Fernanda Torres - 16/02/1998

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Roda Viva
Fernanda Torres fala sobre sua carreira no teatro, tv e cinema
Video Transcript:
[Música] Boa noite ela é o melhor retrato do bom momento pelo qual passa o cinema brasileiro no centro do Roda Viva a atriz Fernanda Torres adorei bem para entrevistar a atriz Fernanda Torres nós convidamos essa noite o jornalista João Gabriel de Lima editor de cultura da revista Veja o Jornalista Sérgio Rover repórter especial do Jornal da Tarde a jornalista Cristina padiglione colunista da Folha de São Paulo o jornalista Leon cacof diretor da amra internacional de cinema aqui de São Paulo cineasta Beto brante diretor dos filmes Os Matadores e ação entre amigos e o cineasta Ivan
isola coordenador do Programa de Integração cinema e TV do projeto Nova Veracruz ambos da cultura de São Paulo eu lembro a você que o rodaviva é transmitido em rede nacional para todos os estados brasileiros e também para Brasília se você quiser enviar a sua pergunta aqui pra Fernandinha Torres o nosso telefone é 011 252 6525 011 252 6525 o fax 011 3874 3454 3874 3454 e o nosso endereço na internet é rodaviva @tv cultura.com PBR rodaviva @tv cultura.com.br Boa noite Fernandinho Tudo bom tudo bem Fernanda o o filme bom indicado pelo Oscar nós vimos aí
também que no Jornal da Cultura havia houve uma entrevista com o Bruno Barreto e ele passou no Brasil por um por uma série de discussões e discussões sobre se ele estava bem representava bem o momento político não representava essa coisa toda eu não quero voltar especificamente a essa discussão mas gostaria de saber o que que você como é que você vê hoje essas discussões passada a repercussão das discussões passado aquele momento é meio longo assim e essa história começa antes do filme ser feito quando eu cheguei e fui convidada primeiro ímpeto que eu tive é
quero conhecer as pessoas quero saber como foi eu senti que havia um problema quanto aquilo que eu não entendia bem qual era aí eu fui encontrei o mink que era um cara que não tinha participado que topou falar comigo aí eu conversei com ele sobre as minhas dúvidas porque eu fazia o personagem mais Sargento assim no filme e tal se era assim se não era dalii um mês tinha uma nota no jornal dizendo que uma atriz tinha jantado com mim que tinha dito que o filme Era para americano ver e que era uma droga que
me botou eu me senti traída como companheira assim ele eu fui fazer perguntas profissionais que tava trabalhando ali com ele e de repente eu vi que tinha uma Rede de Intrigas anteriores assim que eu deviam ter começado quando eu tinha 3 anos de idade e que vinham desde um problema com o livro do Gabeira eu acho de não se sentirem retratados e também não é um grupo eu acho que é cada um isoladamente assim que meio foi uma revolução que não entrou pra história não é oficial então cada um eu acho que tem uma história
a ser contada que gostaria de ser contada junto com isso vem o problema de como os produtores resolveram esse problema porque eu sou a favor de se filmar essa história menos do que de não se filmar ela que não se consegue chegar a uma conclusão de qual é a realidade Eles escolheram o seguinte quem está morto eles mantiveram os nomes quem não está morto eles fizeram deada personagem uma melange de diversos que feram parte desse Quad hisco o que eu ai uma solução bastante interessante aí veio o problema do Jonas depois que estreou o filme
que foi retratado como segundo assim essa ala que tinha problemas desde o Bruno não ser um cara politizado até ser um cara considerado né seria de direita Será que o Bruno seria de direita entendeu eh teve a questão do nome do Jonas e eu vi em várias entrevistas pessoas dizendo que o Jonas era o vilão da história e isso eu acho uma deturpação porque ele não é o vilão da história ele é o personagem que chega lá e que dá Aquele bando de revolucionários da burguesia uma ideia do que é uma revolução real onde uma
hora você tem que matar alguém se ele é feito com carga assim eu concordo o filme tem ã tintas e cores assim talvez não se devesse ter usado então o nome Jonas mas eu acho que o filme não é o centro desse problema eu acho que esse problema está numa revolução clandestina ainda hoje eu acho que esses Liv eu dei revolução da Nicarágua no meu colégio mas eu não dei isso que eu fui estudar depois quando eu fui fazer o filme então acho que o que existe é um enorme não reconhecimento dessas pessoas socialmente do
que elas foram e do que elas são e acho que o filme ganhou a rebarba disso por todas essas histórias pelo Bruno não ser uma pessoa ligada a nenhum partido político pelo Gabeira ter tido uma outra opção e ter escrito um livro que as pessoas consideram tem tanta mágoa cara é uma coisa então eu respeito sim mas teve uma hora que eu me vi acusar de reacionária e eu não sou reacionária eu não fiz um eu não mas assim e aquele filme não é um filme reacionário entendeu e eu acho que aí isso é um
isso é jogar sujo entendeu no final assim eu acho que é melhor que essa história tenha sido contada e acho que o filme respeita muito aquelas pessoas no fim das contas isso eu acho que é mentira não é um filme desrespeitoso a eles e foi chocante para mim porque na minha cabeça eles eram eu era da mesma turma do que eles entendeu E e a minha revolução eu não peguei em armas mas eu peguei em câmera de cinema foi manter um cinema independente no Brasil foi fazer até aquele filme entendeu e de repente quando eu
vi aquele era um filme de direita para eles entendeu e eu fiquei muito chocada assim surpresa e achei interessante agora você se preocupou em defender o filme depois Fernando ou você achou que não foi necessário quer dizer pessoalmente como você se sentiu assim não eu só defendi a coisa lá do mim eu fui violenta Eu liguei para ele e falei isso aí isso não se faz isso é uma loucura eu posso perder o meu emprego entendeu você não tá entendendo o que você tá fazendo você não pode ligar para um jornal Eu também entendi uma
coisa incrível assim que todo mundo que fez a Guerrilha de certa maneira estava nos jornais isso eu não sabia eu achei isso incrível começou com ess do mink que eu soube que agora eu tenho carinho para essas pessoas entendeu não tenho nenhum desrespeito entendo a história Agora eu vou defender a minha revolução com arma assim entendeu botar público no cinema assim tornar o cinema um lugar que conte a história do Brasil eu vou fazer força felizmente o filme o filme é para americano ver porque ele tá concorrendo ao Oscar também né mas eu acho que
é um filme que tem muito de uma linguagem que o americano essa coisa do americano no filme Eu acho que essa visão que o Bruno tem hoje vivendo lá tem um lado dos Estados Unidos que é uma conquista da humanidade a civilização Americana tem um lado dela que eu me sinto um ser humano lá eu vi agora o Clinton falando na televisão Teve uma hora que ele foi falando nenhuma criança deixará de ter acesso a museus à música a cultura eu falei nossa que orgulho do meu país eu falei ih pera aí não é o
meu país assim mas eu me senti Eu entendi eu tive orgulho como humanidade assim de que isso fosse importante então eu acho que o Bruno reconhece essas coisas no americano Eu acho que isso tá ali na hora que ele faz do americano aquela figura eh do do do civil né é o único civil real ali e o Alan arin é um ator especial ele é fora do do Star System ele é um underground na cultura dele ele se relacionou conosco os os índios todos dessa terra daquela maneira então ele contribuiu ainda pro personagem do americano
ter isso mas eu assim eu quis muito que a o o a trupe do filme fosse uma trupe na na vida real uhum isso achei com Bruno que a gente devia fazer assim Fernanda eh você acaba eu quero voltar um pouco no assunto dos personagens do Jonas e do Toledo que você admite aqui que eh talvez não devesse usar o nome de Jonas nem com talvez do Toledo também não que são pessoas Isso é uma opinião minha né são cod nome não mas assim é uma opinião sua eu acho que de maneira alguma o o
os produtor e diretor do filme assumiu esse tipo de responsabilidade que eu acho que podia ser Noble podia ser muito bacana esse tipo de responsabilidade porque afetou de alguma maneira familiar né porque segundo a perspectiva dessas pessoas ligadas ele ele tinha uma atitude ele tinha uma posição de liderança um mas ele tem no filme uma posição de liderança mas el para eles Eles se sentiram ofendidos independente acho eu entendi assim agora deixa eu completar só a pergunta do do você acha que eles não assumiram esse tipo responsabilidade assim deveríamos talvez ter trocado talvez tivéssemos errado
e eles foram muito rigorosos em dizer que o Jonas não tinha nada a ver com o personagem que o filme Era um filme de ficção você acha que eh talvez por uma estratégia de marketing deles de lançamento do filme quer dizer não seria bom capitular não seria bom ter tomar essa atitude quer dizer manter a firme a posição deles né Eh ou sei lá por falta até de de de humildade em relação a isso acho que foi não eu acho que foi eu a maneira de eu ver acho que uma coisa mais simples do que
isso assim queria se contar aquela história então o Gabeira tinha dado a licença de usar o nome dele e Tinham dois personagens que estavam Mortos se fez Talvez esse erro assim de se botar os caras entendeu o Toledo por exemplo ele é ridicularizado vindo a internacional comunista parte co quer dizer e ele também era um grand toleto não é ridicularizado no filme eu eu eu sinto al Pois é mas aí entra na zona da arte e da ação eu não acho que o Toledo é ridicularizado no filme pelo contrário acho que o Nelson Dantas faz
