boa noite boa noite boa noite minha gente boa noite para mais uma quinta-feira mais um tema estamos em esquenta para travessia do corpo a alma o meu grande evento gratuito sobre trauma e nesse esquenta a gente vai Aquecendo as turbinas com temas que são importantes e que nós vamos aprofundar ou nós vamos desenrolar ou vamos pegar o fio da meada que vem antes lá na nossa travessia do cocoal então sejam todos muito bem-vindos todas muito bem-vindas todas muito bem-vindos a mais essa aula aberta hoje o nosso papo é sobre relacionamentos disfuncionais E por que que
a chave para reparação do trauma pode estar dentro desses relacionamentos Lembrando que a nossa aula de quinta-feira é uma aula mais voltada para terapeutas é uma aula onde eu converso com a minha galera do universo das terapias Além de estar em quem conduz processos terapêuticos diferente do domingo que é uma aula aberta para todos para o nosso desenvolvimento pessoal no projeto você não é todo mundo mas se você não é terapeuta e quer ficar nessa aula fique à vontade talvez eu não consiga adequar a uma parte da linguagem mais você também é bem-vinda é bem-vindo
é bem-vindo oi Lucy Jane que tá por aí minha aproveita quem tá por aí quem já tá chegando me dá aquele feedback se a imagem chega bem para você se o som tá chegando direitinho para vocês para que a gente possa bater esse papo de hoje sobre trauma relacionamentos disfuncionais e onde nós como terapeutas podemos entrar nessa história toda Me conta aí se tá chegando tudo direitinho para você pega a setinha do YouTube e manda para os coleguinhas manda para os amigos dá like no vídeo se inscreve no canal Todas aquelas coisas que os YouTubers
pedem e eu também peço porque essas métricas são importantes e são elas que fazem com que a gente possa estar aqui toda semana conversando gratuitamente oferecendo conteúdo gratuito para vocês então deixa eu ver aqui que que vocês estão falando galera tá dando boa noite que prazer é todo meu e tá aqui com vocês sempre imagens som Tá OK boa noite Bianca Mônica já abriu com pergunta Ediane gostaria de saber se você tem horário para terapia como posso fazer contato para maiores informações volta e-mail eu coloco isso lá nos Stories no Instagram eu não tenho Mônica
Infelizmente eu tô sem horário para terapia individual não devo Abrir horário esse ano Mas porque eu tô com uma lista de espera considerável então para esse ano eu não tenho expectativa de abrir vaga para novos clientes fora da minha lista de espera né o máximo que eu consigo entender esse ano é só quem já tá na lista de espera então não tem previsão ainda de quando que eu vou abrir mas eu divulgo lá no Instagram eu fechei a lista de espera também porque senão a gente é uma lista de espera e na administrado eu não
quero que vocês fiquem esperando na verdade isso eu quero que vocês possam ir buscar o processo de desenvolvimento de vocês eu quero que vocês fiquem meses aguardando então eu fechei a lista de espera também para administrá-la e quando ela reabrir eu aviso normalmente lá no Instagram Tá bom mas não aguardem tem muita gente boa aí e começa enquanto antes a gente começa esse processo de investigação de autoconhecimento Principalmente quando o assunto é trauma é tempo faz toda a diferença tudo ok tudo ok tudo ok galera tá me dando tudo ok aqui e eu aproveito para
deixar o meu carinho meu boa noite Que bom que vocês estão por aqui eu também fico com coraçãozinho apertado essa talvez seja uma pergunta mais frequente lá nos meus DMS do Instagram que eu tô bem atrasada para responder mas essa talvez seja uma pergunta mais frequente e eu também fico com coraçãozinho apertado eu queria muito abrir vaga para deixar entrar todo mundo mas temos um recurso limitado que é tempo né nosso recurso não é ilimitado e a gente vamos falar de relacionamento e trauma hoje né do ponto de vista de volta e meia eu falo
de trauma em relacionamento aqui de várias sobre várias lentes e hoje a gente vai pensar no porque que os relacionamentos disfuncionais eles podem ser a chave por que que a questão do trauma é importante que a gente olhe para esses relacionamentos não como exatamente um problema mas com como uma seta de direcionamento nos nossos atendimentos não é fiquem à vontade para usar o chat para fazer comentários para fazer perguntas essa é uma aula que é interessante que ela seja bastante interativa e dialogada porque esse é um assunto simples e complexo ao mesmo tempo esse é
daqueles temas em terapia que é o é quase Óbvio mas não é tão Óbvio assim é quase Óbvio no sentido de que todo terapeuta devia saber disso e tá atento a isso e muitos estão mas é algo que talvez até por ser tão claro e tão Óbvio a gente perca a mão nisso facilmente a ignorado Eu vejo quando eu tô em contato com outros terapeutas né com meus alunos com os terapeutas que estão comigo em supervisão enfim o quanto às vezes o simples é o mais difícil de ser feito e em terapia assim como na
vida o simples é o último grau da sofisticação Como diz aquela frase famosa da internet que atribui em Leonardo da Vinci Mas a gente nunca vai saber se é de verdade né porque aquelas autorias de internet mas seja dele ou não o simples realmente é o último degrau da sofisticação não se simplifica aquilo que não se conhece e é uma parte de um princípio filosófico de um hospital de neuro reabilitação que eu trabalhei por muitos anos né não se significa aquilo que nos conhece a gente só é capaz de simplificar aquilo que a gente conhece
