a sessão um de memórias de marta esta é uma gravação librivox todas as gravações librivox estão em domínio público para mais informações ou para ser voluntário por favor visite librivox.org gravado por raquel morais belo horizonte brasil memórias de marta narrativa de júlia lopes de almeida sessão um capítulo primeiro tem uma ideia vaca da casa em que nasci e onde morei até os cinco anos um outro canto ficou desenhado em meu espírito quase tudo porém se perde no esboço confuso assim as cenas entre tantas coisas tantos tipos de tantas palavras que se refletiram nas minhas pupilas
de criança o que vibrar em meus ouvidos que ficou bem pouco lembro-me por exemplo de um o quintal onde havia um banco tosco e um tanquezinho redondo que servia de bebedouro as galinhas era ali que eu lavava as roupas das bonecas lembro-me também do papel da salinha de jantar cheio de chins e de quiosques de um vão de janela onde se arrumava o presépio pelo natal os quartos e dos móveis os criados de tudo isso me recordo às vezes mais uma fugacidade tal que não me fica a sensação de saudade mas é de dúvida das
cenas lembra minha da mudança um homem zangado mandando pelos nossos traços na rua e minha mãe chorosa aconchegando minha se uma vez que entrei numa alcova onde estava um homem morto muito magro líquido estirado sobre a cama com o hábito escuro de cordões brancos as mãos entrelaçadas e o queixo amarrado com um lenço ele era meu pai tive medo minha mãe obrigou-me a beijá-lo o frio e o cheiro do cadáver deram-me náuseas que sair ela aprendeu mexer os braços nervosos suposição que me quisesse fechar com defeito no mesmo caixão que ele estava já escancarado e
fugir em um arranco para o quintal nunca a luz me pareceu tão forte nem o ar tão bom com as costas unidas ao muro os olhos secos de espanto sufocando as palpitações do meu coração como se a agulha dele bastasse para chamar sobre mim a atenção da gente de casa fiquei muda sentindo por todo o corpo a frialdade daquele cadáver com a sensação de que me iriam buscar para me embrulhar e na sua roupa de espectro larga escura cortada pelos traços longos dos dois cordões brancos e na morte não era o pavor da cova negro
que nessa estava mais era presença do pai do céu de que me falavam a todo instante como uma punição para as minhas travessuras e um prêmio para as virtudes que eu não conhecia e me pareciam de assombro efetivamente que ouvia eu desde manhã até à noite menina não faça assim que deus castiga por isso eu tremia toda pensando que me queriam levar com meu pai para presença desse deus tremendo inflexível tão alto que se não pudesse curvar até as minhas faces da cremosas para um beijo de perdão ou de piedade já o corpo do finado
e aos solavancos do carro rua fora quando minha mãe foi buscar me vendo gritei com força que me deixasse que me deixasse e de batimentos seus braços frágeis e ela conversou minha custo de que me queria na vida para consolação dos seus dias negros entre em casa desconfiada e da morte do meu pai hesa medonha a sensação que me ficou a meio talvez mas não me lembro a convivência era pouca ou nenhuma ele passava a vida em viagem de trabalho agenciando negócios eu agarrado as áreas de minha mãe e de uma velha mulata rio de
juaze cima e que toda se desmanchava encontrar no histórias de santos dellagris tormentas mistérios obras divinas e enormes pecados que me faziam primeiro não posso acompanhar o movimento de transição da nossa vida desse tempo para o outro em que habitamos um cortiço de são cristóvão e aí já minha mãe não tinha criado nem mesmo a velhinha que nos acompanhava outrora e que partiu não sei para onde nem sei com quem lembro-me de que vivemos nós duas só se minha mãe engomando para fora desde manhã até à noite sem resignação arrancando suspiros do peito magro mostrando
continuamente as queimaduras das mãos e aspereza da pele dos braços estragada pelo sabão eu cresci vagarosamente como se não bastasse para o desenvolvimento o espaço estreito daquela alcova e que de verão e de inverno minha mãe trabalhava vestida com pobre traje de viúva já velho russo mal arranjado em seu corpo de tísica muito delgado e eu às vezes ia brincar para a porta com as crianças da vizinhança mas as pequenas eram bonitinhos e magoava meus pulsos puxando com força por mim eu caía chorava alto minha mãe corria socorrer-me e levava meu colo para dentro sentir-lhe
a respiração ofegante as mãos muito quentes e os beijos secos queimados que ela uni as minhas faces em beijos longos e sentidos vez dizia-me ela com voz enfraquecida e rouca arranhar se os joelhos deixa-me ver as mãozinhas são esfolados também e me olhava mais cuidadosamente como se eu tivesse doença de perigo ou dolorosa o todo mimi desvelo voltava depois eu trabalho arregaçar as mangas e dava-me uma bruxa de pano e os retalhos para que eu me entretivesse a fazer em vestido tá vendo me sossegada ponha-se a passar e repassar o ferro muito pesado ao longo
da tábua aceite de um lado no peitoril da janela e do outro nas costas de uma cadeira forte e rústica e eu alinhavado os corpos nos aventais impossíveis e acabava por adormecer quando abrir os olhos vivemos cercados de coisas que não vira pouco antes do meu lado uma manta cobrirmos joelhos a cabeça sobre o travesseiro e para que não me importo nascem as moscas enquadrado de as costas transparente a tapar meu rosto os dias sucediam-se sem que se notar se a menor alteração em nossa vida levantava me tarde minha mãe deixava me agasalhado no leito
e a trabalhar silenciosamente o nosso almoço era café e pão café sem leite muito fraco o meu quinhão era sempre o maior vem do almoço e aí eu como na véspera para porta atraídas pelos gritos alegres das crianças oprimido pela superioridade das outras muito mais fortes do que eu chamava uma lesma mole palerma e riam-se das minhas quedas da minha magreza e da minha timidez eu em começo estranhava que ela moradia com tanta gente tanto barulho no corredor tão cumprido infecto onde o ar entrava contra feito e a água das barrelas sem postava entre as
pedras desiguais da calçada minha mãe não permitia que eu me desembaraçar-se como as outras tinha sempre os olhos em mim eu senti os às vezes como brasas a queimar em minha pele e se eu me desejava um pouco ela gritava logo marta vem cá e eu voltava submissa no tempo das chuvas a reclusão que me era imposta tava indo um tom mais lúgubre a minha solitária infância fui sempre medrosa e dócil minha mãe levava me poucas vezes consigo quando sair a entregar a roupa a casa dos fregueses deixava-me quase sempre com uma vizinha humilhou a
bruta que batia nos filhos injuriava marido nunca haviam assistiu uma cena que não me sairá nunca da memória a carolina filha mais velha da ilhoa era compassiva e bondosa a flores nos pântanos e refletem se muitas vezes na lama os raios das estrelas eu gostava dela que era como uma asa proteger-me das maldades dos irmãos mais novos nesse dia ela notou que eu tinha fome e que já haviam passado quatro horas sobre o meu pobre almoço de café fraco e pão seco em apenas sete anos e na cidade o apetite não dorme pois bem a
carolina com dúvida deu-me um bocado de carne com farinha dizendo meu mesmo tempo umas coisas consoladoras e meigas eu devorava verdadeiramente aquele acip raro quando ele ou chegou vendo me perguntou admirada quem te deu isso eu tinha a boca cheia e não pude responder logo a carolina disse sem titubear com toda sua acostumada a serenidade que tinha sido ela amanhã enfureceu-se e fechando apertadamente as mãos dele com toda a regência dos seus pulsos de ferro uma meia dúzia de sucos para deixaram por terra carolina afirmava que opinião que me dera o seu só o seu
que ela não tinha vontade de jantar não me importa continuava em revestida mulher bate para que saibas que não se mexe na comida sem minha e desatei a chorar e foi assim que minha mãe me encontrou chegando à casa contei de tudo ela fez se pálida teve um ataque de tosse prolongado e violento depois ainda anelante de cansaço procurou aquietar me prometendo que não me deixaria mais iria entregar a roupa aos fregueses em minha companhia assim foi na primeira semana sair também o dia estava quente e luminoso eu senti o calor das pedras da calçada
e das paredes das casas um dia roçando as mãos em mais de meio do caminho minha mãe parou de repente ouvir uma senhora muito elegante que se aproximava e puxou-me para dentro de um corredor e dizendo quase que maquinalmente deixa a passar não quero que me veja assim alice tivemos alguns minutos até que tornamos a sair para a rua até o senhora sumir assim uma esquina eu perguntei o atônita quem é aquela senhora tão bonita era uma amiga minha respondeu apertando me brandamente a mão a minha pobre mãe mas então por que não lhe falou
minha mãe sorriu e desceu para mim seu olhar doce e úmido e suspirou sem me dizer mais nada a resposta devia anos depois do tempo da idade do destino e dos desenganos é porque não reconheceria uma senhora rica elegante feliz como uma amiga antiga a uma mulher de caída andrajosos a quase e miserável havia entre as duas uma barreira que a minha pequena altura não me permite dominar fui pensando nisso até a casa da preguiça entramos para uma sala de jantar quadrada com janelas e portas para um terraço de mosaico branco e preto e xadrez
a dona da casa cortavam os moldes sobre a mesa coberta de olhar escuro com ramagens cinzentos e avermelhadas em um canto a filha mais velha cozinha a máquina um vestido de linho cor-de-rosa clara guarnecido de rendas no vão de uma janela ao lado da morangueira envernizada uma menina da minha idade vestir em uma boneca de cara de louça e corpo de pelica um traje de veludo bronzeado prendendo nos cabelos muito loiros um laço da mesma cor vendo me sentou-se em baixo e por você tirar do seu copo e fato de seda de cetim e de
caxemira para sua querida boneca chamou me fez me sentar ao seu lado mas por vaidade que por outra coisa e desenrolou a minha vista o grande enxoval de uma de uma série rosa é isso muito das minhas exclamações e movia maselli e os trejeitos graciosos dizendo palavras amáveis e pretensiosas depois e fatiada de brincar falou me dá mestre das amigas de uma festa de natal aqui essas tira de caixas de amêndoas forradas de seda de bombons de joias de passeios levou minha sala mostrou-me o álbum os quadros as jardineiras sentou-se ao piano e tocou uma
lição do método tendo o cuidado de virar para cima a pedra do anel de por largo diz caía quando o filme depois para de frente do espelho grande espelho que vinha do teto ao chão tomando uma parede toda e como me achei triste feia ao lado daquela menina da minha idade ela muito alva curada olhos rasgados e brilhantes de alegria de orgulho vestido claro curto bibi branco bordado meias pretas esticadas por cima dos joelhos eu pálida o cabelo muito liso feita em trança apertado as pernas magras as meias de algodão empilhadas o vestido de lã
cor de havana muito comprida e esgarçado os sapatos de duraque rotos e ela compreendeu me e demorou-se maldosamente a confrontar me com altivez eu sentia-me humilhada e com vontade de chorar tô em casa da ilhoa ou em casa da freguesa caiu sobre mim com todo o peso o horror da minha compreendida situação voltamos para dentro o raul estava conferido chamavam por nós lucinda desse então a dona da casa para a filha mais nova vai buscar o teu vestido encarnado para o dário sá esta menina é novo ainda continuava ela voltando-se para minha mãe mas não
vai bem alô cidinha e o pai não gosta da cor veio vestido enfiaram mesmo por cima do outro para o experimentar em parece um macaquinho exclamava lucinda desferindo umas risadinhas agudas a olhar para mim eu corava e tinha ímpetos de eu arrancar do corpo virar homem de costas de frente de lado fizeram me levantar os braços a baixá-los e dobrá-los prestei me como um autômato indignada sem saber porquê e eu voltada uma submissa e trem bala quando minha mãe agradeceu a esmola sentir parar meu coração porque não teria eu igual direito a possuir tudo como
lucinda sem pedir ou aceitar esmolas e por que me fazia tão mal essa palavra a mim e nada conhecia do mundo não bastariam as humilhações da véspera em casa da carolina e a desse dia em frente ao espelho para ela fazer compreendida de sobejo quando eu ia sair a irmã mais velha de lucinda apagou me com um beijo a tristeza que eu sentia na consciência aquele beijo nunca mais me esquece foi nivelador foi santo e as crianças pensam e as impressões que sentem são as mais duráveis e profundas muitas vezes tenho passado por grandes tempestades
e nenhuma me deixou mais vestígios do que abalou minha meninice não sendo todavia essa a maior é tornei a ir na seguinte semana a casa da freguesa a lucinda não estava foram para o colégio a mãe tinha separado umas roupas já curtas e apertadas para filha e deu umas dessa vez costume menos a receber a caridade o primeiro passo é sempre mais difícil em uma vereda desconhecida habitua-se a gente a tudo até o perigo até a humilhação me perguntaram se eu já sabia ler minha mãe respondeu que não mas por que ah não mete na
escola ela já tem idade de aprender é que eu não podia mandar minha filha tão pobrezinha para escola agora tem essa roupa sim posso trazer laçadinha e levar lá faz bem faz bem disseram amei gandu me as bondosa senhoras voltei nesse dia mais alegre para nossa texto em alcova da estalagem de são cristóvão passei a tarde toda na porta com as crianças da vizinha a carolina o maneco e a rita o maneco tinha oito anos era magro orelhudo e pálido cheirava sempre a cachaça e vivia fumando as pontas de cigarro encontradas no chão e era
ele quem mais me a frigia e entretanto quem mais me procurava quando se ria mostrava as gengivas arroxeadas como se estivessem cozidas pelo álcool nos dentes grandes desiguais ainda muito nova era alto para a idade mas magrice o peito fundo e braços e as pernas moles a irmã mais nova tinha 5 anos mas podia comigo ao colo a rita já dona de um vasto vocabulário de insultos de resto bonita morena e engraçada a este arranjo juntava-se às vezes o mulatinho o lucas mais moço do que eu muito sujo e que passava a vida a mentir
nesse dia entrei para roda com ar altaneiro falei de coisas fruto horas presentes doces vestidos gozando do olhar de inveja e admiração dos outros é só a carolina aparecia não me ouvir lavava os esfregões das panelas com corpo em ser os braços enterrados na água mal cheirosa da tina é sim da seção 1 a seção 2 de memórias de marta esta é uma gravação librivox todas as gravações livox estão em domínio público para mais informações ou para ser voluntário por favor visite librivox.org memórias de marta narrativa de júlia lopes de almeida seção 2 capítulo segundo
dias depois entrei para a escola pública da minha freguesia na véspera da entrada participei a carolina e as irmãs que ia para o colégio e no dia seguinte logo de manhã foram para a porta ver-me com meu vestido encarnado a caminho da aula meu vestido encarnado então não me pesava ele nem me queimava o corpo como dias antes ao contrário fazia me orgulhosa superior olhei altivamente para minhas companheiras de miséria sorrindo me como sorrir a lucinda o meu lado em frente ao espelho as primeiras horas foram amargas na classe cheguei a chorar sentir-me triste no
meio de tanta gente experimentava uma sensação dolorosa de isolamento e saudade acostumei-me por fim e depois de um mês aquilo até me divertir desde que me principalmente é uma menina mulata que mais adiantado do que eu tinha paciência e ensinar minhas lições ficava meu lado era feia escura marcada de bexigas olhos pequeninos e amortecidos o cabelo muito encaracolado e curto chamava-se matilde teria 12 anos e estava havia três na escola era pouco inteligente e não passava do segundo livro de leitura por mais esforços que a professora fizesse eu estimava muito ela fazia me repetir as
