[Música] estratégias políticas planos e programas de saúde pública destinados a evitar que as pessoas se exponham a fatores determinantes de doenças esse pode ser um conceito de promoção da Saúde Mas será que é só isso é o que vamos saber no sala de convidados de hoje não adianta o o profissional de saúde para escrever só faça atividade física não não consuma sal quando a gente conhece o território a gente olha para ele e vê as condições de determinação de vida que são precárias daquela comunidade isso ajuda muito a as próprias equipes a conhecer um pouco
melhor suas pacientes você começa a descobrir que o motivo daquela daquele pico hipertensivo é exatamente o reflexo do que ela sofre em casa levar para essa comunidade para essas pessoas é condições de vida muito melhor para conversar com a gente estão no estúdio Socorro de Araújo Dias professora da Universidade Estadual Vale do Aracaju e diretora da Escola de Formação em Saúde da Família Visconde saboi do município de sobrau no Ceará Rosana Magalhães pesquisadora titular do departamento de Ciências Sociais da escola nacional de saúde pública Sérgio aroca da Fiocruz e Simone Teti Moisés pesquisadora da PUC
do Paraná e da Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba e você também é nosso convidado participe envie perguntas e comentários no chat do nosso site canals saude. fiocruz.br ou pelo telefone 02701 8122 ligação gratuita Mas afinal o que é promoção da Saúde promover alimentação saudável estimular a realização de atividade física combater o tabagismo e o alcoolismo tudo isso é o que chamamos de promoção da Saúde Mas será que promover a saúde é apenas isso acho que promoção da saúde tá Para Além disso no sentido que ela trabalha com alguns componentes que são muito relevantes que
é garantia participação da comunidade a demanda da da dinâmica territorial a questão de uma gestão participativa a formação desses profissionais e a formação também da própria comunidade sobre esses diversos temas promover a saúde é saber que a saúde está anteriormente à doença em tudo é ter um bom emprego é não sofrer violência é ter boas condições de moradia acesso a transporte público de qual e tempo e condições de se cuidar para tanto as políticas públicas precisam considerar as questões sociais de cada área ou território como é que tá sendo a vida das pessoas ela tem
espaço para ter eh atividade física para ser feita ela tem condições de melhorar a sua alimentação restringindo o uso de sal né ela consegue escolher os alimentos para ter uma alimentação mais favorável a isso né porque não adianta o o profissional de saúde prescrever só faça atividade física não não consuma sal come coisas mais saudáveis agora quando a gente conhece o território a gente olha para ele vê as condições de determinação de vida que são precárias daquela comunidade na Clínica da Família Vittor vala situada no complexo de Manguinhos Zona Norte do Rio de Janeiro o
cons de território tem sido levado a sério ali os usuários não t apenas acesso a consultas como tem também acesso a academias aulas e palestras como essa conversa com a população sobre violência contra a mulher Ah eu achei ótimo gostei foi ensinado muita coisa né que nem todo mundo sabe porque tem muitas mulheres que apanha e fica calada mesmo né Eu acho que é muito importante porque tem pessoas né mulheres que sofrem violência e não entende que estão sofrendo uma violência isso ajuda muito as próprias equipes a conhecer um pouco melhor seus pacientes isso diminui
a o o risco de várias doenças porque a gente tem agora essa proximidade e e o que facilita paraas próprias equipes Quando você vai d um atendimento qualificado tem a escuta com essa mulher você começa a descobrir que o motivo daquela daquele pico hipertensivo é exatamente o reflexo do que ela sofre em casa e Tom numa comunidade assistimos uma comunidade onde a violência é muito presente para Carlos Silva que é médico de saúde pública um dos maiores desafios da promoção da Saúde hoje no Brasil não é só formular políticas mas mantê-las funcionando em rede de
forma intersetorial a gente chega na escola com programa de saúde na escola que vai lá para fazer né campanhas campanhas preventivas vacinação prevenção de dengue são todas coisas importantes elas estão no caminho da prevenção e a promoção da saúde não as anula mas é importante que também se avance para além disso a formação da atenção básica é outro desafio fazer com que o profissional de saúde Aprenda que ele deve considerar diversos fatores e não se limitar a uma prescrição médica é mudar uma cultura É nesse sentido que vem atuando o PROVAB programa de valorização dos
profissionais na atenção básica a atenção básica vai ser a forma mais próxima das pessoas para poder desenvolver as atividades voltadas paraa promoção da Saúde Então seria o o braço a ferramenta de aproximação com as pessoas a gente abre esse leque de possibilidade quando a gente vem pra promoção da saúde né onde a gente já tira esse foco da doença e a gente vai pensar em em situaç que possa fazer e levar para essa comunidade para essas pessoas e condições de vida muito melhor me parece que a matéria já avança bastante nesse conceito né mas nem
sempre as pessoas conseguem compreender a promoção na sua complexidade imediatamente quando ouvem a palavra mais fácil é associar a prevenção que é uma coisa que já vem sendo utilizada há muito tempo de várias formas inclusive nem sempre da maneira que a gente gostaria mas é um conceito que já tá mais apropriado pelas pessoas quando a gente fala em promoção a partir da prática do dia a dia desse Brasil extenso como é que você traduziria esse conceito eu ousaria dizer de que a gente pode percebê-la em duas grandes esferas uma perspectiva mais macroestrutural onde a promoção
