A EVOLUÇÃO do CRÂNIO nos PRIMEIROS TETRÁPODES

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Zoomundo
Os tetrápodes são os vertebrados terrestres, que saíram da água e foram para a terra firme há mais d...
Video Transcript:
saudações ou lógicas Eu sou Amanda e hoje tem plantãos ao mundo trazendo mais uma notícia fresquinha do mundo da zoologia da paleontologia e o artigo que a gente vai comentar hoje que foi publicado bem recentemente é sobre essa questão da evolução dos tetrapodas e olha só a gente já sabe que nós te trapodas temos muito menos ossos no crânio do que os outros peixes mas esse artigo vai discutir Exatamente isso porque que os peixes têm tantos ossos no crânio e a gente tem menos Vamos responder essa pergunta nesse vídeo mas antes fazer aqui um jabazinho
de uma palestra que eu vou dar sexta-feira agora depois de amanhã aqui em Santo André na Fundação Santo André que para quem não sabe foi onde eu e Amanda nos formamos biólogos aqui então se você gosta de paleontologia de evolução e gosta dos répteis marinhos que viveram durante a época dos dinossauros nessa sexta-feira eu vou dar essa palestra né Monstros oceânicos os répteis marinhos da era mesozóica aqui na Fundação Santo André e essa é palestra é completamente gratuita é uma programação dentro da semana de ciências biológicas daquela instituição então você pode ir lá conferir totalmente
de graça não paga nada e ainda tem certificado a única coisa que você precisa fazer é preencher uma ficha aqui de fazer um cadastro é pelo simples e a gente vai deixar linkado aqui na descrição e na hora que você tiver fazendo o seu registro vai aparecer lá no custo zero reais fica tranquilo não precisa pagar nada e se você for lá e tiver seu a sua presença confirmada ainda sai com certificado Então isso é muito bom para quem está estudando precisa de certificado para que horas complementares é para quem trabalha com progressão de carreiras
palestras ou que você tá pensando em ir para área acadêmica pensando em entrar na faculdade quer ver um pouco como esse ambiente fica aí essa dica só erraram meu nome né não sou golo Salves porque eu sou um grande artilheiro da paleontologia só que não então vamos lá sobre o assunto Bora para a notícia bom em primeiro lugar a gente precisa ressaltar aqui que nós somos todos peixes sim né todos os tetrapodes os animais que andam apoiado nas quatro patas que tem né os quatro membros tem um ancestral que vivia na água ali mais ou
menos entre o Período final do devoniano e o começo do carbonífero esse ancestral saiu da água e foi para a terra então dos Passos evolutivos assim mais bonito da nossa história mais importante né E aí a gente sabe disso porque apesar isso ter acontecido Há muitos milhões de anos atrás né cerca de 300 milhões de anos atrás mais ou menos por aí essa é a evolução ela é muito bem documentada porque a gente tem muitos fósseis de transição Então a gente tem espécies muito bem conhecidas até da paleontologia como por exemplo famoso ticitalic a cantora
então acredito que alguns de vocês já estejam familiarizados com esses nomes com esses bichos e todos eles trazem características intermediárias dessa evolução da terra aliás da água para a terra e uma da um dos melhores exemplos dessa evolução que a gente vê bastante nos livros didáticos são justamente as modificações das nadadeiras né desses peixes sarcopterígios empatas então a gente vê por exemplo mostra aqui com o mouse essa evolução aqui verdadeiras né Aos poucos se transformando parecendo cada vez mais com os nossos membros você vê inclusive um número elevado de dedos de dígitos em animais como
por exemplo a cantora E aí você vê depois eles perdendo esses dedos né até chegar aqui no nosso número de dedos que a gente tem então isso tudo é muito bem documentado mas a gente sabe que também existem modificações em outras partes do corpo incluindo o crânio então o crânio foi muito importante para essa adaptação da água para Terra só que até o momento a gente sabia disso muito que qualitativamente então a gente sabia por exemplo que os peixes eles têm mais ossos no crânio e que os tetrapodas eles perderam alguns desses ossos então a