ele com uma medida e uma ironia diante daquelas pessoas eu acho que você tá enganado acho que isso é uma impressão sua lembra ele até lembra o Joaquim Câmara Ferreira ele faz com uma humanidade o papel Mas o Jonas é um um ele assume um papel de vilão no filme tem uma coisa assim uma vilania nele pi mais do torturador você olha aqu cois fica Ass essa interessa Eu acho que o Barretão quis agredir ningém nem o Bruno nem o Leopoldo entendeu eu sinceramente acho que não e acho que você tocou nesse caso aqui Foi
incrível porque eu acho que isso é uma opinião sua entendeu eu não compartilho por exemplo com essa opinião sobre o Nelson ali sobre o o Toledo eu não acho que a gente foi desrespeitoso sinceramente entendeu não fiz um filme PR ridicularizar um bando de gente tenha sido a a in a intencionalidade mas eu acho que se gerar um debate e e e poder acho que tem várias pessoas no elenco que Talvez tenham mas eu acho que a culpa não é do filme A Culpa É de uma revolução que não foi justa mas eu não tô
para nenhum lado mas é que é você tá querendo a especulação ficcional eu eu admito acho que você tá alterando biografias eu acho que por exemplo se no teu caso escrevesse a história do cinema eh Nacional por exemplo né escrevessem a história e apontassem lá que você num determinado momento fez um filme eu sei que vou te amar e e para que você conseguisse aquele papel você tratou mal o Thales foi fascina com Thales ou ou negociou o teu papel com jaboa entendeu Você tá alterando a biog a tua biografia você não se sentiria desrespeitada
sim mas p f Mas quem se sentiu desrespeitado foi a justiça levantou foi a aos jornais entendeu Você não pode exigir que as coisas não sejam feitas para que não não desrespeitar ninguém e uma hora esse filme virou isso que pergunta aqui endeu que uma hora esse filme virou um limite disso bom ou não se conta a história ou se conta uma história eu acho que se devem contar várias histórias sobre esse assunto entendeu mas eu não acho que esse filme foi feito para sacanear ninguém eu acho que esse filme foi feito para Reconstruir com
uma visão do Bruno ali do Leopoldo essa história entendeu o Bruno saindo um pouco dessa discussão respeito da história do filme O Bruno ele é considerado como ele mesmo admite um diretor um pouco difícil de trabalhar ele teve muitos problemas no cinema americano com com atores como Denis rer com o próprio Alan arkin nesse filme agora eu queria saber de você como é que foi trabalhar com Bruno quer dizer como é que foi o clima Bruno com ator ele é maravilhoso assim pelo contrário o Alan na verdade não teve problema nenhum e o Denis cara
deve ser fogo ficar em frente ao Denis rer Nossa Senhora deve ser um negócio apavorante e com os atores O Bruno é pelo contrário muito generoso Ele abriu todo o filme pra gente improvisar Ele criou aquilo ali com a gente e não Às vezes o contrário Às vezes o Bruno tem tamanha carinho assim pela questão do ator e no cinema tantas coisas atrapalham o ator que que não é que atrapalha mas é o cinema né tem o carrinho tem o foco nunca que o Bruno às vezes ele fica maluco com essa engrenagem que vai fazer
ele perder mas com o ator ele é amente Generoso pel pelo fato até de ser um tema mais ou menos polêmico esse do que é Isso Companheiro quer dizer os atores eles não discutiam não davam palpites a respeit sim o tempo todo e como é que era o como é que era o clima era o seguinte você não cria num roteiro behavior comportamento você não escreve no seu roteiro você só escreve os diálogos e as intenções Então o que a gente fez com o Bruno e esse é um trabalho que eu acredito que veio de
teatro que eu fundamentei ele com a Daniela e o Walter no cinema quando a gente fez o teste estrangeira que é você ensaiar para criar behavior então o que que a gente fez a gente tinha o apartamento lá onde a gente Sera e eu fiz isso com terestra estrangeira e fiz isso com minuir e acredito que é assim que se trabalha e a gente ficava ali dentro dizendo quem come quem não come quem dorme muito quem não dorme quem tem quem fica vendo televisão quem não fica e nisso é que você vai criando um filme
entendeu e o Bruno fez isso maravilhosamente com a gente e Tod temo por exemplo o Marcão uma hora chora isso a gente tá falando bom estão vendo lá os amigos serem libertados quem faz o que quem faz o que uma hora a gente falou pô vamos botar o fortão chorando né cara então esse tipo de graça assim esse elenco vinha todo de teatro na sua maioria sabia como trabalhar entendeu Iva eh fando pera aí eu tenho que virar o virar eh o seguinte eu fiquei acompanhando aqui o o seu debate com Humberto quase saímos e
eu e eu concordo plenamente com você é óbvio cada cada cada cada questão histórica pode ter n pontos de vista e o que é importante é que se façam n filmes sobre os mesmos assuntos etc mas eu fiquei entrigado e pelo seguinte eu acompanhei essa história mais ou menos de perto minha geração viveu esses eventos muito de perto eh a sua não eh mas com qual qual a opinião política que você formou sobre aqueles eventos do do sequestro quem era o mocinho quem era o bandido Qual é o ponto o seu ponto de vista pessoal
sobre o não sobre o filme pass foi uma coisa engraçada esse período assim porque os anos 60 para minha geração assim ele é uma espécie de Mito porque quando eu nasci eles estavam acabando assim já tava no meio e sempre me falaram que foram os melhores anos no mundo que nada jamais se comparará aos anos 60 e isso assim muito da minha Li com di tinha a ver com a coisa Fascínio lá dos anos 60 né que ele era meio Elo Perdido e quando eu tava fazendo o filme eu comecei a estudar aquilo e ver
o que que é aquela questão de você se ligar a uma doutrina a uma causa Você Dar sua vida a uma causa as leis com aquilo ali e junto eu tava me separando do geral que também era uma espécie de doutrina a causa do teatro se Ali há um grupo você e aí eu achei que assim no cmpo geral o mais terrível embora os anos 60 tenham sido tão Libertadores de comportamento e tudo mas eu acho que eles eram regidos à doutrina eu tenho esta impressão que embora a liberdade fosse enorme Eu sinto que as
pessoas todas estavam engajadas ou em Serem livres ou em Serem engajadas ou em Serem mulher ou em Serem e e eu fiquei muito feliz quando eu acabei o filme e acabei lá a minha vida com di porque eu me senti uma mulher de hoje assim eu achei que a gente ia ganho muito em 30 anos porque eu acho que hoje é um país um país e uma época e uma era com menos todo mundo fala menos ideais as pessoas são mais egoístas mais egocêntricas mas eu acho que se vive com menos doutrina hoje eu acho
que eu eu acho que se ganhou nisso e eu também curei em mim essa falta dos anos 60 Como assim um problema de Educação do Gero é o teatro dos anos 60 né Não ele não mas ele tem muito do mito assim militância não é na militância não mas tem muito do do died assim ele traz muito a coisa e era uma coisa que me faltava na minha educação entendeu E foi engraçado acabar o filme junto Foi um pacote todo assim e eu vi que no fundo lidava com a mesma coisa o engajamento às vezes
que o teatro pede não nem só o Ger qualquer diretor pede que você tem teatro é uma herança ali de do Living theater sabe dos grupos de teatro que é uma coisa dos anos 60 o próprio Jonas o Mateus nas tergal eu falei pro Bruno a gente precisa de um ator chí de teatro de São Paulo se n ninguém vai acreditar nesse grupo cara aí eu falei vai ver o Jó Então até essa questão toda com o Jonas eu tenho D porque é o seguinte o Mateus nas tergal é o melhor ator um dos melhores
atores que nós temos e ele assim para mim ele fazer já é já se respeita ali engraçada eu vejo diferente até por causa do próprio Mateus entende o fato de a gente não conhecer ele até né Nós público público brasileiro não conhecer ele não identificar não ter uma referência de outro tipo de personagem é muito bom é Talvez ele não ele é um ator mesmo depois de conhecer o Mateus ele será impressionante entendeu e o Mateus dizia tem que trazer esse cara porque ele tem essa loucura dos anos 60 que vai ter a ver com
o filme eu queria sair um pouco desse do filme do do Barreto ah valeu falar um pouco de você Ô amor eu acho que a gente tá aqui um pouco para isso também não para falar ficar falando do filme do Barreto eu tive a oportunidade de assistir uns dois meses atrás as filmagens de contagem regressiva lá no Rio fiquei muito impressionado com o teu trabalho você ficou muito mas você só me salvou do peitinho porque nos intervalos era aquela coisa que a gente ria contava piada você né contava as tuas piadas algumas bem picantes mas
na hora de filmar você virava uma outra pessoa e começava a chorar porque o papel pedia que você chorasse aí interrompia você contava piada de novo voltava afal você retomava o momento de choro e aquilo me deixou muito impressionado e você faz um dos principais personagens desse filme eu queria que você falasse um pouco dessa tua carga emocional do que te leva isso do qual é isso é maior barato de ator eu não tinha ela a vida foi me dando ela esse negócio da memória emotiva ela realmente existe não é memória emotiva não é a
vida conhecimento de causa então por exemplo quando eu tava fazendo Terra estrangeira em Portugal aquilo era muito emocionante para mim porque aquilo ali eu tinha estado em Portugal fazendo O Judeu um outro o Felipe Pinheiro meu amigo que eu conheci em Portugal tinha morrido e eu tava voltando a Portugal tudo aquilo im manava assim é muito esquisito você aprende em cinema você aprende a ser um fogão você esquenta e desliga a coisa mais difícil que você tem aprender cinema é a hora de esquentar e a hora de esfriar porque se você passar o dia inteiro
