eu tava lá na terra eu tava lá no mar eu tava lá na terra eu tava lá no mar eu vi sete cavaleir chamando pelo reg guajar eu vi sete cavaleiros chamando pelo reg guajar eu tava lá na terra eu tava lá no mar eu tava lá na terra eu tava lá no mar educação é uma coisa que se vem vem sempre de casa educação ela para nós indígen n ela veio de do respeito né tanto respeito que a gente tem pela Terra ao respeito aos animais ao respeito a nossa luta Né desde casa a
gente é ensinado ao respeito né educação para mim não é só saber ler e escrever não é tudo isso que eu tô lhe dizendo eu vi sete cavaleir pelo reg eu fui eu como tapeba que sou eu sempre Vivi aqui nessa Comunidade da Lagoa do estape minha família ela sempre teve uma relação Direta com com essa lógica da da educação né para poder a gente conseguir através da educação trazer mais dignidade aqui pro nosso povo a importância da minha avó para essa escola que ela realmente é um livro vivo porque se ela for abrir a
boca para contar histórias do que ela tanto em relação à escola como na vida dela é um aprendizado pros alunos então nós respeitamos demais a opinião dela essa escola chegar onde ela tá eu fiz cada doid Bom dia crianças Bom dia e a minha filha começou com uma brincadeira de ser professora e essa brincadeira virou realidade né ela começou dando aula pros pras crianças debaixo um pé de tamarina quando era na tamarina era no cajoo só que foi uma brincadeira lá no início da da década de 90 foi uma brincadeira que foi começou a ficar
séria né Então os pais os as crianças pequenas gostavam do jeito que ela tratava as crianças e foi trazendo um depois outro depois outro e foi virando aquele aquela sala de aula de verdade embaixo do cajoo Bom eu acho que era uma coisa de mim mesmo né Eu acho que era um dom eu acho que esse dom Eu já nasci com ele ser professor e eu acho que a comunidade em si ela precisava muito ter uma escola diferenciada então assim eram essas duas coisas que fez com que a gente desse um primeiro pontapé inicial de
iniciar uma escola indígena a precisão realmente que tinha de ter uma escola indígena dentro da comun uma escola diferenciada e o uma coisa que eu gosto de fazer queer tá envolvido na educação e assim ela ia levando a vida de professora dela era uma criança ensinando outra teve minha mãe foi meu tudo na época né ela era quem me dava força ela era ela quem me ajudava né ela cansou de muitas vezes quebrar comprar lápis quebrava em três pedaços para que o aluno tivesse com que escrever muitas vezes ela saí atrás de papel fora da
comunidade para chegava em casa ela costurava formando os cadernos para nossos alunos poder ter que escrever então assim a minha mãe Nessa época ela foi o meu tudo aí ela foi lá PR casa aí dava aula na minha sala dava aula na sala de que a gente chama sala de janta e ainda ficava menino lá de fora na calçada porque era muita criança era mais de 30 criança quase 40 foi quando o irmão do meu avô chegou lá para fazer uma visita e viu a quantidade de criança sentada no chão e não tinha mais espaço
né já tava as crianças indo pro Corredor da casa e ele disse não a minha casa é de taipa mas tem a sala bem maior se vocês quiseram eu ser da sala da minha casa para funcionar a escola diz aí que aí cresceu aumentou o menino aí foi preciso arrumar mais Professor Aí lá tomou outro câ da casa dele que também que os câ tudo era grande né Aí ele pode botar que aqui tem onde durma sem precisar dessas duas sala acabou que gerando que todo mundo da família tava entrando na escola né Porque quem
começou foi a minha tia junto com a minha avó depois veio ve que é meu irmão depois veio a leiane que é minha irmã depois veio a minha outra tia que foi ser merendeira voluntária depois veio uma prima que é justamente filha do do meu tio que cedeu espaço para ser zeladora e trabalham até hoje na escola depois do Cachoeiro foi para um galpão foi para pra casa de uma das lideranças depois foi foi pra casa de outra liderança depois para um galpão e do galpão que veio a surgir esse [Música] pred lá no cirão
