Boa noite a todos! Quem estiver na escuta, por favor, diga se a imagem e o som estão bons. Eu acredito que estejam bons.
Quem não puder dizer, né, para ver se está realmente bom ou não, favor dizer. Ok, obrigado! Tudo certo?
Então vamos tocar. Hoje, o tema da aula é iluminismo. A primeira coisa, quando se vê o tema, é ver quando começou, né, o iluminismo, e tem uma divergência.
Uns dizem que começou mais ou menos no final das revoluções inglesas, dando uma data de 1688 até a Revolução Francesa; outros dizem que teria começado no comecinho do século XVIII. E aí, até mesmo a inclusão de alguns nomes gera divergência, né? Uns colocam Locke, outros não; uns colocam Kant, outros não, né?
Então, tem uma divergência de começo e, até mesmo, de incluir os nomes, né? Mas é certo, então, que quer numa análise, quer em outra, foi o movimento, né, o pensamento, um movimento filosófico que dominou todo o século XVIII. Influenciou muito na Revolução Francesa, na Revolução Industrial e mesmo muito do pensamento do século XIX até hoje.
A própria palavra já começa aí com uma certa coisa: se temos o Iluminismo, é porque antigamente não havia os iluminados, né? E era exatamente isso. Antes que eu esqueça, né, antes de avançar para outras características do iluminismo, é bom a gente comentar que os iluministas ajudaram a popularizar a tese falsa de que havia a Idade das Trevas, que seria a Idade Média, né?
Então, daí, a contraposição: será que temos os iluminados, os seres que compreenderam a luz da razão, e o povo que vivia na escuridão e nas trevas? Então, houve bem essa contraposição: eles eram os iluminados, iluministas, e aquele povo na Idade Média viveu na Idade das Trevas. Então, foram eles que criaram o termo "Idade das Trevas".
É um termo anterior, atribuído a Petrarca, bem lá atrás, mas eles ajudaram, então, a popularizar essa ideia falsa. Eles queriam realmente propor um novo pensamento, uma nova sociedade e romper com a ordem antiga, né? Então, diz-se que eles atacaram a monarquia absolutista, e é um certo equívoco de termo, já que o termo "absolutista" foi usado depois, né?
Eles queriam, na realidade, atacar toda e qualquer forma de monarquia, né? Toda e qualquer forma de regime antigo, não necessariamente o que ficou conhecido como monarquia absolutista, cujo termo foi cunhado depois. A gente precisa tomar cuidado com esses termos, e às vezes um termo, que pode até descrever bem uma realidade histórica, é cunhado depois, né?
Isso aconteceu com a monarquia absolutista. Então, não daria para um iluminista dizer que está atacando a monarquia absolutista, já que o termo foi cunhado depois, assim como "despotismo esclarecido" foi um termo cunhado depois. Então, essa é uma primeira razão.
Essas duas, né, criticar e propor uma nova história, criticando, é o melhor: uma nova historiografia na qual eles iam escrever a história que eu falei, eu vou comentar daqui a pouco, né? O enciclopedismo, né? E criticaram, então, a história passada.
Segundo ponto: a crítica à monarquia. Terceiro ponto: eles criticaram os privilégios da nobreza e do clero, defendendo ideias democráticas. Outro ponto: eles defendiam a liberdade econômica.
E aí, nesse ponto, eles eram contrários ao mercantilismo. Aí vale a pena comentar um pouco, né? O mercantilismo foi um modo de pensar na área econômica, né, que se desenvolveu boa parte do cara de Portugal com a Espanha, com a introdução, né, do conceito de bens das colônias.
Isso gerou um pensamento na Europa que é o mercantilismo, que envolvia um metalismo, que era o desejo de acumular ouro e prata; isso era fundamental na época para poder emitir moeda, né? Porque como a moeda tinha lastro em ouro e prata, se você não tivesse ouro e prata, não poderia emitir moeda. Mas o pensamento mercantilista ficou marcado por um economista da corte do Luiz XIV, que era Coubert, também chamado de "coulbertismo", né?
Aliás, tinha essas ideias protecionistas de acúmulo de capital, protecionismo para proteger a indústria e o comércio local, taxando as coisas que vinham de fora, né? Quando os iluministas atacavam muito o mercantilismo, eles estavam atacando propriamente as ideias de Coubert e o "coulbertismo". Cai entre nós, as ideias do Coubert são realmente ruins mesmo, né?
São ideias que atentam contra o livre trânsito de mercadorias que normalmente tendem a enriquecer as nações. O protecionismo tende a empobrecer, né? E a abertura econômica, desde que feita com prudência, ajuda a economia.
Na realidade, o "coulbertismo" está errado. Outra questão é que o que une muito todos os iluministas é o ódio à Igreja Católica, quer de modo mais indireto, quer de modo mais direto, né, como foi o caso do Voltaire. Outro ponto, né, é que eles defendiam então o primado da razão.
Então, tudo teria que ser, na visão deles, supostamente tudo racional. Eles não levavam em consideração a fé; achavam que era uma coisa ligada à superstição. Então, queriam que tudo fosse levado pela razão, né?
Como se houvesse oposição entre razão e fé, mas na visão deles haveria. E daí por isso que também, no século XVIII, surgiu uma porção de academias naturais, né, grêmios de estudo científicos etc. Começou a se dar mais força a atividades ligadas à mineralogia, ao estudo do meio mesmo, né, em detrimento das ciências humanas.
Assim, se deu privilégio para ciências exatas, né? E de fato, entre os iluministas. .