da Saúde ela pode se apresentar como uma estratégia potente de gestão de tomada de decisão orientada sempre como os próprios alguns depoimentos Aí evidenciaram eh a partir dos determinantes sociais socioambientais de saúde trazendo mais pro microespaço né pros cotidianos na pergunta que vocês apresenta eu considero de que todos esses processos do cotidiano as práticas mais mentalmente no campo da estratégia saúde da família no campo da atenção básica elas devem ser orientadas por alguns princípios Então não é uma fórmula única de se fazer de se vivenciar a a promoção da Saúde mas desde que esta seja
orientada por um pelo princípio da Autonomia a consideração do sujeito que estar ali Quem é esse sujeito que valores eles ele traz de que cultura de que território ele vem como essas práticas também se relacionam com outros setores e até com o próprio setor da saúde né é bom as palavras que você já traz nessa autonomia território outros setores né que vão mostrando também a complexidade de se trabalhar com a promoção da Saúde porque não não está só na área da saúde a compreensão exatamente do como agir Esse é um um um enfoque importante Quando
você pensa na promoção que você vai necessitar trazer outras áreas e mais pessoas para abarcar o conceito Olha eu acredito que é uma questão central assim a gente pensa o conceito de promoção da Saúde como um conceito que envolve qualidade de vida a gente viu isso muito nos depoimentos e uma necessidade social que é eh uma necessidade que é construída socialmente e orientada pela questão da Equidade nós vimos isso também nesses depoimentos isso eh traz então um desafio para as intervenções as intervenções de saúde verticalizadas preocupadas só com a mudança de um comportamento individual ou
com o controle de doenças elas são muito limitadas então o que que o que que começa a entrar e fazer parte da agenda da Saúde exatamente a redução de desigualdades sociais a questão da escolaridade a melhoria da infraestrutura sanitária são questões que a gente pode pensar não tão descoladas da agenda da saúde não através desse olhar da promoção da saúde a gente vê que estão é exatamente são essas questões que vão trazer um impacto efetivo numa mudança na qualidade de vida e de saúde é interessante né porque a mesma coisa que é o poder do
conceito que é abarcar essas outras áreas que é olhar o coletivo a partir do seu território para saber o que que traz a pessoa até ali quando ela é analisada individualmente também é a dificuldade do conceito né de porque a área da saúde sozinha não vai dar conta como é que a gente fica nessa t relação eu acho que tem uma questão da promoção da saúde do conceito de promoção de saúde que tá muito atrelado ao entendimento que a gente tem da própria saúde né como é que uma pessoa se sente saudável ou do que
depende ela se sentir saudável Então são várias questões ligadas à vida e o contexto da vida das pessoas que vão definir eh se ela consegue se manter saudável ou se ela adoece por algum motivo né então quando a gente percebe essa esse contexto da discussão da promoção da saúde e atrela isso ao entendimento que nós profissionais da área de saúde temos sobre o que é ter saúde né a gente começa a a a perceber a complexidade disso né que não é só que saúde não depende só de ter acesso a médico por exemplo né a
saúde da pessoa depende do ambiente onde ela vive da relação que ela estabelece com o espaço onde ela vive se esse espaço for favorável ou seja se tiver mecanismos de proteção da vida proteção da Saúde ela vai ter muito mais chance de conseguir se manter saudável é interessante né hoje o canal saúde completa 19 anos estamos aqui comemorando esse aniversário e ao mesmo tempo uma trajetória em que foi muito difícil a gente levar como comunicação o conceito de saúde ampliado que a gente tá falando aqui porque as pessoas tendem a associar imediatamente a doença e
a pensar a saúde a partir da doença que é o a gente a promoção me parece que ela propõe o outro caminho né é pensar a saúde a partir da saúde é é essa ideia de de como você eh estabelece mecanismos de proteção da Saúde de proteção da vida e proteção da Saúde então Lógico que esse esse movimento ele não vai poder partir exclusivamente do setor saúde né porque a vida e a qualidade de vida das pessoas depende da cidade onde ela vive da comunidade do qual ela faz parte do da sua relação familiar né
da da perspectiva que ela tem de de eh acessar mecanismos de cuidado com a própria vida e cuidado com a própria saúde então obviamente isso pauta uma discussão que vai para fora do setor saúde e também é importante a palavra autonomia que você trouxe mas também não é responsabilizar apenas o indivíduo pela sua saúde que num determinado momento também em algumas nessa história da promoção algumas pessoas se apropriaram do conceito para isto e a gente aqui eu acho que tá deixando claro que não é isso né Tem autonomia mas defesa da responsabilização né do Estado
sociedade e indivíduo a busca deste objetivo maior desse objetivo finalístico que é da promoção da qualidade de vida né que aí a gente já trazendo quem tá nos assistindo Viviane Martos aqui do Rio de Janeiro pergunta o seguinte como promover saúde quando os determinantes desta mesma saúde não favorecem Uma Vida Saudável porque eu acho que daí passa pelo que você falou na questão macro né que a gente aí já começa a pensar a promoção como um programa como uma política uma estratégia né como promover saúde quando os determinantes dessa mesma saúde não favorecem Uma Vida
