Unknown

0 views5812 WordsCopy TextShare
Unknown
Video Transcript:
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém. Inspirai, ó Senhor, as nossas ações e ajudai-nos a realizá-las, para que em Vós comece e para Vós termine tudo aquilo que fizermos por Cristo, o Senhor nosso.
Amém. Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Amém. Muito bem, com alegria, estamos no nosso encontro a respeito do adoecimento dos católicos, porque aqui os bons católicos estão adoecendo. Nós começamos uma série de encontros em que eu comecei a analisar os fenômenos.
O primeiro passo para a cura de uma doença é saber descrevê-la bem, né? E eu estava colocando a doença e, ao mesmo tempo, já indicando para vocês uma solução, porque é uma coisa que, de fato, os primeiros cristãos tiveram que viver. Então, desde o início, eu já assinei para a questão da primeira carta de São Pedro.
Nós vamos, ficamos, comendo pela beirada, tratando do assunto; fui tratando da carta de São Pedro, mas bem de leve. Hoje vamos entrar, de cheio, naquilo que é realmente a solução para os nossos problemas, conforme as Sagradas Escrituras, conforme a tradição da Igreja. Mas, para isso, eu preciso recapitular um pouco e lembrar para você qual é a doença que está adoecendo os católicos.
É o seguinte: veja, a primeira coisa é o fenômeno bonito, bom, maravilhoso de conversão. Muitos católicos convertidos, né? Você pega o pessoal que faz experiências de Deus, se converte, quer seguir as coisas de Deus.
Vamos, mas quando a pessoa começa a se converter, começa a notar que as próprias instituições, até mesmo dentro da Igreja, nem sempre estão ajudando isso. Mas, principalmente, a instituição familiar. Foi isso que nós vimos no nosso primeiro encontro: a instituição está meio que trabalhando contra.
Antigamente, um bom pai era ajudado por todo mundo; todo mundo ajudava a pessoa a não trair sua família. Antigamente, um católico era ajudado pelas pessoas a não abandonar a fé; todo mundo dizia: “não, não abandone! ” Agora, está tudo ao contrário, né?
Se você começa a querer abandonar a fé católica e trair Jesus, você encontra sempre os ajudantes. Quando Satanás não vem, ele manda o secretário; tem os ajudantes que dizem: “não, isso mesmo, você tem que ser aberto, tem que sair dessa situação aí de sufocamento dentro de uma Igreja rígida, fechada, etc. ” E não somente isso: nós vimos que esta pressão externa, que vem das pessoas, que vem, é prova, né?
É tentação verdadeira. Ela é recebida por uma pessoa que não tem estrutura para receber isso. Foi o nosso segundo encontro, na nossa segunda aula.
Nós vimos que existe a pessoa que tem fé reta, ela tem a vontade no lugar certo, mas tem as paixões que estão desordenadas, né? Que é o cristão que às vezes está na tibieza ou é o cristão, para usar uma linguagem de Santo Tomás de Aquino, que não está indo na virtude realmente, ou seja, o temperante, mas está simplesmente segurando os freios dos cavalos desordenados. É o continente; ele mantém o negócio e está sempre assim, meio.
Então, ali tem um potencial adoecedor. Não estamos enfrentando isso pela primeira vez e não precisamos enfrentar e inventar a roda. E é isso que eu disse desde o início: temos coisas que, de fato, nós somos órfãos.
Nós vamos ter que bater cabeça para encontrar soluções, mas nem tudo está sendo enfrentado pela primeira vez. Existem coisas que foram vividas antes, e é isso que a primeira carta de São Pedro tem para nos dizer: que pessoas já sofreram isto antes. Eu estou apresentando a carta assim, aos poucos; ela não está sendo o tema principal dos nossos encontros, mas eu já falei para vocês que a carta de São Pedro é uma carta de uma geração subapostólica.
O próprio São Pedro diz: “vocês amam Jesus sem tê-lo visto. ” A geração apostólica é a dos que viram Jesus; a geração subapostólica é aquela dos que amam Jesus sem tê-lo visto. Esse pessoal, como é que eles vão manter a sua vida espiritual?
Por quê? Porque eles começam a viver perseguições. Na aula passada, eu passei a carta aos poucos, fazendo versículos e versículos para mostrar que é um tema, né?
Os exegetas dizem que não existe nenhum livro na Bíblia, depois do livro de Jó, que trate do tema do sofrimento mais do que a primeira carta de São Pedro. A primeira carta de São Pedro é a carta para o pessoal que está sofrendo. É você mesmo, entendeu?
É uma carta dedicada para você. E que sofrimento é esse? Que perseguição é essa?
Na nossa primeira aula, eu falei para vocês que esse encontro vai aos poucos crescendo e se tornando esse confronto; essa perseguição do cristianismo com a sociedade pagã vai crescendo e vai se tornando uma perseguição de Estado. Eu falei da carta de Plínio, né? E que era uma perseguição ocasional, porque Trajano diz: “ó, seja reativo, não vá atrás dos cristãos, não, mas quem aparecer aí você pune.