letras e eram devidos a sua com descendência os meus p e juntos um dia uma com discípula nossa fez dela uma denúncia horrorosa afirmando que ela visto roubar por várias vezes hora ou lápis de uma hora uma fruta ou doce do lanche de outros hora de dais dinheiro linhas etc o fato é que sumiu há muito os objetos sem que se pudesse descobrir nem mesmo suspeitar como é interrogada pela professora matilde negou nos outros ouvimos em silêncio como vidas e curiosas nesse dia desapareceram par de sapatinhos de na scarlax feito pela de junta ele estava
a caixa de matilde dia dos livros enodoados e já velhos saíram eles com seus lacinhos de cordão e suas bolas a bailar de um lado para outro na exclamação de espanto encheu a sala todas as meninas é um tempo murmuraram a matilde não ser joelho nem vacilou sequer de pé com a cabeça baixa esperou a condenação e a mestra fez um grande discurso flechou a de conselhos e de humilhações pintor e o quarto da desde de suas companheiras que só lhe apertaram a mão se a visse reabilitada o matilde ouviu tudo sem pestanejar depois foi
de castigo para o canto da sala em pé resposta a todas as vistas pela primeira vez eu não soube lição faltar a minha pobre pequena cuja persistência ensinar-me não diminuir a nuca no entanto eu como todas as outras seguindo liso exemplo voltei às costas e desgraçada mulatinha e nunca mais lhe dirigiu uma única palavra isolada matilde tornou-se agressiva enatur ável e foi de tal excesso e sua raiva e mal modo que a expulsaram do colégio via sair sem que me viessem as lágrimas aos olhos a mim que ele devia tanto e agora no fim de
trinta e tantos anos sempre na minha consciência como uma grande nodo imperecível o substituir a matilde na grande convivência colegial por clara silvestre a minha nova amiga não me ensinava as lições mas era alegre bonita e forte repartiu comigo solange e eu não a deixava um só instante era ela que reparava o meu lápis que me dava os mais lindos cromos e santinhos para os livros que me ajeitava o cabelo na hora do recreio uma solicitude maternal era uma das meninas mais aliados do colégio a mais distintamente coquete na bolsa dos livros levava sempre um
espelho pequeno e uma de pó de arroz quase do tamanho de uma noz e o invejava aquilo e poema então a descrever as mesmas cenas os bíblias bordados e a ponta de uma de uma série rosa inventando intimidades entre mim ea lucinda uma sombra terrível emagreci olhar docemente azul de carlos silvestri ficando rapidamente o seu vestidinho o e às vezes de algodão tem muito luxo era o seu sonho mas aquilo tudo passava depressa e na sua bondade natural ela vazava no lenço das outras um pouco de água florida trazida no vidrinho do lavatório da mãe
de carolina e dos irmãos carinhosos não falei nunca no colégio referir minhas filhas da vizinha foram macular a minha reputação no fundo de minha consciência porém não se apagará a cena humilhante e que a bondosa e serena carolina sofreram castigos por ter me dado com que matar a fome minha mãe vigiava ansiosa os meus progressos fazia se repetir muitas vezes a lição e beijavam e com alegria quando a mestre dizia que eu era inteligente ao fim de dois anos fiz exame com deus embaraço e firmeza ficaram atônitos as professoras que me sabiam tímida e nervosa
foi um dia de triunfo para mim que nunca me vira tam e com cabelo crespo papelotes o vestido branco transparente e a fita azul do uniforme a tiracolo aquele vestido aquela fita quantas horas de trabalho custaram a minha pobre mãe hoje vejos através das lágrimas de saudade e reconhecimento então via os entre os risos da vaidade e da ignorância a ignorância natural da desse preocupações da meninice e as férias todas as minhas condiscípulos falavam com entusiasmo nelas uma ia para fora passá-los combate no campo outros com as amigas alegre de idosas outra com uma irmã
casada que passeava muito e fazia um projetos rindo com prazer antecipado eu eu senti-me triste como se qualquer delas tivesse esperá-la nos braços mais carinhosos do que os que me esperavam a mim temia as longas horas soturnas na alcova úmida e escura onde desde a madrugada até a noite minha mãe trabalhava sem interrupção que distrações que alegria podia prometer me aquele quadro constante uma mulher magra pálida curvada sobre a tábua e comando cuidadosamente as roupas dos freios exigentes e severos e as aves não iam cantar ali como cantava no jardim do colégio o sol não
entrava arrojado e luminoso pela janela do ensombrado quarto do cortiço como pelos de moldura envernizada da sala e sobretudo não teria companheiros risonhos e turbulentas havia de suportar hospitalidade dos vizinhos e mundos e para entreter me brincaria de vez em quando com a desgraçada bruxa que for outrora adorada por mim mas que voltei ao desprezo desde que vi mais uma célio rosa e emagreci durante o tempo das férias faltava-me o passeio obrigado a convivência alegre de outras crianças as correrias do recreio o barulho a vida a luz tornei-me linfática tinha o pescoço cheio de caroços
e os beijos e os brancos veio fastígio o sono ea doença passa as tardes em casa da vizinha brincando com a rita eo maneco enquanto a carolina trabalhava a pobre sofia caladas repentinas da mãe estava sempre magra espingarda no seu rosto oval e sardento os olhos claros derramavam uma tristeza impressionado dura e era doença era o cansaço porque ela estupidificada pelo meio nem tinha consciência do sofrimento o maneco cheirava sempre álcool tinha a mania de dar beliscões fininhos que arrancavam bocadinhos da pele a gente e eu raramente viu o pai que saiu de madrugada para
o trabalho e só voltava à noite aquela ausência ajudava mergulhar o pequeno no vício era o vendeiro da esquina o seu joaquim quem para rir for ensinando o rapaz a beber só a rita sabia que vale como criança mas isso não me bastava era muito mais nova do que eu divertir-se com coisas que me faz schiavo e não sabia acompanhar minas que me divertiram eu às vezes saem chutada período que rogava pragas a todos confundido me com os filhos com medo de que minha mãe não me deixa a se tornar aquela casa terrível cá lava-me
e no dia seguinte lá voltava atraída pela convivência das outras crianças farta entumecido do silêncio e da tristeza do meu quarto é uma vizinho ou charme tinha um bom ar alegre no seu comprido rosto enegrecido pelo sol ó senhora marta eu estou ela de fora a minha mãe deixa com a vida sua pequena um nadinha assim fui tinha lhe dado uns doces em caso de uma freguesa e ela repartiu os com a criançada a sua voz forte de pronúncia cantar o lada despontando de u franceses nunca me pareceu menos rude ela estava em pé no
meio do quarto perto da mesa a rita segurava allie as saias ea carolina sentada no chão com a costura caída nos joelhos levantava para a mãe o seu rosto comprido de queixo fino o lucas perto da porta empurrava com o dedo a mão benta que já não lhe cabia na boca e de bochechas inchadas olhava ainda kombis osamente para as mãos da ilhoa eu recebi o meu quinhão e sentei meu comer o perto da carolina e o maneco indagou a mãe ainda não veio mandasse o fora nossa senhora o demo do rapaz deixa esse dia
aqui o seu bocadinho o quarto da ilhoa era um dos menos sujos do cortiço apesar da criançada conseguiam ter as coisas mais ou menos em ordem a carolina não tinha as mãos paradas nenhum instante era a responsável pela travessura e o desmazelo dos outros a parede era toda coberta com gravuras de jornais e cromos comprados aos turcos havia uma divisão de tabique separando o quarto de dormir e ao fundo em frente à porta da rua 3 prateleiras de pin cobertas como a cortina de chita vermelha guardavam a louça e o rita vai ver se o
teu irmão está na venda querem ver que o diabo do joaquim está da cachaça o pequeno é a rita saiu nós voltou depressa maneco já vem aí descia lá mãe olhando para trás com o modo curioso momentos depois a figura magra do manoel balançava se na soleira da porta vinha lido com os braços pendentes as orelhas despregadas do crânio carolina teve um sobressalto posto de joelhos a mãe ficou até errada a espera ele entrou aos avanços e recuos engrolando palavras escovando muitos joelhos com o corpo bambu toda a serenidade da fisionomia da ilha ou fugiu
rápida subitamente olhava para o filho a tônica esfarelando entre os grossos e raivosos dedos os últimos dos e ele ria e abaixo ficando o queixo no peito da camisa de chita a mãe puxou num repelão ele vergou pela cintura mas não caiu amparado pelos pulsos e os joelhos dela é burro ele tava indo eu vou com pescoço congestionado burro essa minha vergonha preferia que ele estivesse centrada morto pela porta adentro e dá para ler sucos maneco rolou por fim para o chão a mãe processo sabatini sempre sem atender a carolina que supre cava já de
pé com a brancura pálida do linho nas falsas magras mamãe mamãe o corpo mole do maneco caiu estendido de bruços no assoalho a mãe você fernando nomes batendo com o pé como se tivesse dado numa coisa morta depois voltando-se agachou-se no canto e dali contemplava o filho silenciosa com as falsas apertadas entre as mãos grosseiras e as lágrimas rolando de pela cara e a carolina estava trêmula e a rita espantada olhava com medo para tudo aquilo maneco bebia sempre mas não chegaram não com aquele estado que atormentava a mãe ela lembrança de que esse vício
foi inoculado no filho pelo vender o bruto que se divertir embriagado as crianças não sei o que tenho que não do cabo daquele maldito joaquim foi aquele diabo que perdeu o maneco ou hei-de vingar-me isso dizia entre dentes raivosamente a mamãe não morou a carolina procurando acalmar ela fala e depois de uma pausa e ainda voltada para a filha mais velha teu avô pai de teu pai que lá o meu era um santinho morreu cozido das monas que tomava sempre tive nojo do velho graças a deus teu pai não tem o vício e vai o
rapaz sai me assim credo que inferno o maneco rancou surda e arrastar da mente no rosto bronzeado da mãe o desprezo ea dor juntar os uma expressão terrível então a carolina levantou-se pegou com dificuldade do irmão quase do tamanho dela e levou ao colo para dentro através do tabique ouviste o rosnar dele e o choro baixinho da irmã se a rita já tinha assistido por muito tempo a sua alegria vendo desaparecer atrás da porta as pernas fininhas do maneco começou a rir alto a mãe furiosa fez um gesto de arremesso ela calou-se aterrorizada e eu
fugir uma hora depois rebentava o barulho na casa da vizinha o marido voltava do trabalho a discussão começava como todos os dias mas desta vez pior mas prolongada minha mãe fechou a janela ea porta e mandou-me dormir o fim da seção 2 e aí a sessão 3d memórias de marta esta uma gravação librivox todas as gravações librivox estão em domínio público para mais informações ou para ser voluntário por favor visite librivox.org memórias de marta narrativa de júlia lopes de almeida seção 3 capitulo 3º ao expirar das férias cai gravemente doente desenvolveram-se no cortiço a epidemia
terrível de diphtheria e o sarampo minha mãe enlouquecida não me desamparar ava de lava ácido noite e dia por sua pobre doentinha evitando menor golpe de ar proporcionando todo o possível conforto e logo no primeiro dia de doença correu à casa do médico de manhã mas só à noite aquele apareceu o que é desesperava de impaciência eu gemia baixo enfraquecido e prostrada pela intensidade da febre dele irei tive sufoco ações medonhas e só depois de duas semanas de levantar-me muito trêmula e muito impertinente e o médico deixou de ir ver me mas ofereceu caridosamente seus
conselhos sempre que dele precisássemos principiou a convalescença a época de desejos irrealizáveis e de excitações nervosas eu queria tudo o que não possuir exige a impossíveis aquela pobre marte que tinha na voz súplicas e no olhar toda a meiguice de uma alma angélica um dia quis ver a boneca da menina lucinda cuja lembrança não sei porque se despertou em meu espírito quero brincar com mademoiselle rosa mais uma série rosa era minha ideia fixa deixa estar meu amor dizem a minha incomparável enfermeira as de ter também uma boneca assim mas a descer já já foi sim
vou comprar tio agora mesmo não eu só gosto da rosa e chorava a lucinda tinha ido viajar com a família e não podia minha mãe socorrer-se de suas a cidade não chores retorna só ficar pior descansa que as de ter uma boneca muito linda e marejar os olhos de lágrimas eu apesar de muito crescida não me envergonhava daquelas exigências nem um raio da minha mãe as impertinências manhosas e insuportáveis ou põe a sua resignação e seu grande medo de me ver outra vez com febre e inerte no dia imediato comprou-me uma boneca para consolar-me e
deu uma embrulhada e por ser espreita fixando avidamente em mim o seu olhar de santa desdobrei com as mãos emagrecidos o papel amarelo e uma ansiedade nervosa quando viu o desejado objeto levantei os olhos para minha mãe e como se estivessem frente de um espelho vilela retratada a minha decepção a boneca rolou para o soalho onde permaneceu alguns minutos e depois e um bom movimento pedir a concurso do vestido de gaze vermelho salpicado de flores de pano e adormeci com ela nos braços estabelecime vagarosamente minha mãe e dobrava se de trabalho para pagar.me vinho fino
e remédios caros era caprichosa mas demorad cima no serviço faltavam-lhe as forças para sacudir o trabalho e desembaraçar-se depressa voltei enfim a aula agora com preguiça saudade daquelas horas várias entre a criançada da vizinha a rita entrou nesse ano levada por mim que ele segurava a mãozinha trigueiras com a vaidoso de proteção dona aninha estava na sua cadeira de braços sobre o estrado em frente dela em cima da mesa misturavam-se com os lápis e as luzes caminhos de manjericão rosas de alexandria e galhos de alecrim levados pelas disciplinas as rosas mais finas estavam colocados no
copo cheio de a e essa junto eu fiz ficavam pedras de cabeça baixa apresentei a rita a professora dando-lhe o papelzinho que já vieram escrito de casa com o nome ea naturalidade da pequena eu gozava naquele momento de um prestígio extraordinário aquele ato simples de matrícula em que o intervinha diretamente fazia-me crescer diante dos olhos pagos da meninada ignorante desde então tomei grande preponderância sobre a rita que não fazia nada sem meu conselho e cada ano que começa a uma onda nova de meninas que entram e um grande vácuo de meninas que saíram algumas sem
uma palavra ou menos de despedida cada dia ocorre nos a lembrança uma outra colega que não tornamos a ver e é uma impressão delicada e estranha das crianças essa e que a novidade traz uma certa tristeza indefinível felizmente ainda lá encontrei clara silvestre com seu formoso rostinho alvo e rosado e o cabelo castanho amarrado no alto como fita cor-de-rosa mostrava-se agora ciumenta de mim com a rita e toda ela só para fazer me pirraça sus se dedicavam a caboclinha risonha de vez em quando fazemos as pazes e eram então abraços e beijos sem fim a
professora começou a mostrar para a direção por mim dando-me muitas vezes uma cadeira seu lado para ajudá-lo a tomar a lição das meninas do abc diziam que eu tinha muita paciência e muito jeito as crianças deram em trazer-me também amigos de alecrim e perpétuas mal amarradas com linha assim correu um ano chegar do mês de dezembro tornou a época do dia eu fiz meu segundo exame com louvor minha mãe julgando insuficientemente instruída quis acostumar-me ajudá-la mas viu com tristeza que eu não tinha jeito para os trabalhos aqui me propunha mandava me vigiar a panela mas
