O homem diante das transformações do mundo | Regina Herzog

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Café Filosófico CPFL
Para conhecermos melhor o momento em que vivemos, é preciso olhar para o caminho que nos trouxe até ...
Video Transcript:
[Música] [Música] o que muda em nós quando muda o mundo quando fronteiras e de sol não só geográficas mas também aquelas que delimitavam padrões de comportamento e hierarquias e até mesmo valores caminhar num terreno tão amplo tão livre repleto de novas possibilidades o mel do nosso mundo contemporâneo tem provocado profundas transformações em nossa maneira de ser e de viver e de se relacionar essas novas configurações estariam também transformando a nossa maneira de sofrer nessa série do café filosófico o sofrimento humano nos tempos atuais [Música] do que estamos falando quando falamos em tempos atuais e em
que medida eles são responsáveis pelo maior sofrimento de um lago há muitos avanços de outro há muitas pessoas se sentindo paralisadas da modernidade até os nossos dias um panorama das características de cada tempo e de como elas nos a falou senhora costumam dizer aqui é como se tivesse havido uma mudança de paradigma é na contemporaneidade é como se esse sujeito da atualidade a esse sujeito contemporâneo ele fosse diferente distinto em vários aspectos do sujeito que eles chamam de moderno o sujeito da modernidade essa idéia de responsabilizar os tempos atuais em função do sofrimento humano é
ela é complicada primeiro porque você teria que pensar é que aspectos da contemporaneidade você teria que contabilizar é esse capitalismo exacerbado o aspecto cultural é são muitos aspectos então você já aí você teria um prêmio em um primeiro problema é o segundo problema é de que perspectiva a gente está falando a gente é ator o espectador porque somos nós que criamos e se esse mundo atual né será que a gente pode falar com isenção sobre isso é bom para engrossar a fileira dessas dificuldades nettheim a questão do sofrimento como é que a gente define o
sofrimento que é sofrimento todos os motivos são motivos para sofrer você sofre pelo outro você sofre porque a existência terrível você só você acha que você não é nem existe ou você sofre porque enfim você se vê situações inesperadas e indesejadas né então a pergunta é será que esse sofrimento até sofrimento corriqueiro cotidiano aquele do nosso dia a dia será que ele conta será que a gente tem que levar isso em conta eu acho que sim o sofrimento é qualquer experiência aversiva que vai aqui vai ser acompanhada de uma emoção negativo o sofrimento é dor
diz prazer e felicidade na tristeza esse tipo de coisa agora olha que coisa curiosa qual é a grande característica dos tempos atuais a grande característica dos tempos atuais é que a gente tem o dever de ser feliz é uma obrigação é uma imposição você tem que ser feliz tem uma musiquinha na verdade é um comercial de tv o título do longa do dotal do anúncio é lugar de gente feliz ea música diz assim o que faz você feliz você feliz o que é que faz você faz o que te faz feliz o que faz você
feliz você que faz só isso repetido mais vezes agora é o tipo de pergunta que aparece em todos os lugares né na mídia nos livros de auto ajuda né é sempre essa pergunta ou seja nós somos intimados a buscar a felicidade enquanto não são quantos não são aqueles que tomaram ou gostaria de um de tomar alguma coisa pra reduzir o sofrimento afinal de contas todo mundo vai lembrar que quando surge o prozac ele era tido como a pena da felicidade então esse imperativo é da felicidade é a própria cultura do hedonismo que é o hedonismo
é o aborto o único propósito da vida é a busca incessante de prazer é claro que essa cultura do hedonismo ela vai é funcionar com uma tentativa de fugir justamente da dor do sofrimento da tristeza am agora tem um outro aspecto dessa música né e tal da o que você faz para ser feliz né que vai mostrar que a felicidade depende única e exclusivamente de você você não pode esperar que o outro te taga a felicidade você precisa e em busca você não só precisa em busca como você tem que saber qual é a felicidade