muito bem Eu sou a gente só consegue explicar para uma criança de 10 anos algo complexo e a gente precisa uma criança de dois anos tem Total capacidade de entender coisas bastante complexas se a gente souber muito do que a gente tá falando se a gente tem dificuldade de explicar porque talvez a gente saiba tanto do que a gente está falando que a gente vai falar hoje é de uma simples dessa simplicidade sofisticada em terapia dessa simplicidade que transforma uma prática terapêutica em arte terapêutica que transforma uma pessoa que é um aplicador de técnicas em
um terapeuta de verdade então é sobre isso que nós vamos falar e para começar a nossa nosso papo de hoje digamos assim É já que o tema é relacionamento porque nos relacionamentos disfuncionais muitas vezes a chave do trauma Vamos pensar na relação terapêutica já que esse é um relacionamento também e é um relacionamento extremamente importante extremamente significativa é uma grande ferramenta é a primeira ferramenta que todos nós terapeutas temos independente da modalidade que atuemos independente da teórica que sigamos a relação terapêutica é a primeira ferramenta do processo terapêutico ela é instrumento do processo terapêutico e
vamos pensar Então dentro dessa relação terapêutica o nosso paciente o nosso cliente ele chega e nos conta coisas né nos conta histórias nenhum cliente chega para nós nos dando uma lista de sintomas como as que a gente vê nos livros de classificações diagnósticas se você trabalha com saúde mental ou nos dando uma lista de indicadores e de sinais como a gente vê nos livros das teorias relacionadas a psique se você trabalha né num processo terapêutico mais voltado para desenvolvimento humano para autoconhecimento seja qual for a sua linha terapêutica ou se você trabalha com neuroprocessamento a
gente não vai receber uma pessoa que vai chegar para você e vai falar Ah eu tenho alextimia eu tenho um uma dificuldade de repertório emocional eu tenho uma dissociação eu tenho uma hiper vigilância constante eu tenho codependência emocional a menos que ele já tenha passado por outras terapias e tenha recebido isso de retorno Em algum momento muito dificilmente é assim que as pessoas chegam para terapia As pessoas chegam para terapia nos contando histórias não é nossos clientes eles nos contam histórias Eles Não Contam listas de sinais de sintomas de indicadores de características que vão nos
fazendo entender aquelas dinâmicas eles nos contam histórias com as lentes das mais variadas E na verdade a partir das histórias e do contato do encontro que é o mais rico dentro de um processo terapêutico é o encontro nós vamos identifica sinais características sintomas vamos construindo o nosso raciocínio terapêutico a partir desse encontro e dessas histórias que os nossos clientes nos contam só que quando eu falo aqui para vocês que os nossos clientes nos contam histórias eu não tô falando só do que eles nos dizem eu não estou me referindo só ao que verbalmente eles nos
contam os nossos clientes nos contam histórias a todo momento de várias formas eles nos contam histórias a partir da forma como fazem contato visual conosco se olha muito se olha pouco se desvia muito olhar se busca no ambiente lugares de rotas de fuga como a gente diz na terapia informada sobre trauma Aquele olhar desviante se ele é um olhar mais vazio eles nos contam histórias na forma como respiram eles nos contam história nas histórias na forma como se movimentam a medida que vão falando eles nos contam histórias na forma como se relacionam conosco com a
terapia com eles próprios com as outras pessoas ao seu redor então a todo momento os nossos clientes nos contam histórias a partir de um grande conjunto de informações e eu diria que eles contam mais histórias através desse de tudo isso que tá ao redor da fala da narrativa construída do que pela narrativa em si e dentro desse arcabou sonho de muitas coisas que os nossos clientes nos contam de histórias que a gente vai explorar bastante no nosso evento lá na travessia existe uma parcela que é o nosso recorte de hoje que é relacionamentos e muitas
vezes queixas de relacionamentos então Muitas vezes os nossos clientes vão chegar para nós com queixas sobre como se relacionam com seu trabalho com seus amores com a sua família consigo próprios como se relacionam com seu corpo com a sua saúde com as suas necessidades necessidades de descanso de alimentação e assim por diante Mas vamos escutar essas histórias a respeito dos nossos dos nossos dos relacionamentos dos nossos pacientes e clientes e é muito importante que com um ouvido terapeuta escute a narrativa e com todos os outros sentidos com a visão com outro ouvido com a senso
percepção que aquilo que se movimenta dentro de nós a medida que o encontro acontece com todos os nossos outros sentidos nós possamos absorver tudo que vai além da fala na história dos relacionamentos dos nossos clientes e aí a gente consegue entender que muitos dos nossos clientes vão vão trazer similaridades na forma como se relacionam com eles próprios com as outras pessoas ao redor deles e conosco na terapia a forma como seu cliente se relaciona com você e com a terapia é uma grande fonte de informação é uma grande fonte de entender Onde está o trauma
na relação dos nossos clientes essa semana eu tava essa semana de aula para os alunos do descortinando trauma e a gente gastou um tempo nessa discussão né eles foram trazendo casos por gente discutir e como e a gente vai fazendo essa ponte entre Como aquela pessoa se relacionava com a terapia com o terapeuta como o terapeuta afetado por aquilo e os outros relacionamentos Ok já sabemos de onde vem as informações a gente vai explorar um pouco mais esse tipo de relação lá na travessia já sabemos que as relações elas vêm de todos esses lugares o
