Luciano Subirá - O FALAR EM LÍNGUAS | FD#56

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Luciano Subirá
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Video Transcript:
Dentro da visão dos fundamentos doutrinários estamos explorando nas últimas aulas a doutrina do Espírito Santo, falando sobre a sua pessoa e a sua obra. Dentro desse assunto, temos uma abordagem importante que não pode ficar de fora, que diz respeito ao falar em línguas. Eu sei que é um desafio numa aula de meia hora, tentar esgotar um assunto que me fez escrever um livro inteiro a respeito disso, intitulado Falar em Línguas, a Linguagem Sobrenatural de Oração, que inclusive recomendo a sua leitura para que você tenha um entendimento mais acurado daquilo que será apresentado apenas numa versão resumida aqui.
Também temos um curso inteiro na nossa escola on line a respeito disso. Portanto, eu preciso direcionar a expectativa. Não vamos responder tudo o que as pessoas possam estar procurando entender a respeito do assunto nessa aula e não temos o propósito, na visão das aulas, do Fundamentos Doutrinários, de entrarmos demais em detalhes porque queremos cobrir a visão geral de diversos assuntos doutrinários.
Então fique aí, a recomendação caso você queira se aprofundar no assunto por aqui ou acesse o nosso curso ou para que adquira o nosso livro e, para facilitar, nós vamos deixar no descritivo o link de acesso tanto a uma coisa como outra. A manifestação do falar em línguas, ela é exclusiva do Novo Testamento, ainda que Paulo, em primeiro aos Coríntios 14, cite uma profecia de Isaías dizendo por meio de outras línguas, de lábios estranhos, ou, dependendo a versão, gaguejantes, se o Senhor falar a esse povo, ele se refere a isso como sendo o cumprimento de algo anunciado, porém não experimentado no Antigo Testamento. Quando falamos dos nove dons do Espírito Santo, sete deles nós temos registros das suas manifestações no Antigo Testamento, mesmo antes da era da graça, onde o Espírito Santo habitaria permanentemente em nós e viria para trabalhar essa transformação na imagem de Jesus, a unção sobre, antes de a unção interna, como falamos na última aula, já era experimentada e sete dos nove dons eram desfrutados.
No entanto, a manifestação do dom de variedade de línguas e do dom de interpretação de línguas, assim como vou fazer uma distinção da oração em línguas, ao longo da aula eu vou fazer essa distinção, elas são exclusivas da Nova Aliança, do Novo Testamento. Eu quero começar destacando uma declaração de Jesus. Em Marcos no capítulo 16, de 15 a 18, nós vemos o Senhor Jesus dizendo: "E disse-lhes: Vão por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura.
Quem crer e for batizado será salvo; quem, porém, não crer, será condenado. Estes sinais acompanharão aqueles que creem: em meu nome, expulsarão demônios; falarão novas línguas; pegarão em serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará mal; se impuserem as mãos sobre os enfermos, eles ficarão curados. " Eu sei que esse texto tem sido alvo de debate, principalmente para aqueles que criticam a manifestação do falar em línguas, não creem na sua contemporaneidade, então alguns tentam justificar: "Ah, esse pedaço do capítulo de Marcos 16 não está nos manuscritos mais antigos.
" A minha pergunta é: existe alguma coisa aqui que colida com tudo aquilo que inquestionavelmente está em todos os manuscritos antigos? Não. Então, por exemplo, a comissão de pregar o Evangelho, ela é exatamente a mesma de Mateus.
A diferença é que aqui diz "a toda criatura" e no Evangelho de Mateus, o Senhor Jesus diz: "Ide e façam discípulos das nações. " Então lá é por todo o mundo. Agora, quando Jesus orientou seus discípulos a pregar o evangelho, Ele os manda dizendo: "Vocês vão expulsar demônios, vocês vão curar os enfermos.