assim na hora de filmar você não sai não não sai você não tem então você tem que aprender eu lembro eu filmando Terra estrangeira eu parada pensando que eu ia morrer eu ia morrer aí entra assistente filmagem euo assim no meu ouvido Fernanda vai querer carne ou peixe então ou você tem uma crise de ou você diz assim feixe então a coisa mais difícil que o cinema me ensinou depois eu li um livro do Marlon Brando que ele fala isso que o primeiro papel que ele fez ele entrou passou o dia ouvindo ópera deprimido numa
sala porque ele tinha que fazer o paraplégico lá ele saiu ele tinha deixado tudo no quarto não tinha sobrado nada mas eu não sei eu acho que a vida ajuda muito é mas e os teus pais ajudam também os meus pais Ai acho que não viu quer dizer eu acho que não os meus pais fizeram a loucura Suprema de me dar esse nome né Outro dia eu tava conversando com a BL Isso é uma doença eu tava conversando com a de block ela disz assim Nanda nasceu meu filho eu tô Aim de botar um nome
que seja um nome bonito mas que não marque ele pro futuro porque eu acho importante que a criança escolha por ela eu fui dizendo é realmente isso é muito importante falei bom de eu não sou uma boa pessoa para dizer isso porque os meus pais realmente agora o Carlos Alberto Couto aqui de São Paulo ele ele faz uma pergunta bom mas o que que seus pais te ajudaram ou que que você aprendeu com eles na sua carreira Ah olha a minha mãe agora eu virei sócia da minha mãe né então ex eu acho que nós
somos a doença mais bem resolvida do planeta porque três pessoas chamadas Fernando que fazem a mesma profissão não pode dar certo isso é uma coisa que muito ano de análise só uma coisa para as pessoas se matarem Mas acontece que nós trabalhamos bem juntos e pior eu estou virando sócia da minha mãe então atualmente a minha mãe está me ensinando por exemplo a troca atual Ela está me ensinando a produzir e eu tô ensinando é tá ocorrendo uma troca incrível porque a mamãe não tá conseguindo mais produzir porque a maneira de produzir teatro A moda
antiga tá ficando impossível você ter empregados você tem que ter sociedade hoje em dia eu vim dos do da experiência do cinco vezes comédia onde foi a sociedade mais bem-sucedida e mais e estamos misturando essas duas então eu e mamãe Estamos fazendo a primeira empresa de grupo capitalista do teatro sim capitalis sentido de bem um grupão bem montado então a troca é benéfica para ambas entendeu atualmente não é mais o que eles me ensinam o que eu ensino a eles assim eu vou botar a mamãe na era do computador por exemplo cheguei essa não e
ela inclusive tá acontecendo fenômeno ela tá trabalhando com pessoas que na verdade são pessoas que você começou a trabalhar tá vendo até o press mãe hoje dia para mim o Gerald o Valtinho etc ela é da família eles são todos parentes a minha mãe assim para mim ela é como o luí Fernando Guimarães o Diogo Vilela Débora Bloc a minha mãe ela é Ela é da Galera Entendeu agora nem sempre foi Assim Fernanda não a partir do Flash foi assim depois que a gente fez o flash que uma comeu a outra uma dava porrada na
outra a gente virou companheira de de cuchia eu sou muito grata realmente hoje em dia eu tenho eu acho até meio estranho porque eu realmente eu sou muito parceira da minha mãe e do meu pai assim e aí os três eu vou paraa Nova York lançar o filme do Bruno aí tá o filme do meu pai aí eu abro o timeout e tem uma crítica de sundance com a mamãe e eu do lado Ô fanda desculpa a pergunta meio esquisita mas Fala Beto você hoje é o azedo aqui sentindo ele ele é você estavam eh
juntos naquela época né No Flash Você não acha que no fundo porque eu vi uma entrevista dele uma vez que ele e que as pessoas levam demais a sério as coisas que ele faz que na verdade ele se diverte ele tira um grande barato né A Viagem estética dele no texto mesmo na dramaturgia dele ele ele ele se diverte muito fazer e se não acho que alguma coisa eh meio perversa dele de ver a a a mulher dele com a sogra ali em cena ah totalmente né eu vejo ele totalmente meio patol né uma coisa
nesse momento né Hã é só isso queria saber se Qual tua interpretação disso do que Beto que ele tinha mesmo alguma coisa meio perversa olhando que que você acha Bet eu acho que tinha então tá Beto Fernanda você falou da tua mãe que nessa hora ela tá em Berlim né participando de um filme que os jorn dizem que tem grande chance de voltar premiado de lá que é o Central do Brasil quer dizer o que companheiro tá concorrendo ao Óscar o quatrilho concorreu ao Óscar há do anos o cinema brasileiro ele tá passando por um
momento muito especial né quer dizer de projeção no exterior de público interno né quer dizer bons filmes o público retornando né prestigiando o cinema brasileiro e os diretores ainda dizem que se fazer cinema no Brasil ainda é uma atividade muito difícil na sua opinião quer dizer você acha que isso pode mudar ou o que é que tá faltando para que para que se fazer cinema no Brasil seja uma atividade um pouco Maisa Brasil não é uma indústria assim em poucos lugares do mundo é né o cinema no Brasil é subvencionado e é importante isso porque
esse esse dinheiro aí que foi investido no próprio país investiu nele mesmo em forma de imposto liberando ISO pra cultura então cada vez que vem um oscar um prêmio um filme bom é um retorno é um investimento do país nele mesmo é isso que está acontecendo Eu acho que o Brasil é um país que gosta de se ouvir gosta de se ver e eu acho que houve uma tragédia na indústria de imagem no Brasil que foi uma divisão quase de esquerda e de direita eu acho que a direita foi pra TV e as pessoas que
não não tinham eh problema em se engajar e tal e a dita esquerda foi para o cinema e tentou montar uma indústria de contracultura que acabou dando embrafilme É uma história loquer muito linda assim essa tentativa se fazer uma indústria que vinha do cinema novo mas hoje isso tudo deu numa divisão onde a televisão foi para um lado e o cinema foi pro outro a televisão vingou como indústria capitalista e eu acho que o Brasil ama se ver tá aí o sucesso das novelas tá aí o sucesso das TVs e o e o cinema faliu
eu sentir como indústria Então esse é o problema atualmente a gente conseguir juntar as duas coisas porque eu acredito que um país sem cinema é um país subdesenvolvido Uhum eu achava que o Irã Era um país atrasado aí eu sentei e vi salve o cinema eu passei a achar que o Irã tem cabeças pensantes que o Irã é um país hoje em dia um país que não tem cinema é um país desenvolvido eu acho que não ter cinema não condiz com o Brasil eh e eu acho que vai ver da abertura das TVs a cabo
do interesse das grandes coisas em fazer cinema eu não sei se eu tô errada nessa avaliação quer você acredita que vai haver um um trabalho conjunto vai haver houve o distanciamento Você acredita que vai acabou eu acho que eu queria dizer uma coisa não é que vai haver está havendo n a TV Cultura nesse momento está co produzindo 35 filmes Tá certo 35 filmes de longam metragem entre os quais o filme do o próximo filme do babenco o filme do jorg o filme do Guilherme de Almeida Prado nós estamos a TV Cultura tem um projeto
recuperação da Veracruz para que lá existam um existam Laboratórios infraestrutura que sustente uma escala de produção desse tipo agora eu queria saber de você o seguinte como é que você vê esse futuro do cinema brasileiro como é que você sonha esse futuro do cinema brasile meu sonho seria que o cinema brasileiro virasse o cinema chinês porque eu acho que o cinema chinês produz grandes filmes sobre a cultura deles filmes fenomenais e e uma atriz como a gong não precisa ir para est ninguém fica perguntando para ela quando é que ela vai resolver o problema da
carreira internacional dela ela ela vai tem a carreira Internacional na China falando você resolveu isso também com prêmio em canes né ninguém cobrou de você não Mas isso não é resolv eu não tô falando de prêmio prêmio é uma coisa tô falando de mercado hoje o c mas reconhecimento também né É mas é diferente assim não porque isso sem você ter o teu país produzindo cinema atrás do do outro você sozinho não é ninguém a GLI é a GLI primeiro porque ela é linda ela é boa para mas também porque ela tem atrás dela um
país inteiro explicando a cultura dela produzindo a cultura dela então toda vez que me perguntam desde Cane me perguntam e a carreira internacional Eu fico tentando explicar que a carreira internacional começa aqui coisa mais incrível daa história do Oscar é que o Bruno morou 7 anos lá mas ele fez um filme aqui para ir parar no Oscar porque ele é interessante aqui eu acho que é dessa ponte o sonho com o Brasil parar de ser um país isolado do mundo é o Valtinho também fez um filme americano quer dizer que foi um fracasso agora agora
um filme totalmente humanista e que aí hoje tá no jornal que o crítico inglês realmente Alguém leu o crítico inglês que falou que esse filme foi feito para o Oscar Eu pensei assim quem é que vai pro Crato dormir num hotel de caminhoneiro Este filme Eu estou fazendo para o Oscar agora Fernanda é desculpe João passou e você falou da importância do Óscar pro cinema etc e tal para você Fernanda Nanda quando você eh pensa nisso o que que é isso o que você tinha alguma eh ilusão com relação a isso quer dizer você como
pessoa esquece a indústria do cinema esquece que você é atriz que você você fez a sua carreira ralou para fazer essa carreira fez milhões de coisas etc e tal que satisfação íntima te dar isso que porque Ah é enorme vou dizer por quando eu ganhei Cane primeiro lá na Tijuca o meu tio Paulo virou para mim eu acho que ele não sabia nem direito onde era can ele falou para mim quero te ver um dia no Oscar e eu olhei para ele eu falei nossa o tio Paulo não tem ideia da relação que é e
