A demonstração de fluxo de caixa é uma das mais temidas pelos iniciantes em contabilidade. Pela complexidade em se montar e pelo raciocínio necessário para encontrar as transações que afetarão o caixa do período. Nesse vídeo vamos resolver um exemplo didático de como montar uma DFC pelo método direto e indireto, por meio da análise das variações das contas do balanço patrimonial e da D.
R. Mas antes já deixo o link no vídeo. Se inscreve no canal porque como os inscritos dizem nos comentários aqui, você aprende em minutos o que levaria meses para aprender na sua faculdade.
Esse é o balanço patrimonial e a demonstração do resultado que vamos analisar para encontrar as variações que afetarão o caixa. Você tem que saber que todos os registros contábeis são feitos nas contas do balanço e da guerra e todas as outras demonstrações financeiras visam esclarecer o resultado do período e explicar as variações importantes no patrimônio. Então você tem que enxergar as demonstrações financeiras, o balanço a derreter, a demonstração de fluxo de caixa como peças de um grande quebra cabeça.
Todas elas estão conectadas, pois são produtos de todos os registros feitos pela contabilidade. Assista esse vídeo tentando entender o raciocínio usado em cada conta analisada e lembre se que para montar a demonstração de fluxo de caixa, nós estamos buscando apenas as variações que afetarão o caixa, seja entrando recurso ou saindo recurso. Afinal, a função da DFC é te mostrar como o caixa saiu de um saldo de 200 e foi para 380.
Logo, a DFC vai explicar como ocorreu o acréscimo de 180 no caixa do período na conta disponível. Lembre se que a conta disponível ou disponibilidades é a mais líquida do balanço patrimonial, por isso se encontra no grupo do ativo circulante e registra todo o recurso a disposição da empresa, seja em caixa, banco ou equivalentes caixa. Dessa forma, vamos começar a nossa análise.
Vamos montar o primeiro modelo pelo método direto e vamos começar analisando a D R que registra uma receita de 1100. Lembre se que a receita registrada na DRP é apurada pelo regime de competência, ou seja, eu registro a receita no momento em que ela ocorreu, independentemente de ter sido paga ou não. Então, o raciocínio a ser feito para descobrir o quanto da receita entrou no caixa é fazer a análise juntamente com duplicatas a receber da empresa.
Afinal, quando eu faço uma venda ou eu recebo a vista e aí o dinheiro da venda vai direto para o caixa, ou eu dou prazo para os meus clientes. E aí eu gero um contas a receber. Analisando o contas a receber, eu começo um ano com saldo de 600, vendo 1100.
Logo, se eu não tivesse recebido nada em caixa, eu deveria ter um saldo de 1700 duplicatas a receber. Como eu tenho 750 por diferença, eu sei que 950 se refere a duplicatas recebidas, logo uma entrada de caixa. A mesma análise vale para as despesas registradas na D.
R. . As despesas são registradas pelo regime de competência.
Não necessariamente foram pagas. Quando eu incorro em uma despesa, eu registro um contas a pagar no meu passivo. Portanto, analisando despesas da DERRE com contas a pagar do passivo, dá para perceber que a gente começa com um saldo de 300 e tem um total de 900 R$ em despesas no período.
Era para ter 1200 em contas a pagar, porém eu tenho só 400. Portanto, a diferença de 800, que é o que foi pago. Sendo assim, uma saída de caixa fechada a análise da DRT, vamos verificar as contas ainda não analisadas do balanço.
Dá para perceber que o meu imobilizado aumentou de 500 para 920. Esse aumento parece ser novas aquisições. Nesse caso, o acréscimo de 420 verificado na conta imobilizado pode ser visto como uma saída de caixa, visto que eu efetuei um desembolso para adquirir o imobilizado conta e intangível não sofreu variação, sendo assim não afetou o caixa.
Quando olhamos para o lado do passivo, a conta financiamentos aumentou de 300 para 750. Esse acréscimo significa novos financiamentos de 450, implicando numa entrada de dinheiro no caixa. Afinal, quando eu contrato empréstimo, eu recebo o dinheiro na minha conta.
Por fim, analisando as contas do patrimônio líquido, nós temos o capital social que não alterou e reserva de lucros, que, como dá pra ver aqui, foi um aumento de 200. Lembre se que o lucro apurado na DRT é incorporado ao balanço por meio do patrimônio líquido em conta específica. Nesse caso, reserva de lucro.