" Isso está em algum conflito com o restante daquilo que é claro nas Escrituras? Também não. - "Ah, mas Jesus falou uma coisa aí de pegar em serpentes, de beber, coisa mortífera.
Então por que é que os pentecostais não saem bebendo veneno? " Bom, primeiro Jesus não mandou beber veneno. Ele fala de uma situação que nós precisamos ter o bom senso de interpretar, que ela pode ter muito mais a ver com uma questão acidental do que intencional e nós não podemos ignorar a possibilidade de que, assim como no Evangelho de Lucas, Jesus esteja falando de forma simbólica.
Então, por exemplo, lá no Evangelho de Lucas nós temos uma declaração, ela consta em todos os manuscritos antigos, não existe nenhuma versão de nenhum manuscrito que omita essa declaração, no entanto, ninguém toca no assunto para tentar debochar dele, como fazem com Marcos 16. Nós estamos falando do verso 19 de Lucas dez. Jesus diz: "Eis que eu dei a vocês autoridade para pisarem em cobras e escorpiões e sobre todo o poder do inimigo, e nada, absolutamente, lhes causará dano.
" Então, para vocês que não questionam que isso é parte da Palavra de Deus, mas debocham dizendo: "Por que vocês pentecostais, não bebem veneno? " eu pergunto: Por que é que você não sai pisando cobra e escorpião por aí? Porque o que eu fico realmente aborrecido em algumas discussões é a incoerência.
É na hora de eu atacar, eu tenho uma regra de interpretação, na hora de tratar o debate com honestidade, eu finjo que aquele argumento que eu usei não pode ser usado contra mim. Para mim isso tem nome. De duas uma ou é desonestidade ou é bipolaridade.
Qualquer uma delas que você escolher não vai ser boa em seu favor. Quando você olha o contexto da declaração de Jesus: "Eu dei autoridade para pisar em cobras e escorpiões", do que Ele está falando? Vamos olhar o contexto.
O verso 17 de Lucas dez e o 18, que antecede essa declaração: "Então os 70 voltaram cheios de alegria, dizendo: Senhor, em teu nome, os próprios demônios se submetem a nós! Jesus lhes disse: Eu via Satanás caindo do céu como um relâmpago. " Eles estão falando de autoridade de expulsar demônios, Jesus fala da queda de Satanás, e agora ele está dizendo: "Eu dei a vocês autoridade para pisar cobras, escorpiões e todo o poder do inimigo.
" Jesus não está necessariamente falando de cobras e escorpiões no sentido literal. "Saia pisando eles, procurando. " Jesus usa isso como uma figura, assim como Apocalipse 12 se refere a Satanás, chamando ele de a antiga serpente.
Agora, se isso serve como simbolismo aqui e no verso 20 Jesus vai continuar tratando do assunto: "No entanto, alegrem se, não porque os Espíritos se submetem a vocês". Jesus não está dizendo: "Alegrem-se, não, porque serpentes e escorpiões se submetem. " Ele volta no assunto dos espíritos porque é uma simbologia quando Ele fala de serpentes e escorpiões que simbolizam aquilo que o inimigo poderia usar para tentar trazer dano.
E ele está dizendo: "Eu estou guardando e protegendo". E Ele diz: "No entanto, alegrem-se, não porque os espíritos se submetem a vocês, e sim porque o nome de cada um de vocês está registrado no céu. Então a pergunta é: existe alguma coisa na declaração de Jesus que entre em colisão com o restante daquilo que as Escrituras dizem?
Não, em absoluto. E nem tão pouco quando nós temos a frase: "estes sinais seguirão os que creem: falarão novas línguas. " Nós vemos o quê?
No dia de Pentecostes, todos foram cheios do Espírito Santo e passaram a falar em outras línguas. Nós vemos Paulo escrevendo e dizendo: "Eu quero que todos vós faleis em línguas muito mais que profetizeis. " Como que Paulo ia querer que todo crente daquela igreja falasse se isso não é para hoje, ou, sequer, se fosse para todo o mundo?
