção existentes não se constituem em entrave para o desenvolvimento de outras formas de sociabilidade possíveis são condições inerentes à sua individualidade Isto é encontram-se ligadas às potenci idades humanas atingidas em determinado momento elas não são algo externo a eles portanto algo que Brota do domínio da consciência ou então que Brota do domínio da força de forças mágicas externas aos próprios homens e não algo externo a eles condições sobre as quais esses indivíduos determinados portanto concretos que existem sobre determinadas relações que são as relações sociais
específicas podem produzir sua vida material e tudo o que com ela se relaciona são portanto as condições de sua autoatividade ou seja as condições de sua manifestação pessoal e produzidas por essa autoatividade ou seja produzidas pelo grau de potencialidades humanas sociais existentes em determinado momento portanto desenvolvimento histórico coloca necessidades que exigem respostas só que estas respostas só podem ser obtidas no momento em que os seres sociais atingirem um determinado grau de conhecimento daquela realidade capaz de fornecer a eles mediações que conduzam a responder adequadamente aquele problema a condição determinada sobre a qual eles portanto os
homens concretos produzem corresponde assim enquanto não surge a contradição Isto é os limites atingidos por uma determinada forma de sociabilidade a sua real condicionalidade a sua existência unilateral limitada unilateralidade portanto limitação que se mostra apenas com o surgimento da contradição e que portanto existe somente para os pósteros ou seja as gerações subsequentes O Que Eles procuram indicar aqui Eles procuram indicar que os seres sociais não respondem aos problemas quando querem respondem aos problemas Quando atingem uma determinada maturidade social para responder aqueles problemas mas pode acontecer que as respostas a ess as respostas aos problemas colocados
não estejam ainda objetivamente amadurecidas para permitir aquele salto qualitativo por exemplo seria impossível instaurar a sociedade comunista na Idade Média ainda que na Idade Média pudesse existir embriões do pensamento socialista ou comunista assim como havia embrião de pensamento socialista e comunista na antiguidade clássica mas as condições Materiais Para viabilizar a existência de um modo de produção comunista só se dão com o movimento do capitalismo e com a grande indústria voltemos pois a esta passagem uma vez que ela é extremamente rica e densa a condição determinada sobre a qual eles os homens concretos produzem corresponde assim
enquanto não surge a contradição à sua real condicionalidade a sua existência unilateral unilateralidade que se mostra apenas com o surgimento da contrad e que portanto existe somente para os pósteros Ou seja somente quando um determinado modo de produção atinge um determinado limite para continuar se reproduzindo é que os seres sociais daquela época percebem como que as contradições necessárias não podem ser resolvidas dentro daquele modo de produção mas sim somente dentro de outras formas de sociabilidade isto no entanto é compreendido pós feston daí Marx apó a apontar juntamente com engs que existe somente para os pósteros
ou seja geralmente compreendemos o que significavam os limites da do tempo passado posteriormente e não na época em que estes limites efetivamente estão ocorrendo Isso significa que o conhecimento dos limites então existentes são em geral apreendidos pelo pensamento apenas posteriormente não tem como equacionar ou ter a plena compreensão dos limites da idade média dentro da própria Idade Média ainda que embriões sobre embriões de pensamento sobre estes limites possam ter eh situado possam ter sido colocados no interior da própria Idade Média mas é somente com o desenvolvimento do capitalismo que se evidencia por exemplo como que
a idade média jamais poderia produzir as condições para a construção da emancipação social portanto a construção de uma sociedade sem classes assim essa condição aparece como uma entrave para as gerações posteriores e mesmo para as gerações do tempo no qual estas contradições estão se manifestando assim essa essa condição aparece como uma entrave acidental ocasional e a consciência de que ela é um entrave é também furtivamente introduzida na época anterior ou seja os homens de determinada época a percebem mas não necessariamente a compreendem portanto são incapazes de fornecer uma resposta adequada para aquelas contradições e os
limites daquelas formas de sociabilidade peguemos continuemos aqui resgatando as passagens de Marx e engs dirão eles essas diferentes condições que a apareceram primeiro como condições da autoatividade ou seja como manifestação dos indivíduos e mais tarde como entraves a ela formam ao longo de todo o desenvolvimento histórico uma sequência concatenada de formas de intercâmbio cujo encadeamento consiste em que no lugar da forma anterior de intercâmbio que se tornou um entrave portanto uma limitação é colocado uma nova forma um novo modo de produção que corresponde às Forças produtivas mais desenvolvidas e com isso ao avançado modo de
