Origem ou Consequência: Onde está a SOLUÇÃO? | Márcio Micheli | Inteligência Emocional

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Márcio Micheli
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Video Transcript:
Eu vim pra cá hoje e lembrei de uma coisa que aconteceu recentemente. Estava em uma aula horrível com alguns clientes, e uma moça falou assim: "Márcio, eu nem me lembro exatamente desde quando que ela desenvolveu esse transtorno, mas ela falou assim: 'Desde a infância, desde a minha pré-adolescência, talvez. Eu acordo de madrugada para comer, mas como tanto, tanto que me sinto tão mal no dia seguinte.
Durante o dia, não como nada. ' E ela falou assim: 'Me ajuda, qual é a dica que você tem pra mim para vencer esse transtorno? ' E eu, na hora que eu li aquilo que ela escreveu na aula ao vivo, que a gente faz uma lousa onde eles vêm à minha imagem, mas eles apenas escrevem pra mim (que eu não sei quem são), influenciam ter resposta.
Eu não tinha uma resposta assim de bate-pronto, e eu, lendo aquela mensagem, olhei de novo para ver se a minha mente buscava. E naquela hora, eu senti o seguinte: eu tinha que resgatar alguns conceitos em que eu já acreditava para dar uma dica pra essa moça. No final, eu vou falar que dica eu dei, mas eu vou começar falando aqui dos conselhos que eu tive que resgatar.
A gente tem que entender onde tudo começou, porque se eu não voltar na origem, a solução não será eficiente. Estou falando de ansiedade, estresse, depressão, síndromes. Eu sou coach, eu sou especialista em inteligência emocional e comportamento humano.
Eu não tenho uma graduação suficiente para diagnosticar sua doença, mas eu tenho um Deus pra te apresentar de cura e eu tenho conceitos que são científicos. Mas é interessante que toda vez que eu estudo a ciência, eu vejo Deus, porque pra mim, a ciência é uma revelação humana de uma criação divina. Então, o homem usa a ciência para explicar como é que o homem, como ele foi criado.
Então, explica naturalmente o que Deus fez de forma sobrenatural. E aí, eu lembrei de alguns conceitos. Um deles é que todas as vezes quando você dorme e alcança o sono REM (REM é uma sigla em inglês que traduzido para o português significa "movimento rápido dos olhos"), é no sono REM que você faz associações.
É no sono REM que o seu cérebro organiza e consolida as informações que você obteve ao longo do dia. Você obteve informações por meio dos livros que leu, dos eventos que participou, das coisas que ouviu, sentiu, viu nos filmes que assistiu. Você saiu de casa, viu o céu, viu as plantas e os animais, viu carros, viu pessoas, viu talvez alguém se abraçando, alguém brigando, viu talvez um casal se reconciliando, talvez um acidente de trânsito.
Todas essas informações ficam na sua memória. A neurociência disse que o nosso cérebro não consegue processar aquilo que a gente não conhece. Eu me lembro que no mês de julho desse ano eu viajei com minha família e nós fomos para os Estados Unidos.
Na nossa primeira parada, a gente foi para Las Vegas e decidiu assistir a uma apresentação do Cirque du Soleil. A gente comprou os ingressos muito em cima da hora e foi sentar no último assento, atrás da gente uma parede, então não tinha ninguém. De repente, o teatro onde estava acontecendo a peça começou a tremer.
Só que tremeu de um jeito que eu falei: "O Davi, meu filho, está chutando a minha cadeira". Pensei que ele estava chutando a cadeira, olhei para trás, mas não era o Davi, pois só tinha uma parede atrás, então não podia ser. E chutando aparentemente, acertou tanto a minha cadeira.
Depois, eu pensei: "Cara, não é o Davi, é porque esse circo é 3D". Então, tem alguma coisa a ver com a peça. Só que começou a tremer e começou a ficar forte aquilo dali.
Eu falei: "Cara, mas não está entrando ninguém para tremer. Como é que há três meses não tem nada na peça que treme? " Eu olhei pra cima no palco e vi que estava balançando uma coisa.
Eu pensei: "Vai entrar alguém, vai descer alguém aqui, então por isso que está tremendo". Achei que era o Davi, estava sentado na cadeira. Quando eu vi que não era 3D, eu falei: "Deve estar descendo alguém".
Aí eu vi um monte de japonês ainda no teatro. Eu falei: "Remoto! " Só que o terremoto tinha acabado e eu perdi a chance de fugir.
E se dependesse da minha fuga pra eu te salvar, eu tinha morrido soterrado. Ainda bem que nada caiu agora, porque eu não entendi que era um terremoto, porque o nosso cérebro não processa aquilo que a gente não conhece. Eu não tinha experiência nenhuma sobre terremoto.
Então, a dor da depressão está relacionada a um evento que você já viveu e que você vai ter que lembrar, talvez, para poder corrigir. Porque se você não fizer nada para corrigir, você vai continuar vivendo essas lembranças, porque lembranças são reconstruções do passado. Hoje à noite, em tese, você tinha que sonhar coisas que você aprendeu hoje.