que que muitas vezes acontece que a gente sabe que não é para acontecer Como eu disse aí onde está a sofisticação do simples é quando o nosso cliente nos traz um conflito né que ele gostaria de transformar seja a relação dele com ele próprio seja relação com outras pessoas é muito muito fácil cair em uma armadilha que é conduzir o processo de forma a querer fazer uma modificação naquela relação ou querer fazer com que o cliente saia daquela relação quando ele traz essa demanda Ah eu estou num relacionamento que eu queria sair não consigo estou
num relacionamento onde eu sou desrespeitado estou num relacionamento com Tais e Tais características e o terapeuta Já identificou antes às vezes da pessoa que está em atendimento que aquela relação é uma relação abusiva ou é uma relação que causa danos para aquela pessoa e claro que a gente vai precisar avaliar riscos e níveis de riscos mas eu tô falando de um tipo de relação que causa um desconforto no nosso cliente e que muitas vezes ele ainda não identificou esse como lidar com esse desconforto e que se nós começamos o processo pela tentativa de resolver o
desconforto na relação ou de instrumentar essa pessoa para que ela tome uma decisão naquele relacionamento nós podemos perder informações muito importantes sobre o que que aquele relacionamento nos conta a respeito das feridas do nosso cliente do nosso paciente aquelas feridas que eu já falei em outras aulas abertas aqui né eu falei já sobre trauma de vínculo e de apego aqui depois quem não assistiu Dá uma pesquisada nessas aulas elas estão por aí pelo canal e a gente já sabe que as nossas primeiras relações elas fazem a base que vai sob o qual os nossos relacionamentos
vão ser plantados no futuro que é lá no começo da nossa vida que a gente aprende a apego Seguro ou não afeto dar e receber afeto é lá que a gente aprende quais partes nossas são mais aceitas ou menos aceitas é lá que a gente aprende se a gente pode manter a nossa autenticidade ou não dentro dos relacionamentos e isso tudo vai se vai repercutir nos relacionamentos na vida adulta e quando nosso cliente chega nos fazendo uma queixa a respeito de qualquer tipo de relacionamento existe um aspecto muito importante no pro na própria pessoa que
é eu estou desconfortável nessa relação eu quero me livrar do desconforto E aí é onde eu digo que muitas vezes o relacionamento disfuncional ele vai ser a chave para o reparo do trauma porque essa pessoa que chega para nós ela já está em luta em briga ela já tá brigando com um sistema nervoso desregulado em grande parte das vezes ela já está tentando evitar sentir aquilo que sente naquela relação Então vamos pegar um exemplo mais concreto se eu recebo uma pessoa que traz Várias Queixas de que ela não tem tempo para nada naquela relação que
ela passa a maior parte do tempo tentando resolver o problema da outra pessoa pode ser qualquer tipo de relação tá minha gente pode ser uma relação sexual de trabalho de família ela passa mais tempo tentando resolver o problema da outra pessoa fazendo coisas que não são da responsabilidade dela tentando salvar a pessoa dela própria ela que ela que ela tá se sentindo sobrecarregada porque ela faz muito pela relação e nunca recebe na mesma proporção E aí essa pessoa vai contar a histórias sobre isso quando ela te conta histórias se você é um terapeuta treinado sobre
trauma você vai olhar e vai ver que ativações estão acontecendo ali se ela me disse Por exemplo ai minha boca chega secar se você vê um tom nos começando a ficar mais enrijecido você começa a ver ali que existe uma ativação simpática ou seja existe um sistema de defesa entrando em Ação naquela relação ou se ela começa a dorsalizar né a perder tonos a dizer eu me sinto fragmentada nesse relacionamento eu estou E aí você começa a entender que ali tem um processo de congelamento ou de respostas né mais ligadas ao colapso eu me sinto
me resfriando nessa relação o tempo todo eu me sinto congelada paralisada você percebe que não há uma possibilidade de se movimentar naquela experiência que ela tá vivenciando ela não vê saída e aí a gente tá falando de respostas que não são mais ativas de luta e de fuga mas mais dorsalizadas como congelamento e o colapso resposta de E aí você vai entendendo que a história que ela te conta tem uma fisiologia que dá sustentação para como ela se sente naquela situação e aí é um ponto muito importante para terapeutas a gente precisa ter mecanismos de
diferenciar se aquela história que a pessoa nos conta Ela tá vindo do pensamento da cognição da mente no Grau de dissociação que a grande maioria de nós vive boa parte da narrativa vai vir desse lugar como essa pessoa se conecta com a emoção com sentimento e com a sensação que aquilo provoca Porque se o meu cliente tá numa relação disfuncional e ele não consegue se movimentar dentro daquela experiência significa não que ele não entendeu E aí não adianta você usar estratégias muito cognitivas se o sistema de pensamento está bloqueado porque essa pessoa pode na terapia
chegar em sites brilhantes e lindíssimos de que essa relação não é para mim E aí chega lá na hora H ela não consegue fazer diferente porque a razão dela vai perder para fisiologia dela Porque existe todo uma organização fisiológica que entra em resposta de sobrevivência no momento em que ela tá atuando na relação E aí nesse momento faz mais diferença você como terapeuta ir ao encontro dessa pessoa onde ela está nesse relacionamento do que tentar tirá-lo de onde ele está e aí onde eu digo que é simples e complexo ao mesmo tempo porque não dá