a comida queimava-se o fogo extingue-se olhava-me sem repreender me e uma ocasião disse-me com brandura tu não assiste para isto mas filha é preciso que te habitues bem vez somos muito pobres e quando morrer deve saber sustentar com dignidade e firmeza ao ouvi-la falar em morte desatei a chorar e prometido trabalhar mas no dia seguinte e não tornei a panela nas brasas que se apagaram eu tinha então 11 anos nessa idade lhe dava arduamente a carolina mas a carolina era a carolina um anjo condescendente e sofredor que levava abelha o pedro por isso nódoas negras
de seu corpo de gafanhoto muito branco a carolina tinha juízo como uma senhora sensata e coração imaculado enfim a carolina não entraram nunca em uma casa como age lucinda nem se virem frente de um espelho miserável e feia ao lado de outra menina de sua idade bela e orgulhosa passei tristemente o resto das férias e logo no primeiro dia de escola voltei a classe chovia e estavam poucas meninas fim da lição principiei a costura a bainha de lenço uma de junto conversava intimamente com a mestre e um tom que me permitiu vila sem descrição falava
de si de sua vida passada dando graças a deus por ter um emprego cujo ordenado de conseguir o certo conforto evitando que o irmão única pessoa da família a proteger-se dando licorosos olhados como supérfulos por mais as o que fosse pela cunhada rapariga invejosa e irônica segundo frases suas estou morta para tirar a carteira continuava só assim viverei tranquila a professora anne moa ela retirou-se com sorriso satisfeito e eu fiquei pensativa nessa noite sonhei que era mestra tinha uma casa grande com jardim onde cantava do da mente em uma alegria exuberante e abençoada os passarinhos
quando acordei desse sonho a minha mãe vídeo no rosto na beijar a alegria foi assim que desabrochou em meu espírito essa flor imaculada e santa de ar uma fortalecedor e doce o amor ao trabalho e o projetava fazer fortuna a ensinar meninas queria um palacete com espelhos e móveis esquisitos atrair a minha figurinha nervosa e brilhante de lucinda aquela visão que me plantou na alma o arbusto de negros frutos e me envenenava a inveja sonhando ser mestra eu não imaginava o descanso o repouso ameno que eu daria a minha mãe como recompensa dos grandes sacrifícios
feitos por ela para meu bem-estar eu não pensava em ser útil e tornar-me necessária imprescindível eu não queria ser mestre para namorar um cortiço mal iluminado infecto úmido nesta terra onde há tantas flores tanta luz e tantas alegrias o caso é que fosse qual fosse a mão que me escreveu no pensamento a resolução de vir a ser professora pertence ela à tentação diabólica do luxo ou a compreensão do dever fosse qual fosse e o abençoou continuei estudar e fazer progressos os primeiros prêmios eram meus dava usa minha mãe que os guardavam como relics em um
cofre de madeira onde tinha o retrato de meu pai e algumas cartas de família amarelecidas pelo tempo por isso de e sorrindo nesta caixinha estou meu passado e o meu futuro uma tarde voltávamos do colégio eu e a rita quando no meio da rua tivemos de parar estupefatos aí eua ea entre dois soldados o vestido esfarrapado o cabelo solto o rosto sangrando coberto de arranhões as mangas arregaçadas mostraram os seus braços de lavadeira robusta avermelhados e musculosos e avião download fúria de dor no seu olhar que ela nem viu a filha chamava por ela agarrando-se
a mim a porta do cortiço havia julgamento de povo algumas pessoas riram-se o joaquim vendeiro você esperava a coxa de cólera empapando no lenço o sangue que discorrido nariz entramos em casa trêmulas de susto soubemos tudo e o maneco tinha ido com a mãe ao médico aí eu a queixar-se o pequeno não comia não dormia tinha tremores nas mãos o ar pasmado e entrava a emagrecer de uma maneira span tosa o médico depois de um rápido exame declarou doente incurável aquilo era o efeito do vício já não vale a pena vale remédio que eu deixasse
beber à vontade a morte não tardaria muito aí eu a voltou arrastando o filho atirou-o para a cama recomendou a carolina e saiu de novo para rua estrangular o joaquim entre os seus dedos rigorosos era o seu intento mas devagar dizendo-lhe mesmo meu filho vai morrer por tua causa mas antes que ele morra as de tu ir para o inferno a avenida estava cheia de gente ela não viu senão o dono magro amarelo alto perto do balcão seboso atirou-se a ele esmurrando o extravasamento de cólera caiu cox garrafas uma barulheira medonha que ir atraindo os
curiosos vieram soldados separando as pranchas e lá a levaram para a polícia com as mãos cheias de sangue e fios da barba do outro de dentro da casa a carolina chorava abaixo contendo o irmão que tem nave e voltar para fora ela ouvia tudo com o coração apertado mas não faltando os seus cuidados demenager minha mãe foi acompanhá-la ajudando a deter uma leco carolina de jantar a rita obrigou o irmão a tomar um caldo e arrumou depois tudo no armário limpando as lágrimas no plano dos passos numa das voltas minha mãe notou que é que
você tem nas pernas carolina estão inchadas há muito tempo já que estão assim cada dia engrossam mais já não posso calçar as meias isto não é nada já falou o doutor não mas já tivemos aqui uma vizinha com a mesma coisa e o doutor disse que era da umidade a gente não pode mesmo morar no outro lugar isso não é nada e quando se tratava das doenças ela dizia sempre repetindo se isto não é nada só no dia seguinte foi caindo voltou para perto dos filhos e mal entrou desafogou sem lágrimas o fim da seção
3 a seção 4 de memórias de marta esta é uma gravação librivox todas as gravações librivox estão em domínio público para mais informações ou para ser voluntário por favor visite librivox.org memórias de marta narrativa de júlia lopes de almeida seção 4 capítulo 4 o cortiço em que morávamos gozava da fama de ser um dos mais pacatos do bairro devido a previdência do proprietário um carroceiro em português que morava com a família no local da primeira casa à esquerda do portão ele gabava-se de só com sentida de gente séria e o caso é que os moradores
ficaram atolados naquela economia anos e anos afeitos à promiscuidade e retidos pela barateza dos aluguéis com o passar dos dias fora de casa no colégio e voltava-se empresta para o meu quarto melancólico estudava com esforço arrancava as ideias do cérebro dolorido pertinazmente lutando com a preguiça que me vá dia toda com a inteligência que esfaqueava e repelir as lições o mas o vexame daquele portão de cortiço daqueles vizinhos que na fama de moderados se esmurrava o inchavam impropérios dava meia lentos para a luta o senhorio máscara um dia sua propriedade com o nome de avenida
caiu as casas despedir um casal de pretos quitandeiros que emprestavam de frutas podres todo o cortiço faz um tanque para as lavadoras sem elevar o preço das suas casinhas isso decidiu nos a ficar por mais tempo ele bem sabia que a gente não podia ir bater a outras portas mas associadas o dinheiro era quase nenhum e a saúde fraca e entretanto de signos sempre com as suas menos rudes cortesias duas casas adiante da nossa ao lado da ioa morava uma mulata gorda aí eulália lavadeira que invariavelmente todos os sábados vinha cambaleando da venda a falar
alto sobre a ação de uma garrafa de parati toda a gente do cortiço se reunia e a provocava indo muito das suas palavras em conexas e dos seus esgares mandava na dançar bate um palmas assobiando luz e citando a aos requeridos em que ela bambolê ava o corpo mal firme às vezes a desgraçada e ao chão falhavam na estrepitosamente ela então zangada atirá-los pedras e os chinelos e eles fugiram as gargalhadas batendo com os tamancos os pés descalços no chão a segunda feira eulália muito triste colírios fundo sínodos de pancadas no rosto ea pedir-nos trabalho
e ela então grande sermão que parecia convencê-la a minha mãe é demônio estava muito ela chorava e saía com a grande trouxa de roupa para o tanque veja lá eulália dizia ele sempre minha santinha eu sou responsável por tudo isso e não quero dar uma conta aos fregueses fique descansada não há de faltar nada e não faltava a direita da nossa casa ficava de uma família galega operários de uma fábrica de chinelos a mulher o marido e duas filhas moças queriam todos os domingos para casa de um tio aos subúrbios e fecharam-se as horas da
comida para não repartir os restos com lucas que tinha o costume de pedir alimento a quem visse comer o altinho bernardo o idiota velho que o carroceiro sustentava e a quem todos davam os magríssimo sou beijo o tio bernardo mina pagava essas coisas ao proprietário varrendo a calçada e lavando os esgotos como a regularidade nunca alterada e entre todos os moradores da avenida distingue os dois rapazes tirolesa muito amigos e que viviam juntos na mais pura harmonia víamos passar todas as manhãs com as suas ferramentas de trabalho a caminho da oficina o mais velho túlio
era carpinteiro trabalhava muito e fazer a pecúlio para ir buscar a noiva itália o outro parecia menos acido voltava muito mais cedo para casa e chegou a provocar uma pequena desordem tentando raptar a filha de uma paraguaia na mesma estalagem a mulher fez barulho armou mesmo escândalo mas o tudo interveio e tudo ficou em paz pois bem dias depois deste acontecimento ocorreu rapidamente boato de que o giovani matar o companheiro seu protetor seu patrício quase seu irmão o tio bernardo tinham visto sair alta noite manchado de sangue cautelosamente cozidos de com a parede a olhar
para trás como se temesse ser o e apesar do tio bernardo ser um idiota sem responsabilidade vivendo por esmola no cortiço toda a gente lhe prestava atenção fazendo repetir em frente ao quarto fechado a mesma coisa de instante em instante uns pingos de sangue na soleira justificavam a história do desgraçado de mente negro velho hidrópico de quem eu sempre tive muita repugnância e muita dó eram sete horas da manhã chovia e a porta ainda fechada do quarto número 10 ia se ajuntando o povo ouvir as exclamações ó parece incrível jesus aquele diabo como era sonso
eu sempre achei na cara pobre túlio a paraguai ela estava fazendo couro com filho mais novo ao colo e os dois gêmeos do teu no último parto agarrado a sua saia de chita de arruda muito escorrida esticavam o pescoço de corda o veias salientes à espera da autoria e as 8 horas chegou a polícia e afastando os curiosos procedeu ao arrombamento da porta inventou um murmurinho de espanto e a massa de povo já muito compacta apertou se ainda mais avançando na sofreguidão de presenciar tão medonho espetáculo para ir para a escola e tive de passar
pela casa do túlio instintivamente olhei para dentro ele estava deitado de costas com o peitilho da camisa manchada de sangue e a boca e os olhos muito abertos sentir arrepios e talvez caísse minha mãe não me amparasse apressando o passo foram interrogados muitos moradores do cortiço e averiguaram ter sido a morte causada pelo ferimento de um compasso do coração miserável giovani esperar a que o amigo dormisse e então para mais livremente roubar no seu pequeno pecúlio junto à custa de trabalho de sacrifício enterrou ali desapiedada mente o ferro pelo peito dentro depois fugiu levando a
chave de casa o caso é infelizmente vulgar esse narro é porque ele influiu no meu organismo de uma maneira incrível passava noites em claro dentro do pobre tudo morto assistindo léo passamento seguindo na minha doente imaginação os passos do criminoso chegando me muito para minha mãe pedindo-lhe que acendesse a vela cobrindo meus olhos frios horrorizada trêmula e enlouquecida sempre que passava pelo quarto número 10 voltar o rosto para o outro lado e acelerar os passos mas as noites sobretudo é que me aterrorizavam desejava que os dias se prolongasse em interminavelmente só a luz do sol
conseguia acalmar o meu pobre espírito tão super excitado fazia com que minha mãe acumulação de encontro à porta a mesa a tábua de engomar as cadeiras a talha toda a nossa mobília para que se alguém tentasse entrar o estrondo daquelas coisas atropeladas nos despertasse ela e dizendo que a nossa pobreza era conhecida lá fora e ninguém perderia tempo e trabalho indo alta a noite é mexer meia dúzia de trapos sem valor mas eu estava e ela fazia minha vontade com a sua com descendência angélica numa ocasião uma saia pendurada na parede pareceu-me tomar formas estranhas
e mover-se ao impulso de um corpo humano vivo e palpável era mais de meia-noite minha mãe está no área de trabalho dormia eu encolhi toda e a baleia de mão suavemente com os olhos muito abertos fixos naquele pavoroso vulto branco que parecia ser a arma de lá misteriosamente o quê perguntou assustada minha companheira acenda a vela depressa disse-lhe a meia voz muito trêmula ela levantou-se depois de ter ouvido um motivo do meu susto de se pendurou a saia sacudiu para que eu me certificasse de que não estava ninguém deixou explicar-se em baixo da mesa e
da cama e aconselhou meu dormir que ela ficaria velando pelo meu sogro e não fechou os olhos enquanto não me viu adormecido e serena atravessei noite de grande calor no pino do verão com a cabeça embaixo dos lençóis fugindo de ver em cada parede desenhar se a figura assustadora do assassino de túlio o giovani emagreci andava sistemática com medo da loucura até que a pouco e pouco fui voltando ao meu estado natural então trabalhava com maior regularidade e atravessava noite de um sono só estava pois no período saudável quando uma tarde em que eu dava
umas passagens um casaco eu reparei que minha mãe pararam de engomar e ficará se olhar demoradamente para mim como te parece com teu pai exclamou por fim um suspiro de indefinível tristeza minha mãe várias vezes falava do passado fugia de referir-se ao seu tempo de fugitivo alegria nunca te dei com a razão disso sentia-me curiosa mas tem coragem de evocar lembranças que a pudessem magoar nessa tarde porém ela aparecia tem necessidade de falar dos mortos nos seus adorados amores interroguei a docemente e ela se encontra variedade pousou o ferro no peitoril da janela sobre o
tijolo que servia de descanso e veio sentar-se ao pé de mim numa cadeira baixa que até hoje conserva como lembrança dessa época pela janela aberta entrava o ar frio e as massinhas do lado do cano de ferro a roupa já borrifada feita em trouxas apertadas esperava os cuidados da engomadeira que pela a cada vez na vida parecia fazer pouco caso dela lá fora gritavam as crianças no algazarra atroz e passava o rim dos carroceiros dos açougues manchados de sangue de volta do trabalho em que me pareço com meu pai perguntei desejoso de ouvir lula em
tudo mas principalmente nos olhos tens uma certa maneira de olhar como só nele conheci era também trigueiro como tu mas menos pálido atesta que não se parecia tanto com a tua mas os olhos tem os teus a mesma cor castanho-escura e as pestanas curtas como as dele as de minha mãe ensombra vale as falhas não era bonito dizer os outros eu achava lindo e onde conheceu em casa de um amigo nosso que deu um baile e estou para que eu fosse como já te contei de três anos apenas fiquei órfão de mãe não tive irmãos
criaram me sem alegrias teu avô condescendeu em levar por que não quis desgostar o amigo a quem era obrigado lá jogou toda a noite deixando-me envergonhada na sala e dando-me explicação do seu comportamento ele nunca entrava em casa antes de uma hora e mais da madrugada teu pai da sou muito e eu gostava de vê-lo foi tirar me para uma valsa responde ligeiro a mente que não sabia dançar ele sentou se eu conversar comigo e foi assim que principiámos a gostaram do outro eu em casa em pretinha né com serviços grosseiros não tinha convivência não
tinha animação aprender a ler ea escrever mas isso mesmo mal e pedida teu avô fosse ao casamento não me podia dardot e teu pai era pobre a cassini depois de muita luta e fui morar com a minha sogra mas a boa velhinha morreu antes de um ano e teu avô embrenhou-se de tal forma no vício que ficou pobríssimo e desconsiderado chamamos o para o pé de nós ele continua jogar jogar sempre cego a todas as súplicas indivíduos meu marido arranjou ele com sacrifício suficiente para saldar a sua dívida e lavar e a honra mas foi
