um adulto infância infantilizado face a criança vai ser governado por ela em seguida o caixão com contemporânea é algo bastante complexo que a gente está diante de uma uma série de variáveis que podem ser discutidas em diferentes planos por exemplo medidas políticas administrativas coisas recentes como reforma do ensino médio leis da educação inclusiva é designação de verbas pra este ou aquela obriga específicas em educação a maneira como o estado tem entendido o papel do professor isto é um plano de discussão político administrativa normalmente a psicanálise faz um recorte anterior a este que vai ter influência
sobre as reflexões nesse campo mas diz respeito àquilo que o sonho de chamava de mal-estar civilizatório quer dizer cada época tem um jeito próprio de sofrer e respostas específicas para esse jeito de sofrer muito próprio ao contemporâneo que as respostas específicas ao jeito de sofrer seja um político administrativas é por isso que com freqüência se discute muito a educação em termos de gestão sobretudo no brasil mas isso é um discurso freqüente na política internacional também a educação é vista como educação sinônimo de escola está como aquilo que prepara o mundo futuro então tem um lugar
estratégico na composição geral da política daí tanta discussão sobre gestão investimentos ou de investir de que modo investir onde eu faço corte onde não faz o corte mas para que isso tudo que é do nível político administrativo funciona em algumas coisas antes tem que funcionar se você pode ter uma boa escola e uma má educação então digamos se a gente vai pensar no mal-estar contemporâneo ligado à educação algumas coisas bem específicas são importantes serem pensadas a primeira é aquilo que o fred já vaticinava de algum modo num texto dele mas que obviamente ele não desenvolveu
porque pra época era muito negócio hoje está no seu ápice que é a idéia da criança como majestade se refere a um quadro inglês nem smedt de baby é um quadro no qual uma mãe passar com um carrinho com um bebê atravessando a rua e um guarda parando o trânsito para que amanhã talvez essa ideia da criança como majestade é uma idéia contemporânea alguns pilotos consideram século passado esse que nós acabamos de deixar como o século da infância na medida em que em contraste com o século anterior que foi um século praticamente a criança e
nem existia publicamente o século que acabam de deixar que um século em que a criança virou um sujeito de direitos virou objeto da ciência e foi promovida como a peça regente do casal hoje se vai haver uma separação por exemplo novas regras de conjugalidade dependem das regras de parentalidade o juiz vai se preocupar com o interesse da criança então a criança é colocada no lugar da majestade cria alguns impasses para a educação de adultos miniaturizados por exemplo em algum tempo atrás havia o autor na em paris em que justamente para isso é uma criança enorme
puxando um pai pequeno grau né pra que isso tenha chegado a publicidade é porque está no no ar dos tempos neca está na atmosfera um adulto miniaturizado o adulto cheio de deveres um adulto quase na posição infantil se entendermos que infantil vem de infância que quer dizer aquele que não fala infans é aquele que não fala foi assim usado no sentido do desenvolvimento do termo é o bebê aquele que ainda não fala mas lembremos infância também é algo radical que deu origem à infantaria o infante na regra militar a hierarquia militar é aquele que não
fala porque não tem o direito de falar né então o adulto gente está infantilizado placa chamava isso de infância generalizada nenhuma criança generalizada inclusive com uma característica da contemporaneidade um adulto infância infantilizado face a criança é ser governado por ela e uma criança quando mais nova ela for na posição de governo só pode fazê lo tiranicamente canário de confirmar sua política tinha uma frase muito esclarecedora sobre isso trazia né a educação deve proteger as crianças do mundo e o mundo das crianças a segunda parte normalmente esquecida a educação contemporânea tende a dar valor a primeira
parte justamente por causa da majestade criança com uma gestante mas a segunda parte é fundamental porque quer dizer se a gente deixar o mundo na mão das crianças elas destroem boa parte das reformas educacionais recentes estão e as triados por essa ideia de empoderar a criança é coisa que freqüentemente os adultos sejam pais ou professores sentem como dizem poder amento eles próprios com freqüência a gente ouve hoje dentro do mal-estar docente professores dizem assim eu não tenho mais nenhum tipo de autoridade ou de poder porque o aluno aponta o dedo para melhorar esses assim você