” Mas não, até que a coisa vai crescendo, crescendo, e vai se tornando, digamos, uma perseguição de Estado, com Domitiano, né? Para a gente ter um contexto histórico da primeira carta de São Pedro. Então, o que é esta bendita perseguição que São Pedro está lá?
Os exegetas não têm um acordo pleno, mas daquilo que eu li, estudei e vi, a gente pode chegar à seguinte história da perseguição cristã: a primeira perseguição que temos notícia, assim, dos cristãos, é a perseguição de Nero, na qual morreram os apóstolos Pedro e Paulo. Só que a perseguição de Nero parece ter sido uma em que Nero se aproveitou, né? Do fato de.
. . Que a população romana não gostava dos cristãos e ele, para se livrar da culpa do incêndio que tinha sido dele, joga a culpa em cima dos cristãos.
Então, Nero não perseguiu os cristãos sistematicamente. Nero se aproveitou politicamente da situação. Ele mandou tocar fogo em uma parte da cidade de Roma, que ele queria reformar.
Como ele tinha que jogar a culpa do incêndio em alguém e os cristãos esperavam a segunda vinda de Cristo, ele chegou e disse: "Ah, esses aí são os cristãos que estão esperando o Apocalipse, o fim do mundo, etc. " E tocaram fogo na cidade só para dizer que vai acontecer mesmo o fim do mundo. E por que é que colou?
Por que essa mentira colou? Colou porque já havia uma animosidade por parte dos romanos com os cristãos. Então, a perseguição de Nero não foi uma perseguição de Estado.
A perseguição sistemática foi uma coisa pontual; ora, terminou matando São Pedro e São Paulo. Depois, durante a carta de Plínio, né, que é mais tarde, já é no segundo século, a gente vê que a perseguição que Plínio faz aos cristãos, ele é um juiz em nome do Estado, mas não é a perseguição estatal; ela é reativa. Ou seja, já que o povo é contra os cristãos e os casos aparecem na corte, Plínio escreve para Trajano dizer: "O que vamos fazer com esse pessoal aqui?
" Trajano responde dizendo: "Se aparecer, pode punir porque eles são perversos mesmo, mas não vá atrás. " Vai ser somente depois, com Diocleciano, que a perseguição vai ser sistemática. Isso quer dizer o quê, sociologicamente falando?
Isso quer dizer que nada disso aconteceria se não houvesse, por parte da sociedade — vamos usar a linguagem moderna da sociedade civil, ou seja, da cultura pagã — se não houvesse uma legia aos cristãos. Então, parece de fato que é isso que a carta de São Pedro enfrenta. Se você ler o que está escrito, casa perfeitamente com o fato de que os cristãos estão sendo perseguidos pelas pessoas comuns.
Não é a perseguição de Estado; não é o imperador que está perseguindo os cristãos. Embora tenha havido em Roma a perseguição de Nero, todo mundo sabe disso, mas a perseguição de Nero era uma perseguição ocasional. Aqui, o que a primeira carta de Pedro enfrenta é o fato de que os cristãos são insuportáveis para os pagãos.
O comportamento dos cristãos, a fé dos cristãos, o jeito deles serem diferentes dos outros, casa exatamente com o que você está vivendo. Nós ainda não estamos aqui no Brasil, pelo menos, em uma perseguição sistemática de Estado contra o cristianismo. Em alguns países, isso existe, mas aqui no Brasil, ainda não.
O que existe, sim, é perseguição aos cristãos, mas é uma coisa velada. É algo que claramente isso não se daria se não houvesse um clima geral de dificuldade com os cristãos. Então, assim, quem quiser ler mais sobre isso, existe um livro escrito por um exegeta luterano, professor emérito da Universidade de Götzingen, né?
Götzingen, os portugueses gostam de "gotingar" o nome, né? Chama-se "The Brief Petros" — a primeira carta de Pedro. Assim, ela está traduzida para o português pela Editora Sinodal, que é a editora dos luteranos.
Eu não tenho o texto em português, mas está aqui com o Kindle, né? Para quem quiser que souber alemão, está disponível no Kindle. O autor é Reinhard Feldmeyer.
Na Sinodal, eles publicaram com o nome, deixa eu ver aqui, "A Primeira Carta de Pedro: Um Comentário Exegético e Teológico". Reinhard FM. Bom, o que o Feldmeyer diz?
Ele diz o seguinte: a perseguição aos cristãos — e ele faz toda a argumentação e provas, cita que é um livro científico, cita exegetas, cita várias opiniões, etc. — mas ele chega à conclusão que todos os extratos da população, de alguma forma, reagiram a um estereótipo porque eles tinham uma alergia ao estereótipo do cristão. E era uma coisa velada, digamos assim, uma acusação velada de atos vergonhosos, assim que dá para traduzir aqui do alemão: "schand taten", que seriam atos de vergonha — atos vergonhosos, né?