E se você, hoje à noite, está sonhando eventos do seu passado, é porque você os lembra todo dia. E quando você lembra, você reconstrói. Quando você reconstrói eventos de dor, dói muito mais hoje do que doeu quando aconteceu pela primeira vez.
E se não foi resolvido, seu cérebro está processando as coisas a partir daquilo que você está processando. Aquilo tem que curar, porque senão eu vou continuar reagindo às coisas que aconteceram. E eu não posso apagar, mas eu gostaria tanto de esquecer o passado!
Já pensou nisso? Mas eu gostaria de esquecer o passado! Você quer esquecer?
Vamos orar e pedir pra Jesus! O que, Alzheimer? Você quer esquecer?
Quer? Como esquecer se Deus te fez perfeito? O problema não é o que Deus fez, foi o que os homens fizeram.
E se você quer alcançar uma vida de sucesso, você precisa desenvolver habilidades para fazer escolhas assertivas, e essas habilidades são tanto cognitivas quanto emocionais. A dor que você carrega emocionalmente impede você de fazer escolhas assertivas para viver os seus melhores dias. A vida é muito curta; passa rápido demais.
Não dá tempo de ficar testando. Ou você dá certo nessa vida, ou você dá certo nessa vida. São as opções que você tem, e é pra ontem.
Só que, pra dar certo na vida, é preciso, talvez, reeditar as minhas memórias. Porque se o meu cérebro não processa aquilo que eu não conheço, então eu estou processando dura, porque eu conheço. Então eu preciso agora mandar pra minha mente um novo estímulo.
E aí vem a pergunta: o que é ser feliz? O que é ser feliz? Ser feliz é ter prazer.
O nosso cérebro busca prazer em tudo que ele faz. Só que nem tudo que a gente faz é prazeroso. Acordar de manhã é prazeroso pra todo mundo?
Pra mim não é. Para a maioria não é. Você acorda de manhã, diz: "Que dia lindo!
" e abraça uma árvore. Tô tão feliz! Preciso fazer matemática.
Que dia lindo, gente, cinco da manhã! Que gostoso acordar! A boca tá tudo bem.
Aí tem gente que gosta, tem gente que gosta; eu entendo, mas não é prazeroso pra todo mundo. Agora, se o meu cérebro busca prazer em tudo que ele faz, e ser feliz é ter prazer, como é que eu vou ter a felicidade se eu não tenho prazer naquilo que estou fazendo? Aí vem um estudo da Universidade de Yale, que não vai dar tempo de explicar em detalhes, mas eles concluíram que o prazer ou ele está na tarefa, ou ele está no resultado.
Está ou ele está porque eu estou acordando de manhã, ou ele está no resultado de ter acordado de manhã. Davi, quando foi enfrentar Golias, ele perguntou várias vezes: "O que ganha o homem que matar esse gigante? " A primeira vez que ele ouve, ele vai levar comida para os irmãos; ele ouviu alguém falar do gigante.
E ouviu e se ele ouviu alguém falar: "Olha, quem matar um gigante nunca mais vai pagar multa na W3! Isenção de tributos é ou não é? " Não vai pagar multa, vai casar com a filha do rei, vai ter um monte de benefício!
Ele ouviu isso, saiu dali, foi pra outro lugar e disse: "Sim, vem cá. Quem matar o gigante ganha o quê? " Ele ouviu de novo.
Ele perguntou umas duas vezes. Ele ouviu três uma e depois perguntou duas. Ele não perguntou o que tinha que ser feito; ele perguntou o que ele ia ganhar.
Ou você tem prazer matando gigante ou você tem prazer na recompensa de ter matado um gigante? Ser feliz é ter prazer. A dor do seu passado tira a capacidade de você sentir prazer.
Só que, quando você não tem prazer em uma área da sua vida, e o seu cérebro foi programado por Deus para ter prazer em tudo que você faz, ou no que você está fazendo, ou no resultado, e se você não encontra prazer em uma área da sua vida, o seu cérebro aciona um processo pra compensar a falta de prazer naquilo que você não tem. E agora ele busca excessos de prazer em outras áreas, tipo coisas que geram um prazer instantâneo: comprar o que eu não preciso com dinheiro que eu não tenho pra virar pra mim e falar: "Foi um achado, amiga"; ou loucuras, compras compulsivas, comida. Porque comer traz prazer, mas comer mais do que você deveria é excesso.
E pra todo o excesso que você vive, há uma falta. E falta de quê? De prazer.
Então, quando você chega em casa e sente que não há prazer no relacionamento com seu marido, com a sua esposa, com seus filhos, o seu cérebro amanhã vai tentar compensar esse prazer, excedendo em outras áreas. E você não foi feito para estar em falta nem em excesso, e sim em equilíbrio. Eu me lembro que fui a um evento em São Paulo.
Um palestrante começou a falar, falar, falar, e no meio da palestra ele disse: "Se mantém uma profissão no mundo que não vai mudar nunca. . .
" Falei: "Cara, fala essa profissão que eu vou ganhar o evento. Só quero ver isso! " Aí começou a falar um monte de coisa que muda, de profissões; ele disse: "Essa profissão mudou, mas tem uma que não vai mudar.