autoatividade Ou seja a uma forma mais desenvolvida do ser social expressar-se no mundo de autoatividade dos indivíduos uma forma que por sua vez torna-se novamente uma entrave e é então substituída por outra por outras palavras da mesma uma maneira em que a idade média ela chegou ao seu limite e necessariamente teve de ceder lugar a Constituição do moddo de produção capitalista o capitalismo também contém contradições que criam todas as possibilidades para ser vamos dizer assim derrubado superado e abrir espaço para a Constituição do modo de produção comunista ou seja para Marx e engels a história
ela não é estática a história ela é marcada por processualidade sendo que estas processualidade caminham dentro de contradições que podem demorar séculos até que amadureçam plenamente dando que essas condições em cada fase correspondem ao desenvolvimento simultâneo das forças produtivas sua história é a mesmo tempo dizem Marx e engels a história das forças produtivas em desenvolvimento e que foram recebidas por cada nova geração e Desse modo é a história do desenvolvimento das forças dos próprios indivíduos portanto aqui mais uma vez eles estão mostrando como que a contemporaneidade é a síntese de processualidade anteriores de tal modo
que se constitui no reino do Social o processo se atório esse desenvolvimento prosseguirão eles não está subordinado a um plano geral de indivíduos livremente Associados ou seja não há uma Teologia da história uma rota pré-definida de como a história irá se desenvolver e se comportar história esta que é a história dos homens dos seres sociais concretos em seu desenvolvimento subjetivo e objetivo fornecendo respostas concretas respostas estas que podem muitas vezes contemplar parte do problema mas que não contemplarão a totalidade do problema lembremos que raramente acontece no interior da história uma resposta onde o problema seja
totalmente resolvido de tal modo que as respostas fornecidas sempre alimentarão a novos problemas como observa por exemplo em vários momentos gorg lucx esse desenvolvimento se dá inicialmente em diferentes localidades observam Marx e engels em diferentes localidades tribos Nações Ramos do trabalho etc que se desenvolvem de início independentemente uns dos outros e somente Pouco a Pouco entram em contato uns com os outros portanto vários agrupamentos humanos se desenvolvem uns distantes dos outros mas na medida em que estes agrupamentos se desenvolvem eles também vão produzindo situações que impulsionam ao contato entre estes diversos agrupamentos as diversas tribos
de tal modo que vai se estabelecendo vai vai se estreitando cada vez mais entre eles o intercâmbio entre as conquistas produzidas por cada agrupamento de tal modo a ser transmitido para as gerações posteriores portanto com isto eles querem dizer o seguinte também que não há um desenvolvimento homogênio dos vários agrupamentos o que vai produzir uma certa homogeneidade portanto um certo comportamento civilizatório mais ou menos comum é o fato de que estes vários agrupamentos passam progressivamente a estabelecer contato entre si e uma das formas de contato que estes agrupamentos estabelecerão é a troca dos produtos excedentes
do seu trabalho que posteriormente serão convertidos em outras formas de sociabilidade em mercadorias portanto este desenvolvimento se dá inicialmente em diferentes localidades tribos Nações Ramos de trabalho etc que se desenvolvem de início independentemente uns dos outros e somente Pouco a Pouco entram em contato uns com os outros e prossegue Marx e engels esse desenvolvimento ocorre muito lentamente as diferentes fases e os diversos interesses jamais são plenamente ultrapassados mas apenas subordinados ao interesse Vencedor e arrastam-se ao lado deste durante séculos segue-se daí que mesmo no interior de uma nação os indivíduos têm também desenvolvimentos diferentes abstraindo-se
de suas condições de riqueza e que o interesse anterior cuja forma de intercâmbio peculiar já foi suplantada por outra forma correspondente a um interesse ulterior portanto posterior mantém-se ainda por longo tempo de posse de um poder tradicional na sociedade aparente e autônoma em relação aos indivíduos Portanto o desenvolvimento sócio histórico não significa que as formas arcaicas morram definitivamente por exemplo o desenvolvimento sociohistórico por mais que se aponte para as contradições do capitalismo não indica que se enfraqueça por exemplo O ideário Liberal ou que ele assuma novas configurações como é o caso do ideário neoliberal estas
formas sociais elas só podem ser superadas historicamente dentro de processos históricos específicos e não e não pela vontade ah do indivíduo isolado ou ou também por um desejo da consciência de indivíduos coletivos é a força material que derruba por exemplo a força material como observam como observa Marx na introdução à crítica filosofia do direito de Hegel isso também e prosseguem eles mantém-se ainda por longo tempo depse de um poder tradicional na sociedade aparente e autônoma em relação aos indivíduos estado direito um poder que em última instância só pode só se pode quebrar por uma revolução
