Kabengele Munanga - raça, racismo e etnia

no vídeo de hoje traremos as contribuições teóricas de cabelo e manga este autor é referência quando o assunto são questões raciais no brasil portanto seriam vários livros e conceitos que poderíamos trazer o referido autor optamos por fazer uma abordagem inicial do autor a partir de um artigo no qual ele belíssima mente faz uma distinção e apresenta os impasses dos conceitos de raça a sismo identidade étnica bora lá conhecer as idéias de moranga kabengele munanga nasceu em uma aldeia do congo belga em 1940 após realizar uma série de estudos vêm ao brasil definitivamente em 1987 suas

preocupações teóricas iniciam compensar de antropologia mas depois a condição do negro no brasil começa a chamar sua atenção teoricamente e é deste momento da trajetória acadêmica de moranga que iremos apresentar hoje o primeiro ponto que devemos ter claro é de que o conceito de raça etnia logicamente falando aparece a primeira vez os estudos da zoologia botânica para classificar as diferentes espécies de animais e plantas já em outro aspecto agora temporal e espacial raça no latim medieval significava a linhagem descendência e servia para diferenciar as classes sociais do período na frança do século 16 e 17

por exemplo o termo raça surge para identificar uma relação entre classes sociais nobres e plebeus isso demonstra que já existe um conceito de raça circulando no imaginário social da época as descobertas do século 15 conforme afirma munanga colocam em dúvida o conceito de humanidade para os europeus sem saber como explicar os povos distintos que encontrava em outros territórios em um primeiro momento lançou mão da tecnologia das escrituras tendo o mito dos três reis magos como justificativa da existência de três raças distintas o negro o branco eo amarelo no século 18 iluminismo traz a racionalidade para

o centro do debate se antes a base das explicações das diferenças reside a dimensão religiosa para realizar a transição para a racionalidade resgata-se o conceito de raça das ciências naturais mas por que a insistência em classificar a diversidade humana ora a diversidade diz munanga é algo incontestável ea classificação serve como ferramenta para operacionalizar o pensamento essa classificação iniciada com o ilumine mesmo partindo da idéia de ir à organização das diferenças colocando a raça branca acima de todas as outras desemboca em uma teoria pseudo-científica a radiologia citamos o autor a radiologia tinha um conceito mais doutrinário

do que científico por seu discurso servia mais para justificar e legitimar o sistema de dominação racial do que como explicação da variabilidade humana gradativamente o conteúdo dessa doutrina chamada ciência começar a sair dos círculos intelectuais e acadêmicos para se difundir no tecido social das populações ocidentais dominantes depois foram recuperados pelos nacionalismos assentos como o nazismo para legitimar as determinações que causaram a humanidade durante a segunda guerra mundial por mais que os avanços em genética ea contribuição da antropologia invalidam o conceito de raça para os seres humanos afinal a base da raça o lojista é a

cor da pele ea partir disso a determinação de comportamentos advindos dessa cor esse conceito ainda é utilizado nos dias atuais a utilização do conceito de raça no senso comum é diferente da utilizada na academia na academia utiliza-se raça pra criticar essa categoria social de dominação exclusão no senso comum ainda permanece essa concepção imaginário coletiva este conceito de raça como hierarquiza são nos conduz ao conceito de racismo novamente temos altura o racismo seria teoricamente uma ideologia essencialista que postula divisão da humanidade em grandes grupos chamados rachas contrastadas que tem características físicas e hereditárias comuns sendo estas

últimas suportes das características psicológicas morais intelectuais e estéticas e se situam numa escala de valores desiguais a questão central do racismo segundo munanga está na inferiorização do outro grupo social com traços culturais linguísticos e religiosos distintos do sujeito que se percebe como referência outro detalhe importante destacado por munanga o surgimento do conceito de etnia ea sua substituição pelo conceito de raça por mais que ele seja mais coerente uma vez que a raça não existe para a academia a introdução de um novo conceito não resolve as questões mal resolvidas pelo racismo etnia entendido como um conjunto

de indivíduos que partilham um mesmo ancestral uma mesma língua uma mesma cosmovisão poderá ser utilizada para continuar reproduzir os efeitos do racismo alcançar uma solução desse impasse que acompanha a história do brasil ou seja considerar raças não brancas piores ou inferiores a branca a solução passa pela construção de uma ideia positiva de ser negro no brasil essa construção passa pela apresentação de outras histórias os negros não só da escravidão e passa pela criação de ações afirmativas dessas identidades hoje o brasil possui algumas políticas de ação afirmativa que existem nessa justificativa de tentar valorizar e dar

um suporte para que essas diferenças artificiais deixe de ocupar o imaginário social como hierarquiza são enfim as contribuições munanga nos fazem pensar sobre a não tranquilidade coesão assimilação e unidade que forma o brasil bem diferente de algumas discussões que vimos os vídeos anteriores e é isso que gostaríamos de fomentar com esse vídeo até o próximo e tchau [Música]