— que os cristãos estariam fazendo, realizando. Essa coisa toda nos coloca diante da ideia de que estamos diante de uma carta que vive as coisas que nós estamos vivendo, e por isso acho que ela vai nos ajudar muito. Quem me conhece sabe que eu não aguento muito essa coisa de suspense; eu já digo logo.
Eu não sou como esses professores sistemáticos que dão aula 2, 3, 4, 10, 15, 20 e, depois, finalmente, chegam no centro e dizem "bingo. " Eu fiz as duas aulas preparatórias para identificar o problema, mas agora que o problema está identificado, e nós vamos para a solução, vamos partir para a solução. Então, vamos direto para a solução, né?
E onde é que está a solução? Quem colocou a coisa de forma fantástica foi o falecido Cardeal Carlo Maria Martini. Ele escreveu, assim, na verdade, ele pregou um retiro.
Ele era jesuíta, fazia exercícios espirituais, então ele pegou e pregou um pequeno retiro baseado nos Exercícios Espirituais de Santo Inácio. Não foi 30 dias, foi só alguns dias, mas sobre a primeira carta de Pedro. Aqui vale a pena dizer em que situação da vida dele.
Ou seja, ele já era arcebispo emérito de Milão; ele tornou-se emérito em 2002 e foi para Jerusalém. Ele era biblista; o Cardeal Martini era biblista. Ou seja, ele foi nomeado cardeal de Milão porque João Paulo II fez uma visita.
A obra bíblica em Roma e ele era o reitor do seminário. João Paulo I ficou encantado com a ciência do homem e fez dele Cardeal de Milão. Bom, depois, com o andar da carruagem, João Paulo II notou que a visão, o jeito de ver a Igreja do Cardeal Martini, não estava muito em sintonia, mas se respeitavam mutuamente; viviam, né?
Então, quando o Cardeal Martini finalmente se tornou emérito, em 2002, ele decidiu ir para Jerusalém, né? Ele era biblista e foi para Jerusalém para se dedicar àquilo que ele mais gostava, né? É curioso que tanto ele quanto João Paulo I ficaram com a doença de Parkinson, né, ao mesmo tempo.
O que aconteceu lá em Jerusalém? Ele começou a trabalhar nos manuscritos mais antigos da primeira carta de São Pedro e ficou apaixonado por isso. Então, inspirado nisso, foi que ele fez esses exercícios espirituais, baseados na primeira carta de São Pedro, que é o livro que gostaria de citar aqui.
Ele está traduzido para o português com o nome de "Exercícios Espirituais à Luz da Primeira Carta de Pedro". Esse é o que está editado no Brasil pela Editora Loyola, mas em italiano, o nome é mais sugestivo: "Il Segreto della Prima Lettera di Pietro" (O Segredo da Primeira Carta de Pedro) – "Un Corso di Esercizi Spirituali" (Um Curso de Exercícios Espirituais). Por que eu digo que é mais interessante?
Porque a palestra principal desse retiro que ele prega tem o tema exatamente o segredo. Ou seja, ele começa pregando o retiro, princípio e fundamento, a primeira semana, etc. Quando ele chega na segunda semana, que é entrar nos mistérios da vida de Cristo, nos exercícios de Santo Inácio, ele coloca a carta de São Pedro e ajusta aqui, que é o tema principal que eu gostaria de colocar para vocês.
Em São Pedro, nos dois primeiros capítulos, ele faz toda uma parte, digamos assim, espiritual. Alguns acham até que é mais voltado para o batismo, etc. Nós vamos ver isso depois; isso não é importante.
O importante é que, no final do segundo capítulo, ele começa a tratar do comportamento das pessoas. Lembrem-se então que, pelos estudiosos, os cristãos estavam sofrendo por causa do comportamento deles. Eles se comportavam de forma diferente, esquisita; você acha que é melhor que todo mundo, agora é o santo, né?
Você vai arruinar a cultura aqui, vai à cidade, etc. Então, a perseguição aos cristãos era social. E aí, né, São Pedro começa a falar: “Mesmo que vos caluniem como se fosseis malfeitores, poderão observar a vossa boa atuação e glorificarão a Deus no dia do julgamento.
” Subordinai-vos à autoridade humana por amor ao Senhor, né? A tradução que o Cardeal Martini usa quando fala de autoridade humana, ele traduz como "subordinados a toda instituição humana", que é o original aqui no grego. Isso reverbera um pouco aquilo que a gente falava das crises institucionais.
O próprio Cardeal Martini diz: “Olha, isso aqui, gente, isso naquela época era o que tinha que se dizer mesmo; não tinha como. ” Assim, mas eu quero levar vocês para um ponto importante: onde está o segredo da primeira carta de São Pedro, que é um negócio meio escandaloso para a nossa sociedade atual? É quando São Pedro finalmente fala dos escravos.
Para nós, evidente, né? Escravo! Isso não existe.