Como nós já analisamos as receitas e as despesas, nós já vimos os impactos que esse lucro teve no caixa. Portanto, após analisar todas as variações do balanço DDR, eu tenho a minha DFC pelo modelo direto. Como entradas, nós temos as receitas recebidas e novos financiamentos.
Como saídas. Nós temos despesas pagas e compra de imobilizado, o que nos dá uma variação, ou seja, um acréscimo no caixa de 180, explicando assim a variação que disponível teve de um ano para o outro. Muito mais do que demonstrar as entradas e saídas que ocasionaram a variação do caixa de um período para o outro, a DFC apresenta essas variações por meio de três fluxos de atividade, fluxo operacional de financiamentos e de investimentos, classificando todas essas transações que nós calculamos e agrupando nas atividades, nós temos que as receitas recebidas e as despesas pagas compõe o fluxo de atividades operacionais, ou seja, o negócio da empresa gerou um caixa de 150.
No fluxo de financiamentos enquadram se as variações do capital de terceiro, ou seja, dos empréstimos e financiamento. Nesse caso, o fluxo de atividades de financiamento gerou um caixa de 450. Por fim.
No fluxo de caixa de investimentos, nós temos a aquisição do imobilizado que consumiu o caixa em 420. Dessa forma, eu demonstro o acréscimo no caixa de 180 gerado de um período para o outro com muito mais informações, tornando a demonstração muito mais rica e contextualizada. Agora vamos fazer a DFC pelo método indireto.
O raciocínio aqui é um pouco diferente, visto que pelo método indireto, a demonstração de fluxo de caixa começa no lucro do período. Então, partindo do lucro, nós vamos registrar as variações nos três fluxos de atividades até chegarmos na variação do caixa do período. Perceba como eu estou partindo do lucro.
Eu não preciso analisar a D. É diferente do modelo direto, aonde eu analiso as contas do balanço e BDR. No indireto eu já começo no lucro, logo eu analiso apenas as variações das contas do balanço patrimonial.
Para o fluxo operacional eu tenho que analisar as contas do ativo circulante e do passivo circulante. É ali que se encontram as contas de capital de giro da empresa que permite com que a operação funcione. Nós temos duplicatas a receber e contas a pagar.
Dá para perceber por meio das variações, que duplicatas a receber aumentou. 150 Se a minha conta de clientes aumenta em 150, é dinheiro que deixou de entrar no caixa. Isso é uma variação negativa na DFC pelo método indireto, o meu contas a pagar aumentou em 100, logo é uma variação positiva no meu fluxo de caixa, visto que como o meu saldo de contas a pagar aumenta em 100, são 100 R$ que deixam de sair do caixa.
Dessa forma para achar o fluxo de caixa operacional, eu tenho que levar em consideração os 200 do lucro, menos os 150 de duplicatas a receber, mais os 100 do contas a pagar, o que me dá um caixa gerado no negócio de 150 no fluxo de atividade de financiamentos. Eu vou analisar os empréstimos que, como dá pra ver, aumentou em 450 e no fluxo de caixa de investimentos eu vou olhar a variação do imobilizado, que representa uma saída de caixa de 420. Dessa forma eu chego no acréscimo do caixa de 180 pelo modelo indireto.
Veja que o propósito final nos dois métodos é chegar na variação do caixa. Enquanto modelo direto é mais simples e apresenta apenas as entradas e saídas em cada fluxo de atividades. O modelo indireto traz a conciliação entre o lucro líquido e o caixa operacional gerado no período.
Veja como as demonstrações financeiras são complementares. O balanço patrimonial te dá uma fotografia do saldo de todas as contas patrimoniais numa data. Demonstração do resultado te apresenta o lucro do período, que nesse caso foi 200.
É a demonstração de fluxo de caixa, seja pelo método direto ou indireto, que mostra que desse lucro de 200 o que realmente entrou em caixa foi 180. Isso ocorre porque a d r é feita toda com base no regime de competência. Já a demonstração de fluxo de caixa é feita com base no regime de caixa.
Talvez você queira se aprofundar nesse conteúdo assistindo a esse vídeo que eu estou deixando no card final, que eu espero ter te ajudado com esse exemplo por aqui. Eu agradeço por você ter assistido e nos vemos no próximo. Abraço.