H alguns anos começaram a aparecer alguns comentários aqui no canal falando sobre a letra j e algumas coisas ali associadas a essa letra que inicialmente eram comentários mais simples né as pessoas estavam falando que a letra J não existia no hebraico geralmente falavam isso em vídeos em que eu falava as palavras Jesus ou Javé ou Jeová ou qualquer palavra que fosse em hebraico e que tivesse um J no português né E aí diziam não existe letra J no hebraico E aí depois começaram a aparecer alguns comentários um pouco mais elaborados falando até que esse J
entrando nas palavras hebraicas seria uma forma até de ocultação perversa de alguma coisa então às vezes era um filósofo francês por exemplo com algum plano ali ou um filósofo italiano ou o Vaticano e a inquisição católica querendo ocultar alguma coisa inventando a letra J então eu achei que seria interessante né por mais assim estranho que esses comentários sejam o canal aqui é aberto a estranhezas Tod as estranhezas todas né então achei que seria um momento interessante uma ocasião interessante para chamar uma pessoa para falar um especialista né para falar sobre a letra j e a
história da letra j e as conspirações envolvidas aí na letra J porque é uma história assim surpreendentemente interessante né e é uma ocasião também de entender melhor a historicidade da língua de uma forma geral como é que é fascinante assim como que as línguas se transformam ao longo do tempo e como que as línguas surgem e se desenvolvem né então eu trouxe o Gloss conaut né ou o stevão Fortunato do canal glosso Nauta que é professor linguista tradutor intérprete é poliglota né fala mais de 10 idiomas e ele vai então conversar comigo aqui sobre esse
assunto né então para começar esse papo com ele eu comecei perguntando né aquilo que foi afirmado no primeiro comentário que eu recebi dentro dessa temática né que é se existe a letra J no hebraico e quais as pressuposições e as implicações e as conspirações que podem estar por trás de uma afirmação ou de uma pergunta aparentemente tão simples vamos lá começar no básico quando a pessoa diz não existia letra j em hebraico Vamos partir que ela só tá falando da letra né não tinha letra J de fato não tem letra j em hebraico assim como
não tem letra i não tem letra Y não tem a b c d não tem nenhuma letra que a gente use na nossa escrita que exista no hebraico assim como não tem nenhuma letra do Alf do alfabeto hebraico na nossa escrita então fazer uma objeção ao J é fazer uma objeção a qualquer uma das Letras certo então você poderia responder isso mas às vezes a pessoa tem uma outra ideia ela pensa que as letras do hebraico na verdade elas têm uma correspondência exata com letras da nossa escrita quando ela tá dizendo que não tem j
o que ela quer dizer é que não não tem J mas tem a letra yod e a letra yod é o nosso y e aí você pode escrever Yeshua com Y por exemplo você não pode colocar Jesus ali com J não sei o que lá isso aí tá errado mas um Y tudo bem porque ela acredita a pessoa Acredita que existe de fato uma correspondência entre o y e a letra e a letra yod quando na verdade não existe são só são só duas letras o que a gente tem aí são transcrições você tem a
letra yod certo aquela é a letra do hebraico não tem essa letra Na nossa escrita assim como não não tem J em hebraico não tem i não tem Y não tem nada o E agora se eu tenho uma palavra escrita em hebraico como eu faço para transcrever essa palavra para o nosso sistema de escrita Essa é a questão Qual letra eu vou usar para transcrever para o nosso sistema de escrita aquela Às vezes a pessoa pensa que é um Y Mas por que que ela acha que é um Y de onde ela tirou que o
y é o equivalente do yod de onde vem isso bem ela pode ter visto que há Convenções que usam a letra Y para transcrever o yod existe essa convenção tá essa convenção acontece porque há línguas em que o uso do Y terminou se consolidando para representar o fonema ya né o que que pode a consoante aproximante ya que tem o mesmo mesmo som do yod então o inglês por exemplo é assim o inglês usa o Y para transcrever esse som de ya Então por causa disso por por causa desse fato Ou seja o fato de
haver línguas que usam a letra Y para representar o som de ya fez com que uma transcrição possível para o yod seja um Y isso quer dizer que tem Y em hebraico não não tem não e agora entra um interessante se você for tentar conectar eh em sua origem as letras j a letra j e o iod você consegue porque essas duas letras têm a mesma origem mas se você tentar conectar o Y com o iod você não consegue porque o y e yod não tem a mesma origem tá como assim que que eu quero
dizer com isso vamos falar agora só de letra esquecer som esquecer transcrição né vamos voltar só o tema da letra a letra a letra yod o alfabeto hebraico é um alfabeto derivado do alfabeto Fenício assim como o nosso também é derivado do alfabeto Fenício né o nosso alfabeto alfabeto Latino eh foi veio do dos etruscos né os os os romanos pegaram a escrita dos etruscos se adaptaram um pouco os etruscos pegaram a escrita dele dos gregos e adaptaram um pouco os gregos por sua vez pegaram sua escrita dos fenícios porque antes antes disso os gregos
escreviam eh usando um sistema chamado linear B se quiser pesquisar depois né um silabário linear B eh mas aí os gregos pegaram as letras deles dos fenícios e a escrita Hebraica vem da escrita também Fenícia e a letra Fenícia a letra Hebraica yod certo ela ela vem do Fenício e é a mesma letra que deu origem ao Jota do grego o Jota grego é o yod hebraico ele vai né vai se separando de um ponto de origem aí o iota grego passa pro etrusco como a letra i passa para o latim como a letra i
e a letra j é nada mais que a letra i alongada em baixo a gente vai falar sobre isso depois ele é simplesmente uma letra i alongada em baixo é uma é um I modificado Eh que que a princípio que no começo tinha um valor puramente estético estilístico mas que depois terminou se consolidando como um que a gente chama de I consoante né quando tenha valor de consoante a gente usa o i alongado ou seja o j e quando tinha valor de vogal você mantém a forma não alongada ou seja o J se você for
voltando ele tem a mesma origem do yod mas o y que alguns que reclamam do J vão lá e colocam y o y não tem então se o problema é origem da letra O J tem a mesma origem o Y não tem o y é uma letra grega que no Período Clássico representava o som de u era uma vogal com som de u nada a ver com o iod sabe esse som de u depois ele muda ele perde o arredondamento se torna i e por isso que o y terminou fazendo som de i pra gente
mas algumas línguas como o inglês adotaram Y para representar um som de ia e é por causa disso que a gente tem a transcrição de yeshua com y mas hum ou de outros nomes assim yohanan com y mas não é que você dizer que não tem J em hebraico não não faz ter um Y em hebraico Então tá aí o problema dessa afirmação e aqui a gente já pode tirar uma lição básica parte do que o stevan tá falando que é que as línguas e as formas da escrita Na verdade são históricas né Elas não
são códigos abstratos criados do nada e que surgem prontas e acabadas elas se desenvolvem em lugares e momentos específicos e vão se modificando constantemente né inclusive partindo de outras línguas escritas e se apropriando de elementos também de outras línguas e escritas tudo isso aos poucos e de forma muito orgânica então não dá para comparar por exemplo né o hebraico antigo e o português moderno como se eles fossem sistemas equivalentes com correspondências exatas eles são produtos de histórias diferentes que seguiram regras diferentes atendendo a necessidades diferentes e por aí vai né por isso é até difícil
entender o que que a pessoa quer dizer com não existe J no hebraico a letra J do alfabeto Latino obviamente não existe no alfabeto hebraico né como também não existe o y Como disse aí o Estevão Mas e se a objeção for em relação ao som existe o som do J do português moderno no hebraico antigo ou no hebraico moderno também eu acabei de falar sobre a letra né então eu mostrei que a objeção sobre a letra em si ela não tem muito fundamento e se a objeção for o som pá não tinha esse som
