RESENHA: O cortiço, de Aluísio Azevedo | por Ana Lis Soares

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Ana Lis Soares
O romance clássico da literatura brasileira "O cortiço", de Aluísio Azevedo, traz críticas duras à s...
Video Transcript:
E aí pessoal tudo bem Eu sou a Ana Alice Soares e hoje eu vim aqui conversar com vocês sobre o romance brasileiro O Cortiço do escritor Aluísio Azevedo Então bora comigo para o vídeo de hoje bem pessoal então vamos lá falar sobre o cortiço este romance brasileiro publicado pela primeira vez em 1890 que eu li por essa edição aqui das edições Câmara Aluísio Azevedo é um escritor brasileiro que é mais conhecido por ter sido o primeiro autor a publicar um romance considerado naturalista então ele inaugura o naturalismo no país essa escola literária no final do
século 19 com a publicação de o mulato que é um romance d1881 em que ele se revela um abolicionista e esse aqui é um tema aliás que aparecerá também e o cortiço né A questão da escravatura no país então é bem importante mesmo a gente salientar essa característica de Aluísio Azevedo que além de escritor também foi jornalista a mata e caricaturista essa informação eu acho que é bem importante o caricaturista porque a gente as personagens de Aluísio Azevedo são bastante fortes elas penetram assim da nossa mente e permanecem na memória eu posso dizer isso com
todas as certeza porque essa foi a minha terceira ou quarta leitura de um Cortiço mas fazia Assim muitos muitos muitos anos que eu não li alguns detalhes sobre enredo acontecimentos da história eu realmente não me lembrava faz as personagens e as imagens algumas cenas permaneceram em mim que depois de tantos anos depois de tantas leituras Então acho que essas características de ser um caricaturista é bem importante para a escrita do além de Azevedo pelo menos aqui em O Cortiço que a leitura que eu tenho porque realmente as personagens são muito bem desenhadas muito bem delimitadas
também uma característica desta escola literária porque o naturalismo ele tem essa característica de focar mais nas personagens do que no próprio enredo e as personagens levaram essa ideia da importância do meio ambiente para a caracterização para formação de uma pessoa é voltadas para as ideias que vinham da Europa em que o naturalismo era muito bem visto né naquele momento histórico do mundo eles focam nesta ideia de mostrar a realidade através das personagens e as personagens ou as pessoas sendo formadas ou deformadas por causa do ambiente Então vou explicar esse melhor ao longo da resenha mas
já deixa aqui em destaque esta característica importante deste romance então de Aluísio Azevedo O Cortiço como eu falei é um romance que o enredo não é tão importante quanto os personagens mas Leila EA gente acompanha então o dia a dia neste Cortiço né que dá nome ao livro que o cortiço do João Romão João Romão é um homem ambicioso que tem ali além do Cortiço um mercadinho e também uma Pedreira que a gente vai conhecendo e as personagens que vão aparecendo e boa Olá neste livro cheio de personagens estão todas muito envolvidas Com estes ambientes
ali do João Romão seja no Cortiço seja na pedreira até porque muitos deles moram ali no Cortiço e trabalham na pedreira ou também tem as lavadeiras cê outras personagens que estão ali sempre cercados neste ambiente principalmente do Cortiço que é uma personagem do livro Com certeza se você já leu ou já ouviu outras resenha sobre o artista você deve ter ouvido falar disso porque é realmente algo muito importante né Curte isso é essa pessoa como se fosse realmente um ser orgânico a gente sente Cortiço acordando dormindo o calor do Cortiço ali acontecendo junto das vivências
das personagens inclusive o cortiço evoluindo né entre aspas junto do João Romão tá medida que o João Romão muda à medida que o João Romão vai enriquecendo O Cortiço também vai mudando o cortiço sofre reformas então ele é o personagem muito envolvente aqui do livro eu não sei eu pelo menos me sinto muito muito envolvida goreste borbulhar ali do cotidiano da vida das personagens as descrições que o Aluísio Azevedo trás são muito bem feitas muito bem construídas e esta rotina do Cortiço que é uma maneira do Luiz Azevedo de criticar né A Sociedade do Rio
de Janeiro naquela época as condições de vida dessas pessoas né tanto condições sanitárias que até são impactadas pelas condições sociais e econômicas desta população que estava é reunida neste os cortiços do Rio de Janeiro ou em condições de moradia e de trabalho muito precárias que nós sabemos que ainda continua e não necessariamente em cortiços mas a gente sabe né em comunidades em favelas que não tem acesso condições sanitárias enfim com retrato né daquele momento retrato daquela sociedade e por ser um romance naturalista né é importante dizer crítica me conta assim algumas características dessas personagens pessoas
que estão ali intensificadas né também essa questão da animalização do das personagens que muitas vezes são descritas com adjetivos relacionados geralmente animais não-humanos verbos que não se relacionam que nos liga esse ambiente assim mais selvagem até uma caricatura que ele faz das personagens e da sociedade do Rio de Janeiro naquela época então como eu ia dizendo a gente acompanha a rotina do Cortiço de João Romão que é um homem muito ambicioso um homem de uma moral um tanto duvidosa que está ali assim né de enriquecer e que fica o tempo inteiro invejoso em relação ao
seu vizinho ao Miranda que tem ali um comércio e que aos poucos o João Romão olhando invejando a vida deste homem que tem certa entrada na sociedade lá para o Finalmente né do romance ele é uma amizade que inclusive ser um pretendente a filha do Miranda A Zulmira a questão da moral aqui como eu apontei na moral do João Romão especialmente em relação ao João Romão e a relação dele com a bertoleza a bertoleza é uma mulher escravizada que fugiu né do seu dono Em algum momento encontrou ali o João Romão que promete ajudá-la e
