Luciano Subirá - A LEI DA SEMEADURA E COLHEITA | FD#95

Na aula de hoje eu quero falar sobre uma lei espiritual chamada pela própria Escritura da "Lei da Semeadura e Colheita". Algumas aulas atrás falamos a respeito do maior mandamento que é amar a Deus de todo o coração, alma, entendimento e força. Mostramos que amar a Deus é a base de todo nosso relacionamento com Ele e, na sequência, falei a respeito, na outra aula, sobre amor incorruptível.

Também falei sobre a razão da nossa existência, que é buscar a Deus todas essas coisas, se relacionando com a própria essência do primeiro e maior mandamento, que é amar a Deus de todo o coração. Mas também abordamos e entramos aqui no assunto de agradar a Deus. E que o fato de sermos amados por Ele não significa que não tenhamos que agradá-lo.

Desenvolvendo a ideia de agradar a Deus, começamos a abordar elementos da nossa relação com Deus e na aula passada falei da lei da reciprocidade e como Deus age em mutualidade para conosco. E agora, estendendo o pensamento e faço a recapitulação, porque, embora a maioria esteja acompanhando essas aulas em sequência, para aqueles que, talvez podem, numa pesquisa, ter achado o tema, seria interessante entender que há sempre uma construção maior do que somente esses 30 minutos de aula. Então, dito isso, vamos falar a respeito da lei da semeadura e colheita.

Em Gênesis no capítulo oito, no verso 22, logo depois do dilúvio, Deus afirma: "Enquanto durar a terra, não deixará de haver semeadura e colheita, frio e calor, verão e inverno, dia e noite. " Então há uma determinação "enquanto a terra durar" e ela está durando, não deixará de haver semeadura e colheita. Só que a Bíblia também fala frio e calor verão e inverno, dia e noite.

E alguns podem dizer: "Bom, frio e calor é algo literal. Verão e inverno também, dia e noite. Semeadura e ceifa não se restringe somente ao plantio da terra?

Aquele aspecto da agricultura? " Eu quero te dizer: não, porque em relação ao frio e calor, verão e inverno, dia e noite a Bíblia, a maior parte do tempo, vai tratar esses aspectos de forma literal, salvo alguns momentos que eles entram como uma alegoria. Mas quando falamos de semeadura e ceifa, a Bíblia enfatiza tanto o aspecto natural da semeadura e colheita, como também o espiritual.

Gálatas capítulo seis, versos sete e oito diz: "Não se enganem: de Deus não se zomba. Pois aquilo que a pessoa semear, isso também colherá. Quem semeia para sua própria carne, da carne colherá corrupção, mas quem semeia para o Espírito do Espírito colherá a vida eterna.

" É muito importante que a gente entenda essa lógica bíblica. Apresentei na aula sobre a importância de agradar a Deus um sofisma, um raciocínio falso de uma pessoa que me dizia: "Não, se você entender o amor incondicional de Deus, que nada que você faz de bom vai fazer Ele te amar mais, nada que você faça de ruim vai fazer Ele te amar menos você não vai ficar tão preocupado com dedicação. " Eu falei: "Ei, a Bíblia nos mostra claramente que de Deus não se zomba.

Não é porque Deus te ama de forma incondicional que você pode simplesmente brincar com Ele. " Então a Bíblia diz: "Tudo o que a pessoa semear, ela vai colher. " Mas não está falando só de quem planta feijão literalmente na terra vai colher feijão em vez de trigo.

A Bíblia está exatamente dizendo: "Quem semeia na carne, suas atitudes, comportamentos, da carne vai colher a corrupção. Mas quem semeia para o Espírito" está falando de atitudes, escolhas, decisões do Espírito, "ele vai colher a vida eterna. " Então, evidentemente, nós precisamos reconhecer, isso é uma lei espiritual.

Dito isso, como funciona essa lei? Qual a dinâmica de operação dela de acordo com aquilo que a Palavra de Deus nos revela? Em primeiro lugar, eu quero destacar que nós colhemos exatamente aquilo que nós semeamos.

Colhemos o que semeamos, ou seja, nós podemos determinar qual a colheita quando escolhemos qual é a semente que nós plantamos. No Reino de Deus há algo que eu gosto de chamar de o efeito bumerangue. Tudo aquilo que vai, volta.