da sorte que ia chegar até aqui o Oscar não vai rolar nunca aí você Rema Quais são as satisfações que me dão logo antes de ir para Nova York para ver o lançamento lá do do coiso eu tava no Brasil remanejando a gaivota que também a gente conseguiu levantar um projeto acho que maravilhoso para teatro Mas que as datas de teatro que tinham eram na Copa do Mundo Eu tava com essa e assim esse ano eu fiz filme para burro mas eu não ganhei dinheiro esse ano assim eu vivido cinco vezes comédia e eu tava
falando ser Será que a g vota na Copa a quem interessa a quem a minha vida interessa a quem os Meus interesses interessam de vez em quando o Brasil você tem essas crises assim porque você fala pô que vale é embora eu acho ela maravilhosa mas é a Carla Perez é o Ronaldinho eu sou demodê perto disso eu sou uma burguesa perdida aqui indo fazer chekov entendeu coisa mais burguesa e perdida fui para Nova York e de repente aquela cidade que eu passei sei lá 10 anos eu vou e aquele cinema que eu comprava o
ingresso para ver sempre filme americano estrangeiro uma hora tá passando o seu filme cara aí você abre o New York Times você foi se ver num cinema americano sabe que eu não entrei eu não entrei mas Fi reconhecida na rúsia foi muito emocionante foi brega e emocionante ass foi Nova York isso aí saindo com babenco eu falei pro babenco que eu tinha pago a mulher do Sony theater de sai uma mulher e fala assim are you comrade Maria você foi reconhecido É É aí eu falei babenco eu paguei essa mulher e o babenco ficou todo
ficamos todos aí chegou a gente tava com a Juliana filha do Jabor aí eu cheguei e ligou o Jabor porque é um emotivo comrade Maria Assim era aquela festa de brasileiros ali naquele esquina sabe isso é emocionante entendeu o emocionante é quando tem quando o Bruno te chama para fazer outro filme Quando o Valtinho te chama para fazer outro e quando você sobrevive fazendo coisas que você gosta Aí eu fui para Nova Iorque lá de novo eu tive um alívio Olha aí gente o mundo consume cultura cultura existe o cinema Tem espaço voltei para cá
minha peça tirei da Copa do Mundo resolvi esse problema e de repente vem o Oscar que para mim uma atriz como eu eu corro o risco eu sempre brinco de virar Denise stl sem ter o estofo da Denise stockl para ser de chita entendeu Mas eu vivo numa fina linha entre Cult e Popular entendeu e eu tenho muito medo de perder o popular ou ou você tem medo de não sa causa algum drama de consciência perder o popular o que que não na consciência não é pânico mesmo de você não conseguir viver assim do cinema
virar uma coisa Cult pequena do teatro virar uma coisa Cult pequena da tua participação de TV virar uma coisa quando vem um oscar é foi importante para minha sindicação agora foi muito legal porque eu passei andar na rua e o cara do botiquin que há um tempo atrás perguntaria Tá sumida Hoje ele levanta o copo e fala e Fernando o Oscar então tão é o que é o que retoma minha me põe popularmente no é o meu Ronaldinho no meu momento Ronaldinho para eu poder ter F tamb fora de novela Fernando agora eu queria te
perguntar uma coisa É mas isso é fundamental isso faz muita diferença o você você falou que você não se preocupa com carreira internacional agora vamos supor que esse filme ganha o Oscar é uma que é uma probabilidade não tão remota né ah você vai virar atriz brasileira com maior visibilidade internacional provavelmente e não é verdade é porque você já tem o o o Terra estrangeira que tem vou dizer como é que isso funciona É assim por exemplo acabei de ter um arrumei um agente lá em Nova iork é o seguinte peguei o meu materialzinho dele
um cara viu o filme e falou have an Agent eu falei não então amanhã eu vou te apresentar um cara legal que não é de uma grande Firma Tá abrindo uma pequena deixei a minha coisa lá com ele aí eu tem um na Inglaterra por exemplo desde que eu fiz o filme com Hopkins mas nunca rolou nada pode ser que um dia role você entendeu mas a carreira internacional é você mudar para Los Angeles eu brinquei com ele eu falei tudo bem então eu perco sotaque aumento o peito me pinto o cabelo de louro e
põe os olhos azuis e vou para aí qu entendeu existe já uma cobrança H algum tempo é de de seguir destino de Sonia BR mas a Sônia é totalmente diferente a Sônia fez um filme que deu 12 milhões de espectadores chamado Dona Flor eu não fiz nenhum filme que deu 12 milhões de espectadores Mas pode dar ainda alguma coisa po bom mas você não acha que essa perspectiva de carreira internacional era para atores numa época em que também não existiam os filmes nacionais você tá fazendo bons filmes nacionais um atrás do outro não acho que
para ambos o que eu acho é que eu posso trabalhar lá como aqui eu acho que se um dia me chamarem pro um filme lá e pode acontecer e hoje o meu inglês caminhou para isso eu caminhei na minha vida para estar preparada para isso porque a primeira vez que eu fui da câ eu não conseguia falar babá com as pessoas eu me eduquei para aprender o inglês para entender o que que é lá fora se vierem eu estarei preparada mas eu não estaria esperando eles virem entendeu a coisa que eu mais quero atualmente é
entrar numa sala com Mateus nas tergal minha mãe o abujanra o Celso frates e resolver a gaivota porque que dentro dela tem todos os mitos da minha vida outro dia eu vi uma coisa linda um documentário sobre Montgomery clift isso é a coisa mais legal de ator foi vendo os filmes dele e a filmografia dele era história da vida dele teve uma hora que estava ele no colo da Marily monel e os dois estavam falando da sua autobiografia o final do Companheiro eu naquela cadeira de roda andando em direção Lu Fernando no dia seguinte eu
tava mal para burra tinha acabado de me separar eu ia para África com o Lu Fernando eu entrei naquela cadeira naquele lugar eu falei assim Isto é uma metáfora da minha vida esses momentos Esta é uma metáfora da minha vida é que é que fazem tua história entendeu mas esse tipo de associação você pode também fazer com script americano ou sei lá o Europe lógico isso que eu tô falando então eu não tô esperando que eles venham eu estou fazendo script na minha vida entendeu se eles me convidarem eu vou adorar gente eu queria fazer
o Titanic Agora me diz me diz um negócio F você falando disso de de de experiência e tal você acha você fez que sei que vou te amar com quantos anos você tinha 19 fiz no no sete 19 Você não acha que que aquele tipo de de texto você eh não faria hoje com o tipo de experiência com a maturidade tua amorosa sei lá quer dizer co não teria um outro tipo de interpretação talvez dúvida mas aquele filme ele me escolheu porque eu tinha feito Inocência Tá vendo como a uma a sua vida história da
é autobiografia o tempo todo e ele queria fazer indecência por isso que ele me escolheu entendeu então não era porque eu tinha maturidade pra frente é porque eu tinha feito um filme chamado Inocência essas queria você vulnerável mais do que ele queria pegar a inocência e botar Inocência falando loucuras E aí foi o que ele fez um filme é história do outro isso que é bonito uma coisa bonita da mamãe tem efeito Central do Brasil o Walter já teve para fazer Zuzu Angel teve para fazer um filme da pianista do milor Fernandes mas ele fez
a minha mãe e ele gravou ela para sempre fazendo a tia aa que é irmã da minha mãe que é o berço da minha mãe é São Cristóvão eu tinha muito medo que as pessoas nunca vissem a minha mãe daquele jeito porque é algo muito íntimo dela e o Walter filmou ela aquilo ali explica muito do que ela entendeu isso essas horas fil dotinho esse Berlim agora aham e do que é esse companheiro ai são muito diferentes Eu acho que o filme Os Eu acho que o Central eu acho que é um filme muito pessoal
do Walter muito é sobre orfandade dele é é um filme que ele é o último filme Franciscano do Walter o Walter desde o grande arte eu sinto que ele fez um voto de pobreza de que ele ia de que um filme não se fazia por causa dos 5 milhões de dólares ele aprendeu com a Daniela eu vi isso eu participei do Terra junto com ele qual é o processo do ator qual é o processo da emoção Qual é o processo de você tocar o ator eu fiz teste pro grande arte o Walter ele era um
gentleman mas que muito difícil de chegar no no Terra ele chegou ele aprendeu a lidar com os outros e aí ele pegou a minha mãe que é uma parceira que não existe ele achou aquele menino ele teve o João Emanuel e ele é um diretor com coração enorme assim eu acho que o o companheiro é diferente acho que o companheiro era um projeto do Barretão que o Bruno veio e que no meio o Bruno foi percebendo que era um filme emocionalmente importante para el Pois é mas são os dois filmes que nesse momento estão Conquistando
o mundo todo em nome do Brasil eu acho que o Bruno diferentes totalmente diferentes po é fantástico isso não sei fantástico porque também se tinha isso muito de que um filme tinha que salvar o cinema Brasil atualment Eu sinto que o filme do Sérgio Rezende o Canudos Adorei a posição do Sérgio faço o filme para o mercado interno é importantíssimo ele disse não estou dialogando com os Estados Unidos ou com Paris com nada eu quero resolver o problema aqui eu acho que o Brasil tá dando grande espo de maturidade em cinema os roteiros que eu
recebo hoje são muito melhores do que eram agora eu acho que o Bruno e o Walter são dois predestinados porque acho que dois bem nascidos que lutaram lutam e Lutaram muito PR não sei para chegar um cinema autoral dele sabe cada um a sua maneira assim Fernando nós vamos fazer um pequeno intervalo e voltamos daqui a pouco com a segunda parte da entrevista com a atriz Fernanda Torres até já Nós voltamos com Roda Viva que entrevista essa noite a atriz Fernanda Torres que está no filme O Que É Isso Companheiro que concorre ao Óscar de