Se nós estivéssemos no lugar de São Pedro, diz o Cardeal Martini, nós provavelmente não diríamos aquilo que São Pedro diz. Por quê? Porque São Pedro diz assim: "Aos escravos domésticos" (hoi oiketai), ele diz o seguinte — vou ler na tradução da CBB: "Servos domésticos, lembrem-se que não é somente um empregado que está com a carteira assinada, é o dono da casa, é proprietário mesmo.
Servos domésticos, submetei-vos a patrões com todo respeito. " E aqui vem o escândalo: "Não só os bons e afáveis, mas também aos que são maus. " Quem que são esses maus?
No grego, escolpios, não tem escoliose, coluna é torta, aos tortos, aos perversos, né? O negócio não é simples; é o "mal aos escaloui", em latim. E, pessoal que está acostumado com as traduções do latim, "aos etam discolis".
Seja qual for a carga semântica, é um patrão ruim, é um cara que está cometendo injustiças contra o escravo. O que você diria? O que a gente diria pro patrão mau?
Se eu fosse São Pedro, o que eu diria? Eu diria o seguinte: “Pobrezinhos de vocês. ” Estou aqui, parafraseando o Martini.
Quem fala isso é o próprio Cardeal Martini. Ele diz: “Se nós fôssemos São Pedro, nós iríamos para os escravos: ‘Ah, pobrezinhos escravos, vocês, olha, que pena que vocês estão sendo maltratados. Eu me solidarizo com vocês, etc.
, opressão, isso e aquilo. ’” Mas não é isso que São Pedro faz. Ou então quem sabe, diz o Cardeal Martini, nós dirigiríamos uma reprimenda aos maus senhores?
“Não é assim que se faz! ” Etc. Ou quem sabe alguns mais ousados poderiam até dizer: “Escravos unidos jamais serão vencidos!
Vamos lá, revolta, revolta! Vamos queimar tudo, queimar pneu na praça! Entendeu?
Fazer revolução. ” E, nota de rodapé, o Cardeal Martini, inclusive, nesse capítulo seguinte, comentando essa situação, faz uma crítica não velada, explícita, à teologia da libertação, coisa que eu não esperava dele. Não esperava isso do Cardeal.
Martin, mas ele faz uma clíque que teórica libertação, porque não em alguns lugares se faz te libertação, eh, justiça social, isso, aquilo, etc. Não, não, mas São Pedro não, não diz isso. E aí, o que São Pedro diz?
Padre, pelo amor de Deus, fala para nós, não estamos aqui. O Senhor diz que não ia fazer suspense, mas não sou eu que tô fazendo suspense; é o c. Martin que tá fazendo suspense.
São Pedro escandalosamente diz que isto, de fato, é graça, ou seja, você ter um mau patrão, você estar sofrendo injustiça, isto é graça. Atenção: sofrer é graça. Sofrer, como assim?
Isso não é uma ISO, não tá sendo escrito por uma freira medieval, não! Não está sendo escrito por São Pedro na época apostólica, mas pelo cardeal, de todas as pessoas do planeta, o Cardeal Martini, em pleno século XX. O livro tá publicado em 2005, Tutar Raris.
Isto, na verdade, é graça: sofrer injustamente, suportando as aflições com a consciência da presença de Deus, né? Pois que merecimento há em suportar castigo quando se é culpado? Entretanto, se suportais o sofrimento quando fazeis o bem, isso é grato a Deus.
De fato, para isto fostes chamados, pois aí vem o hino cristológico que a gente tá acostumado a ler na Quaresma, nas vésperas da Quaresma: Cristo sofreu por nós, deixando-nos um exemplo, a fim de seguirmos os seus passos. Então, o Cardeal Martini diz: esse é o segredo da primeira carta de São Pedro. O segredo da primeira carta de São Pedro é um segredo cristológico, ou seja, a união.
A palavra que São Pedro usa é a "koinonia" nos sofrimentos, a comunhão nos sofrimentos de Cristo. A união com Cristo no sofrimento é uma graça, e é isso que nós precisamos trabalhar, é isso que precisa ser descoberto. A primeira coisa é algo que já começa crucificando nossa inteligência, e o cardeal Martini em nada nos poupa, dizendo: “Não!
Vejam só, tem lógica! Não, não quebra a nossa lógica, não; somente faz expar nossas paixões. Nós não queremos sofrer, né?
” Como é que São Pedro diz assim: “Ah, não era para sofrer, mas já que tá sofrendo”? Não! É o contrário!
Ele diz: “Para isto fostes chamados, gente! ” O negócio é medonho e tugar. E para isto fostes chamados, cristãos, porque também Cristo sofreu por nós, por vós, né?
Para isso fostes chamados, porque também Cristo sofreu. Patos, sofrimento, paixão. Cristo sofreu por nós!
Vejam, aqui está o segredo da carta de Pedro, que lá no início São Pedro anunciou. E parece uma coisa chocante que, no nosso sofrimento, é carregado com alegria. Ele lá só anunciou aquilo, explica: o segredo está na presença íntima de Cristo no meio do sofrimento.