" "Alice é aquela? " Outra mudou, mas tem uma que não vai mudar. E ele não falava qual era, eu fui: "Mas fala, só quero o texto da imagem!
" Aí, no final da palestra, ele diz: "A única profissão que não vai mudar no mundo é de especialista em inteligência emocional. " Ele acabou a palestra, ele não disse por quê, mas eu vou te falar por quê: porque o manual de comportamento humano e de inteligência emocional se chama Bíblia, e quem escreveu não mudou o que pensa, muito menos mudou os planos que têm a seu respeito. Isso significa que você funciona do jeito que ele escreveu lá; e se você funciona do jeito que está escrito lá, você funcionou lá, quando foi o primeiro homem, funciona hoje e vai funcionar desse jeito sempre.
E o que eu vou te falar nesses momentos que eu tenho é como curador que foi colocado em você e que o seu cérebro está usando para reagir a partir disso. Lisa Feldman, uma neurocientista americana, diz que todas as vezes que nós estamos diante de um desafio, de uma escolha, nós vamos ao nosso passado, mesmo que inconscientemente, buscar em histórias semelhantes algo para dar significado àquilo que a gente está vivendo. É por isso que existem pessoas que vivem situações semelhantes, mas têm.
. . Percepções diferentes.
É por isso que os 12 espias viram a mesma terra, mas contaram histórias diferentes. Porque você conta uma história com base na sua história, e, se você quer contar uma história diferente, você vai ter que redigitar sua história; você vai ter que mudar as lembranças que você quer. O tempo presente é o tempo mais volátil que existe; ele tem a duração de três segundos.
Depois de três segundos, tudo aquilo que você viveu hoje foi para a memória, na forma de lembrança, já é passado. E a gente passa uma vida achando que o tempo mais importante é o passado, presente e futuro. A gente passa uma vida achando que o tempo mais importante desses três é o presente, e o presente nada mais é do que uma consequência das lembranças que nós carregamos do nosso passado, das projeções que fazemos do nosso futuro.
As escolhas que você faz hoje são fruto das experiências que você viveu, das projeções que você faz, e você precisa de boas lembranças e de boas projeções. A Bíblia diz que do passado é melhor a lembrança daquilo que te dá esperança. Ele está dizendo que é melhor dar significado com base na esperança do que na dor.
Porque do passado ou eu tenho lembranças de esperança ou eu tenho lembranças de dor. Usando termos da psicologia: esperança e dor. Usando termos da física quântica: estímulos negativos do passado, estímulos positivos.
Usando a Bíblia: o bem ou o mal. E o que eu sei do mal é que ele vem pra roubar, matar e destruir a percepção real da sua vida no presente. Ele conta uma história; seu cérebro acredita.
Porque o nosso cérebro acredita na história que a gente conta, acredita ainda mais em uma história contada por pessoas que nós amamos e temos intimidade. Tanto é que, se um doido na rua te xinga, você olha pra pessoas e diz que corresponde à greve. Agora, se alguém que você ama xinga com o mesmo vocabulário, usa as mesmas palavras, você não só acredita, como vai ao quarto chorar as mesmas palavras.
Porque intimidade é a chave que você dá para as pessoas acessarem as suas emoções. E se há uma dor que você carrega, aconteceu em um ambiente onde havia intimidade. Não foi o estranho que feriu você, foi uma pessoa que você amava.
Talvez foi a indiferença, porque a indiferença é uma comunicação silenciosa com consequência instantânea; mata instantaneamente, mas de forma silenciosa. E a mulher que cortou o cabelo e chegou em casa e ninguém percebeu. Nosso cérebro não processa coisas que nós não conhecemos.
Se há uma dor, é porque houve um evento que me fez acreditar nessa dor. E se essa dor é carregada por mim, aconteceu em um evento onde existiam pessoas desconhecidas ou conhecidas, íntimas ou não íntimas. Eu não sei se você entende.
Eu estou fazendo de tudo pra que você saia daqui entendendo o que você precisa se identificar. Porque hoje você precisa de uma única escolha certa para anular todas as rodadas anteriores. Só isso é preciso.
Deus é tão poderoso, tão poderoso! Olha pra pessoa do lado e fala: "Senhor, Deus é o cara! " Se você não acredita, fala duas vezes: "Pronto!
Deus é o cara! Deus é o cara! " Falar, ele é tão cara, tão cara que ele fez o seu cérebro capaz de, com uma única vitória, fazer você se considerar a mulher ou o homem mais poderoso do mundo.
Você precisa de quantas vitórias? Uma só! Que, enquanto você carrega lembranças, você não consegue construir vitórias.
Existe um passo a passo que nos leva a desistir da vida, mas existe um passo a passo para voltar pra vida. Agora, qual o passo a passo que você acha que é o mais complexo que nos faz desistir da vida? Voltar pra vida, desistir da vida e voltar é de Deus.
Então é simples, não é complexo. O passo a passo que nos leva a desistir da vida é um passo a passo que nos fez perder a fé no nosso cérebro. Além de procurar prazer em tudo que faz, ele também só quer gastar energia naquilo que ele acredita que faz sentido.
