Olá pessoas esse é outro vídeo meu aqui net no vídeo de hoje então vamos falar um pouquinho sobre todos os nomes do José Saramago eu li esse livro pela minha participação no desafio lesm 2017 caso você não tenha visto o vídeo que eu fiz com e a minha lista de de leituras eu vou deixar o link para ele lá embaixo certo muito bem uma das categorias desse desafio é justamente um livro do Saramago e daí eu escolhi esse daqui que é todos os nomes que é um livro que apesar de ser um livro que eu
gosto muito do Saramago é um livro que eu acho que ele está assim não deve nada por exemplo ao Ensaio Sobre a Cegueira é um livro que as pessoas geralmente não leem as ele passa um pouco batido eh dentro da obra do Saramago O que é até compreensível dada a enfim dadas as as proporções que alguns dos livros desse autor acabaram ganhando ao longo dos anos n é eh esse então é o romance de 97 ou se e ele foi o primeiro romance depois do saio Sobre a Cegueira não é que talvez seja o livro
mais célebre do Saramago ã o que equivale a dizer que esse daqui é um livro que corresponde que que ele foi eh escrito e publicado na fase que na na no período no período que corresponde a segunda fase da obra do Saramago a primeira fase da obra dele se estende desde lá do do manual de pintura e caligrafia até o o evangelho segundo Jesus Cristo e a segunda metade da da obra dele começa no Evangelho Segundo Jesus Cristo e vai dali adiante quem fez essa divisão não sou eu não foi a crítica foi o próprio
Saramago e eu já comentei inclusive isso aqui com vocês que ele tem um discurso que ele diz que na primeira fase da da da obra dele ele tentava descrever a estátua e no segundo na segunda fase ele tentava descrever aquilo que estava por dentro da estátua a saber então a pedra O que significa que eles sai um pouco daquele universo é mais demarcado geográfica e historicamente por exemplo o universo eh de de de Portugal não é quando a gente pensa lá no no memorial do convento no levantado do chão ou no história ou na história
do circo de Lisboa Ahã ou mesmo quando a gente pensa na península ibérica quando a gente vê lá livros Como por exemplo o A Jangada de Pedra nãoé esses livros todos já tem vídeo no canal e o o link para uma playlist com todos esses livros vai com todos esses vídeos vai estar lá embaixo também muito bem já nessa segunda fase da da carreira do do Saramago o que a gente percebe é uma espécie de universalização e dessas temáticas e uma das características principais além desse dessa imprecisão geográfica e temporal é justamente a ideia de
que a maioria dos personagens a partir desse momento vão perdendo dos nomes né esses personagens eles vão eh tem É muito difícil você ver personagens dessa segunda fase da obra do Saramago com algum nome de fato salvo eh pessoas como por exemplo Tertuliano máximo Afonso lá do homem duplicado ou enfim alguns personagens da caverna mas ess são Alguns alguns livros em específico Mas enfim esse então é um romance de 97 que veio lá eh exatamente em seguida ao ao Ensaio Sobre a Cegueira E e esse livro ele vai falar basicamente da história do senhor José
que é esse funcionário da Conservatória geral desse dessa dessa cidade que não não fica muito bem definida qual seja Mas uma coisa interessante é que e essa Conservatória geral é como se fosse o cartório as pessoas vão lá para fazer registro de nascimento óbito casamento e divórcio e o o o senhor José ele é o o o o funcionário que está assim no degrau mais abaixo dentro da escala hierárquica desse desse universo burocrático que o Saramago constrói aqui com este livro Ah o senhor José então ele é um um um funcionário extremamente aplicado ele faz
ele trabalha ele já tem ali por volta dos seus 50 anos já Faz 26 anos que ele trabalha neste neste lugar Ah e ele sempre se demonstrou um funcionário extremamente aplicado ele sempre fez tudo corretamente ele nunca faltou no serviço eh enfim ele ele sempre teve esse ímpeto de se de ser bem visto pelos seus superiores hierárquicos e essa questão da hierarquia e do próprio ambiente que o Saramago constrói aproxima muito este livro do do universo por exemplo dos livros do cafca né você vê esse esse as relações entre esses personagens aqui entre esses funcionários
da Conservatória você vê o ambiente sufocante marcado por essa burocracia que é extremamente generalizante e eu vou falar mais um pouquinho disso mais para frente Isso me lembrou bastante livros Como por exemplo o processo ou a metamorfose do Cica mas enfim é nesse ambiente então que trabalha aqui o senhor José que é uma uma pessoa extremamente eh banal extremamente e eh eh eh ordinária no sentido de ser algo alguém que você poderia passar pelo senhor José na rua sem perceber sem dar por isso nãoé ã e o senhor José durante o dia ele trabalha na