Então vamos discutir isso de uma forma mais honesta, ainda que não possa ser exaustiva. Nós olhamos para isso e percebemos que Jesus tratou como uma promessa do Pai. Essa promessa envolve um conceito que vem desde o Antigo Testamento: ser cheio é falar.
Evidentemente, a definição de falar em outras línguas, ela não é clara no Antigo Testamento, mas é muito clara no Novo Testamento. Paulo fala de duas possibilidades em primeiro aos Coríntios 13, quando ele vai enfatizar o amor. Ele diz: "Ainda que eu fale a língua dos homens e dos anjos e não tivesse amor", ele chega àquela conclusão de que essa manifestação sem amor ela não tem importância.
Mas ele não está dizendo que, tendo o amor, nós não precisamos da outra manifestação. Ele está dizendo que ela não pode ficar sem amor, e não que o amor simplesmente jogou fora todas as outras. Aliás, é uma das maneiras pelas quais nós podemos viver de forma legítima e completa as manifestações do Espírito Santo.
Então Paulo abre um leque de possibilidades. Ele está falando de línguas dos homens e dos anjos. Em Atos, no capítulo dois, a Bíblia diz: "Quando foram cheios do Espírito, passaram a falar em outras línguas", o versículo quatro usa a expressão "glossa".
É daí que saiu na teologia a expressão "glossolalia" para se referir ao falar em línguas. Paulo, em primeiro aos Coríntios 14, vai usar muito essa expressão. Alguns tenta dizer: "Não, o que está escrito lá em Atos dois é que eles falaram dialetos, tanto que as pessoas os ouviam na própria língua.
" Sim, a partir do versículo cinco você vai ver o testemunho de gente dizendo que os ouviam falar no seu próprio dialeto das grandezas de Deus. Mas quando você continua olhando e consultando as declarações que nós podemos dizer bem alinhadinhos com o original grego, de novo vai haver um intercâmbio e Lucas vai voltar ao uso da palavra "glossa". Então, por exemplo, no versículo seis, a Bíblia diz: ".
. . porquanto cada um os ouviam falar na sua própria língua", no original, "dialektos".
Verso sete: "Estavam, pois, atônitos e se admiravam, dizendo: Vede! Não são, porventura, galileus todos esses que estão aí falando? Como os ouvimos falar, cada um em nossa própria língua materna?
" A palavra usada aqui mais uma vez na língua materna, você tem a expressão "dialektos". Agora, à medida que você olha a descrição daquilo que aconteceu e de como Paulo vai tratar essas verdades no Novo Testamento, o intercâmbio com a palavra "glossa" é indiscutível. Seja o uso anterior do versículo quatro, ou seja, aquilo que eu e você podemos olhar em primeiro aos Coríntios, em especial o capítulo 14, como eu vou apresentar para vocês.
Então, a possibilidade de que essa manifestação possa nos levar a falar o que Paulo chama de língua dos anjos, nós não sabemos se ele está falando que isso é literalmente a maneira como se conversa lá ou alguns sugerem: "Ah, isso é só uma maneira de dizer que não são línguas humanas, são celestiais. " Eu digo nos falta mais informação para explorar a fundo o detalhe, mas ele abriu um leque de possibilidades de algo diferente, que não sejam apenas línguas humanas. Que não estamos falando de línguas conhecidas, outro dia eu vi uma pessoa tentando explicar: "Quando Paulo diz: Dou graças a Deus que falo mais em línguas do que todos vós, estava falando da quantidade de idiomas que ele sabia.
" Ai, eu olho e digo: "Mas deve estar de brincadeira para falar uma coisa dessas! " Porque em primeiro aos Coríntios 14. 13, Paulo diz: "O que fala em línguas, ore para que possa interpretar.