Saudável é é um desafio é uma tensão é realmente eh o que eu acho que é inovador é você trazer essa tensão pro campo da saúde né porque o problema assim um pouco da tradicionalmente da perspectiva mais médico assistencial né no campo da saúde é isolar o indivíduo do seu contexto né isso eh não traz um resultado muito sustentável porque você descola o indivíduo dessa por exemplo dessas condições organizacionais institucionais comunitárias que t o profundo impacto na saúde pode ser até que você consiga resolver pontualmente n pontualmente de uma maneira não muito sustentável e não
muito a longo prazo Exatamente porque você tira isso que a Simone a Socorro tem chamado atenção que é essa eh enraizamento daquela condição de saúde num um contexto pra promoção da Saúde o contexto não é uma variável externa aos programas o contexto é exatamente o terreno de possibilidades e desafios para paraa mudança e é interessante né porque quando o conceito de território que é esse conceito que você tá usando contexto territó contexto quando ele aparece ele aparece junto com a palavra dinâmica porque eu acho que é interessante é a dinâmica territorial ao mesmo tempo o
conceito o contexto não é estático não está territória é Vivo né produt deç deúde é influenciado por esses determinantes e essa perspectiva que a Rosane nos traz de que é o desafio atuar a partir dos determinantes e até reconhecê-los produzir a crítica de que muitos deles hoje não são produtores de saúde mas a ideia é fazer a transformação e por isso que não cabe a solução somente ao setor saúde por isso que é uma corresp ação também não é somente do usuário do Residente do nativo do território é então é é Um Desafio intersetorial interinstitucional
porque juntando essa essas falas at Agora você vê por exemplo uma um indivíduo né que vive num ambiente num contexto num Território que não é saudável sai dali recebe uma prescrição que vai atuar localmente naquela queixa e volta pro mesmo lugar tem uma resposta porque essa prescrição né se foi bem orientada ela vai atuar e ele volta para lugar que produziu junto a doença a or da então a a expectativa de impacto de uma ação dessa é muito limitada uhum porque você não vai estar interferindo de forma nenhuma na nos reais determinantes da Saúde você
acha sobre o sinal ou o sintoma né E e aí eu acho que tem uma questão importante também que é o que a gente tem considerado que é o protagonismo do setor saúde em eh eh D visibilidade para essa discussão né porque muitas vezes a gente vê uma política pública por exemplo na área de saneamento ou de mobilidade eh que não tem clareza do impacto que isso tem na saúde né então eu acho que cabe ao setor saúde levar essa discussão de colocar a agenda da Saúde da garantia do direito à saúde eh em várias
políticas dentro de um espaço coletivo de uma cidade por exemplo né você vai discutir eh a o impacto que tem uma boa educação a a educação de qualidade sobre a saúde o impacto que tem uma política de transporte público sobre a saúde de lazer de Cultura né de esporte uma política de alimentação de garantia do direito à alimentação que Impacto isso tem sobre a saúde Então acho que é essa questão do protagonismo do setor saúde tá levando essa discussão da garantia dos direitos né de políticas públicas que melhorem o espaço onde as pessoas vivem e
o impacto que isso tem sobre a saúde é essencial tanto quanto eh garantir acesso à consulta médica por exemplo né que também é um direito ao mesmo Claro ao mesmo tempo para mostrar complexidade a gente lembra que trouxe a palavra autonomia logo aqui no início né ao mesmo tempo você não a gente não tá responsabilizando o indivíduo porque tá percebendo que ele tá que o contexto onde ele tá inserido é é promotor de saúde ou de doença mas esse indivíduo também tem um protagonismo quando a gente pensa na promoção Eu acho que isso que é
o interessante né você ao mesmo tempo também não abandona a a a necessidade de de um pensamento sobre a própria saúde a gente pode falar assim quando a gente Exato eu pode falar Eh eu acho que isso é muito importante né alguns contextos eles alimentam o problema que o programa tenta solucionar então Eh você jogar eh a solução de uma questão apenas para o o indivíduo sujeito né acaba virando um um outro tipo de problema né uma repercussão eh na verdade para alguns autores o que vai definir um programa se uma iniciativa ou um programa
é de promoção da saúde é exatamente essa densidade eh da participação social da participação do usuário usuário não visto mais como uma um um sujeito passivo onde se você intervém naquele contexto de cima para baixo sem levar em consideração as necessidades locais e o contexto de pro e de oportunidades porque um contexto pode alimentar o problema Mas podem ter janelas de oportunidade também então essa participação essa dinamização da participação social do usuário eu acho que é a grande vamos dizer assim o grande divisor de águas das iniciativas de promoção da Saúde acho que aí que
tá um pouco o pulo do gato né É você D densidade e protagonismo pros sujeitos a gente faz uma discussão sobre o empoderamento né esse conceito de empoderamento das pessoas terem condições de perceber porque elas se mantém saudáveis ou porque elas adoecem e ela ser mobilizada também para interferir Nesse contexto o que eu posso fazer para melhorar a minha vida não é nem a gente não não está nem num extremo nem no outro nem ficar no imobilismo Ah então tudo tá fora do meu alcance eu não posso fazer nada mesmo dentro do setor saúde ah