Veja, Jesus! São Pedro tá dizendo assim: “Ó, é o seguinte: quando vocês estiverem na sétima morada, Cristo vai estar sofrendo com vocês, e tudo legal! ” Não!
São Pedro está escrevendo para cristãos como nós, que já têm fé, que já consertaram a vida, mas não necessariamente têm a virtude. Já são pessoas continentes, mas não são temperantes, não são virtuosos, na linguagem de Santo Tomás, aqui como nós vimos na aula passada. Ou seja, São Pedro tá dizendo assim: “Você quer saber como que você vai catequizar a meninada do andar de baixo?
” Lembram da aula passada? Eu coloquei três andares: ó, andar de cima, a entrada, andar do meio, à vontade; andar de baixo, são as paixões desordenadas, as doideiras da nossa cabeça, nossas doenças. Como que vocês vão catequizar essa criançada que tá sofrendo?
Aí dentro de você, você vai lembrar para ela que o Cristo tá lá no andar de baixo, Cristo tá lá na sua loucura, Cristo tá lá na sua desordem passional. Gente, por quê? Vamos ser bem objetivos: Jesus no orto das Oliveiras, Jesus passional, sofreu coisas tremendas por amor a nós.
Sant, mas aqui nos explica que ele, no orto das Oliveiras, soltou as rédeas das paixões para que elas seguissem o seu curso natural. E por isso ele suou sangue! E por que ele fez isso?
Para redimir as nossas paixões! Então não existe sofrimento interno seu. Você está sofrendo?
Não tem sofrimento interno seu que seja maior do que o de Cristo por você no horto das Oliveiras. O que São Pedro está dizendo é que este sofrimento interno que você está passando, essa coisa de não ser entendido por ninguém, de ser perseguido, de viver esse. .
. desculpa o palavreado, esse inferninho que tá na sua vida, esse inferno que você tá vivendo. .
. Aí, São Pedro tá dizendo: “Para isto fostes chamados! Existe aí uma graça, por enquanto, tá, gente?
” O que é que eu posso fazer? O que eu posso fazer é anunciar. Eu tô anunciando para vocês o segredo, mas: “Padre, como que faz?
” Calma, gente, esse não é a última aula que nós vamos fazer. Mas se não anuncio, o que nós vamos fazer? Como é que você vai, né, começar a fazer?
É importante, né? Nós [música] entendemos: Cristo sofreu por vós, deixando-vos um exemplo, né? Para seguir os passos de Cristo, quer dizer: ser acólito de Cristo, né?
Tá junto com ele, né? No grego original, né? “Epolcolu” é seguir como um acólito, para que você siga os seus passos.
Ele não cometeu pecado algum, nenhum engodo foi encontrado em sua boca. Quando injuriado, não retribuiu as injúrias; atormentado, não ameaçava, antes entregava-se àquele que julga com justiça. Carregou nossos pecados em seu próprio corpo, sobre o lenho da Cruz, a fim de que, mortos para os pecados, vivamos para a justiça.
Por suas feridas, fostes curados. Andando errantes como ovelhas, mas agora voltastes ao pastor e guardião de vossas almas. Tradução: “sem desvossas vidas”, mas no original, né?
Tem almas. Essa é a questão da alma ou não é? Uma questão é exegética, né?
O pessoal diz assim: "Não, não, não! A Bíblia, a Bíblia segue a ideia judaica de que não tem esse negócio de alma; é tudo um todo hebraico. " Só que o Reinhard, FM de todas as pessoas, os protestantes foi quem iniciaram essa moda, esse negócio de contra-alma, né?
Nada de alma, nada de alma. Mas o Maia, que é especialista na carta de São Pedro, ele fez o abitur dele sobre a carta de São Pedro, sobre a ideia de estrangeiro. Ele diz: "Não, cara, vocês estão esquecendo o seguinte: a carta de São Pedro é tardia.
" E exatamente porque é tardia, ela é influenciada, né, pelo platonismo. E ele mostra que aqui não é a alma em contraposição ao corpo, só alma e nada do corpo. Mas, mas é alma!
Minha tradução correta é alma, opinião dele. Eu, por acaso, tô até feliz, né? Que é a opinião dele, mas bom, isso é um parênteses somente.
Vamos ao que interessa. O que interessa é o seguinte: gente, como que nós, católicos, que queremos viver a vida com Cristo e estamos com a andar de baixo, sendo atribulados, atormentados, seja pelas nossas doenças psiquiátricas, seja pelas nossas doenças institucionais, seja pelos relacionamentos e situações sociais? Nós, que vamos sofrendo, nós, que todos os dias, somos levados ao Douro.
Como que nós vamos viver isso? São Pedro está aqui nos convidando para adentrar um segredo que nós precisamos descobrir. Ele está anunciando isso: você já recebeu aqui, ó, informação, mas essa informação precisa ser trabalhada e descer lá no coração.