" Se ele está falando de uma língua natural, que é o conhecimento humano, por que ele vai orar para poder interpretar uma língua que ele já sabe interpretar? Segundo, como é que isso seria uma manifestação do Espírito Santo se qualquer ímpio pode aprender uma língua natural? E como que ter uma língua natural faria esse ímpio, que tem o conhecimento de um outro dialeto, oferecer qualquer coisa para edificação da igreja.
Se Paulo está dizendo que as línguas que ele falava diz respeito mera e simplesmente a línguas humanas, o que é que Paulo diz? "Eu prefiro falar cinco palavras com entendimento no meio de vocês do que dez mil em línguas. " Era só Paulo pegar o entendimento que ele tem das línguas e traduzi-las.
Mas ele está dizendo que as línguas não serão entendidas pelas pessoas, a menos que haja interpretação. Se ele falasse de algo natural, havia interpretação. As pessoas querem humanizar demais uma manifestação sobrenatural para com isso tentar justificar a ausência da experiência e não para ser coerente com a doutrina.
Mas eu creio que muita confusão vem do fato de a gente não distinguir os diferentes tipos. Eu quero chamar sua atenção para isso. As pessoas pegam o assunto do falar em línguas e elas fazem uma mistura como se fosse uma massa para produzir o bolo.
Joga lá a farinha, joga o ovo, joga o óleo, leva tudo para a batedeira e trata de uma coisa só, porque a massa que vai para o forno tem que ser uma coisa só, uma mistura de tudo. Quando nós falamos de esportes, por exemplo, nós temos esportes que são praticados com bola, é diferente dos demais que são sem. Desses esportes com bola, nós temos vários que o uso dela é feito com as mãos.
Mas você tem, por exemplo, só a título de exemplo, vamos fala de três. Você tem o basquetebol, você tem o voleibol e você tem o handebol. Os três são esportes, os três usam bola, os três se jogam com as mãos.
A pergunta é: eles têm as mesmas regras e são o mesmo esporte? Não. Não é porque são esporte, porque usa a bola, porque joga com a mão que nós vamos definir como a mesma coisa.
Alguém entra numa farmácia e vai encontrar ali muito medicamento. Bom, as "drugstores" de hoje virar verdadeiros minimercados. Mas, por mais, vamos focar na parte medicamentos, Por mais que seja o lugar onde se venda medicamentos, a pergunta é: todos os medicamentos são iguais?
Não. Os seus propósitos são os mesmos? Não, A forma de uso é a mesma?
Não. Alguns deles são para ingestão oral, outros são pomadas, que se passam na pele, outros são para que simplesmente se faça uma injeção. E às vezes há uma definição muito clara: essa que é intramuscular.
Não pode ser colocado na corrente sanguínea. Então a gente não pode tratar como tudo igual. A pergunta é: de onde foi que nós tiramos a ideia que quando o Novo Testamento fala do falar em línguas, fala de uma coisa só?
Então, preste atenção eu quero levar você primeiro aos Coríntios, capítulo 14 de 1 a 4. Paulo diz assim: "Sigam o amor e procurem com zelo os dons espirituais", ou seja, o amor não é substituição para os dons, é quesito para fluir com eles. "Sigam o amor e procurem com zelo os dons espirituais, principalmente o de profetizar.
" Então ele vai dizer: "de todos os nove, profecia tem destaque. " Aí ele vai dar motivo de porque a profecia ela precisa ser mais enfatizada. Ele diz: "Pois quem fala em línguas não fala para as pessoas, mas para Deus; e ninguém o entende, pois, por meio do Espírito, fala mistérios", mistérios, significa segredos, coisas ocultas.
"Mas o que profetiza, fala para as pessoas, edificando, exortando e consolando. " Verso quatro: "O que fala em línguas a si mesmo se edifica, mas o que profetiza, edifica a igreja. " Então, para produzir edificação, vamos voltar na questão do falar em línguas.