que vai te fazer feliz né o que você faz que faz você feliz é claro que bom nos tempos antigos os tempos de antes vamos dizer assim é você também tinha essa música pela felicidade também depende de você mas na verdade você tinha um certo caminho já assim meio que o sabe se você fizer isso assim ou assim assim você chega lá né não é o que acontece agora você tem que não só sai corri atrás cool saber raptar do que você está correndo é o outro detalhe é que não é o outro que vai
proporcionar a felicidade é você é é uma coisa é justamente a cultura do individualismo né é uma iniciativa individual que leva você em busca da felicidade e essa busca ela muitas vezes o outro atrapalha né vamos combinar aí o outro se torna um tanto inimigo né claro que isso dá uma certa autonomia né é eu decido o meu destino mas por outro lado também dá um certo isolamento é uma certa solidão em relação a isso a eo pior de tudo é se a gente fracassa nessa tentativa né de ser feliz a gente se sente um
competente a gente se sente desvalorizado desqualificado a gente se sente perdedor lusa né os americanos gostam muito de falar essa palavra som luz e se tornou até um seat julgamento né e o que é que fica vamos assim ferida é a nossa própria imagem ea gente sabe muito bem o quanto a gente se esforça pra parecia bem sucedido na e pra aparecer bem sucedido é isso que vai fazer com que a gente possa se falando rapidamente a pensar que essa sociedade é da que estávamos é baseada nessa cultura do hedonismo é é uma sociedade do
consumo é preciso consumir pra poder aparecer bem sucedido para poder me apresentar bem me mostrar competente é quem fala dessa sociedade do consumo é um é um troço francês o porto ganhar e tem um outro filósofo no reboque vai falar que essa sociedade atual é a sociedade do espetáculo porque tem todo mundo que se mostrarem todo mundo que aparece a finalidade do consumo não é a fruição reside no fato destas se encontrar hoje forçada e institucionalizada não como direito ou como prazer mas como dever do cidadão o cônsul surge como conduta ativa e coletiva como
coação moral como instituição compõem todo um sistema de valores contudo que este tempo implica enquanto função de integração do grupo e de controle social a verdade do objeto contemporâneo já não consiste em servir para alguma coisa mas sem significar deixou de ser manipulado como instrumento sendo utilizado como signo toda a vida das sociedades nas quais reinam as condições modernas de produção se anuncia como uma imensa acumulação de espetáculos tudo que era diretamente devido se esvai na fumaça da representação a realidade surge no espetáculo e um espetáculo no real esta alienação recíproca é a essência eo
sustento da sociedade existente o espetáculo é a afirmação de toda a vida humana socialmente falando como simples aparência sua única mensagem é o que aparece é bom o que é bom aparece agora isso não significa que a felicidade da diante né não causava sofrimento essa garantia que a gente meio que tinha de seguindo as normas você pode ser feliz ela também causava sofrimento até porque você tinha que seguir determinadas normas se você conseguisse aquelas normas então você não podia fazer o que quisesse né então você tinha menos de verdade senti uma certa garantia - liberdade
hoje você tem toda a liberdade do mundo mas garantia 0 né esse é um outro pensador que falar nisso também todo mundo deve conhecer que é onézimo mundo bauma ó senhor te amo freedom editar meu gato mostra que o pt fora do âmbito europeu está em londres falando sobre o game luso só ligar o carro ou se o pt de morte o valor ajustado de afonso cláudio e o carro todo paulo moro na cidade o time de ouro de mil o limite legal e noto do ônibus não acho que sou mais calmo já nos habituou
com 14 sonhos no da esmal obras no bi tomate ou ano a rodada vai a deixar como a viúva negra stop no 5º fórum forte agora do que [Música] conhecemos melhor momento em que vivemos é preciso olhar para o caminho que nos trouxe até aqui para as transformações que foram ocorrendo na história ao longo do tempo então quais foram os desafios e as conquistas da modernidade o que permanece e o que mudou de lá para cá a grande questão é entender o que é que como é que a gente vai lidar com essas transformações já