Muitas vezes na Bíblia isso também é chamado da lei de dar e receber. Antes de receber, você primeiro dá. Nós falamos da parte de Deus, existe reciprocidade e precisamos entender agora isso porque Jesus, em Mateus, no capítulo sete, nos versos um e dois, ele diz: "Não julgue para que vocês não sejam julgados.

Pois com o critério com que vocês julgarem vocês serão julgados; e com a medida com que vocês tiverem medido vocês também serão medidos. " Em Lucas, no capítulo seis, nos versos 37 e 38, nós lemos: "Não julguem e vocês não serão julgados; não condenem e vocês não serão condenados; perdoem e serão perdoados; deem e lhes será dado; boa medida, prensada, sacudida e transbordante, será dada a vocês; porque com a medida com que tiverem medido, vocês serão medidos também. " Ou seja, se você olha só Mateus 7.

1 e 2 pode parecer: Olha, não julga para não ser julgado. Então não mede as pessoas de forma errada para não ser medido de forma errada. Mas olhando o texto de Lucas, a Bíblia está dizendo para não julgar, não condenar, mas ele diz; "Perdoem e serão perdoados.

" Agora ele fala de algo que não é meramente a passividade de não fazer o mal, é a proatividade de fazer o bem. Deem e lhes será dado, ou seja, tudo o que fazemos, seja bom, seja ruim, tudo que vai, volta. Porque a determinação bíblica é que cada um colhe exatamente aquilo que planta.

Então me deixe citar alguns textos. Salmos 7. 15 e 16: "Abre e aprofunda uma cova, e cai nesse mesmo poço que faz.

A sua maldade recai sobre a cabeça, e sobre o próprio crânio desce a sua violência. " que cavou o buraco e ele mesmo foi para a própria cova. A sua maldade volta, recai e sobre o crânio desce a sua violência, não é apenas a de outros.

O que outros pode estar executando é aquilo que a pessoa plantou. Provérbios capítulo 11, versos 24 e 25: "Uns dão com generosidade e têm cada vez mais, outros retêm mais do que é justo e acabam na pobreza. A pessoa generosa prosperará, e quem dá de beber terá sua sede saciada.

" Deu de beber, matou a sede de outros, terá sua sede saciada. Precisamos entender que semeadura e ceifa não se limitam a questões financeiras, porque quase só se fala disso nas igrejas na hora da oferta. Então nós precisamos entender que isso é abrangente, envolve atitudes, envolve escolhas, envolve decisões, depois nós vamos falar dos tipos de semente, envolve palavras que falamos, mas cada um colhe aquilo que planta.

Provérbio dos 22 versos 8 e 9: "O que semeia a injustiça colhe a desgraça, e a vara da sua indignação será destruída. O generoso será abençoado porque reparte o seu pão com os pobres. " Por que é causa e consequência?

Porque vai ser abençoado, porque reparte o pão com os pobres. Não tem a ver com merecimento, no sentido de que não precisamos da graça de Deus. Tem a ver com escolhas e consequências.

Plantio e colheita. Decidiu repartir o que você tem? Aquilo que vai também volta.

Oséias capítulo oito, verso sete, fala traz advertência do perigo das semeaduras ruins: "porque semeiam ventos e colherão tempestades. " E também Colossenses, capítulo três, verso 25 diz: "Quem fizer injustiça receberá em troca a injustiça feita. E nisto ninguém será tratado com parcialidade.

" Outras traduções dizem: "nisto não há acepção de pessoas. " Então, já falei numa aula anterior que Deus não faz acepção de pessoas, mas faz acepção de atitudes. Então, assim, não há uma distinção entre um ser mais importante, o outro ser menos.

Mas Deus distingue as atitudes e diz: "De acordo com elas, haverá reciprocidade. Tudo aquilo que se planta será colhido", e isso precisa nos levar a um lugar de não só de entendimento da nossa responsabilidade, mas de intencionalidade na conduta, no nosso comportamento. Desde o nosso desejo de agradar a Deus, como também das consequências que traremos sobre a nossa própria vida.