tudo em vão o vício é como a água do mar que quanto mais se bebe mais cedo e faça uma infeliz velho chorava como uma criança abraçado a mim girando não pegar mais em cartas e dali ea para mesa do jogo que ela branca era um abismo onde sumiu todas as nossas economias foi em uma casa de jogo e morreu de um ataque no triste dia chuvoso saímos de menos onde já não tínhamos ninguém e viemos para aqui teu pai arranjou várias esculturas ações comerciais com relativo conforto em um chalé ajardinado compramos uma mobília modesto
mas asseada tínhamos visitas éramos considerados recebemos convites para festas em casas particulares e tudo ia bem tu nasceste e ele projetando arranjar 1.se esse caixeiro-viajante foi na última das suas viagens que lhe roubaram dinheiro dos patrões que ele trazia consigo muitos contos de réis foi a nossa desgraça ninguém acreditou na sinceridade e para não ser preso ele fez loucura de matar-se com toda minha alma se afundava em uma dor imensa chorei pela primeira vez a morte de meu pai maldizendo me silenciosamente não fura eu o motivo de tudo por causa do meu dote a sua
desonra pedir então a minha mãe que me explicasse qual era a firma da casa de que ele era empregado braga e torres como receberam a notícia de sua morte como confirmação da culpa respondeu-me ela num suspiro eu mostro escolheu o veneno o creme sobre o pano que o cozia caiu minhas lágrimas minha mãe não chorava tinha os seus grandes olhos negros filhos no vácuo onde seguia talvez como aspectos saudoso todo o seu passado e o ferro arrefeceu no descanso as crianças calaram-se lá fora só se ouviu os passos dos carroceiros de volta da taberna o
assobio do lado sereno de algum rapaz vadio e com agulha da honda rolar na praia o rumor surdo dos carros passando além na rua compreende assim a razão daquele relaxamento em que cair anos a viúva de um ladrão não podia continuar na mesma classe de que a memória do marido arrancar era não era só uma mulher pobre era uma mulher vilipendiada estávamos bem no cortiço só aquele lugar aqui nos competia braga e torres ah se eu pudesse alcançar milhões de rica lançar a cara daqueles homens são igual a roubada meu pai pagar e já não
pensava noutra coisa o fim da sessão 4 a sessão 15 de memórias de marta esta uma gravação librivox todas as gravações librivox estão em domínio público para mais informações ou para ser voluntário por favor visite librivox.org memórias de marta narrativa de júlia lopes de almeida seção 5 capítulo quinto os meses foram correndo eu estudava muito mas o pelo esforço intelectual ou por fraqueza física estava sempre nervosa irritada e magra a minha preocupação constante ela ser vítima de um desastre imprevisto nunca cheguei a casa que não esperasse encontrar minha mãe morta nunca atravessei uma rua que
não imaginasse ser esmagada por um carro nunca desejei uma viagem que não tem nesse o naufrágio esconde essas coisas com recato mas não podia fugir delas em uma obsessão interior acima minha mãe não compreendi bem o meu bom então procurava distrair-me eu ia agora raramente a casa da ilhoa o maneco perturbava me sempre a tremer muito desmaiado com as orelhas descaídas para frente a cabeça raspada escovinha cheia de falhas de cabelo das cicatrizes de seus trambolhões tinha olhar parado muito aberto os ossos pareciam furar e a pele franzida e mole de um branco que lado
do ia me ver aquela pobre criança cerrando os dentes aos alimentos comida dentro da sua velha roupinha que parecia crescer cada uma das a cuide delas que ele de imprimiria uma tarde tínhamos saído e voltamos depois das 10 horas vemos luz no quarto daí eu mas eu sofria de uma enxaqueca tão forte que nem nos lembramos de indagar a causa daquilo na manhã seguinte como fosse domingo não sai fazia frio e eu estava lendo por dentro da janela enquanto minha mãe preparava o almoço e então passar um cá o assunto para casa da ilhoa estremece
o caixão pareceu-me de gente grande e o maneco havia muito tempo condenado era tão miúdo viver o quarto da cozinha continuava limpo somente as gravuras das paredes careciam de reforma ao fundo perto do caixote da louça o dono da casa olhava fixamente para o chão com as mãos pousadas nos joelhos afastados a rita em colônias em um canto com seus formosos olhos muito abertos ea carolina mo viu formidável trambolho das suas pernas agora muito inchadas tirando roupas de um baú enchendo a bacia d'água no sensação do a casa a porta do tabi que estava aberta
e bem em frente na cama estreita da irmã o maneco dormia o último sono tão magro tão branco tão fino que mal se distinguia nos lençóis a ele o assentou-se aos pés da cama contemplando o cadáver quando morreu perguntei a cara oi fran do irmão hoje de madrugada já muitos dias que ele não conhecia ninguém tremia parecia que estava com frio quando nasceu era tão gordo se inspirou a mãe todas as vizinhas me invejavam o meu rapaz entretanto a carolina lavava o irmão com pano molhado e vestiu com muito cuidado como se temesse desprender os
braços ou as pernas pesavam abatimento extraordinário sobre aquela gente nenhum grito nenhum acesso nenhum ataque perturbou a tristeza grave a solenidade daquela morte tão esperada e tão triste estavam todos cansados silenciosos e quietos chegou enfim a hora das despedidas a rita beijou o irmão na festa fechando os olhos com leves estremecimento que ele percorreu o corpo a carolina beijou na boca e não dando de lágrimas o pai abençoou muito comovido bom então suspendeu nos braços aquele corpo imóvel de uma magreza transparente e aconchegou ao peito como se quisesse guardar depois beijou longamente longamente e foi
de puro no caixão sem flores sem um crucifixo sem nada foi a primeira vez que eu a vi beijar um filho teve vontade de chorar e sair no dia seguinte entrei pálida na aula a mestra no tanto do meu abatimento disse-me que eu for nomeada e que principiava vencer ordenado que logo contente tão perturbada que pouco entende das lições e fui de uma benevolência extraordinariamente agradável para as minhas discípulas olhava impaciente para o relógio como se meu olhar em feliz dos ponteiros para desejar o ponto almejava dar a grande nova minha mãe eu ia e
vinha da escola com duas meninas da minha vizinhança a quem o irmão ia buscar sempre as três horas é mas logo nesse dia o rapazito tardava e eu tinha ímpetos de sair sozinha o princípio deixava minha mãe o ferro ia levar me e buscar me não queria que eu andasse só depois para ver conhecimento com essas pequenas filho de um carpinteiro um bom homem honesto e franco que morava no mesmo quarteirão da nossa rua a pouco e poucas vazio se a aula e o filho do carpinteiro sem se lembrar das irmãs fechei as gavetas da
mesa os melhores de partida saíram as últimas pessoas ficamos só as três na sala ainda há pouco o idosa e na vão silêncio apenas cortado pelo tic tac do grande relógio de parede colocado sobre o crucifixo de marfim em frente ao retrato litografado do imperador as duas filhas do carpinteiro abriu a boca bocejando e encostar você as carteiras envernizados esperando ouvir a voz do irmão chamar por elas assim este vemos até as quatro horas elas com fome o desesperado de impaciência reprimida logo que o pequeno chegou sai quase a correr arrastando comigo as minhas companheiras
ao ver minha mãe não sei me nos seus braços participando de tudo que jubiloso estante e sim que eu trêmula de comoção disse poder contribuir para nossa subsistência falei volúvel mente loquazmente beijando a repetir das vezes nas fases na boca nos olhos como infusão de ternura pouco vulgar em mim depois de uns distantes mais calma chamado à reflexão pela sua flacidez combinamos sair no dia seguinte domingo a procurar na vizinhança do colégio uma casa pequena independente e clara e acabava-se humilhação de cortiço em breve deixaria de passar por aquele grande portão e me fazia corar
de vergonha para esse fim saímos na manhã seguinte estava concluído uma casa pequena alegre bonitinha quase em frente ao colégio combinados dirigimo-nos ao senhorio o aluguel absorvi ordenado inteiro saímos desconsolados e pensativas calculamos em silêncio as possibilidades de realizarmos a mudança tornamos a passar pelo chalé e paramos a velo era elegante cor de pérola com uma veneziana de cada lado da porta e em cima os lembretes de madeira aos bicos guarnecendo o beiral do telhado continuamos a andar sem dizer palavra realmente precisávamos tomar uma resolução mas como chalé não estava ainda concluído decidimos esperar sempre
dizendo que não nos convinha mas com sentido nele assim city todos os dias até que você continuasse inesperada obrigou-me o arrojo de uva lugar eu tinha ido à tarde com a professora a escola normal e tomava notas da explicação de física quando levantando a cabeça vira olhar atentamente para mim um rapaz desconhecido alto elegante com os grandes olhos muito brilhantes baixo imediatamente os meus para o livro de apontamento contra a vontade por em rios de vez em quando e fixavam os rapidamente no ponto da sala de onde me virá o doce brilho daquele par de
estrelas luminosas deliciosa e atormentador a hora uma colega meu lado compreendeu a minha perturbação e esse baixinho ao saímos desse mirella maliciosamente gravo ele é muito chique empregou muito bem o seu amor minha senhora e fez me rasgar da mente uma cortesia deixando embaraçada é o amor imprudente rapariga que não foi ela dizer e misteriosa porta abriu dentro de mim que seria aquele rapaz que fazia ali não soube nunca o que é certo é que os seus olhos não se desviavam de mim e que eu tremia corava desfalecia de confusão e de inglês de repente
vi-me rodeada por todas as alunas da classe elas da primus parabéns sorrindo segredava uso de que eu não podia entender o sentido pediu-me que eles mostrassem as cartas recebidas beliscava vão me chamando missão alcinha eu não sabia defender me estava assustada e curiosa como se tivesse de ouvir uma verdade e por fim a minha mestra apareceu a porta mesmo ao pé do tal rapaz dos olhos negros e chamou me obedece e passei perto dele de cabeça baixa como se tivesse praticando um crime não sente o chão sob os pés ea aérea ea nervosa e a
doente ouvindo pigarro indiscreto de todas as minhas companheiras agrupadas no corredor quando me vi na rua respirei o ar livre da noite uma noite muito estrelada com verdadeira alegria tomamos o bonde olhei para trás ele entrada também havíamos nos na esquina ele apeou-se e seguir os sente momentaneamente um grande júbilo mas veio em seguida o pavoroso medo de transpor a sua vista o negro o medonho o portão do cortiço aberto como magoou ela está amada a todas as misérias e a todos os vícios a diminuir a marcha vacilante a professora perguntou-me o que eu tinha
para testei uma enxaqueca e ela deu re bondosamente o braço e assim nos pomos a pouco e pouco aproximando da minha triste casa naquele quarto metido no fundo de uma vi ela lá na senta já chegamos por fim o portão do cortiço paramos ambas ela despediu-se dando-me um beijo carinhoso e aconselhando ele cuidado que eu dormisse bem abafada que tivesse cautela com as constipações e seguiu apressada com a diferente do costumado eu entrei sem olhar para trás com o rosto em fogo e o coração aos saltos em batimentos desequilibradas o rapaz dos olhos brilhantes passou
ouvir os passos e vive à sombra desenhada fugir tivamente numa parede branca nunca mais retornei a ver na escola nem em parte alguma mas foi ele quem me decidiu alugar definitivamente o pequeno chalé cor de pérola de venezianas verdes e lambri 15 de madeira a guarnecer o beiral do telhado entretanto só agora através de tantos dias de amarga experiência me nasce no espírito esta dúvida que não me alvoroça e me faz sentir piedade de mim mesma eu queria a mim ou a dona ninha que aquele rapaz dos olhos negros seguia e tudo me faz crer
que era a ela o fim da sessão 5 e aí a seção 6 de memórias de marta esta uma gravação librivox todas as gravações librivox estão em domínio público para mais informações ou para ser voluntário por favor visite librivox.org memórias de marta narrativa de júlia lopes de almeida seção 6 capítulo sexto fizemos a mudança agora entrava sem frouxidão a luz do dia na nossa morada alegre com belo tira nova toda envernizada e limpa a mobília destacava-se de velha rara e feia naquele ninho risonho e fresco mas ora isso a pouco e pouco siri arranjado também
minha mãe trabalhava sempre assim era preciso para sustentarmos a nossa vida não de corria no cenário tão lúgubre mas estava longe de poder ser considerada feliz o que desejava aí o até aí no cantinho independente asseado dinho que adicionaria mais a aventura que anda sempre arredia dos que nasceram sobre uma estrela como que me iluminou desde os primeiros passos há sempre uma inspiração no fundo da nossa alma e o sentia o princípio e determinada vaga doce como a dúbia claridade violácea do amanhecer mas o colorido suave cresceu cresceu gradualmente até o assoviado o brilho do
incêndio terrível e implacavelmente consumidor eu amava amava aquele rapaz elegante que me plantou no coração um sentimento desconhecido e cruel passaram dias e meses e nunca mais vou encontrei foi porque me viu entrar para o cortiço explicava meu e esse amor parecer absurdo a quem não tiver como eu tive sempre a preocupação da fealdade aqui nosso sentido isolada na vida longe de todos os primores da graça da distinção ou da inteligência eu além de feia erinna habilidosa nunca soube fazer um laço cortar um vestido pregar uma flor a pequenez dos meus olhos de um verde
sujo a cor trigueira das minhas faces de maçãs salientes a longo dos meus braços finos e o modo desengonçado do meu andar que eu nunca soube corrigir a segurava me que ninguém pousar e me avista com prazer que eu gostaria a vida de ponta a ponta sem deter os passos de quem quer que fosse no movimento espontâneo de simpatia o convenço-me de que naquele rapaz eu não amei o homem amei o amor o meu triunfo a hipótese de ser amada que é o melhor sonho de todas as mulheres mesmo daquelas que brilham que são formosas
e fascinam amei o amor e vive em balada nesse dia sem que os meus atos regulares e seremos traíssem as minhas comoções que continue sempre na mesma escola era a primeira entrar e a última a sair trabalhava com o ânimo com afinco estudava muito porque a minha inteligência não me permitiu mais pequeno descuido compreende que é só com muita aplicação alcançarei o meu filho tu me lembrava minha tônica do que a mestre disser a minha mãe quando fiz o meu primeiro exame tem muito talento engano o que eu tive sempre isso sim foi muito boa
vontade isso e me a mestra apontava me como exemplo as alunas e a sagge juntas aquilo incomodava me se tem inveja azedas e deram-me maliciosamente alcunha de a santinha finge ignorar tudo isso e prosseguir na mesma flacidez e assiduidade e assim cheguei a idade de 20 anos passando melhor tempo da vida estudar para ensinar ou curvado sobre a costura ao lado da minha mãe e franquia muito e trabalhava sempre eu não tinha amigas íntimas nem amores não dançava nunca não lia novelas só no fundo da minha alma se espelhava como a luz crepuscular no lago
o luar sal 12 brando que ia a pouco e pouco esmorecendo vestígios deixados pela claridade intensa daqueles olhos que tanto mal me fizeram e que tão vagarosamente se me iam apagando da memória e a minha mãe que estava se com meu estado e compreende o por isso pediu a mestre quem insiste comigo para jantar um outra vez com ela e que nas noites de reunião tivesse a vontade de se lembrar de mim a mestra prometeu satisfazê-la e cumpriu a promessa deixando-me ambas ignorante dessa combinação dias depois desse minha diretora venha hoje passar a noite conosco