Conservatória e uma coisa interessante é que ã essa construção a construção da Conservatória ela assume proporções assim quase mitológicas o primeiro capítulo deste livro ele descreve ele é extremamente descritivo e ele descreve a o aspecto físico dessa dessa Conservatória e isso acaba de certo modo mostrando pra gente as proporções eh ciclópico culian que esse lugar tem pois bem nessas nessa nessa construção havia em um tempo e Em Algum Lugar do Passado havia uma série de casinhas eh destinadas aos funcionários para que não houvessem digamos desculpas para trás ou para coisas desse tipo Então os funcionários
eles moravam em casas que foram construídas a meias paredes ali com esse ambiente da Conservatória ao longo do tempo com enfim as medidas de reurbanização e com o próprio crescimento da da Conservatória porque esse é uma coisa importante aqui dentro desse livro os espaços eles não se mantém os mesmos mas eles vão eles não são estáticos eles são espaços em expansão isso é outra coisa que preciso falar daqui a pouco enfim o fato então é que dessas casinhas todas que foram construídas eh a meias paredes ali com a Conservatória apenas a casinha do senhor José
resistiu e ele é o único funcionário que tem o luxo e o privilégio de morar ali nesse local muito bem só que ele tem uma condição para para morar ali ele não pode sob hipótese alguma eh cruzar a porta que liga a casa dele a Conservatória então ele tem que sair de casa como todo funcionário dar a volta no quarteirão para poder entrar dentro da Conservatória Mas enfim o fato então é que durante o dia o senhor José trabalha nesse ambiente e durante a noite ele tem um hobby não é como a maioria das pessoas
tem um hobby o senhor José também tem e o hobby dele é colecionar ã recortes de pessoas famosas daquela cidade então ele está ali um dia revendo essa sua coleção quando lhe vem a ideia que uma ideia que pode de certo modo fazer com que a sua coleção ganhe em prestígio digamos assim a ideia é a seguinte e se eu pegasse eu o Senor José e se eu pegasse os os registros que eu tenho desses famosos aqui na Conservatória e acrescentasse algumas informações nessa minha coleção de modo que ela se torne cada vez mais rica
de um ponto de vista da informação que ela contém e Justamente a partir do momento em que essa ideia lhe ocorre o Senor José começa a infringir a regra que diz que ele não pode entrar na Conservatória e passa então ele espera todos os funcionários irem embora aí ele vai abre aquela portinha de acesso e acaba indo lá e chafurdando nesses nesses arquivos para poder percolar essas informações um belo dia ele está nesse serviço e daí o que acontece ele ele ele pega Ah esses verbetes desses famosos só que no meio desses verbetes vem eh
uma ficha onde constam informações sobre uma mulher extremamente desconhecida e por algum motivo Ele não não fica claro o porquê desse motivo mas por algum motivo o senhor José começa a pensar que seria muito interessante se ele tentasse encontrar essa mulher desconhecida e é esse o motivo principal Aqui dentro deste livro do Saramago a partir desse momento a gente vai acompanhando a busca desse personagem do senhor José por essa moça e ele vai ficando cada vez mais obsecado com a ideia de encontrar essa mulher desconhecida então ele começa a mentir ele começa a enganar ele
começa a infringir as leis internas da Conservatória ele ele começa a infringir as leis externas à Conservatória ele invade a escola em que essa moça trabalhou e a escola em que essa moça estudou ele chega Inclusive a invadir a própria casa onde essa mulher enfim eh a casa dessa mulher ele começa a falsificar documentos ele começa a enfim e a interrogar as pessoas ele começa a roubar os verbetes ã ele rouba as fichas dessa mulher na escola enfim ele passa desse sujeito extremamente banal para um criminoso assim da noite para o dia e é just
E isso acontece justamente por conta dessa crescente obsessão eh que vai alimentando aqui essa a Trama deste livro mas enfim o fato então é que uma coisa interessante neste livro e que já vinha acontecendo desde lá do Ensaio Sobre a Cegueira é que com exceção só apesar do títul ser todos os nomes só aparecem dois nomes aqui nesse livro O do senhor José e o do fio de Ariadne por quê ã antes de eu falar isso eu vou falar outra coisa o resto dos personagens são designados por suas funções então tem o subg o subgerente