em hebraico o som não era g o som Era Y não era i Então vamos analisar isso agora o som primeiro primeiro a gente tem que prestar atenção em um pequeno detalhe que a as pessoas que dizem que o som era Yeshua normalmente pronunciam o som de forma errada tá a pessoa reclama do Som Mas ainda pronuncia o som de forma errada por quê Porque em hebraico existia a consoante aproximante ya ya que você vai encontrar em nomes como yohanan né yohanan Yeshua E por aí vai temos uma consoante aproximante ya ya em português a
gente não trata essa consoante aproximante como sendo de fato eh um som diferente do som de i tá eh a gente trata como se fosse um I rápido e não como um som diferente então se você tem por exemplo uma pessoa chamada eh Ian tá pensa nesse nome né Ian se eu pronunciar o nome da pessoa como Iã em duas sílabas ou seja i mais ã Ian falar Iã Iã as pessoas vão entender como sendo aquele nome se eu pronunciar y em uma sílaba só ou seja Y em vez de Ian eu disser I em
uma única sílaba As pessoas só vão entender isso como um ir rápido elas não entendem isso como outro fonema como outro som Mas isso é algo próprio nosso tá o som de fato é diferente e a i i a i a não é o mesmo que i i i i i i para nós são variantes da mesma coisa porque a gente vê um como sendo uma versão rápida do outro mas se você for analisar o som acusticamente esquecendo a sua interpretação do som o som é outro e para algumas línguas o som esses dois sons
de fato são dois sons diferentes não são variantes do mesmo S são sons diferentes tá é tanto que em inglês inglês é o caso sim em inglês se diz Yes se você pronunciar como e e você não está pronunciando a palavra Yes porque em inglês e s é uma coisa e Yes é outra coisa tá e a diferença entre um e outro é comparável à diferença para nós entre avô e avó sabe quando quando alguém que não tem diferença entre o e ó P assim um falante de espanhol fala pronuncia aí avô e avó aí
você fala avô avó e ele fala eu não escuto a diferença para mim é a mesma coisa Sabe às vezes um falante de espanhol que não fala muito bem português ele vai dizer ah eu estou no Brasil há muito tempo eu falo português mas eu não consigo diferenciar avó e avó e sabe e não consegue nem fazer diferença pois bem E do mesmo jeito que eles não conseguem diferenciar nós não conseguimos diferenciar um ya de um e a a gente até ouve a diferença mas não trata como dois sons diferentes questão é que em hebraico
em aramaico também em árabe são sons diferentes então o nome mesmo seria y y ou seja rápido é é uma consoante não é ie é Y com um e longo porque o o o o hebraico tem vogais longas o aramaico também ye Depois temos umu com vogal longa e depois para acabar temos um A então o som mesmo seria ou seja um consoante é longo som de o longo seguido por um som de uma consonante farja néu Quando você vai pronunciar assim Yeshua Yeshua você tá pronunciando um i no começo uma vogal já tá errado
trocar o Y por um i é tão é modificar mais do que você pronunciar como um J porque o J Pelo menos é uma consoante não tá não tá adicionando uma sílaba a mais com i você tá adicionando uma vogal aumentando o número de sílabas da palavra tá eh aí depois pronuncia o e como breve i aí depois pronuncia o u como breve Yu e depois não pronuncia A a a faringe final e coloca um a no lugar e fala assim Yeshua a pronúncia Yeshua daquele que acha que está pronunciando o nome de Jesus da
forma mais original está completamente errada tipo a pessoa acha que tá pronunciando o nome bem direitinho mas não tá certo eh é só uma ilusão tá então a própria pessoa que reclama do som tal às vezes ela não percebe que ela tá pronunciando outro som completamente diferente só que do ponto de vista da língua dela ela não consegue perceber que ela tá pronunciando algo totalmente diferente a gente poderia adicionar ainda outras camadas aí que é a possibilidade da pronúncia desse Yeshua pronunciado aí por você pode ter sido pronunciado de forma diferente naquele mesmo tempo em
outras regiões geográficas por exemplo sei lá no norte da Galileia e no sul da Judeia então a busca de uma pronúncia original ela já Talvez pressuponha uma única pronúncia possível nos tempos de Jesus que provavelmente não existia e o próprio nome Jesus a gente também poderia dizer que já é uma variante uma corruptela de do que a gente chama de Josué né do seria mais ou menos o o yosua yosua isso aham Bom e só uma parte aqui para contextualizar melhor isso que eu falei né os nomes Josué e Jesus São variantes de um mesmo
nome né em hebraico Josué tem uma forma mais longa que Jesus né Josué é algo como yosua e Jesus é algo como yua mas o significado do nome é exatamente o mesmo né eles vêm de uma mesma Raiz e na septuaginta Inclusive a Bíblia em grego esses nomes são escritos de forma Idêntica O que levou alguns autores de língua grega inclusive na antiguidade né a se referirem a Josué como o Jesus do Antigo Testamento né o yesus do Antigo Testamento porque de novo né Josué e Jesus são o mesmo nome em grego como eram também
um mesmo nome ou pelo menos variantes a partir de uma mesma raiz no hebraico Exatamente exatamente entrar nisso então além de você tá tentando achar uma pronúncia original e tá pronunciando totalmente errado né a pessoa ainda esquece que o nome original tinha várias pronúncias diferentes na mesma época várias pronúncias possíveis tá que que funcionavam dentro do sistema daquela língua tá isso é importante dentro de uma língua existem variações possíveis que funcionam dentro daquela língua e essas variações não funcionam em outra língua eu vou dar um exemplo para um falante de português ti e ti são
variantes do mesmo som porque se eu disser a minha tia e a minha tia isso são duas são duas formas de pronunciar a mesma palavra tia e tia dia e dia OK mas os sons ti e ti não são variantes do mesmo som em inglês por exemplo então se você pronuncia Ten e Chen Essas são duas palavras diferentes diferentes em inglês Ten e Chen não são variantes da mesma palavra Então as as coisas que funcionam como variantes lá no no aramaico não funcionam como variantes pra gente e o que a gente acharia que é uma
variante de yeshua que seria dizer Yeshua não funcionaria como variante dentro dos falant para os falantes daquela época e aí que variantes a gente pode ter a gente pode ter a variante uma uma uma variante que a gente sabe que havia é o do som do a final a gente sabe que o som do que o ain ele ele podia ser uma simples pausa glotal a gente sabe porque a gente tem escritos mais ou menos dessa época de pessoas que iam escrever o ain e trocavam por um Alef e o Alef representava uma pausa glotal
um simples A então se se as pessoas estão trocando uma letra Pela outra em textos daquela época significa que tem gente que pronuncia as duas do mesmo jeito então Yeshua em vez do ah faringo a gente podia ter yeshu com uma pausa no final do a gente poderia ter simplesmente yesu também sem nada no final a gente poderia ter uma versão mais vocalizada Yeshua com um sonzinho de a que ainda assim não coincidiria com a pronúncia que um brasileiro daria para essa palavra porque ele ia ia esquecer de pronunciar claramente o primeiro som como uma
consoante aproximante e fazer as vogais longas mas Ou seja a gente sabe que havia variantes não tem essa de a pronúncia original porque até na naquela época havia variação né entre os próprios falantes Ahí só mais uma parte rápido né esse vídeo como vocês sabem o canal aqui tem o apoio da insider né então esse vídeo tá recebendo também o patrocínio da insider que apoia também lá o canal do stev né o Gloss conaut que também tá usando o insider aí durante a conversa se vocês separaram e se você quiser também aproveitar para dar uma
conferida lá na loja da insider né adquirir também uma camiseta ou outro produto da loja tem 12% de desconto usando tanto o meu cupom que é o estranha 12 quanto o cupom dele que é o glosso alta 12 Então quem quiser escolhe aí o cupom é que vai usar para dar uma força lá para ele também use o cupom Gloss alta 12 ou então use o cupom estranha 12 e diga-se de passagem esse mês é aniversário da insider né então tem outros descontos cumulativos lá no site também por tempo limitado entre 15 e 28 de