marta eu não alguns amigos e não quero que falte aceitei embaraçado o convite não transpuseram nunca os umbrais das portas interiores de toda a casa conhecia o que as alunas conheciam a mestra era bondosa mas impõe o seu respeito e evitar intimidades cumpria rigorosamente os seus deveres e não perdoava quem não fizesse o mesmo ensinara me desde o abc e tinha por isso grande império sobre mim empenharam-se na minha carreira falar os examinadores a meu respeito protegia me levando minha tá e agora como se acompanhasse uma filha com a melhor à vontade e apesar de
tudo não me convidaram nunca para ficar ao seu lado contendo me numa certa reserva e distância aquele convite espantou me mas prometi ir como se realmente pudesse ser notada a minha falta e a noite vestir o meu melhor vestido um de língua azul comprado com produto de crochê feito no recreio das meninas pus o pescoço uma gravata de caça branca no peito uma rosa perfumada e fresca e dirigir me acompanhado até a porta pela minha santa mãe e prometeu voltar a buscar-me as 11 horas da noite dizendo que me esperaria embaixo na sala da entrada
onde a não vissem os criados aquele entristeceu mas como não ser assim se a coitada não tinha um vestido apresentável subir sozinha grande escada da casa da professora e envergonhada e trêmula sem saber porque no meio da escada tive vontade de voltar para trás de correr para minha mãe nas reuniões é sempre um momento da entrada o mais gostoso para as raparigas tímidas e inexperientes como eu depois lá dentro confunde-se a gente com a multidão e sente prazer nisso cheguei assim a uma saleta de espera e nada por lampião pendente de vidro fosco atrás das
cortinas numa janelas sobre o jardim conversavam alto rindo alguns rapazes para interdita para que lado deveria seguir da esquerda e da direita tem o rumores de vozes e de passos uns rapazes percebendo a minha hesitação veio oferecer meu braço e levou muito no corredor até ao toalete entrei procurei a minha mestra não estava ali sentei-me num canto e os meu olhar para tudo muito senhoras novas quase todas vestidas de claro com braços nus mangas de renda grandes buquês de flores na cinta ou no peito uma em frente ao espelho arrepiar o cabelo fazendo mais cristo
outra passava o pompom de pó de arroz nas faces e no colo outra pregava alfinete no buquê de cravos amarelos posto artisticamente no canto do carreto corpinho outros conversavam alto a um dos looks como grandes borboletas de asas henrique essas todos corados e sonhos elegantes e felizes vendo duas dizia eu comigo a mocidade é isto é a alegria o gozo a beleza o conjunto de todas as premissas ideais que pode ter a vida juventude não sou digna de ti as minhas reflexões respondeu lá fora a música o quarto de toalete ficou depressa vazio foram todas
dançar fiquei eu sentada no mesmo canto encolhida mente observei o que me rodeava as paredes forradas de papel cor-de-rosa acetinado com filetes dourados a mobília austríaca coberta com rendas as mesmas que eu ajudar a fazer na aula de tapete de rosas de lã em que o trabalharam também e que ali estava perto do sofá o grande tocador cheio de objetos de fantasia vidro de essência os jogos de flores levantei-me e dirigi-me para o espelho que diferença entre mim e as outras todas subitamente lembrei-me de lucinda e voltei depressa as costas para o cristal puro em
que se refletir a minha pobre imagem com uma 12 anos via-me humilhada feia tinha o cabelo liso entrançado na nuca a santa catarina vestido simples largo no corpo as mangas muito compridos o rosto dos trolls sem aquela cor suave aquele aveludado doce do pó-de-arroz tornei silenciosa para mesma cadeira sentando triste e desiludida o minutos depois correram reposteiro erguer a cabeça e vi diante de mim a dona da casa levantei-me respeitosamente beijou-me e passando meu braço pela cintura levou-me para a sala quis resistir com você qualquer coisa que ela não percebeu e achei-me no salão anestro
rs parecia outra mostrava-se jovial alegre adorável pegou-me na mão e pousando a sobre a seda cor de ameixa do seu vestido de maneira protetora e meiga contou-me que era dia dos anos do marido o senhor jerônimo de andrade e que os colegas seus empregados da mesma secretaria de um efeito uma surpresa indo em comissão de vale um busto em bronze do pai um velho defronte serena e altiva o meu sogro dizia ela tinha um coração de ouro e era o que se pode chamar de um homem belíssimo coitado foi infeliz morreu na guerra deixando viúva
e 12 e os dois mais velhos tinham ido com ele que já era então coronel quando minha sogra os viu voltar sem o pai ficou com uma doida coitadinha olhe ela lá está é aquela velhinha de preto com rendas na cabeça chorou muito ouvir o discurso do sílvio souza que foi quem fez a entrega do rosto tenho realmente pena que você não tivesse vindo mais cedo assim teria presenciado essa cena na verdade como vendedora o silva é aquele rapaz de barba preta francesa está conversando com a senhora ao lado tá de cor de violeta é
minha cunhada mulher de um advogado doutor torres eu vi aquelas três meninas são de um outro cunhado meu médico tem quatro filhas cada qual mais bonita ver aquela de cor-de-rosa perto da janela sim a que está com uma ventarola de penas exatamente é minha afilhada clotilde tem o mesmo erradíssimo educação e é muito boa um anjo apresentou-me depois a outra sobrinha eleonor se deu no lugar e afastou-se para diferente grupo a minha nova companheira era deliciosamente delicada muito alva muito loira de olhos rasgados úmidos de um azul escuro abismal cintura fina expressão angélica e vá
porosa para java de branco com uma noiva e engrinaldar vale a cabeça luminosa uma haste flexível de jasmins alvíssimos a compra sua amavelmente comigo até que a vieram buscar para dança sentaram-se pessoas indiferentes é meu lado uma formosa menina morena dos rapazes rodeavam conversando lisonjeiramente organizaram os lanceiros e faltavam numa roda um par a dona da casa lembrou-se de mim e veio buscar-me apresentando meu velho conselheiro e foram roubar a mesa do jogo estremece de medo disse-lhe que não sabia que não podia que que me achava doente não faz mal estamos em família conselheiro ter
a bondade de gala mas não temos mais vala é preciso que dá esse uma vez é a primeira o conselheiro tinha um sorriso amarelo frioeng rativo não estava disposto resolver essa dançar por obedecer a intimação rompeu a música fui como para um sacrifício para o meio da sala experimentavam o mal estar terrível percorriam minha espinha os arrepios de frio pronunciador as de febre os vizaviz o rio se com descrição eu empalidecia e corava simultaneamente o conselheiro dançava evidentemente aborrecido a minha tortura prolongou-se e cada vez há mais a proporção que se complicava o desenho intrincado
da quadrilha querendo ir para a esquerda e para a direita voltávamos indecisa e reparava que se riam dos meus enganos da minha desastrada gostei e logo que vibrou o último acorde levou meu conselheiro quase apressadamente para a primeira cadeira vazia que viu e sumiu-se no longo do corredor em direção a saleta do jogo e se viram chá tirei de uma bandeja de doces umas pastilhas enfeitadas e guardei as na algibeira para levar elas a minha mãe quando levantei a cabeça notei que os rapazes me olhavam desdenhosamente sorrindo do meu movimento baixei os olhos compreendendo que
praticar uma grande asneira já então irremediável isso houve uma senhora idosa perguntar distraidamente ao marido que horas são duas respondeu ele com todo descanso e serenidade estremece duas horas minha mãe esperava minhas onze-horas levantei-me procurei em vão a dona da casa para ver se o salão e da se rapidamente a escada atrás de mim ficava uma multidão alegre os risos as flores as luzes tudo que por efêmero encanta a mocidade o sentado em um banco do vestíbulo envolta em um xale preto de franja rala minha mãe esperava me curvada e fria olhando para o chão
batido no ombro begena faça pedindo-lhe perdão da demora não faz mal respondeu-me com tanto que de divertir-se em casa contei-lhe tudo ela ouviu me ajudando minha despir-me e deitou-se tranquila ao meu lado do outro dia era eu como sempre a primeira entrar na aula logo que a professora chegou pedir envergonhada desculpas de ter saído na véspera da sua festa sem se despedir de quanto ele tudo ela sorriu e perguntou se eu tinha divertido mostrando não ter notado a minha falta nem mesmo ter dado pela minha ausência é aquilo desapontou voltei-me para o meu trabalho dizendo
de mim para mim decididamente foi só para isso que eu nasci o fim da seção 61 a sessão 7 de memórias de marta esta uma gravação librivox todas as gravações sempre box estão em domínio público para mais informações ou para ser voluntário por favor visite librivox.org as memórias de marta narrativa de júlia lopes de almeida seção 7 capítulo sétimo e correram muitos anos sem a mais leve mudança aquela suar e foi um acontecimento extraordinário na minha vida e não me deixará contudo minha impressão grata deslumbrar a minha o princípio fortificará me depois eu apesar da
idade do raciocínio e das grandes provações tinha no fundo da alma que sepultado o resto de vaidade que só no meio obscuro em que vive ordinariamente dormir o sono profundo dos sentimentos sopitados a chegar um pouquinho as férias e foi exatamente então que se apoderou de mim uma tosse cruel e uma febre impertinente que me pintou nas faces duas rosetas de um vermelho violáceo ao mesmo tempo vieram e vertigens e horas de humor reciclável em que eu me fechava e o silêncio agressivo e doentio o médico aconselho que me casar se aquilo era histerismo as
palavras foram como que chicotadas que me batessem nas falas minha mãe ficou seu olhar para ele com os olhos muito tristes o médico sorriu e rede ou ou então uma viagenzinha distrações ar puro desde ir o conselho por achar irrealizável minha mãe porém não descansou e foi ter com a mestra atendido tudo entre lágrimas a ocasião era boa ela fazia as malas para ir passar o mesmo campo em palmeiras onde alugar uma casa e combinou se tudo minha mãe pediu dinheiro adiantado uma preguiça antigo e miranda homem generoso e bom comprou meu sapato alguma roupa
branca que perfumou com pétalas de rosas e folhas de malva maçã consertou meu vestido a mais passando para isso a noite em claro comprou minha passagem e entregou-me com sorriso animador e confiante a mestra pedindo-me que lhe escrevesse sempre sempre ao despedir-me dela desaprendi a chorar convulsivamente e arrancaram minha custo de seus braços a viagem correu bem a estrada era lindíssima eu colava o rosto a janela olhando para mata esmaltada de flores esquisitas iluminada pela brilhante luz do dia quando chegamos a palmeiras descair a tarde o sol muito vermelho descia lentamente para as esparsas e
números montanhas e na garcinha tava pouca gente o chefe da estação dos rapazes magros de palitos convalescentes umas inglesas faladoras mostramos os seus grandes dentes muito brancos nos sorrisos abertos e o velho escocês esguio alto muito simpático doutor ghanem em um marido da mestra nos apresentou como o nosso senhorio vendo dos primeiros cumprimentos bondoso escocês rompeu a marcha e ando nos para casa subimos apela dentro do vale ao lado da estrada cercado de framboesas a brisa trazia nos o aroma sadio das plantas a grécia sutil e bom e continuamos a subir por um caminho flexuoso
parte da encosta sobre o túnel que leva acima o hotel em mais de meio da estrada paramos em frente a uma casa branca com varanda de madeira preta ao pé dos gramados alegre era habitação que nos destinaram bom velho entramos o senhorio mostrou-nos obsequiosamente todos os cômodos salas corredores e quartos a mobília da poucas simples e a esplêndida vista das janelas que a fino que arruma saudável que tranquilidade e que beleza na vasta solidão azulado do céu brilhante no poente os cores quentes do grande astro a esconder-se no alto a luminosa e doce estrela vênus
e deram-me um quarto pequeno mas claro e alegre tínhamos ido só três pessoas além de uma criada o chefe da família gostava de caçar a mulher de ler eu descrever a minha mãe logo de manhã cedo dizia o dono da casa a esposa olha anitta não esperes por mim que talvez não volte da noite e põe espingarda no ombro a bolsa tiracolo o chapéu baixo as botas até o joelho e lá se estrada fora assobiando alegremente vamos nós passear falava então a mestra e segurando um livro e eu a minha cestinha de trabalho ponhamo-nos a
caminho também o nosso senhorio muito amável convidava nos ir ler na varanda do seu chalé aproveitamos muitas vezes o oferecimento entrávamos por um longo e estreito terreiro que havia ao lado da casa onde uma arara já velho e cega cá tava com bico muito curto e grosso nas suas a luz encarnados e vezes eu parava sempre a cumprimentá-la e tomei 20 simpatia por aquela ave que sem me ver nem aceitar as medalhas de biscoitos e de pão que eu lhe levava poderá você resmungando hora no poleiro hora no chão e assim sem vermos ninguém da
habitação aberto assim para o estrangeiro chegávamos ao jardim cheio de flores do mato havia entre outros umas esponjas douradas grandes como laranjos no arbusto alto elegante e fino entretinham a passear ali depois subimos os poucos degraus da varanda de pau antes ele havia uma trepadeira cheia de campânulas cor violeta centavos dona ninha começar a valer eu vou fazer crochê cercavam nos um silêncio doce cortado pelo zumbido de uma outra abelha na percepção das flores de perfume bom nos envolvia a aragem agitava as campainhas de douradas cor de violeta graciosamente e vamos ali as duas sozinhas
horas inteiras sem animo de sair daquele recanto sossegado e bonito até que tomando uma resolução do naninha levantava as fechado o livro e descia comigo os degraus da varanda isolada aberta na solidão do campo a contemplação da natureza deciamos em alguns dias a grottha escorregando no terreno declivoso rindo agarrando nos as camas baixas das árvores para não cairmos chegados lá embaixo ao fundo ouvimos um barulho a água colhemos lírios amarelos e roxos e provendo nos dê coragem acendemos a montanha se falando as mãos dos galhos parando de vez em quando tentando nos a ouvir um
canto melodioso de árvore desconhecida ou haverão mais flores novas garridas de cores e de aroma e assim chegávamos a casa cansadas mas satisfeitas em uma ocasião em vez de sermos subimos a montanha colhendo framboesas e parando a miúdo para descansar passamos o hotel e caminhamos para adiante internando nos no bosque onde a luz do sol penetravam numa rede de ação luminosa cantavam os passarinhos ouvidos quase a germinação das plantas sentamo-nos em umas pedras ela do naninha alê eu a colecionar folhas e flores campestres de repente sentimos instalar os galhos e ouvimos como de vozes voltamos
a cabeça e esperamos atentas aparecer o fim do ruidosamente um grupo de rapazes vendo nos um deles soltou uma exclamação o prolongado e admirativo quem chegou a floresta era um conhecido da cidade um parente da minha companheira os outros rapazes conservaram-se distância tirando respeitosamente o chapéu o primeiro destacou-se do grupo e veio complementar a prima o velho do que ele mas com quem tinha certa confiança acenou para os outros que seguissem e sentou-se num tronco partido ao pé de nós então anitta aproveita as férias mas bem isto é realmente encantador adorável esplêndido venho muito para
aqui no verão e às vezes mesmo no inverno não resisto verdes fazer este nevoeiro lá do alto do terraço do hotel é divinamente ideal demora a ficar um mês bravo eu também pretendo demorar uns 15 dias pelo menos gozo também as minhas férias depois de formado de ser senhor doutor a deus dias desses já me lembrei de montar em palmeiras uma casa de saúde em ponto grande quintal olha mas isso acabaria porém farm para apreciar estes belos quadros mais estranho delicado o batismo esta esplêndida à natureza rico de pombas farta e boníssima tão variada e