Então, fazer sentido são projeções do futuro; ter lembranças de esperança são coisas do passado. Eu preciso de um passado resolvido e de um futuro decidido para viver os melhores dias no presente, fazendo as minhas melhores escolhas e ter os meus melhores momentos. Só que esse passo a passo que tira de você a vontade de viver e leva você a desistir da vida, mas sem tirar sua vida.
Porque desistir da vida não é só tirar sua vida; existe desistir de sonhos, desistir de construir uma família, desistir de educar seus filhos, de ter um bom relacionamento com o cônjuge, com a mãe, com os amigos, de ser feliz no trabalho. Esse passo a passo acontece porque, em algum momento da jornada, você perdeu a fé no seu cérebro. Começa uma jornada acreditando no resultado.
Eu já disse o quanto é importante visualizar o resultado, porque o prazer ou está no que eu faço ou está no que é o resultado. E quando eu acredito naquele resultado, eu crio sentido. Quando eu crio sentido, meu cérebro diz: "Gaste energia para chegar lá.
" Só que, quando na jornada eu perco sentido naquele resultado, meu cérebro trabalha com a premissa de preservar energia a qualquer custo. E, se ele tem que preservar energia a qualquer custo, ele vai deixar de gastar energia naquilo que você não acredita mais. Só que, vamos supor que foi um casamento.
E você acreditou no casamento, e aí você olhou para o casamento e disse: "Eu tenho fé, o casamento faz sentido pra mim. " Aí você casou, chamou as pessoas e fez um rito de passagem; marcou na sua mente que para a vida de solteiro você não volta mais. Só que, durante o casamento, aconteceram lutas que você não soube, emocionalmente, talvez administrar e aí você perdeu a fé no casamento.
Em Karak, o casamento não faz mais sentido para você se isso que eu acabei de falar aconteceu. Ele diz assim: “Para de gastar energia com isso! ”, só que você continua.
E, para tentar fazer você parar, ele manda a primeira tentativa: cansaço. Do nada, você fica cansado. É só falar que está terminando o expediente, você vai voltar pra casa e vai viver a vida de casada.
Já fica cansado, vira para a pessoa do lado e diz assim: “Nada é do nada! ”, porque a pessoa chega pra mim e fala: “Mas do nada eu fiquei cansada, do nada, de uma hora pra outra. ” É só falar: "Estudar para concurso?
Eu tô cansado! " É só falar: "Trabalhar? Eu tô cansado!
" Porque tudo que eu tô falando serve para qualquer objetivo: serve para o casamento, serve para o concurso, serve para quando você abre uma empresa. Você começou o projeto da empresa acreditando na empresa, você se dedicou para a empresa, mas, no meio do caminho, você se frustrou. Você permitiu que a dor entrasse, porque eventos de injustiça acontecem com todos, mas permanecer sentindo dor é uma escolha pessoal.
E aí você deixou acontecer porque faltaram em você, o que? Habilidades para administrar isso. E aí o seu cérebro disse: “Não faz mais sentido.
Aquela empresa não faz mais sentido, aquele casamento não faz mais sentido, passar em concurso não faz mais sentido. ” E, já que não faz sentido, o cérebro, programmed by God, vai parar. Ele não quer gastar energia naquilo que não faz sentido.
É por isso que Jesus, todas as vezes que se aproximava de alguém, dizia: “O que você quer que eu faça? ” Mas é uma lei, já, Dudu, Jesus sabe! Mas eu quero saber se você quer, eu quero saber se faz sentido pra você.
Por que Jesus fez isso? Porque ele respeita o que ele criou; ele criou a sua mente para trabalhar naquilo que faz sentido. Só que você perdeu o sentido com seu objetivo e continuou nele.
O cérebro, tentando fazer você parar, deu a voz e as sensações de cansaço, mas você não parou. O cérebro foi para a segunda tentativa: já que você não parou pelo cansaço, ele mandou distrações. E você começou a ver coisas que não deveria ver, considerar possibilidades que não deveriam existir.
Agora você está distraído. De repente, alguém se importa tanto com você, é tão mais cheirosa do que sua esposa. De repente, um sócio faz uma proposta e você fica desvirtuando totalmente.
E agora você começa a considerar coisas para sair do casamento, para sair do concurso, para sair da empresa. Porque você está a destruir a educação; está fazendo isso com você, e tudo porque você perdeu a fé no seu objetivo. Só que, mesmo assim, você resiste.
Permanecer é uma escolha. O cérebro vai para a terceira tentativa: ele não conseguiu fazer você desistir por meio do cansaço, ele talvez não conseguiu fazer você desistir por meio da administração, e agora ele manda dores físicas. Dói o pescoço, ombro, lombar, dores musculares.
Nada é do nada. Mas você resiste e continua naquele casamento que você não acredita mais. Você talvez continua naquela empresa que não tem mais sentido para você e continua estudando para concursos, mesmo acreditando que não vai passar.
O cérebro vai para a quarta tentativa: ele manda dores emocionais e agora está doendo muito. Esse é o passo a passo do inimigo. É o passo a passo do mal.