Nós precisamos entender cada uma dessas leis, tanto a reciprocidade de Deus que já foi apresentada como agora, desenvolvendo e ampliando a mesma percepção, a questão da lei da semeadura e ceifa. Então, em primeiro lugar, recapitulando, nós colhemos aquilo que plantamos, ponto. Em segundo lugar, colhemos na proporção daquilo que nós semeamos.

Então o apóstolo Paulo diz em segundo aos Coríntios, capítulo 9, verso 6: "E isto afirmo: aquele que semeia pouco também colherá pouco, e o que semeia com fartura também colherá com fartura. " Se alguém semeia apenas a horta de casa, a colheita é proporcional àquilo. Se alguém semeia uma chácara, a colheita é proporcional àquilo.

Se alguém semeia uma fazenda, campos enormes de plantio, a colheita será proporcional àquilo que ela está fazendo. Então nós não apenas podemos escolher qual será a nossa colheita quando escolhemos o tipo da semente, mas nós também podemos ser intencionais em relação à dimensão da colheita quando realmente nos doamos àquela questão do plantio. E quando nós falamos sobre essa questão da proporção, eu acredito que há dois aspectos que se enquadram nessa parte da lei espiritual e desse princípio.

O primeiro diz respeito a quanto plantamos, mas o segundo diz a recorrência com que semeamos. Quando eu falo a respeito do quanto plantamos, alguém pode simplesmente semear um campo inteiro de uma vez só, uma única vez, e terá uma grande colheita por causa de um grande plantio, mas só do tamanho daquele único momento em que plantou. Agora, quando nós temos recorrência, ainda que não se lance muita semente de cada vez, mas se lança a semente de forma contínua, então isso significa que nós, de forma contínua também estaremos recebendo a colheita disso.

A Palavra de Deus nos diz o seguinte em Gálatas no capítulo seis, no verso nove: "E não nos cansemos não nos cansemos de fazer o bem, porque no tempo certo faremos a colheita, se não desanimarmos". O "não nos cansemos de fazer o bem" é: vai semeando, vai colocando a semente. Agora ele está falando a respeito não só de quanto bem você faz de uma vez só, mas da recorrência.

Porque normalmente, quando falamos de fazer o bem e cansar não é fazer tudo de uma vez só, é fazer sempre. Em Eclesiastes, no capítulo 11, nos versos um e dois a Bíblia também diz: "Lance o seu pão sobre as águas, porque depois de muitos dias o achará. Reparta com sete e até mesmo com oito, porque você não sabe que mal sobrevirá sobre a terra.

" Interessante a palavra de Deus dizer isso e depois, no verso seis, de Eclesiastes 11, a Bíblia diz: "Semeie a sua semente de manhã e à tarde não fique de braços cruzados, porque você não sabe qual irá prosperar; se esta, se aquela ou se ambas serão igualmente boas. " Então aqui nós temos uma ênfase maior na recorrência do que somente na quantidade do plantio que possa ter sido feito de uma vez só. Digo isso porque, olhando para as Escrituras, olhando para a própria experiência da vida cristã, depois de 30 anos de pastorado, acompanhando, discipulando de perto, orientando muita gente, eu percebo que há pessoas que estão muitas vezes tristes e aborrecidas com Deus por causa de uma colheita que quem determinou foi elas mesmo.

Elas não conseguem parar simplesmente para pensar o que estão fazendo ao longo de uma vida. Então, outro dia uma pessoa estava se queixando comigo. Ela falou: ""Eu acho legal esse tempo que eu estou aqui com você falando.

Várias pessoas já te deram presente, mas eu nunca ganho presente de ninguém. " E ele falava como se ele fosse o mal amado e uma vítima. Eu interrompi ele e falei: "Olha, desculpa, entendo sua dor e ela merece atenção.

Mas, antes de a gente falar da sua dor, com que regularidade e frequência você presenteia as pessoas? " Ele falou: "Não, também ninguém me dá nada, não dou nada para ninguém. " Eu falei: "Olha, amigo, deixe eu te dizer o seguinte" Será que isso não pode ser o inverso?

Porque você não dá nada para ninguém também ninguém te dá nada? Porque se você se sente no direito de olhar para as pessoas pensando isso, será que as pessoas não podem estar sentindo a mesma coisa em relação a você? " Ele falou: "Ah, nunca pensei nisso.