tão simples tão encantadores soberba o valor com digno a todas estas maravilhas que se põe o mais rude ao mais ingrato espírito é preciso a mesquinhez da cidade as ruas estreitas como regentes usamos um do povo o calor os mosquitos os benefícios das atrizes mas as reuniões dançantes aqui não podemos faltar ea saturação de outras calamidades caneta riu-se e responde ao primo que falava sempre olhando de vez em quando para mim aquém do mesmo modo dirigir a palavra continuei aí ramalho etar as minhas flores mas muito maquinalmente toda minha atenção estava presa esse rapaz de
rosto oval grande bigode castanho olhos maliciosos eternos há um tempo cabelo onde a desse idoso mais finas esguias e brancas experimentavam prazer indefinível e ouvi-lo tagarelavam do realmente a sua voz era para mim uma música e prolongou-se a conversa transformando-o insensivelmente o assunto seguimos depois juntos até a casa o primo da minha amiga prometeu voltar no dia imediato para levar-nos a ver um chalé muito lindo além cercado de flores silvestres armadas no mais delicioso dos jardins vem almoçar conosco amanhã luiz desfile dona anita ele aceitou o convite e partiu ao vê-lo voltar costas pusemo-nos a
falar a seu respeito eu ouvi interessado a história o tanto como a nescau que ah mestre lhe atribui a aventuras amorosas rasgos de generosidade cavalheirismo levado ao mais requintado apuro alguma inteligência e muita pretensão coisa singular nesta noite do meio de sonhos atribulados e febres confundia com o rapaz que havia três anos demorará tanto em mim os seus olhos o que me apareceram pela primeira vez naquela manhã eu levantei mais cedo e paciente sem saber porque tive mais apuro na toalete fiz um penteado novo e prende no meu corpete a botou água militar um ramalhete
de flores e nesse dia esqueci a minha fealdade o senhor jerônimo desistiu da caça e prometeu fazer-nos companhia luis tardava decidimos nos almoçar sem ele quando ouvimos entrar com uma apurada toalete e um sorriso agradável aos raios da prima ou pus uma humildade diz armadura de todas as indignações que querem exclamava ele passei uma noite agitadíssimo não dormiu primo dormir eu nunca prático semelhante vilania dormir o aninha pelo amor de tudo que ele é caro não me julgue tão banal eu compus eu li eu contemplei no meio das sombras que me cercavam o quieto tremeluzir
das estrelas eu basta eu sei que o primo fez tudo isso mas que se esqueceu do principal do principal olhe é provável o que julga principal prima a sua tese os seus estudos os meus estudos eu vir estudar medicina em palmeiras que horror que monstruosidade que inacreditável prosaísmo que mau gosto não me repita das palavras prima se não me quer ver cair a seus pés não dele que o mortal chamaram-nos para mesa onde reinou sempre muito bom humor graças a alegria a infatigável alacridade daquele simpático rapaz e acabar do almoço saímos íamos 4 sendo eu
sempre a mais silenciosa eu percebi que o luiz perguntava atrás ao primo quem eu era a resposta foi no tom tão baixo que não me foi possível ouvir nada chegamos ao decantado chalé estávamos fatigados sentamo-nos no jardim gozando a esplendida paisagem fronteira depois de uma grande pausa contemplativa exclamou o nosso cicerone se eu fosse rico fabulosamente rico construiria ali sobre pico daquela montanha na eminência mais alta um grande castelo memorável pelo mais assombroso luxo havia de ser visitado pela notabilidade das cinco partes do mundo todos os artistas célebres um delírio dava minha vontade de fazer
ressoar por aí fora umas músicas da boêmia mandava vir uma orquestra de boêmios queria rubenstein pois bem ouviria o grande pianista executar para mim as suas mais estupendo a cidade teria jardim suspenso com uma bela rainha da babilônia e grutas subterrâneas iluminadas por grandes focos de luz elétricas espalharia por estas florestas faisões asiáticos gazelas europeias avestruz africanos lebes da oceania e os mais raros exemplares de animais da américa andaria em palanques de ouro privados de pedras finas aos ombros de índios fortes com vestes de seda riscadas a cores brilhantes ou no dorso de elefantes brancos
ajaezados a pedrarias não obstante teria galerias chinesas de marfim embutidas a tartaruga e prata pretão os ingleses puxados por aparelhos gostosas dando franceses forrados de tukey em branco plácidos e cômodos treino os russos que eu faria deslizarem caminhos nevados artificial mais deslumbra dori os cavalos de todas as raças ajaezados a moda de todos os países grande escolta fantasiosamente atrasada salas de cristal salas de filigrana de ouro salas pintadas pelos melhores mestres da arte de gibran e de murilo escolheria os meus inimigos e inveja e depois teve o prazer de os ver arrependidos e cobiçosos irem
juntar-se como animais gregários comendo nos meus pratos de serv e da índia a carne fina dos meus pavões criaram uma cidade uma daquelas montanhas deixando entre ela e o meu castelo a floresta escura e silenciosa e bela de onde não me enviassem murmúrio de vozes nem eco das paixões humanas os jogadores da minha cidade seriam escolhidos entre os paupérrimos das grandes capitais teriam casa jardim nada banhada de luz por todos os lados com água farta e cura e um panorama esplêndido em frente a perder-se na imensidade construiria nela um edifício espantoso de beleza e grandiosidade
onde os pedaços mais célebres pintores escultores e poetas mandados verde além-mar nos meus iates de ouro com a única e determinada condição de ficarem gozando ali seis meses de luxo mas deixarem mau abri original no meu rico museu um paraíso meus amigos pleno de inglês vos transbordante de maravilhas onde não seria permitida política sob pena de expulsão onde todas as mulheres teriam como primeiro dever serem belas os homens fortes em e os velhos bons as crianças meigas e todos muito leais muito gratos e muito meus amigos enfim o rei luis ii da baviera ficaria alphonse
é o marido de anitta riu desdenhosamente no celular rosto vermelho salpicado de grossas camarinhas de suor estampados o contentamento de quem nada mais ambiciono aquele sossego doce aquela distância da cidade de trabalho cotidiano é monótono bastavam e como ideal de ventura e embora percebesse do primo sentido com manesco e falso desagradável nem as suas teorias e ímpar sentava-se com prolongamento da exposição por isso aproveitando o primeiro a pausa exclamou pois eu se fosse rico e viajar vidro depois viver aqui assim sem luxo sem vai dar de todas sem lisonjas importunas na roupa leve simples mesa
farta vou espingarda o perdigueiro adestrado sono de boa saúde e nada de música nada de danças nem de recepções para o homem este repouso tranquilo esta menidade é a maior alegria o gozo mais salutar e edificante e discutiram vamos a melhor maneira de desfrutar a riqueza e entra e por fim da conversa e estrada por dona nita que me perguntava repetidamente que faria se fosse rica assim marta as minhas aspirações eram modestas e poucas palavras disso tudo quando acabei e filtros atentamente em mim os olhos de luís desde esse momento não pude conservar por muito
tempo os meus longe dos dele ou voltarmos para casa ofereceu-lhe o braço e inclinando-se para mim conversava risonho olhando-me de perto de sumir ser estudante de medicina que o seu ideal não era a riqueza nem a ostentação nem os falsos efémeros prazeres mas sim um lado iluminado pelo olhar doce de uma esposa nesta um coração sincero bondoso externo pode ser potássio toda sua vida e eu ouviu como vida e feliz as ideias de assistant idealizei meu futuro risonho e ameno e seria eu essa esposa que ele dessa aventura a nossa casa via de ser um
ninho dentro de um jardinzinho muito fresco eu plantaria trepadeiras a emoldurar a janela umas rosinhas delicadas esse desfolha-se sobre nossas cabeças quando ela assado os diamantes nos debruçarmos no peitoril segredando viu ternura de amor minha mãe presenciaria aquele quadro no embevecimento e assim realizaremos mais formoso e o mais querido dos sonhos luiz olhava-me com persistência sorria me distinguia me com os pequeninos nadas de um pretendente apaixonado entreguei-me feliz ao meu amor nascente cheia de confiança e de ilusões que dias aqueles para minha alma triste que dilúvio de promessas que doçura de esperanças outra expressão amenizava
a minha fisionomia rebarba ativa se tornarem expansiva risonha quebrar a minha modelo e se não tivesse a quem eu falaria os passarinhos o pin da seção 7 e aí a sessão 8 de memórias de marta esta é uma gravação librivox todas as gravações librivox estão em domínio público para mais informações ou para ser voluntário por favor visite librivox.org memórias de marta narrativa de júlia lopes de almeida seção 8 o capítulo oitavo voava o tempo alegremente no isso frequentava a casa com assiduidade e levava de todas as vezes flores colhidas nas suas excursões de que tinha
sempre a contar um caso pitoresco desapareceu minha tosse ea febre tornei-me mais gordo e corada risonha e feliz logo de manhã cedo saía encontrava quase sempre luiz e caminhava ao meu lado falando e fazendo me falar induce descuidos a mente e afirmando que eu tinha espírito por dez homens eu acreditava naquilo e sentirem verdade que não experimentar a nunca muita facilidade em expressar me e uma alegria saudável nova e nem vá dia toda a tarde torná vamos a sair íamos agar ou alto da montanha beira grande para uma branca do fumo da locomotiva aparecendo além
dos túneis oi dona nita centavo o binóculo e ficava assim contemplação então os versos feitos nesse dia coisas banais na ilusão giras que eu achava muito bonitas da vão me depois original com o modo significativo eu li e reli aquilo cada vez mais encantada hoje quando qualquer desses papéis me caem nas mãos sorriu da minha ingenuidade de então numa dessas tardes em que ele acabara de ler meu madrigal amoroso e terno como a rolo formou subitamente uma tempestade medonha os trovões rebentaram furiosos as nuvens baixaram negras enovelados grossas lambendo os hinos dos blocos coloridos com
vela esfarrapado e fumarento deixando aparecer no seus pedaços as manchas verde negras da vegetação voavam em bando as árvores grandes assustadas a baterem com as asas sobre as nossas cabeças um frar medonho principiámos a descer rapidamente a nicotina faz cavalo no ar zig zag ando filhos luminosos corríamos os três dona anita corajosa nos risonho e o espavorida desde criança que as tempestades tinham sobre nenhuma influência enorme o meu temperamento medroso parecia elétrico e mal dizia minha natureza tímida e nervosa e não sei como pude correr estando assustada e cega de medo o medo indescritível parecia-me
sem fim o caminho a chuva principiava caindo em gotas grossas deparamos com a cabana de negro lenheiro um velhinho em gelado bondoso e recolhemos nos ali luiz indo sempre dona nita séria eu de mãos postas e as cores sendo cada vez mais em frente à porta aberta olhávamos para estrada irmã à espera de uma estiada para continuarmos a caminhar estaríamos talvez a um quarto de hora naquela expectativa a figura de mulher atravessa a estrada era uma hóspede do hotel rapariga nova alta bonita custo cor de leite e rosas de uma frescura encantadora emoldurado pelos anéis
idosos do cabelo loiro cinzento filha de um paralítico norte-americano que não saia nunca e estava ares no campo ela andava sempre acompanhada por um grande cão da terra nova que ela ia ao seu lado a paz lenheiro chamou oferecendo-lhe agasalho ela agradeceu com um gesto dizendo que assistiram lá do alto a formação da tempestade e adorava aquilo apesar de toda a minha aflição percebi que aquela rapariga singular e romântica produzirem luiza uma profunda impressão ele curvar-se para fora e saiu acompanhada com a vista não obstante os raios da prima esperamos mais uma hora mas a
chuva aumentava que decidimos partir saímos ao sentar-se tanto da nossa habitação o estampido que foi repercutindo de eco abalou a montanha sentir fogo nos olhos dei um grito inconsciente e cairia se não me amparasse luiz que tentou me levar nos braços tive forças para resistir e guiada por ele cheguei a casa passei a noite no sono e acordei restaurada das grandes sensações nervosas que me haviam agitado da véspera só me restava uma impressão e essa marvel a dos braços do luiz amparando me carinhosamente escrever cia de inefável julho de inenarrável contentamento voltavam minha memória todos
os incidentes do passeio e demorava minha meditar no madrigal dirigido a mim ao meu coração bondoso e meigo sem receios desvanecida completamente a lembrança da americana preparei-me e entre na sala nesse dia esperamos em vão por luiz eu ia a janela voltava para o interior e de o jardim sem que nenhuma das vezes tivesse obrigado a sombra dona nita parecia não estranhar a falta do primo e fingia talvez não perceber a minha impaciência em que estação passei a quantas probabilidades atribui aquela demora a mais atormentadora era a ideia de que estivesse doente sim bem podia
ser que ele tivesse causado grande mal a chuva e o vento da última tarde estávamos ao jantar quando sentimos passos no corredor é ele pensei e o coração bateu me com força ele alegremente para a porta e vi dessa iludida entraram empregado da estação que entregou o dono da casa um telegrama da corte era da família chamando a pressa para ver a mãe atacada nesse mesmo dia de uma congestão cerebral dona anita resolveu logo seguir também e principiámos arranjar as malas devemos partir no dia seguinte ao meio-dia e conseguir deixar nessa noite prontos todos os
meus preparativos de viagem vai dormir de manhã abotoei o meu vestido escuro de gola alta use o meu grande chapéu de abas largas e sair afirmando que era para despedir-me do lugar nunca o sol me pareceu tão claro tão luminoso e tão belo dizia-me não sei que voz íntima que encontraria luiz pela última vez nessa solidão perfumada e tão digna do nosso amor o adeus imaginava eu quebrar a o encanto e ouvir enfim dos seus lábios a supremo palavra amo-te' que nos ligará por toda a vida e os pássaros cantavam alegremente saltitando de galho em
galho numa espreguiçamento voluptuoso as hastes de trepadeiras cobertas de campânulas azuis brancas e roxas e os entrelaçando e no fundo escuro da folhagem erguiam-se como se bodas de marfim os perfume osos copos de leite a cada curva do caminho eu divisava lá embaixo os grandes vales alto fado sem verdura aqui anos e aveludada a mente de montanha em montanha até essas fumar em além então vaporoso e violácea nesse embevecimento das coisas e do sentimento que me dominava eu fui me aproximando da casa amarelada lá em cima sobre o túnel dominando a vastidão cheia de luz
chegando junto ao portão do hotel entre aberto parei atômica gelada como se me tivessem vestido de neve subitamente sentada num banco do jardim muito perto do gradil da estrada a filha do paralítico com a cabecinha brilhando ao sol e os pés mergulhados e pelo fato de negro do seu grande terra nova dialogava amorosamente com luiz ele rodava e a cintura com o braço numa intimidade que me encheu de espanto ouvidos as vozes unidas como um murmúrio causado pela mesma quebra de água ou a mesma ondulação da brisa é que as palavras de ambos vinham o
fluxo da mesma onda rolando em igual sentimento segurei meus pais de ferro para não cair senti uma vertigem respirava alto escutando eles sem as entender mas adivinhando as claramente de um nitidez enfernal as suas expressões meigas e apaixonadas é verdade que o aprender alguma coisa de inglês com dona anita que vendo a minha boa vontade para os estudos e propuseram bondosamente ensinar-me mas a minha instrução limitar a ser uma meia dúzia de termos familiares com tudo e sobre little minha poder conservar na memória duas frases unicamente duas e quantos que eles trocaram e essas mesmo