Nós viemos para isso, nós somos chamados para isso. O que direi, "Pai, livra-me desta hora," mas foi para essa hora que eu vim. Gente, quando a nossa cruz se manifesta, ela não veio para nos atormentar.
Quando a nossa cruz se manifesta, foi para isso que nós viemos, foi para isso que você veio. Desde toda a eternidade, Deus pensou em você com essa cruz. "Ah, mas eu não quero desse jeito.
" Bom, então Deus é servido que seja assim. Então, aguenta firme! Mas não somente aguenta firme; é necessário encontrar uma alegria aqui.
O segredo da primeira carta de Pedro, da Prima Petre, é o segredo da perfeita alegria de São Francisco. Quem não vê a relação, né? Ou seja, quando você vive um tormento e depois encontra a perfeita alegria de saber que você, em tudo, está sendo configurado ao nosso Senhor.
Eu estou vivendo a vida dele. Eu encontrei isso na minha vida. E esse segredo da primeira carta de São Pedro, eu encontrei através de Santa Teresinha.
Quando tinha 30 anos de idade, tô com 57. Já faz 27 anos, né? Foi o primeiro grande sofrimento que eu passei na minha vida.
Hoje eu olho para trás e dou risada, né? Mas como era o primeiro, a gente sempre sofre mais, né? Que ainda tá com uma carne macia, não criou o calo.
Então, mas eu descobri com Santa Teresinha exatamente isso, esse segredo aqui: esse segredo da primeira Pedro, o segredo da perfeita alegria de São Francisco, o segredo de Santa Teresinha, né? Que é o segredo exatamente de transformar a dor em amor, mas de saber que é uma grande graça, um grande momento de Deus na sua vida e que é uma visita de Deus. Não é que Deus está visitando você, "Ah, você tá aqui sofrendo e Deus visita você.
" Apesar da dor, não é que a dor é uma visita. É isto que é irracionalmente difícil para nós, e é difícil compreendê-lo. Mas, se você quebrar essa sua resistência intelectual, você vai encontrar isso: que a humilhação pela qual você está passando, que o tormento pelo qual você está passando, ele foi pensado por Deus desde toda a eternidade.
Essa prognose de Deus, São Pedro usa esse termo, né? Ou seja, que a gente traduz como a providência, né? Essa prognose de Deus que, desde toda a eternidade, pensou em nós assim.
Deus viu quando a minha cruz chega, foi para ela que eu vim. Ela é sempre surpreendente porque a gente não tinha. .
. "Nossa, mas uma vez que ela veio, se alegre. " O segredo da primeira Pedro, o segredo de São Francisco, o segredo de Santa Teresinha, gente, é o segredo das bem-aventuranças: "Bem-aventurado sois vós quando vos injuriarem e perseguirem e mentindo disserem todo tipo de mal contra vós por causa de mim.
Alegrai-vos e exultai, alegrai-vos e exultai! " Como é possível isso, gente? Isso não é escrito por uma freira medieval.
Isso não foi escrito aqui, sei lá, por Santa Verônica Juliana. Se você vai começar a contestar o Sermão da Montanha, então você tá contestando Jesus inteiro. Acabou!
Não sobrou nada no seu cristianismo. "Bem-aventurado, alegrai-vos! " "Ai, porque grande a vossa recompensa nos céus, pois, deste modo, perseguiram os profetas que vos precederam.
" Alegrai-vos! Onde tá essa alegria? "Pai, eu não vejo esta alegria.
O que eu vejo é dor. O que eu vejo é esperneio. O que eu vejo é acusação.
O que eu vejo dentro de mim é um Satã acusando Deus, com raiva de Deus estar permitindo tudo isto. " Sim, essa é a encruzilhada! Essa é a encruzilhada.
A cruz é encruzilhada; existem momentos na vida em que você sai. . .
ou muito melhor ou muito pior. Existem momentos na vida que não tem. .
. não, dor. .
. ter-se um quid. Não tem uma terceira oportunidade.
Chegar assim: "Ah, não, não quero ser nem muito melhor, nem muito pior; eu quero ficar neutro. " Deus encurrala! Existem momentos em que nós somos encurralados.
Esse ser muito melhor não quer dizer que não vai ser trabalhoso. E é esse trabalho que eu quero convidar vocês. Vai ser trabalhoso, vai ser humilhante, porque você não vai.
. . assim, a gente gostaria que a cruz se manifestasse e você.
. . sem perder a.
. . Compostura não supera lindamente a coisa; não a crise se manifesta e pode ser que você fracasse inicialmente.
Pode ser que você descabele, pode ser que você fique desconjuntado afetivamente. Pode ser que você tenha que recorrer a remédios psiquiátricos. Pode ser que você precise de ajuda de amigos, que você precise chamar pessoas para você vomitar tudo que você está sentindo.