melhor filme estrangeiro você pode participar do programa enviando suas perguntas pelo telefone 252 6525 252 6525 ou pelo fax 3874 3454 3874 3454 telefone o fax São Paulo código 011 e pela internet o nosso endereço é rodaviva @tv cultura.com.br rodaviva @tv cultura.com.br já que eu tô falando de pergunta dos telespectadores Fernanda o Fernando Peti de São José dos Campos aqui no Estado de São Paulo a Renata de Sampaio que mora aqui em Moema um bairro de São Paulo O Emílio langon negro Júnior de Serqueira CESI aqui em São Paulo a Marina perru de Perdizes e
a Maria Amélia Brito de Caçapava interior do Estado de São Paulo todos perguntam Quando que você vai voltar as novelas são com saudade de ver você na telão S não sei quando eu vou voltar novela você tem que ter um contrato longo e a minha vida vai emendando um filme com uma Peça agora eu vou fazer uma peça até outubro é meio por isso se que uma coisa impede mas eu não sei cara vai me ver no teatro no cinema at qu fazer uma sei lá um personagem podia ter né uma novela de personagem já
teve do Silvio de Abril eles morriam de três em três meses a televisão podia ajudar mais Fernanda você tá com uma carreira um de cada vez olha gente eu tô confusa gó fez uma pergunta então é é queria saber se a televisão pode ajudar mais o Cema porque se você faz novela e se você tem um filme em cartaz acredito que e as pessoas vão ver mais esse filme Como já aconteceu ciclicamente isso ocorre queria saber Olha eu não sei não isso é uma coisa que também tem esse meto no teatro né Eu acho que
não acho que atores atores se dispõem a fazer esse tipo de sequência né saem de uma novela estreiam Uma Peça a Mas é isso não é verdade é isso não é verdade eu juro por Deus o você faz o seu público de teatro fazendo o seu público de teatro você faz seu público você foge a regra diferente é também acho não fujo não Diogo Vilela ele tem um público de teatro é uma loucura ele viaja o Brasil inteiro há 20 anos e o Diogo diz a minha salvação está no teatro então não é porque eu
jogo saiu é porque ele fez solidão durante todo o Brasil e ele foi a Fortaleza público de teatro você faz assim público de cinema você faz fazendo filmes bons muito tempo cinema mas a gente tem atrizes de cinema tem você a a par Pilar Mara Severo Marieta Glória Pires ali o o o Fabiano Adrian o Fabiano Adriano de Campinas pergunta se não existe um número muito pequeno de atores trabalhando nos mesmos filmes feitos ultimamente no Brasil eu acho que existem poucos filmes sendo feito atualmente sendo feitos eu não acho não acho que o Brasil tem
ator para burro atriz então um problema e não acho não quer dizer não posso defender isso né porque se eu concordar com ele eu estou indo contra mim mesma então não vou concordar com isso bom João mas eu não eu esse negócio do Eu não eu acho que pelo por exemplo Glorinha Pires ela não tem o público que ela tem no cinema porque ela é É porque ela fez índia ela porque ela fez o memórias do cárcere porque ela é uma atriz fenomenal Então ela criou no cinema e aí ela vai faz o quatrilho não
é à toa que esses filmes vêm não é à toa não e não é porque o cara é famoso não mas o Diogo e a glória de qualquer forma fazem bem mais novelas do que você você tá afastado desde 86 né você desde desde Selva de Pedra desde selva de pedra mas eu tenho muito carinho por Selva de Pedra sabia pensei que um trauma assim porque aqu não é um trauma lógico mas eu tenho carinho porque eles me deram a cara você fazer uma Janete Claire é uma coisa para um ator brasileiro importante eu acho
importante um ator brasileiro fazer novela porque é da nossa linguagem eu fiz três novelas Eu já levantei paraplégica da cadeira de roda para encontrar o Tony Ramos eu já fiquei toda enfada depois do acidente de carro isso é maravilhoso cara ô Fernanda entre os atores da tua geração tem uma espécie de Mito de que o que dá dinheiro é a televisão o que dá dinheiro é a novela quer dizer os atores fazem teatro os atores fazem cinema você citou o caso do Diogo Vilela quees é bem engraçado porque ele só faz monólogo e tem um
público grande né agora tá o jogo é maravilhoso com o diário de um louco eu queria te perguntar em termos de sobrevivên Econômica dá para você se sair bem só fazendo cinema e teatro que é o que você tem feito Tim vida Bic né totalmente cara eu vivo de bico há 20 anos e é isso o bico melhora conforme o seu seu status melhora na sociedade o bico piora conforme o seu status piora mas quer dizer para um at não eu vivo imagina cinco vezes de comédia eu vivi um ano de teatro muito bem quando
eu fiz lá com Gerald com Bia pingava dinheiro não é o Nena torraca vive uma década com teatro vive uma década com teatro nanine vive de teatro eh é que na TV é o único lugar que você tem um salário emprego é o único patrão única pessoa no Brasil que tem condição de empregar as pessoas são que os jornais e as TVs que você como ator tem um emprego com o salário quer dizer mas eu nunca vi um contrato na minha vida eu não sei o que é um contrato entendeu Você nunca teve você fez
TV sempre contrato por obra certa tudo na minha vida nunca tive contrato com Barretão com ninguém entendeu masanda Me diga uma coisa eh desde o começo tava querendo se fazer uma pergunta em torno dessa questão eh eu sou com uma pessoa de cinema eu sempre me Ingo muito porque eu achei por muito tempo ainda acho que os atores eh de cinema quer dizer os atores que fazem teatro foram fazer televisão eh então a atuação na televisão ainda tem uma uma forte influência do teatro eh atualmente enfim há uns 10 15 de uns 10 15 anos
para cá essa questão de do cinema utilizar os atores de televisão eh fez com que algumas alguns vícios alguns tiques da televisão viessem para o cinema aonde eu nem ten cinema acho não aí exatamente eu queria o que eu queria te perguntar é isso como é que você vive porque você e você atua como quase todos os atores nos três meios Mas eu sinto que você tem uma um trabalho muito específico para cada meio no qual você atua coisa que eu não sinto em outros atores eu queria que você rapidamente me dissesse um pouco como
você vive cada um desses meios olha um meio sempre alimentou o outro eh primeiro o cinema me salvou ali porque ele me tirou da minha família me deu um espaço só meu e logo me deu um prêmio resolveu meu problema de várias coisas assim depois quando o cinema começou a falir começou a ficar chato só se falavam dos Milhões de Dólares que embra filme não tinha soltado do ficou chato os filmes ficaram ruins aí eu fui pro Teatro O que foi a minha salvação e depois o maravilhoso que aconteceu esse ano é que o teatro
juntou com o cinema lá através da Daniela e do Walter eh E aí por exemplo no teatro desde o flash que eu comecei a ficar muito cômica no teatro assim eu comecei E aí eu achei que se eu continuasse assim e desde o arvada no cinema eu comecei a ficar por exemplo o beijo é um filme que eu acho que eu exagerei E aí você falou eu preciso virar uma atriz imantada de novo aí Eu tô chorando a três filmes eu avisei pro Valdinho que era o último filme que eu ia chorar então você vai
eu sinto que um ator você tem que ir trabalhando para não se repetir para ir então eu sinto que assim quando fiquei demais no cinema eu senti que era hora de eu ir fazer seis meses sem ganhar de ensaio no Sesc Tijuca com a balessa foi maravilhoso eu fiquei vivendo pobre não tinha dinheiro muito legal sabe aí eu tava lá no J por exemplo Falei pô eu preciso agora fazer uma peça com os meus amigos com a minha geração veio cinco vezes com a média então entendeu uma coisa vai tean danando com a outra eu
acho que isso é a melhor maneira de viver Fernanda falando em processo de trabalho uma coisa me deixa curioso por exemplo cinco vezes comédia que ficou o qu mais de um ano em cartaz um ano um ano é como que você lida com o seu processo eh de dramaturgia para que nesse ano não não não se ca numa rotina quer dizer para que a cada noite você sinta o mesmo entusiasmo é porque você vai para um teatro pequeno teatro é matéria viva assim eh realmente e para mim teatro começa depois que estreia depois que estreia
que você começa a cortar a tua peça a editar o teu filme é o que corresponderia a moviola eu acho que uma prça uma peça estreia ali um mês depois da estreia E aí você o teatro é muito vivo no Brasil o país o país inteiro tem capitais com teatro então você vai para Porto Alegre é um público eles têm uma formação o teatro é de um tamanho você vai para Salvador pro Castro Alves aí você vai para Recife que eles são intelectuais você vai para Brasília e isso tudo Eu lembro no Orlando o orgulho
que eu tive quando eu falei cara eu tô aprendendo essa profissão porque eu tô fazendo em teatro grande teatro pequeno quando a gente fez o flash assim coisa de representar no lincol Center em Nova York aí depois numa sala do Camp Nagle mínima ISO processo vivo não tem repetição a mesma noite nunca quer di o próprio espaço interfere então no trabalho do ator em c o espaço público por exemplo cinco vezes comédia aconteceu foi uma aula de invejas bem administradas de em cada capital um era o Rei é e os outros tinham que aguentar e
era aquela coisa Coliseu no final você ia e a plateia fazia Fulano me trano e você tinha que fazer aquela cara todo dia encontrava Deb na saída porque eu peguei o texto com Hamilton que é o work in Progress né Porto Alegre Belo Horizonte é o Hilton cortando e tal Dev tinha pego do Mauro raz já feito e tal ela saia ovacionada eu olhava e falava enterrar um sapo Preto para você Atrás do monte Débora e isso cinco vezes Foi incrível foi uma experiência primeiro do poder que a minha geração de atores tem geração vai
