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no quinto fórum internacional Senac de educadores eu sou o Darlan diretor das unidades do Senac Guarulhos Doutor em educação e apaixonado pelo tema nesta tarde eu não estarei só eu eu estou com as professoras benilda Brito Rosane Borges e Selma Rocha as quais eu já agradeço mais uma vez a presença eu sou um homem de pele branca 1,76 cabelo curto com barba estou usando um terno um costume Preto calça preta calçados preto e uma blusa uma camisa social azul e nós estaremos juntos nesta tarde e eu quero agradecer a você que nos acompanha pela presença
Muito obrigado a mesa de hoje contribuirá para a discussão de um tema tão relevante no cenário atual que é a educação e os direitos humanos na formação de um projeto de sociedade Antes de nós continuarmos a mesa eu gostaria de informar a vocês que nos acompanham que pensando na acessibilidade inclusão o evento é transmitido também nós contamos com as nossas intérpretes de libras Elsa e Tainá as quais eu agradeço também pela presença esse evento Como eu disse inicialmente é transmitido pelo nosso canal no YouTube e você pode interagir conosco então fique à vontade para enviar
a sua pergunta porque ao final nós a leremos aqui e se possível faremos traremos uma resposta conjunta as declarações de participação serão enviadas por e-mail a partir do cadastro feito quando da sua inscrição a dinâmica da nossa mesa nós teremos 20 minutos de Exposição oral de cada uma das participantes e na sequência nós abriremos para a nossa conva em comum hojea discussão muito enriquecedora na nossa mesa de abertura que explorou a importância da organização curricular fundamentada em princípios e intencionalidades possibilitando a formação de um projeto de nação que considere o bem comum a justiça equitativa
e a paz social temas esses trazidos pela graça machel vamos agora aprofundar a nossa discussão trazendo a educação e os direitos humanos na formação de um projeto de sociedade o objetivo do nosso encontro nesta tarde é compreender como o conhecimento tecnológico social pedagógico político das múltiplas formas de viver pode ser integrado ao currículo escolar a formação escolar é essencial para a participação ativa de todos os indivíduos na sociedade e na cultura e entender e incorporar os direitos humanos no processo educacional se torna crucial para a construção de sociedades mais igualitárias portanto a prática Educacional deve
abrir espaço para discussões coletivas que busquem novas formas de convivência alinhadas com os princípios de inclusão igualdade e justiça social temos aqui um grupo de convidadas altamente qualificadas que irão enriquecer a nossa conversa com as suas experiências e os seus conhecimentos e agora eu brevemente as apresentarei mas Fiquem a vontade caso eu suprima alguma informação importante trazerem também por favor benilda Brito é pedagoga mestre em desenvolvimento e gestão social e cofundadora do en zinga atua como consultora para diversidade inclusão e Equidade é assessora da ONU mulher e pacto global para fortalecimento das capacidades das empresas
signatárias dos princípios de empoderamento das mulheres Rosane Borges é jornalista professora escritora e palestrante nas áreas de comunicação e educação Relações raciais E de gênero é articulista da revista esté do site do Itaú e consultora de fonte especializada da TV Globo Selma Rocha é diretora de articulação com sistemas nacionais de ensino planos decenais e valorização dos profissionais da Educação do MEC Doutor em educação foi Secretária Municipal da educação em Santo Amaro feita Santo André desculpa Santo André feita as apresentações convido agora a professora benilda Brito para que faça sua autodescrição e inicie a sua Obrigado
Darlan e boa tarde todas todos e todes eh muito feliz de estar aqui nesse evento eu sou benilda Brito uma mulher negra de pele escura sou uma mulher preta de pele escura tô usando aqui uma fibra com cabelo bem anelado hoje com duas tranças aqui na frente do meu rosto na altura dos meus ombros tô também com os meus óculos sem eles também impossí está falando uso o brinco de prata em homenagem a meu pai chamou e um cordão de prata também homenagem a minha mãe aan que são os orixás que cuidam aqui de mim
tô com uma blusa vermelha e estou falando hoje aqui do quilom Eu sou uma mulher negra lésbica sou de Aché sou quilombola eu moro aqui no quilombo do Açude na C Cipó em Minas Gerais e sou de cando queto religião de Mat africano 50 mais eu gosto de dizer isso Darlan Rosana minha querida amiga selva que tá professora com na mesa aqui com a gente porque esse corpo que fala e reflete desse lugar vai carregar múltiplas identidades historicamente violadas em relação aos direitos humanos então para nós de religião de matriz africana hoje é segunda-feira é
dia de exu exu para nós é aquele que mostra os caminhos mostra as setas nas Encruzilhadas você tá com dúvida a gente pede Exu ele é orixá da comunicação ele é ágil ele cuida da nossa cabeça inclusive mais do que nunca necessário evocar Exu pra gente parar de aumentar o número de consultas no Psiquiatra ou aumentar o uso dos Remédios de tarja preta pelos impactos que as violências e violações de direitos humanos provoca em nós todos principalmente para as pessoas negras eu quero muito abordar isso aqui refletindo aqui com vocês porque a que é tão
importante eu gosto também de falar sobre o orixá porque muito dos racismos que nos atravessam um deles é o racismo religioso e porque as pessoas não conhecem mesmo né Eh da nossa religião já existe um preconceito o que que é o preconceito quando as pessoas têm um conceito antes do conceito eu nem sei o que que é a gente fala assim pré-natal antes do Nascimento pré oficial antes do casamento preconceito antes do conceito eu não sei o que que é mas eu já ouvi falar então as pessoas têm aí Exu como aquele que é o
capeta o demônio do mal e não é nada disso a gente precisa vencer esse racismo religioso também nas nossas relações sociais que são inclusive garantidos pelos Direitos Humanos que deveriam ser o direito da gente exercer livremente usar nosso filho de conta e manifestar a nossa religião então eh eu gosto de dizer isso até porque tem muita gente que para pratica rituais de religião de Matriz fricando eu fala mal de orixá eu gosto quando eu vou nas empresas e vejo em cima da mesma comigo ninguém pode no espada de São Jorge um potinho de sal grosso
e as pessoas Salam mal de orixá eu achoo engraçado isso mas importante pra gente fazer esse debate e muito bom ser hoje porque amanhã começa na Maré lá no Rio de Janeiro na Favela da Maré um seminário muito importante como esse nosso Darlan que é o quinto seminário que vai tratar do impactos da violência armada no direito à educação Então esse debate queessa traz hoje não é que tá acontecendo num âmbito muito grande em muitos lugares a gente pensar que por exemplo na Favela da Maré vocês viram aí a ocupação da polícia nesses últimos dias
foi um final de semana de terror para quem mora ali quem mora lá naquele território a maré ela tem 15 favelas 140.000 pessoas 49 escolas públicas mais de 20.000 alunos 1200 professores e ontem completaram 28 dias que os alunos estão sem aula 28 dias Perdidos na vida desses alunos só no primeiro semestre de 2024 por quê pelas operações policiais no território acho que essa questão da Maré exemplifica demais o nosso debate aqui em 2023 os alunos ficaram um mês sem escola totalizando parados pela ocupação do braço armado do Estado de 2016 a 2023 foram 146
dias da escola fechada totalizando aqui 75% de um ano letivo perdido em 6 anos para os alunos que ali moram Sem contar os impactos da violência na saúde física e mental dos moradores desses territórios das periferias da comunidades das vilas e favelas AC crescido aí o medo a desesperança a precarização da dignidade da pessoa humana então todos os direitos humanos econômicos sociais culturais ambientais violados para todos eles isso não acontece Só na maré eu tô fazendo na Maré porque amanhã começa Esse seminário muito importante e essa a realidade que tirou o sono da Gente esse
final de semana além de tantos outros então Gente o que que eu quero trazer aqui tem um ditado africano que vai dizer que é preciso uma aldeia inteira para educar uma criança a gente sai só desse conhecimento dessa lógica só da escola formal a educação para nós ela é muito importante porque ela passa por vários outros viis na nossa cultura africana a gente costuma falar que são as nossas pedagogias porque eu tô convencida que garantia de direitos humanos só vai acontecer se a gente for primeiro romper com epistemicídio a gente precisa de coragem segundo enfrentar