E eu quero refutar mais uma vez a ideia de que não são idiomas. Assim como quem profetiza fala por meio do Espírito Santo e é só por isso que ele consegue edificar a Igreja, como é que o que fala em línguas se edifica se ele está falando só algo natural e não existe nenhuma manifestação sobrenatural nisso? Então é evidente que nós estamos falando de duas manifestações sobrenaturais, não só com propósitos distintos, mas com uma maneira de funcionar completamente diferente.
Então, que quero fazer um quadro que ajude você a enxergar a distinção que Paulo está colocando entre línguas e profecia. Então, de um lado, sobre o falar em línguas, ele dá uma característica no verso dois, sobre as línguas: que o homem fala a Deus. Mas ao mesmo tempo ele estabelece um contraste na sequência do verso três, falando sobre profecia, que Deus fala ao homem.
Então, enquanto no falar em línguas ele está dizendo que o homem fala a Deus, no verso três, ele está dizendo que na profecia Deus, pelo seu Espírito, fala aos homens. Então elas têm propósitos completamente distintos. Ele dá uma outra característica no versículo dois, quando ele diz que ninguém entende quem fala em línguas, mas ao mesmo tempo ele sinaliza no verso três que o que profetiza está falando para as pessoas, e elas só podem ser edificadas, exortada e consoladas por quê?
Porque está falando na linguagem delas, portanto, presume-se que todos entendem. Então vamos continuar o contraste. Falar em línguas, o homem fala Deus.
Profecia, Deus fala ao homem. Completamente distinto. Falar em línguas ninguém entende.
Profecia todos entendem. Completamente distinto. No verso quatro, ele diz: "O que fala em línguas a si mesmo se edifica.
" Então o propósito do falar em línguas aqui apresentado é como edificação pessoal. Mas ele diz que aquele que profetiza edifica a igreja. Então, aqui nós temos edificação coletiva.
É muito importante fazer essa distinção dessas três áreas, fazer não, reconhecer que o apóstolo Paulo está fazendo e usando essa argumentação para nos levar às conclusões que eu quero apresentar. Por quê? No verso cinco, nós vamos perceber que o apóstolo Paulo diz que se as línguas tiverem interpretação, então elas são iguais a profecia e não diferente.
Olha que ele diz no verso cinco: "Eu quero que vocês todos falem línguas, mas muito mais que profetizem. Pois quem profetiza é superior ao que fala em línguas, a não ser que as interprete, para que a Igreja receba edificação. " Aqui a superioridade do dom tem muito mais a ver com o alcance, estrategicamente falando.
Ele está dizendo que o que fala em línguas edifica só a si mesmo e mais ninguém. Mas quem profetiza edifica toda a Igreja. Ele diz: "a menos que a manifestação do falar em línguas seja seguida de interpretação.
" Então, em vez de ninguém entende, com a interpretação, todos entendem. Em vez de: "Ah, a edificação é só de quem fala", agora, a edificação é de todo mundo que ouve, mas a interpretação ela muda completamente o propósito. Porque se de um lado no falar em línguas o homem só está falando com Deus, o que a gente pode chamar de uma linguagem de oração, por outro lado, profecia Deus está falando com o homem, e a Bíblia está dizendo que línguas com interpretação é igual profecia.
Então o homem não está mais falando com Deus quando tem interpretação, Deus é que está falando com o homem. Portanto, as expressões que nós usamos antes no quadro comparativo que apareceu aí para você na tela, línguas e profecia, se elas forem trocadas por línguas sem interpretação no lugar onde só estava línguas, e línguas com interpretação, no lugar onde está profecia, quando falei sobre os dons, eu dei um exemplo aqui a título de Ilustração, que profecia é semelhante a uma nota de 100, línguas com interpretação são duas de 50. Ou seja, se você só tem línguas, inferior à profecia.
Se você tem línguas com interpretação, igual, mas não apenas igual no sentido de importância, igual no sentido de cumprimento de propósito. Então línguas sem interpretação, usadas para edificação pessoal não pode ser confundidas com línguas com interpretação, destinadas a edificação coletiva. O que é que isso significa?