gente sabe exatamente quais os ossos que foram perdidos e tudo mais mas esse novo trabalho traz uma outra abordagem que é abordagem quantitativa e aqui entram dados muito interessantes porque quando você faz uma abordagem matemática quantitativa você pode fazer uma série de análises complementares que muitas vezes só a parte qualitativa de descrever quais ossos estão presentes ou não você não consegue ter essa visão mais Global da evolução então É bem interessante porque nos últimos anos tem aumentado muito a quantidade de trabalhos quantificando coisas que antigamente a gente fazia apenas uma análise descritiva e isso tem
revelado grandes padrões evolutivos que nos ajudam muito a entender como foi evolução da vida no planeta é a matemática ajudando a gente a compreender melhor a evolução então se você quer ir para biologia paleontologia falando beleza não vai ter matemática não se engana tem matemática em tudo e a matemática é super importante e muito legal inclusive Então esse trabalho foi publicado no importante jornal científico né que eu saem-se advances é uma revista científica dentro do grupo da famosa Science e esse trabalho liderado pelo pesquisador James Robson ele investigou o crânio desses primeiros tetrápodes utilizando uma
metodologia chamada de Network modeling seria alguma coisa como modelagem de redes aqui em português como que seria essa modelagem então primeiro ele considerou cada osso do crânio como um nó como um pontinho ali e depois ele conseguiu quantificar quantas conexões esse osso fazia então por exemplo Digamos que você tem um osso na frente do crânio que só faz contato com um outro osso então ali eles têm uma densidade né que ele chamou ali de dois então você tem um osso que faz contato com esse aqui E esse aqui só faz com isso agora se você
tem um outro osso digamos lá no meio do crânio e esse outro osso faz contato com quatro cinco diferentes ossos a densidade desse ponto vai ser bem maior porque significa que esse osso ele é mais complexo ele Digamos que ele encosta em um outro osso na parte de baixo em um outro na parte aqui do lado em um outro num canto direito um outro no canto esquerdo então ele se conecta com mais ossos a rede é maior a rede é maior exatamente então a complexidade da rede vai aumentando conforme a quantidade de conexões vai aparecendo
então quando os tetrapodes perderam esses ossos Será que a complexidade do crânio deles diminuiu já que você tá perdendo ossos então tem menos lugares para se conectar Será que ela aumentou Quais foram os resultados bom nesse estudo eles utilizaram é crânios de vários grupos de vertebrados Então você tem os peixes actinopterígios né você tem usa anfíbios representados nas colorações verdes estão aqui a gente tem as filogenias e aqui o símbolozinhos para cada grupo então peixes os anfíbios Você tem os primeiros tetrapodas aqui em azul e você tem os aminotas representados pelo sinapses e é por
ou pelo Sauro óxidos aí os répteis e esse gráfico esses gráficos que a gente vê aqui eles são gráficos que são chamados de PCA né são gráficos multi variados e esse espaço aqui desse gráfico a gente chama de morfo e espaço que é um espaço onde a gente tem a distribuição da forma no caso desses desses crânios que a gente está analisando aqui então se a gente olha para enfim são dois gráficos diferentes mas que querem dizer a mesma coisa então vamos ver aqui esse aqui de baixo se a gente olha por exemplo para esses
primeiros tetrápodes né que são o X da questão aqui desse trabalho que estão aqui em azul Vocês conseguem perceber que eles estão todos agrupados numa pequena região aqui do morfe espaço então todos os azuizinhos estão bem próximos uns dos outros bem nesse nessa região do humor foi espaço e quando a gente olha para os outros grupos a gente vê que os outros grupos ele se dispersam mais nesse humor foi espaço e o que que isso significa então voltando a olhar para os azuizinhos que são os trapodas Isso significa que teve uma limitação ali nesse grupo
então eles se diversificaram menos a evolução ali daquele grupo né daqueles daquelas espécies que foram os primeiros tetrápodes foi mais fechada foi mais limitada do que se a gente comparar com os outros grupos então os outros grupos eles exploraram mais ali esse espaço eles evoluíram e mais formas do que os tetrapodas eles mantiveram os tetrapo das mantiveram o aquele mesmo plano né aquele mesmo conjunto de ossos por muito tempo sem mudar muito então o que tem aqui no caso é que enquanto o número de ossos caiu ao mesmo tempo uma outro resultado deles foi que