para a gente brigar com sistema nervoso hiper ativado ou hipo ativado um sistema nervoso que entra em ansiedade em respostas de defesa mas de hiperecitação do sistema nervoso ou um sistema ou um sistema nervoso que entra em mico excitação que diz vitaliza que entra nas respostas mais dissociativas não dá para brigar com isso através da mente eu preciso de recursos e um princípio importante recurso nesse sentido é segurança é o que o Steven Borges criador da teoria polyval vai chamar de a segurança é o tratamento nesse momento como terapeuta eu ajudo mais o meu cliente
indo ao encontro dele onde ele está nessa relação e eu vou usar uma metáfora para deixar mais claro que eu quero dizer do que tentando deslocá-lo para qualquer lugar Imagine que o seu essa relação disfuncional que o seu cliente está é um quarto muito bagunçado e esse cliente tá ali voltou já travou eu acho que travou deu [Música] um voltou me dei um ok para mim voltou aqui acho que travou um minutinho alguns segundos mas para mim já deu sinal que voltou aqui me digam aí se travou continua travado se já voltou me dei um
tá normal agora perfeito Então vou voltar um pouquinho na minha fala OK aí OK vou voltar um pouquinho na minha fala eu ia usar uma metáfora né para dizer que Imagine que o relacionamento disfuncional que seu cliente está é um grande quarto bagunçado e ele tá ali perdido sem achar por onde começar arrumar sem achar saída e o terapeuta tá do lado de fora desse quarto você tem algumas opções você pode ficar gritando lá do lado de fora a saída é por aqui ou você pode entrar no quarto sentado do lado dele no chão e
bem devagar começar a pegar objeto por objeto e fazer com que ele Olhe para esses objetos e sinta o que esses objetos têm para ser sentido que ele entre em contato com cada um desses objetos que aos poucos ele vai dissociando daquele quarto bagunçado a vergonha de estar ali perdido de tá ali dentro perdido que é o que acontece nos nossos relacionamentos disfuncionais muitos dos nossos clientes buscam a terapia Porque eles sabem que o relacionamento é disfuncional e gente tem algumas pessoas dizendo que caiu Será que eu caí eu tô falando sozinha me digam aí
se eu estiver ainda no ar aqui não travou aqui não então alguém coloca aí no chat quem não travou Coloca aí no chat para mim para as pessoas que caiu para tentar sair e entrar de novo porque pode ser da internet delas pode ser que quando travou aqui deu uma travada ela precisa sair e entrar de novo então como tá funcionando para algumas pessoas eu tô entendendo que o problema não é aqui e aí eu peço esse auxílio de vocês alguém coloca aí no chat aqui está normal tenta sair e entrar de novo [Música] tá
então já que tá ok para vocês eu vou continuar alguém faz essa gentileza para mim Avisa para as pessoas que a conexão está normal que não está travando que não caiu e para elas tentarem sair do link e entrar de novo que talvez resolva e nós continuamos por aqui no nosso papo então Imagine que estar num quarto bagunçado com pessoas do lado de fora querendo entrar ou chamando para sair Pode trazer muita vergonha E a vergonha é um sentimento de desconexão é um sentimento que nos afasta da nossa essência que nos afasta de nós mesmos
Então antes de mexer no quarto bagunçado antes de sugerir para o seu cliente que jogue fora o que não presta mais arrume as coisas na prateleira coloque tais coisas no armário ou então sai desse quarto e vai procurar um quarto novo para você morar antes disso é preciso fazer com que ele se sinta à vontade para entrar em contato com cada uma dessas coisas que estão nesse quarto coisas que vão ser as feridas vividas em relações anteriores lá nos vínculos primários mas que nesse quarto também no meio dessa bagunça estão escondidas as grandes potências E
aí a diferença entre o terapeuta que fica do lado de fora do quarto dizendo como o quarto deve ser arrumado ou gritando para pessoa de Fora sair desse quarto e o terapeuta que entra no quarto que se permite atravessar pelo caos ou pela rigidez e sentar ao lado do seu cliente e aos poucos se colocar como testemunha daquilo que está sendo vivido e experienciado e principalmente sem sentido é a diferença de construir uma nova fisiologia de segurança para isso a gente precisa propor um tipo de vínculo terapêutico muito específico que é a terapia como ferramenta
o que eu comecei falando para vocês E aí nesse momento é lá no relacionamento disfuncional é olhando para as partes desse relacionamento ao invés de tentar cair fora dele rapidinho Claro avaliando riscos se existe risco é um outro processo mas ao invés de tentar encontrar uma solução para relação tentar fazer com que esse cliente entre em contato com o que nesse relacionamento o conecta com partes dele que ficaram fragmentadas e que agora estão perdidas no meio dessa bagunça desse quarto bagunçado que é a relação E aí não tem como cliente fazer isso sozinho no quarto
escuro minha gente a gente precisa entrar com ele no quarto é aí onde o terapeuta ele precisa ser continente para que o cliente investigue as dores dele é nesse momento onde você senta lado a lado do seu cliente para com ele investigar como você sente o que sente fortalecer ferramentas recursos internos recursos externos para que a própria pessoa comece a entender o que que ela pode se desfazer naquele quarto bagunçado o que que ela quer manter naquele quarto bagunçado onde estão as prateleiras como dobrar as coisas e até entender que se depois de ver luz
naquele quarto bagunçado ela quer deixar o quarto ela quer sair do quarto ou ela quer continuar lá dentro de uma outra forma então é no relacionamento disfuncional que nós vamos achar as pistas para que feridas fragmentaram os nossos clientes Quais foram as feridas lá atrás que fizeram com que eles chegassem naquela relação como se estivesse num quarto bagunçado com coisas para todo lado em que ele não se reconhece e não reconhece nada ali dentro é na relação disfuncional que a gente vai entender Quais são os medos condicionados pelo trauma a questão quando a gente está