Pode ser que você passe muitas vergonhas por não estar pronto para aquele momento, mas se você sabe que ele sofreu por você, você sabe que ali, naquele lugar da fé, ele está com você. Pode ser que a criançada do andar de baixo ainda não esteja muito ordenada e você esteja passando vergonha porque, de repente, você surta de um jeito que não esperava e perde a compostura. Mas você pode se encontrar com ele na humilhação, na humilhação, e fazer essa realidade de se unir a ele: essa koinonia com Cristo, essa comunhão, essa compaixão—sofrer com ele, essa co-crucifixão, como diz São Paulo, "com Cristo crucifixus".
São Paulo inventa palavras; com crucifixos, ele inventou a palavra "com crucificado". Estava assistindo esses dias "A Paixão de Cristo", do Mel Gibson. Eu sempre pego esse filme e assisto trechinhos, né?
Não assisto ele todo, porque é muito comprido, mas sei lá, cinco minutinhos, dou uma visitada de vez em quando. Assisto de novo aquela cena do Cirineu; o Cirineu estava passando e o centurião romano diz para os soldados: "Vocês não estão vendo que esse homem não pode continuar assim? Ajudem!
Ajudem! " Aí o soldado olha para o Cirineu, que está passando lá com a filhinha chorando: "Tu ajuda, pega a cruz! " "Não, não tenho nada a ver com isso.
Ajuda! " E o Cirineu faz uma declaração: "Mas que todo mundo aqui saiba que eu sou inocente; estou carregando a cruz de um condenado. " É exatamente o contrário.
É exatamente o contrário. E nós temos essa atitude diante da nossa cruz. Diante de Deus, nós somos os inocentes.
Mas que história é essa? "Carregar essa cruz! Aqui estou, carregando a cruz; eu sou inocente, estou carregando a cruz de um condenado.
" E aí a gente vê todo o processo do Cirineu, que vai olhando para Jesus. É no encontro do olhar com Jesus—na oração. A oração é isso: o encontro dos dois olhares.
Eu olho para ele, ele olha para mim. É no encontro desses dois olhares que o Cirineu vai encontrando o fato de que, com Cristo, a cruz fica mais leve; sem ele, a cruz me esmaga. Pelo menos duas vezes no filme, que eu me lembre, acontece isso.
Jesus está literalmente pendurado na cruz e o Cirineu tem que carregar o peso da cruz. E de Cristo, Jesus está ajudando muito pouco. Jesus está lá, pendurado na cruz.
Mas, de repente, Jesus cai no chão, que seria o normal. Jesus caiu no chão, a cruz ficou mais leve, mas a reação no filme é o contrário. Jesus caiu no chão e o Cirineu quase morre esmagado, porque, com Cristo, a cruz é mais leve.
Esse é o segredo da primeira carta de Pedro. Esse é o segredo da vida cristã. Este é o cristianismo.
O cristianismo é este projeto, para nós, louco, de que Deus, para vencer o egoísmo, a morte, a dor, não veio fazer justiça; veio ser vítima de tudo isso e nos convidar a, desde dentro, destruir o pecado, a morte e a dor, desde dentro, assumindo a cruz, assumindo a cruz, mas assumindo-a alegremente—não assumindo moralisticamente, não assumindo como quem está sendo esmagado. Quero que vocês entendam que, ao dizer isso, eu não estou decidindo nada das decisões prudenciais que vocês têm que tomar na vida de vocês. Há coisas que realmente você tem que lutar contra certas cruzes.
Realmente você tem que resolver certos problemas. Mas estou apenas dizendo que, se tudo der errado, existe a verdadeira, a perfeita alegria: a alegria de saber que, no meu pequeno inferno, eu não estou sozinho; descendo, Jesus desceu nos meus infernos também. Ele desceu no andar de baixo e até no subsolo.
Não interessa em que pecado você esteja. Santa Teresinha disse: "Se eu tivesse cometido todos os crimes possíveis, confio, eu guardaria sempre a mesma confiança. Porque em todos os crimes e pecados, não é senão a gota d'água no braseiro ardente do amor de Deus.
" Santa Teresinha desce aos infernos dos incrédulos. Então, meus queridos, Deus quer de nós algo mais. Eu sei que estou lançando essa aula aqui próxima do Natal, com um tema que seria mais oportuno para o tempo pascal, para a quaresma, para a semana santa, mas também isso é Natal, também isso é Natal.
Por quê? Porque Jesus desceu. Embora fosse pobre, embora fosse rico, se fez pobre; veio nascer, veio para isto, veio para isto.
Cardeal Martini diz no livro dele que Jesus era um profeta, pregador, taumaturgo, que fazia milagres. De repente, "Ah, que chato, morreu crucificado". Cardeal Martini disse: "Não!
Ele veio para isto! Ele veio para viver nossa pobreza, nossa miséria, para sofrer nossas injustiças e injúrias. E é isto que é redentor.
" A gente vê um homem que passou a vida inteira pregando, foi cardeal da Santa Romana Igreja, arcebispo de Milão, e terminou sua vida, não sei se ele já estava com Parkinson ou não, quando pregou esse retiro, mas terminou sua vida reencontrando a paixão ionada, encontrando o mistério da cruz. A gente vê como o evangelho não tem casinhas teológicas, ou seja, ele toca todo mundo: direita, esquerda, em cima, embaixo, linha teológica. Se a pessoa tem fé, ela se deixa atingir.