Corão e enquanto a chuva fazira levar eu então após o o o o a construção desse prédio e após a a afirmação do Povo Tab aqui no município de Calcaia hoje hoje ainda sofremos Claro sofremos discriminação mas a discriminação antigamente eraa maior porque não aceitavam né bom na época foi uma necessidade assim a gente tinha a gente tá na quase na extremidade da terra indígena e ter uma escola indígena diferenciada ela foi meio que necessidade né porque a juventude como posso dar exemplo do meu irmão que é uma liderança indígena que da minha irmã de
de primos que que estudavam nas escolas convencionais junto com os brancos né passavam por preconceito né E desde desse relação ao preconceito na na sal sala de aula nós fomos obrigado a criar uma escola diferenciada aqui e eu sofria muito preconceito de ser chamado de carniceiro a uruá e isso me levou muito a eu estudava de manhã e à tarde a escola eu vinha pra escola para essa escola né não tinha a minha série porque eu já estava um pouco mais avançada mas eu vinha estudar de manhã e vinha pra escola à tarde porque eu
gostava disso nossos alunos eles sofriam discriminação pelo jeito pel seu jeito de andar pelo seu jeito de vestir na época houve discriminação pelo cabelo de um aluno da escola na época era da lá da escola do trilho né eles queriam cortar o cabelo do menino a força então assim a gente queria uma escola que não mudasse o jeito do aluno ser seu jeito de ser antes da escola antes da década de 90 basicamente a gente tinha comunidades indígenas muito desagregadas e poucas delas conseguindo se encontrar inclusive paraa recuperação para fortalecimento das suas práticas culturais embora
os rituais indígenas na na memória dos dos mais antigos dos nossos troncos velhos sempre se coloca que os rituais sempre foram realizados escondidos em lugar mais separado não era todo mundo que praticava os rituais o artesanato as histórias e isso a gente pôde sistematizar pode organizar disseminar com mais força a partir da criação das escolas [Música] indígenas a gente pergunta se qu tem índio eles não n que são índio não mas eu sempre eu digo a eles a gente nunca deve se envergonhar do que a gente é que o s que corre n nossas vi
a gente sempre deve ter orgul dele não é porque hoje por exemplo eu tô usando uma calça jeans que eu vou deixar de ser indígena ou sou menos índio do que um povo isolado na que vive na Amazônia que tá de recente contato que tá sendo monitorado pela Funai as relações de consanguinidade as relações familiares o a história do Povo as relações culturais tudo isso faz com que a gente construa uma identidade indígena é aqui onde nós conhecemos as leis os nossos direitos claro que devemos conhecer os nossos deveres mas nós nós aqui na nossa
escola principalmente os alunos maiores do ensino médio nós procuramos ensinar sobre as leis que regem tanto a educação escolar indígena como a população indígena no geral educação em qualquer área ela é determinante n na vida de qualquer cidadão e para nós povos indígenas e a essa afirmação da cultura por intermédio da educação poro nós aqui somos um colégio é diferenciado é uma escola indígena aonde trazemos dentro do do nosso currículo eh matérias na Qual são abordadas os temas aqui culturais como nós temos projetos também na área da cultura Então essa questão da a educação ela
anda em parceria com a procuramos trazer as crianças através da cultura do Brincar de Ser [Música] [Música] índio a para eles é que assim a nossa cultura nós não vamos obrigar ninguém a não ter um celular porque hoje em dia todo mundo tem um celular todo mundo tem uma televisão mas o brincar de ser índio que eu digo o o levar pra lagoa para tomar banho de Lagoa o entregar um Arc flecha na mão de um aluno para ele aprender o fazer uma briga de galo dentro da lagoa que é uma brincadeira que eu fazia