Esse é o passo a passo do estímulo negativo. Esse é o passo a passo da dor. Para recuperar tudo isso, você precisa de apenas uma vitória.
A menina diz: “Marcha! Desde a minha infância, eu acordava de madrugada para comer, comer, comer, comer! Eu já tenho quase 40 anos e continuo comendo de madrugada, comendo tanto que, se eu não como nada durante o dia, continuo engordando!
O que eu faço? ” Eu disse pra ela: “Você precisa de uma vitória. ” “Mas como eu venci?
” Eu me sinto bem. Porque se tem uma coisa que o depressivo não quer fazer, é vencer. Se tem uma coisa que o depressivo não quer fazer, é ser grato.
Aí você tem uma filha depressiva, chega em casa e fala: “Minha filha, toma vergonha! Você precisa ser mais grata! Você tem tudo!
” Você está machucando ainda mais porque a dor que ela carrega na depressão impede-a de ser grata. Porque gratidão exige intenção. Posso te dar uma dica?
Posso? Para de usar a hashtag gratidão, porque ficou banal. Gratidão!
Um dia a pessoa chega lá na empresa e eu ofereço água: “Em trégua, gratidão! ” E gratidão pelo quê? Me explica.
Porque gratidão tem que ser intencional; se não foi intencional, não vale. Tem que explicar: “Por que gratidão? ” Porque a água estava gelada, eu estava com muita sede, e ela sanciona, já que recebeu sua gratidão!
A hashtag "gratidão" não vira uma pessoa lá falar: “É Chittagong, gratidão! ” Aproveita para fazer um cala-boca. Gratidão exige intenção, e o depressivo tudo que ele tem é por tudo que ele não tem a intenção de ser grato.
Então, quem quiser fazer o depressivo, levá-lo para uma história de que vitória. Porque, olha só, alguns dizem que depressão é uma coisa linda. Para muitos, a depressão é um descompasso bioquímico no cérebro, ligado à serotonina, dopamina e noradrenalina.
Se os níveis dessas substâncias estão baixos, é indicativo de depressão: a solução está em tomar algo que aumente a taxa dessas substâncias. A solução está em tomar. Eu vou te dar uma solução: não é tomar, é fazer algo que vai produzir isso.
Então, você precisa fazer a dopamina, um neurotransmissor da recompensa. E o cérebro manda produzir dopamina na medida em que ele considera que você está conquistando os seus objetivos ao máximo. Mas a pessoa depressiva não está conquistando nada.
Então, como é que ela produz dopamina? Aí entra aquele que criou. .
. Domina! [Aplausos] [Música].
Só que tem um concorrente no bem. Conhece o concorrente? Cena da igreja, vêm da igreja que tem.
. . Tudo isso, o concorrente tenta fazer algo semelhante, e o concorrente tentou produzir a dopamina de forma sintética.
A conclusão no laboratório farmacêutico foi de que esse medicamento não é medicamento, é uma droga chamada êxtase. A droga da balada é o diabo querendo fazer o que Deus fez de forma natural, querendo construir de forma sintética. Agora, Deus fez a dopamina para ser produzida na medida em que eu reconheço que estou conquistando os meus sonhos, mas a dopamina não é produzida proporcionalmente ao tamanho do sonho que você realiza.
Ela é produzida proporcionalmente à intensidade que você deseja. Você pode ser feliz em um Fusca e infeliz em uma Lamborghini. É melhor ser feliz em um Fusca ou infeliz em uma Lamborghini?
Só um pouquinho, é bem melhor ser feliz na Lamborghini, claro, mas eu te dando duas opções: é melhor ser feliz em um Fusca ou infeliz em uma Lamborghini? Ser feliz no Fusca. Mas por que eu posso ser feliz no pouco?
Porque eu desejei um pouco e, se eu for fiel no pouco, serei colocado onde? No muito. Mas vai ter que ser fiel no pouco.
Eu me lembro que, quando eu casei com a minha esposa, quando a gente tinha que comprar alguma coisa, a gente tinha que falar um com o outro, porque, se eu comprasse algo, estava dizendo para ela que não podia comprar, e, quando ela comprava algo, estava dizendo para mim que eu não podia comprar. Por isso que a gente tinha que conversar. Por que estou falando isso?
Porque o orçamento é limitado. Então, se eu comprasse um tênis geral que ela não podia comprar, se ela comprasse alguma roupa, eu não podia comprar. A nossa vida e os esmaltes da época, que a gente comprava esmalte Risqué, quanto custa o esmalte Risqué?
Cinco reais. Mas quem nunca deu para a esposa e disse que nunca vai comprar Hermès, que não sabe o que é meio de pesquisas, mas "quando eu tiver dinheiro, eu compro". Como você compra se você não comprou um pouco?
Não foi fiel no pouco. As vitórias precisam ser também pequenas, e não preciso somente de vitórias grandes. Deus fez assim: Deus fez a dopamina para ser produzida não pelo tamanho do sonho que eu realizo, mas pela intensidade que eu desejo.