não pode reprovar é claro que há muitas coisas discutir pensar nessa frase há muitas variáveis que intervêm mas há algo aí sintomático do ponto de vista de se dizem poder amento problema tanto que para o professor perca o poder mas que ele perca a autoridade lembrando que a autoridade é aquilo que tem a ver com a autoria a gente escreve uma criança o adulto escreve uma criança e se ele abdica tarefa de escrever que não escreve sozinho uma criança ela interfere nessa escrita mas não podemos escapar do peso e do valor que tem para a
educação à distância geracional com as crianças nascem para o mundo elas nascem despreparados para esse mundo elas só vão poder fazer alguma coisa nesse mundo se forem introduzidas nele essa introdução é necessariamente feita por um adulto nesse sentido que eu digo que um adulto escreve uma criança e um adulto de garcia ser o autor de uma frase é freqüente que a gente ouve nos pais e se recusando a serem autores por exemplo quando dizem uma frase básica que a gente ouve com freqüência de pais de adolescentes ah eu não desejo nada pra ele ele pode
ser o que ele quiser uma frase aparentemente muito democrática mas que pode ser lida e muitas vezes ainda pelo próprio filho como além do abandono eu não desejo nada pra ele eles podem ser o que quiser em geral se completa com uma parte mais cruel que diz assim se podem ser o que quiserem só quero que sejam felizes é uma das coisas mais difíceis pra humanidade não fôra dizia a felicidade decididamente não está no programa da natureza né a felicidade se conquista pontualmente a felicidade não é senão momentos felizes então você colocar a criança né
nessa posição de majestade pode ser cruel com ela porque entregaram a sua própria tinha então em grande parte as reformas educacionais recentes não tocam nisso ao contrário fomentam isso indo na direção de que os alunos os adultos os professores têm que ser professores interessados e não professores interessantes ou seja tem que ser alunos os professores interessados nos seus alunos mas não interessantes para seus alunos então essa é sua descredibilização do adulto com a sua consequente utilização é extremamente perigosa na educação as políticas de investimento vão se revelar um pouco conforme essas decisões que são sócio
culturais elas não têm outro recurso do qual se informar elas acompanham digamos a atmosfera da discussão é muito comum hoje que um pai considera que o seu filho está bem educado se ele vai se está preparado para ser bem sucedido em vez de considerar que o bem educado tem a ver com estruturar-se de modo a ficar preparado para as vicissitudes da vida e com freqüência hoje nós temos no mercado profissionais bem sucedidos e imaturos de um modo curioso a educação se na época de freud a grita na educação era não reprimir a grita hoje em
dia é exatamente o oposto enquanto fred era um educador entre aspas mais preocupado com o que pode acontecer numa situação em que há excesso de limites os educadores hoje estão preocupados com o que pode acontecer numa situação sem limites porque enfim compreenderam que o limite não é só uma coisa que põe efe inscrição mas o limite é alguma coisa que organize que põe borda a borda interessante né todo mundo que está aprendendo a nadar sabe a importância da borda que nadar sem saber para onde cair naufragou no meio do oceano e olhar para todos os
lados não sabe em que direção eu vou essa criança contemporânea ao passo que se botar limite no sentido de borda ó para lado se você nada naquela direção você chega na porta do seu próprio sentido de didática medida e costas quer dizer dedo em riste ensinar a direção é nada pra lá nada pra lá você tem que nadar pra lá nada de criança majestade né você tem que se esforçar para chegar lá isso fred entende como modelo ideal de educação modelo que não é ideal idealizado é mas é um modelo no qual a criança se
prepara para viver e não para o sucesso o tempo que o sucesso é instável no momento em que ele não tiver aí você tem que ter recursos próprios pessoais para agüentar o tranco então pra frente é muito mais importante contar a fazer educação construir consistência do que competência então todas as reformas que são pensadas e aí podemos pensar várias delas político administrativas na verdade tão na lógica da competência e não mais da consistência agora acho que não podemos esquecer de que a história que fazem o homem então é só flagrar que as coisas como numa
outra direção e cruzar os braços que assim estamos aqui inclusive a psicanalista um papel nisso a tentar infletir a história numa outra direção em que ela não se desumaniza e digo isto de propósito porque acho que a grande tendência nesse instante não é por acaso que na europa tem-se discutido muito isso que se chama transumanismo ou pós humanismo que a superação da humanidade e no homem quer dizer o homem superar aquilo que há de humano em si grandes empresas como a google por exemplo estão empenhados financeiramente nisso em criar nanotecnologia que produzirá ácido organização do