os racismos nós precisamos de ter um currículo um ritual pedagógico que ele seja plural e que respeite essa pluralidade até porque em termos legais o Brasil ele é signatário de vários tratados Convenções a nossa Constituição Federal é belíssima a LDB é completa a lei diretriz de Base a educação ela inclusive trata o exercício da Cidadania como uma das finalidades da educação tanto a LDB Como a Constituição Federal vai trazer a educação como uma prática educativa inspirada Olha só vai trazer educação abre aspas prática educativa inspirada na Liberdade e solidariedade humana com a finalidade do Pleno
desenvolvimento do educando seu preparo para o exercício da Cidadania e sua qu explicação para o trabalho aqui dois eh conceitos me chamam Mita atenção que tá lá bem escritinho na Constituição Federal cidadania eu me lembro que aos 19 anos de idade hoje eu tenho 55 eu era assessora da Dona Helena Greco em Belo Horizonte na prefeitura Don Elena é o ícono de direitos humanos e todo mundo se lembra muito bem dela foi uma pessoa que lutou muito lá no temp da ditadura e eu falava com a Dona Helena assim Dona Helena a gente precisa lutar
por uma cidadania plena ela falava benilda Para de Bobagem não existe cidadania plena ou a pessoa tem cidadania ou a pessoa não tem cidadania não tem cidadania pelas metades Então eu fico pensando e essa concepção de trabalho né que a a constituição vai garantir a LDB também preparar a pessoa para o trabalho até 1888 na abolição da escravatura trabalho era coisa de negro coisa de pessoa desqualificada sem formação 3 de Maio de 88 o trabalho dignifica o homem e aí o povo Preto fica todo sem acesso ao trabalho não tem carteira de trabalho e é
por isso que nós temos os dados que nós temos aí Que que eu fico pensando aqui quando repetidas negações de direito recai para o grupo que tem as mesmas características raciais quando todas as pessoas que não tem acesso a uma boa escola A alimentação a saúde a salário Digno são pessoas de pele preta do cabelo crespe do nariz chato repetidas violações de direito recai sobre esse mesmo grupo a gente não tá falando aqui de Coincidências nós estamos falando aqui de um projeto é um projeto genocida que vai fazer o quê manter uma estrutura dessa pirâmide
da desigualdade e vai ter várias armadilhas vão utilizar de várias armadilhas para garantir esse projeto várias políticas públicas no Casa das crianças negras que eu tenho uma grande preocupação eu sou pedagogo eu sou ativista da rede Malala eu fico olhando o que a gente tem chamado hoje de violações de direitos que começam do útero até o cárcere é como se o destino já tivesse traçado as mães grávidas que não t acesso a uma política de saúde não tem acesso a um serviço de saúde decente que vivem todos os tipos de violência obstétrica e isso já
é dado de pesquisa repetidas violências absta com as mulheres pretas nasce o bebê não tem creche é a vizinha que vai tomar conta vai pro sócio educativo porque a mãe trabalha os meninos estão nos territórios sozinhos não tem escola em tempo integral quando tem tem casos de violações como esse que fecham a escola vai deixar as crianças aonde elas vão rapidinho pro sócio educativo acompanha pariu o neném nasceu não tem política pública vai pro sócio educativo passa lá pel muitas vezes nem segue as medidas do sócio educativo já chega na sema liberdade já chega na
liberdade assistida já vai paraa internação e de lá é um pulo para o presídio muito curioso que as Pesquisas mostram que os meninos que vêm do sócio educativo na vida adulta ou estão presos ou já foram assassinados por que que a gente não pensa em construir mais escolas mais grande investimento nos presídios Por que a gente não pensa em uma política de moradia decente para todo mundo mas um grande investimento na segurança pública armada e nos abrigos se Direitos Humanos significa garantia da dignidade do ser humano como é que nós pretos vamos discutir dignidade se
a gente tá discutindo um direito básico que é o direito a vida por isso que os presídios gente são verdadeiros manicos negros a gente vive o processo de genocídio e a vida tem sido tão banalizada que hoje tem Várias escolas de Ensino Médio que tem vaga mas não tem aluno já morreram tem comunidades vários lugares no Brasil que tem uma oferta de vaga mas as vagas não são preenchidas porque esses jovem já foi assassinado lá atrás e olha né a Constituição Federal belíssima a conferência de Durban que acontece em 2001 na África do Sul traz
pela primeira vez na história que a origem da desigualdade da violência tá ligada à escravidão isso em 2001 quando o movimento negro vai pra África e luta aí por políticas de ações afirmativas os odss os 17 objetivos desenvolvimento sustentável todos vão tratar de questões que impactam diretamente pessoas negras nenhum vai falar de negro em si vai falar de criança indígenas povos indígenas e mulheres mas não traz a questão do povo nío a agenda 2030 que aí o Brasil é signatário a gente já tá chegando nós estamos em 2025 a gente não tá conseguindo Cumprir o
que a agenda preserva e dita pro mundo ela tem cinco PS que é pessoa parceria paz planeta e prosperidade o lema da ag 2030 ninguém larga a mão de ninguém ninguém fica para trás e a gente tá vendo esse ano eu estava em Genebra junto com outras pessoas fazendo aí avaliação da década do afrodescendente quando a ONU para o mundo 10 anos para pedir que volte a olhar para as pessoas negras do Mundo Os afos descendentes do mundo diante de tantas violações e violências e negações de direitos humanos e foi muito triste lá em Genebra
agora em Maio que nenhum país conseguiu fazer o para nenhum país conseguiu impactar nos dados de desigualdade e violência e dentro do mercado de trabalho a gente tá vendo aí o SG a tratado social da governança ambiental eu tenho discutido isso em muitos lugares tem acompanhado muito essa agenda dentro das empresas instituições e a gente tem tido muito pouco sucesso aliás um retrocesso nos últimos anos muito grande quando inclui pessoas negras no mercado de trabalho minha empresa agoraa tem 30% de pessoas negras elas estão em que lugar da empresa Qual que é a realidade salarial
e a gente sabe que a escola a gente tem que garantir pessoas na escola porque a possibilidade de ascensão social de um jovem negro de uma jovem negra passar pela Escola nós não temos outro caminho e a gente sabe tanto que o corpo Preto incomoda dentro do ambiente escolar até porque a gente deixa de ser objeto de estudo para começar a estudar a branquitude a necropolítica os racismos então se a educação tem como Pilar como base um exercício de uma cultura democrática democracia não pode combinar com racismo não existe democracia até porque democracia exige um
princípio que o racismo não permite é a gente olhar para o próximo como semelhante você olhar para o próximo como alguém como pessoa e o racismo não faz isso por isso que eu afirmo sempre um dos livros que eu publiquei junto com a professora valde Nascimento a Rosane Borges que tá aí mesa ela escreve no nosso livro A gente fala racismo não é bul não isso é racismo a gente afirma negras em confidência são relatos de mulheres negras que sofreram racismo no ensino fundamental e que hoje como é que ele reverbera na vida adulta e
é assustador porque todas elas 60 anos depois lembra exatamente o nome do agressor o cenário em que acontece a situação a postura do professor o silenciamento da instituição e as sequelas que essa violência traz para nossa vida por isso que eu falo que bule é violência bule descaracteriza o racismo desumaniza crianças negras da escola o apelido é qualquer coisa que não seja humano mas Mao urubu animalizar pessoas é uma prática muito comum dos nossos currículos na nossa postura enquanto educadores no silêncio que a gente faz diante dos nossos rituais pedagógicos cotidianos uma criança negra dentro
da escola é muito heróica porque ninguém ensina pra gente que a gente tem melanina que é o que colora a pele da gente protege que o nosso cabelo é cresça porque África é qu então tem o cabelo cresco dá um distanciamento pra gente suar o couro cabeludo para não queimar o couro cabeludo não a gente aprende que o nosso cabelo é Bombril é assolan e o nosso nariz é chato asca é quente é seca u nariz chato é uma forma da gente respirar melhor então as nossas diferenças físicas são adaptações geográficas deviam ser discutido lá
do cimo fundamental pra gente olhar pra escola como um espaço que também deveria ser um espaço nosso Então a gente vai precisar de ter muita coragem primeiro para romper com semico que que femicídio é quando a gente só conhece um povo só conhece uma versão só conhece uma história só conhece uma cultura não dá mais e a gente tem tentado fazer isso nós modificamos a lei de diretriz e base da educação que é a constituição máxima da Educação ldv no artigo 26 a trazendo a a lei 10.639 sobre a obrigatoriedade da história e cultura africana