" Falei: "Pois deveria. " Sabe, a palavra de Deus, ela orienta toda forma da gente se conduzir no dia a dia. Ela não diz apenas o que a gente tem que crer em relação a Deus, como devemos orar e adorar, ler a Bíblia e ponto final, acabou, no máximo testemunhar a fé.

Toda a nossa conduta em todas as áreas, nós temos claras orientações da parte de Deus a respeito de como devemos nos conduzir. E nós muitas vezes estamos negligenciando o entendimento de que nós colhemos aquilo que semeamos. Então, uma pessoa que normalmente é simpática com as outras pessoas não significa que nunca vai, alguém vai retribuir o bem dela com o mal, mas normalmente ela vai colher simpatia.

Uma pessoa que trata os outros de forma polida, educada, honrosa, é a mesma coisa. Por que Deus nos diria que Ele nos trata com reciprocidade, "Eu honro aqueles que me honram, os que desprezam, Eu desprezo", e de repente, Ele esperaria que o tempo todo tudo só fosse diferente aqui no nosso meio? É lógico que o cristão que é cheio do amor de Deus, ele consegue andar a segunda milha, ele consegue virar a outra face.

Mas, evidentemente, mesmo quando você perdoa alguém, quando você vira a outra face, isso não significa que você se agrada dessa pessoa, que você queria estar perto dela e continuar cultivando nenhum tipo de relacionamento. Bom, as pessoas precisam avaliar a sua conduta, inclusive os tipos de semente, porque, muitas vezes, tem pessoas que elas não ajudam os outros e elas não vão colher a semente do bem que deixaram de plantar. Na hora em que precisa de ajuda isso normalmente não acontece com elas.

Normalmente eu não uso esse período de aulas para contar histórias, nem testemunho. A ênfase é o ensino bíblico em si, mas deixa eu te dizer algo, eu tenho experimentado de uma forma extraordinária na minha vida há mais de três décadas, o funcionamento dessas leis. Eu sempre procuro fazer o bem às pessoas.

Tudo aquilo que estiver no meu poder e no meu alcance, seja empurrar o carro enguiçado de uma senhora que está ali na chuva, sozinha, não consegue fazer e às vezes, atrasar um compromisso e chegar, não da forma como queria, porque, poxa, se fosse a minha mãe naquela condição, eu também não gostaria que alguém fizesse? E aliás, nós precisamos entender que quando falamos de semeadura e ceifa, que isso não envolve apenas evitar aquilo que é ruim, mas muitas vezes você escolher aquilo que é bom. Se por um lado em Mateus 7.

1 e 2 Jesus diz: "Não julgue para que vocês não sejam julgados, pois com a medida com que vocês julgarem vocês também serão julgados; com a medida com que vocês medirem, vocês também serão medidos", por outro lado, no verso dois, Jesus diz: "Portanto, tudo o que vocês querem que os outros façam a vocês, façam também vocês a eles", Jesus diz: "porque esta é a Lei e os Profetas. " Ele diz: "Você quer resumir a Escritura? Faça aos outros aquilo que você espera que os outros te façam".

Ou seja, não espere eles fazerem primeiro para você fazer depois. Faça você, seja você a pessoa que cria a causa e dessa forma cria a consequência. Então, se eu espero ser bem tratado, eu trato bem.

Se eu espero ser presenteado, eu presenteio e não se trata meramente de uma troca. Quando Jesus está falando daquilo que você espera, Ele diz: "Você tem que amar o próximo como se ama. " É bom para você, é bom para o outro.

Não é bom para você, não é bom para o outro. Então há parâmetros. Agora, depois de uma vida fazendo o bem às pessoas, eu posso te testemunhar que, sempre que preciso de ajuda, ela chega das formas mais inesperadas, mais rápidas, mais contundentes.

Eu tenho sempre compartilhado isso com as pessoas. Passei anos do meu ministério viajando de carro na estrada. Hoje, as grandes distâncias têm que ser cobertas de avião.

Mas ainda faço muita viagem dentro dos estados onde eu chego que eu tenho que terminar de me locomover de carro. Sempre que eu vejo um carro parado, gente precisando de ajuda eu me disponho. Já tive situações na estrada à noite de eu passar pela pessoa que está precisando de ajuda, ir até um posto próximo deixar minha família em segurança, voltar depois para atender.