como criança então assim são valores na real idade de O que é ser criança de verdade os alunos que entram aqui eles vão aprender a importância de se identificar como tapeba a gente sabe mais a cultura a gente aprende mais um pouco mais do nossos antepassados a gente sabe muitas coisas que a gente nunca pensou saber na vida aqui eu encontrei amigo verdade verdadeiros amigos né que eu tenho na minha sala por que que a gente se sente acolhida né que é todo mundo é família todo mundo é amigo todo mundo da comunidade todo mundo
se é junto não tem e outra que a nossa escola tem mais índio né aí a gente sente mais mais acolhida porque s a gente sendo índio tendo índio aqui a gente fica mais tranquila hoje em dia atualmente nós Cap estamos sendo bem vistos e a educação também nós temos eh nós conseguimos essa credibilidade né mas não foi uma coisa fácil né foi um processo gradual um processo paulatino aconteceu aos poucos e nós buscamos essa confiança na comunidade hoje em dia eles Confiam na gente Confiam colocar seus filhos aqui nesse Colégio [Música] eu eu sou
o índice de analfabetismo nas comunidades indígenas tem diminuído muito né Nós temos visto isso nós temos visto o índice de evasão escolar também diminuindo nas escolas indígenas e o índice de reprovação que isso é muito bom também né a as escolas indígenas elas conseguem dar uma resposta muito positiva para as comunidades então a escola tá inserida dentro da comunidade assim como a comunidade está inserida dentro da escola então acaba que tá todo mundo caminhando lado a lado hoje nossos nossos alunos não saem mais com a oitava série daqui e fica por isso mesmo porque eles
saíam daqui eu gente vamos cuidar nessa escola vamos crescer essa escola porque vamos trazer Professor formado mod de ensinar esse povo porque não tá dando certo esses meninos faz estuda em té oitava séria e acabou eles não vão estudar no outro canto para terminar os estudos era contado que ia era contado que ia terminar os estudos no outro canto saiu daqui acabou agora não eu vejo nossas crianças terminando os estudos deles aqui dentro e só não vai fazer faculdade o que não quer muitos alunos aqui daqui já são professores daqui da escola e disso a
gente pode tirar o exemplos dele acho incrível por exemplo o ve né que estudou aqui trabalhou a Nara também que se formou estudou aqui é um exemplo pra gente conseguir fazer tentar fazer o que eles estão fazendo pela gente então eu tiro o exemplo dele porque eles conseguiram nós conseguimos nós podemos conseguir também e ver uma pessoa de fora como um branco ele vai querer convencionalização né acho que era o meu sonho né hoje eu faço um curso de engenharia não E também porque eu gosto da terra né meu vô é agricultor João Cassimiro é
agricultor e assim na família a gente tem que aprimorar as questões primárias né A questão de produção do nosso povo aí temos aqui uma terra eh coletiva de agricultura né onde tem 60 agricultores Então o meu povo ele precisa de um agrônomo ou então de um engenheiro agrícola para est acompanhando questão de extensão e técnicas melhores né mas mas não esquecendo também as técnicas tradicionais do dos antigos que a gente não pode esquecer disso me formei em educação física e comecei a trabalhar nessa escola em 2010 e eu fiquei ainda 3S 4 anos ainda TR
anos 4 anos em sala de aula depois fui convidada a ser coordenadora mais um desafio pra minha vida e eu aceitei estou aqui até hoje não pretendo sair tão cedo pra gente mostrar que não precisa você sair daqui para vai buscar educação em um colégio particular em um colégio de uma rede estadual eh eh sem ser indígena e que o povo quando quer né isso em qualquer Instância né de qualquer área social quando quer nós conseguimos então nós estamos vendo aí o exemplo dentro da nossa comunidade alunos saindo aqui formados sendo alguém tendo uma profissão
tendo respeito ganhando respeito dentro da comunidade e também nas áreas adjacências igual a a a a escola indígena ela tem um calendário próprio das nossas comunidades que respeita hábitos e costumes né Nós vamos nós estamos prestes a a entrar na na festa da Carnaúba que é a principal festa tradicional do nosso povo na feira cultural que acontece 189 E20 de outubro e também os jogos indígenas são três festividades que acontecem aqui nas margens do sagrado dos pau branc na lagoa do Itapeba E aí esses são os principais eventos culturais vamos dizer que nós realizamos era