Essa não é uma lei dos Pretos como as pessoas banalizam é uma lei que vai dizer que a escola e é uma reivindicação do movimento negro de no mínimo da década de 30 com a frente negra brasileira vai dizer que a gente precisa discutir a cultura dos povos negros e depois minha 11645 de 2008 falando também dos povos indígenas a gente precisa romper com esse psico com essa educação Colonial eurocêntrica Branca racista que expulsa as crianças da escola por isso que eu não trabalho com tema eh evasão escolar eu sempre digo que a expulsão escolar
são os indesejados que não podem ter acesso à escola Segunda eu penso que a gente precisa ter um projeto político pedagógico verdadeiro de enfrentamento aos racismos seja o racismo climático seja o racismo ambiental seja o racismo religioso o racismo escolar o racismo institucional o racismo Recreativo que vai congelar pessoas negras no mesmo lugar a escola é um lugar privilegiado paraa gente fazer esse debate não adianta discutir democracia aliás democracia eu aprendi na juventude que era o mito da democracia racial democracia nos meus conceitos nos meus estudos sempre foi acompanhado do mito que a gente não
experimentou povo preto não experimentou democracia nesse país então a gente pensa como que os impactos desses racismos que são projetos genocidas vem em cima do Povo Preto quando você chega no mercado de trabalho as pessoas perguntam tem inglês não mas não tem inglês tava Lutando para Sobreviver a polícia tava batendo na porta da minha casa minha mãe desempregada mãe solo como é que eu vou ter inglês não estudei em inglês mas você devia ter estudado em inglês você estudou na FGV com todo respeito que tenho FGV mas gente que não estuda no FGV também tem
que ter acesso na no mercado de trabalho tem que ter um bom salário tem que valorizar a escola pública então a gente precisa ampliar essa concepção da educação enquanto direito para todo o mundo e é por isso que a gente tá sempre trazendo propostas pedagógicas outras formas de relações de conhecimento e da educação paraa garantia dos Direitos Humanos a gente também afirma que quando morre um idoso negro é como se tivesse queimado uma biblioteca inteira porque a educação para nós não é só do mestrado doutorado pós é importante é mas o processo de formação humana
das relações de direitos humanos passam por outros valores que a professora zoil da Trindade uma grande amiga que nos deixou chamava de valores civilizatórios africanos é quando a gente vai discutir primeiro a ancestralidade que para nós povo negro é fundamental aqueles e aquelas que vieram antes da gente o útero do útero do útero que te pariu vai interferir no seu processo enquanto mulher negra eu aprendi muito com a vovó benigna com a minha mãe Zaira com as mulheres aqui do Quilombo então a ancestralidade ela vai impactar na nossa identidade e debe gente tem a ver
com afeto tem a ver com a identidade Quantas vezes a professora passa a mão na criança preta incentiva olha incentiva sonhos projetos então a gente precisa discutir a nossa identidade profissional da educação que não tem a sua identidade discutida não tem uma autoestima não valoriza sua história e cultura Negra e profissional branco que não é an antirracista porque não existe neutralidade no enfrentamento aos racismos se você não luta contra ele você tá lutando a favor dele então é uma postura que a gente precisa mudar então entender a nosso papel a nossa identidade a nossa ancestralidade
nesse lugar que é a escola a professora zida falava muito da circularidade o círculo é uma figura geométrica quando você desenha você não sabe onde ele começou onde ele terminou porque é inclusivo cab todo mundo por ISO nossas manifestações negras são em roda roda de samba roda de capoeira roda de Candomblé roda da Educação Infantil a roda é para caber todo mundo então a escola eu fico pensando que deveria ser a educação infantil colo de vó na nossa cultura africana eu lembro da minha avó sabe quando você P Cola aconchega e a gente ama e
confia Eu ainda acredito que a gente rompendo com o racismo escolar porque eu acredito no enfrentamento aos racismos porque para romper com qualquer um deles a gente vai ter que primeiro romper com o nosso racismo individual Só existe racismo institucional a escola só é racista porque o secretário da Educação é racista porque a diretora da escola é racista por Então a gente tem que pensar o nosso currículo é racista porque alguém escreveu se ele pode ser racista ele pode ser antirracista também nós podemos dar nossas práticas pedagógicas para isso então trabalhar a identidade do professor
formação dos professores e professoras numa proposta de uma circularidade a cultura africana usa muito da ludicidade só aqui nesse momento eu já falei três provérbios africanos então a gente usa muito da oralidade a gente usa muito a Musicalidade para poder dizer como a professora zaa lembrava valores civilizatórios que passa por um outro lugar que é uma construção de uma escola plural que respeite sim a diversidade que Garanta os direitos humanos mas são todos os direitos que são indissociáveis não é humanos econômicos sociais culturais ambientais isso pra gente construir uma grande Quilombo seca aqui na no
quilombo a gente tem uma quilom TCA onde a gente recebe muitos livros hora de conto de História agora nas férias estava todo mundo aqui pra gente poder fazer não para a casa mas o Tercer de casa inclusive deixar de chamar de educador pra gente aqui no quil a gente discute muito o educa amor como é que a gente faz uma educação pelo amor E para isso tem que ter garantia dos Direitos Humanos então Eh eu acredito que é possível construir uma outra relação uma outra escola é possível e contar aí com as mais variadas formas
de estratégia de sobrevivência A escola é uma delas A escola é um ambiente sagrado paraa gente é importante mas que seja uma escola acolhedora e uma escola inclusiva eu quero parar por aqui para ouvir meus colegas a gente vai ter gratidão Muito obrigado professora benilda Brito A senhora foi Certeira com o horário fique tranquila e muito bom ouvi-la e uma fala que de sobre nós né e nos coloca muito eh a a pensar né E nós Voltaremos a falar um pouco mais mas eu quero destacar O silêncio que a gente faz enquanto educadores ele pode
ser gritante e a gente precisa refletir muito sobre isso e sobre tudo que a senhora trouxe muito obrigado mais uma vez e agora eu passo a palavra à professora Rosane Borges Obrigada Darlan Alô Obrigada Darlan boa boa tarde a todas todos e todes para mim é uma alegria muito grande est aqui debatendo discutindo aprendendo sobre um tema que nos é muito caro né que educação depois de ouvir benilda uma amiga aí de trajetória né dos ativismos dos encontros uma como vocês puderem ouvir e testemunhar uma grande mulher né uma grande cabeça também aqui ao lado
da professora Selma e tá numa casa que também representa muito para mim eu costumo brincar que o Senac foi um dos primeiros form amadores quem nunca e quem não né Eu fiz curso tava falando pras meninas de teclado cego 90 toques por segundo no Senac chegava toda pimpona em casa tinha uma professora que já era do Professora Clarice que eu acho que não tá mais viva porque em 91 A Professora Clarice já era velhinha já era assim uma figura meio que monumental no Senac em São Luís do Maranhão então sempre voltar o Senac para mim
me lembra eh como sinac também fez parte do meu processo de formação e de muitos milhões de brasileiros e brasileiras né de meninos meninas e meninas e eu acho que a partir desse território a antes já vou me descrever como bem lembrou benilda hoje é segunda-feira segunda-feira geralmente a gente usa preto ou vermelho ou os dois eh eu tô com terno tô com enfim com uma blusa com traços e roo lilás com Anéis também com essas cores e enfim a gente Tenta vir bonitinha PR as conferências né Se vocês disserem o contrário eu nego eh
mas brincadeiras a parte gente é pensar Educação na perspectiva dos Direitos Humanos me fez muito pensar em uma uma uma pal uma frase uma epígrafe mais do que uma uma uma palavra um epígrafe de um homem branco ocidental do adoro que eu vou ler aqui para vocês eu principio peço licença para começar a conversa com essa essa frase esse esse pequeno trecho do Adorno ele diz o seguinte a a tese que eu gostaria de discutir é a de que desbarbarização mais urgente da educação hoje em dia o problema que se impõe nesta medida é saber
se por meio da educação pode se transformar algo de decisivo em relação à barbárie considero tão urgente pedir isto que eu reordenar todos os outros objetivos educacionais por esta prioridade adoro teodor adoro no texto a educação contra a barbárie Eu acho essa frase ao mesmo tempo tão linda quanto terrível quanto cruel e se a gente considerar que esse é um texto da metade do século XX se a gente considerar que a gente não soterrou a barbárie pelo contrário que ela voltou e ela sempre volta e ela não volta pedindo licença ela volta entrando pela porta