por serem compostas com uma outra palavra já minha conhecida do you love me perguntava ali ele e envolvendo-a com o olhar úmido untuoso como favo de mel ou iss ou my heart responde ali ela languidamente quando por entre as pestanas erradas a luz azul dos seus belos olhos rasgados eu vi eles os perfis eles estavam de costas para mim mas com os rostos voltados quase unidos no embevecimento no pescoço com isso e branco da americana brincavam os anéis do seu cabelo preso no alto e aqueles fios crespos curtos soltos agitados pela vibração por brilhavam na
de ouro eu achei a linda enchi-me de raiva por aquela beleza um tapa e os olhos com a mão muito fria e trêmulo e cambaleante voltei caminhando por um grande espaço ao acaso sem cuidados sem precauções era só o estado de concentração de ambos que não ouviram os meus passos nem a minha respiração forte e precipite maldita maldita aquela hora nesse olhando para o grande vácuo a meus pés com tentações de desempenhar naquele abismo azul falava-me o ar a gente tem os braços invejando as aves que voavam lá em cima longe desse mundo traiçoeiro passei
indiferente pelos chuveiros de flores douradas vaporosas que pendiam dos galhos musculosos das árvores floridas e deixei-me cair quase das falecida não comprou se programável à beira da estrada eu demorei me ali não sei quanto tempo ouvindo vozes de pessoas que se aproximavam levantei-me e segui para casa dona anita estava impaciente a minha espero são horas deduzimos embora eu estava com receio de que não lhe tivesse acontecido alguma desgraça não me aconteceu nada respondi-lhe e ai de mim tinha se desmoronado todo o meu futuro em caminho da estação perguntei ele procurando uma confirmação para mim as
suspeitas que quer dizer do you love me' a mais me respondeu ela sorrindo maliciosamente e depois porque algum inglês lhe disse isso hoje qual mas ouviu inglês dizê-lo uma inglesa é sim e ela ficou silenciosa vai encher os olhos cor ou não é verdade e sorria e não ela replicou muito firme yes yes we all my heart e que significa um as últimas palavras sim sim de todo meu coração hora marta como pô sentido na conversa mas que gente era essa eu sei lá nos ingleses chegamos agar.io comboio ainda não estava sentamo-nos no banco e
pela vigésima vez contei a pedido de dona anita os volumes que trazemos o senhor jerônimo muito triste não se preocupava com coisa alguma consultar o relógio e para viajava contra demora do trem ao meio-dia partimos o respeitava e bondoso doutor ghanem veio despedir-se de nós à gare e umas criancinhas pobres trouxeram-me flores o comboio sibilou oscilou e partiu o antes e depois dos túneis vimos paisagens encantadoras montes vales sucedendo-se árvores frondosas e logo no fim do primeiro km a direita a cascatinha soluçante graciosa aonde numa tarde vieram os com luiz a minha mãe avisada por
mim desde a véspera a noite esperava me confundindo os nossos beijos e as nossas lágrimas ela achou muito mais forte e eu achei a mais magra e muito abatida muito conversamos a noite inteira ela falou me dos elogios do antigo freguês ou miranda que a protegerá e se interessaram por mim perguntando sempre notícias e nem das minhas cartas com prazer é agora nosso vizinho acrescentava ela um homem bom aquele de luiz evitem sempre falar e no fim de uma semana já começaram as aulas o fim da sessão 8 a sessão 9 de memórias de marta
esta é uma gravação de beatbox todas as gravações librivox estão em domínio público para mais informações ou para ser voluntário por favor visite librivox.org memórias de marta narrativa de júlia lopes de almeida seção 9 o capítulo nono eu tinha gasto toda força afetiva da minha alma nenhum amor viria arrancar naquele estado doloroso que por tanto tempo permaneci dos nesse vamente nervosa passava outra vez horas em silêncio a mesma coisa me passe em tava tinha um gênio irregular e frenético minha mãe olhava me desconfiado e triste sem coragem de indagar o motivo do meu mal uma
noite acordou agulha dos meus gritos e fui encontrar-me no ataque ajoelhado aos pés do meu leito chorava acariciando me trêmula de medo os ataques repetiram-se muitas vezes deixando-me prostrada enfraquecida uma vez vencendo o constrangimento perguntou-me doce maternalmente qual o motivo do meu pranto é respondido desabrida asperamente ela ficou em mim com a estranheza os seus grandes olhos magoados e calou-se tive remorsos e não achei meio de remediar o meu erro assim passei em quieta febril quase doida muitos e muitos meses minha mãe assustavam-se e foi um dia consultar o médico ele aconselhou ele que me
fizesse tomar banho de mar e que me dessem situações e aí feliz redobrou de atividades prolongadas sessões até tarde e levantava-se ao romper da manhã sempre resig nada sempre a olhar-me com sorriso sempre a esforçar-se por tranquilizar me para pagar nos banhos fazia sacrifícios de saúde e de força no entanto eu era menos acido a aula e sofria descontos no ordenado é que passava noites em claro eu vou vendo me mordendo me chorando e de manhã prostrada adormeci profundamente ela então a minha pobre amiga cerrava com cuidado a janela ia trabalhar na sala silenciosamente e
no domingo fomos dar um passeio um dos subúrbios a busca de ar puro e de distração coisa que eu não encontrava nunca tinha uns decido no engenho novo e caminhávamos até para a estrada quando notei o extremo cansaço de minha mãe você temos aqui disse mostrando o paredão baixinho que liderava a estrada tás cansada eu não mas a senhora está por mim podemos continuar não sentisse aí eu vou só até aquela curva do caminho e já volto assim fiz minha mãe sentou-se tava lhe vida afante com as mãos apoiadas ao muro e o busto inclinado
para a frente e eu tava sorrindo me mas os lábios finos e pálidos abriu-se apenas para beberem o ar morno e grosso da tarde com dificuldade vagarosamente eu deixei a sossegar e subir sozinha até a curva do caminho vida ali a uma distância muito curta uma praça larga ladeado a esquerda por um renque de casa os pobres ea direita pelo mesmo murinho baixo e dava sobre a estrada de ferro eram recanto melancólico árido sem poesia onde as crianças falavam na terra de mistura com os cães e umas árvores de tronco fino e copa chata projetavam
sombras extravagantes e irregulares no solo amarelado eu só ia assumir de repente ouviu-se perto o silvio do trem de ferro comboio passava foi um alvoroço entre a criançada que partiu aos autos para o muro de uma gritaria dizendo adeus aos passageiros que não conheciam aquele pôr do sol aquele fumo que saía um diante trouxeram minha lembrança as tardes de palmeiras então uma saudade invade o coração saudade de quê particularmente de coisa nenhuma aí eu tiver a dores e lutas preocupações e tristezas ainda maiores do que as alegrias e os sonhos que sonharam sentia saudade de
tudo desse conjunto de riso sede agonias do meu gozo das minhas lágrimas gozo sentido e lágrimas choradas com intensidade dos 20 anos eu estava assim abre sorte quando vi passar muito perto uma mulher elegante cima seu vestido cinzento exageradamente justo na cintura o cabelo de um loiro singular quase escondido por um chapéu de plumas o grande leque escarlate de desenhos bizarros pela manejava com desembaraço da vão levar petulante e gracioso que me trouxe a ideia uma dessas figurinhas garbosos de carvão e tivesse recebido um sopro misterioso de vida e desandar se é passear ligeira diante
de mim de repente via sumiço numa das casas pobres uma das mais feias mais sujos onde o formigueiro de crianças tagarelava porta o elegante mulherzinha reapareceu depressa atribuindo o dinheiro os pequenos acompanhada por uma velhota magra eu continuava ali dentro maquinalmente aquela cena em bebida pela doçura da tarde olhando olhando a tua a moça desembaraço se da velhota e veio caminhando para o meu lado desta vez o leque vinha fechado e os seus passos tinham-se tornado pesados quase vagarosos chegou os para o muro e percorreu com a vista a estrada inferior como se procurasse alguém
contemplando de perto estremece era clara silvestre a minha antiga companheira de colégio tantas vezes repartido comigo seu lanche tantas vezes me perfumar a com a sua água florida ou mim pro ar consul microscópico pompom de arminho subtraída da vida da mãe e eu olhava estupefata para o seu rosto alvíssimo os seus formosos olhos verdes brilhantes e expressivos os seus cabelos pintados de uma cor de cenoura os lábios cheios de carinho e comparava com a clara silvestre de outro tempo linda também mas natural inocente com seus caracóis castanhos e o seu doce rostinho muito redondo e
alegre e entretanto clara fico sou também em mim o seu olhar esmeraldino houve um momento de embalar eu não sabia o que fazer se retirar me se ficar pobre clara no meio do seu luxo do seu perfume dele é a tropa e dos seus enormes cubinhos dos brincos inspirava migrante interesse e mágoa sentia como uma necessidade de atrair lamin evocando a lembrança do passado e de a consolar de que nem sei porque ela não parecia infeliz tive uma certa altivez de porte levantava mesmo a cabeça com orgulho vaidosamente contemplamos nos em silêncio alguns momentos depois
deixando falar a voz do coração perguntei-lhe a medo assustada de mim mesma lembra-se de mim e foi parece que foi minha colega na escola de dona ninha somente não me ocorre o seu nome marta marta é isso se me lembro mora por aqui não houve uma pausa estávamos ambas contra feitas desejar vamos lançar nos braços uma da outra e nem nos atrevemos as perguntas mais simples o imagine disse-me ela por fim precipitando um pouco as palavras visivelmente nervosa morreu uma criada minha deixando uma filha de nove meses eu dei a criança uma ama remunerando a
bem hoje vim ver ela tá magríssima e suja o suja os vestidinhos bordados que ele tem um mandado sabe onde os encontrei no corpo das outras crianças filha da arma que gente vou tomar lá para casa calamo-nos visto umas vozes fortes gritaram da estrada embaixo olá clarinha era um grupo de rapaz que ele mostrava um lugar no carro em rio claro recuou um pouco e disse apertando a minha entre as suas mãos elevadas a deus marta não pense mais em mim eu não mereço a sua amizade mas fique certa de que há muito tempo eu
não tinha uma alegria como a que tive agora vendo que não há e as lágrimas tremiam nos olhos e ela desapareceu correndo pela rampa a melhorar o seu leque vermelho de figuras bizarras daí a nada ouvir as risadas argentinas de claro silvestre lá embaixo com sapatos em eu voltei silenciosa e confusa que queria dizer tudo aquilo minha mãe vem ao meu encontro já descansada mais aflita pela minha demora contei o caso não lances meu claro nem me censurou estava pálida e a lia tudo voltamos por muito tempo o meu espírito se fixou com tenacidade na
antiga clara silvestre rosada forte com seus vestidinhos de chita e os seus vidros brancos inocente alegre feliz pobre criança ela tem no meu coração túmulo virginal engrinaldado de rosas todo envolto pela saudade a doce a tranquila saudade da infância e esse episódio simples fugitivo sugeriu mesma multidão de ideias umas dolorosas outras nem sei como definidas talvez que eu mesma sempre pobre humilde e modesta feia invejar se aquele brilhantismo de claro aquelas joias aquelas plumas aquele aroma aquela formosura é mas tinha ficado no meu ouvido da sua frase melancólica eu não mereço nada e dava-se por
isso em meu espírito uma confusão indescritível de conjecturas desejaria a penetrar o mistério daquela vida saber como se pode para ser feliz não o sendo para mim claro a mentira que não valia nada era eu sempre ignorada por toda a gente sempre feia o que me torturava sempre envergonhada dos meus vestidos mal ajeitados do meu calçado barato do meu modo esquerdo e retraído era sobre mim e todos os males caíram as palavras saíram me a custo da boca e eu presumia que toda a gente se ria dos meus gestos da minha cara da minha pobreza
entretanto clara silvestre olhar ame com doçura com amizade na medição dos vencidos bons e não o de os setores da vida é a minha livro ozzy a minha dor de viver de ser feia de ser pobre de ser triste durou ainda muito tempo e creio que não se estendeu absolutamente chegou porém uma ocasião em que me senti mais calma e mais resoluta esforcei-me por estudar e distrair o espírito conheço deve em breve decidir se a minha sorte como professora aproximava-se o tempo dos últimos exames envelheci emagreci trabalhei sobre posse num grande esforço de memória mas
se o corpo diz caía a alma triunfava e era esse todo meu empenho eu estava eu a pensar nos meus estudos quando a professora me disse uma vez quer saber uma novidade marta o luis vai casar se adivinha com quem rapidamente não tão vibrante claro perguntei com a filha do paralítico não casa-se com a minha sobrinha aquela que lhe apresentei no baile eleonor quando cheguei a casa minha mãe notou que eu estava pálida e com olheiras assim se ele não sentir nada e de fato parecia melhor a minha situação em vez de luis era a
figura de leonor que nitidamente me aparecia vestida de branco como no baile e engrinaldado de flores e olha disse-me a minha pobre companheira neste hoje na gazeta aviso para o concurso amanhã não qual concurso o concurso das professoras para as escolas públicas miranda trouxe no jornal tomou-lhe e desde aquela hora até à noite para os me estudar vendo de vez em quando a imagem delicada de leonor como um sonho vaporoso e tendo mas não me amargurada aquela visão preferia a filha do paralítico senti um prazer maldoso em saber eu esqueci daquela também a respeito dos
meus estudos estava segura tranquila de uma tranquilidade mesmo como nunca tiveram invés pelos de exame minha mãe não disfarçava mal a sua inquietude sentirá trêmula ao pé de mim não teve coragem de acompanhar me pediu a professora como último favor que me levasse e animasse beijou-me quando eu sair pedindo se forte mas vi no seu olhar úmido toda a fraqueza que invadiu nesse instante tinha razão para recear de mim se me não saísse bem ela teria de trabalhar um ano inteiro ainda com poucas vantagens esgotando pouquíssimo resto de vida numa luta continua e o que
orgulho eu penso na desvelada solicitude que tem em geral a mulher brasileira para o filho amado não repudia nunca trabalha ou morre por ele coração cheio de amor perdoemos lhe os erros da educação que ele transmite e abençoe mula pelo que ama e pelo que parece o fim da sessão 9 a sessão desce de memórias de marta esta é uma gravação librivox todas as gravações librivox estão em domínio público para mais informações ou para ser voluntário por favor visite librivox.org memórias de marta narrativa de júlia lopes de almeida sessão 10 capítulo décimo o quanto à
tarde voltei encontrei minha mãe animada e risonha mesmo com o bom ar de ventura que eu não devia nunca o solicitador miranda nosso vizinho por assistir o concurso antecipar assim ir dar-lhe a notícia de eu me haver saído bem recebi a nomeação de professora no dia do casamento de luiz minha mãe abraçou me jubilosa e atônita de me ver triste eu pensava da brancura de leonor no seus cabelos loiros e sedosos engrinaldado sobre o véu fino no seu belo corpo alto e esbelto coberto de seda branca e flores de laranjeira eu pensava ela souber das
montanhas de palmeiras nas suas casas determinadas entre alegres verduras nos seus bosques perfumados nas suas cascatinha solução eu pensava na tarde da tempestade na filha do paralítico e não abraço de luiz nos seus materiais no seu sorrisos e na sua falsidade eu pensava o mesmo tempo em tudo que me impressionaram no campo em tudo que me dera alegria e em tudo que me dera desgosto fechei-me só no quarto procurando como pretexto arrumar os meus velhos livros trabalhos de agulha no fundo de um baú quando voltei à sala minha mãe ao por assado e risonha chamou-me