tudo depende de outras políticas e não do setor saúde Então se cria um uma situação de que é impossível fazer qualquer coisa pro indivíd vi é mesma coisa a partir do momento que ele percebe não olha o contexto de vida por exemplo tá sofrendo violência dentro da minha casa tá me adoecendo o que que eu posso fazer aí em relação a isso e é interessante né porque esse exemplo que você traz que a matéria também trouxe mostra que a gente a gente tá falando o tempo inteiro dos fatores culturais também né porque por exemplo duas
pessoas duas mulheres dessa comunidade que segundo o que eles falam é uma comunidade que onde a violência é um fator importante né quando se pensa em saúde e não saúde ela muda o discurso né ah então tem muitas mulheres que sofrem violência e não percebiam as mulheres sofriam doença sofriam violência e ficavam caladas isso é cultural no país machista como a gente tem né que mar briga de marido mulher não se mete a colher onde a mulher é propriedade aí ela vai ter hipertensão e ela vai no médico o médico dá uma medicação para ela
e ela volta pro contexto de violência quer dizer se ela não percebe que é importante ela tomar uma atitude em relação a isso também ou sofrimento mental né que entra também num estado depressivo fica aliment e os programas lidarem com essa possibilidade de deslocar esse essas relações de poder de entre homem e mulher culturalmente estão muito arraigadas em todos nós a gente não percebe né a gente tem que estar atento a gente acaba reproduzindo mínima ou maximamente né e é interessante porque a a saúde com esse olhar de promoção ela nos provoca até aí eí
é o desafio para todos nós Profissionais de Saúde né exercitar essa escuta para além do que é dito na queixa primeira apresentada pelo usuário e aí a gente dialoga com um outro conceito que é importante no contexto da atenção básica que é o vínculo essa relação entre o profission o profissional o usuário a comunidade B uma palavra né out falo do do Freud profission né que junta profission comiss Você já fez o vínculo das próprias palavras neologismo que dá a noção do que que tá se perseguindo né Então mas essa ideia de que a gente
precisa desenvolver essa competência enquanto profissionais pra escuta além da queixa e consequentemente paraa tomada de decisão além da conduta né que a gente possa fazer isso de forma colaborativa alguns depoimentos trazem uma pista muito interessante para para essa escuta e para esse vínculo que eles usam a palavra proximidade né Eu acho ass eu acho tão um conceito tão bom tão importante porque é necessária essa aproximação no sentido mais amplo né fazendo assim também a imagem já traz essa aproximação que passa pelo acolhimento que passa pela escuta pelo para para estabelecer esse vínculo e chegarmos mais
próximos da promoção da Saúde na prática né E aí na prática isso não é tão simples assim porque passa por uma série de outros desafios Com certeza sem dúvida assim o um dos Desafios é que o médico não pode ser preparado para atuar sozinho de maneira desarticulada e distanciada do contexto Esse é um grande desafio o médico quer dizer uma grande tarefa aí para esse itinerário de formação do médico é que ele saia preparado para esse acompanhamento longitudinal das famílias para essa aproximação com contexto e isso às vezes é muito difícil você você percebe uma
grande dificuldade com um pouco o processo de formação médica e não só do médico mas dos Profissionais de Saúde da equipe de saúde que é isso trabalhar em equipe fazer um acompanhamento longitudinal a gente viu ali uma menção ao PROVAB né que é o programa de valorização dos profissionais da atenção básica de saúde né que eu acho que é importante a gente também ressaltar porque quando a gente vai falando aqui ao longo do programa sobre promoção da Saúde Eu Fico me lembrando da reforma voltando aos 19 anos do canal saúde né fic lembrando da reforma
sanitária dos conceitos de quando a gente chega até a constituição e e e e e consagra os direitos e depois claro todo o percurso do SUS até aqui que não foi simples inclusive por várias tentativas de desmonte ao longo de anos que passam basicamente pelo financiamento mas esses são outros programas mas a promoção da Saúde nos lembra tudo isso né nos lembra os os princípios na verdade do SUS do nosso sistema único de saúde são os princípios da promoção da saúde a garantia de Equidade de autonomia de Participação Popular né e a estratégia Eleita pelo
pelo Brasil para fortalecimento da atenção básica que é estratégia de saúde da família também guarda consigo essa coerência dos princípios da promoção da Saúde quando nós falamos em autonomia em participação Equidade sustentabilidade vínculo que são palavras que vão estar presentes no nosso próximo bloco porque o sala de convidados vai fazer um breve intervalo não sair daí a gente volta já [Música] sala de convidados está de volta conversando sobre promoção da Saúde nossas convidadas são Socorro de Araújo Dias da Universidade do Vale do Aracaju e da Escola Visconde Saboia de Sobral Ceará Rosana Magalhães do departamento
de Ciências Sociais da escola nacional de saúde pública Sérgio aroca da Fiocruz e Simone Teti Moisés da PUC do Paraná e da Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba antes da gente voltar o nosso papo eh a gente tem alguns depoimentos nesse bloco que vão nos ajudar a refletir sobre os desafios de tudo que a gente conceituou no bloco anterior vamos começar então ouvindo o primeiro depoimento da Maria Eugênia acho que a promoção de saúde ela não passa ã para qualquer pessoa ã se eu não conseguir trabalhar com profissional de saúde o empoderamento Ou seja eu