Mas sempre fiz. Nunca, e eu parei de contar a quilometragem dos meus carros quando tinha passado de 1 milhão de quilômetros rodados, nunca fiquei sem receber ajuda de ninguém, sempre com intervenções surpreendentes e extraordinárias. Então deixe-me te dizer algo: a Bíblia é a Palavra de Deus.

Ela é a verdade. E nós podemos não apenas esperar que devemos fazer o que ela determina, mas que também receberemos tudo aquilo que ela diz que nós receberemos. Agora, quando Deus nos orienta sobre todo o funcionamento dessa lei, de que a gente colhe exatamente aquilo que a gente planta, de que a gente colhe exatamente na proporção daquilo que a gente semeia, Deus quer que a gente gerencie essa informação e que a gente seja intencional com isso.

Isso também envolve finanças? Sim. Abençoar as pessoas, abençoar o Reino de Deus traz colheita material e financeira?

Certamente. Isso não significa que você sabe qual é a semente que vai funcionar, se é uma ou outra, como lemos em Eclesiastes, você não sabe se daqui a pouco vem tudo de uma vez, mas nós de fato devemos fazer isso. Agora, há outros princípios da semeadura e ceifa que eles também precisam ser considerados.

Um deles diz respeito ao tempo. Anteriormente eu citei dois versículos Gálatas 6. 9, para falar sobre persistência, que diz: "Não nos cansemos fazer o bem", mas ele diz assim: "porque no tempo certo faremos a colheita, se não desanimarmos.

" No tempo certo. Agora a pergunta é: qual o tempo certo? Muitas vezes a gente quer ter uma contagem como na Terra.

Em tanto tempo, a semente germinou, a relva cresceu, a espiga apareceu, o grão cheio na espiga, como Jesus relatou todo esse processo em Marcos 4. 26 a 29 e com mais tanto o tempo deixa de estar verde, está maduro, dá para colher. Mas no reino espiritual a coisa não é exatamente dessa forma Você vê Mardoqueu, o tio de Ester, fazendo o bem a, nada mais nada menos do que o imperador do mundo dos seus dias.

O cara que governava o Império Mundial. Ele descobre uma conspiração contra a vida do rei. Ele se manifesta e intervém.

A conspiração foi desbaratada, a vida do rei foi poupada. Ninguém nunca agradeceu esse homem. Agora, quando Mardoqueu está no momento da maior necessidade, que tem um inimigo que literalmente armou uma forca para ele, que está assim, com tudo pronto para tentar destruir o servo de Deus, a Bíblia nos fala de uma noite onde o rei simplesmente perde o sono e na ausência do sono, tentando se entreter, pede que se leiam as Crônicas do Reino.

E a crônica que é trazida e lida fala justamente de como Mardoqueu interviu para que a vida do rei fosse livrada. Nesse momento de reflexão, o rei pergunta: "O que é que foi feito para agradecer esse homem? " E a turma diz: "Nada, não temos nenhum registro.

" E o rei decide: "Isso não pode ficar por isso mesmo. " Agora, na madrugada do momento em que Mardoqueu mais precisaria, o tempo certo aos olhos de Deus, a colheita vem. Esse homem será honrado, o jogo será completamente mudado.

Por quê? Porque alguém decidiu plantar, fazer o bem. Outra coisa, quando Eclesiastes 11 um e dois, também já lemos diz: "Lança o teu pão sobre as águas, porque depois de muitos dias o achará" ele está dizendo que nem toda colheita ela vem de imediato.

Aliás, dependendo do que você planta, se é um arbusto, ele vai brotar e crescer depressa. Se é um carvalho, estamos falando de outro tempo. Então, dependendo daquilo que plantamos, a colheita pode levar mais tempo.

Então sempre haverá tempo. E diante do tempo nós precisamos lidar com paciência. E quando falamos de Deus, que de entende coisas que eu e você não entendemos, que conhece coisas que eu e você não conhecemos, nós podemos confiar que Deus está governando o processo.