a complexidade aumentou então no momento que eles perderam alguns ossos esses que ficaram passaram a se conectar com muito mais ossos Então esse aumento na complexidade do crânio dos tetrapos pode ter sido Um dos fatores que essa evolução no crânio desses animais também e aqui o que que eles concluem a partir disso né qual que foi a discussão do trabalho foi muito legal que eles também compararam esses resultados com os resultados das análises sobre as patas desses animais e aí eles notaram que enquanto as patas evoluíram de uma maneira muito rápida essa evolução das patas
foi muito mais diversa logo no começo nos primeiros poucos milhões de anos a do crânio Demorou muito mais tempo para se diversificar então o crânio desses primeiros tetrápodes vai demorar ali 40 50 milhões de anos para começar a ficar realmente diverso enquanto que as patas nos primeiros cinco é 10 milhões de anos foi bem rapidinho e por que né Por que que isso aconteceu será que é mais difícil evoluir o crânio do que as patas e eles levantam uma série de possíveis causas para isso uma dela Por Exemplo foi que foi o aparição do pescoço
já que o pescoço é uma coisa que nós te trata onde temos mas os outros peixes não tem o que que é o pescoço o pescoço é nossa região que fica entre a cintura escapular né que segura os nossos membros da frente no nosso caso os braços e o nosso crânio os peixes têm essa região funcionada nessa cintura escapular deles é funcionária então eles não têm essa mobilidade Eles não conseguem girar só a cabeça desse lado aqui igual a gente faz Lembrei de uma coisa tem um grupo de peixes que conseguem virar a cabeça sim
é uma família muito específica que tem na Nova Zelândia para variar mas a gente pode comentar isso em um outro vídeo mas assim é uma exceção exatamente evolutiva não é que o peixe tem pescoço Não não é mas eu lembrei disso agora é um caso muito curioso e então o próprio pescoço pode ter sido um fator que limitou a evolução desse crânio um outro possível fator limitante que ele citam é o focinho já que em terra firme você não tem a sustentação da água e o focinho Digamos que é uma coisa muito essencial para um
animal né já que é a parte ali onde ele vai usar para capturar seu alimento então você não pode ter um focinho muito molenga pouco sólido em terra firme Terra Firme tem que ser uma estrutura mais rígida mais firme até para você aguentar as pancadas que na água a própria água acaba sustentando uma outra hipótese que eles levantaram é uma que chama de gargalo evolutivo que que é um gargalo evolutivo Pensa numa garrafa cheia de bolinhas cada uma de várias cores diferentes de repente você vira essa garrafa de ponta cabeça tá sem tampa algumas bolinhas
vão passar pelo gargalo e outras vão ficar presas lá aí você diz vira ela essas bolinhas que passaram pelo gargalo elas não representam toda a diversidade de bolinhas que existia dentro da garrafa e isso é um evento de gargalo evolutivo quando acontece alguma coisa digamos uma erupção vulcânica uma grande extinção que mata boa parte da diversidade e só uma pequena parcela dessa diversidade antiga sobrevive eles levanta isso como a possibilidade para explicar o fato do da cabeça ser tão tão complexa e tão irredutível na sua mudança pode ter sido isso ou mesmo limitações de desenvolvimento
alguma base genética que ainda não tinha evoluído que permitisse a esses animais mudar a conformação do seu crânio às vezes é muito difícil mexer no crânio né se você deixa o seu crânio ficar de uma certa maneira aqui atrás maior ou menor você tá mudando também muitas vezes o espaço do seu cérebro lá dentro e ter um espaço maior ou menor pode afetar a sua sobrevivência complicações né exatamente então eles não concluem sobre qual dessas causas é a principal e assim como tudo na ciência apenas mais dados mais levantamentos mais estudos mais investimento é o
que vai fazer a gente poder finalmente responder essa pergunta mas uma coisa é fato uma vez que o crânio começou a se modificar seja por qualquer motivo que seja ele se diversificou bastante dentro rápido dentro dos grupos do dos tetrapas lá no permiano foi onde isso aconteceu e se você tiver mais interesse nesse tipo né de de evento né nessa evolução dos tetrapos deixa aqui um comentário Quem sabe a gente não faz um vídeo só sobre isso de repente até um especial né com certeza e a gente trouxe uma notícia boa nos aqui para falar