. (Por favor, complete a frase e finalize o texto conforme necessário. ) Se criaram, então, academias.
Nesse sentido, porque o Iluminismo, eles também foram muito influenciados por Newton, né? Então, se viam como Newton uma grande figura e referência. Então, o Newton supostamente teria feito tudo com base na razão, não é verdade?
A maior parte do trabalho de Isaac Newton foi na área esotérica, na área da alquimia e de previsões de fim de mundo. Uma minoria do trabalho do Newton foi estudos da física e da astronomia. Bom, mas esse lado cientificista de Newton é que influenciou demais os iluministas.
Então, eles queriam era o primado para matemática, ciências naturais, e daí que surgiram todas as academias, etc. e tal. O Iluminismo francês, né, que foi o principal, na realidade, o Iluminismo veio da Inglaterra, né?
Conhecer por já citado do Locke, mesmo tendo influência do Newton, né? Também houve uma forte influência do empirismo, teve influência dos contratualistas, né? Hobbes, também influência do Rousseau e da Inglaterra.
Então, ele foi para a França. Voltaire chegou a andar pela Inglaterra e aí foi na França que ele atingiu um bom nível. Da França, se espalhou para a Alemanha, para a Itália e até mesmo para Portugal, né?
O Marquês de Pombal então adotou ideias iluministas e reformou o ensino. Os iluministas também queriam reformar o ensino, tiraram o ensino das mãos da Igreja Católica e propuseram um novo ensino livre das amarras da religião, segundo eles, né? E também com princípios diferentes, né?
Aí, não, mas eu volto a falar desse ponto quando comentar sobre o Voltaire. Então, eles criaram uma mudança completa, uma verdadeira revolução na sociedade. E esses iluministas agiram de má-fé, né?
Durante o século 18, houve uma confusão de cafés, encontros e tal. Então, eles forjavam disputas entre esses que defendiam um novo pensamento e os antigos, tudo combinado. Então, um simulava que era católico e perdia o debate para o iluminista publicamente, de propósito, para dar razão ao Iluminismo.
Uma coisa completamente, né, é ridícula. Vamos comentar aqui de algumas das figuras do Iluminismo. Acho que, quando você comenta do Iluminismo, a primeira figura que vem à mente é o Voltaire.
E o primeiro princípio do Voltaire era o ódio à religião, né? Ele falava em "Esmague a Infame", quer dizer, que seria a Igreja Católica. Ele tinha um ódio visceral da Igreja Católica; tudo que ele escrevia ou falava, ele procurava ridicularizar.
E, infelizmente, escrevia bem, né? Sabia usar bastante o sarcasmo. Então, ele escreveu vários textos defendendo a razão e atacando a Igreja e tal.
Ele foi muito popular em vida. Ele chegou a defender a mentira como meio, né, para atingir as finalidades que ele se propunha. Falou que deveria mentir mesmo, bastante.
Ele dizia, né, no âmbito dele, de ser contra a religião e dizer que Deus ia ser vencido. Ridículo! E ele que atacava tanto, né, o culto aos santos, atacava o clero, ele próprio, no final da vida, teve tanto prestígio que as pessoas acabaram cultuando-o.
Ele era publicamente. . .
Beijava a roupa dele, chegaram a beijar o busto, ajoelhar na frente do busto, tocar nele e falar: "Ah, tocou e Voltaire abençoou". O neto do Benjamin Franklin! Então, tudo aquilo que ele combateu em relação à Igreja, na realidade, só era trocado pela deusa razão, né?
E ele seria um desses profetas da deusa razão. Ele, apesar dos iluministas se defenderem supostamente que todo mundo devia ser igual e defendeu o ensino para todos, na realidade, não defendeu o ensino para todos, não. Ele dizia que uma parte da população tinha que ficar na ignorância, mesmo.
Fulano totalmente de má-fé! Ele entrou numa loja maçônica, né? Entrou na loja chamada "Loja das Nove Irmãs", que o Benjamin Franklin também frequentou.
Ele ficou amigo do Benjamin. E aí, pegaram um parentesco, que a Maçonaria surgiu, né, em 1717. Agora, essa live, cara, e vocês já sabem por quê.
Então, a Maçonaria surgiu como coisa organizada, com lojas articuladas na Europa e depois em nível mundial, a partir de 1717. E ela teve ação fundamental na difusão do Iluminismo porque adotou as ideias iluministas. E, por ter adotado as ideias iluministas, e como ela acabou tendo um alcance e uma influência muito grande, os iluministas frequentavam as lojas maçônicas.
E a Maçonaria, com a sua rede de influências, seminou, conseguiu disseminar o pensamento iluminista. Então, não dá para estudar a história da Maçonaria no século 18 e nem a história do Iluminismo sem relacionar a Maçonaria e o Iluminismo. Isso é importante!
A Maçonaria botou, né? Podia falar: "Ah, mas não, doutor, nas lojas lotéricas" tudo bem, nas lojas maçônicas, mas, tá ok. Com influências, é mais.
. . Com a influência da cabala, tudo bem, mas a maioria delas, a maioria das lojas adotaram as ideias iluministas, inclusive se faz associação da famosa luz da Maçonaria, naquela época, equivalente à Luz dos iluministas, né?
Então, ela adotou esses princípios iluministas e, com a sua rede de influências e alcance, rede de contato, ela conseguiu disseminar essas ideias iluministas. A Maçonaria e o Iluminismo no século 18 têm que ser estudados juntos, né? Não há quem não diga isso que estou falando.