ou seja só se supera definitivamente os resquícios de modos de produção anteriores ou mesmo só se supera efetivamente um determinado modo de produção através de uma transformação radical das suas estruturas o modo de produção e não se transforma pela lei ele se transforma pela ação efetiva pela ação material efetiva dos seres sociais que forçam a constituição dentro das condições históricas possíveis de uma nova forma de sociabilidade isto também explica porque em relação a determinados pontos a consciência Pode às vezes parecer mais avançada do que as relações empíricas contemporâneas a ela de modo que nas lutas
de uma época posterior possa se apoiar nos teóricos anteriores como autoridades ou seja Marx e engles estão apontando o seguinte pode ser que as condições não estejam amadurecidas mas o grau de consciência sim ou pode ser que as condições estejam amadurecidas mas o grau de consciência não com isso eles estão se referindo fundamentalmente ao caso da Alemanha onde a filosofia alemã atingiu um patamar de consciência do movimento da história que não correspondia ao estádio de envolvimento das relações sociais de produção existentes na Alemanha o pensamento alemão ele fornecia a base para outras formas de expressão
intelectual em países como a França e Inglaterra muitas vezes mas ele não estava à altura a revolução burguesa ainda não estava à altura na Alemanha de tal modo também que conquistas civilizatórias estabele idas na Inglaterra e na França chegavam ideologicamente de uma forma rebaixada na Alemanha como analisam por exemplo Marx e engels nos nas várias outras passagens da ideologia alemã ou nos vários outros momentos do livro A ideologia alemã Marx e engels mostram também que muitas vezes pode ocorrer ou em determinadas situações pode ocorrer que certas formas de sociabilidade se constituam vencendo etapas é o
que acontece por exemplo com os terrenos coloniais dirão eles ao contrário isso também explica por em relação a determinados pontos a consciência Pode às vezes parecer mais avançada do que as relações empíricas contemporâneas a ela ao contrário em países que partem desde o início de um período histórico já avançado que era o caso por exemplo das colônias na América do Norte esse desenvolvimento ocorre muito rapidamente Tais países não têm quaisquer outros pressupostos naturais além dos indivíduos que lá se instalaram movidos pelas formas de intercâmbio dos velhos países que já não correspondiam às suas necessidades Eles
começam portanto com os indivíduos mais avançados dos velhos países e por isso com a forma de intercâmbio mais desenvolvida correspondente a estes indivíduos antes mesmo que esta forma de intercâmbio tenha podido impor-se nos países velhos ou seja é possível ter saltos históricos no interior da história a história não é uma linearidade a colonização norte-americana ela não teve que percorrer todas as etapas anteriores do processo de desenvolvimento sócio histórico mas como os colonizadores já vinham de uma cultura já enraizada eles já tinham um patamar mais avançado para constituírem uma forma de sociabilidade própria e mesmo desenvolverem
também formas de pensamento próprias situação semelhante prosseguem eles concluindo estas estas passagens dos excertos que vão do das páginas 67 a 70 situação semelhante OC orre em caso de conquista quando ao país conquistado é transplantada já pronta a forma de intercâmbio desenvolvida noutro solo enquanto em sua Pátria essa forma ainda estava repleta de interesses e relações de épocas anteriores aqui ela pode e deve implantar-se totalmente e sem obstáculo nem que seja para assegurar um poder estável aos conquistadores que é a questão que permeia por exemplo o desenvolvimento a colonização dos Estados Unidos ou da da
América do Norte eles concluem esses excertos com uma referência à questão da guerra lembremos que eh Marx e Engel realizaram em vários momentos uma discussão a respeito do papel na da violência na história aqui eles apresentam apenas brevemente o problema afirmando o seguinte a própria guerra é uma forma de intercâmbio regular explorada tanto mais assiduamente quanto mais o crescimento da população dentro do rud modo de produção tradicional ou único possível para um determinado povo gera necessidade de novos meios de produção no entanto eles não desenvolvem estas afirmações no final destes excertos com isto concluímos aqui
a exposição e discussão destas passagens que se estendem da página 67 até a página 70 da ideologia alemã tal como está na edição publicada pela boitempo editorial temos utilizado esta Edição em razão de que ela tem sido bastante difundida e de uso coletivo bastante amplo Espero que tenham gostado da discussão como sempre encaminhem suas considerações positivas ou negativas sejam sempre bem-vindos para ver os nossos vídeos e caso gostem os socializem de tal modo a socializar cada vez mais o pensamento o debate e a reflexão destes importantes temas que ainda estão ou são uma exigência de
apropriação para o tempo presente até uma próxima