da frente eh como é que a gente pode reatualizar essa convocatória do Adorno dizendo que diz que reordenar todos objetivos da educação a partir da prioridade de combate à barbárie eh e aí isso nos leva todas nós todos nós educadoras e educadores estejamos onde nós estivermos seja como professora de como eu né de comunicação professoras ou professores de tecnologia da informação de nutrição de hotelaria né de Telecomunicações de datilografia que não existe mais no Senac Acredito eu que deve ter migrado para cursos aí das digitações das informáticas e etc né seja nós educadoras ou professores
eh da área né de hotelaria enfim o que a d tá querendo nos dizer estejamos onde nós estivermos em tempos de barbar a gente precisa reordenar todos os nossos objetivos técnicos filosóficos metodológicos científicos a partir desse princípio isso significa portanto que quando a gente fala de direitos humanos a gente não tá falando de um lugar especializado Embora tenha especialistas quando a gente tá falando de direitos humanos a gente tá falando de um dever ético que convoca a todas nós a todos nós e contanto mais aão convoca quem tá no território chamada de educação seja Que
tipo de educação que seja né E aí por que que eu tô começando com essa convocatória do Adorno e a gente considerando que é que a benilda nos trouxe quando a gente avalia o cartão postal dos nossos tempos a gente vê que a gente não tá saindo bonito na foto a gente não tá bem na foto né vamos combinar eu já deixo dito aqui de antemão que eu sou so esse ponto de vista grami né o gramis dizia que a gente tem que ser pessimista na análise E otimista na ação então sendo grana a gente
pode eh eh concordar Ainda que os nossos ponto de partida seja diferente eu acho que o porto de chegada o ponto de chegada vai ser mais ou menos igual a gente não tá saindo bem na foto a gente não tá saindo bem na foto do ponto de vista dos dados educacionais a gente tem a Selma aqui com discurso competente né com os planos vindo da voz oficial quando a gente coloca a lupa nas metas educacionais a gente vê que a gente tá derrapando a gente é um país que derrapa em relação ao cumprimento dos objetivos
das metas dos planos mas há algo que o debate de educação e direitos humanos nos leva a dar Passos retroativos existe uma questão antecedente que se reflete sim da forma que os planos são ou não executados existe uma questão antecedente que diz respeito ao meu papel de Educadora de professora de cidadã eh que me leva a refletir que pacto que eu quero construir a partir da educação a partir do que eu ensino na mesma medida em que aprendo como a gente para lembrar Paulo Freire que foi muito achincalhado nos últimos anos não devemos também esquecer
que essa foi uma Face eh da nossa barbárie contemporânea ora significa dizer que a gente pensar que a educação que a gente quer qual educação para o futuro ou para o presente a educação para o século XXI exige como bem fez benilda a gente tirar desse cartão postal aquilo que mais sacrifica a condição humana até porque se o papel da educação é combater a barbárie significa dizer que esse combate tem como finalidade última construir parâmetros possibilidades para que a gente emancipe a condição humana estejamos onde nós estejamos gerentes de operação coordenadores pedagógicos diretoras professores o
nosso papel é construir possibilidades para que a gente emancipe e não sacrifique a condição humana essa resposta de que lado que a gente quer tá da história a gente ouvi muito na nas redes sociais ah eu tô do lado certo da história o lado certo da história é o lado que não sacrifica a condição humana e esse é digamos assim o objetivo finalístico teleológico do ato de Educar que na sua origem Latina O que é educação na sua origem Latina a educação é orientar para o mundo educar é isso Você orienta para o mundo se
a gente orienta para o mundo significa dizer que nós professorinhas professorinhas professorzinho a gente orienta para o mundo a partir de um vetor um vetor que vem envelopado com metodologias com modos de atuação na sala de aula com programas a serem executados anualmente mas que vem fundamentalmente envelopado comisada de mundo e aí eu acho que aí é que tá o nosso grande grande problema eh colegas quando o Muniz Sodré diz ele afirma para quem é gestor de educação isso arrepia Qual o que que o Muniz sodr ele vai dizer um comunicólogo um colega Portanto ele
vai dizer qual o problema da educação brasileira Ele disse que o nosso grande problema é que nós nos reduzimos a ser a sermos batedores de meta e ele vai dizer não que a meta não deve existir não que a gente não tem que construir planos o Muniz sodra ele é radical numa análise da educação brasileira que ele vai dizer que nós paramos de pensar educação com os escolanovistas portanto lá atrás né década de 20 de 30 ele diz tudo que vem depois são tentativas algumas exitosas da gente cumprir metas tirar o país das taxas de
analfabetismo e da gente ter em determinado tempo jovens que possam concluir o ensino médio não é a gente tem essas metas o que que o Muniz Sodre vai dizer a meta deve ser o meio a finalidade não é a meta ele vai dizer que nós de maneira pobre nós convertemos a meta no objetivo finalístico da educação e ele vai dizer um país que fica de joelhos as metas da ONU com toda respeito a dona ONU que eu acho que nesse esquisito ela ainda é importante embora que para outros zona ONU já foi né gente com
guerra vejamos aí a desmoralização da ONU né não invade todo mundo invade não pode fazer Ninguém escuta a ONU mas a despeito da ONU sofrer um desprestígio ela ainda é um organismo fundamental pra gente pensar educação né mas o que queun Sr vai dizer quando a gente reduz enquanto nação o nosso projeto de educação a bater metas a nossa educação ela está fadada a naufragar né E ele insiste ele não tá querendo com isso propor um projeto anárquico de ausência de metas num país gigantesco Continental com o Brasil ele diz que a gente tem que
ter metas ele só critica a obsessão pelas metas porque para ele eu concordo a gente queima eh nessa obsessão de cumprir metas e de ter uma tabela ali bonitinha a gente queima o debate fundamental que tem muito a ver com o que o Adorno diz qual é o objetivo da educação e isso nos leva para um segundo uma uma segunda frase aparentemente bombástic que vem do Freud que ele vai dizer que existem três tarefas impossíveis do mundo educar E psicanalisar se a gente considerar que a educação ela é uma tarefa Impossível a gente pode dizer
então Rosan Nem adianta né o Senac tá fazendo uma conferência aqui pra gente est né conversando o que que é o impossível do ponto de vista freudiano o impossível para ele não quer dizer que é o inalcançável o Impossível da no lugar de Freud ele tá querendo dizer que todos nós carregamos um inacessível que e ninguém alcança e esse inacessível que são as narrativas enquanto tentativas as narrativas de pensar humano da gente pensar eh nas nossas possibilidades de ser humano passa por um acordo que a gente vem chamando de pacto civilizatório Não Há a possibilidade
da gente falar em educação e direitos humanos se a gente também não colocar em causa com os pactos que a gente vem combinando E aí gente eu vou pedir licença acavar um parêntese relativamente longo que também não há não há saída não há possibilidade da gente falar em educação em direitos humanos em pactos civilizatórios se a gente não colocar em cena no epicentro do debate a política como uma forma de governo de todos a política que ela tem uma Face não é só a única uma Face institucionalizada nós somos um país que a gente não
galou um ser humano que não é ser humano e aí não tô chamando ele de não ser humano uma perspectiva moral mais ética a gente tem um país que um deputado federal isso não é Deep fake isso não é fake News disse para sua colega de casa eu não te estupro porque você não merece porque você é muito feia essa frase não só desumaniza esse deputado federal que logo logo viraria Presidente da República essa frase desumaniza a todos nós nós não devemos a Maria do Rosário não apenas por um dever moral por uma cortesia Cristão
a nossa solidariedade a ela nós devemos a ela porque todos nós fomos rebaixados nós devemos a ela porque ninguém excetuando as chamadas feministas loucas radicais perguntou para esse Nobre Deputado que que é isso Deputado nós ouvimos a sociedade brasileira ouviu o que o senhor disse é m legal é possível mesmo estuprar desde que a mulher não seja feia é isso Deputado nós não calamos Nós não paramos esse homem independentemente das nossas extrações políticas e das nossas filiações gente dizer isso não é só eu que enuncio abrir mão da minha humanidade é quem escuta a não