Então, se eu desejei tomar sorvete paleta mexicana de doce de leite, meu cérebro vai produzir dopamina. E eu não precisei tomar o remédio. Estou te dando dicas, só que essa menina precisa parar de comer.
Existe um conceito interessante sobre hoje à noite. Quando o seu cérebro estiver associando tudo que você aprendeu, ele vai escolher o que vai mandar para a memória de longo prazo. É hoje à noite.
Quem estuda para concurso, se você estuda para concursos hoje e não dormiu hoje, amanhã se deveria, em tese, estudar tudo de novo. Três noites sem dormir, o sono REM adequadamente é suficiente para você começar a ter alucinações. Se você for à igreja, vão tentar expulsar o demônio, e, às vezes, nem é um demônio, é o excesso de informação que você tem na mente que não foram organizadas e consolidadas.
Agora, enquanto eu durmo, o cérebro está organizando. Ele está escolhendo, de todas as informações que eu tenho, quais vão para a memória de longo prazo. E como ele usa para selecionar?
Porque tudo que eu aprendi hoje tem que ir para a memória de longo prazo, não somente coisas boas. Mas como é que o cérebro faz para escolher, de tudo que eu aprendi, o que vai para a memória de longo prazo? Aquilo que faz sentido.
Mas, se a dor do meu passado tirou o sentido do meu futuro, o meu cérebro não escolhe com base no meu estímulo; ele escolhe o que vai para a memória de longo prazo aleatoriamente. Ele não pode escolher aleatoriamente. É por isso que Deus fez você lembrar.
Você é uma máquina cerebral, mas quem dá os estímulos para a máquina funcionar do jeito certo é você. E como escolher isso? Como escolher o que faz sentido?
Fazendo uma coisa chamada mural dos sonhos. O que é o mural dos sonhos? Recorte imagens que representam sonhos que você quer realizar, mesmo que você não sinta que merece, porque o merecimento é um passo que vem na sequência.
Mas recorte imagens que lembram casas que você quer morar, viagens que você quer fazer, o que você quer conhecer. Mas aquilo que faz sentido para quem? Para você.
Guarde em um lugar onde só você tem acesso, porque o mural dos sonhos é secreto. E, para mim, a violação de um crème, aquilo faz sentido para quem? Para mim.
Então, quem vê o meu mural entende o quê? Então, para que veio de graça? Para quem?
Você não entende, faz sentido para mim. Agora, o que eu faço com esse mural? Anota aí: olho para ele duas vezes por dia, uma antes de dormir, imediatamente antes de dormir, e outra quando eu acordar, antes de ir para as minhas atividades diárias.
E sabe por quê? Porque, quando eu dormir, hoje o meu cérebro vai pegar tudo que faz sentido e vai mandar para a memória de longo prazo. Mas, enquanto o mural dos sonhos não estiver fazendo sentido para mim, o cérebro também usa tudo o que eu aprendi hoje.
Ele usa a informação mais recente como parâmetro. A última informação do dia é que o cérebro mais utiliza para escolher aquilo que ele vai mandar para a memória de longo prazo. E por que talvez você tenha depressão?
O que talvez você carregue uma patologia que não deveria carregar? Porque o seu cérebro pegou o evento de dor, deu sentido para ele e levou para a memória de longo prazo, e deveria ter ficado no mar do esquecimento, mas foi para a memória de longo prazo, e hoje dói, dói e dói a doença. Não é frescura, você não está inventando, mas agora você precisa reeditar.
E aí eu virei para essa menina e disse: "Hoje, isso era nove da noite. Hoje, antes de você dormir, você vai falar o seu nome e vai contar uma história pra você, porque o cérebro acredita na história que a gente conta, acredita ainda mais na história contada por alguém que a gente ama. E o amor começa em quem ama a mim, depois o próximo.
Não é assim? Agora, é alguém que eu amo, sou eu, a história que eu conto, meu cérebro acredita. E se eu contar, nos últimos 15 minutos de dormir, ele ainda dá pra fazer uma edição das memórias.
" E ela foi dormir. Gente, antes de dormir, ela disse assim: "Fulano", disse o nome dela, "você não está com fome, você não precisa comer, você não precisa acordar à noite, você não vai morrer de sono. " Há dois meses, ela não acorda mais.
Ela reeditou, gente, mandando pra mim uma informação, informação diferente da anterior. Existem duas formas de você reprogramar sua mente: uma forma gradativa e uma forma que gera mudança imediata. Infelizmente, eu não posso te ensinar aqui como é que você faz a programação, a reprogramação mental de forma imediata, porque ela exige um ambiente diferente, exige conceitos diferentes.
Eu faço isso no meu treinamento de imersão "Inteligência Emocional Meta", do livro, que vai acontecer em outubro, em Brasília, nos dias 18, 19 e 20. Sabe quanto custa para entrar lá? Posso falar: mil quinhentos e cinquenta reais.
A pessoa fala: "Tacaruna, atacar, continuar nossa desgraça". Mas Deus está no controle. Mas no controle da desgraça?
Não confunda soberania com controle; são coisas diferentes. Tem gente que está achando que Deus vai fazer, enquanto Deus está esperando a pessoa entrar em ação. Gente, oração não substitui a ação.