Que o dom de variedade de línguas, que necessariamente tem que ser seguido de interpretação não é a mesma coisa que apenas falar em línguas como resultado de ser cheio do Espírito Santo. Então está aí de novo o quadro; línguas sem interpretação, características o homem fala a Deus, ninguém entende é edificação pessoal. Agora, línguas com interpretação.
Deus fala ao homem, porque ela é igual a profecia, todos entendem, porque a interpretação trará sentido e a edificação é coletiva. Logo, não podemos simplesmente dizer que é tudo igual. Além de línguas sem interpretação, como o que eu vou chamar daqui a pouco de linguagem de oração e vou te dar o motivo, porque a Bíblia está falando que o homem fala Deus, Paulo vai usar a expressão: "se eu orar em línguas", então ele chama isso de uma linguagem de oração, e linguagem de oração é diferente de dom para edificação da igreja.
Então, o que eu e você precisamos entender, é que ainda há uma terceira manifestação, no mínimo. Primeiro aos Coríntios 14. 22, Paulo diz: "Portanto, as línguas constituem um sinal não para os que creem, mas para os que não creem; a profecia, no entanto, não é para os que não creem, e sim para os que creem.
" Então vamos lá. Paulo fala de um sinal para os que não creem. Eu quero usar a expressão que "sinal aos incrédulos", ou seja, sinal para os que não creem.
Do que é que Paulo está falando? Nós tivemos esse sinal, está registrado na Bíblia, em Atos capítulo dois, no dia de Pentecostes. "Os ouviam falar na sua própria língua das grandezas de Deus.
" Então há um momento onde as línguas, elas podem servir de sinal ao incrédulo. Não é padrão. Por exemplo, Paulo vai dizer, em primeiro aos Coríntios 14, que se todo mundo da igreja resolver falar em línguas e entrar o incrédulo no nosso meio, essa pessoa pode achar que nós estamos todo mundo louco.
O interessante é que ele vai falar isso logo depois de dizer que a língua é sinal para os incrédulos. "Se, pois", verso 23 "toda a igreja se reunir no mesmo lugar, e todos se puserem a falar em outras línguas, no caso de entrarem indoutos ou incrédulos, não dirão, porventura, que estais loucos? " E agora Paulo vai dizer o como a profecia pode convencer um incrédulo que não seria convencido pelo falar em línguas.
Mas Paulo não está se contradizendo. Aliás, a Bíblia não se contradiz. O que eu e você precisamos entender é que, só falar em línguas como linguagem de oração, sem ser o dom de variedade de línguas seguido de interpretação, não vai ter impacto nenhum sobre o incrédulo.
Mas, ao mesmo tempo, isso não nega o que ele já falou no verso anterior, primeiro aos Coríntios 14. 22, que tem língua como sinal para os incrédulos e o registro que nós temos disto em Atos capítulo dois, de que pessoas foram tocadas e impactadas. Então, como nós conciliamos isso?
Entendendo que nós temos pelo menos três tipos distintos do falar em línguas. O que ocorreu no dia de Pentecostes foi, pelo menos para um grupo de pessoas, a manifestação do que chamamos como "língua como sinal aos incrédulos. " Eu vou ler do verso 5 a 11 de Atos 2: "Estavam morando em Jerusalém judeus, homens piedosos, vindos de todas as nações debaixo do céu.
Assim, quando se fez ouvir aquela voz, afluiu a multidão, que foi tomada de perplexidade, porque cada um os ouvia falar na sua própria língua. Estavam atônitos, se admiravam, dizendo: Vejam! Não são galileus todos esses que estão aí falando?