que a gente não pode compará las completamente que se tiver culpando as transformações a tecnologia etc a gente na verdade está culpando a nós próprios que somos artífices dessas transformações e evidentemente que a gente sabe muito bem que essas transformações ela geraram é coisas muito positivas também né é você passa a ter acesso a uma série de coisas que antes você não tinha mas porque que com tudo isso a gente é é é a gente é taxado é de o cerro de sociedade do consumo sociedade do espetáculo é fazendo parte dessa sociedade e à a
marca mac é da da contemporaneidade é a marca dá uma palavra de todos conhecem depressão tenho tem alguns teóricos que vão dizer que a depressão é o mal do século século nossa agora 2011 é o fantasma que assombra todos nós dessas mudanças elas não ocorreram na noite pro dia né isso aí foi essa do é gestado de alguma forma então é se torna necessário traçar um pouco pra vocês o panorama do que é isso que se chama modernidade e isso principalmente porque a modernidade ela tem é vamos ter duas dois focos aqui é que estão
presentes agora a ideia de a noção de um indivíduo de sujeito e outro é a noção o anúncio só assim o surgimento de foi na modernidade da ciência na ciência moderna ela surge ela ela marca a modernidade e ela mata com o famoso todo mundo conhece de nome de kart que vai falar aquela famosa frase penso logo existo pautado na ideia de uma soberania da razão é esse ser que é o artífice da ciência é ele quem faz a ciência ele quem tenha um conhecimento né e é ele passa a ser a medida de todas
as coisas né então o homem se torna um sujeito é soberano então tanto essa idéia de sujeito quanto essa idéia de ciência assim ea ciência vai se utilizar de que as técnicas e aí ele vai intervir porque ele acredita que com isso na crença é justamente que o homem vai conseguir vai conseguir dominar a natureza através da ciência do progresso da ciência é ele vai conseguir dominar a natureza e vai conseguir um uma vamos ver se uma vida melhor para todos ele é então soberano e autônomo os mitos forjados nessa época falam muito dessa soberania
do homem franquista que que é isso né porque não sei que é uma coisa que nos dias de hoje parece até se realizou né o homem cria vida dentro do laboratório ele é mais que deus fausto que fausto faz fausto faz um acordo com o diabo é prejudicar ter o conhecimento o mito de fausto tornou se conhecido no mundo através da peça the candy fausto intelectual insatisfeito com sua condição humana e em troca de prazeres e amplo conhecimento vem de sua alma américa estou feliz o inimigo da luz eu sou aquele gênio que nega e
que destrói eu faço com razão a obra da criação caminha com vagar para a destruição seria bem melhor se nada fosse criado por isso tudo aquilo a que chama pecado ou também destruição ou simplesmente o mal constitui um elemento eleito e natural se eu estiver como lazer num leito de delícias não me importa morrer assim fica liberto se pode me enganar com coisas deliciosas doçuras a sentir prazeres alegria se podes me encantar com coisas saborosos que seja pra mim o meu último dia quero firmar o acordo o homem aí ele desbanca o poder divino ele
desbanca o poder dos reis ele tem com o poder o poder é a razão é nesse contexto que a modernidade faz uma aposta desmesurada é acreditando na onipotência do homem diante do mundo é além disso é a vida privada ganhou um sentido maior né não tinha os relacionamentos afetivos criança né antes da revolução industrial não existia sequer o conceito de criança de infância se foi vamos refugiado com isso com a modernidade então vocês podem imaginar de fato a evolução que teve durante todo esse período e cria-se aí também né as grandes instituições é dessa época
que se teria as universidades às escolas as as prisões os asilos né z organiza se a sociedade ou seja o mundo que acreditava no progresso na possibilidade do homem na evolução humana o homem e se tornar o melhor do mundo e se tornar mais livre esse é o projeto do iluminismo né ocorre que no final do século 19 começa a fazer água esse projeto e começa a fazer água a partir de três pensadores que são considerados os grandes mestres da dúvida né que é marx nietzsche e floyd é esses três nos vários setores político econômico