dizer também Abriu mão da sua significa dizer que do ponto de vista dos Direitos Humanos todo o Brasil abriu a possibilidade de cultivar um princípio básico que nos faz humanos é por isso que as cenas que a gente tá vendo corriqueiramente das eleições municipais de São Paulo ela elas só ocorrem porque esses jovem esse Coach ele é filho legítimo do que o estupro porque você não merece ele é filho legítimo dos Nobres deputados Enrolados com a bandeira do Brasil parecendo os nossos alunos da turma do Fundão Falando Em Nome de Deus da Família eu vol
sim senhor presidente e esse mesmo Deputado sendo flagrado distribuindo imagens pornográficas Depois da sua votação esse da família esse o cidadão de bem nós vivemos hoje num contexto em que a gente precisa e é quando benilda coloca o racismo e direitos humanos é perguntar que sociedade é essa a Vitória tá cansada de me ouvir que tolerou 111 tiros de Costa Barros por exemplo isso tem a ver com a educação isso tem a ver com a gente porque quando a gente lembra os 111 tiros de fuzil em costa barros no Rio de Janeiro eu sempre faço
esse paralelo gente na mesma época aconteciam os chamados atentados terroristas eu vou usar a narrativa midiática os atentados terroristas na Europa na França um desses atentados terroristas aconteceu o início no interior da França vocês devem estar lembrado um caminhão possante um caminhão gigantesco atropelando civis inocentes a polícia francesa ela é acionada a polícia francesa destaca atiradores de elite atiradores de elite vão e conseguem mirar esse caminhão poante e o policial francês ao contrário do policial brasileiro ele se vê como funcionário público ele não atira em ninguém mesmo em uma situação dessa delicada o que que
os atiradores de elite perguntam para a inteligência da polícia francesa que eles estavam eh trocando informações do ponto eletrônico eles primeiro informam que eles estavam com caminhão na mira e a pergunta foi o que que nós fazemos qual sabe vocês não sei se vocês estão lembrados qual foi a resposta do Serviço de Inteligência da polícia francesa a resposta foi a seguinte vocês têm a missão de cessar as mortes não pode mais haver morte nenhuma inclusive de quem está matando essa que foi a autorização então vejam eu usando a narrativa midiática nem terroristas atropelando civis inocentes
em um caminhão um poante é alvejado com tiro sequer corta para o Brasil a gente tem três jovens que foram comemorar os programas menor aprendiz primeiro emprego que o Senac Inclusive tem oferece cursos esses meninos poderiam ter sido alunos do Senac Eles saem para comemorar a conquista no programa menor aprendiz enfim primeiro emprego cada um cada cidade tem um nome né esses meninos inocentes ainda que eles fossem culpados eles entram num carro pequeno eles são alvejados com 111 tiros de fuzil a pergunta das colegas que nesse momento não deveriam ser feitas uma uma jornalista pergunta
no jornal jornal nacional para um pai desses meninos faz a seguinte pergunta o que que o pai o que que o pai tava sentindo a resposta do pai de acante como não poderia ser ele responde ele responde destruído com a seguinte pergunta você sabe o que são e aí ele vai falando bem devagar gente sento e 11 tiros de fuzil ele da ênfase pra gente cair a ficha que não é não é 38 é fuzil em um carro pequeno e nesse momento porta desmonta porque ela dimensiona o que é aquela barbárie e o pai responde
eu sequer Ten o corpo para enterrar um pai quando dimensiona isso vai segir vai saber gente nem em guerra se atirem o corpo 111 vezes porque em guerra a gente economiza munição nem Guerra Não tem um corpo alvejado com 111 vezes por que que a gente deixou benilda quando Traz essa esse tópico nos leva a fazer a seguinte pergunta eu estava na USP nesse dia ou ou melhor no dia seguinte a USP não fechou o Senac certamente não fechou a PUC não fechou o Jornal Nacional que deu notícia não encerrou em silêncio os órgãos públicos
tribunais não fecharam os órgãos federais os Ministérios também não fecharam o Brasil funcionou na sua mais Cândida ordinariedade a presidenta Dilma que eu trabalhei no governo dela não decretou luta oficial por dia nenhum o que que isso significa Brasil significa que nós não fomos nós que atiramos nesses meninos Nós não somos culpados Mas nós somos responsáveis nós matamos esses meninos duas vezes eles foram mortos com 111 tiros de fuzil e eles foram mortos pela linguagem nós não falamos nós não comovemos aí a gente pergunta Assim Que País é Este Quem Somos Nós perdemos todos eles
perderam a vida cada uma de nós aqui perdemos a possibilidade de firmar território na humanidade Nós perdemos Nossa humanidade a gente pode dizer Nossa Rosan mas eu nem soube da Notícia Ok mas até quem não soube da notícia também perdeu a cota da sua humanidade ou seja esses episódios nos redirecionam ao que o Adorno diz o que é o princípio básico da educação nós precisamos priorizar todas as nossos objetivos macro ou M A partir dessa ideia de barbárie vocês podem me perguntar mas Osan eu dou aula sei lá de hotelaria como é que eu posso
não é preciso a gente trazer pros nossos jovens nossos estudantes ou adultos o tema específico dos Direitos Humanos embora eles sejam bem-vindos só basta a gente antever nas nossas salas de aulas a possibilidade da gente construir cidadãos de modo a se sensibilizarem com esse tipo de de situação a indignação gente é o primeiro passo pra gente construir uma educação civilizatória Por que nós não nos comovemos Por que que nós não choramos com esses copos e o chorar não é as lágrimas não tenhamos dúvida se isso tivesse acontecido em Moema nos Jardins primeiro não teria um
tiro de de fuzil sequer Mas vamos cogitar que algo semelhante pudesse acontecer nos Jardins em Vila Nova Conceição em Moema em Copacabana no Leblon esse país viria abaixo Ministro do STF certamente iriam soltar algum tipo de nota dizendo que a gente estaria vivendo no estado de sessão Presidente da República soltaram twitters governadores diriam que tomar as medidas drásticas necessárias Esse silêncio diz muito esse silêncio diz que nós estabelecemos uma uma na fronteira entre corpos humanos e corpos não humanos e com os não humanos tudo é autorizado estuprar violar torturar não é a toa que quando
a gente quer destacar as pessoas da comunidade humana a gente animaliza mulheres são galinhas gays são negros são macacos judeus São ratos não é à toa essa operação ela não é fortuita ela diz que quando eu destaco sobre esses corpos que não são humanos eu posso fazer tudo ou quase tudo e aí isso nos leva a pensar a sempre a gente fala assim a educação parece que é panaceia né Ela é e não é mas é preciso sim a gente voltar eu assisti em 2016 uma peça aqui em São Paulo uma Peça a peça era
de um um diretor francês o elenco francês eles ficavam todos NS no palco e ele foi dar uma entrevista depois era uma peça assim muito Papo Cabeça uma peça aparentemente difícil de digerir e Perguntaram para ele sobre o que que a peça significava e ele disse que na verdade ele queria com aquele espetáculo demonstrar que o humano não é algo que nos é dado quando a gente n n o di boá que era o diretor da peça ele diz uma frase muito bonita ele disse o seguinte que se ao nascer nós somos chamados de humanos
de seres humanos essa etiqueta essa designação ela não é garantida para toda a vida porque a humanidade é algo pela qual a gente tem que lutar perpetuamente ele dizia que a humanidade e humano é como um jardim se a gente não cuida Nós perdemos a nossa cota de humanidade e nós podemos nos tornar simplesmente seres viventes ou Como diria o gilo deleuse o que nos faz humanos é que a Nós seres humanos não é dado o direito de tudo dizer porque o tudo dizer corresponde ao tudo fazer não se trata de censura se trata da
interdição primária que nos garante o ingresso a chamada civilização portanto falar em educação e falar em Direitos Humanos É de fato a gente retroceder e dizer assim já que a gente não tá bem na foto como eu disse inicialmente como é que a gente pode não descer mais para playr eu acho que a pandemia foi uma oportunidade Bacana paraa gente dizer das nossas as casas eu não volto mais já que o micro o que que os financistas diziam que o mundo não poderia parar o dinheiro tinha que circular globalmente um microvi disse assim o mundo
pode parar já que o microvi que parou o mundo e matou muita gente mostrou que o mundo pode parar eu isso claro é uma posição radical minha gente não extremista radical de dizer assim já que a gente parou com a covid a gente deu oportunidade de dizer assim a gente não volta mais para o playground a gente não pode admitir um Brasil em que os jovens na pandemia eles não estudaram não é porque eles tinham preguiça eles não estudaram gente porque hora a hora a gente descobriu que as famílias pobres brasileiras mesmo as chamadas de