do luí Fernando a isso é incrível isso incrível incrível ali eu descobri Eu falei assim eu tô maluca gente a gente tem aqui um cap eu ten uma geração de atores magnífica na minha mão ainda tem a mamãe quer dizer isso aqui dá para fazer repertório até morrer com poder de público teve algum momento no Rio de Janeiro houve algum Que atraiu porque basicamente a grande parte desses atores da sua geração apareceu mais ou menos na mesma época no Rio de Janeiro aham houve algum al algo que catalisou Asdrubal me lembro o dia que eu
encontrei a Débora Block ela estava indo ver o Asdrubal eu estava indo ver Asdrubal eh a partir do Asdrubal vieram vários grupos todo lugar tinha um grupo o grupos dissidentes o Pedro Cardoso Pedro Cardoso e Felipe Pinheiro Quem viu aqui não não vi ninguém viu eu só ouço história seus Paulistas esses dois gênios eles surgiram no seguinte eles estavam fazendo o maior fracasso do mundo deram aos grupos de teatro no Rio de Janeiro a prefeitura e os grandes teatros pela primeira vez deram dinheiro eles fizeram uma super produção chamada Serafim pontee fracasso de Bilheteria Pedro
Cardoso Felipe Pinheiro estavam lá um dia e de repente eles estão representando e começa no navio e um Fala assim pro outro vários atores gente pera aí pera aí gente para aí não tem ninguém lá na plateia gente fipo berra lá de trás tô vendo dois no balcão voltar a representar neste fracasso surgi Felipe Pinheiro mas pelo jeito nem os cariocas foram ver né não não depois fomos ver Pedro Cardoso Será Olha o outro respeitado escuta Fernanda você isso não que eu digo é que veio daí essa galera toda hoje eu falei pro Luiz Fernand
ele falou vamos lá no Oscar eu falei Luiz porque eu botei o Luiz no filme né falei se eu te levar duas drub para o Oscar Eu sou uma pessoa muito feliz escuta F tem uma coisa aqui não ve com n uma pergunta zeda pro L bem light agora é é metodologia como você pega um texto Qual é o teu teu método de de de pesquisa composição de personagem e tal uma coisao o meu método geralmente é o roteiro Eu acho que um ator tem que saber o roteiro todo com o seu diretor e concordar
e discutir aquele roteiro porque depois você vai filmar desordenado então toda a equipe tem que saber que naquele dia que a gente tá filmando aquilo você tem que ter o des do filme O que que você Já construiu o filme é um quebra-cabeça que você vai botando umas peças que vai virando aquela massa morfa né mas você procura pessoas que são parecidas ou ler coisas ass tipo você fica em processo aberto para é uma coisa muito louca é você fica com uma antena ligada para que qualquer coisa te inspire No que diz respeito a físico
a falar a andar você todo começa a pensar como você pode fazer isso e o processo sobre o roteiro e qual foi nessa sua pesquisa e preparação do que companheiro o que que teu inspiração assim especial assim Quais foram as saações durante a pesquisa ou durante conversa com pessoas que primeiro o grande problema do Companheiro já foi no ensaio né o primeiro dia que aquele elenco se reuniu e disse companheiro cara nós falamos isso aqui não vai não vai dar para andar aí um dia é eu adorei todos os ensaios com farjala que nos deu
ah teve um dia a gente fazendo invão Invasão a LC Barreto fazendo treinamento com revólveres e o fjola diz assim eu pedi a Lucy que botasse uma sacola de dinheiro dentro da LC Barreto nós invadimos e gastamos o dinheiro porque eu acho que é importante que vocês entendam e teve um Mateus uma genial gente Mateus chega aquele aor Chita de São Paulo né nós todos tal aí todo ninguém sabia bem que era o Mateus se ensae um dia se ensia outro dia aí daqui a pouco um dia pega o Mateus desce lá de cima ele
tinha que dizer eles vão passar aqui às 10 horas você vai lá para cima e se der alguma coisa com o embaixador você dá um tiro na cabeça dele daqui a pouco desce o Mateus assim você vai para baixo você vai para baixo que vou lá em cima tira um baço na cabeça do embaixador ensaio aquele o ator mais Chita sabe e eu não não ficar muito tenso na hora de filmar é uma coisa importante assim se vê que uma das cenas só mandaram negativo de 100 lat de 100 m Cara isso na hora de
fazer cena é terrível mas eu acho que ia ficar antenada com as coisas e intelectualmente se envolver com aquele roteiro entendeu por exemplo a questão do sexo no companheiro e Pedro diminuímos Ah ia te perguntar sobre isso como foi convencer a você cita que tinham dois coitos saudáveis em quatro dias que é impossível né dois coitos bem sucedidos quatro dias de sequestro com Embaixador aí a gente pleiteou a gente falou um Pelo menos tem que ser mal sucedido E aí acabou sendo a gente viu que era demais naturalmente vem é muito bom o trabalho Fernanda
queria voltar um pouco pra questão do teatro que a gente estava falando fale o teatro brasileiro hoje em dia ele tem público quer dizer os teatros estão cheios os atores estão ganhando dinheiro tal tem bons atores como você falou né tem toda essa tua geração agora não há muito tempo que não tem uma pea de teatro um espetáculo que repercuta culturalmente muito como foi o rei da vela nos anos 60 o macunaima no anos 70 até você citou as druba Sei lá o trat leão nos anos 80 quer dizer faz tempo que não aparece alguém
faz um barulho no teatro brasileiro você você pensa nisso por que que você acha que isso tá ocorrendo você acha que dramaturgo dir porque eu acho que as coisas demoram um tempo para se processar eu estou num processo pessoal meu com o teatro assim eh depois da gaivota eu encontrei um dia com a Patrícia Melo no avião e ela me deu uma peça dela que a gente leu um dia na folha e atualmente eu tô em processo de trabalho com a Deb e a Patrícia foi ter a Patrícia Melo escrevendo para teatro eu considero isso
por exemplo uma coisa tem a Fernanda que tá escrevendo para cinema agora também né quem eu pois é não mas estamos ali no teatro então eu acho que o teatro eh eu acho que se você busca essas coisas vou fazer a peça que vai você não tem nada na verdade essas peças o Antunes o todos essas coisas você eu acho que vem de um processo longo que acaba maturando em alguém que que é representativo uma peça que é representativa eu me sinto a beira não de algo representativo mas informação de algo assim entendeu fanda olha
eu recebi aqui o seguinte fa e nós querendo ou não ficamos com a cara do trabalho que estamos fazendo você ficou um bom tempo trabalhando com o Gerald E durante esse período ficou com a cara dele Daí você veio trabalhar com a gente no cinco vezes comédia uma turma do qual você já era amiga mas com a qual não tinha trabalhado ainda eu sei que o trabalho com Ger foi uma experiência importante eu queria que você falasse o que foi importante e o que você aprendeu saindo do Jon e caindo no cinco vezes comédia e
ficando com a cara de comediante um beijo Débora ela I foi convidada para vir tá mando não pode vir mas tá aqui a pergunta eu já falei um pouco do processo lá com Jed tinha essa curiosidade dos anos 60 né de ser a mulher do John Lenon por um período e Mas o que eu aprendi quando eu o que eu aprendi lá foi o seguinte eu eu não tinha não conhecia o Samuel becket eu não sabia quem era spalen Grey eu não sabia o que que era o teatro em Nova York na Alemanha eu eu
não isso não era da minha alçada eu não entendia essas coisas hoje em dia eu entendo eu já vi sete peças sei lá do bobo Wilson eh eu fui apresentada a esse mundo que eu senti uma lacuna na minha vida de não ter e e fiz o flash que foi uma peça Libertadora eu amei fazer assim e a minha vida coma durou meio período que o flash durou assim que ele acabou pouco depois a vida da gente acabou quando eu vim pro a gente tá meio falando disso né quando eu vim pro cinco vezes foi
o encontro com real eu acho que é uma coisa muito saudável nessa geração e que veio talvez do Hamilton e do Asdrubal o Hamilton ele é um diretor que cria com o elenco dele através do elenco dele é uma relação diferente do Antunes do Gerald e o amilto é o contrário assim ele faz através do do ator ele existe é uma coisa muito interessante Hamilton Então eu acho que o Hamilton influenciou muito essa geração de atores do Rio de Janeiro a serem autodidatas e a gente não teve essa experiência e de se filiar eu lembro
que eu tinha culpa de não ser do Antunes quando eu tinha 17 anos eu achava que eu estava perdida porque eu não eu não tinha passado por aquilo quando eu fui trabalhar com J era uma coisa quase tardia de eu achar que eu tinha que ter uma experiência de grupo quando eu encontrei os cinco vezes comédia era um grupo maduro era um grupo onde ninguém dependia de ninguém para viver quando você reencontrou né quando eu reencontrei ele Então foi uma coisa tão Sadia foi um sucesso que ninguém ficou segurando porque aquilo ali era vida a
gente deu a Deus uma outro com as casas cheias Então essa é a minha turma realmente essa é a minha turma de cabeça porque são atores criadores autores produtores diretores e Liv isso não tem preço nessa turma e eu acho que isso é algo bem carioca também Fernanda você você fala sempre com bastante carinho dos diretores com quem você trabalhou quer dizer dá a impressão que sempre foi uma uma relação muito prazerosa houve algum trabalho que foi especialmente difícil ou alguma relação sua com algum diretor houve vários houve vários o processo lá no selva eu
fui uma pessoa insuportável eu fiquei louca não tinha humor eu me lembro um dia a indo numa externa comeu alguma coisa comigo para ver se me acalmava eu me lembro no fim você não chegou a pedir para cortarem o personagem eu pedi para não aumentarem a novela porque tinha um festival de larna eu pedi chorando pro Daniel Filho ele não aumentar a novela eu tava tive um surto assim outro foi no Xingu com Rui guerra eu acho que o Rui por exemplo ele não vai muito com a minha cara porque depois de 2 meses e