abril e também tem frete grátis entre os dias 18 e 21 de Abril então de novo né depois dá uma passada lá na loja da insider o link vai est na descrição do vídeo e dito isso voltemos para a nossa conversa sobre a letra j e coisas relacionadas eu acho que essa questão também de você comentou de a gente sabe da da pronúncia por dois tipos de forma de escrita diferentes que dão a pista de que havia uma semelhança E aí você consegue reconstituir a a pronúncia acho que isso é importante falar um pouco disso
também porque uma objeção que poderia surgir também é como é que a gente sabe como é que as pessoas falavam a pronúncia de palavras na antiguidade quando a gente não tinha um gravador por exemplo né de ótima perg metodologicamente como é que a gente faz eu ainda vou fazer um vídeo sobre isso um vídeo sobre como é que a gente sabe como as Como era a pronúncia das palavras no passado quando não havia gravador mas existem várias formas da gente saber as pronúncias tá E então uma uma das coisas que a gente pode fazer é
a gente pode saber quando uma pronúncia mudou quando dois sons se igualaram e porque em algum momento da história se duas letras que nunca se confundiam passam a ser confundidas na escrita você sabe que tem pessoas que estão pronunciando aquelas duas letras da mesma forma então aí você sabe uma coisa que uma coisa tá mudando outra forma também você saber mas como qual era o som então Tod as línguas elas deixam descendentes elas deixam E aí você pode comparar Os descendentes e e você pode triangular quais eram os sons do passado isso você pode fazer
tá a gente tá imagina que a gente quisesse saber se em português Originalmente se dizia tia ou tia qual qual que era a pronúncia original tia ou tia eh a gente sabe essa é fácil a gente sabe que era tia e que a pronúncia tia é uma coisa que surgiu depois mas a gente pode pegar por exemplo eh analisando de forma lógica você você tem uma representação gráfica da letra t o que é mais provável que a letra T representasse sempre o mesmo som em todos os casos que fosse Tá T ti to tu ou
que a letra T só antes do do I ele fosse ti que era Tate ti to tu E e então aí você já já saca que o mais provável é que fosse tatti to tu Originalmente depois você pode comparar eh com você pode analisar por exemplo outras línguas românicas então nas línguas românicas de forma geral o que é normal que você encontre Tá T tiu ou Tate tiu então é Tate tiu Então você começa a comparar comparar e fazer triangulações você consegue encontrar qual era a pronúncia original de alguma coisa tá E e por processos
muito complexos em que a gente vai fazendo essas análises você vai reconstruindo a pronúncia do passado Você sabe quando esses sons se igualaram nessa época nessa região por causa desses testemunhos escritos aqui mas naquela região não se igualaram E aí tá você vai vai voltando no tempo aí você reconstrói muito bem o o som de tal vogal aqui nessa linha língua mas você tem um pouco de dúvida sobre esse som na língua do local vizinho Mas aí você começa a encontrar transcrições da das palavras daquele local para essa língua e aí você vê como é
que eles estão transcrevendo você vê se é a a o nível de consistência das transcrições então transcrição de uma língua para outra e muitos outr muitas coisas que a gente pode analisar servem pra gente reconstruir outra coisa que ajuda também são os próprios testemunhos de pessoas que escreveram sobre a lngua no passado Então você tem gramáticos de grego de Latim que descreveram também as suas próprias línguas eles descreveram ó quando eu vou pronunciar tal coisa eu toco os lábios quando a gente pronuncia tal coisa acontece tal coisa a gente sabe por exemplo eh que em
latim a gente tinha que o som de T que antes de quando era t e mais vogal chegou um momento em que ele começou a ficar chiado que as pessoas não diziam mais GR e sim e a gente tem registro dessa mudança em gramáticos e do século qu século V mais ou menos em que eles escrevem Eles escrevem eu vou mostrar depois inclusive Eles escrevem que letra T quando tem I depois uma vogal a gente vai pronunciar o t como se tivesse um pequeno Ubi é assim que eles descrevem como se tivesse aando e esse
certo então a gente tem muitas formas de Reconstruir os sonos do passado algumas línguas a gente tem uma reconstrução são muito muito boa latim grego por exemplo o hebraico também a gente tem uma reconstrução muito boa dos sons algumas a gente tem uma reconstrução boa o suficiente mas mas dá para melhorar como é o caso do egípcio antigo sabe E aí é assim que a gente vai reconstruindo e vendo como eram os sons do passado é no seu vídeo mais completo sobre a letra J né e o a pronúncia de Jesus você dá o exemplo
lá de Maria ou Maria e versus que eu acho que é muito interessante também ok tá então às vezes quando as pessoas pensam no nome original Qual é o nome original de Maria você vai pensar assim ah é o nome original dela é o nome como era em hebraico né E e aí você vai lá e pega uma Bíblia Hebraica E tá lá escrito Miriam você lê lá os sinais massoréticos e tem lá Miriam esse esse é o nome como era então você dirá então Maria isso daí é uma deturpação Maria é não sei o
que lá o nome mesmo é Miriam tá aí vamos analisar uma coisa né aqueles sinais massoréticos Eles foram adicionados ali já na Idade Média né tipo aquela era a pronúncia dos massoretas quando eles colocaram aquelas pontuações para marcar a pronúncia e se tiver havido uma pronúncia diferente no passado teve e a gente sabe que teve por quê Porque temos a septo ainta que foi a eh a tradução do Antigo Testamento do hebraico para o grego e feita pelos próprios judeus judeus Fizeram essa tradução e quando o nome Miriam aparece na septuaginta ele aparece como mariam
então quando eles transcreveram lá antes de Cristo eles não transcreveram do hebraico para o para o grego como Miriam Eles colocaram um Alfa mariam por quê Porque eles pronunciavam mariam então a pronúncia mariam é mais antiga que a pronúncia Miriam e a gente consegue saber disso né então a gente sabe que o mariam com o tempo esse a ele foi e ele foi se tornando e a palavra foi mudando mariam mariam mariam mariam mariam mariam Miriam Miriam Miriam quando foi séculos depois a gente tinha Miriam do mesmo jeito que a gente tem palavras que mudam
em português com o passar do tempo né e as vogais mudam você tem uma uma uma ância etc então acontece também em hebraico Então essa do nome original não não tem essa do nome original você sempre que você achar que tá pronunciando o nome original você tá pronunciando o nome em uma época específica que estava convivendo com outras pronúncias na mesma época e que já era uma modificação do nome porque não em épocas anteriores tinha outra pronúncia sabe Então esse é um um problema de nome original porque não não é é assim que funciona o
próprio mariam poderia já ser uma uma variante por exemplo se a gente pressupõe que a septuaginta foi traduzida por judeus de Alexandria poderia ser uma pronúncia de Alexandria ou se foram judeus da Judeia que desceram pro Egito para fazer a tradução poderia ser a a pronúncia daquele local né havia judeus espalhados naquela época por várias regiões do mundo certamente com influências eh diferentes de de sotaque de eh prosódia né até certamente influenciados por os outros e as outras línguas circundantes ali também né um judeu na Mesopotâmia e um judeu no Egito dificilmente falavam da mesma
forma precisamente isso e também eh e aí a pronúncia Maria sem o m final de onde vem né bem muito simples quando os autores do novo testamento foram escrever o Novo Testamento eles e escreveram em grego então eles precisavam escrever os aqueles nomes com letras gregas e eles precisavam às vezes escrever os nomes de forma que eles funcionassem em grego tá E aí para você entender isso também tem que conhecer um pouco da língua grega a língua grega tem declinações de casos gramaticais a a a terminação das palavras muda de acordo com a função sintática