Jesus nos convida a viver esse caminho da graça. Então, ele se humilhou para vir carregar conosco nossa cruz. Como Sirineu!
Aquela imagem do filme do Mel Gibson, que é uma imagem bem típica da espiritualidade franciscana, não é do braço de Jesus entrelaçado com o braço do Sirineu, né? Na espiritualidade franciscana, eles colocam nos crucifixos o braço de Cristo e o braço de Francisco juntos, os dois lados. Então, juntos carregamos a cruz, e ela é mais leve com Cristo.
Não somente é leve, existe uma alegria íntima. Você não descobriu ainda? Calma, calma, calma, calma, calma!
Só estou anunciando que uma grande coisa será se, ao gravar esses vídeos, a gente conseguisse que pelo menos uma pessoa, das milhares de pessoas que estão assistindo a esses vídeos, terminasse, no final, encontrando o segredo da primeira carta de São Pedro, como todos os cristãos precisam descobrir. Deus abençoe você, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.
Related Videos
Por que os primeiros cristãos não adoeceram?
1:08:30
Por que os primeiros cristãos não adoeceram?
Padre Paulo Ricardo
109,514 views
A guerra interna que nos adoece
1:01:26
A guerra interna que nos adoece
Padre Paulo Ricardo
72,064 views
VIDA E OBRA DE SANTO AGOSTINHO | Conversa Paralela com Joel Gracioso
1:34:25
VIDA E OBRA DE SANTO AGOSTINHO | Conversa ...
Brasil Paralelo
74,537 views
Você sabe Quais São os Três Inimigos da Alma? - Padre Paulo Ricardo #padrepauloricardohoje #maria
37:10
Você sabe Quais São os Três Inimigos da Al...
Santos e Católicos
110,184 views
MARAVILHAS DA ITÁLIA | Os lugares mais bonitos da Itália | Guia de Viagem em 4K
1:10:41
MARAVILHAS DA ITÁLIA | Os lugares mais bon...
EpicExplorationsTV PT
258,765 views
"Padre Léo e a Inspiradora História de Juvenal – Surpreenda-se Assistindo Até o Final"
18:21
"Padre Léo e a Inspiradora História de Juv...
Despertar com Oração
62,025 views
O PIOR MOMENTO DO GOVERNO LULA | Cartas Na Mesa - 27/01/25
O PIOR MOMENTO DO GOVERNO LULA | Cartas Na...
Brasil Paralelo
Programa Ecclesiae Sancta (Igreja Santa) - 27/01/2025
Programa Ecclesiae Sancta (Igreja Santa) -...
Dom Adair José Guimarães_OFICIAL
Pregação Seleta | Não faça como as virgens loucas: renuncie ao pecado!
41:40
Pregação Seleta | Não faça como as virgens...
Padre Paulo Ricardo
105,935 views
PADRE JOSÉ EDUARDO - PODCAST 3 IRMÃOS #670
3:02:46
PADRE JOSÉ EDUARDO - PODCAST 3 IRMÃOS #670
Podcast 3 irmãos
38,551 views
Por que muitos católicos estão adoecendo?
1:10:21
Por que muitos católicos estão adoecendo?
Padre Paulo Ricardo
300,973 views
Reze o terço hoje com o Padre Paulo Ricardo! (27 de janeiro)
25:19
Reze o terço hoje com o Padre Paulo Ricard...
Padre Paulo Ricardo
13,038 views
SANTO SUDÁRIO: o que sabemos até agora? | Prof. Raphael Tonon
2:09:47
SANTO SUDÁRIO: o que sabemos até agora? | ...
Raphael Tonon
19,385 views
As bilocações do Padre Pio
1:10:15
As bilocações do Padre Pio
Padre Paulo Ricardo
213,785 views
A chave para entender o Protestantismo
1:02:03
A chave para entender o Protestantismo
Pro Veritate - André Chilano
862,566 views
O Evangelho de Lucas - Filme Completo
2:01:57
O Evangelho de Lucas - Filme Completo
Evangelho com Celso Carvalho
886,186 views
O que aconteceu com a Igreja após o Concílio Vaticano II?
42:53
O que aconteceu com a Igreja após o Concíl...
Padre Paulo Ricardo
647,082 views
Jonathan Roumie on Faith, Surrender and Playing Jesus on TV
43:23
Jonathan Roumie on Faith, Surrender and Pl...
New York Times Podcasts
218,843 views
MILAGRE VIVO | A história do Padre Márlon e dos raros do Brasil | Original Lumine
1:55:18
MILAGRE VIVO | A história do Padre Márlon ...
Lumine
229,493 views
Não há conversão após a morte
25:30
Não há conversão após a morte
Padre Renato Leite
14,349 views
Copyright © 2025. Made with ♥ in London by YTScribe.com