ético e principalmente no que diz respeito a 31 são né do homem racional ser soberano de todas as coisas foi abalada porque porque o que foi que vai mostrar é que o que o mundo sofreu os homens sofreram três grandes feridas que ele chama de feridas nas iscas a primeira foi quando galileu mostrou que a terra não era o centro do universo se a terra não é um centro do universo eu que moro na terra não sou tão importante assim né a segunda com davi que mostrou que o homem não estava no centro da terra
ele fazia parte da evolução da espécie ea terceira segundo fred ele é quem provocou essa ferida é r justamente mostrar que o homem sequer era senhor dentro de sua própria morada ou seja ele tinha forças desconhecidas em coeficientes que é abalavam essa presunção não né de ser soberano em relação a si própria e isso ocorre no final do século 19 e início do século 20 e o fred vai justamente os canais vai justamente surgir para dar conta do que está acontecendo ali ali naquele momento né o sofrimento psíquico que tá é tendo lugar naquele momento
né o sofrimento psíquico do sujeito moderno na verdade o quadro clínico que o floyd vai começar abordando é justamente o quadro da histeria as histéricas elas mostram uma paralisia que o médico não sabe explicar né porque não é uma paralisia orgânica não tem uma lesão pra explicar aquela paralisia então de uma certa forma ela é questiona a razão médica e aí ele mostra isso mostra também que é você não pode pensar esse sofrimento fora ou fora do contexto no qual ele se insere nossa civilização repousa falando de modo geral sobre a supressão dos instintos cada
indivíduo renuncia a uma parte dos seus atributos uma parcela do seu sentimento de impotência ou ainda das inclinações negativas ou agressivas de sua personalidade além das exigências da vida foram sem dúvida os sentimentos familiares derivados do erotismo que levaram um homem em fazer esta renúncia então que ele vai mostrar é justamente nos tempos modernos né século 19 e início do século 20 a a uma moral é que reprime entre uma certa forma a possibilidade de expressão dos desejos do homem desejos tidos por muitos como demoníacos né ou seja o que o fred vai mostrar é
tão o sujeito moderno ele só conflito e um conflito impossível de ser é resolvido porque é um conflito entre o desejo [Música] digamos assim o que é proibido entre o desejo eo dever para viver em sociedade ele tem que renunciar aos seus desejos né aqueles que ferem né o conviveu esse sujeito é um sujeito vamos ver se um sujeito que a gente pode chamar um sujeito da culpa porque porque ele teme transgredir as leis que na verdade de uma certa forma franqueiam o convívio social e o protegem também dentro da sociedade então como ele teme
transgride as leis né ele se sente culpado inclusive de pensar que gostaria de transgredir as leis né não basta não precisa fazer nada basta pensar fred tem também um outro texto é chamado porque a guerra ele ele não consegui entender porque que aqueles que em princípio eram os aqueles que teriam que dar a nós né a sociedade é cuidar da gente protegia gente né fazer com que o nosso bem-estar tivesse salvaguardado eram esses aqueles que iam para a guerra né a e tentavam enfrentavam os campos de batalha tentando dominar o outro né zeu que ele
vinícius é o seguinte olha é parece que mais do que o bem estar da sociedade o que importa para cada um é o seu próprio bem estar o que importa é o si mesmo e essa é essa idéia que traz a noção de narcisismo é esse é individualista exacerbado que vai então vamos assim criar não mais um sujeito da culpa mas um sujeito narcísico esse é o sujeito na ces cco dos tempos atuais no próximo bloco o que é uma crise [Música] o homem acima de tudo e de todos e arrasam reinando soberana até quando