Uma franja surge, não a iluminação, em círculos secretos, discretos mesmo, também aqueles grêmios, no Brasil, também na Espanha, na América Latina e em tudo quanto é lugar. Eles tinham uma aparência, né, de discussão de temas filosóficos ou temas científicos e secretamente ou discretamente se reuniam, né, para tramar contra o governo ou fazer suas reuniões maçônicas. Então, esses grêmios literários, é uma fachada para justamente essas confabulações maçônicas, né?
Isso é típico daquela época. Então, o Voltaire. .
. Conta-se que Voltaire se arrependeu, né? Na hora da morte, recebeu padre, recebeu extrema unção, todos os últimos sacramentos.
Porém, ele recuperou a saúde e voltou a atacar a Igreja Católica. E aí, tem divergências, né? Uma vez eu vi que.
. . Aí ele estava.
. . Para morrer, dessa vez de verdade, chamou um padre, só que o padre foi impedido de entrar quando ele estava para morrer.
Então, segundo essa versão, ele até não teria morrido bem, né? Ele teve uma primeira chance, mas a recusou. Essa, quando ele recobrou a saúde, ele pediu um novo padre, mas não deixaram esse padre entrar.
Essa é uma versão, mas tem outra que diz que ele não se arrependeu mesmo e tal. Então, existem essas duas versões. É uma figura muito triste, aí, do Valter, né?
Só que o Walter não foi o pior deles; o pior deles foi o consumo. Daqui a pouco, nós vamos comentar outros nomes de terror. De terror vai ser sempre ligado à enciclopédia.
Que que esse negócio de enciclopédia? A enciclopédia foi uma ideia infeliz deles, do lado da Lamber, né? Rousseau contribuiu também, de querer reunir todo o conhecimento humano em determinados volumes.
Que nasceu a enciclopédia, não? 36 volumes, né? Então tinha um verbete "abacate", ele escreveu que era "makate".
O verbete é "luz". Que que é "luz"? Depois, o verbete da história, né?
A história da França. Escrevia lá sobre a história da França e via que a Igreja Católica falava mal da Igreja Católica. E aí, então, essa enciclopédia, primeiro, é uma proposta arrogante, ridícula, de querer reunir o conhecimento em uma soma de volumes.
Uma proposta completamente delirante. E o objetivo maior não era isso; o objetivo maior era reescrever a história com as visões deles e atacar quem eles queriam atacar. Então, na enciclopédia, é ideológica, ou seja, ela não é assim uma coisa isenta, relatando as coisas, descrevendo as coisas.
Não! Ela é uma coisa ideológica que visa defender os ideais e atacar quem é contra eles. Realmente reescreveram coisas que eles achavam que não valia a pena e esse conceito pegou, né?
Até pouco tempo atrás, eu, quando era criança, adorava enciclopédia. Então eu fazia trabalho escolar usando enciclopédia. Tinha a Barça, né?
E ela, a Barça, era baseada na enciclopédia inglesa, que era tida como a melhor do mundo. Ainda tem hoje online, acho que chama britânica. Se colocar de britânica que chama, não em inglês, uma variação dela chamada Barça foi publicada no Brasil.
Aí tinha a francesa, que era La Russie. E aí tinha umas outras menores. Cada um lançava, eram coleções que se comprava.
Não lembro se era mensalmente ou semanalmente em bancas. Esse é montando. Eu lembro que eu montei a Rússia na banca, comprei um fascículo da La Rose, fui montando.
Aí depois meu pai mandou encadernar e eu acreditei muito nessa enciclopédia, acreditei bastante, já que aquilo lá era o máximo, a invenção genial. Depois que a ficha caiu, que aquilo lá é uma cretinice completa, a enciclopédia, né? Então, o enciclopedismo do terror, ele também participou.
Ele e D'Alembert foram os principais da Matemática. Vai se deparar lá com o nome dele. Então, enciclopédia completa, meu Deus!
Pelo próprio princípio, né, de querer reunir o conhecimento em x volumes, é uma coisa completamente errada, né? Não dá, não dá. Fora isso, é uma coisa completamente tendenciosa.
Vamos mencionar aqui outros nomes: é Montesquieu, né? Montesquieu escreveu um clássico lá, O Espírito das Leis, no qual ele defendia a visão dos três poderes. Infelizmente, pegou, né?
O poder legislativo, o executivo e o poder judiciário. Nessa ideia de três poderes, pegou, infelizmente, para tudo quanto é lugar do mundo. Essa visão foi adotada.
Aí ele fala assim: "Eu sou contra esse poder conceitualmente, sim, porque na realidade o estado é uno. " Não, não vou fazer uma longa disertação. Tô devendo aqui uma coisa de direito natural, né?
Também a gente aborda isso. Mas o que é certo? O certo é que o poder é único e tem três funções: a função legislativa, a função judiciária e a função executiva.
Não são três poderes. Mas, infelizmente, essa ideia pegou. Então, fez essa visão de três poderes se harmonizar perfeitamente com o constitucionalismo.
Também sou contra, claro, né? Como norma fundamental do Estado, uma constituição escrita é uma coisa pedir para dar errado. E é isso aí.
Se harmonizou, então as constituições preveem, então, esses supostos três poderes com freios e contrapesos, supostamente equilibrados, dizem alguns. Uma versão é que Montesquieu se baseou em Newton para fazer esse negócio dos três poderes, na questão dos três corpos celestes. Vamos entrar aqui em detalhes, ele ficou fascinado com aquele problema do Newton e aí se inspirou nisso, né?