lidando com relação dos funcionários não é sair correndo para ficar ou sair da relação Isso é uma consequência ficar a sair da relação é uma consequência Porque mesmo que o cliente o seu cliente o seu paciente saia de uma relação que não é funcional para ele que ele diga eu vou sair dessa relação chega se ele não arrumou o quarto sabe o que vai acontecer o próximo quarto que ele entrar é um quarto bagunçado de novo ele só adiou o processo com algum nível de conforto então para sair para um quarto arrumado eu preciso reconhecer
arrumação e é nos nas sutilezas das relações dos funcionários que a gente vai encontrar essa dor então o relacionamento disfuncional em último em última instância o que ele traz é uma dor é uma ferida e é essa ferida que se precisa ser cuidada a pergunta na terapia não é porque você está nessa relação que não é nutritiva para você porque que você está com essa pessoa que não te respeita porque você aceita isso é como você se sente dentro desse relacionamento como você sente o que sente nessa relação que partes suas que ficaram fragmentadas lá
atrás estão agora assustadas envergonhadas culpadas e se conectam com a bagunça dessa relação essas partes precisam ser cuidadas para que a pessoa tome a decisão dela em relação ao relacionamento se ela quer ficar se ela quer partir que forma ela vai arrumar como é que ela vai redecorar esse quarto então é por isso que eu digo para vocês que a relação disfuncional Ela guarda o tesouro o tesouro que é que são as partes fragmentadas que precisam ser reintegradas e que se esse processo não é feito a pessoa pode sair de uma relação de funcional mas
ela vai cair em outra quantas vezes nós vemos isso não é cliente os nossos com repetidas histórias de relacionamento disfuncional às vezes sai de um relacionamento disfuncional sexo afetivo e tá num relacionamento abusivo no trabalho vezes sai de um de um trabalho onde era onde não tinha respeito nutrição e tá num casamento disfuncional porque se o quarto Não foi visto minha gente não tem jeito que eu conheço eu vou repetir então não adianta só como terapeutas nós ficarmos do lado de fora do quarto meio que só dando a luz e dizendo para pessoa através de
ferramentas para ela arrumar o quarto para ela sair do quarto é preciso entrar junto ser terapeuta é também Se permitir mergulhar no caso ou na rigidez Em algum momento para que você possa junto com seu cliente olhar cada uma das partes que estão fragmentadas e que aquela relação ela pode nos comunicar de que partes são essas que partes que estão Como eu disse envergonhadas amedrontadas ocupadas culpa vergonha e medo a Tríade que cola o trauma E que nos mantém em ciclos de repetição de padrões de comportamento de sensação de emoção e de relacionamento esse entrar
no quarto como eu falei que é tão simples e tão complexo ele começa com oferecer um tipo de contato que permita a pessoa não ter vergonha de estar na relação que está que permita ela visitar cada uma das partes que estão naquele quarto e esse tipo de contato ele é um tipo de contato que não é necessariamente intuitivo porque ele passa pelo sentir ele passa por uma curiosidade menos interpretativa e nós terapeutas somos muito treinados para interpretação não é para análise com relações disfuncionais a gente precisa adiar um pouco a interpretação adiar um pouco a
rotulação para simplesmente acionar a curiosidade sua como terapeuta e do seu cliente sobre como os seus fragmentos estão vivenciando esse relacionamento então é num processo de curiosidade com relação dos funcioncional mais do que de luta com a relação entre funcional que a gente vai encontrar formas desses fragmentos que foram dissociados pelo trauma se reintegrarem E aí a pessoa ter fisiologia de segurança para tomar a decisão dela arrumar o quarto e ficar arrumar o quarto e ir embora entrar e sair no quarto de vez em quando vou dar um exemplo eu atendi uma cliente há um
tempo atrás e ela tava numa numa situação né Esse é um dos casos que eu vou apresentar num congresso então tem termos de consentimento para falar dele guardando as devidas informações e ela tava num trabalho é muito com péssimas condições péssimas condições de trabalho no que dizia respeito a ambiente no que dizia respeito a as relações de trabalho eram muitos muito desrespeitosas então ela trazia muito sofrimento no trabalho como um tema da Terapia e nós fomos fazendo esse processo né eu fui fazendo esse processo de entrar junto com ela nesse trabalho sentar nesse quarto bagunçado
que no caso era relação com o trabalho e aos poucos e vendo cada parte dela que se relacionava com esse trabalho e aí cada terapeuta vai ter as suas ferramentas para isso né eu como uma terapeuta somática e com o recurso da neurociência eu vou usar esses recursos poderia usar psicoterapia clássica ou qualquer outro recurso aquele recurso que a gente usa para fazer contar com uma experiência para aos poucos e criando continente de segurança para que a pessoa vá aos pouquinhos fazendo contato com aquela experiência porque se eu jogo uma lanterna nesse quarto escuro e
ilumino tudo de uma vez só essa pessoa pode não ter condições de processar E aí eu posso ter um processo de retroalmatização então a gente foi aos pouquinhos colocando esse olhar e através de ferramentas de curiosidade daquela experiência de curiosidade de como Aquela experiência ativa as diferentes partes E aí foi muito curioso porque desde o início ela já trazia o sofrimento vivido no trabalho [Música] e muito do que ela falava associada às Sensações a sentimentos a emoções uma coisa importante da gente entender se a experiência tá conectada com isso ou não porque se não tá