passar pro indivíduo as noções de que ele deve tomar as ações e e trazer a saúde para dentro de si mesmo e o entendimento do que que é saúde para ele então para eu promover a saúde de alguém eu preciso que essa pessoa entenda o que que é saúde para ela e aí em ca disso trabalhar todo o contexto e todas as ações que a gente precisa tá pensando em termos de promoção ela já traz da palavra que você trouxe agora H pouco né que é o empoderamento que é como é importante o usuário junto
nesse diálogo com o profissional compreender o que é saúde para si e aí passa por aquilo que a gente táa falando no final do bloco anterior que claro que a saúde minha saúde é ligada aos meus hábitos às minhas escolhas que nem sempre são escolhas porque a gente é muito condicionado social política e econômicamente mas passa também pela noção do que você falava que é eu posso interferir participando socialmente tanto na minha comunidade quanto na gestão Este é um nó de da gente consegir conseguir avançar na participação social que carrega a cidadania junto é eu
acho que assim a participação real né a possibilidade Real de uma pessoa compreender o que que acontece com a própria vida e como é que ela pode tornar essa Ou pelo menos buscar eh oportunidades as janelas de oportunidades buscar suporte eh necessário para que ela possa construir uma vida mais positiva né no sentido de manter a sua saúde manter sua qualidade de vida e Isso é uma questão essencial né porque quando a gente fala de participação a gente vê muita ilusão de participação né se você participar de um encontro onde vai ser apresentado Ó daqui
pra frente nós vamos fazer assim na sua comunidade isso não é uma participação n é só uma busca de legitimar aquilo com a presença das pessoas exatamente a participação exige que a pessoa tenha capacidade reflexiva né que ela consiga pensar sobre o que acontece com ela mesma e as escolhas né um um mote da promoção de saúde é tornar as escolhas saudáveis as escolhas mais fáceis porque muitas vezes a pessoa até pode estar mobilizada individualmente para para ter uma escolha mais saudável mais positiva mas eh a escolha mais saudável não é a mais fácil porque
ou porque é mais caro ou porque ela tem dificuldade de compreender o que que é o saudável que é mais distante ou porque é mais distante então ou porque não é acessível por questões inclusive de preconceito porque também passa por esse olhar né de de como que a gente J ISO j e qualifica as pessoas né exatamente então compreender essa complexidade e e e estimular as pessoas a refletirem sobre a sua vida é uma coisa essencial pra promoção da saúde é e perceber né a janela de oportunidade é ótimo e perceber que essa reflexão vai
me levar a uma compreenção de que as escolhas não são as escolhas saudáveis não estão fáceis e o que que eu posso fazer como é me Mob como me mobiliza para encaminhar essa transformação porque a gente sabe que as transformações não são simples n complexas estão ligadas a questões políticas mas esse protagonismo de buscar eu acho que é fundamental né e a promoção também não tá só no campo individual né Então essa participação e essa mobilização ele vai também para um outro Campo pro campo coletivo isso é fundamental na promoção da Saúde Porque no momento
em que eh grupos segmentos reconhecem no seu próprio território determinados determinantes e trazem para si e com os outros a necessidade de problematizar com os tomadores de decisão aquele problema e juntos buscar medidas né para transformá-las que seja por projetos instituir novas reflexões tomadas de decisão então é algo que também é agregado pela promoção da Saúde eu vou aproveitar esse Gancho e trazer um outro depoimento porque eu acho que ele nos ajuda a compreender como é que a gente vai fazendo essa passagem do individual pro coletivo quando a gente pensa em termo de participação nada
mais importante do que os médicos na atenção básica para promover a saúde trabalhar com os diretores os professores das escolas nada mais importante do que trabalhar com as redes comunitárias o que que eu chamo as redes comunitárias as igrejas os clubes as associações de moradores nós precisamos entender junto com eles o que afeta a saúde da nossa população na atenção primária Paulo volta a dizer Ness aniversário do canal saúde né um dos Pioneiros pensadores criadores do canal saúde compreendendo a importância da comunicação que isso é um outro ponto que a gente depois pode até falar
né a promoção e a comunicação da Saúde andam uhum de mãos dadas mas ele aproveita para nos lembrar de que a sociedade já tem organizações né E que e aí ele fala o médico especificamente né porque eu acho que esse desafio ligado ao que você tava colocando aqui né a gente tem um profissional que tá na atenção básica que tem tradicionalmente na formação dos médicos em geral um olhar mais fragmentado mais especialista menos ligado ao sistema único de saúde que é um dos Desafios desse médico entender esse olhar da promoção e entender que ele tem
esses parceiros uhum comunitários para trabalhar é essa questão eu acho chave né superar esse modelo eh esse modelo biomédico assistencial Isso realmente é forte nos médicos mas a gente a gente pode dizer que também eh penetra na formação dos demais Profissionais de Saúde mas eh eu acho que essa questão que o Paulo chama atenção que é da primeiro pensar que a saúde não está só naqueles lugares clássicos do consultório mas também está na escola está nesses espaços de microg governança acho que a Simone chamou a atenção numa coisa que eu acho que é fundamental Às
vezes a gente pensa que essa participação social tem que se dar nesses espaços legitimados nos níveis de governo existe uma microg governança possível onde Pequenos Grupos podem nas suas regiões eh demandar por exemplo a construção de uma creche ou a compra de alimento fresco para merenda escolar E isso tem um Impacto Profundo Nas condições de saúde e é possível quer dizer porque senão a gente fica também com uma imagem que a promoção da saúde é tão complicada né envolve tantos determinantes é um cotidiano compo que parece que não é operacional exatamente mas é porque ela