Então, como os ouvimos falar, cada um em nossa própria língua materna? Somos partos, medos, elamitas e os naturais da Mesopotâmia, Judeia, Capadócia, Ponto e Ásia da Frígia, da Panfília, do Egito, das regiões da Líbia, das imediações de Cirene e romanos, que aqui residem, tanto judeus como prosélitos, cretenses e árabes, como os ouvimos falar sobre a grandeza de Deus em nossas próprias línguas? " Então, evidentemente, nós tivemos aqui uma manifestação que trouxe um impacto poderoso e levou muitas pessoas à conversão.
E eu acho interessante comentar quando chega aqui no verso 11, eu fiz o comentário antes e não terminei, "Os ouvimos falar nas nossas próprias línguas", agora é "dialektos" ele mudou para "glossa", aquela manifestação sobrenatural. Isso tem levado muita gente a discutir: as pessoas falaram mesmo na língua deles, ou eles os ouviram? Enquanto eles praticavam "glossa" de um lado, Deus fez ouvir o "dialekto", do outro?
Para mim, acho muito difícil só bater o pé e dizer uma coisa ou outra. Tenho conhecido pessoas que têm tido as duas experiências. Foram movidos pelo Espírito Santo e falaram na língua da pessoa e teve gente que apenas estava orando em outras línguas e alguém que a ouvia entendeu no seu próprio idioma.
Eu, particularmente, quero chamar a sua atenção para o foco: sinal aos incrédulos. Então nós vamos apresentar na tela aqui para facilitar a didática. Há pelo menos três tipos distintos do falar em línguas, quando você olha as determinações que a Bíblia fala sobre o funcionamento, sobre o propósito, sobre o que acontece com cada uma delas.
A primeira, que no início chamamos só de línguas, depois línguas sem interpretação, agora estou classificando como linguagem de oração. O homem fala a Deus. Paulo disse: "se eu orar em línguas", então eu vou chamá-la como linguagem de oração.
É o resultado da experiência do batismo no Espírito Santo, que proporciona aos cristãos a experiência de receber essa linguagem de oração. Então, nela nós vimos que a primeira característica, o homem fala Deus, a segunda, ninguém entende e a terceira característica é para edificação pessoal. Agora, quando falamos do dom de variedade de línguas, uma das nove manifestações do Espírito Santo.
Ela, porque é seguida da interpretação igual a profecia, entra no lugar da profecia com as mesmas características. Em vez do homem falar a Deus, Deus é que fala ao homem. Em vez de ninguém entender, todos entendem porque a interpretação dá sentido.
Em vez da edificação permanecer no âmbito pessoal, como é na linguagem de oração, aqui há uma edificação coletiva, edificação de toda igreja. Essa distinção fizemos. Agora vamos introduzir na comparação, além da linguagem de oração, além da variedade de línguas, sinal aos incrédulos.
Sinal aos incrédulos, não é o homem falando com Deus, nem Deus falando com o homem. A Bíblia diz assim: "Nós os ouvimos falar na nossa própria língua das grandezas de Deus. " Então, aqui nós podemos dizer que o homem fala de Deus a outro homem.
Então não é homem falando com Deus, não é Deus falando com homem. Um homem fala com outro homem, mas fala a respeito de Deus e das suas grandezas. Então, de novo, nós temos distinção.
Se na linguagem de oração ninguém entende, se no dom de variedade de línguas seguido de interpretação, todos entendem, por outro lado, línguas como sinal de incrédulos, só quem recebe a mensagem é que entende. Então, de novo, nós temos uma característica que coloca ela num patamar diferente das outras. Terceiro, na linguagem de oração, a edificação é pessoal, no dom de variedade de línguas, seguido de interpretação, a edificação é coletiva, mas na língua, como sinal aos incrédulos, a edificação é de terceiros.
Não é de quem fala, não é dos demais que estão ouvindo, apenas daquele que entende. Ou seja, quando estabelecemos esse quadro de comparação, nós não podemos dizer que é tudo a mesma coisa. E a falta de distinguir os tipos é que tem gerado muita confusão.