protegê-la ele Ford ali documento de libertação e os dois passam a viver juntos a construir este este mercado Cortiço ela trabalha demais o tempo todo e eu digo a gente como assim toda a sinceridade que neste momento nesta leitura que eu fiz Amy Foi bastante impactante a maneira como o Aluísio Azevedo caracteriza né a bertoleza como ele descreve a bertoleza é bem Cruel a gente não entendeu o contexto e não saber que ele está criticando né racismo a escravatura no país TAM uma das relações lésbicas pessoas admiração em relação a ela de como que ela
é vista pelo João Romão que este homem e também por outros né personagens que aparecem outros homens brancos e fim fim da bertoleza é tristíssimo é muito cruel mesmo de apertar se o peito como eu falei essa minha nova leitura de O Cortiço me despertou ainda mais assim uma sensação de mal-estar em relação à vida dela de como ela dizer escrita também analisada como outras personagens personagens pobres sem condições de vida ali do Cortiço e ela fica ela ou seja ela não foi libertada ela ainda tem a sua mão de obra EA sua vida abusada
né Por um outro homem Eles vivem juntos mais por interesse né E por interesse de ascensão social e econômica o João Romão acaba é fazendo ali uma um jeitinho né de ser visada bertoleza que é bastante cruel é mas que a gente sabe que é uma realidade ali que o Aluísio Azevedo aponta é a realidade que ele via até porque dentro dos conceitos do naturalismo existia este de você relatar e descrever sociedade a realidade que você venha de maneira é muito entre aspas neutra né que é algo que eu não acredito que exista faz enfim
Esta é uma questão do naturalismo de descrever com essa neutralidade aquela realidade que ele via e é o que ele via então ele descreve ali que é esta maneira bastante cruel e desumana de tratar pessoas negras negras pessoas escravizadas pessoas como a condição de vida é bastante difícil né Então entre outros das personagens aparecem ali por exemplo o Jerônimo e a piedade que é o casal de portugueses que vivem ali no Cortiço e ao longo do romance nós vemos a deformação como eu falei ou a mudança né Essas per e essa mudança de comportamento de
ideais porque elas têm unicamente são influenciadas pelo meio ambiente como eu falei é só uma característica do romance do naturalismo então elas vão aos poucos adquirindo novos hábitos adquirindo novos comportamentos então Jerônimo era um homem muito nostálgico A terra já Portugal sentirá saudades tinha levado assim uma vidinha bem simples com a sua mulher mas muito relacionada aos hábitos que eles trazem de lá até a própria alimentação e depois que eles ele principalmente né conhece a Rita Baiana que observa aquelas pessoas ali aos domingos e celebrando o bebendo uma cachaça tocando um samba Vai adquirindo novos
hábitos e acaba largando a piedade para ficar com a Rita Baiana assim a piedade também sofre as suas alterações ele de comportamento eu tô citando essas duas personagens que é um belo exemplo E como que o Aloísio Azevedo trabalho então essa essa esse fazer né é literária ali naturalista também a gente vê por exemplo a pombinha e a Leoni e são personagens que eu vou desmarcar aqui também porque o Aluísio Azevedo além de tudo que eu já disse ele também foi um dos primeiros escritores e escritores brasileiros a abordar a homossexualidade no romance as ladeiras
ficam na rotina com focando e contando seus dias ele mostra um pouco ali da realidade na pedreira né das condições de trabalho completamente tem segurança né aquelas pessoas ele descreve um acidente muito grave na pedreira e assim fatal também triste esse momento enfim hoje eu arrumar um então ele vai ganhando muito dinheiro né as custas inclusive e muito da bertoleza pelo trabalho incansável incessante da bertoleza Mas enfim até o momento em que ele está já transformado também pela convivência e como Miranda pela pela pela ambientes que ele começa a frequentar ele passa a ficar mais
o idoso a troca suas vestimentas e também começa a fazer reformas no Cortiço E aí O Cortiço começa uma espécie de vômito ele começa a expulsar aquelas pessoas que não dão conta de permanecerem ali de pagarem mais neta ela suas moradias e que enfim é um modo do Luiz Azevedo dessa maneira defender aquela lei que a lei do mais forte prevalece como que a a sociedade a cidade porque Claro curte isso é um livro que vai abordar as mudanças urbanas e a modernização né da cidade do Rio de Janeiro Então como que esse processo de
urbanização também causa e também expulsa as pessoas mais fracas mais vulneráveis e mais pobres é daqueles ambientes né que elas acabam tendo que sair do Cortiço João Romão e ir para um o e é todo catenga aí que não tem as condições que era como um Cortiço era a princípio né então é bem interessante gente é isso a resenha Eu tratei aí um pouquinho sobre algumas características que são importantes da gente saber em relação à ao Romance ao contexto histórico e do autor basicamente um livro que vai retratar uma sociedade da época criticar algumas culturas
né e políticas EA modernização a urbanização apontando uma algumas populações nas ficam abandonadas é tem a questão da homossexualidade que eu acho interessante eu achei interessante trazer para vocês eu acho que a gente pode contemporâneas a nessas reflexões e observar a sociedade a cidade como ela ainda causa isso né como os cortiços do Século 21 estão presentes em nossa sociedade como essas personagens né é tão características assim e ainda podem ser encontradas tantos anos depois da publicação de O Cortiço Então é isso gente espero que vocês tenham gostado se você curtiu esse vídeo por favor
deixe seu joinha ali que me ajuda a divulgar o canal a chegar a outras pessoas compartilhe com amigos amigas alguém que você acha que precisa os desejos saber mais sobre este livro e também a literatura brasileira que é uma literatura que eu sou completamente apaixonada vejo vocês no próximo vídeo Um beijo grande e até [Música]
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