esta crença da modernidade conseguiu se sustentar e o que vem o seu lugar na pós-modernidade a pós-modernidade ela tem o seu início mais ou menos nos anos 70 do século 20 e ela se caracteriza justamente pelo fim das ilusões não tenho mais um projeto lá na frente agora o tento viver o aqui eo agora é o tempo do instantâneo não interessa muito qual é a minha história com foi meu percurso quais foram os meus antepassados interessa como é que eu tô hoje agora aqui interessa a minha imagem é isso que faz com que seja tão
difícil você distinguir modernidade de pós modernidade porque é um individualismo também né alguns vão dizer que a pós modernidade se caracteriza por uma segunda revolução individualista é um individualismo total e é por isso que é o mal-estar contemporâneo aquilo que a gente fala que é o sofrimento contemporâneo ele vai se inscrever muito mais no registro do corpo dizer como é que eu me apresento a minha imagem corporal no registro da ação minha performance afinal de contas pra ser feliz eu tenho que correr atrás né tem que ser competente e no registro da intensidade do viver
né que a gente vai ver através das compulsões eu tenho que fazer tudo aqui agora antes que antes que ninguém sabe do quê mas antes que é claro que há uma continuidade entre e sujeita a modernidade o sujeito da contemporaneidade mas também né as coisas hoje em dia são muito mais flexíveis né as normas já não são tão rígidos a gente transita né nos vários setores de uma forma mais é tranquilo com mais autonomia né é isso é necessariamente ruim né hoje então se eu disse que lá atrás o conflito é entre desejo e proibição
a máxima hoje é proibido proibir não pode ninguém pode proibir nada eu possa fazer qualquer coisa desde que eu queira não não é um ano nos tratarem de querer desde ou seja competente para fazer isso então eu preciso de todos os meus recursos pra poder alcançar o que o que eu quero que o a aparentemente eu quero na verdade em hoje você tem uma gama tão grande de possibilidades que em vez de você ficar conflituado porque senão fez né o que deveria fazer você tem tantas escolhas que acaba não podendo não conseguindo decide nenhum eu
sequer é aquilo que a gente chama assim de um vazio existencial você fica tão lema de possibilidades que você fica baseado né é assim você fica em um papo sado e esvaziado ao mesmo tempo então em vez de proibir nem proibição agora é a época da incitação eu sou indicado a fazer eu tenho que mostrar mostrar trabalho né eu sou convocado né e é nesse sentido que o mal está hoje ele tem muito a ver com essa exposição pública né dizer que eu estou completamente exposto eu sou um ser não mais interiorizado eu sou um
ser exteriorizar do acelerado é no facebook todo mundo sabe que eu gosto que eu não acho que eu deveria gostar um deveria gostar é de cansaço é a sua sensação de a sensação de insuficiência de tal ordem que eu dê primo é isso que eu tenho é com isso que eu fico é por isso que esses transtornos psíquicos é o pânico fobia compulsão de pressão então ali presentes diferentemente do sujeito moderno aonde você vai encontrar o que se vai encontrar neurose obsessiva histeria de conversão histeria de angústia só um quadro diferente porque nesse quadro nesse
quadro clínico da modernidade é a culpa que tá ali presente no quadro nos quadros clínicos da contemporaneidade o que está presente é justamente você ficar envergonhado de não ter alcançado aquilo que deveria alcançar o nome dado da minha depressão é a doença da autonomia que você deixa de ser autônomo você não consegue então o sujeito é deprimido ele não sofre pelo que ele fez o povo que ele gostaria de ter feito mas não fez ou pelo mal que ele poderia ter feito ao outro ele sofre porque ele sequer fez ele nem sequer fez não chegou
ali ele sofre porque ele é um é capaz ele é luzer o que aconteceu da modernidade para a pós modernidade o que aconteceu é que a ordenação foi foi foi tão poderosa né 0 todos coordenado que foi enclausurado foi aprisionando então o que é uma crise crise é uma ruptura é uma desordem mas é uma desordem de alguma coisa que às vezes está extremamente aprisionado e que precisa uma certa oxigena são o que existe na verdade é que há uma a uma mudança sim a alguma mudança sim é talvez nós assim com um pouco mais