tem essa dimensão da agência tem os constrangimentos estruturais né os macrodeterminantes mas ela tem uma dimensão da agência da possibilidade do usuário intervir e demandar e lutar por sua saúde e um outro destaque que eu faço na fala do Paulo é quando ele nos coloca o desafio de integrar diferentes políticas e estratégias que estão postos aí hoje quando ele mencionou essa relação com a escola por exemplo então o campo de atuação n no atenção básica que é a estratégia de saúde da família muitas vezes nós vimos discursos em que é colocado que há eh demandas
muito frequentes que chegam para aqueles profissionais sobreposição de ação e na verdade o desafio que tá posto para cada um de nós é identificar como outras políticas tal como o PSE o programa saúde na escola a própria política nacional de promoção da saúde a política nacional de educação permanente como elas vêm para potencializar para o desenvolvimento dos processos de trabalho na estratégia saúde da família e não percebê-la como um farda a mais um fazer a mais né é a ressignificar essa prática compreendendo de que no desenvolvimento na execução do programa saúde na escola eu estou
fazendo Saúde da Família eu estou contribuindo paraa promoção da Saúde quando você também destaca da formação dos profissionais E aí se dá tanto no âmbito da formação da graduação como os trabalhadores que também já estão em curso no processo de desenvolvimento de educação permanente porque nós Ainda temos muitos nossos trabalhadores profissionais que vem de uma graduação ainda mais fechada Da Lógica do modelo observador tradicional eh médico centrado então tem esse desafio posto para nós de articular as diferentes políticas as diferentes estratégias para potencializar a estratégia de saúde da família e sendo assim nós estamos contribuindo
para a operacionalização de uma prática promotora de saúde é interessante né porque você começou dizendo eh que é complexo mas é factível é viável é possível prática que eu acho que isso que é fundamental que a gente consiga nesse programa deixar claro né porque às vezes pode ser parece um conceito tão amplo né um conceito que abstrato que envolve tanta coisa que fica difícil de pensá-lo na prática e de de e de colocá-lo portanto em prática né Eu acho que a gente tá aqui dizendo claro que é complexo não estamos negando isso mas a gente
tá dizendo que a na prática ele pode se traduzir inclusive de maneiras muito muito simples né é Tom decisão complexa é a vida né vida comple exatamente eh e assim eh enquanto a gente estava comentando aqui eu tava eh eh pensando nessas palavras né da desses depoimentos e uma outra questão que que o Paulo bus eh levantou foi a questão das redes né e do Cuidado em redes quer dizer quanto mais a gente se aproxima desse conceito de que hoje profissionais da Saúde da Educação de qualquer outra área que trabalha ali com a vida e
com a complexidade da vida eh necessariamente a gente tem que desenvolver capacidades para trabalhar em rede né e isso significa que a gente tem que reconhecer diferentes olhares formas de pensar a vida e como é que a gente potencializa né Essa essa possibilidade de construir propostas do Cuidado da vida e da Saúde de uma forma conjunta então é pensar a eh as oportunidades né na escola na igreja na comunidade local e e assim não no campo da saúde e a gente comentava isso anteriormente né quer dizer quando você vai eh dentro de uma unidade de
saúde por exemplo você tá cuidando da atenção materna infantil quantas questões são paralelas a isso né o cuidado da mulher e da criança depende da da gente estabelecer redes de cuidado né que passam pela violência doméstica que passam pelo cuidado da alimentação que passam pelo cuidado né da da comunidade de uma forma geral para aquela mãe para aquela crianç essa rede também é intras setorial né Simone certeza porque pela complexidade do setor saúde a atenção básica nesse cuidar das famílias das pessoas da atenção ao território dialoga também com a rede de saúde mental dialoga com
a rede faz necessário que dialogue com a rede cegonha e assim sucessivamente então a gente não pode ver também um sistema segmentado em parte não é intra e intersetorial [Música] Ah tem mais um depoimento que vai justamente nesse sentido que eu acho que é importante a gente ouvir Mas eu também queria depois contextualizar antes daqui a pouco vem o depoimento cont calizar porque você falou que a vida é complexa né aí eu fiquei aqui pensando a partir de tudo que a gente tá falando aqui em que contexto estamos inseridos e alguns programas já passaram por
aqui trazendo a a tal da agenda de desenvolvimento que faz com que as questões econômicas sejam superiores na condução das políticas do que a própria agenda da Saúde E aí eu sinto que a gente que tá que Batalha cotidianamente pela saúde é meio que um um lugar de resistência quando a gente diz não não é esse o mundo que a gente quer a gente quer um mundo onde palavras como essas que vocês estão usando aqui não são mais as palavras de ordem como cuidado como escuta como vínculo né como percepção do Entorno a gente tá
num mundo que que impele Ao individualismo que impele a competição que impele ao ter como valores que são colocados em evidência e que fazem com que as pessoas se destaquem e a gente acaba admirando estes valores que eu acho bonito que a saúde traz como um carro chefe que ela vem sendo há muito tempo especialmente a partir da reforma sanitária a atenção para que este mundo e esses valores não são os valores mais saudáveis é e que o foco é o desenvolvimento humano antes de mais nada né Você tem o desenvolvimento econômico que também o
