Iara é a sereia do folclore brasileiro, também conhecida como senhora das águas. A jovem índia metade mulher metade peixe tem sua origem nas lendas dos índios da Amazônia. Apesar de ser uma figura bela e encantadora, por traz de todo este charme existe um grande perigo.
Iara nem sempre foi uma sereia. Antes ela era uma bela índia guerreira, filha do Pajé da tribo. Seu pai vivia tecendo grandes elogios a sua filha guerreira e ao seu canto esplendoroso.
Seus dois irmãos tinham muito ciúme de Iara e juntos planejaram tirar sua vida. Os índios tentaram atacá-la de surpresa, mas Iara era uma excelente guerreira. Ela lutou contra os dois e no fim seus dois irmãos acabaram mortos.
Sem poder voltar para a tribo, pois como poderia encarar o pajé após ter matado seus dois amados filhos. E assim Iara passou a vagar pelas matas. Mas o pajé ordenou que a tribo caçasse a assassina de seus filhos.
Iara foi encontrada e como castigo foi jogada nas águas do rio negro. A índia afundou e sua vida parecia ter chegado ao fim. Mas os peixes do rio levaram-na até a superfície e a jovem foi transformada em uma bela sereia.
Iara agora passava seus dias a cantar nas águas. Quando chegava o fim da tarde, seu canto ecoava nas águas podendo ser ouvido a longas distancias. Sua melodia encantava pescadores e aqueles que navegavam nos rios.
Estes eram atraídos pela bela Iara. Eles se jogavam em seus braços e ela os levava até fundo do rio onde se afogavam. Os poucos que conseguiram escapar deste encontro mortal enlouqueciam e só podiam ser curados por meio de rituais mágicos realizados pelos pajés.
Alguns índios ribeirinhos evitavam visitar as margens dos rios nos finais de tarde. Pois tinham receio de serem fisgados pelo canto de Iara. Mas nem em terra firme, eles se encontravam seguros, pois a Iara podia sair das águas e se transformar em mulher.
Desta forma ela atraia os homens até a beira dos rios onde eles se tornariam presas fáceis. Pois é quase impossível resistir aos encantos de Iara.