da palavra um nome como o meu Estevão em grego seria stefanos E aí pode ser stefanos quando é sujeito stefanon quando é objeto direto Stefano se for possessivo Stefano para objeto indireto Stefan se for vocativo mas só funciona assim se a palavra tiver uma terminação que funcione em grego senão não dá para fazer isso e mariam não funciona eh porque por causa desse M final mas é muito simples deixar essa palavra adaptada para o Grego é só colocar Maria a terminação a é uma terminação feminina do grego então Maria aí funciona aí você vai poder
fazer Marian como objeto direto Marias como possessivo sabe E aí o nome passa a funcionar direitinho a mesma coisa acontece para outros nomes como é o caso de yacov certo yacov passa para o grego aparece como yacov mas também aparece como iakovos no Novo Testamento grego então eu não estou falando aqui de uma deturpação do nome que fizeram depois não eu estou falando dos próprios autores do novo testamento pessoas que estavam lá falantes da língua pessoas do primeiro século os autores do novo testamento escreveram lá yovo por iovos em vez de yov porque assim você
pode fazer aquilo que eu fiz com o nome stefanos iakovos sujeito jovon objeto direto yovo possessivo yovo dativo né o objeto indireto e por aí vai então os próprios autores do novo testamento eles faziam essas essas pequenas adaptações nas terminações dos nomes para os nomes poderem funcionar corretamente no texto grego sem deixar ambiguidades então isso ou seja essas pequenas adaptações dos nomes não são deturpações dos nomes feitas por outras pessoas para mudar não os próprios autores do texto do novo testamento eles mesmos escreveram assim então é por quê Porque era assim que os nomes funcionavam
e eram tratados eh quando eles eram usados em diferentes idiomas sempre foi assim os nomes sempre foram adaptados e traduzidos e os próprios Como eu disse os próprios autores fizeram isso tá então não era não é uma deturpação que fizeram depois para ocultar alguma coisa de não sei quem como as inspirações dizem não é assim que funcionava E aí a gente entra até em outro ponto que é sobre aquela questão que também aparece muit Dos comentários nos meus vídeos Imagino que também aparece de vez em quando nos seus que é o de nome não se
traduz eh que é essa essa esse purismo né da Preservação de uma forma específica de um nome de um tempo e espaço como se ele fosse o nome absoluto a histórico e essencial né pegando mesmo os textos bíblicos né Eh a gente vê que isso não era uma uma um uma posição que aqueles autores adotavam naquele período se a gente pegar por exemplo exemp o exemplo que você deu a gente a gente vai ter essa forma de Tiago né Eh no da forma grega e numa forma Hebraica ou até em mais de uma forma grega
né respeitando a a língua Além disso se a gente voltar mesmo no no antigo testamento na Bíblia Hebraica certamente a palavra em hebraico o nome em hebraico Nabuco donosor não era uma expressão exata de como Nabuco donosor era Cido em nas línguas da Mesopotâmia ou o Ciro e como na na notação Hebraica Não era como Ciro era chamado na língua persa do do período né então nem os autores do do Antigo Testamento nem os autores do novo testamento tem esse purismo eh de preservação linguística de busca de nome original como às vezes se busca hoje
né isso de fato é é uma é um mito que se criou recentemente na história tipo historicamente essa de nome não se traduz nasceu ontem esse negócio foi esse foi um mito criado ontem e se alastrou como um como uma doença assim todo mundo fica repetindo essa nome não se traduz não se isso não existe tá eh os nomes se você quiser opcionalmente você pode não traduzir o nome se você quiser tentar manter opcionalmente e manter o nome daquela forma então opcionalmente você não traduz tem nomes que se consolidaram sem a sua forma traduzida outros
se consolidaram com sua forma traduzida tipo não é que você seja obrigado a adaptar ou traduzir mas isso certamente é algo que pode ser feito isso é algo que sempre se fez ao longo da história e é assim que os nomes funcionam os nomes variam eh dentro da sua própria língua tá eh Então dentro do próprio idioma no mesmo período você tem variações do mesmo nome por exemplo o nome Tiago Tiago eu pronuncio Tiago mas tem pessoas que pronunciam Tiago é outro som não é não é tipo aí a pessoa vai dizer ah não mas
isso daí é o som da letra T não sei o que lá em português é mas ela só é uma variação do mesmo som se você aceitar isso como uma variação do mesmo som eh o o que é que faz com que ti e ti sejam variantes do mesmo som porque claramente são sons tão diferentes ao ponto de que em inglês tin e Chin sejam duas palavras diferentes pô mas gente nós falamos falantes de português aceitamos que são o mesmo som por quê Porque aqueles que porque em algum momento aqueles que pronunciam de um jeito
tiveram contato com os que pronunciam de outro jeito e a gente meio que negociou inconscientemente que são variantes da mesma coisa tá mas mas são sons diferentes então o nome está variando na mesma na mesma época os nomes variam também de forma diacrônica então um nome como João em português já foi Joan não era João não tinha esse ão era Joan e houve um período da da história do português em que as palavras acabadas em anã ão e om todas se igualaram em ão Então razon se tornou razão eh mão continuou sendo mão e Joan
e Pan passaram a ser João Pão e aí o nome mudou tipo dentro da própria língua os ela muda diacronicamente né com o tempo e muda sincronicamente no mesmo período em diferentes lugares diferentes situações Então os nomes eles apresentam variações tá isso isso sempre aconteceu os nomes mudam eles variam E aí você pode usar diferentes formas de um mesmo nome em diferentes línguas Porque do mesmo Ponto de origem na língua medieval houve um ponto de origem Houve um momento que em espanhol e em português era o nome era eh era Joan houve esse esse isso
existiu um momento em que era Joan em espanhol e em português mas devido as danças de sotaque de pronúncia do português O Joan ele perde o n final e torna só torna ele se torna simplesmente uma nasalidade sobre a vogal Joan que depois se torna um ditongo nasal João enquanto que em espanhol O Joan O O ele se fecha mais em U dando Juan E aí o J passou por uma bela jornada que que transformou ele num num rota em espanhol né que foi a seguinte Prim ele se desson ia então eh você vai ter
o som de de J vai ele vai passar a vai perder gradativamente o som de J ele vai ficar j j j x até ficar x e depois esse som de X ele vai eh da da a a língua a posição da língua vai mudando isso em séculos né Isso não é algo instantâneo Mas ele foi fazendo x x x x x x r r até ficar r e dá Juan então Juan e João nada mais são do que que o mesmo nome pronunciado e com sotaques diferentes assim como Tiago e Tiago certo a difer
só existia Tiago antes aí foi tiago aí alguém começou a fazer assim Tiago Tiago Tiago Tiago Tiago Tiago agora Tiago e Tiago variantes do mesmo nome João e Juan são variantes do mesmo nome não é que você não é outro nome é é é o mesmo nome com outro sotaque Essa é a questão é o mesmo nome com outro sotaque assim como nas ramificações assim evolutivas né que eu acho que metáfora muito útil paraa linguística também eh não significa que uma forma substitui completamente a outra né você pode ter no no Brasil hoje por exemplo
um João um Ruan com J um Ruan com R né Eh então o o vão surgindo novas variantes mas elas não eliminam a a sua forma antiga o sua ancestral comum eh o ancestral comum também continua permanece de alguma forma ou gera mais de uma forma variante ao mesmo tempo né E aí muitas vezes uma pessoa que chama Juan no Brasil hoje fala assim o meu nome não é João e aí ela não aceita e e tudo tudo isso são Convenções sociais né é negociado socialmente né ex ela ela fala nós podemos entender Uhum Ela
fala assim João é um nome Juan é o meu nome Ela já ela não reconhece esses nomes como iguais OK agora o que que é verdadeiramente o mesmo nome que que é verdadeiramente nomes diferentes isso é quem define isso são as sociedades né exato exato aí vai depender dos critérios que você vai usar para poder fazer a classificação porque se você for ser bastante objetivo em questão de mudança de som Juan e João são o mesmo nome tanto quanto Tiago e Thiago são o mesmo nome uhum Por que que uma pessoa não teria problema em