para o seu lado e disse-me que o solicitador miranda e pedir a minha mão surpresa não responde logo minha mãe interpretando mal o meu silêncio continuou o miranda é um homem de quarenta e tantos anos muito sério e bondoso mas respondi-lhe eu nunca lhe falei viu a janela de manhã quando eu atravessava para o colégio unicamente e e apaixonou-se por ti na leitura das cartas que me escrevesse de palmeiras ah e por que tu mostrou as minhas cartas porque ele perguntava-me sempre por ti e por que filha escrevia me coisas tão bonitas tão meigas e
delicadas e o meu orgulho de mãe é aconselhável e aquela em descrição eu sabia de ar muito que qualidade de homem é o miranda trabalho para ele há dez anos bem vez nunca me pagou mal nunca fez reclamações nem queijos foi sempre cavalheiro como se adivinhasse em mim os princípios que tive além disso com quem eu poderia desabafar a saudades tuas viam muitas vezes todas as semanas quando ele levava a roupa depois que vieste como sabe por mim que tens estado doente não me quis falar nisso e contentava-se em vez de todas as manhãs agora
porém que as demorar para fora não podendo calar-se mais tempo revelou minha sua feição acabou de sair daqui não consentiu que eu te chamasse prometi levar ele a tua resposta não desejo casar-me mas baú e amanhã para lhe descendo alcancei uma posição independente não precisarei do apoio de ninguém essas palavras disse a seu secamente minha mãe baixar a cabeça e depois de uma pausa silenciosa tornou-me com a voz baixa e como vida seja eu não queria fechar os olhos que sem te ver casada só no mundo tão perverso como este depois o miranda tem um
ótimo comportamento é talvez velho para ti mas havia de ser excelente marido sério conrado e delicado enquanto ela dizia isto eu via como num sonho encantadora figura de leonor estremece ouvindo minha mãe referir-se ao meu futuro meditei num minuto a minha vida inteira e a reputação da mulher essencialmente melindrosa como que está o puro o mínimo sopro a em turva mas de mim quem se ocuparem falar passaria sempre desse percebida mesmo pela vista dos mais famosos porém os cabelos brancos vire a velhice e eu ficaria sozinha com meus sonhos por eles as minhas raiva surdas
a mesma desconfiança pela humanidade que me repudiava julgava eu bem cedo neste país ardente as mulheres ouvem dizer que as amam e eu só aos 24 anos despertava no coração cansado de um velho uma paixão sossegada e mansa e que amaram em mim o meu espírito também a pessoa não era nada foram as cartas escritas sob o influxo do meu amor por luiz naquele período de olho da minha vida que lhe despertaram a ideia de que a marta valeria alguma coisa em um lar doméstico olhei com desprezo para o meu corpo achando indigno da minha
alma e o ódio da natureza cresceu em mim não fermento em que todos os azedumes se encontravam minha mãe percebeu tudo e disse eu só quero que tu quiseres ou o que eu quero não alcançarei nunca o meu primeiro grito de desespero minha mãe chorou eu não é só muitas horas depois de ter calma para refletir e refletir que o meu casamento seria uma vingança para os ultrajes que a minha imaginação de moça receberá sempre o fim da sessão 10 a sessão 11 de memórias de marta esta uma gravação librivox todas as gravações de glee
box estão em domínio público para mais informações ou para ser voluntário por favor visite librivox.org memórias de marta narrativa de júlia lopes de almeida seção 11 capítulo 11 e o meu noivo era um homem singular na sua simplicidade eu nunca tinha reparado nele posso muito bem afirmar que só ouve depois de lhe ter dado sim na tarde em que com satisfação comedida foi agradecer a minha resolução recebi o com toda a calma sem habilidade friamente sorria com esforço e procurava em vão sacudir de mim antipatia que o casamento naquelas condições me inspirava minha mãe irremediável
a minha concentração falando muito rindo mesmo lembrando algo miranda frases de uma outra carta minha que eu tinha o feito dizer a sua filha é uma jóia rara feliz do homem com quem ela se casar eu não entendia ouvir os elogios quase sem protestos abatida vazia de ideias sendo morta já chegou o instante em que a minha mãe no esforço de suprema agonia teve a coragem de relatar a morte de meu pai e amarga herança que dele recebemos julgava assim dever de lealdade nome fosse dizer depois que ele tinha desposado a filha de um ladrão
miranda fila calar-se um pouco fechado e eu levantei para ele meus olhos tristes espreitando os movimentos com susto e com vergonha ele sorriu me era um homem de estatura mediana gordo calvo com muitos fios brancos a luzir em na barba preta de feições miúdas dentes pequeninos e peito robusto havia alguma coisa de paternal nos seus olhos uma expressão de lealdade de doçura que lhe inspirava confiança e tranquilidade falava sem preocupações de linguagem e um correndo mesmo frequentemente em pequenos erros de pronúncia ou de gramática muito vulgares e eu não tava aqui sem desgosto e meça
numa tony estúpida só depois de ele ir embora é que eu ironicamente os enumerei a minha mãe ela ouve-me calada e depois afirmou que nem sempre os maridos mais ilustrados eram os melhores quando um homem de espírito superior não encontram na esposa o entendimento claro uma percepção nítida das coisas uma inteligência preparada para perfeita compreensão da sua um como refletor das suas ideias esse homem deixa de lhe comunicar os seus projetos de futuro ambições estudos trabalho triunfos e desgostos por julgado incapaz de uma consolação ou de um ato aos e assim sem troca de emoções
nas conversas íntimas procura cada um para seu lado satisfazer as necessidades absolutas de seus gostos e temperamento a mulher então ou se resignar a viver encolhida em casa na humilhante posição de mera governante ou revolta-se contra superior o marido e provocam de todas as maneiras desde o mais séria até mais fútil agora quando ao contrário é a mulher mais inteligente e a mais ilustrada sendo ao mesmo tempo poderosa sensata boa o marido venera respeitar e faz-lhe sem temer as suas confidências de venturas e pesares cabe a ela então disfarçar a diferença intelectual entre os dois
existe e procurar nivelar-se com ele está e toda a ciência minha mãe você tava exemplo diante das amigas e eu pensava em três tecida em que a suprema ventura seria encontrar em si e unirem-se para toda a vida duas pessoas de espírito afinado pelo mesmo diapasão com as mesmas predileções iguais tendências mas essa era uma aspiração absurda e fiz para convencer médico só havia um homem capaz de me fazer feliz o miranda o príncipe esse entusiasmo a fazer o meu pequeno enxoval e a tratar dos preparativos para nossa mudança a minha cadeira era no engenho
novo em verdade quem tratava de tudo era minha mãe eu quase que me limitava a dizer como queria as coisas ela cortava acertava ponha tudo em ordem eu interrompi a costura e a deitar-me chorando o sentar-me silenciosa indolente abstrata em um canto do meu quarto uma tarde saímos do trem do subúrbio quando sentir agarrar em um braço voltei-me era nossa antiga vizinha do cortiço ilhoa que se plantava agora a gente de nós com um sorriso nos lábios grossos na estação havia um rumor de passos apressados corriam os homens procurando entrar no tanque parte ia as
máquinas se vão e os trabalhadores em pediam com força os carros de mão pesados de malas de caixões foi logo tumultuar de perguntas aí eu nem as deixava a concluir e desgraças enchiam na até os olhos parecia de desabafo a carolina tinha se casado apesar do trabalho das pernas mas marido explorável de trabalho de uma maneira feroz e ainda por cima a muia de pancadas tinha já dois filhos e habitava agora um cortiço da gamboa raramente via mãe uma dor da alma e a rita essa está para casar com o moço estabelecido de barbeiro mas
senhora ele sempre tem um gênio aquele eu já sei para mim filha casada é filha morta e seu marido ganhar mais agora pois não leram as gazetas o que meu homem foi pesado por uma carroça lá para o matadouro ó senhoras que a mim sempre tem acontecido coisas está aleijadinho cortaram-lhe as duas pernas se não fosse eu ter saúde olha que eu não sei como haveria de levar um bocado de pão a boca nós saímos juntos até o bonde nós entramos ela seguir a pé pela calçada em frente do quartel e eu via com verdadeira
admiração aquela trabalhadora persistente e brutal aqui na vida retalhavam a alma sem que o corpo caísse ficava muito mais velha por certo o seu cabelo encaracolado e negro agora branco o rosto da negritudes caído em quatro rugas fundas das narinas ao queixo dos lacrimais as falhas mas lá ia direita rebolando os quadros fotos embaçadas firmes a busca do seu fardo de besta de carga bom nessa tarde compramos a última peça de morim e as primeiras fitas do meu enxoval dias depois tome posse da minha cadeira de professora no entanto minha mãe e o miranda estavam
para que se marcasse definitivamente a data do casamento marquei a mas pouco depois transferia tornei a marca lá tornei a transferida até que por fim num grande esforço de vontade decidi positivamente o dia e a hora para realização do ato de correr um mês minha mãe tratava de tudo desde a madrugada até a noite numa lida insana hora lavava os vidros das janelas hora arrematar a minha pouca roupa muito perfumada e bem arranjadinha para cozinha hora engomava economizando muito para fazer no vestido de núpcias seda branca e fez o vestido de seda e comprou flores
caras e um véu longo e farto e na véspera do meu casamento à noite sentei-me perto a mesa do jantar e para os meus olhar caderno por caderno dos meus antigos estudos disposta a fazer desaparecer nas chamas todos os vestígios do meu tristonho passado comecei a separar examinando com enfado aqueles papéis quando de entre os apontamentos de pedagogia alumínio colo uma folha de carteira assinada dobrado ao meio abria reconheci a letra de luiz como vida trêmula nervosa lee e tornei a ler primeiro só para mim depois a meia voz depois alto eram versos minha mãe
sentada do lado do posto em frente olhava-me com atenção com os braços e a costura caída sobre a mesa fazia calor e ao redor do lampião voltei água fascinados muitas mariposas brancas pequenas de quem são esses versos perguntou minha boa amiga a professora ali outra vez mais devagar eu não usei entendi bem e eu li ainda mais titubeante e nervosa realmente faltava-me o ar sentir melhor pressa doente interromper a leitura ergui-me fui à janela e olhei para o céu tava todo estrelado azul e límpido cortado pelas telhas branca esse da da via láctea nem o
mais leve vibração tudo morno parado de um jardim da vizinhança vem um aroma forte de jasmins e magnólias voavam pirilampos e novidá veio noite estive muito tempo debruçada no peitoril olhando para o escuro depois voltei e sem examinar nem ler mais papéis que meios todos minha mãe divertiu me olha que os versinhos solace vão também não faz mal eles não prestam para nada também nem quis parecer isso mas como não entendo e foi assim pa é a minha última noite de solteira o fim da seção 11 a sessão 12 de memórias de marta esta uma
gravação librivox todas as gravações librivox estão em domínio público para mais informações ou para ser voluntário por favor visite librivox.org memórias de marta narrativa de júlia lopes de almeida seção 12 capítulo 12 casa ele numa bela tarde de verão poucas pessoas assistiram ao ato além da minha mãe do senhor jerônimo e da mulher que foi minha madrinha despedindo-se dona anita disse-me um abraço algo lhe dê muita felicidade senhor miranda parece ser um ótimo homem passamos uma semana feliz meu marido consagrava me uma afeição serena ela delicado e bom nunca no meu lar suarão as alegres
sonoras frases dos noivos apaixonados nem tampouco houve nunca um erro minha mãe tinha uma expressão de ventura portal o estado no seu rosto muito magro e pálido que me como via quando passava provações fome frio trabalhando sempre para sustentar me concentrava na tristeza o seu coração na alegria porém abrir a usar os olhos de toda a gente na queixa é uma fraqueza a pegada impressa no chão lodoso da terra o silêncio sofredor eu vou no azul cândido do infinito a minha santa a menina igual a viu amiga atravessou todas as misérias sustentando-se sempre nas asas
é que naquele corpo estreito fraquíssimo doente havia uma alma forte um coração sublime a minha maior felicidade consistia em remunerar lá com largos juros de todos os sacrifícios feitos por mim por isso preparava o resto de vida plácido e feliz mas coitadinha vendo minha parada com auxílio certo e honrado deixou-se descansar da grande luta que a com quantos anos trabalha com a morte singular organização a sua enquanto depende do seu trabalho da sua vida da sua proteção movia-se sempre ativa desde a madrugada até a noite uma linda cruel agora que não se julgava precisa deixou
cair os braços e confessou-se exausta que toda sua vida tinha sido só sacrifício força de vontade nada mais foi no oitavo dia do meu casamento que ela adoeceu estávamos ao jantar e vírgula cair para o lado com uma síncope que socorrê-la não pude tinha as pernas muito trêmulas e sem ação gritei tem muito o rosto banhado em lágrimas e o corpo e não dado de um solo aflitivo e freio meu marido tomou nos braços e como ouvido levou-a para a cama no quarto próximo a minha mãe voltou depressa assim chamou me procurando animar-me e convencer-me
de que aquilo não era coisa de cuidado mas veio médico e menos caridoso afirmou muita doente sofria de uma lesão antiga e que se admirava sinceramente e que viver se ainda que ele coração está completamente arruinado há longos anos e podemos considerar como um milagre tamanho ea resistência tão profundo mal aquela senhora tem sido de aço realmente eu ouvi o trêmula encostando na parede para não cair meu marido fez me notar a minha perturbação ele lamentou me explicou que era de seu dever prevenir os para qualquer emergência poder cambaleante para o quarto da minha adorada
ela adormecerá sobre a ação da morfina injetadas nos seus braços nus muito frios pendentes por fora da roupa e desde então na minha rede do seu lado assistindo o medonho desenlace daquela vida de marte às vezes com as faltas de ar parecia morrer ficava roxa depois pálida inclinar o corpo para a frente e com a respiração cortada o rosto transtornado pela agonia a fronte banhado de suor os braços gélidos olhava-me e sorria as crises sucediam-se as pernas tinham linchado muito e não podia andar passava dia e noite numa poltrona curvada para a frente sobre almofadas
um dia chamou-me para bem perto afago me com as mãos arredondadas pela estação contemporâneo com seu amor fixa e demoradamente depois atender meus lábios tintos de uma cor violácea beijou-me e fez sinal para que eu saísse à tona e para sair e ele esperou dei uma volta pela sala inconsciente obedecendo a vontade daquela santa voltei encontrei a reclinada para trás sobre o espaldar da cadeira serena adormecida aproxime mais inclinei-me para ela e compreende a horrível verdade estava morta meu marido entrar atrás de mim me amparou me nos braços tive ataques violentos toda a tarde as
grandes vestido mordendo e batendo com a cabeça na cabeceira da cama e nas paredes cerrando os dentes a todos os remédios e alimentos não desesperar próximo às ave-marias levantei-me e fui postar meu lado da minha dourada morta não me arretei dali de joelhos entre o leito ea janela aberta por onde entrava a vibração perfumada da noite semeada de estrelas o fim da seção 12 o fim de memórias de marta gravado por raquel morais belo horizonte brasil em julho de dois mil e vinte obrigado por escutar