de idade é tenhamos algumas dificuldades de lidar com as mudanças talvez tenha isso é e talvez a gente tenha uma certa tendência é uma certa nostalgia mas é se a gente não correr atrás fica pra trás é então por exemplo o jeito de a gente se comunicar né tá tudo bem provoca um grande isolamento com certeza no entanto existem formas outros de se comunicar as pessoas estão se comunicando o tempo todo eu não sei se vocês viram um filme lado século passado século 20 chamado de lista chamado fala justamente de como as pessoas só se
comunicam por é hétero e fone e as agruras né que estão ali implicados nessas comunicações denise está chamando é um filme do tempo do fax secretárias eletrônicas e início dos celulares e é através deles que os jovens vivem suas redes sociais evitando o contato face a face [Música] com relação a essa essa questão da comunicação e desses grandes modernos têm um antropólogo francês que acabou é recente o livro dele é um livro até pequenininho assim chamado polegarzinho polegarzinha é um nome que ele dá ao adolescente que é se comunica através de sms e que vive
no mundo virtual ou seja todo mundo conhece nem que está em tudo que é lugar começa dizendo que os neurônios regional escort caixa que são necessários pra fazer esse tipo de uso do ipad são diferentes dos seus neurônios e das zonas corticais que são necessários pra você é um livro de um quadro negro dessas crianças habitam virtual não conhecem não integralizam nem se te tiram da mesma forma que nós seus antepassados não tem mais a mesma cabeça a polegarzinha abre seu computador considera que a própria cabeça nas mãos em sua frente à caixa computador com
tempo em de fato em funcionamento o que antigamente chamávamos nossas faculdades uma memória mil vezes mais poderosa do que a nossa uma imaginação equipada com milhões de cliques no raciocínio também já que programas podem resolver sem problemas que nós não resolveremos sozinhos nossa cabeça foi lançada à nossa frente nesta caixa cognitiva objetivado o que resta cima de nossos ombros a intuição inovadora e vivaz de dentro da caixa o aprendizado nos permite alegria incandescente de inventar no próximo bloco nem tão próximo nem tão longe eu acho que é essa grande questão [Música] o excesso de possibilidades
dever de ser feliz responsabilidade pelas escolhas medo angústia ansiedade reflexo da sociedade que nós criamos queremos mudar medo você nunca comentou sobre um novo momento de falar do medo tinha na minha cabeça no passado medo de morrer o medo de que isso talvez pudesse gerar algum tipo de sofrimento e frustração mas você já vem respondendo não é que as pessoas estão com medo de não morrer mais é então como é que se essa relação do medo ainda pode ser algo que motiva tem outras coisas muito mais estressante do que a própria morte mas se ele
ainda é algo que nesse mistério da morte da questão no número fator de geração de função de saúde é esse medo de morrer é e que agora a gente tem justo medo contrário né é claro que também tem medo de morrer é no não deixamos de ter medo é nisso que a gente também é moderno né não é completamente pós moderna mas é eu acho que o medo ele ele está presente em todas essas situações na rede é é só medo do que entendeu a grande questão eu acho agora é talvez que é quando você
tem medo de alguma coisa né então você tem um objeto né e aí você tem medo daquilo não seja de morrer o objeto nesse sentido não tem um tem um alguma coisa da qual você tem medo é de alguma forma você pode se eu posso dizer pode se arranjar se organizar de tal forma para dar conta daquele medo né eu diria que hoje é pior que o medo é quando você tem uma angústia que você não sabe nem o que é você não sabe quanto o que lutar e talvez hoje o que a gente te
justamente presenciando de uma forma muito forte é justamente essa isso que eu falei desse vazio existencial né é dessa angústia que você não sabe nomear e que aí você começa vamos dizer assim atabalhoadamente né se segurando em coisas né criando medos né porque se você criar medo né você dá conta dessa angústia né porque é uma fobia doha não sei isso é uma angústia muito grande você vai medo de cachorro pronto é só ficar longe de cachorro é claro que isso não dura muito né porque não é o do cachorro você tem medo né tem