classe média baixa eles não tem computador eles não estudaram porque essas famílias não tinham wi-fi ao contrário do que a gente imaginava que dizia Juventude todo mundo na internet que internet cara pálida era rede de dados que não segura uma hora em tela em termos educacionais gente a gente tem uma geração pós pandemia quem tá em São Paulo eu fi vítima de dois assaltos violentos em menos de um ano que eu disse quem assaltou é fruto dessa pandemia eu fui roubada quebrar o vidro do do Uber de maneira violenta e eu tive problemas financeiros enfim
claro depois que você é roubada porque você tem um um prejuízo gigantesco né Eu tive um prejuízo gigantesco eu eu brinco de piag a gente fira pinochet eu fiquei uma semana em casa Aí lá na USPE não não vem você tá muito abalada aí Claro você tá abalada liga a televisão tá da Atena aí da Atena tá falando um monte coisa aí você fala assim é isso mesmo da Tena aí depois eu falei assim gente eu virei pinochet porque Claro você foi roubada naquele momento você não quer pensar em educação e nem Justiça você quer
vingança né você quer Vingança só que uma sociedade ela não se faz com Vingança evidentemente que depois de passada uma semana eu voltei a ser Pag voltei a pensar naquele menino que me assaltou de maneira violenta o segundo me assaltou Eu saindo da aula da PUC e claro dessa fez na foi na bicicleta dessa vez eu corri atrás do menino que tava numa caixa de falsa food corre corre pega ladrão não consegui pegar o celular mas aonde que eu tô querendo chegar com esses dois exemplos eu vou dar mais um exemplo de um casal de
amigos meus Desembargador e ela juíza nesses carrões que eu não sei mais dizer o nome eu sou eu sou que nem marilen F Eu só conheço força quando eu fico esperando Uber eu vejo a placa porque eu não conheço Creta tá não sei o qu mas ele eles têm um desses carrões que eu não sei dizer o nome e ela me contou que ela pegou o celular ela abriu o vidro do carro e ela pegou o celular para para saber da mãe dela que tava doente e ela diz Rosane veem um menino me assaltar e
quando o menino pegou o celular da mão dela ela olhou pro marido que é Desembargador Vejam Só ela é juíza e o intuito o instinto que eles tiveram foi Arrancar o carro e ela disse que e são pessoas progressistas pessoas que trabalham numa outra perspectiva E ela me disse o seguinte R quando ele já tava arrancando nós Nos olhamos e a gente falou assim o que que a gente tá fazendo a gente vai escalpelar esse menino nesse carro e não aconteceria nada com eles ele é Desembargador ele é juíza e ela diz que ficou tão
envergonhada com ação que ela já tava para arrastar o menino com o celular porque ficou uma briga ela segurando a um menino num braço e o outro braço menino com o celular dela ela Soltou o braço do menino e ela diz Rosan a gente não teve nem coragem de correr atrás do moleque tá bom ele roubou o meu iPhone 15 que eu tinha seguro eu vou comprar outro e ela diz olha que nível que nós chegamos eu uma pessoa uma juíza Progressista Eu e meu marido a gente ia escalpelar o menino Esse menino ia ficar
sem pele naquele carro porque a vontade que a gente deu Foi sim foi de sair arrastando ele pelo pelos Jardins e ela disse quando ela para o menino sai andando com o celular lépido e fagueiro e ela olhou esse menino era o menino negro benilda e ela diz esse menino sequer tinha 13 anos de idade não é que a gente tem que ser condescendente é que a gente tem que pensar que esses meninos esses roubos de celulares no Brasil em São Paulo em boa parte do Brasil diz muito respeito de uma educação que fale na
idade de da gente realmente saber que na pandemia não teve não tinha o que que esses meninos serão se não serão influências como muitos acham que vão ser que porque antes era o sonho de de jovem pobre era ser jogador de futebol menino né agora eles querem ser influenciadores digitais quem não cultiva esse sonho gente é o roubo de celular ou na melhor das hipóteses é ser escravinha que com o nome eh eh meio fofo do trabalho plataformização educação e direitos humanos no nosso território na nossa lojinha mais do que a gente ser versado nos
dispositivos na legislação dos Direitos Humanos é a gente tentar responder com os nossos alunos aquele enunciado lindo daquele estudante do Ceará que inclusive se tornou um um filme O que que esse menino diz nunca me sonharam isso vira eu acho que muito de vocês conhece esse documentário essa frase é uma frase linda poética Mas ela é dura e a gente precisa fazer com que esses meninos sejam sonhados não apenas do ponto de vista do ingresso do mercado de trabalho que é fundamental porque todo mundo tem que comer tem que pagar boleto tem que pagar conta
mas além da gente ser o Senac que formou que me formou né hoje eu sou uma pós-doutora dou aula na PUC na USP nunca e nunca escondo essa parte do currículo que eu fiz e curso no SENAC portanto aquelas professoras eu tive duas ou três professoras do Senac elas foram fundamentais mesmo ensinando lá Teclado cego a outra eh máquina a máquinas elétrica e outra introdução a computação elas foram fundamentais do lugar delas técnico a me oferecer balizas éticas de certa forma as professoras do Senac Clarice Joana e Antônia foram fundamentais para eu poderme sonhar elas
foram fundamentais para dizer uma menina negra pode e você pode chegar longe Rosane e você pode responder a uma convocatória contemporânea que diz o poder não é só poder ser Doutora jornalista professora da PUC Mas eu posso ser humana a despeito do racismo e do sexismo Então eu acho que E aí eu terminaria que eu não vejo o cronômetro eh eh e eu vou ler um tro de uma pensadora Bel uma mulher negra que fez contracenou durante muito tempo com Paulo Paulo Freire novamente Paulo Freire esse que eu não canso de de dizer que foi
esculachado pela ignara raivosa pela barbárie brasileira nos últimos anos que a gente precisa em respeito ao Paulo freira ao seu legado sempre falar no nome dele porque o que fizeram com esse homem também é outra pressão da barbárie uma coisa você discordar de uma proposta pedagógica mas ali não se trata mais de discordância se trata de morte né de desrespeito a Bel hooks para terminar a minha fala ela diz ela fala de uma pedagogia engajada ela diz gente que a educação como prática da liberdade é um jeito de ensinar que qualquer um pode aprender esse
processo de aprendizado é mais fácil para aqueles professores que também CR que a sua vocação tem um aspecto sagrado que creem que nosso trabalho não é o de simplesmente partilhar informação mas sim o de participar do crescimento intelectual e espiritual dos nossos alunos o espiritual aqui da Bel não é espiritual no sentido religioso no sentido transcendental ensinar de um jeito que respeite e proteja as almas de nossos alunos é essencial para criar as condições necessárias para que o aprendizado possa começar do modo mais profundo e mais íntimo ao longo de muitos anos como aluna e
professora fui inspirada sobretudo por aqueles professores que tiveram coragem de transgredir as fronteiras que fecham cada aluno numa abordagem do aprendizado como uma rotina de linha de produção esses professores se aproximam dos alunos com a vontade e o desejo de responder ao se único de cada um mesmo que a situação não permita o pleno surgimento de uma relação baseada no reconhecimento e que reconhecimento é esse de que todos nós somos Ou pelo menos devemos ser humanos em um Brasil que viu nos últimos anos frases em camisas dizendo que direitos humanos era para Humanos Direitos e
que falar em presídio é falar em Direito de bandido e não falar em direito do cidadão de bem significa dizer que o reconhecimento que a educação no campo dos Direitos Humanos tem é primeiro lembrar da declaração universal dos direitos humanos não existe educação Direitos Humanos para Humanos Direitos existem Direitos Humanos para todos se a gente lembrar como começa a declaração dos direitos humanos ela começa com duas frases palavras todos ou ninguém todos terão direito a um julgamento justo ninguém poderá ser torturado todos ou seja a declaração dos direitos humanos não passa pano em ninguém o
que a declaração de direitos humanos é diz o seguinte se você roubou você vai ter que ser julgado mas você não pode ser torturado não existe Direitos Humanos para Humanos Direitos até porque Humanos Direitos se a gente pegar a métrica a régua do que faz humano direito aí a gente fica complicado não é cidadão de bem que mata estupra viola é cidadão de bem mesmo né então é preciso que a nossa meta seja como diz b hooks o reconhecimento e falar para mim hoje para mim de educação e direitos humanos é falar desse reconhecimento e