aceitar diago e Thiago como variantes do mesmo mas pensaria que o Juan e João e John e Jean e Joanes e Giovan são nomes diferentes por exemplo aí o motivo não é uma coisa assim puramente linguística e objetiva isso daí tem a ver com os critérios sociais que a pessoa vai usar para fazer essas separações etc mas aí você já vai entrar em um monte de de outras questões que não são puramente só de uma coisa objetiva da mudança do som e do funcionamento do nome em si mas das interpretações que a pessoa tem acerca
desses nomes aí já é outra coisa mas isso até me faz lembrar um pouco essa essa essa obsessão por uma forma específica do nome ela até me faz lembrar um pouco uma uma coisa que é conhecida na nas tradições mágicas antigas no neoplatonismo de jamblico etc Como nomina Bárbara eu não sei se você conhece essa ideia mas a noma Bárbara são nomes estrangeiros que Foram importados por por exemplo um um um mágico um teurgia antiga ele traz para pro seu repertório de palavra mágicas termos que vê do hebraico termos que vem do egípcio por exemplo
mas ele às vezes não domina esses idiomas então ele não sabe o significado desses nomes ele não sabe a origem nem o significado desses nomes mas segundo vários autores essas tradições Como o próprio jamblico que eu citei hermetistas eh o os oráculos caldeus é mais importante a palavra a o som da palavra do que a compreensão então eles falam não traduzam os nomes bárbaros né estrangeiros mantenha Porque mesmo que que você não entenda o que o nome significa ele é mais eficaz na sua forma original então parece que tem até eu vejo muito isso na
na questão do o nome verdadeiro de Jesus o nome verdadeiro de Deus que se você traduzir o nome perder a pronúncia a enunciação né Eh original se é que a gente pode chegar nela é é como se a palavra perdesse a eficácia né então se você fizer uma oração por exemplo ou tentar expulsar um demônio em nome de Jesus não vai dar certo tem que ser em nome de yeshua ou Yeshua ou tem que matar a pronúncia certa né ex exato sim exato é exatamente isso a pessoa termina tratando isso como uma palavra mágica ela
não não entende como funcionam realmente os nomes como os nomes sempre funcionaram foram entendidos e como eh as variações de nomes funcionam nos diferentes idiomas e ao longo da história ou seja a pessoa não entende nada disso mas ela vê ali uma um poder mágico naquela pronúncia específica tipo uma superstição em cima daquela pronúncia daquele jeito como uma palavrinha mágica como um Abracadabra como sim e e mesmo sem entender nada não não tem nada do assunto mas tem que ser desse jeito é é quase isso mesmo então antes eu tava comentando sobre como os sons
mudam né os sons mudam nas línguas e como um uma um mesmo nome pode ter variantes de pronúncia dentro do mesmo idioma eu comentei sobre o Yeshua que podia ser pronunciado como yesu por exemplo sem o som do o final né E que existiam diferentes variantes e também comentei sobre o nome Miriam que dentro da própria língua hebraica apresentou a forma também mariam ou seja a gente sabe que o mesmo nome dentro da mesma língua apresenta variação O interessante é que quando um nome é usado por falantes de outra língua ele também vai apresentar variações
dentro do sistema de sons daquela língua por isso que um nome um nome árabe como Fátima quando ele passa para nós né para o português o som do t ftima o árabe tem o que a gente chama de consoantes enfáticas em vez de T é to Então em vez de Fátima seria Fátima ele esse som não passa pra gente a gente não tem o som de ti a gente tem ti ou ti né então Fátima passa como Fátima e o que acontece que estando já em português esse nome ganha a variante Fátima por quê Porque
em português ti e ti são equivalentes então uma vez que o nome está em português ele poderá ser pronunciado como Fátima ou como Fátima tá isso vai acontecer também para o nome como é o caso do nome Jesus você vai ter o nome lá em o nome eh Yeshua e ele vai passar para o grego né então não não tem o som de X em grego esse som não existe como é que você vai importar um som como é que você vai vai pronunciar um som que não existe na língua né a gente não faz
em português quando a gente conhece alguém chamado Jack que temão de a a que não é nem a nem e é a E aí a pessoa se apresenta no Brasil My name is Jack você vai dizer olá Jack tudo bem Não ele vira Jack automaticamente o som de a vira e e o k em final de palavra sem apoio ganha uma vogal mágica ganha um Ezinho vira Jack Jack Oi Jack né Por que que isso aconteceu porque você nem sequer ia poder ficar pronunciando Jack o tempo todo ah o meu amigo Jack vai vir não
meu amigo Jack vai vir aqui certo isso acontece naturalmente então igualmente quando o nome vai ser pronunciado em grego vai ser escrito com o sistema de de escrita grego que é diferente do hebraico ele vai mudar então Então yesu como ele vai ser representado no sutaque do grego vamos lá Ele ficaria yesu yesu yesu virar yesu não tem a gutural final em grego não tem como fazer Yu e não tem o som de X vai o mais próximo que o grego tem é s então fica yuum só que do yakov iakovos mariam Maria para o
nome poder funcionar dentro da estrutura do grego de forma não ambígua ele precisa ter uma terminação grega E aí o grego vai precisar do do Sigma final Yu se torna yesus agora você vai poder fazer yus sujeito yun objeto direto Yu possessivo certo então isso vai acontecer com o nome e agora o nome estando no grego ele vai ele vai estar sujeito ou seja em grego ele vai ter as variações de pronúncia do grego e em grego aconteceu que o som do e da letra Eta mudou para i já nos primeiros séculos depois de Cristo
século I século 3 então Eh é provável que já no século i já tivesse essa pronúncia de forma assim mais esporádica mas depois isso se consolida então yesus se torna em grego ius com som de i isus não mais ius mas isus tanto que se até hoje é assim em grego o nome é pronunciado hoje dessa forma isus em latim por outro lado o nome yesus passa para o latim né como yos E aí ele estará sujeito às variações de pronúncia do latim em latim e uma coisa que aconteceu no latim foi que esse som
de ye ye ele mudou para g e para G certo a gente sabe que o som de ye ye ele foi mudando e a gente tem registros dos primeiros séculos tá isso eu posso mostrar aqui registro dos primeiros séculos dessa variação de do som de i i para para para e para para mudando para DZ d g e coisas assim tá então vou compartilhar aqui minha tela um momento para mostrar isso ok isso daqui são evidências que foram encontradas por escrito de variações de grafias de palavr certo vou mostrar algo interessante eh aqui a gente
tem algumas variantes escritas tá a gente sabe que pessoas com menor instrução tem essas pessoas tendem a cometer mais erros de grafia e esses erros são muito valiosos porque nos mostram como essas pessoas realmente pronunciavam porque quem escrevia perfeitamente não importava como a pronúncia dessa pessoa mudasse Mas Ela escrevia com a grafia perfeita então a gente isso não tem nenhum valor pra gente saber como ela falava pessoas com grafia ruim elas terminavam escrevendo denunciando a forma com eh como elas falavam isso é muito bom porque a gente consegue aí ver ver como as pessoas falavam
naquele período naquele lugar e e aqui a gente vai ter algumas variantes por exemplo a palavra Latina rodier escrita assim o z e isso século io tá bem norte da África então Ou seja a pessoa não estava dizendo rodier Estava sim dizendo algo como odze talvez odze talvez odje podia ser odje talvez mas não tinha nenhuma forma de representar o S de D D D em latim então o melhor que ela poder fazer era colocar um z e fazer odze mesmo que ela pronunciasse od então aqui podemos supor que a pessoa dizia ou odze ou
odje Ok uhum aqui temos a palavra adorbs grafada com adorbs adz com z mesma coisa talvez essa pessoa não dissesse a não dissesse adorbs Mas adsorb ou adjutor uhum aqui temos um diodoros grafado como com z ou seja essa pessoa dizia algo como zoros ou diodoros tá E aí você vai avançando E olha que interessante o nome zosimus aqui aparece que era para ser assim aparece grafado assim dá dá para ver direitinho ou aumento aqui ah tá dando tá ó o nome que era para ser grafado assim aparece escrito assim o que isso está indicando