medo é uma forma de você vamos dizer assim vou de brilhar essa moça muitas vezes né então acho que agora mais preocupante do que o medo é angústia e o pânico né aí vem a reboque eu tô aqui no caminho inverso um sofrimento quando eu estou querendo ir no caminho do bem estar da alegria né e fico pensando assim se dá para generalizar dizendo que provou ser pra sofrer você não precisa do outro mas pra você está bem alegre você parece precisa no outro ou nos outros não é eu acho que você acha que você
tá indo é está concordando comigo né o qual é a grande questão é que hoje para você ser feliz né é dito que você não precisa do outro e não é disso que se trata né pra você ser feliz ou pra vocês e alegre enfim você precisa do outro bom o que eu tô apontando é justamente o que esse ponto da felicidade sem outro né ele é impossível né na verdade existe uma a uma como é que a gente jogou uma história em um mito dos porcos espinhos né o filósofo se o penal é conta
que é o seguinte os porcos espinhos no inverno sentem muito frio e pra poder se aquecer e eles precisam se juntar né se é chegar próximo né no entanto quando eles chegam próximos eles se referem uns aos outros né então eles precisam se afastar do z é a a a possibilidade da alegria da felicidade com da carícia né ela vai ter que levar isso em conta né é nem tão próximo nem tão longe né eu acho que é essa grande questão é como é que você pode fazer isso a grande coisa que está acontecendo é
que justamente a gente não sabe pra onde a gente vai a gente não sabe como é que vão ser as coisas né porque é esse você desorganiza com uma organização já pronta olha essa daqui vai ser boa percebe se você já tá querendo ordenar novamente segundo determinados parâmetros eu acho que hoje não ter parâmetro né apesar disso sistema mente é como é que eu posso dizer é apavorante pra gente né não saber exatamente pra que lado as coisas vão por outro lado elas podem fazer com que a gente comece a tentar criar novos parâmetros eu
acho que é a única forma que eu acredito ter pra poder se reorganizar as coisas é eu gostaria de saber se a senhora concorda com a visão de tudo isso é um reflexo da estrutura da sociedade como ela está organizada de uma estrutura bastante que ela desde um capitalismo descrito pelo marx que não é mais um capítulo que a gente tem hoje no capitalismo tecnológico estão fazendo esse paralelo a essa ligação com o que eu pretendo fazer a respeitar suas fobias estarem ligadas a assuntos da sociedade atual do capitalismo tecnológico é se é possível a
gente imaginar essa superação e discutir o final sem uma superação da estrutura da sociedade eu acho que assim quer dizer que eu vou entender também como sociedade né nós somos esses artífices da sociedade é como é que a gente vai se reorganizar é de tal forma que a gente possa é vamos fazer é dar um outro fazer um outro cenário o que eu acho que está acontecendo hoje apesar dos nós do nosso desagrado em relação a esses acontecimentos e eu não acho que esteja acontecendo só aqui no brasil né acho que tá acontecendo mundialmente são
é uma outra um outro modo de se resistir né disse resistir a essas estruturas a esse isso que chamou de capitalismo tecnológico né é do tipo o pai né um movimento ocupar de wall street são manifestações nesta são formas de expressar um mal estar que vai exigir alguma mudança você concorda vai exigir que se reorganize é isso que eu chamei de é uma crise é de ruptura sim do que de alguma coisa que está muito ordenar dinha mundo arrumadinha né aonde a gente sabe como é que as coisas estão acontecendo no mundo não preciso dizer
dizendo mas que precisam ser mexidas a baladas né enfim eu acho que a única forma então é a resposta assim só que lembrando que somos nós essa estrutura toda a vontade e arrumadinho aí né não podemos esquecer disso nós somos artífices nós somos culpados mas não tão dentro mais infecções no site facebook do instituto cpfl e no canal do café filosófico cpfl no youtube [Música] [Música]
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