Uma coisa de equilíbrio de poderes. Montesquieu também criticava a Igreja, contra o direito natural. O livro dele foi condenado, né?
Foi colocado no Index. Então, infelizmente, ele gerou aí uma influência não é fácil no mundo do direito. Infelizmente.
Agora, acho que o maior nome do iluminismo é Rousseau. Esse gerou a maior parte de efeitos negativos e ele é, realmente, a principal figura e que todos deveriam estudar e atacar. Então, Genebra foi morar na França e, aí um detalhe.
Olha que ele escreveu um livro sobre educação chamada Emília. Emília significa Emílio ou educação. E aí ele teve cinco filhos, abandonou cinco filhos, né?
Ele lançou eles em um orfanato. É uma maravilha de exemplo de educação, né? Até hoje muitos elogiavam Emílio, lançou as bases de uma boa educação, tudo.
E aí, um item, esse fato de que ele abandonou os próprios filhos e alguns locais, queimaram os livros no final da vida. E muita gente compreendeu que aqueles livros eram horrorosos, como de fato são. E a esse se queimou, né?
Os livros dele, né? No livro Emílio, que eu tenho, eu cheguei a ler. Lembre-se, ele inteiro não, mas é horror.
Lá, ele critica de maneira grotesca, né? Critica mulheres, as coisas completamente sem pé nem cabeça. Cabeça completamente irracional, né?
Alguns dizem que vem influência do Emílio, né, no livro dele, no Paulo Freire. Porque a educação do Rousseau seria uma educação voltada para o estado, né? É uma educação que visa a prática, né?
A mudança da sociedade, não é? Na visão clássica da educação, é uma ideia de formação do indivíduo, sendo que, se esse indivíduo vai reformar a sociedade, é uma coisa ulterior e não necessária para a pessoa ter uma boa educação. Na visão do Som, não.
A educação deveria servir aos interesses de reforma da sociedade, né? Então, esse é um conceito que influenciou muita gente e não chegou até o Paulo Freire. Não foi o único que foi influenciado por isso, né?
A reforma da educação já estava em andamento, né? No Renascimento, já tinham feito mudanças negativas na área da educação, mas o Rousseau ajudou a piorar. E aí, só andando ladeira abaixo.
Antes que eu esqueça, vamos comentar, antes de continuar, sobre o principal trabalho social. Vamos falar um pouco dos Jesuítas, né? Porque parece claro que todas as ideias iluministas, contra o rei, contra a Igreja, querendo reformar um ensino focado somente na razão, teriam como opositores principais os Jesuítas.
E é verdade, porque, por várias razões, os Jesuítas eram monarquistas ou defendiam o equilíbrio entre fé e razão. Estavam nas universidades e, obviamente, defendiam a sua raça estudiosa. Então, houve um contraponto radical entre Jesuítas e iluministas.
O movimento iluminista, não. O que eles queriam, né? Para a sociedade, não poderia se contrapor à existência dos Jesuítas.
E aí, houve uma movimentação política e maçônica que gerou a perseguição aos Jesuítas, né? Começou com Portugal, passou para a Espanha, depois passou para a França, passou para a Áustria e até chegar no Papa. E o Papa, vergonhosamente, suspendeu a ordem dos Jesuítas, que era o único grande freio para essa revolução do pensamento, que culminou na Revolução Francesa, né?
Então, os Jesuítas eram o grande freio dessa turma que foi eliminada, né? Foi eliminada. Então, lembrando que alguns desses iluministas estudaram com os Jesuítas, traidores.
Então, feito isso, né, untando o quadro, vamos então agora para o texto. Antes de protesto, vamos pensar em colocar o Rousseau dentro do Iluminismo. O Som então é apresentado dentro do movimento iluminista.
Porém, se a gente tiver alguns autores bons aí, que esmilson trabalhadores, diziam que ela era contra os iluministas, o Helena no mínimo iluminista crítico, já que ele teve discussões contra os iluminadores clássicos, inclusive com Voltaire, cujo pensamento dele seria diferente dos iluministas, né? Então, aí que tá: ele era ou não era? Então, em sentido estrito, eu vou defender que não era.
Em sentido amplo, sim. Porque, se a gente entender que o Iluminismo é um movimento de ruptura com o pensamento antigo, de crítica à Igreja, o que se pensava, então, obviamente o Rousseau é um iluminista. Agora, se a gente ver se o iluminista tem como condição sine qua non o primado da razão, aí então o Rousseau é iluminista.
Então, é nesse sentido, né? Ele fez parte de um movimento de contraposição, de querer uma nova sociedade, só que ele divergiu nesse pensamento no quesito razão. E aí, como quem já acompanha minhas aulas, eu, pensamento também do saudoso Professor Orlando, a gente sabe que na história tem dois grandes ramos, né?
O ramo panteísta, mais racionalista, e o ramo mais esotérico. Quando esses dois ramos se juntam, já eram grandes revoluções ou pequenas revoluções, né? Lutero juntou os dois ramos, gerou uma grande revolução.
Descartes juntou dois lados de uma revolução no pensamento. O Iluminismo também tinha esse lado místico, que a gente vai colocar na conta do Rousseau, embora isso seja criticado. Porque o Rousseau também, em alguns momentos, coloca defendendo a razão.
Porém, o modo como ele entendia a razão era diferente dos iluministas clássicos. Então, eu coloco ele do outro lado, como uma espécie de lado contra na razão. Por causa de algumas frases dele, de alguns pensamentos.