A primeira coisa vai ser trazer coerência entre sentir e pensar e agir E aí a gente ia investigando Ora pela sensação de escrevendo essa experiência trazendo mais legendas para essa experiência do que rótulos para essa experiência e ela sempre trouxe Eu sempre tive uma escuta para as condições de trabalho ruins que ela se apresentavam mas ela não trazia nem verbalmente nem somaticamente o incômodo com as condições de trabalho isso vinha dentro de uma narrativa onde o sofrimento estava em outro lugar então a gente precisava acompanhar essa ferida precisava entender que parte era aquela que fragmentada
pelas relações traumáticas estava conectada com a experiência daquele trabalho e à medida que isso foi se organizando essas partes foram sendo conversadas essas partes foram sendo Integradas aconteceu um processo em que as condições de trabalho chegaram no palco e aí em algumas sessões ela começa a dizer eu tava tão anestesiada que eu não via essa condição de trabalho péssima sub-humana eu não mereço isso eu mereço mais do que isso é a fisiologia da segurança chegando e aí ela consegue começar um movimento de saída daquele trabalho que se a gente fizesse logo de cara que que
ia acontecer ela ia sair daquele trabalho ia cair em outro trabalho com condições disfuncionais novamente é só no momento em que as partes que estavam envergonhadas amedrontadas começam a se sentir confortáveis para falar da bagunça para sentir a bagunça para sentir o que eu estou guardando no meu quarto bagunçado por medo de me desfazer aí nesse momento [Música] que a gente dá escuta para as partes que estão conectadas com aquela relação dos funcional a gente começa a achar os tesouros escondidos a minha auto percepção minha autoimagem o que que eu acredito que eu mereço de
reciprocidade de um relacionamento vai ter um período que é de luto daquilo que foi perdido mas aí a própria pessoa vai ganhando [Música] condições de olhar para aquele quarto e entender o que que a partir de um lugar de integração dessas partes que estavam misturadas com coisas antigas com bagunças com relíquias o que dali ela quer para Diante O que que ela não quer porque você vai construindo continente de segurança mas se você não consegue colocar um olhar de curiosidade para experiência se o processo terapêutico vai sendo conduzido ou puramente na cognição puramente na legenda
e do rótulo de relação disfuncional Você tem que sair dela Possivelmente você vai conseguir que a pessoa saia da relação disfuncional se você tiver um bom vínculo de confiança com ela mas isso não muda o padrão ela provavelmente vai cair em relacionamentos disfuncionais novamente no futuro porque as partes fragmentadas que aquela relação vinha contar para gente não foram Integradas Então como terapeutas a primeira coisa que nós precisamos ativar em nós é um senso de curiosidade de qual é a história implícita que o relacionamento disfuncional tá contando para gente porque existem algumas histórias que o relacionamento
isso funcional contam para gente que são explícitas são quase senso comum dentro de terapia Ah você é qual dependente porque você aprendeu a cuidar das emoções das outras pessoas você tem que parar de se achar responsável pelas emoções das outras pessoas e aí nós vamos repetindo alguns clichês que ao invés de fazer com que nós nos aproximamos e entremos no quarto tirar o sapatos e entrar no quarto escuro junto com o nosso cliente a gente fica do lado de fora gritando para ele arrumar o quarto ou para sair do quarto então é preciso ter curiosidade
para descobrir o que que realmente a gente não sabe O que que tá para além das análises óbvias que o nosso estudo nos preparou para fazer o que que aquela história de relacionamento disfuncional pode nos contar que a pessoa não sabe que você terapeuta também não sabe é esse olhar curioso que é entrar no quarto e sentar no chão do lado do cliente para com curiosidade olhar devagar para essas partes e aos poucos e descobrindo que elas querem nos contar porque a medida que a gente olha para essas partes a brenel ela tem uma uma
fala que eu gosto tanto embora ela não seja da abordagem informada sobre trauma é uma uma altura que eu que eu gosto muito que ela diz a vergonha ela gosta do escuro ela gosta das Sombras então quando a gente só que quando a gente joga luz rápida e potente em cima da vergonha ela se esconde de nós mas quando a gente vai olhando devagar aos pouquinhos ela vai se dissolvendo e é no momento em que medo culpa vergonha começam a dar espaço para simples experiência de sentir o que for preciso se sentido para simples experiência
de como é que eu me sinto nesse relacionamento as diversas partes em mim se sentem nesse relacionamento é quando a gente coloca luz devagarzinho e vergonha com medo que a gente consegue negociar com essas partes fragmentadas E à medida que a pessoa vai se integrando ela própria vai observando ela própria vai dizendo é um absurdo essa condição Eu não sei o que que tava acontecendo comigo que eu não vi isso antes eu não sei ela para de dizer eu sei que esse relacionamento não me faz bem eu sei que ela não me respeita mas eu
não consigo sair ela começa a dizer onde eu estava que eu não estava sentindo que estou sentindo agora que eu não estava sentindo que eu mereço um relacionamento diferente onde eu estava onde estava dissociado pelo trauma Então muitos dos nossos clientes eles vão chegar de relacionamentos disfuncionais de uma vida inteira minha gente não sejamos ingênuos o sistema nervoso já aprendeu a anestesiar [Música] então o passo 1 é voltar a sentir E se eu for um terapeuta que quero que o meu cliente saia da minha sessão confortávelzinho porque quando a gente volta a sentir a gente