não como é que é o subconsumo tem a mãe e o pai da da mulher desconhecida tem a mulher desconhecida tem o diretor da escola enfim não há os os personagens aqui eles não são nomeados os únicos dois nomes que aparecem são como eu disse para vocês o do senhor José Ah que é um nome extremamente comum não é é um nome enfim que que designa e além de ser um nome extremamente comum é um nome que acaba de certo modo remetendo a personagem bíblica né que é José lá do do do o pai de
Jesus e como o pai de Jesus eh esse José aqui ele é aquele que obedece ele é quase que um secundário dentro desse universo Apesar dele ser o personagem principal mas o a função que ele desempenha é uma função ali dentro desse universo burocrático é uma função que qualquer outra pessoa poderia eh desempenhar ou seja ele não é Deus ele é só um carpinteiro Zinho ali não é para manter essa analogia com a com a Bíblia Então ele pode ser qualquer pessoa eh então perceba que justamente por conta dessa assimilação que a gente faz com
o José bíblico A gente tem essa dimensão um pouco mitol não mitológica mas eu vou usar essa palavra na falta de uma melhor essa dimensão quase que mitológica desse nome que esse personagem tem nãoé e os nomes são coisas importantes né Afinal de contas o o título do livro já remete a ele eles e o outro nome é Ariadne esse fio de Ariadne é uma corda que esses funcionários começaram a usar para poder eh se deslocar no meio das estantes dos arquivos dessa Conservatória por quê Porque apesar de ser uma Conservatória eh que tem apenas
um corredor onde você tem o arquivo dos mortos e o arquivo dos vivos eh ela ela é tão extremamente extensa que pessoas já chegaram a se perder lá dentro então perceba que a Conservatória é um labirinto em linha reta digamos assim inclusive o labirinto é uma co é uma figura muito importante dentro desse romance sobretudo por conta dessa ideia de que esses esses espaços eles vão se expandindo ao longo do tempo mas enfim o fato então é que esse fio de Ariadne a corda que eles se utilizam então que eles passaram a se utilizar para
poder se movimentar de uma maneira um pouco mais segura dentro dos grotões desses arquivos pois bem e quando a gente pensa em Ariadne né a gente lembra lá do do da mitologia ã em que você tem a figura dessa mulher chamada Ariadne que entrega um novelo de lã para o tezeu para que o tezeu possa entrar no labirinto matar o o Minotauro e voltar então perceba que me pelo menos me parece que não é à toa que o que o Saramago Coloque esse nome no de fio de Ariadne em um lugar né Essa essa função
da Ariadne que além de Guiar o tezeu transformou o tezeu em Herói porque afinal de contas não fosse Ariadine tesu teria morrido lá no meio do do labirinto mesmo Não mesmo tendo matado o Minotauro então perceba que essa ideia da Ariadne ela acaba de certo modo tendo uma dupla função a função de guiar e a função de transformar o que não tinha qualidades heróicas em Herói e e isso é uma coisa muito importante quando a gente vai perceber quando a gente vai pensar a construção desse senhor José porque lembra lá que de herói ele não
tem nada mas enfim o fato então é que justamente por conta da pista que o Saramago nos dá por e ao dar esse ao introduzir esse nome dentro da narrativa acaba fazendo com que a gente já eh que já nos nos venha essa questão essa imagem do labirinto então basicamente são quatro os ambientes em que se desenvolve a asem que se desenvolvem as ações aqui desse livro evidentemente H outros ambientes como por exemplo a casa da moça a casa dos pais da moça a casa da velha do resto do chão mas enfim basicamente são quatro
os ambientes você tem então a Conservatória você tem a escola você tem eh a a cidade e você tem e o cemitério Então e e esses quatro ambientes eles vão adquirindo proporções cada vez mais e enormes eles vão se tornando uma espécie de eles eles são ambientes tão vertiginosos que que a construção deles lembra bastante e os labirintos mesmo sobretudo a Conservatória e o cemitério Ah e é claro e lembrando sempre que sobretudo a Conservatória ela é um labirinto em linha reta que vai se expandindo à medida que o tempo passa porque as pessoas não
param de nascer e de morrer então quanto mais o tempo passa mais eles têm que aumentar esses arquivos que eles possuem Porque nessa época aqui eles ainda não queriam eh se utilizar da tecnologia e e coisas assim ã Além disso então como eu comentei com vocês a gente tem o ambiente da cidade e a gente tem o ambiente da escola que é lá onde esse sujeito que é a escola em que se senhor José vai invadir e perceba que esses quatro lugares de certo modo eles vão demarcar eh o ciclo da vida de uma pessoa