meio no Xingu eu fui ficando mal humorada e também o filme não era quando o filme não é feliz Geralmente as relações não são muito feliz lá assim mas por exemplo eu não tenho palavras por todo o processo do Selva de Pedra eu amei ter eu amei ter Xingu então às vezes você tem dificuldade com diretor sim agora isso interfere no trabalho da da da atriz no caso lógico a bochecha cai você fica infeliz é horrível minha mãe que fala você não pode ficar infeliz com sua isso não fica bem Fernando o que que você
acha que falta pro cinema fazer o sucesso que faz como faz o teu teatro por exemplo eles são iguais por tudo que você contou você faz mais sucesso no teatro do que no cinema não não ali antes estavam dizendo o contrário que o no cinema eu era uma atriz estava me firmando mais no cinema não não qualidades a parte méritos a parte mas o cinema brasileiro não tem o público que tem porque o cinema porque cinema custa muito mais do que teatro porque teatro Por que que as pessoas vão menos ao cinema você acha tá
mudando as coisas eu acho que porque eu acho que houve esse processo no Brasil maluco de divisão do Brasil O Popular foi inteiramente pra TV e no cinema O Popular se traduziu em porno chanchada Teve uma hora que houve uma invasão sexual dos nossos filmes que era isso é anos 70 um Pou fo anos 70 isso Oi foi dos anos 70 que veio isso todo o fim da embrafilme veio da da da distância entre os roteiros Eu acho que o que mant o teatro vivo são os atores porque eles são produtores e eu não sei
ou pior Acho até engraçado você me falar isso porque uma das coisas graves que eu acho é que eu não vejo diretores de cinema vendo teatro eu não vejo diretores de teatro vendo cinema eu não vejo diretores de cinema vendo cinema também e às vezes pior Eu sinto que por exemplo os diretores de cinema falta a eles uma dramaturgia o entendimento de dramaturgia que eles encontrariam no teatro se se se valessem mais do teatro entendeu você personifica um pouco essa olha Leon Se você tá falando isso cara não personico nada cara eu eu tento trabalhar
em lugares que eu não fique mal morada é a única coisa é minha única condição lavo o prato faço bar de debutante você cheg falar em cima Fernanda me diz uma coisa no outro bloco Você disse uma coisa que me intriga porque é uma coisa que me recorre eu lembro sempre do profeta Pier Paulo Pasolini que estava muito preocupado com a massificação do do da cultura e agora nós vivemos nessa era da globalização Total onde a bregu absolutamente generalizada e você disse no outro bloco uma frase você disse que o sucesso é brega explica um
pouco isso essa palavra ela tem atualmente essa conotação porque ela é muito usada pergunto muito e esse seu sucesso todo esse seu sucesso e também te perguntam muito você está sumida você está sumida então eu por exemplo não entendo mais essa relação entre tanto sucesso e tão sumida e não é verdade e na Gaivota Nina ela vira genial essa cena é uma cena maravilhosa o escritor com problemas de escrever também querendo comer aquela menina ele fala para ela que a vida dele é um inferno porque escrever um livro atrás do outro e é o problema
da angústia da criação e tal e ele fala um monólogo inteiro e ela pergunta mas e o sucesso aí ele mais uma vez ele explica que não é nada daquilo que o problema é que ele vai morrer ele vai ser menor que o tosto a ela diz não mas sua vida é muito boa você tem muito sucesso e é esse o é essa diferença que o sucesso não existe o sucesso não é medido por você é isso uma semana atrás eu era uma pessoa que estava caminhando para o ostracismo Hoje eu estou no Roda Viva
no Oscar Oscar já escolheu vestido é exatamente Estou atualmente pensando nisso há sempr cai numa segunda-feira nosso concorrente há uma semana atrás concorrente eu eu estava caminhando para o ostracismo e aí masanda você tá com seguinte a mulher vira para você e diz e todo esse seu sucesso e você ali tentando pagar a conta d'água com todo aquele sucesso é que sucesso não tem nada a ver uma coisa não tem nada a ver com a sua vida Entendeu todas as vezes quando eu ganhei Cane eu olhava pra frente e dizia Olha o abismo não tenho
um filme para fazer única coisa que vale é emprego viu bom emprego o A Fernanda a Cristiane Gonzales manda um mandou aqui um e-mail eu tô lendo a a cópia desse e-mail eh o Bruno Barreto disse a revista veja que o sucesso no Brasil ofende já que falou sucesso e complementou é por isso que eu não quero mais morar aqui o que você acha dessa declaração Bruno você é muito mal criado Olha isso na verdade não é do Bruno né isso ele ele ele falou citando o Tom Jobim Eu acho que o que tem no
Brasil é o seguinte uma enorme desconfiança sobre a nossa capacidade eu acho que a imprensa é muito tem muito medo de apoiar uma coisa antes dela ter aval internacional ou seja lá o que for eu acho que nesse sentido eu acho isso é uma luta que eu tive na minha vida parar de ser caipira com relação ao mundo parar de achar que eu sou menor do que você tá falando isso especificamente por companheiro por eu sei que vou te amar por tudo por exemplo a própria veja convers com sgio Conte logo depois a veja deu
seis páginas pro companheiro Antes ser indicado Prade Antes ser indicado PR agora o que a matéria conha era o seguinte que o Bruno valia a pena porque ele tinha apertado a mão do Spielberg e porque ele tinha vencido lá fora que o grande coisa incrível do filme Era o Alan e olha eu escrevi pro Mário Mário depois releu me ligou e ele concordou era uma mat que acusava o filme de imperialista sei lá de era um filme Como assim de ser um filme sub julgado pelo gosto americano e tal e a matéria era inteiramente American
disse assim nenhuma hora essa matéria citou que o cara tá lá e o filme mais importante que ele fez ele fez no Brasil não se fala aí eu acho errado porque aí eu acho que a imprensa espera você ter uma indicação a Oscar ou você para aceitar eu acho que há uma desconfiança caipira muito grande no Brasil com relação à própria capacidade também um prazer antropofágico né também concordo e eu acho que isso também é saudável no Brasil o o não é um país de winners é um país de desconfiados né somos uma uma nação
de desconfiados assim quando você fala da chanchada eh parece que você tem uma ideia de fazer um documentário sobre chanchada chanchada que invadiu o cinema não piz uma época fazer da porno chanchada mas aí depois a ia ser complicado porque não iam liberar cena e tal mas eu achei uma eu queria porque eu achei que uma hora a porno chanchada ela influenciou todo o cinema eu acho que a porno chanchada é um gênero de cinema brasileiro não é e como você saiu dela porque você saiu dela o qu na sua avaliação como por que teve
um bom de por chanchada e foi saindo aos poucos disso e até hoje tem uma ideia de que que mas teve mes nos anos 70 não sei com liberação sexual não sei o que aconteceu o gênero é a chanchada achada é um gênero a chanchada é um gênero mas ela ela virou o porno chanchada não mas a chanchada atualmente é uma coisa e a porno chanchada já é um gênero isso que eu defendo tava censura da época né tentava driblar a censura da época prometendo uma coisa que não tinha que era c é hoje você
pode alugar locadora muit Seme uma calcinha eu queria fazer um filme sobre porno chanchado eu queria fazer um filme sobre essa época mas não falta um filme assim que resgata esse teu humor essa coisa que a gente conhece de B tempo fez o beijo a cena da cade beij exagerei a da cadeira é genial a da cadeira é genial mas o resto eu exagerei eu tô escrevendo Redentor Não arrumei um papel para mim mas comédia escrever comédia é muito difícil por falar em terrível cara por falar em comédia a Melina antiz e a Iara Jan
diz dizem que ontem no no Bruno Barreto no Marat Connection falou sobre comediantes fazendo filmes dramáticos elas perguntam sua opinião e se a maior vitória de um ator não é a capacidade de fazer todos os papéis é Iara é mas eu acho que o negócio do comediante no caso do Companheiro foi fundamental porque eu acho que um ator sem humor iria vestir Aquela camisa sabe iria falar aquilo esbravejando espumando Eu sinto que o fato dos atores todos naquele filme terem humor eh fez com que ele fosse feito com inteligência e eu acho que humor é
sinônimo de inteligência mesmo porque a revolução era um tanto quanto Branca lônica você não ficou com essa sensação sequestrar o embaixador americano Cuba deu certo né em Cuba deu certo não sequestra do embaixador né fando você conseguiria trabalhar com a com um diretor ou com por fazer um papel que viesse rigorosamente marcado a sua fala você entra fala isso tchau vai embora não tem direito a mexer em nada uma vírgula não tem direito a fazer uma uma cara diferente isso com di improvisava em cena falava textos meus você Poisé você uma tradição inator é quase
autor também do do papel que ele interpreta se você a sua tradição é de trabalhar com diretores e com atores que também são assim você acha que você conseguiria Olha eu não sei depende se fosse o cubre que eu acho que vai ficar calada depende às vezes um diretor vem e olha um ator sabe baixar a orelha quando ele tá diante de alguém que vai dizer algo para ele que vai levar ele a um lugar na verdade você sonha muito com isso encontrar alguém que a Deb diz muito isso pô tô tão cansada de ser
autodidata você sonha muito com alguém que te faça isso que te Diga dá uma pausa meu filho agora anda qual diretor que mais chegou perto disso que você trabalhou [Música] que mais passou a ideia muito claramente Talvez a pessoa mais segura que eu trabalhei de condução temha sido Gerald assim de mas no Flash mas no Flash depois foi um caos no Flash ele uma ideia muito certa no cinema o Walter Lima Ele tem um domínio incrível sobre a psiquê do ator não sobre o que você tá fazendo mas sobre o que você é o que