não volta a sentir conforto de cara talvez eu me frustre muito se eu for um terapeuta com ansiedade de fazer algo para tirar o meu cliente do desconforto para acabar com a ansiedade com desconforto para fazer o meu cliente enxergar coisas se eu for um terapeuta que tenho ansiedade de querer resolver o conflito que o meu cliente traz para terapia eu vou perder de vista a possibilidade de me sentar no chão do lado dele no quarto escuro dele e bagunçado e fazer o meu papel de terapeuta que é continente que é da suporte e ajudá-lo
a chegar numa fisiologia de segurança para olhar com dignidade para todas as partes amedrontadas envergonhadas e culpadas e a partir daí entender Qual é ele possa entender Qual é a trajetória dele que nem eu sei qual é vou para vou aqui para o chat ver que que tá acontecendo você tá fazendo sentido para vocês é uma aula um pouco mais filosófica hoje por favor deixa Salva para assistir depois sempre fica salva as aulas de quinta Maristela está falando verdade esses Clichê só adicionam pressão ou no paciente que já não tem força e consciência para sair
[Música] eu vou falar na travessia sobre clichês terapêuticos linguagem terapêutica e como elas são culpabilizantes como elas nos distanciam como elas nos deixam de fora do quarto o YouTube hoje tá ruim a Aline tá avisando para a gente que talvez não seja um problema então nem com a minha conexão nem com a de vocês Pode ser que seja um problema com o YouTube espero que fique aqui a gravação fique direitinho para que vocês possam assistir depois Mônica tá fazendo uma pergunta interessante quando a pessoa tem consciência dos medos e de que não merece aquela relação
mas não merece aquela relação mas por dependência financeira não consegue sair se o submete por se sentir capaz de tomar a decisão aí tá o ponto chave Mônica de um bom terapeuta de trauma ter consciência do medo não resolve o medo ter consciência do trauma não é suficiente para resolver Porque ter consciência não impede ativação emocional por isso trabalho com trauma é um trabalho de integração corpo mente aí a gente precisa de ferramentas para regulação desse sistema nervoso que tá agindo a partir do Medo condicionado para que ela e que faz com que ela olha
para os lados e se veja sem saída mesmo que com a dependência financeira E aí as justificativas vão ser das melhores possíveis né quando a gente está agindo pelo medo condicionado pode ser dependência financeira podem ser os filhos podem ser tantas coisas aí A grande questão é o trabalho é de regulação dessa fisiologia porque só quando a gente alcança Fisio a gente só tem como funcionar de duas formas fisiologia do Medo fisiologia da segurança só que uma Desliga a outra e as duas são importantes porque Tem situações que a gente precisa ligar fisiologia do medo
as duas são importantes a gente não quer acabar com nenhuma das duas as suas a gente só não quer que é paralisar nelas quando a gente paralisa nelas e passageira a partir do Medo condicionado aí a gente precisa de um processo de regulação para acessar de novo fisiologia da segurança porque quando a gente acessa essa fisiologia da segurança sabe o que acontece nosso cérebro é preparado para isso sabe o que acontece quando o nosso cérebro desliga o sistema de alerta que é o sistema que aciona medo nós somos naturalmente impulsionados para criatividade para exploração e
para o outro e aí é onde as possibilidades se apresentam aí é onde a pessoa que achava que não tava que tava naquele relacionamento porque não ter condições financeiras começa a identificar que ela tem formas de buscar a independência financeira dela E aí eu vou te dar o meu próprio exemplo meu exemplo autoral que não era uma dependência financeira de um relacionamento amoroso mas uma questão financeira com a minha família eu trabalhei muitos anos no hospital onde eu tinha um salário bastante acima do mercado e eu dizia que eu não podia sair de lá mesmo
quando eu já não tava mais motivada para aquele trabalho eu queria fazer outras coisas e eu passei alguns anos aí uns três ou quatro dizendo que eu não podia sair daquele trabalho embora eu já estivesse completamente desmotivada embora o meu corpo já estivesse pedindo para sair porque era difícil levantar da cama para ir trabalhar meu corpo já tinha saído do trabalho e a minha justificativa que a minha mente encontrava que eu não saia dali porque eu tenho uma responsabilidade financeira com a minha família né eu ajudo a minha mãe eu tenho umas responsabilidades financeiras com
a minha família A minha mente me contou essa história durante uns três quatro anos até que num processo pessoal terapêutico eu eu consegui olhar para as partes fragmentadas em mim que me conectavam com aquela situação e comecei a fazer o processo de saída do Medo condicionado de ir para fisiologia da segurança sabe o que aconteceu Mônica quando eu contei para minha família que eu tava pensando em pedir demissão Primeiro eles nem ligaram a informação falaram vai ser feliz e a partir do momento que eu fui conectando isso seis meses depois eu pedi demissão o mesmo
salário que eu tinha antes com as mesmas condições e hoje eu já era uma renda que é maior e o que os ímpio do que aqui gerava naquele momento mas os três anos que eu passei no medo condicionado eu não conseguia enxergar possibilidades de saída e a minha mente justificava que aquele relacionamento que era completamente já disfuncional para mim aquele relacionamento com meu trabalho que eu estava aprisionada a ele sempre que a gente pensar que nós estamos aprisionados alguma coisa tem partes nossas que estão Além de amendrontadas envergonhadas a vergonha é um dos sentimentos que