Por exemplo: ele vê a consciência como alguma coisa meio esotérica. Então, palavras dele: "Consciência, consciência, instinto divino, imortal e celeste". Outra frase dele, no texto que ele escreveu, "Profissão de fé": "A consciência é a voz da alma; as paixões são a voz do corpo.
A razão nos engana; a consciência nunca nos engana. Ela é o verdadeiro guia do homem. A quem a segue, obedece à natureza e não tem medo de se perder".
Por razões de honestidade intelectual, em outros textos ele coloca que a razão pode ser bem ou mal usada. Mas, se a gente colocar o conjunto da obra do Rousseau no que ele entende sobre razão e nessa obsessão que ele tinha com consciência, e dessa visão, ele parece ser bem diferente das ideias do Voltaire. Essa ideia de consciência dele lembra um pouco a consciência do protestantismo, né?
É como Lutero e outros falavam dessa tal consciência, que era uma voz anterior, que vai chegar hoje. Se a gente pegar e rastrear, desde aquela consciência original do Lutero até hoje, nos protestantes, vai chegar no chamado "protestantismo do encontro com Jesus interno", né? É mais ou menos o mesmo fio condutor, que na realidade é um fio esotérico, né?
É um fio de instinto, um fio antirracional, como o próprio Rousseau comentou. Então, essa é a minha visão do Rousseau, que ele era antes racionalista, mas fez parte do movimento de contraposição à ordem antiga, propondo uma coisa nova. Ele dizia, em outro texto, que a pessoa internamente tem que ter a consciência da sociedade dentro dele, né?
Tinha uma linguagem bem. . .
é uma linguagem que muito diz que foi inspirada no Quinhentismo, né? Porque o Quinetismo foi uma doutrina esotérica, né, que pegou, infelizmente, muitos católicos na França, que tinham essas visões de consciência, de diluição da alma na divindade ou de compreensão da alma na divindade dentro de nós mesmos. E o som chegou a ser influenciado pelas ideias do Quinetismo, né?
Então, essas ideias de consciência de incorporar essa alma da coletividade, a mesma alma divina dentro dele, do instinto antirracionalista, bem do que diz, né? Agora, vamos então. .
. o Rousseau vai ser sempre lembrado pelo contrato social. O contratualismo não nasceu com o sol, né?
Lá dos ingleses Hobbes e Locke, e a visão de contrato social do Rousseau é diferente da visão dos ingleses, né? E aí já começa uma crítica: primeiro, é que esse negócio de contrato não existe, não tem prova histórica que foi assim, e mais, eles partem do pressuposto que tudo na relação humana é contratualista. Isso não é verdade.
Eu acho até uma outra visão que nós podemos chamar de instituições, né? Porque eles não tinham a visão correta de direito natural; eles não viam o direito natural como participação do homem na lei eterna, ou seja, Deus faz instituições, né? Ele institui determinadas coisas que o homem compreende à luz da razão.
Essa turma toda não compreendia essas coisas dessa forma; não havia essa visão de participação que é o direito. Então, a participação na lei eterna, não. .
. não. .
. não pensava. Eles pensavam como tudo era na base do contrato, ou seja, não havia ponte com Deus, não havia o conceito de instituição com eles, né?
Era tudo uma questão de contrato e distrato. Isso é forte no protestantismo. Então, todo esse contratualismo tem uma certa raiz no protestantismo, mas também tem raiz no judaísmo.
O judaísmo é fortemente contratualista por razões que eu não vou comentar aqui para não alongar. Então, o judaísmo contratualista influenciou um protestantismo contratualista que influenciou esse contratualismo até chegar no contratualismo do Rousseau, né? Então, eles não viam.
. . vai falar, mas logo que dizia determinado direito natural.
. . direito natural do justo naturalismo.
Logo que é diferente, são Tomadas de Aquino. Esse direito natural foi o primeiro. .
. comprei, não totalmente, teve um início, um excelente início na Grécia com Aristóteles Platão, que compreendiam uma determinada lei eterna que seria imutável, que os homens teriam participação nela. Depois, Cícero e os históricos de um estoicismo têm um monte de erro, mas no direito natural estavam certos.
E aí, o Cícero também compreendeu, aliás, com palavras impressionantes para um pagão, é da participação do homem nessa lei eterna e compreensão. Ele disse que determinadas leis nunca vão mudar. Essa foi a visão medieval que teve como ápice no pensamento com São Tomás de Aquino.
Então, o verdadeiro jusnaturalismo, a verdadeira concepção de direito natural nasceu com os gregos, passou com os romanos e teve como apogeu São Tomás de Aquino. É verdade que os hebreus e os israelitas também tinham essa visão, óbvio, né? Porque eles foram guiados diretamente por Deus.
Não foi ele quem deu os dez mandamentos para sempre, então, obviamente, havia esse conceito do direito ter vindo de Deus entre os hebreus, né? Que depois o pensamento ajudou a se tornar corrompido, mas tinha. .
. lógico, né? Esses três.
Agora, do ponto de vista de compreensão racional, né? Não por revelação, com direitos romanos, chegou em São Tomás já. Aquilo que fez uma grande harmonização.
Aí, quando nós tivemos uma decadência do pensamento na Idade Média, vindo o protestantismo, essa ideia de direito natural por terra. E aí surgiram com o mesmo nome, mas só o nome igual, inclusive se dá o nome equivocadamente para Locke, né? Um defensor de um certo.