é da gente reatualizar a premissa a convocatória que a dorno fez um judeu olhando para o nazismo Muitíssimo obrigada nós que agradecemos professora Rosane Borges a senhora começou a sua fala falando sobre reordenar os objetivos na educação e depois né a partir desse olhar para todas as questões antecedentes e ao final a senhora conectou com o que ailda trouxe de incentivar sonhos e projetos e me fez lembrar uma frase que a Graça machel trouxe hoje pela manhã quando ela disse pensar a educação hoje como Horizonte de oportunidades para o futuro né então é disso que
a gente está falando e é sobre isso que nós precisamos cada vez mais refletir e ficamos agradecidos aí pelo elogio e honrados em saber que é uma egressa também da instituição e que nos deixa muito felizes Muito obrigado e agora professora Selma Rocha fique à vontade em trazer as suas contribuições eu vou pedir pra senhora se autodescrever inicialmente e na sequência trazer a sua apresentação fica à vontade bem boa tarde boa tarde a a al Darlan em primeiro lugar a todas as pessoas que estão nos assistindo a benilda a Rosane um prazer estar aqui com
vocês eu vou trazer alguns Marcos aqui da apresentação para eh tornar claro essa relação entre Ah tá bom falo mais perto Obrigada eh essa relação entre o que é o um pouco a perspectiva o discurso sobre os Direitos Humanos e os desafios que nós temos tanto no no âmbito institucional quanto naquilo que define os paradigmas os referenciais pra realização da educação bem Eu sou uma mulher branca tenho cabelo eh castanho claro já ficando brancos e eu tô vestindo uma camisa branca uma blusa azul marinho uma saia chadres e eu devo dizer a vocês que eu
sou professora Eu Sou professora desde os 17 anos eu dei aula acho que em todos os níveis da escola pública dei aula no ensino superior trabalhei em governos eu estou agora no mec Mas o que eu sou mesmo é professora Isso quer dizer para mim olhar o tempo todo pra árvore e pra Floresta em educação é impossível impossível transformar alguma coisa olhando só para uma dimensão das questões ou seja olhar para aquilo que é experiência sem olhar paraas reflexões mais Gerais sem olhar paraas reflexões teóricas sobre os Marcos legais mas é impossível o contrário também
ou seja considerar como as coisas se tecem ou pelo menos tentar entender como elas se tecem para constituir ações políticas orientações então considerando aqui o nosso tema eu não sei o que eu fiz com caiu não não acho que eu deixei cair não tá eh ele me deu tá aqui atrás você pega para mim por favor eu deixei cair sem querer eh eu quero começar retomando algumas coisas eu não vi C Obrigada Eh quero retomar um pouquinho os Marcos legais que estabeleceram duas coisas no Brasil bastante importantes uma no contexto da redemocratização a ideia de
que a República Federativa do Brasil deveria se constituir num estado de democrático de direito e a perspectiva nesse mesmo artigo no artigo primeiro da Constituição Brasileira que fala da dignidade humana isso não aconteceu por acaso na Constituição de 88 iso tem a ver com a nossa o nosso longo período de ditadura que além de todos os processos de violência que acho que a maior parte das pessoas já já conhece ou já de alguma forma contato há uma outra coisa que foi o reforço a todas as tradições históricas do nosso país que excluíram promoveram o racismo
promoveram as dimensões de exploração da mulher e que de certa forma ataram laços com aquilo de mais violento que a sociedade brasileira construiu eh na sua história os governos ditatoriais não aconteceram por acaso obviamente eles tiveram fatores exógenos interesses da da da ordem capitalista Mundial mas eles também atenderam e dialogaram com tradições internas ao Brasil e essas tradições internas são profundamente violentas e excludentes um país que teve quase 400 Anos de Escravidão eh não vai acertar as suas contas se não retomar os fundamentos daquilo que opera a exclusão de muitas formas a educação é um
desses meios não é o único e é importante que a gente saiba disso existe muita coisa a ser feita ainda para que a noção de dignidade humana seja de fato assegurada eh mas evidentemente a educação é uma dessas dimensões a partir daí e por conta da própria história recente do Brasil e lá em 88 o Brasil passou a ser signatário eh de um conjunto de tratados internacionais globais regionais e esses tratados de proteção aos direitos humanos eles passaram a ter força constitucional pelo que tá estabelecido na própria Constituição eh o Brasil reconheceu também a jurisdição
da corte interamericana de direitos humanos e do estatuto do tribunal penal internacional isso é importante porque em várias situações o Brasil tem sido denunciado eu tô não tô me entendendo bem aqui com eh e é importante que esta condição eh muitas vezes de denúncia sofrida pelo Brasil eh em determinadas situações inclusive pela corte interamericana eh possam fazer com que a sociedade brasileira e a América Latina olhe para si mesma isso teve e tem Impacto eh por algumas razões que são bem maiores só do que o Brasil né se nós olharmos pro da globalização dos últimos
pelo menos dos últimos 30 anos e a maneira como esse processo estabeleceu mecanismos ainda mais audazes e violentos do movimento do Capital em torno dos seus interesses nós vamos verificar que o comprometimento da Liberdade o comprometimento da Democracia o comprometimento dos direitos civis políticos sociais e da própria dignidade de diferentes maneiras é Um Desafio em muitos países Às vezes as pessoas falam da Europa como se os direitos a educação por exemplo né tivesse sido adquirida com a Declaração dos Direitos do Homem isso não é verdade a Revolução Francesa declarou alfabetização como uma das suas prioridades
10 anos depois não tinha acontecido nada na França por uma simples razão era preciso de mãos pouco escolarizadas para realizar o trabalho pesado que a indústria nascente demandava e entre uma coisa e outra era melhor não alfabetizar as maiorias esse não é um conflito eh apenas do Brasil e da América Latina é muito importante que a gente trate essa questão no seu contexto por quê Porque ao considerar que direitos não são estáveis embora tenham sido objeto de muita luta social é necessário que nós percebamos que esses direitos não estáveis resultam de luta social de conflito
vejam eh a UCA o direito à educação na maior parte dos países da Europa e dos Estados Unidos se configurou como tal depois da segunda guerra de verdade e olhe lá então para nós pensar na condição dos direitos humanos e da educação como um direito humano significa lidar com todos os esforços históricos e desta época no sentido de uma vez mais transformar educação em algo instrumental que permita um dado desenvolvimento as maiorias sociais isso não é uma coisa Qualquer no nosso tempo isso significa que tem gente no mundo hoje que investe em educação como investe
em time de futebol e o que der mais tá tudo bem não tem direito humano que sobreviva essa lógica então é preciso que nós entendamos o lugar disso pensar que sem a ideia do oposto do que significa instrumentalização das maiorias não haverá possibilidade de garantia efetiva daquilo que nós chamamos dignidade humana isso não tá dado eu diria que não tá dado mais em sociedade nenhuma é claro que as sociedades que as conquistas são maiores mais fortes por conta da luta social isso aí não é só dádiva eh das revoluções iso é resultado de conquista social
eu volto a dizer então vejam eh paradoxalmente algumas questões foram se tornando na história humana mais recente questões que T força hoje no Brasil apesar de toda a barbárie à qual os professores fizeram referência aqui o tema da desigualdade o tema do racismo do combate do preconceito a orientação sexual das pessoas a exploração violenta da mulher e a violência física e psicológica e simbólica contra a mulher todas essas questões Elas têm sido objeto de denúncia e tem permitido não só no plano da linguagem e da luta simbólica lutas reais manifestações reais das pessoas isso temse
expressado também nas leis Então por que que eu tô falando disso por eh é muito importante que nós transformemos a nossa indignação a nossa dos processos em ações ações que T muitas formas de se expressar muitas formas de acontecer eu não tô falando aqui só dos processos de manifestação nas chamadas eleições nacionais municipais estaduais Não é disso que eu tô falando eu tô falando da ação A escola é um lugar que pode ajudar muito nessa direção mas eu quero chamar a atenção de vocês para algumas bases eh legais que nós temos no Brasil que nos
fazem pensar sobre como é que o discurso sobre os direitos não só humanos e as práticas sociais institucionais se estabelece isso é um desafio que envolve pensar ação eu eu tô falando disso inclusive para poder falar do Plano Nacional de Educação vej para que nós possamos de fato pensar o que significa realização dos Direitos Humanos O que é isso nós não podemos ignorar que na década de 90 foi produzido um dos documentos mais importantes do Brasil que foi o eca Por que que o eca é tão importante não é só porque o ECA ioniza aquilo
