sobreviver significa viver em sociedade mas viver em sociedade também é um esforço para conviver com esse outro faz mais ou menos uns 10.000 anos a nossa espécie percebeu uma coisa fantástica ou a gente vivia em grupo ou a gente desaparecia porque a nossa espécie ela é pouco privilegiada pela natureza em termos de defesa e ataque a nossa pele não é dura a nossa velocidade qualquer jaquatirica bate a gente na hora em termos de força a gente não consegue vencer a maioria das espécies mesmo um cachorro de maior porte bravo já ganha da gente então nós
percebemos que viver sozinho traria riscos muito grandes a própria preservação da espécie e de alguma maneira demandava que a gente vivesse em grupo então nós descobrimos uma coisa fantástica viver em comunidade todo mundo Faria alguma coisa todo mundo viveria mais ou menos junto isso imediatamente trouxe um problema encarar os outros viver com os outros lidar com a vontade do outro que não é a sua com as ideias do outro que não são as suas com uma personalidade que não é a sua de certo modo nós a nossa espécie encontrou um paradoxo Fantástico sobreviver significa viver
em sociedade mas viver em sociedade também é um esforço para conviver com esse outro viver com o outro talvez seja o maior desafio do ser humano porque dessa relação sai aquilo que nós somos e sai também aquilo que os outros esperam de nós e que nós esperamos do outro viver com o outro significa em primeiro lugar ter alguma abertura paraa alteridade ter uma abertura para aquilo que o outro tem essa abertura ela é muito rara muito complexa ela é quase uma experiência estética no sentido da estética como sensibilidade porque estar aberto pro outro significa reconhecer
o outro como um eu uma pessoa que é dotada das mesmas vontades das mesmas emoções das mesmas razões que você mas que não é você e que se considera tão digna de respeito e digna de compreensão quanto você na hora que nós buscamos entender o outro como sendo um eu mas que evidentemente não sou eu está além do nosso controle nós começamos a vislumbrar que é impossível se chegar a um conhecimento absoluto do outro porque para isso eu teria que ser esse outro isso é impossível eu não posso abandonar o fato de que eu sou
eu mas ao mesmo tempo eu começo a perceber que esse outro é muito parecido comigo Independente de nacionalidade de pano de fundo étnico de opção sexual de idade esse outro ele também tem as mesmas razões que eu também tem as mesm os mesmos afetos que eu e a partir daí eu tenho uma pequena mas importantíssima abertura para essa alteridade quando eu percebo isso aí talvez se fosse mais pensado nós evitaríamos tanto conflito tantas guerras perceber que esse outro também é uma identidade em construção muito parecida com a minha uma identidade que merece o mesmo respeito
e a mesma compreensão que eu espero para mim e é nessa abertura que a gente pode talvez descobrir um universo incrível com o qual eu não sou obrigado a concordar mas que eu preciso pelo menos aprender a ver que é o universo da alteridade aproveitando que você já tá com tantas Abas abertas um monte de rede social e-mails o seu trabalho que você devia estar fazendo talvez não está alguma coisa mais eh técnica que você também deixou de fazer aproveita se inscreva aqui no canal da casa do Saber [Música]