isso daqui tá indicando que para essa pessoa o o colocar um I aqui ou colocar um z dava no mesmo o a pronúncia de um era a mesma coisa que o outro então ela ela pronunciava por exemplo eh ela pronunciava palavras com i com o som de z ou de ou seja uma coisa como yesus na boca desse falante seria pronunciado como jessus ou como Jesus certo ela pronunciaria ess esse falante diria jessus ou jessus mas a pessoa sabia que o nome é escrito com i Então como essa pessoa dizia Jim então pensava tá se
eu digo jessus mas escrevo com i então se eu digo Jim eu deveria escrever com i também e a pessoa coloca um I aqui isso daqui tá indicando que para esse falante esse I assim junto com vogal tem som de ou de certo ó a palavra aqui diurnos a pessoa vai como como I urnos por quê Porque ela vai ler isso como jurn jurn porque o di mais vogal para essa pessoa é d ou ou né do mesmo jeito que aconteceu antes em diodoros que a pessoa diz provavelmente algo como diodorus diodoros ou diodoros então
o jurn a pessoa colocou só o izinho né para marcar a pronúncia jurn porque a pessoa acha que é que essa deveria ser a grafia correta Talvez assim como Jim Jim E por aí vai eh Ok ficou ficou claro ou seja aqui primeiros séculos esse falante pronunciaria o nome yesus como Jesus ou como Jesus você já tá vendo a variante de de avariação de pronúncia nos primeiros séculos e E aqui estamos muito longe de ainda da existência da da letra J como tal como o que é um I modificado para ter a perninha então não
precisa ter letra J para o som ser pronunciado assim tá uh E aí depois eu também queria mostrar na Bíblia em inglês na época que ainda não havia a gente não tinha consolidado ainda a letra J né como tal e aqui aparece o gospel according to sa John John isso daqui não é ion nem nada desse tipo isso daqui é John então não tem letra J nesse texto assim como não tem letra V da do seu ó received com u received aqui o v e u estavam sendo usados só eh como variação de estilo quando
a palavra começa com ó aqui John John aqui é pronunciado John Tá mas é escrito assim então não precisa ter letra J criar letra J para US ali também né o judeus ali com com i também exatamente je exatamente se uma palavra começar com u então ele vai vai aparecer grafado com o Up pontudo né que é o que hoje a gente chama de V mas nessa época não existia eh deixa eu ver se eu encontro aqui algum algum exemplo essa pausa grande tem um Among Us ali ó no no Versículo 14 dwelt amongas com
começando com u com u ponu pron Exatamente exatamente isso daqui não é um v isso daqui é um U por quê Porque o som de v já existia mas não havia diferença entre letra u e letra v certo eles eram usados de forma ó aqui a palavra even uhum com o u mas é even assim como received com u mas é received tá com v eh assim como o não tinha letra J como tal John tá escrito assim mas a pronúncia é John tá então tem pessoas que diz ah que criaram a letra j e
aí mudaram o nome de Jesus se não ninguém mudou nada não já se pronunciava Jesus fazia séculos mesma coisa deixa eu ver aqui a carta de peru vag de Caminha né que eu tava mencionando antes e aqui a gente já tem o J mas o J é simplesmente uma variante do I né então você vai ter aqui ó posto que o capitão morde esta vossa Frota e assim os outros capitães escp a Vossa Alteza a nova aham vossa aqui com V pontudo mas nova com o né O u pontudo e aqui o u arredondado nova
não é noa não nova do achamento Desta Terra tá tá nave aqui a nave escrito assim eh não deixarei também de dar disso minha conta vossa cadê Aqui ó ainda Ok eh conta a Vossa Alteza assim como eu melhor puder ainda que per o bem contar e não sei o qu se ainda olha aqui isso não é ajunda isso é ainda ainda tá E por quê não existia e a a letra J ela era somente uma variante da letra i às vezes aparecia o i curto às vezes desaparecia e alongado era só uma variação de
estilo de estilo nada mais nada mais ó ignorância aqui ó ignorância com não é ignorância aqui temos um ignorância ignorância né pronunciado assim temos um vi aqui el vi n do verbo V eu vi aquilo que vi aqui ele jogou um Y tá que também tava em variação livre aqui com y darei com y às vezes aparece às vezes aparece I às vezes aparece J certo Então como vocês podem ver aqui né então o o J ele era simplesmente uma variante da letra i às vezes aparecia I às vezes aparecia J nada mais mas o
som de J já existia o som de J já existia a gente sabe por exemplo e um nome como um nome como uma palavra como jeito ela às vezes aparecia escrita com i às vezes ela aparecia escrita com g o que isso indicava indicava que o i estava representando um som de J já era jeito as pessoas não diziam jeito elas diziam jeito e mesmo quando não havia jot as pessoas não diziam Jesus elas diziam já Jesus o som já tem Aparecido há séculos Há muitos séculos o o som a variação de ya para para
ja aconteceu gradualmente né tipo ya ja ja ja ja ja ja ja e aí você teve essa variação assim como teve Tiago Tiago você ia ter i Jesus certo então a letra J não foi inventada por um cara lá naquela época que aí vai mudar a pronúncia da palavra para ocultar Como era a palavra original Não isso não aconteceu e o processo de mudança foi esse como eu mostrei essa ideia também de que um indivíduo poderia ter um impacto de transformação direta sobre a forma de falar ou de escrever de uma língua que às vezes
é falada em lugar diferentes em continentes diferentes também já mostra assim que há uma incompreensão de como os processos históricos costumam funcionar né Você pode ter até um indivíduo que seja muito marcante em um determinado processo histórico de mudança mas ele nunca tá tirando aquilo do nada né a decidir aqui por minha conta criar um símbolo e agora todo mundo vai utilizar para isso pegar isso já tem que ter alguma corrência antes dele propor e ele propõe justamente reconhecendo certa corrência do fenômeno né então é muito mais um um uma uma articulação de algo que
já está acontecendo uma solução proposta para o que ele já percebe como uma realidade né linguística do que uma invenção de uma letra para algum efeito conspiratório que seja né e não existe esse indivíduo com esse poder né É não tem e agora comentando né eu acabei de mostrar a carta de perov de Caminha em que a presença de i j é caótica como você viu né ainda com j ou seja porque não era J aquilo era um I alongado era só uma variação de estilo nada mais tá a variação de i e j e
Existiam os dois sons Claro mas você não tinha como escrever a diferença desses dois sons você tinha basicamente a mesma letra para o som de i e para o som de J eh a variação de J é comparável ao que a gente tem da tá aparecendo minha tela aí uhum sim tá a variação de i j é era comparável a ao que a gente tem como a variação do a do a que a gente ver hoje dessas duas formas tá então o i j era mais ou menos uma coisa assim não não tinha não era
J isso era só um I esteticamente diferente nada mais até que eh começaram a ter a ideia de hum Nós temos dois sons diferentes temos dois sons diferentes e se a já que temos duas formas diferentes da mesma letra Se por acaso a gente usasse uma forma da letra Para representar cada som e aí surgiu a ideia do I vogal e i consoante com duas formas diferentes tá E e nessa edição aqui dos Lusíadas de 1572 e a gente já vai ter essa essa essa solução de fazer o seguinte ó desejam com a forma alongada
para marcar a pronúncia eh consonantica né J desejam vejam Tá mas nesse mesmo texto eles ainda não haviam tomado a a decisão nessa impressão de usar o o pontudo para fazer o som de v e aí duvidosos aparece assim ó duvidosos tá então se ele tá conectado com uma consoante né aqui é Du mas ele tá conectado com uma vogal como u com i aí é vi duvidosos e aí como você sabe bem a a difer o som não está bem marcado mas um falante da língua vai saber quando a palavra começa com o u