Então as pessoas ficam discutindo: é pra todo mundo ou não é? Eu lembro que eu cresci dentro de uma estrutura de igreja que dizia: "Olha, se os dons realmente são contemporâneos, o que a gente não quer garantir, com toda certeza, pelo menos nós temos que entender que o falar em línguas não é pra todo mundo. " E eles iam lá pela declaração de Paulo aos Coríntios.
"Falam todos em outras línguas? " E a resposta que está presumida implícita ali é não. Aí eu entendendo isso, quando tive a experiência do batismo no Espírito Santo e a experiência, comecei ver que no meio que eu frequentava, onde tinha agora a experiência, todo mundo dizia: "Não, é pra todo mundo.
Jesus dizia esses sinais seguirão os que creem. Quem são os que creem? Quem crer for batizado, será salvo.
É pra todo salvo. Como que não é pra todo crente? " Aí eu ia lá, falava para essa turma: "Não gente, é pra todo mundo porque eles disseram isso.
" Mas essa turma dizia: "Não, mas explica o falam todos em línguas? " E a resposta presumida é não. Eu voltava dizia: "Olha, eles falaram que vocês não explicaram o versículo deles.
" - "Mas eles explicaram o nosso? - Também não. " E ficava nessa briga.
Aí um dia alguém falou: "Mas nós temos outro aqui. Paulo diz: Eu quero que todos falem línguas. 1º Coríntios 14.
5 Como é que ele ia querer algo que não é possível? " Eu falei: "Boa essa" e ia para o outro grupo e diziam: "Ah, mas explicou o nosso? - Também não.
" E em nome do "não explica o meu eu jogo fora o resto", o que nós precisamos procurar é a conciliação. Então, a pergunta a ser feita é: quando os textos que sinalizam que é para todo mundo, eles falam de que tipo do falar em línguas? E aquele que diz que não é para todo mundo, fala de qual tipo?
Os dois textos que sinalizam que é para todo o mundo vão na direção da linguagem de oração. O único texto que sinaliza que não é para todo mundo fala do dom de variedade, seguido de interpretação. E aqui, se Deus não me deu esse dom, mas deu um outro para edificar a igreja, ele não está sendo nem injusto comigo nem com o resto do corpo, porque eu seria um instrumento de edificação.
Mas se ele dá um uma ferramenta de edificação pessoal, mas não dá outro, alguma coisa está em falta. Então nós precisamos entender que a linguagem sobrenatural de oração ela é diferente do dom que tem utilidade pública. Ela é para edificação pessoal.
É por isso que Paulo vai dizer no verso 18: "Eu dou graças a Deus porque falo mais em línguas do que todos vocês. " Ele está dizendo: "Se tem uma edificação, eu vou usar essa ferramenta e eu vou usar é muito. " Então ele diz: "Olha, no caso de falar em línguas na assembleia pública", versos 27 e 28, ele diz: "que não sejam mais que dois ou, quando muito, três, e isto sucessivamente", ou seja, um de cada vez, "e haja quem interprete.
Mas, não havendo quem interprete, fique calado na igreja" e tem gente que para aí. Mas ele diz: "falando consigo mesmo e com Deus. " Ou seja, você não precisa falar em voz alta, mas usa isso no âmbito pessoal.
Quando fazemos essa separação, não há como negar o quê? No verso quatro de primeira aos Coríntios 14, Paulo diz: "O que fala em línguas a si mesmo se edifica. " Essa edificação envolve, eu exploro isso no meu livro e no meu curso, pelo menos 7 benefícios e eu quero encorajá-lo em relação a eles.
É o conhecimento revelado, a edificação na fé, orar a vontade de Deus, andar em vitória sobre a carne, desenvolver sensibilidade espiritual, adentrar no perfeito louvor e, ao mesmo tempo, desfrutar de intercessão sobrenatural. Que Deus nos ajude a não só compreender, mas a desfrutar dessa prática e dessa experiência.
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