Outro princípio dentro das leis da semeadura e ceifa, que eu creio que nós possamos compreender, diz respeito ao seguinte: a gente não precisa entender o processo, a gente só tem que praticá-lo. Eu vejo crentes que parece que eles querem esgotar o entendimento das coisas para depois decidir se vão praticar aquilo ou não. É quase como se dissessem: "Vamos checar se Deus tem razão mesmo, para depois a gente ver se Ele deveria ser ou não ouvido e atendido?

" E isso evidentemente, é insensatez. Em Marcos 4 o texto que eu citei agora há pouco, de 26 a 29 nós lemos: "Jesus disse ainda: O Reino de Deus é como um homem que lança a semente à terra. Ele dorme e acorda, de noite e de dia, e a semente germina e cresce, sem que ele saiba como.

Preste atenção nisso: "sem que ele saiba como. A terra por si mesma frutifica; primeiro aparece a planta, depois, a espiga, e, por fim, o grão cheio na espiga. E, quando o fruto já está maduro, logo manda cortar com a foice, porque chegou a colheita.

" Bom, Jesus disse que a semente germina e cresce sem que o agricultor saiba como. A semente não germina pelo quanto a gente entende do processo. Então não importa se você tem um engenheiro agrônomo com todas as especializações possíveis em germinação ou se você tem do outro lado uma pessoa leiga como eu e muitos de vocês que não entendemos muita coisa de germinação a semente, ela não germinará pelo entendimento de quem plantou tem, que a pessoa tem sobre germinação, ela germinará se ela for plantada.

Então acho curioso porque tem cristãos que entendem a respeito de algumas coisas mas não plantam. Existem outros que não entendem, mas plantam. E o que dá resultado não é o entendimento, é o plantio.

Então nós precisamos entender que a Palavra de Deus, ela é recebida com fé. A obediência à Palavra de Deus é uma expressão de fé e eu e você não precisamos entender no reino espiritual como que funciona essa semeadura. Mas como fazer o bem para um volta de outro lado?

Como isso se processa? E normalmente eu digo: nós não precisamos entender como, a gente só precisa entender o que é que a gente faz e qual o resultado. Nós só precisamos entender causa e consequência.

Também precisamos entender essa questão da intencionalidade. Quando Jesus diz: "Tudo que vocês querem que os outros façam, façam vocês também a eles", Ele está esperando que haja intencionalidade. Em Gálatas 6.

9, a gente já leu antes esse texto: "E não nos cansemos de fazer o bem, porque no tempo certo faremos a colheita, se não desanimarmos. " Agora olha o 10: "Por isso", então, baseado nessa informação, "enquanto tivermos oportunidade, façamos o bem a todos, mas principalmente aos da família da fé. " Então, considerando que não é para cansar de fazer o bem, porque no tempo certo vem a colheita, então vamos fazer o bem para todo mundo enquanto tiver oportunidade.

Seja intencional e siga persistindo como já falamos antes. Todos esses princípios, eles nos ajudam a mapear e perceber essa questão da lei da semeadura e ceifa. Mas eu quero repetir: quais são os diferentes tipos de semente?

Muita gente ouve nas igrejas sobre semente financeira. Tudo que doamos não só como oferta ao Reino de Deus, mas o que fazemos pelas pessoas no sentido de fazer o bem, de fato, é tratado e apresentado na Bíblia como semeadura. Quando Paulo diz: "O que semeia pouco vai colher pouco, o que semeia muito vai colher muito", ele está falando do contexto de uma coleta para os santos pobres da Judeia.

E evidentemente que nós podemos entender que vamos ter resultado nessa área. Mas eu também destaquei vários textos que falam a respeito de atitudes. Falam da forma como nós tratamos os outros e como seremos tratados não só pelas pessoas, porque muitas vezes nós também podemos ver que há determinados plantios que vão trazer colheitas e o resultado não vem só de forma espontânea da reação das pessoas.

Às vezes nós vamos ter determinações divinas. Então, quando você olha, por exemplo, para Hamã sendo julgado pelo que queria fazer por Mardoqueu, você vai perceber o dedo de Deus nisso. Aliás, é curioso que o livro de Ester é o único livro da Bíblia que você não acha o nome de Deus.