. . já vi falando em relação ao Rousseau algo parecido, completamente dele, né?
E aí eles são adeptos do contratualismo. Então, não existe participação para eles em lei divina, não existe lei eterna, não existe essa coisa de instituição divina, não existe nada, né? Falei, eu sou contra o contrato.
Lógico que não. Eu sou contra é fazer tudo como se fosse contrato. Então, esse é o Rousseau.
Então, ele pegou essa ideia. Então, como é que o Rousseau expõe as ideias dele no livro que eu tive que ler, aliás, com muita má vontade, muito tempo atrás, né? Fui obrigado a ler esse livro, "O Contrato Social", na faculdade.
Então, nós podemos ver que para o Rousseau havia três fases na sociedade. A primeira fase é no estado de natureza, né? Ela, no estado de natureza.
Então, os homens, com as suas famílias, obviamente, viviam separados; não havia noção de propriedade. Segundo o sonho, o horário desses, com os erros. .
. são todos do sono, bem empurrado para mim. Não, eu tô só repassando o que ele falava.
Então, havia um estado primitivo, no qual o homem era feliz, um estado de natureza no qual era feliz, que eles viviam separados uns dos outros, uma família separada de outra. Não havia propriedade privada, todo mundo era feliz, ninguém tinha dor de dente nem dor de cotovelo, né? Havia uma interação boa com a natureza.
O Rousseau vai ser um pré-romântico, né? Depois, aí, dentro desse mesmo estado de natureza, ele dividindo em duas partes: a fase boa, que é essa, e a fase ruim, quando, devido ao problema de imigração ou crescimento populacional, essas famílias se encontram com outras. E aí nascem a propriedade.
Uma família resolve demarcar seu espaço, e os outros aceitam isso. Ele só comenta disso no contrato social, criticando isso. Ele define propriedade privada como um mal.
Rousseau define como um mal. Ele fala que esse momento da mudança do estado selvagem do estado da natureza para o. .
. estado da. .
. ainda nessa primeira fase de estado da natureza, mas tem uma fase sem proprietário, uma fase com propriedade. .
. faz sempre. .
. Propriedade é de felicidade. A fase sem propriedade é o homem que já se torna infeliz; já começa a ver atritos, já começa a ver roubo, morte, etc.
Então ele vê a propriedade privada como um mal que aconteceu na sociedade. Às vezes, as pessoas, quando apresentam, quando falam do "selvagem", se referem ao selvagem da América; também se referiu a esse aspecto. É verdade, mas ele se referia ao passado na Europa que foi assim.
Então, quando eu vou, só digo: bom, o selvagem não é para ser interpretado de forma estrita ao selvagem da América, né? O que interpretar em relação a ele, mas também há um momento anterior na sociedade europeia que foi assim, né? Então, não é só o selvagem aqui do Brasil; o índio brasileiro não era uma coisa que teve na história, esse estado, né, de natureza, segundo as palavras do Rousseau: sem propriedade.
Com propriedade, aí nós temos uma segunda fase, que é chamada fase do Estado, né? É chamado estado de sociedade. Perdão, é o estado de sociedade; é uma segunda fase, né?
A primeira fase teve duas, né? O primeiro momento é subdividido em duas fases. Nós temos, no segundo momento, o chamado estado de sociedade, na qual os homens são obrigados a conviver uns com os outros, já em ambiente de corrupção, e um dominando ao outro.
E eles são obrigados a fazer leis de convívio. E aí, então, eles são obrigados a fazer um pacto social, né, de convivência. Só que esse pacto social de convivência, nessa segunda fase desse estado de sociedade, ele é muito deficiente.
Então, para Rousseau, toda lei é injusta; toda lei é produto de quem manda. Isso aí tá parecendo Marx, né? Olha, o sonho influenciou como livro de cabeceira, livro do Rousseau, ou Napoleão elogiou Rousseau, Marx estudou o som.
No Manifesto do Partido Comunista dele, o Manifesto Comunista do Marx, que tá lá, a ideia de Rousseau é, propriamente, essa. A ideia que Marx incorporou. Então, quando Rousseau diz que essa é a lei da classe dominante, na própria ideia do Marx, né, teria vindo uma ideia gloriosa no passado, né, que Marx analisa.
Então, esse primeiro pacto social é deficiente, né? Foi feito com o intuito de evitar mortes, etc. , e manter uma certa coesão social, mas é muito deficiente, na qual um homem explora o outro homem.
Surgiu a escravidão, etc. Eu sou, vai colocar todas as mazelas do mundo no corpo, na sociedade. Então, é verdade aquela história: "Sou o homem, naturalmente ele é bom; ele supostamente não tem defeito, e a sociedade o corrompe.
" E essa corrupção começou com a propriedade privada. Então, essa é a ideia clássica de Rousseau que está exposta no Contrato Social. Aí, Rousseau então propõe uma terceira fase, e é propriamente a fase do contrato social.
Então, o contratualismo do Rousseau, de grosso modo, se divide em dois: tem o do estado da sociedade, que é um pacto social defeituoso, feito por quem manda para manter o mínimo de coesão social, e tem o outro que é o que ele propõe para a sociedade futura, que seria o perfeito, que ele chama de verdadeiro contrato social. É bom não confundir um com o outro: um ele julga imperfeito e o outro ele julga que vai ser o perfeito, né? Aí já deu para ver como ele separa da visão do Hobbes, né?