colam E aí às vezes a gente acha que sabe qual é o medo percebe eu achava que o meu medo era de não conseguir ajudar financeiramente a minha família mas não era esse mesmo quando eu sentei no meu quarto escuro e comecei a iluminar outros medos vieram E aí eu pude dar escuta para eles eu pude dar corporeidade para sentir E aí eu pude liberar porque aquilo que a gente não pode sentir a gente não pode processar a gente não pode nomear a gente não consegue liberar e mesmo que a gente saiba e tenha consciência
dos medos que eu desconfio por isso que eu jogo um olhar curioso quando meu cliente diz eu sei o que que é que me prende lá vamos olhar com curiosidade como uma criança curiosa para a gente entender o que que a gente não sabe dessa situação isso isso você tá me trazendo você já sabe então mas vamos buscar o que que você não sabe porque a solução para as nossas situações não estão no que a gente sabe estão no que a gente não sabe sobre elas e aí quando a gente olha joga um olhar curioso
a gente descobre coisas e junto com essas coisas né alternativos mas é justamente pela sua pergunta que eu digo saber não é igual a sentir sentir e não saber é como não saber aliás sente saber e não sentir é como não saber então ter consciência racional não é suficiente para liberar o medo condicionado por isso que muitas vezes saber quais são os nossos traumas não resolve eu preciso sentir e eu preciso dar espaço interno em mim para reintegrar essas partes que foram impedidas de sentir todo o trauma fixado é algo que foi bloqueado interrompido em
pedido de ser sentido A Marta tá dizendo que em Portugal beijo para Portugal está bem que bom que bom que bom Marta beijo para Portugal Talvez seja o YouTube Brasil que tá com problemas hoje Obrigada Marisa como você traz clareza Que bom que ficou Claro porque como esse é um tema mais filosófico às vezes ele fica um pouco confuso ai essa pergunta bem boa da Simone quando você fala em continente de consciência não é continente Consciência São duas coisas talvez em algum momento eu falo rápido né talvez em algum momento eu tenha juntado numa frase
mas é continente é uma coisa consciência é outra ser continente para desenvolver fisiologia de segurança é o terapeuta que cria o paciente aí é que tá uma das grandes bases do Cuidado em formato sobre trauma Simone o terapeuta não cria nada ao paciente é a relação a relação terapêutica não é o que está no cliente não é o que está no terapeuta é o que está entre os dois a relação se faz um ambiente de segurança o suficiente para investigação eu vou explorar muito isso na travessia participe eu vou tratar ela mais com mais detalhes
mas não é a gente não tá criando nada do paciente a relação terapêutica como instrumento a base da relação terapêutica como instrumento é o que está entre nós que é o continente é a relação terapêutica construída no encontro E aí isso não é intuitivo tem processos para se construir vínculo seguro não é vínculo seguro não é só escuta acolhedora não é só escuta acolhedora não é só abordagem não julgadora porque a gente vai estar lidando com sistemas nervoso nervosos ativados de formas diferentes é o sistema nervoso do terapeuta entrando em contato com sistema nervoso do
cliente e criando um ambiente onde a gente possa dar sustentação para as experiências Então a gente tem que ter muito cuidado com essa ideia de que o terapeuta faz o terapeuta conduz o terapeuta cria é uma grande sombra a gente achar que a gente cura alguém né que a gente resolve o problema do outro Muitas vezes os terapeutas ficam tentando mesmo que indiretamente E aí a pessoa continua lá sozinha dentro do quarto bagunçado minha gente e aí na pergunta de simónica é tão boa eu me recordei dos grandes autores de trauma que eu trabalho que
eu vou trazer para vocês na travessia que eu trago aqui sempre todos são unânimes em dizer que a experiência do trauma a chance maior dela virar uma traumatização é quando ela é vivida em desamparo então se eu não entro no quarto escuro com meu cliente não me sento no chão com ele ele continua só com a dor dele mesmo que eu seja Gentil mesmo que eu tenho uma escuta acolhedora ele continua sozinho e a terapia é o lugar onde ele vai encontrar Amparo para investigar a dor o exemplo foi Clareou que bom saber e não
sentir Como não saber vai ficar gravado sim Carol a gravada assim as aulas de terça ficam gravadas as da travessia não tá minha gente às da travessia se organizam de 20 a 25 de outubro todos os dias 20 horas tô aqui no evento a travessia que é um evento extensivo de imersão aliás da travessia não ficam gravadas porque é um conteúdo específico depois ela sai em todas do ar a chance de sentir esse conteúdo gratuito é só durante a travessia mesmo depois ela sai em todas do ar que bom Simone estará muito bem-vinda minha gente
fez sentido para vocês o nosso papo de hoje sobre relação terapêutica relacionamentos disfuncionais a gente vai aprofundar muito e isso na travessia estamos aí esquenta para nossa travessia Então quem não se inscreveu vai lá no Instagram @diane o Ribeiro e se inscreva porque nós teremos um encontro lindo onde a gente vai passear no universo do trauma por isso que é a travessia do corpo a alma porque a gente vai passear nas diferentes dimensões afetadas pelo trauma no entendimento moderno de trauma e é uma travessia realmente né é uma atravessar realmente de ir ao encontro aquele
lugar em nós que não foi tocado pela dor porque trabalhar com trauma como eu sempre digo é isso trabalhar com trauma não é sobre a ferida não é sobre a dor é sobre a potência que foi escondida por trás da dor e que tá lá no nosso quarto escuro também bagunçado um beijo e até semana que vem