então você nasce e vai na Conservatória e coloca lá o seu registro de nascimento aí você vai pra escola aí depois você vai pela cidade eh no ambiente de trabalho e coisas assim e depois quando você morre você vai você vai parar no cemitério e depois você volta na Conservatória você não seus parentes volta na Conservatória para poder poder fazer lá a sua Certidão de Óbito então perceba que nesse sentido é um romance cíclico porque é justamente nessa ordem em que esses que esses ambientes vão aparecendo outra coisa importante para essa ideia do labirinto quando
a gente pensa no labirinto e grosso modo a gente pensa também nessa ideia da Incerteza e essa incerteza ela fica eh latente aqui nesse livro quando a gente começa a perceber que quase não existem cenas iluminadas dentro dessa história ou está de noite ou está extremamente escuro ou está chovendo ou está com nevoeiro com neblina e coisas assim então perceba que essa ideia da escuridão do Limiar entre o Claro E o escuro acabam contribuindo para esse ambiente claustrofóbico e para esse ambiente de incerteza o que acaba gerando cada vez mais esses dois fatores a claustrofobia
e a incerteza acabam and cada vez mais a ideia de um ambiente e de proporções titânicas muito bem Ah e perceba e e é por esses quatro ambientes aqui então que esse personagem vai ã se se deslocar e essa ideia de que esses quatro ambientes E essas E essas quatro ambientações esses quatro espaços e essas quatro ambientações vão B reforçando essa ideia da Incerteza de certo modo acaba fazendo com que o personagem abandone toda aquela burocracia do início aqui do do do livro porque no início a gente tem um ambiente extremamente sufocante extremamente burocrático mas
ainda assim a o primeiro capítulo do livro é digamos o capítulo em que prevalece a claridade quando a gente pensa nos demais a gente sempre tem essa ideia toda dessa incerteza e dessa Escuridão e coisas do tipo o que acaba de certo modo afastando dessa ideia burocrática por quê Porque a burocracia é algo exato não é não tem como você ser exato e incerto ao mesmo tempo então perceba que a própria maneira com os próprios elementos que o que o Saramago vai colocando aqui dentro desse livro acabam crescendo à medida em que esse personagem vai
se afastando daquela burocracia que ele tinha no início então no no no limite o esse romance ele fala da capacidade que os nomes têm de de representar aquilos aquilo que eles nomeiam por quê a ponto de nós confundirmos o nome com a realidade quando a gente pensa em livro eh a gente não pensa na palavra livro A gente pensa no objeto livro ainda que o objeto livro poderia se chamar cama não é enfim S já disse isso Long Time ago e eu não vou ficar aqui me me me me delong nesse aspecto Mas isso é
uma coisa muito interessante porque a na medida em que você percebe essa ideia de que o nome não é aquilo que o nome representa a epígrafe deste livro começa a fazer um pouco mais de sentido e a epígrafe é conheces o nome que te deram não conheces o nome que tens e esse essa epígrafe Foi retirada do livro das evidências e aqui eu vou dizer uma coisa para vocês o livro das evidên esses livros que o Saramago dos quais o Saramago retira essas epígrafes não existem ele inventa esses títulos E essas epígrafes para colocar aqui
tá bom porque eu vejo muita gente fala nossa eu já fui em livrarias que a pessoa tava procurando o livro das vozes que o Saramago cita não tá bom isso é é é non existe Tá bom Bom enfim ah e isso por quê Por que a gente confunde o nome com a realidade porque de certo modo o nome delimita a a realidade Quando você diz que isso daqui se chama livro antes disso daqui se chama livro ele tinha sei lá 1000 possibilidades de nomes possíveis e imagináveis para este para este livro quando você fala livro
você acaba restringindo essa real a realidade do objeto a esse a essa nomenclatura não é en quando você delimita a realidade você está individualizando isso daqui não é mais simplesmente o objeto dentro da da da do índice de objetos isso daqui se chama livro e isso daqui sei lá deixa eu ver só tem livro aqui perto de mim puxa vi mas enfim você entendeu o que eu quis dizer bom então perceba que só que eu diser só que se eu dizer livro eu posso estar denominando isso ou eu posso estar denominando qualquer outra dessas coisas