para vocês que a descoberta de uma nova cratera deixada aí pelo Impacto de algum asteroide a descoberta dessa cratera foi também publicada recentemente agora em agosto de 2022 e é uma cratera chamada cratera Nadir lá na África na costa da Guiné ela é uma cratera que fica no oceano profundo a mais ou menos 300 metros de profundidade né abaixo da linha ali do mar e ela fica então mais ou menos uns 400 km de distância né da Costa da Guiné Então ela é bem afastada bem profunda mas o mais interessante dela é a idade dela
ela tem mais ou menos 66 milhões de anos que também é a idade da cratera lá na península de Yucatán que é onde provavelmente caiu o asteroide que combinou com a extinção dos dinossauros não avianos entre outras espécies né do evento KT que todo mundo já né já conhece ali já tá cansado de saber e uma diferença é que essa cratera ao contrário da cratera de Chico xilubi lá do Golfo do México que era imensa essa aqui é bem pequenininha entre aspas comparado com aquela né Tem meio quilômetro de diâmetro a cratera tem 8 km
o asteroide que causou ela provavelmente tinha 500 metros de diâmetro que ainda é um asteroidão Imagine só mas bem menor do que o asteroide de 10 km né que provavelmente foi aquele asteroide principal que caiu na região do México e como é que a gente sabe que tem uma cratera como é que só descobriu agora bom porque mapear o fundo dos oceanos é uma tarefa muito difícil Como que esse mapeamento é feito são feitos navios de pesquisa que eles vão passando pelo oceano e eles vão emitindo sinais de sons esse sinal de som bate reverbere
e volta Então dependendo da distância que tá do navio esse som vai voltar mais rápido se tiver mais Raso ou vai demorar mais para bater e voltar se tiver mais fundo conforme ele vai emitir nesses pulsos ele vai tendo esse retorno do som vai formando um mapa onde você consegue ver aproximadamente o relevo que tá formado ali naquela região então foi assim que descobriram essa nova cratera com novas tecnologias que mapeiam com uma qualidade ainda maior esse fundo Oceânico e ao mesmo tempo levanta uma outra questão um asteroide de 500 metros apesar de São asteroide
imenso não seria suficiente para causar todo o evento de extinção mas pode ter ajudado a acelerar esse processo e A grande questão que fica é de onde veio esse asteroide Será que o impacto que acabou dando fim a era mesozóica início era cenozoica foi causado por vários asteroides que estavam caminhando ali juntos Será que era um grande asteroide que se fragmentou ainda no espaço Mas continuou todo mundo junto e aqui caíram em Pontos diferentes ou será que eram asteroide que ele tava vindo se aproximando daqui quando ele entrou no planeta Terra Aí sim que ele
se quebrou e caiu em vários pontos Diferentes né O que será que pode ter acontecido fica aí o questionamento né então nós temos a cratera de Lub lá no Golfo do México que é a cratera imensa aí você tem essa cratera que foi descoberta recentemente lá na costa da Guiné Mas tem uma outra cratera se eu não me engano em algum país do leste europeu né naquela região que também tem essa mesma idade então Independente de qual hipótese ou seja se era um asteroide que se fragmentou em vários ou se de fato vieram vários asteroides
independente disso você tem várias crateras né pelo menos três crateras Quem sabe no futuro não vão descobrir mais crateras né E aí estudos podem também tentar explicar melhor de fato o que que aconteceu né e ter sido um evento de múltiplos impactos pode ajudar a explicar um pouco da violência disso no planeta Terra porque que acabou extinguindo tantas espécies no mundo todo e Voltando a falar sobre o tema principal do vídeo que é evolução dos tetrapods essa evolução aconteceu durante a era que foi anterior aos dinossauros a era paleozoica e a gente já contou essa
era a história dessa era em detalhes o nosso especial paleozoico a vida antes dos dinossauros se você ainda não viu é só clicar na playlist que tá aparecendo neste momento e nos vemos no próximo vídeo tchau e gostaríamos de este vídeo a todos os nossos embaixadores E embaixadores que nos ajudam muito a continuar criando conteúdo aqui no canal
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