a ele vai ter o a versão pontuda então o pontuda aparece basicamente em começo de palavras mas no meio de palavras ele vai ser sempre assim ó eh na forma arredondada Então nesse texto a gente já começa a ver o uso dessa solução Opa e se a gente usasse por acaso a forma do J Do I alongado para quando for j e e o i curto para quando for i mas não fizeram a mesma coisa com o v ainda estavam usando v o o arredondado e o pontudo aleatoriamente aleatoriamente não meio de palavra é assim
começa de palavra de outro jeito é o que a gente percebe é que existe um repertório de sinais gráficos e existe um repertório de pronúncia de fala de fonemas e eles não tem uma identificação necessária né você pode fazer Você pode organizar esse esse esse ferramental de letras para simbolizar diferentes sons né então você pode ter vários sons em uma mesma letra várias letras para o mesmo som e você pode dar soluções diferentes como um gramático como um poeta você pode propor Soluções diferentes para fazer essa essa esse jogo de como é que daquele Ligue
os pontos né como é que é não é ligga os pontos é o Mas enfim você tem diferentes formas de organizar esses dois repertórios que não são idênticos né não existe uma relação causal necessária e permanente entre letra e som ISO leia aqui essa palavra salvo salvo com U hum salvo exato Ó mas vão ó começo de palavra é a versão pontuda meio de palavra movimento então eles usam a versão arredondada exato tem um repertório de sons e tem umas letras aí e a forma como essas letras vão ser usadas para representar esses sons isso
daí vai mudando com o tempo né temos ó neste tempo que as âncoras levavam aqui ó levavam como tá escrito aham e e outra coisa né Eh batendo mais uma vez naquela questão do essencialismo né tanto em termos de letras quanto em termos de sons tanto os sons quanto as letras também se desenvolvem organicamente né então do pontudo pro eh arredondado dificilmente isso aconteceu assim Acho que a gente pode dizer que é impossível que isso tenha acontecido por uma convenção pontual não as pessoas escreviam de uma forma escreviam de outra e aquilo gerou eh variantes
e Em algum momento essas variantes foram separadas como duas letras Diferentes né e e o i e o j a mesma coisa e eh então então também tem essa essa questão da organicidade da produção dos símbolos né eu acho que a gente poderia até falar que existe mais do que dois a gente tá falando de U arredondado e o pontudo mas naquela edição por exemplo naquela tipografia da edição de Camões que você mostrou é um U que tem perninhas eh então a gente pode não sei como é que qual que é o nome técnico disso
mas a gente poderia até poderia ter acontecido em algum momento da história ou pode ser que aconteça ainda quem sabe da letra U com perninha se tornar um terceiro símbolo para diferenciar um outro som próximo do V ou próximo do U né Poderia acontecer e dizer o que é uma letra nova e o que é uma variante da mesma letra isso também é uma convenção porque quando surgiu o j alongado e ele ele antes era só uma variante do I nada mais depois começaram a usar com com um valor diferente mas ainda chamavam de I
consoante não tinha como vai chamar o u tudo que era o que se tornou o v né porque antes para você escrever uva você escrever literalmente u u a e você sabia que a palavra era uva Como você sabe que é uva que não é vua é do mesmo jeito que quando você vai escrever uma coisa como eu jogo você sabe que a palavra é jogo e não é jogo não é eu jogo mesmo que não esteja nada indicando que a palavra é tal você só sabe porque você fala a língua e você sabe que
tem que ser tal coisa né então a grafia ela vai dando formas de vai d soluções e aconteceu que Opa se a gente tem um U arredondado tem um u pontudo e tem dois sons diferentes para letra U por que que a gente não usa né E aí a convenção foi dos Lusíadas ele ele usa ele faz a convenção do de separar o i do J mas ele não segue a convenção de separar o u do V como você viu o i v ainda não estavam sendo usados para marcar a diferença do som de u
de eh mas mas aí se você olhar um texto um pouco posterior por exemplo eu tenho aqui deixa eu compartilhar minha tela de novo eu Cadê eu acho que eu tenho aqui aqui a Bíblia Almeida pronto eu tenho aqui um Almeida edição de 1681 tá escaneada esse daqui ele já separa o ele usa tanto o J como o v da forma que a gente Ó esse daqui é né um 1681 já século 17 ele vai fazer ó ajuntando se uma eh uma grande companha e vindo a ele de cada cidade disse por parábola aqui ó
tem uma a juntando-se eh ah inclusive ó representando uma com a pronúncia eh típica a pronúncia arcaica né uma e não uma que é uma pronúncia que surgiu depois e se tornou bastante comum em português mas no meu sotaque em vários parte grande maior parte do Nordeste a gente diz uma ainda né sem esse uma é um é só uma então uma grande acompanha tá tá tá tá cadê ó vindo com V clamava ó o clamava aqui ó com o o v pontudo já separando o som de V do som de u tá vendo ó
então aqui ó tá tá tá sendo tá seguindo essa essa convenção e junto com o o som do com i alongado para fazer o som de j e por aí vai por aí vai acord eh mas aqui nessa convenção eles colocavam o tio ó aqui o coração o tio era sempre colocado eh na na vogal se quando tinha duas era sempre na segunda ó coração uhum aqui são é uma né o o u é que é nasal uma Mas eles colocam sobre o a e por aí vai mas aqui vocês já podem ver uma conversão
diferente um vindo um pouquinho depois e vários sinais gráficos ali que se perderam também para nós né aquele S aquele S comprido e também aquele um F que combina com o t isso esse daqui é um dos acusados de inventarem a letra J tá como eu mostrei para vocês ele não inventou a letra j já estava aí ela ela aparece aleatoriamente com o i só que alguém teve a ideia a seguinte ideia tá se a gente tem duas formas para o i e às vezes o i apresenta sons diferentes por que não usar uma cada
forma para um som diferente então esse daqui é um dos acusados de inventar o j e deturpar tudo e esconder o nome os nomes os nomes verdadeiros é o Gian Giorgio tricin também tem o outro lá que é o Petros Ramos né Pier doam e Mas ó esse daqui o que que ele tá propondo ele começa dizendo isso ó molo beatíssima padre que considerando a pronúncia italiana ou seja então ele tá considerando a pronúncia italiana e confer com escritura jud judic essa escritura ess debole ele ele debole ou seja ele julguei que essa escritura é
fraca ele ele pensou assim pera tem vários sons que a gente pronuncia que a a gente não marca na escrita os esses sons então ele pensou assim e se eu pegasse algumas algumas letras formas de letras que já existem já existem e eu passasse ao a usar tal forma da letra para marcar uma pronúncia diferente então o que que ele fez ó ele percebeu que em italiano existe o som de o e o som de o assim como em português né em avó e avô e aí ele pensou se a gente tem dois sons diferentes
porque a gente usa a mesma letra aí ele pensou E se a gente usasse a letra O para fazer o som de o e a letra o ômega do grego o ômega minúsculo aqui ó para fazer o som aberto de o E aí ele fez isso ele falou assima al alfabeto E aí para o e aberto ele coloca o é do grego e ele mantém o o Né o outro para fazer o som do e fechado e aí e ele vai falar Nostra Nostra comto pron em qual parte soven é comuto e aqui aparece um
J Auto mas Vejam Só um dos caras que que dizem que foi ele que deturpou a pronúncia do nome ele era italiano que é o esse daqui ele usa o J ele propõe o uso do J mas vejam só que maravilha esse que ele passou a usar o J Para quê Para representar o som do ya porque em italiano existe o som do I vocálico como em como em por exemplo eh risete e publicate isso é um I rispe publicate Mas e se esse I fosse só ya tipo não fosse I ele fosse um uma
consoante ou seja uma uma semivogal a gente pode chamar né um um uma consoante aproximante como acontece na palavra aiuto aiuto que não se diz aiuto mas aiuto então ele decidiu usar o J que é exatamente o som do nome Yeshua então o cara que deturpou foi ele que na verdade recuperou o a a a a a coisa sabe E aí se D um cont FJ ele vamos vamos descer aqui ó que ele vai mostrar aiu terá com J E aí ele quando usar o J ele fala assim ó mas quando quando Saran consonante né