homem quer dizer a em uma população à introdução de novas tecnologias no corpo que modificam memória que modificam longevidade que modificam é tudo aquilo que a gente conhece hoje como sendo a então que a educação esteja passando por esses impasses por esse mal está não é deslocado do que a sociedade está vislumbrando como futuro que a sociedade está vislumbrando o futuro é a superação do homem digamos nit provou estar certo é que a criação do super homem a unidade visaria a construção de um super-homem de um homem que vença a sua própria humanidade é claro
que a educação fica extremamente ameaçada numa sociedade com esse contexto sobretudo se tivermos que lidar com memória inoculada porque bom professores e educadores não ter mais papel é necessário pensar a implicação política do psicanalista a educação campo bem propício para isso a universidade também espera essas estão na educação estão nas universidades é indicação política porque claro e lacan tinha sobre isso também uma frase interessante que é o psicanalista não deve nunca deixa ele deve estar à altura da subjetividade da sua época estar à altura surge da sobriedade da nossa época é entender politicamente como as
coisas se ordenou então digamos tanto está na universidade numa posição de transmissão como está no campo propriamente educativo numa posição de intervenção implica já uma atitude política do analista que é deixar as paredes do consultório sem desrespeitar a ética que movimenta esse trabalho mas aceitando a modificação do 7º para uma intervenção e uma intervenção que visa tocar no mal está civilizatório e floyd o tempo inteiro na sua construção teórica oscilava entre pensar o fato singular e o fato cultural há textos bem específicos do falar sobre isso e mal estar na civilização totem tabúa o moisés
monoteísmo que são textos sobre a cultura que autorizaram é a própria possibilidade de pensar intervenções do analista no plano da culpa vários analistas trabalhando isso inclusive um projeto do qual fazemos parte que se chama clínica do social clínica do social né portanto a transposição de uma visada clínica para um campo coletivo e que se representa essa implicação política do psicanalista na bola se fora da qual estaria condenado no seu próprio ofício e em descumprimento com a própria ética da sua teoria porque a ética da psicanálise é uma ética humanista não sei não no sentido de
adesão ao humanismo historicamente constituído mais humanista humanista no sentido de salvaguarda do mano para sermos mais precisos salvaguarda do sujeito mundo contemporâneo tá na perspectiva de extinção da subjetividade e se focou pode dizer em algum momento que a sociedade disciplinar se organizava em torno do disciplinamento dos corpos estamos condição de dizer hoje em dia que a sociedade não é mais disciplinar que ela se organiza em torno da supressão das almas a tendência é de subjetivação o máximo o máximo é vamos tomar como exemplo a prática médica prática médica caminha cada vez mais na direção do
protocolar de modo que já está sendo praticado na europa por exemplo a máquina de exame e receita vamos entrar numa máquina igual essas máquinas de fotografar em dez minutos os é feito uma bateria de exames em você de fotos e sangue em dez minutos sai em sua receita quer dizer caminha na direção do protocolar criando a obsolecência do homem é isso que os filósofos europeus têm chamado de obsolescência do ano ele vai poder ser dispensado quer dizer a técnica pode atingir um nível tal que não precisa mais daquele que aperte o botão a previsão dos
transformistas dos que defendem transumanismo é que em 20 anos 49% dos empregos sejam substituídos pela automação e nada por acaso na lista o último emprego que eles acham que vai ser substituído pela automação de professor tudo que conhecemos a educação é dependente dos ambientes se superarmos os shoppings e é isso que é o plano ea intenção do transe humanismo um sobrado sabe se quer dizer não sabemos que o mundo se constituirá depois disso costuma se dizer que de um certo modo a ecologia ou em um problema o custo da educação o formulado em termos oposto
da educação a pergunta tecnologia seria que o mundo vamos deixar as nossas crianças e à pergunta da educação é que crianças vamos deixar o nosso mundo se tomarmos o que crianças vamos deixar o nosso mundo a gente vê que hoje em dia a grande questão é justamente a do risco de que não haja mais um mundo no futuro a ser deixado as crianças é a polêmica sobre trânsito humanismo coloca em primeiro plano isso e com consequências os vários setores da sociedade sobretudo a educação que é justamente o de prepararmos uma superação do homem pelo homem
a questão seria é como pensar os reflexos disso e mais em particular como pensar os reflexos disso na educação em sendo que a pergunta de educação que justamente essa né que crianças nós deixaremos para nossos