A ação não elimina a necessidade também da oração. Quando você entra em ação sem oração, é uma ação descoordenada, desorientada. Quando você ora e não entra em ação, você não fez a sua parte.
Você precisa dos dois. Eu não estou te ensinando a orar; eu estou te ensinando a entrar em ação. Se aprender a se tem vindo a esse lugar todo domingo, sem exceção, porque a oração leva a uma ação extremamente organizada, extremamente coordenada.
Deus é capaz de ativar no seu cérebro. Sabe o que é a intuição? Sabe que a intuição sei que sei?
Mas não sei porque eu sei. É tão louco! Gente que acorda de madrugada, eu sei que sim, mas não sei por que sei.
É uma ideia que Deus te deu: transforma numa coisa, vai suprir necessidades de milhões e vai trazer prosperidade para você. Só que uma intuição só nasce em uma mente plenamente sarada emocionalmente. Até para dormir, o sono REM precisa ser sarado.
Deus diz: "Em paz me deito e logo pego no sono. " A psicologia diz que um ser humano emocionalmente sarado, organicamente funcional e em um ambiente ecologicamente favorável, ele deita a cabeça no travesseiro e entra no sono REM em média 14 minutos depois. "Em paz me deito", 14 minutos depois entrou no sono REM.
E, enquanto eu estou no sono REM, o meu cérebro está escolhendo, de tudo o que eu aprendi hoje, o que vai para a memória de longo prazo. Agora, como fazer para filtrar as informações? Porque nem todas as informações precisavam ser vistas por mim, precisavam ser observadas.
Eu tenho que filtrar, mas se eu não filtrar, for uma memória, é uma lembrança de dor; vou carregar essa dor. Então, para você aprender a filtrar, anota aí: número 11, pare definitivamente de reclamar. Fala pra professora, razão pra fazer com expressão: gente, pare de reclamar, porque quando você reclama, você fica vinculado emocionalmente àquilo que você está reclamando.
Só que você acha que a pessoa que reclama acha que está reclamando. Não! O nosso cérebro sempre vai encontrar algo positivo para justificar a nossa permanência em um comportamento negativo.
"Eu não estou reclamando, eu estou apenas fazendo justiça. " Eu estava na palestra, a mulher falou assim: "Ah, meu filho na escola, a professora brigou com ele, mas eu fui lá, eu fui lá na escola e virei uma leoa. " Assim: "Lê ou é um jeito sutil", pra dizer que o demônio, ou, né, deu piti.
Não devia ser feito, nenhuma mudança positiva para justificar a permanência em um comportamento negativo. Para filtrar ainda mais, pare de dar ouvidos a quem reclama. Aí você chega no trabalho e a pessoa fala: "E aí, tudo bem?
Como foi o final de semana? " E você ficou sabendo? Se fala do que você não está sabendo.
"Foi para o grupo? Vem aqui que eu vou te contar uma coisa boa ou ruim, vai reclamar. " Quem reclama não quer encontrar em você ajuda; quer encontrar em você uma aliada.
Mas eu tenho um dom; as pessoas me procuram para reclamar. E falar: "Isso é um dom? " Encosto bom, né?
Vamos deixar de ser ignorante! As pessoas que reclamam, elas não querem solução; elas querem encontrar você como um aliado para aquilo que elas acreditam que vai acontecer, e que não é bom. E quando acontece, aquele olhar pra você, pra citar meu lado, não tá.
Quando a sua mãe te liga para reclamar de alguém que ainda mora com ela, ela quer que você fique do lado dela. Ajude pessoas que querem a sua ajuda. Só isso!
Não quer sua ajuda? Não dá pra ajudar. A menina fala: "Mas está depressiva, por que meu marido engordou, está com 230 quilos, ele vai morrer!
" "E vai morrer, mas em si? Mas ele quer ajuda? " "Não quer!
" "Você já fez algo para tentar ajudar? " "Sim, mas ele não quer. " "Então deixa!
" "Mas ele vai morrer! " "Assim que morreu! Enquanto você achou a 100.
" Gente, eu não posso fazer nada. Bira, pensando lá, fala assim: "É um shopping! " A gente só pode ajudar quem quer a nossa ajuda, porque se eu ajudar quem não quer a minha ajuda, estou lançando pérola para os porcos.
E quem é que se sente mal: o povo que recebeu a pérola ou quem perdeu, que era precioso? Você jogou as pérolas e aí vem o conceito de opinião. A opinião pode ser considerada um palpite, como pode ser considerada um conselho.
A opinião é um palpite quando você deu, mas ninguém queria saber. Então, se chega para a sua amiga e diz: "Amiga, sempre desculpa, eu sou sincera, eu tenho que te falar". Você não é sincero.
Você acha que ninguém perguntou? O conselho é uma opinião que foi dada a quem pediu. Mas eu nasci pra salvar o mundo?
Não, eu nasci pra salvar do mundo as pessoas que querem ser salvas por mim, porque quem não quer, eu não vou carregar esse peso. Porque esse peso provoca dor, são experiências que você coloca na sua mente; que, se forem para a memória de longo prazo, vão gerar depressão, ansiedade, estresse. Por que salvar o mundo que não queria ser salvo?