Deve-se dizer que o homem era com natureza ruim desde o começo, e tal. Para ter essa sociedade perfeita, ou Rousseau comentava quatro aspectos dela. Um aspecto era a alienação.
Olha que interessante, o Marx também fala de alienação. Então, segundo Rousseau, as pessoas na sociedade não sabem que são infelizes, ou seja, na mão do sol. Todo mundo é burro; ninguém sabe nada, só Rousseau que sabe.
Então, Rousseau disse que as pessoas não sabem que são infelizes. Ele dizia que, na sociedade, todo mundo vivia com amarras ou verdadeiras, no caso de escravos invisíveis, que o homem era preso; o homem feliz, como não tinha liberdade para nada, e que o homem não percebia isso. Então, ele estava no estado de alienação.
Para vir um mundo novo, com o verdadeiro contrato social, o homem teria que romper a alienação. Depois, o homem teria que exercer uma democracia direta, né? Tinha que exercer uma democracia direta; ele não se contentava com uma democracia indireta.
Tinha que ser uma democracia direta. E a gente emenda no terceiro aspecto, que é chamada vontade do povo, né? Que é chamada vontade geral.
Vontade geral não é vontade de todos, mas é uma espécie, é meio mal contado por ele, mas é uma espécie de vontade. Não na qual pode convencer o outro de que as pessoas têm que renunciar a uma certa liberdade, renunciar a uma certa vontade, mesmo a propriedade, para fazer ainda o bem comum e ter uma vontade geral. Aí entra, a meu ver, um certo esoterismo, porque ele via que a verdadeira liberdade era renunciar à própria liberdade.
Queria ver que o espírito dessa vontade geral entrava na consciência de cada um. Cada um deveria ter consciência da vontade geral, né? Você lembra até um pouco aquela visão do, como é que ele chama, quando psicanalista do inconsciente coletivo?
Então, ele incorporava esse estágio de vontade geral em cada um; é uma coisa bem estranha isso dele. E, depois, por fim, ele diz que ia ter que ter um legislador e mesmo um ditador. Contradição!
Se bem que ele usou, parece que o termo ditador no sentido romano. Aí, tudo bem, mas que deveria ter um legislador e mesmo um ditador para orientar essa sociedade para essa mudança, né? Esse legislador teria amplo conhecimento e tal, e esse ditador então daria.
. . então aceitaria, né?
Máquinas dariam o retoque final nisso, né? Então, nós vemos que muitos colocam isso como uma base até mesmo do totalitarismo por causa do conceito de vontade geral, como para ele tudo é contratual. Não tem coisa que a razão compreende como certa ou errada; se o contrato afirmar X, vale X; se o contrato firmar Y, vale Y.
Então, nessa vontade geral, poderiam estipular. Ele não falou isso, mas dependeria dos tempos, poderia estipular matar crianças que nascem com defeito. Então, muitos vêm nessa coisa de vontade geral com uma coisa totalitária, uma coisa que influenciou totalitarismos posteriores.
Ele tem razão, né? O Hitler falava de vontade geral também, né? Interessante.
Depois, o Robespierre, que foi um ditador horroroso, né, que tinha ideias iluministas, pegou muita coisa aí do Voltaire, né? Então, ele falava em democracia e cultuava a deusa razão, e ele era o ditador que levaria a França para uma sociedade perfeita, mais ou menos como o Voltaire falou, teria que ter um legislador. Quem é um legislador?
O Robespierre. Quem que seria o ditador? SPE.
Qual que era o objetivo? Democracia direta. O que tinha que cultuar?
A razão. O que tinha que manifestar? A vontade geral de todos.
Napoleão, outro ditador, também gostou do Rousseau e defendeu a ditadura do proletariado, também se baseou. Então, não é incorreto dizer que essas ideias do Rousseau poderiam, é, podem, né, levar a um pensamento totalitário por causa do conceito de vontade, era até meio conceito contratualista, né? Se a gente acha que tudo na sociedade é com contrato, você pode estipular o que você quiser; pode ser os maiores absurdos possíveis e imagináveis, né, já que nada violaria a concepção de contrato.
Então, por isso, o contrato social, principal obra do Rousseau, foi muito lida e gerou muita influência, né? Essa obra chegou nos Estados Unidos, ajudou e influenciou, né, o republicanismo nos Estados Unidos. Os Estados Unidos ficaram muito influenciados pelo movimento iluminista, essa ideia do Rousseau, depois foram lidas pela nobreza decadente francesa.
Então foi um desastre. O grande nome do Iluminismo, que teve uma doutrina horrorosa, mandou treinar diante racionalista com várias pontas esotéricas, e cuja influência tem até hoje. Quando a gente pensa em bom selvagem, quando a gente pensa em uma sociedade contratualista, quando a gente pensa no conceito falso de vontade geral, né?
Bem, muito do sonho. E outra, na educação, também a visão esdrúxula de educar a coisa dele, né? O Emílio é um dos livros mais ridículos que eu já li na vida.
Ele fala, põe as etapas. Nossa, é uma coisa horripilante. E tem que reformar a sociedade e tal, também gerou uma influência negativa.
Bom, espero que tenha sido claro. Vamos agora para algumas perguntas. Ah, esqueci só de comentar do Kant.
Eu não vou comentar do Kant. O Kant tem uma doutrina altamente complexa, então esse daí fica para uma outra ocasião. Eu sou favorável àqueles que colocam o Kant numa outra categoria, pós-iluminismo.
Então, a complexidade da doutrina dele. Rodolfo Rodrigues, obrigado pela presença, sempre um assíduo. E muito obrigado.