você aenta de que forma ele vai usar no filme dele isso é uma coisa maravilhosa e o Bruno o Walter Sales Eu acho que o Bruno ele é um diretor que deixa você criar e e e usa daquilo assim e o Walter Eu acho que é o diretor hoje com mais ponto de vista eh próprio assim quando ele põe a câmera dele a câmera del o enquadramento na estética dele já está a opinião del acho que é Oter tanto Gerald como Walter trabalham com a Daniela e a Daniela é sempre a Daniela quer dizer o
geral a Daniela o que importância Você acha que a Daniela teve no trabalho dos dois toda Daniela agora ela vai dirigir a gaivota lá com a gente a Daniela ela é a força agrupadora porque a Daniel ela não tem o do diretor ela não tem a vontade de superadora do macho Ela é uma mulher e ela foi cenógrafa e antes disso ela foi estudou literatura ela essa estudou né gente essa lê mesmo não é a gente não é uma pessa realmente leu e a Daniela e ela sabe não impor ela sabe trabalhar em grupo ela
organiza os grupos um processo por exemplo que no marvada carne quem fez pro André foi o Adrian Cooper eu tinha visto um trabalho parecido ali calça tudo assim então a Daniela hoje eu acho que ela tem a chave do tamanho para questão de se trabalhar com atores Como eu como minha mãe como a Deb com Lu Fernando eu acho que ela ela é uma diretora moderna hoje nesse sentido porque ela não se investiu de nenhuma cara Daniela Ela veste a camisa do que for eu vi no Terra estrangeira o Valtinho entregar para ela um roteiro
impossível gente uma história impossível eu vi a Daniela Remar ela é uma mulherzinha que faz crochê entendeu e de repente ela tece a coisa mais linda que você já viu na sua vida hoje a pessoa que eu mais me identifico como trabalho assim tô muito feliz de est indo trabalhar com a Dani na gaivota e acho que a Dani é uma das pessoas que pode apontar para um teatro diferente mas não dessa maneira como talvez você gostasse para botar tá lá numa matéria mudou a história do teatro talvez demore 10 anos assim PR talvez vocês
perceberem que ela mudou a história do teatro entendeu Fernand Você acha que a tua carreira vai te encaminhar algum dia pra direção ou é uma coisa que não te seduz não eu acho que ela vai caminhar pra produção mais do que pra direção porque a direção eu tenho uma profissão que é atriz né e eu fiquei pensando muito tempo nisso tão palpiteira assando onde é que você vai parar entendeu E hoje porque também tem uma no Brasil tem uma tradição de de atrizes a Carla Camurati Ah mas a Carla Carla ela realmente é demais a
Carlinha é a loura mais macho que eu já vi na minha vida aquilo ali sou muito morena para aquela loura mas tava dizendo você tava pensando e e ficou não eu achei Hoje eu tô produzindo eu tô me descobrindo como produtora porque eu acho que eu tenho prazer em armar em isso é o meu prazer e tenho o prazer tô escrevendo lá o redentor com João Emanuel meu irmão que meu irmão o outro irmão que é o João Manuel que escreveu Central do Brasil a gente e a Helena Soares primeiro foi o meu irmão e
Helena agora entrou o João e então sinto assim que eu posso ser útil eu posso fazer coach de atora em teatro em cinema eu fiz pro diabólica Coach dos atores Amei fazer e mas eu não tenho assim como diretora ainda não tenho vontade disso não quero produzir Fernanda o seu xará Fernando já que tem fernandas e Fernando Fernando Leal pergunta o seguinte gostaria que você falasse um pouco sobre como você col sugeriu que colocasse a música Vapor Barato no filme Terra estrangeira algo que deu Tom emocional certo ao final do filme Eu queria lembrar aliás
que o autor da música Al Salomão está passando aí tá no hospital mas estamos aqui todos torcendo pelo ali ou ali é que tudo dê certo e isso foi o seguinte esse minha mãe tinha esse long play lá em casa LP mesmo Gal fatal e eu ouvia desde criança e tinha um aum preto que é barra pesada é um disco lindo e eu tinha essa música na cabeça H anos eu dizia um dia eu vou botar e o Dio fez o o coisa com a gau eu dizia vocês não vão botar essa música e não
botavam Aquela desgraça daquela música aí eu tô com Valtinho aí a gente tá filmando já no final no bar antes dele ser baleado e tal Valtinho ela tinha que olhar para ele e falou você não tem uma música aí para cantar a Daniela tinha ido dar uma volta aí Daniela disse que voltou horrorizada quando viu cantando uma música em frente ao Valtinho e Valtinho dizendo roda E aí eu falei você não conhece essa música Val dis assim você n viu esse disco ele falou não aí eu fui cantando tinha o navio tinha a questão do
exílio aí foi impressionante e eu fiquei tão feliz de ter posto essa música porque ela essa era minha eu queria botar ela em algum lugar e depois eu fui ver o show da Gal Com caetano sobre cinema e quando eu via tava gau cantando Eu achei que eu que tinha feito aquilo entendeu voltou vol e voltei a Gal ao vivo cantando para mim aquela música que eu sempre sonhei música é o verso que ele mais se arrepende de ter feito queele que diz eu não preciso de muito dinheiro graças a Deus assim o Terra estrangeira
não foi um sucesso Popular digamos assim mas ele ressuscitou essa música porque tá todo mundo regravando e tal é mais do que isso Terra aí que tá eu vou morrer pobre Cult talvez mesmo gente porque assim os 100.000 sei lá quantos que ele deu para mim é um bilhão de pessoas e depois o Terra deu Página em caer do cinema tá até hoje em Paris O filme é um é um bebê de ros Méria se ele vai Tero uma vida depois Isso é a melhor coisa de cinema dois anos depois você filmar o filme vai
pro Oscar e o cervejeiro levanta a mão para você assim você tá par dessa parceria da Globo filmes com da Globo com cinema que é criação de uma divisão de filmes Acho ótimo cara é chegaram a contratar você por alguma coisa ou você acha que de repente Isso vai ser mais uma forma de escravizar ator e contratar e fechar contratos exclusivos não eu espero sinceramente que não signifique isso assim eh o sonho mesmo do mercado abrir de todo mundo ser livre e também entendo que tem que ter um elenco fixo isso tudo Eu entendo da
televisão acho justíssima a minha relação com ela assim quem tem um contrato é quem topa fazer novela que é o o que sustenta ali aquele bicho todo eu concordo com isso E aí eu não tenho contrato e talvez as melhores coisas da casa quando elas pintarem eu não seja convidada porque eu não tenho esse vínculo tão grande aí é justo que na hora que uma pessoa que ralou igual um cachorro ali um tempão tenha os bons projetos da casa mas eu espero que tenha lugar para mim como sempre teve na hora que tem o Guel
eu acho eu acho que o que abrir o mercado é bom assim ô Fernanda se no futuro você realmente produzir cinema ai imagina Leon e com todo tudo que você conhece de cinema quem você produziria sem contar os brasileiros Sem contar os brasileiros Cite um diretor que você gostaria de produzir lá fora é Ah eu acho que o cara iraniano lá como é o do Salve o cinema adoraria produzir um chinês Zang Oi Zang e os coin Brothers né Mas eles já se produzem né eu que preciso del Olha nós estamos infelizmente chegando ao final
do nosso programa não gente eu ainda tenho muita coisa eu quero ficar aqui até o fim agora eu vou pedir para você eu vou fazer três perguntas aqui aliás é a erc a deixa eu contar essa maravilhosa das três perguntas Eu saindo da Selva de Pedra uma mulher me pega na saída diz assim Fernanda três perguntas simples Fernanda quem são seus pais minha senhora uma pergunta dessa Assim Fernanda você é feliz Pô minha senora só não ter uma pergunta mais direta para responder rápido assim última pergunta simples Fernanda quem é você mais simples é a
Érica Soares dos Campos Elí aqui em São Paulo e a Luísa Silva da Avenida Paulista querem saber como foi filmar com Antony H ele é maravilhoso Anthony Hopkins ele ele um cara meio como Alan assim eu acho que a gente que já foi outsider já foi maluco aí chega no Estrelato o cara é muito legal aí eu subi as pirâmides com Anthony Hopkins no México chegamos lá em cima Ele olhou pra minha cara e falou não é incrível que nos paguem para estar aqui eh a Cristiane de São Paulo gostaria de dizer que estou sem
fôlego impressionada há muito tempo eu não vi uma pessoa tão intensa tão cheia de perspectivas e objetivos é o alívio ver que alguém da minha geração ainda tem sangue nas veias Air Maia Bruno Silva Fernand você representa a garra da mulher brasileira sua intelectualidade sua popularidade se alternam na medida dos nossos tão contraditórios momentos isso aí estamos vibrando por você no Oscar eh tem aqui mais uma coisa que eu achei Fernando você eh aparentemente falou muito do Gerald etc etc etc e acha que você talvez tenha se descobrido como mulher naquele momento e o Marco
Antônio também o Marco Antônio também aqui fala que você falou muito da sua vida fala que você falou muito da sua vida com o Gerald Ele pergunta como está sua vida amorosa neste momento tá maravilhoso casei com Peter Pan andrusa tá me vendo lá na casa dele né peterpan um homem que me levou ao fundo do mar as montanhas em zermat muito bom casar com Peter Pan Então tá bom andrucha Um abraço um abraço nosso Fernando Muito obrigado sua pres beijo adorei vocês não me torturaram fomos bonzinhos com você bos se menos oo BR menos
ele Prometemos não fazer perguntas sobre sexo e não fizemos eu gostaria de agradecer a nossa mesa a sua participação e lembrar que o Roda Viva volta na próxima segunda-feira às 10:30 da noite até lá uma boa semana para todos e uma boa noite [Música] C [Música]
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