Mas você vê o dedo de Deus regendo tudo o tempo todo, em todos os detalhes da história. Então nós precisamos dessa consciência de que a Bíblia fala. Aliás, vários desses textos que nós lemos sobre colher aquilo que semeamos já de cara, fala não só a respeito daquilo que você faz, no sentido de fazer o bem de ajuda financeira, mas fala da forma com que você trata os outros e fala tanto do trato bom como do trato ruim.

A Bíblia diz: "Quem semeia injustiça colhe a desgraça, mas o generoso vai ser abençoado porque reparte do seu pão com os pobres. " Então nós temos semeadura e colheita no plano material e financeiro? Sim.

Fazemos o bem nessa área, colheremos o bem nessa área? Sim, mas precisamos entender que nas atitudes, naquilo que fazemos espiritualmente pelos outros . .

. Eu investi muito na vida de filhos de missionários que não tinham recursos, não tinham condições. Fiz mobilizações com pessoas porque eu sozinho não conseguia, para pagar estudos de filhos de pastores, de missionários que não poderiam ter um estudo de qualidade.

Na hora certa eu vi meus filhos colhendo bolsas de estudo, ganhando recursos para que pudessem . . .

Nunca fiz aquilo em troca só porque eu quero que meus filhos colham, mas sempre houve a intencionalidade e a consciência, não tem como fazer o bem a outros e isso não voltar. Mas, uma área que muitos ignoram, eu quero terminar chamando a sua atenção, é que palavras também são consideradas sementes. Por que eu digo isso?

Nós olhamos para as Escrituras e percebemos que no plano espiritual não basta crer no coração, temos que falar com a boca. Então Jesus, claramente, Ele nos ensina essa verdade. O Senhor Jesus, Ele diz: "Olha, se você", depois de ter amaldiçoado a figueira, ter falado contra ela e ela secado, a Bíblia diz que os discípulos estão impressionados, Ele diz: "Qualquer que disser a este monte: ergue-te, lança-te no mar, não duvidar no coração, mas crer que se fará o que diz, assim será com ele.

" Então eu não gosto apenas de olhar para as pessoas dizendo: "Ah, as palavras têm poder. " Não. Nós precisamos entender que aquilo que se fala com a boca, crendo no coração.

Então não é só as palavras, tem que ter uma conexão. Porque às vezes vejo os crentes exagerando. Um faz uma brincadeira: "Não fala assim que você está semeando algo ruim.

" Se ele não está acreditando naquilo que fala, não vai ter resultado. Mas nós precisamos entender que palavras, elas normalmente procedem do coração. Jesus diz: "A boca fala do que está cheio o coração.

" Então, muitas vezes, se estamos repetindo demais algo é porque uma flecha está instalada no coração. E eu e você precisamos entender que a fé não é só aquela coisa positiva para alcançar tudo o que há de bom. Tem gente crendo no que é ruim.

Na verdade, eu costumo dizer que quem está na incredulidade, ele está na convicção de coisas negativas, na impossibilidade das coisas positivas. E quando ele tem uma conversa que declara o que é que o coração crê, seja algo bom, seja algo ruim, ele está lançando uma semente que faz com que a fé seja expressa e possa ter os seus resultados. Sem contar que quando falamos do relacionamento, palavras que machucam outros podem levar outros a nos machucar.

Então, desde palavras, desde atitudes, desde a questão financeira e do que podemos fazer pelos outros, nós precisamos entender semeadura e ceifa e lembrar: de Deus não se zomba. O que o homem planta, ele colhe. Então a pessoa simplesmente achar: "Não, porque eu sou amado de Deus, eu vou ser poupado de colher aquilo que eu plantei", eu quero dizer: não é verdade.

Porque Deus te ama Ele te explica como a lei funciona, Ele te adverte a respeito dela e ele vai dizer no livro de Eclesiastes que há tempo de plantar e arrancar o que plantou. Quando que dá para arrancar o que plantou? Antes de germinar e chegar a hora da colheita.

Depois você perdeu o tempo e a estação. Mas há momentos quando fizemos semeaduras e que podemos ir lá e reverter antes que isso cresça e se desenvolva. Eu realmente acredito que isso tem que ser parte daquilo que norteie a nossa conduta, as nossas escolhas como fundamentação bíblica, como doutrina.

Esta é a lei da semeadura e da colheita.