aqui então perceba que você conhecer o nome não significa que você conhece a realidade significa você con que você conhece algo que denomina uma cela muito ínfima do real não é então perceba que a quando você começa a pensar nisso dentro aqui da estrutura do livro e pensando sobretudo nessa epígrafe eh essa ideia toda dos nomes e desses personagens que não vão recebendo o nome vão ficando cada vez mais eh interess a ideia que você tem disso tudo começa a ficar cada vez mais clara Ah e de certo modo então já que Eu só conheço
o nome que me deram Mas eu não conheço o nome que eu tenho eu o que a gente o que a gente acompanha aqui não é simplesmente esse senhor José À Procura da desconhecida quando ele sai em busca da desconhecida ele descobre que ele é um potencial criminoso então perceba que ele vai em busca dela só eh como pretexto Na verdade ele está buscando mais do que ela a si mesmo essa coisa que faz com que ele se movimente de de maneira cada vez mais eh obsecada por essa ideia de encontrar alguém e esse alguém
é a moça mas não é só a moça e essa ideia toda desse personagem que sai desse universo Bur porque perceba eh dentro do ambiente da Conservatória O que importa não é a história das pessoas o que importa é os nomes das pessoas que estão lá né O que importa não é a realidade dessa pessoa o que importa é algo que nomeie essa essa realidade para que fique ali arquivado dentro do prédio da Conservatória então perceba que quando esse o senhor José quando esse personagem sai em busca da moça e de si mesmo ele acaba
individualizando essa desconhecida e ele sai do geral que é esse ambiente burocrático da do arquivo e e da e desse cartório e ele sai desse ambiente geral que é o da pessoa famosa e se dirige para esse ambiente do para essa para essa ideia do particular que é essa moça e por consequência que é ele próprio né e e porque há um momento aqui em que ele chega até a se comparar com ela dizendo que Muito provavelmente os dois valem tanto quanto esses famosos que ele andava colecionando aí não que ele colecionasse famoso mas enfim
Vocês entenderam o que eu quis dizer então de certo modo o que me apece nesse por que que eu gosto tanto desse livro e aqui eu já estou encaminhando o o vídeo para o fim porque nesse livro aqui o sará mago ele consegue com Apesar dele não construir uma uma uma alegoria tão bem feita quanto ela o Ensaio Sobre a Cegueira ele consegue mostrar muito daquilo que está por trás da realidade ele consegue de fato apontar a a a estátua enxergar a pedra dentro dela ã e isso acaba fazendo com que a gente comece a
perceber que a gente tem muito do senhor José essas nossas obsessões eh podem estar ali adormecidas dentro da gente a gente nem se dá conta e quando vê olha nós aí furtando escolas e enfim falsificando documentos não é mesmo então eu sugiro fortemente que você aí que nunca tenha lido nada Saramago eu sugiro que você e esse daqui Apesar de eu de eu achar que as intermitências da Morte também é uma ótim porta de entrada eu acho que esse livro aqui é você pode engatar ali logo na sequência porque ã é um livro eh que
extremamente demonstrativo desse universo criativo do Saramago desse universo literário do Saramago que como eu disse para vocês no início desse livro desse vídeo nada deixa a dever lá ao Ensaio Sobre a Cegueira ao evangelho segundo Jesus Cristo e a livros como esses outros que ficaram mais famosos certo é isso então fica aqui a dica demais esse livro excelente sério mesmo Leia este livro Eu só não passei este livro para os meus alunos porque Ah tenho que falar isso para vocês eu mudei a lista de leitura dos meus alunos e e eu passei um livro do
Saram não vou falar agora qual é vou fazer um vídeo ainda explicando isso mas enf eu só não passei esse porque o outro livro que eu passei já vai me dar muito trabalho então você vocês terem ideia eu tirei todos os os textos de um mês só para poder passar um livro do Saramago porque eu sei que esse livro vai me dar trabalho mas enfim eu só não passei esse livro aqui também porque senão ia ser eh muita coisa e eu não sei até que ponto eu conseguiria encaixar esses dois livros em uma mesma temática
mas em todo caso eu acho que esse livro aqui é tão necessário quanto todos os outros do Saramago na formação da gente não só enquanto leitor mas enquanto Pensador porque os livros do sarag eles têm essa coisa de fazer com que a gente pense muito sobre alguns detalhes da do nosso cotidiano que a gente não dá muita atenção muitas vezes certo é isso então se você gostou do vídeo Não esqueça de curtir e de compartilhar caso não tenha gostado não esqueça de dizer lá embaixo porque não gostou se você está inscrito no meu canal Muito
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