formado obra da Nature m de [Música] eu acho que assim é importante porque a gente tanto mostra a nossa cultura pro povo que não é daqui da nossa aldeia e tanto porque a gente cultiva mais o que a gente é e mostra para todo mundo que a gente é í e mostra para todo mundo a nossa cultura [Música] me cas aou isso aqui é importante para nós a importância da Carnaúba é mostrar para o povo que a gente ainda está vivo que a gente ainda tá forte firme e forte para quem estuda na nossa aldeia
tudo que é indígena é importante que mostra a nossa cultura porque quem é índio sabe quem sabe muito bem né que a nossa cultura é algo muito valioso e algo que tá morrendo a pouquinho a pouquinho a gente está tentando fazer Que isso fique mais sorte e a gente tem esse fortalecimento cultural mas no mundo globalizado que a gente vive a gente acaba trazendo pra escola também essa questão de ensinamento cultural pros alunos e os artesanatos você pode andar em qualquer oca aqui que você vai ver os artesanatos que na sua maioria são feitos pelos
alunos das escolas indígenas e celebrar existência indígena divulgar o que nós temos de mais especial que é o nosso patrimônio cultural né os nossos jovens aprendem aqui no ambiente escolar a produzir artesanatos nós trazemos os mais velhos para contar a história do dos mais antigos do nosso povo nós trazemos curandeiros benzedores os agentes de saúde vem aqui é agora mesmo acabou de finalizar a competição dos jogos indígena que é o cabo de força a nossa escola tava representando representando no no então assim a gente ainda consegue ainda trazer os alunos essa parte cultural que é
os jogos indígenas que a gente até faz na escola no decorrer do ano nas aulas de educação física para que quando eles chegu aqui não seja uma coisa nova para eles para que eles já conheçam o t é o nosso ritual Sagrado é onde a gente tem nele a busca pelo fortalecimento da [Música] pesso vamos inici agora carora do Povoa festa tradicional e aí é um momento que não pode ser desprestigiado por ninguém princialmente por quem considera tapir meiro chegando Os Guerreiros da iluminando terreiro nós continuamos continuamos confeccionar no artesanato artesanato nosso vestimento nosso vestimento
e a sua raiz e a sua raiz continue Continue servindo servindo de medicina medicina para curar para curar doenças doença que ela continue que ela Continue servindo servindo para que a gente continue construindo para que a gente continue conr nossas ocas nossas ocas e a gente continue celebrando continue celebrando o dia o dia da carnal na carnal tá chegando Guerreiro da Mata iluminando o terreiro tá chegando Guerreiro da Mata iluminando terreiro [Música] [Música] a cada ano é para mim é uma alegria maior hoje eu me sinto realmente muito feliz eu tenho um aluno hoje que
já é professor então assim meu aluno da Educação Infantil hoje já é professor dentro da escola né então isso assim isso deixa a gente muito orgulhosa Você sabe aquela pessoa que amanhece o dia anoitece SEME agradecendo a Deus por a família que ela teve a graça de receber essa Muler se chama Raimunda Cruz viu é tudo estudar tudo querer ser alguém na vida porque só estudando que você é alguém na vida educação se resume basicamente a futuro e também manutenção da Cultura eu em mim quando eu me deito à noite eu vou analisar Eu acho
que eu fiz um bom trabalho eu tava lá na terra eu tava lá no mar eu tava lá na terra eu tava lá no mar sou Índio da Jurema cabou de opinão sou Índio da Jurema acabou oin pouco maneja a flecha sustenta a flecha é no coração pouco maneja a flecha sustenta a flecha é no coração sou Índio da Jurema Caboco de opinião sou Índio da Jurema Caboco de opinão pouo maneja fcha sustenta fcha no coração Caboco maneja festa sustenta festa é no coração sou Índio da Jurema cabou de opinião sou Índio da Jurema cabou
de opinião cabou mana fcha sentaa é no coração couo maneja a flecha fcha Y