desenvolvimento humano também vai depender do desenvolvimento econômico do Desenvolvimento Social né da relação com o espaço da vida mas assim o foco tem que ser o desenvolvimento humano e do que depende esse desenvolvimento humano a capacidade de desenvolver suas potencialidades a saúde tá tá intimamente conectada a isso né Porque só a partir daí o desenvolvimento econômico vai fazer sentido né é eu acho interessante que que ess esse olhar né da economia decidindo tudo é um olhar que a gente pode um pouco parar para pensar ser isso mesmo né nas sociedades mais democráticas O que que
você vai encontrar você vai encontrar as políticas mais redistributivas quer dizer a democracia na verdade ela faz bem a saúde ela acaba alimentando processos e decisões políticas mais equitativas Eh mais solidárias né então não é essa experiência do individualismo quer dizer essa é uma grande tensão mas a gente vê várias sociedades com um Panorama de proteção social muito mais universalista muito mais equitativo porque o processo político processo decisório incorpora essa Perspectiva da rede eh dos atores dos usuários uma uma uma dimensão participativa mais forte é e ao mesmo tempo né O Brasil é tão grande
então né sei é bom que a gente tem aqui representantes de várias regiões desse desse Brasil e acontecem tantas coisas tanto no âmbito do SUS quanto fora eh de iniciativas de de de individuais ou coletivas experiênci bem-sucedidas saudáveis que nem sempre a gente fica sabendo então a gente acaba achando E aí a gente vai tá entrando na questão da comunicação e da Saúde comunicação em saúde Nem sempre o fato da gente não ficar sabendo faz com que a gente Imagine que o mundo todo é feito de outra forma que são essas formas dominantes nos meios
de comunicação mais tradicionais né mais deixa de olhar experiências interessantes que que que que Brasil é esse né que que que brasileiros somos nós e aí quando a gente vai para essas cidades inclusive muitas cidades pequenas a gente vê as pessoas fazendo na prática é já trazendo essas experiências de outros países mais solidários mais democrátic Nossa genuínas mas que que estão dentro que estão e enraizadas em contextos ricos né de diversidade de participação Então vamos agora sim ao terceiro depoimento eu acho que esse é o grande desafio nosso é de verificar que a que as
dificuldades que as pessoas estão sentindo né os problemas ele não é resolvido por único setor são por vários setores Então por mais que a gente queira observar Essa realidade é importante que a gente não fragmente essa realidade e busque uma ação mais intersetorial envolvendo todos os setores Inclusive a comunidade né de forma mais de forma que a comunidade ela sinta parte do processo sentir-se parte do processo né que eu acho que é meio que traduz o que a gente vinha falando aqui né eu preciso empoderadamente entender o que é saúde para mim mas e preciso
ter uma in iniciativa Sabendo de que existe um contexto muito amplo a partir do qual eu posso me movimentar mas eu preciso me sentir parte também sentir parte é ser parte do da situação problema mas também parte da ação transformadora né isso e se cor responsabilizar isso na prática né vocês que que tem esses um esses dois olhares tanto da teoria quanto da prática vocês já perceberam isso como isso é transformador quando isso acontece mesmo quando a promoção começa dar resultados as pessoas realmente se empoderam tem uma experiência que a gente vivenciou lá em sobal
que nós acreditamos que ela tem este potencial né não Digamos que seja uma fórmula não é mas ela tem um potencial diente que tem um potencial que são os conselhos locais de desenvolvimento e saúde Então essa ação Comunitária com lideranças dos ter que se juntam que reconhecem as limitações mas também as potencialidades daqueles territórios e que se vão consolidando se agregando isso tem sido algo orientador de estratégias de programas como é que isso acontece mesmo na prática então Os territórios né que também são territórios de atuação da estratégia saúde da família Ele tem sua identidade
eh o movimento da residência multiprofissional de saúde da família e dos trabalhadores da equipe mínima entram com o apoio Logístico da viabilidade mas o protagonismo é do sujeito residente do território então eles se constituem enquanto coletivo eh tem sua não seria direção né mas tem sua identidade própria com finalidades com identificação de de funções se reúnem periodicamente e discutem sobre o seu território de Quais são os dispositivos existentes na naquele Território que são potencializadores de saúde Quais são os grandes problemas sociais que afetam aquele território cultural é a instalação de uma indústria de uma fábrica
que afetou só ambientalmente aquele espaço eh eh a a forma como se relaciona saúde e educação e diante estee problema o que é que pode ser feito então é trabalhar um pouco eh essa corresponsabilidade do cidadão na busca do protagonismo para o enfrentamento dos problemas e a sinalização e a reivindicação do seu espaço dentro da gestão pública e isso no cenário de Conferência das cidades se torna um dos movimentos muito fortes de escuta onde as conferências elas são descentralizadas as mini conferências né em cada espaço desse e isso volta agora mesmo nós estamos no momento