quando forem consoantes I se escreverá per io veja que ele nem chama a letra de jum ele chama de io tá como por quê Porque é um I só que alongado a pontinha mais longa e aí Para quê Para quando não for som de de quando não for por exemplo aare mas aiutare aí você usa essa letra para fazer o som de i aí oare mas ele não mas ele também fala sobre o a letra U que se Estenda de Soto da lariga né que que a letra Se Estenda para baixo da da linha ou
seja ele é alongado el u ou seja quando o u for consoante quando uão de v el u per u Antico então quando u verão de v você vai escrever o antigo ele chama de U antigo o u com a ponta o pontudo Porque nas inscrições antigas dos Romanos em pedra né então o u Ele sempre aparecia pontudo Então quando for som de v você coloca um U pontudo quando não tiver som de v quando for som de u mesmo então você deixa ele arredondado E aí segundo essa convenção uva passa se escrever assim u
arredondado u pontudo a ou seja uva e ou seja ele não inventou nada esse homem não inventou nada ele não deturpou nada ele só fez isso aqui que eu tô mostrando certo propôs um outro sistema igualmente arbitrário como qualquer outro de identificação de sinais gráficos com sons mas que para ele parecia mais eficaz pelo menos para o italiano do seu tempo né ele não tá propondo também uma mudança do da letra Universal né ele tá falando ali da da insuficiência das Letras italianas para a fala italiana exato Ele só tá dizendo Olha a gente tem
um som de i a gente tem um som de i assim semivocal que a gente tem a gente não diz ah aare e sim aiutare por que que a gente não pode colocar aqui um I alongado nesses casos só para marcar essa diferença foi isso que ele fez e e e o uso da let nem era ajare era aiutare como é em italiano aí o que que aconteceu viram que esse sistema era altamente eficaz eficiente era bom para escrever e aí em português pensaram Nossa é verdade Vejam só o que eles estão fazendo ali tem
aquele tal de janor escrevendo assim tem aquele tal lá de Petro Petros Ramos de pier do Rame escrevendo assim a gente em português por acaso usa a letra i para dois sons para o som de i e para o som de j a gente pronuncia Jesus a gente não diz jesuso escreve com i e se a gente usasse uma versão alongada do I nesse caso só para marcar a nossa diferença de pronúncia então o não é um ID deturpado nem nada não é é a própria letra original com modo ficação só para marcar uma diferença
de som o J tá para o i como o cedilha tá para o c tipo o CCI dilha você escreve por exemplo você você quer fazer você quer que o c tenha som de c antes de a se você colocar C A ele vai fazer k mas eu não quero que ele seja K eu quero que ele seja S aí você vai e volta o c cidil você modificou o c para ele não ter som de k para eleção de S é só isso você se o J é só isso é um I com a
perna alongada por quê Porque eu não quero que seja ya eu quero que seja já então é é mais ou menos isso só que a gente por convenção chama o J de uma letra diferente e diz que o c s dilha é um ser com diacrítico Mas isso é só convenção porque em espanhol eles dizem que o en é uma letra diferente no alfabeto espanhol o n não é um n com o tio é uma letra diferente por quê convenção é só uma convenção então é e solucionando problemas e solucionando questões de língua separadamente né
então como você disse o essa solução de usar dois sinais já existentes no português marca sons diferentes do que ele marca no italiano né também não há essa universalidade da letra né É tudo historicamente geograficamente eh situado né ex uhum exato E aí esse mesmo símbolo o o mesmo som de i que evoluiu em português para evoluiu em em francês também para ja então em francês o J ficou mes co mas em espanhol terminou se tornando R E aí você vai ter ressus em espanhol com som de R por quê Porque o som mudou assim
em espanhol né era era era Jesus aí muda para primeiro ele perde a sonoridade fica Jesus e ele vai mudar Jesus Jesus Jesus Jesus até ficar Jesus e aí o J em espanhol vai cumprir outra função Vai representar o som de R Jesus em português vai ser J tá em italiano no final das contas Ele propôs o J pro italiano terminou nem pegando pegou mas abandonaram porque no italiano atual eles deixaram de usar o J de novo e voltaram a escrever a utara com i então Ele propôs o negócio paraa língua dele para melhorar a
grafia da língua dele melhorou as pessoas usaram depois pararam de usar só que outras línguas terminaram adotando aquele sistema e continuaram usando e a língua dele abandonou Esse sistema é e eu imagino também que ao longo de todo esse processo há uma multiplicidade de posicionamentos também né que Ele propôs esse sistema mas outros gramáticos outros outras figuras também no mesmo período acharam que não era bom e propuseram eh projetos diferentes né então das coisas que eleum não em momento nenhum porque tem um delay tem um delay eu não sei quando você terminou de falar então
eu mas V lá continue eh que essa essas propostas também elas não eh pegam de uma vez pegam por completo ganham 100% por exemplo das pessoas falantes daquela língua e depois esse projeto é trocado por outro 100% né Tem sempre algum espaço para variações tanto é que a História Continua né porque se se alguma solução ganhasse de uma vez por todas o processo histórico não teria de onde buscar eh formas de de de inovação né o que acontece muitas vezes é que ganha parte mas tem um projeto que tem uma solução melhor para outro ponto
e eventualmente né Em outro momento iso é incorporado e eh na na solu dada antes e volta-se a um um aí Isso muda a enfim é sempre uma um jogo né uma negociação permanente e e a gente tem acordos ortográficos que mudam essas coisas até hoje né e e e não são acordos que criam do nada das coisas né são são usam o repertório histórico ali para para propor soluções né isso e você viu que Ele propôs outras coisas Ele propôs usar o ômega para fazer o som de o e o éson para fazer o
som de e e isso daí não pegou de forma nenhuma entre as coisas que Ele propôs ele teve Olha usa o u arredondado para u e o u pontudo para v e usa o i curto para i e o i alongado para ya que em outras línguas terminaria sendo J né Eh e esses aí pegaram essas coisas aí pegaram hoje aí a gente faz isso mas eu mostrei para você E tipo E e esse negócio de pegar não foi instantâneo porque eu mostrei para você aquela Minha edição da da Bíblia em inglês do século X
em que John aparecia com i Uhum E que não tinha distinção entre u e v então eh a a adoção dessa nova dessa nova convenção foi pouco a pouco e olha que interessante quando ela tava sendo adotada as pessoas sabiam elas sabiam que aquele J alongado era só um I diferente para marcar uma pronúncia que já existia que aquele u cam tudo diferente do U Redondo era só um tipo de U diferente para marcar uma diferença de pronúncia que já existia as pessoas entendiam isso essa conspiração de que é uma letra nova para mudar e
esconder não sei o que lá e mudar o som da palavra se isso só surgiu depois quando as pessoas já não entendiam mais o que é que tinha acontecido ali aí elas podiam criar conspirações em cima de algo que elas não entendem né porque conspiração muito às vezes é é baseado em uma coisa que você sabe mais ou menos mas você não sabe o suficiente para saber que não sabe uhum é o caso bom e com essa afirmação aí lapidar né essa definição de conspiração lapidar aí do Estevan a gente pode parar essa primeira parte
né encerrar por enquanto por aqui depois desse ponto eu conversei mais algumas horas com Estevão aí sobre assuntos relacionado sobre o nome de Deus né a pronúncia perdida de do nome do tetragrama e coisas do tipo Então se vocês quiserem depois assistir é mais tempo ainda desse papo linguístico histórico comentem aí eh na sessão de comentários que eu trago depois edito é mais uma parte desse papo mas por enquanto é isso né e eu deixo de novo a recomendação Fortíssimo aqui de vocês irem lá no canal do stevão que é realmente Fantástico né que é
glossa tanto aqui no YouTube quanto lá no Instagram também de vez em quando ele Posta algumas coisas lá tá então é isso por enquanto a gente fica por aqui mas se tiver interesse de vocês a gente volta com essa conversa depois falou então muito obrigado por assistir e até o próximo