Pare de reclamar. Pare de dar ouvidos a quem reclama. Ajude somente pessoas que querem a sua ajuda e que, quando você for ajudar, exigem de você habilidades que você tem.
Porque se você não tem habilidade para ajudar, seu cérebro vai encontrar, na dor dele e na sua ausência de habilidades, um ponto de contato para fazer o que a gente chama de transferência. Quando você ajuda alguém, se você não tem habilidade para ajudar, prepara-se para carregar essa pessoa daqui pra frente. Colocando em prática essas dicas, todo mundo vai dar pra vocês, fossem amigas.
E tá chato, hein? Você ouve, ou reclama. Você reclamava, você me ajudava toda hora.
Você não faz nada. A pessoa fala: "Por que você fala com a boca? ".
Porque agora eu sei o que é meu e o que não é meu; eu tenho que colocar limites. Mas a maré incondicional é o amor incondicional, mas ajuda é condicional. Eu condicionei.
Eu digo por quê. E aí eu vou contar uma história bem rápida e eu vou terminar com isso. É legal esse combinado de vocês, né?
Essa minha cliente, ela manda uma mensagem: "Meu pai era casado quando conheceu a minha mãe, porém ela não sabia. Ele foi na casa dos pais dela, junto com a mãe dele e a irmã, e pediu a minha mãe em casamento. Ele levou os dois filhos dele na casa da minha mãe quando namoravam e os dois faziam chamado de tio.
Depois do noivado, minha mãe engravidou e meu avô forçou o casamento, e foi aí que todos descobriram que ele já era casado. Minha mãe tentou abortar; meus avós expulsaram ela de casa, meu pai abandonou. Enfim, eu nasci.
Meu pai voltou um tempo depois tentando reatar com a minha mãe, mas eles brigavam muito e eu sempre assistia isso. Meu pai nunca me deu atenção e só vinha para tentar alguma coisa com a minha mãe. Por várias vezes ele dizia que ia viver, então minha mãe me arrumava toda e eu ficava por horas esperando ele.
Ele não aparecia. Eu morava em uma cidade pequena. Minha mãe era tida como vagabunda na época porque era mãe solteira.
Eu lembro exatamente do jeito que ela escreveu, então me sentia rejeitada pelo meu pai. Todas as minhas amigas tinham pai. Eu sentia que os pais das minhas amigas me olhavam diferente.
No dia dos pais, eu sofria muito, pois era a única que não levava os pais na comemoração, na escola, na igreja. E, para completar, minha mãe sempre arrumava namorados e levava em casa. E, por vezes, eu até vi o que não devia.
Muitos desses namorados eram casados, o que me humilhava ainda mais na cidade em que morava, pois todos sabiam. Muitos meninos da minha cidade até tentavam se aproximar de mim, achando que eu era fácil por ser filha de mãe solteira. Aos 15 anos, minha mãe colocou meu pai na justiça para ele registrar, pois os documentos não tinham o nome dele.
Ele mal olhou na minha cara na audiência e quase negou que era meu pai, se não fosse a pressão do juiz. Depois desse dia, nunca mais vi o meu pai. Tem 27 anos que não tenho notícias dele.
Sofri muito nesses anos todos, fiz terapia, fui a psiquiatras, tive depressão. Era uma menina muito bonita, mas não valorizavam. Quase morri de tanta tristeza, adquiri uma compulsão alimentar que me fez ganhar 20 quilos.
E no auge da minha depressão, encontrei você, Márcio. Você era minha última tentativa. Eu não vivia mais; eu vegetava.
O casamento estava por um fio. Eu me auto-sabotei e quase não consegui acabar os módulos do treinamento. Mas semana passada, ressignifiquei.
Não acreditava que aconteceria muita coisa, mas parece mágica. Meu Deus, minha vida mudou! Estou leve, feliz, não tenho mais compulsão alimentar e até meu marido está espantado comigo.
A gratidão é a palavra para tudo que eu vivi nesse treinamento. Márcio, eu voltei a viver, estou livre das amarras que me prendiam na tristeza. E na dor, obrigada por me devolver a vida.
A detalhe, dois dias depois, dia sem professor do lado, nada. É Donata. Dois dias depois, tive notícias do meu pai: descobri que tenho seis irmãos.
Não sei se vou ter contato com eles, mas já me sinto leve e em paz, independente de qualquer coisa. Mas, depois que fiz um treinamento pra inteligência emocional, minha vida se transformou em todas as áreas. Uma delas foi a profissional: deixei o emprego que estava há nove anos e abri meu próprio negócio.
Agora, tenho a qualidade de vida. Estou muito feliz e, mais ainda, meus filhos não vão precisar passar pelo que passei. Muito obrigado!
Seus filhos não precisam passar pelo que você passou pra saber o que você sabe. Eles não têm que sofrer o que você sofreu para ter a experiência que você tem. Só que aquilo que você não vencer vai ser um problema com seu filho; vai ter que lutar.
Então, ou você vence, ou você vence.
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