de elaboração do plano plurianual de saúde e um dos documentos orientadores para as ações a serem realizadas nos próximos 4 anos é esse documento de todas as conferências que tem essa escuta de toda a população porque assim o que é mais comum é uma lógica tradicional de cima para baixo né programas que são verticalizados que definem prioridades e formas de alocação de recursos eh sem escutar a popula as verdadeiras demandas então e são esses processos que às vezes eh são demorados são mais complicados porque envolve muita concertação muita negociação muita discussão A intersetorialidade não é
uma um instrumento fácil de ser sabe não é uma caixa de ferramenta que você usa a intersetorialidade envolve deslocamento de poder precisa de incentivo político precisa de incentivo financeiro não é fácil né É isso que a chamou atenção muitas vezes o profissional acha que é mais trabalho não eu sou da saúde por que que eu vou pra escola é uma ideia assim eu eu tô ganhando o mesmo salário com mais trabalho é uma tensão quer dizer como incentivar esse profissional como compreender o processo que ele então não é fácil é porque essa fragmentação que foi
mencionada no último depoimento que é cultural e formadora da nossa maneira de pensar né a gente fragmentou tudo para entender mas esqueceu que era só para entender porque na vida complexa examente ex ajuda lógica disciplinar Né tava lembrando de uma experiência que eu tive muito recentemente eh nós estávamos trabalhando com um problema concreto em Curitiba que era o fato de que a gente tá observando um aumento muito importante de uso de produtos de tabaco por meninas adolescentes na cidade Curitiba é uma das cidades que maior prevalência de de tabagismo entre meninas e aí nós fizemos
uma fizemos um trabalho dentro de uma escola né a diretora se propôs a trabalhar isso fui eu profissional da da área de saúde mais uma uma menina uma psicóloga a gente começou a a a se aproximar dessa escola e ver como é que a gente podia resolver o problema e a proposta foi eh reunir pessoas né que envolviam professores funcionários da escola meninas adolescentes e os pais para discutir o problema então nós começamos a fazer algumas reuniões durante um mês e pouquinho um mês e meio a gente fez algumas reuniões dentro da escola num horário
que era apropriado pros pais pros professores e a gente começou a identificar Realmente isso é um problema aqui na escola não é um problema então como é que a gente vai resolver e a e a própria comunidade local conosco fazendo parte dessa comunidade a gente começou a identificar algumas estratégias que tinha que trabalhar com as meninas mas não adiantava só trabalhar com as meninas Tinha que trabalhar com os pais Tinha que trabalhar com com a O projeto político pedagógico da escola Tinha que trabalhar com a vizinhança porque os locais de venda de cigarro fácil eram
muitos ao redor da escola Tinha que trabalhar com quem vende né o cigarro Tinha que trabalhar com a política do município em relação à liberação de uso de produtos de tabaco e foi muito interessante porque as pessoas começaram a identificar que realmente aquilo era um problema que no começo nem era percebido como problema e a própria comunidade local começou a identificar estratégias né Tinha que trabalhar de uma forma que que chamasse a atenção da questão de comunicação com esses adolescentes então a gente daí nós fomos trabalhando em rede nós intermediamos um contato com a universidade
e a e o profissional da área da comunicação foi fazer uma oficina de comunicação com as meninas para instrumentalizá-los para produzir né criar um um grupo no Facebook começaram a criar filmes vídeos com a linguagem própria Esse é um Desafio importante fizemos uma conexão com o pessoal da saúde para ter o suporte de apoio para quem já é fumante como é que eu posso entrar fazer parte de um grupo que tem apoio para cessação do uso de produtos de tabaco Então essa questão da rede né quem conhece quem quem pode puxar né algum suporte para
aquela comunidade resolver esse problema e o problema é intersetorial não no nível do discurso ele passa a ser entendido compreendido como uma cria rel nas relações humanas né Depende de outras pessoas is isso é interessante a gente tá chegando no finalzinho do programa interessante eu gostaria muito de frisar ah a questão da comunicação porque a gente usou a palavra proximidade lá no início do programa para necessário para estabelecer esses vínculos que vão colocar as pessoas conversando em torno de um problema comum buscando soluções isto já é comunicação pura né porque se essas pessoas param de
se comunicar nada acontece se essa comunicação não avança se ela é truncada nada acontece O que a gente tá fazendo aqui agora a gente tá se comunicando e proporcionando essa que essa comunicação ela tenha maior alcance para que esses conceitos que a gente tá falando aqui que também são práticas eles possam ser analisados discutidos reproduzidos devolvidos por aqui ou por um próximo programa ou para nossa presença nesses lugares ou a percepção de que há pessoas nesses próprios lugares que também podem avançar Então eu queria só terminar dizendo isso né de agradecer muito a presença de
vocês aqui porque sem isso comunicação não acontece com a qualidade que vocês propuseram mas de de frisar isso né o a comunicação em saúde ela é fundamental pra promoção e Especialmente quando você falou né A intersetorialidade não acontece no nível conceitual ela acontece no discurso ela acontece na prática e isso depende de uma boa comunicação obrigadíssimo parabéns e que a gente retorne mais vezes para falar sobre tá bom Obrigada e se você quiser rever ou mesmo gravar esse programa Entre no nosso site www.cala.com o canal saúde no Facebook e no Twitter O sala de convidados
contou com a colaboração da NBR e a gente se vê na próxima semana até lá [Música] [Música] [Música] k h [Música]