Você diz Voltaire foi um inimigo da história da Igreja? Olha, muita gente diz que sim, nunca teve na história, pelo nome que a gente lembra, uma pessoa que tenha sistematicamente, todo dia, atacando a Igreja Católica. Foi realmente assim, uma coisa assustadora, sim.
Adolfo Rodrigues, da democracia liberal, surgiu a Revolução Francesa. Aumentou o poder do Estado? Verdade?
Claro! Hoje o Estado pode tudo, né? Márcio Ribeiro, a enciclopédia era a Bíblia do racionalista, verdade?
Era isso. Eles queriam que fosse isso, né? Substituir a Bíblia pela enciclopédia.
Então, essa versão foi a que eu li. Viu, Carlos Eduardo, que eles montaram uma barreira para impedir que o padre Gutiérrez desse assistência por Voltaire. Era outro, dizem que não, mas eu acredito mais nessa versão.
Então, é isso mesmo. Lançou cinco filhos no orfanato. Hum, acho que Rousseau era um dos primeiros requisitos do futuro anarquismo.
Excelente pergunta, porque a gente poderia basear um anarquismo na ausência de Estado, né? Ora, se o Rousseau disse que o momento mais feliz da história da humanidade era na ausência do Estado, sociedade. .
. Por que não pretender voltar a esse Estado? Então, sim, dá base ao anarquismo ao dizer que a sociedade como tal corrompe a pessoa.
Então, tiramos a sociedade, voltamos sem Estado. O povo do anarco-capitalismo vai ficar bravo, mas os ideais capitalistas têm um queijo só, assim, nessa história, porque eles falam muito mal do Estado, que o Estado é o mal em si mesmo e tem que tirar o Estado e tudo vai ser regido pelo mercado, né? O Rousseau dizia que a época melhor da vida era sem o Estado, então não podemos negar que tem um lado russoniano romântico nessa marca.
O capitalismo tem, sim. Boa pergunta. Dá para justificar o anarquismo assim com base no Rousseau.
Perfeito. O Marx, o último estágio que era o comunismo, na realidade, é um Estado anarquista. É que dá um comentário de faculdade de Direito.
Bom, quando eu fiz a minha faculdade de Direito, o curso era bem visto por causa da coisa contratualista, né? Então, eu fui obrigado a ler, né, como matéria, o contrato social. O Locke era bem colocado, né, por causa do contratualismo, né?
Então, aí, a imagem Ribeiro, a questão é que o racionalismo mudou. O Iluminismo é bem. .
. O racionalismo tomista, né, e o racionalismo tomista não vê a oposição entre fé e razão, né? Eles criaram uma ideia de razão e entronizaram ela, né?
Boa pergunta. André Viana, como a monarquia foi mais influenciada pelo Iluminismo? As monarquias do despotismo esclarecido.
Catarina, Grande, Frederico II da Prússia. Infelizmente, em Portugal, o Dom José I deixou o Marquês de Pombal governar, né? Foi um desastre para Portugal, para o Brasil.
E ele que. . .
Trouxe o Iluminismo para Portugal, então foram essas as monarquias, o despotismo esclarecido. Pois é, a Barros dá uma raiva disso. Eu vi um fulano há um tempo atrás elogiando o livro "Emílio", do Rousseau.
E aí, como é que o pessoal elogia o livro e não comenta que o próprio Rousseau abandonou cinco filhos, né? É uma coisa assim assustadora, é uma fé, né? Ficou contando uma coisa que tem a ver com o assunto, né?
Se vocês quiserem ler um livro ruim na vida, ali o milho Emanuel Caetano já tem uma, duas aulas, duas aulas não, é dois vídeos sobre isso, comentando o nazismo e o fascismo no meu canal. Deu uma olhadinha lá, por favor. Bom, muito bom.
Chegamos aqui a uma hora, né? Agradeço a presença de todos. Reafirmo que o Iluminismo é um movimento lamentável, completamente errado, ideológico, contra a Igreja, e que o principal expoente dele, o Rousseau, é o pensamento dele que gerou efeitos nefastos no pensamento mundial.
Por José Flexos, tem até hoje, né? Então, o Iluminismo vale a pena ser estudado. Você ser atacado, né?
Porque realmente foi um período assim desastroso, né? Pensando que ele se harmonizou, uma força da Maçonaria atacou os jesuítas e nós damos pão; ele foi, né? Pasto, né?
E ele culminou na Revolução Francesa, né? Então, a Revolução Francesa é uma cria do Iluminismo. Então, nós somos horrorosos, que foi o Iluminismo, e tem gente que elogia até hoje, né?
Parece que tá cheio! Não é que tem gente, tá cheio de gente que elogia até hoje, que diz que o Iluminismo é de uma outra correção. Então, amplamente é defendido o Iluminismo até hoje.
Quer dizer, lamento. Tô perguntando um livro sobre Iluminismo. Olha, especificamente, eu não sei.
O livro de história da filosofia de autores como Leonel Franca vão saber criticar bem. É do Rousseau. Para quem quiser criticar o Rousseau e tiver interesse em conhecer o trabalho dele criticando, tem que ler o "Contrato Social".
Mesmo porque lá, Alice consegue ver sistematizadas as ideias, tão absurdas que são aquelas ideias, né? Mas um especificamente contra o Iluminismo, não sei. Então tá bom, então mais uma vez, obrigado a presença de todos.
Obrigado pelas perguntas e boa noite, até a live de amanhã. Tchau, tchau!