que todo mundo tem direito no plano social eh e dos direitos sociais dos direitos políticos dos direitos civis dos jovens mas também das crianças como direitos humanos e sociais mas porque o eca estabelece uma um um primado dos mais importantes no mundo que o direito da criança e do jovem é dele não é da família não é do estado e não é de antes da Criança e do próprio jovem é por isso que o eca foi tão atacado nos últimos anos aí por esses moços todos que a professora nos lembrou que existem no brasiles e
fofos é pois é esses aí por que que o eca foi tão atacado porque o que tava em discussão era deslocar a escola pública território das opções ideológicas individuais da família não é à toa que recorrentemente nós escutamos isso por aí quem decide o destino de uma criança é a família não não é bem assim a família tem a responsabilidade pela criança mas o direito dela é inalienável no Brasil seja por causa do ECA seja por causa da Constituição então o direito à escola é o conhecimento é dela não é da mãe Do pai e
nem do estado e esta é uma questão para essa conversa sobre os direitos humanos por quê isto tudo tem implicações nas Tais diretrizes nacionais curriculares em Direitos Humanos de 2012 no plano nacional de educação em direitos humanos e no desenvolvimento de tudo que acontece nos sistemas educacionais nas escolas Por que que isso tem implicação porque isso diz respeito à consideração dos sujeitos tal e qual ele ele se apresentam Isso parece uma coisa óbvia mas não tem mais nada de Óbvio no Brasil porque mesmo os textos sobre direitos humanos se apresentam de forma prescritiva é muito
interessante olhar é assim o que deve ser quer ver vou mostrar aqui para vocês um pouquinho eu não tô dizendo com isso que não tem que ter os princípios e os textos não é isso mas é como é que isso se articula com o Real Então vamos lá o os princípios da educação em Direitos Humanos previstos nas diretrizes envolvem a dignidade humana a igualdade de direitos reconhecimento e valorização das diferenças e diversidades a laicidade do Estado a democracia na educação a transversalidade vivência e globalidade perspectiva de abordagem aqui neste caso interdisciplinar sustentabilidade ambiental depois depis
nós temos no plano nacional de educação em direitos algumas proposições e no campo das ações então eu fiz aqui um pequeno resumo porque são muitas coisas apoio técnico e financeiro a projetos de capacitação da sociedade civil em Direitos Humanos conteúdos curriculares obrigatórios e atividades complementares nas escolas sensibilização das autoridades gestores e responsáveis pela segurança cursos de especialização em direitos humanos e sua utilização para certificações fortalecimento das ouvidorias construção de infraestrutura e bancos de dados para educação em Direitos Humanos construção de programas nas penitenciárias e junto às academias de polícia entre outros aspectos bom por que
que eu eu eu fiz referência à natureza da prescrição porque não é possível assegurar boa parte da desses princípios que foram eh formulados na lei se nós não construirmos políticas e essas políticas não envolvem só a ação da escola eu tava brincando aqui na hora que nós estávamos tomando café sobre a cultura de paz não é evidentemente que eu não tô aqui defendendo a cultura da guerra é óbvio Mas por que que eu quero falar da questão da cultura de paz porque às vezes acontecem uns cursos de formação no Brasil muito curiosos nós temos que
Educar para a paz e como é que faz quando não há paz na porta de uma escola e há crime a formação de professores dá conta disso não não dá e não dará porque não é um problema de Formação é de providência institucional E se eu não tenho uma política para sustentar essa Providência institucional os professores passam ser eles e todos os educadores de uma instituição educacional alvos daquela situação quando eu falo alvos daquela situação eu não tô falando só dos crimes daquilo que se encontra nos territórios eu tô falando da violência doméstica quando alguém
pega uma criança que vive estupra e leva pro Conselho Tutelar quantas vezes essas pessoas viram alvo nas suas comunidades nós estamos contando alguns casos na entrada desse debate A esse respeito que merecem atenção porque isso significa que a construção de políticas não depende só da escola e muito menos só do professor e que a escola não é uma federação de salas de aula com bons professores formados seja lá onde for uma escola tem cultura tem experiências e essas experiências que a escola vive precisam estar na cena do debate pedagógico e curricular não é possível falar
em Direitos Humanos sem Direitos Humanos sem falar dos humanos por exemplo que tem experiências reais nos seus territórios mas tem experiências reais nas suas famílias e na escola a escola é um lugar em que as relações não são simples essa ideia de que toda a violência vem de fora me desculpem não se sustenta a escola é um lugar de conflitos sérios e eu não tô dizendo que isso é a responsabilidade dos professores não é não se se trata de culpar ninguém eu tô dizendo que a a a escola é um lugar onde os conflitos sociais
estão representados e precisam ser encarados não não se pode ter medo dos conflitos a gente tem que ter preocupação com a destruição das pessoas isso é outra coisa resolução de conflito sem o uso da violência é um dos maiores desafios do nosso tempo e é possível agora tem que saber de quem é responsabilidade do qu bom uma das coisas que me parece fundamental para falar em Direitos Humanos é o debate sobre currículo por quê não é só falar no currículo sobre direitos humanos é considerar no currículo a experiência social cultural cognitiva dos sujeitos que estão
lá isso não é uma tarefa simples e nem pode ser tratar como objeto de um discurso sobre currículo vazio Por que que não é simples porque para construir uma coisa chamada mediação do que tanto nos falou Paulo Freire precisa de Rigor precisa de estudo precisa de identificação investigação precisa de sistematização e isto precisa de tempo dos professores nosso país hoje tem 51% dos professores contratados de de forma temporária Essa é uma das grandes batalhas que nós vamos ter que travar No plano nacional de educação por que isso porque tem um monte de gente que quer
colocar plataforma nas escolas que quer entregar escolas pro setor privado gerir e quanto menos professores com os pés fincados nas suas comunidades tiver melhor porque não fez o que é para fazer vai embora desculpe a simplicidade mas é assim assim desse jeitinho que eu tô falando e qual é o problema disso é que não é possível falar em qualidade educação integral relação com os direitos humanos consideração da experiência social e na escola como um centro que produz cultura se eu não tiver professores que se dediquem a isso e equipes da secretarias que se dediquem a
isso portanto embora o plano nacional tenha que ter metas evidentemente as metas não resolvem tudo não é o produto é o processo com o produto e esta questão é chave para nós pensarmos O que é mediação nas escolas não basta transmitir conteúdos tem uma conversa que se estabeleceu da década de 90 para cá que é bastante preocupante é a seguinte todos têm que ter direito à aprendizagem e esse processo tem que ter cuidado sim como é que faz isso sem matar a aprendizagem e Equidade Eis a questão porque se a escola não é um lugar
de elaboração de todas essas tramas que nós estamos tratando aqui e se isso não é tratado no âmbito da política educacional das instituições que dirigem as escolas não é possível comp participação da sociedade eu quero sublinhar não é possível pensar em tratamento dos conflitos Aliás não é possível pensar nem na identificação dos conflitos porque com essa lógica eles não podem aparecer não é funcional não é funcional alfabetização não é funcional ao acesso à matemática e à linguagem não é funcional ao conhecimento das ciências então vejam o processo de mediação numa escola de construção do currículo
e da retomada e ressignificação da experiência cultural é algo absolutamente fundamental para que o direito humano seja respeitado mas é algo fundamental também para que nós não temos não tenhamos a exclusão de milhares de pessoas no planeta Vamos tomar o caso por exemplo da questão ambiental alguém em san consciência acha que nós vamos resolver os problemas ambientais sem uma ação multidisciplinar fecunda profunda da biologia da química da física olhem pra pandemia a integração a integração bom aí eu digo o seguinte Esses são os doutos senhores que vão pensar o mundo mas pras maiorias sociais português
matemática e uma coisinha mais se der problema é que uma sociedade não faz não se faz apenas com aqueles que têm o domínio da razão essa é uma ideia né imagino eu que já tenha sido superado há uns dois séculos atrás mas o problema dessa conversa é que ela foi retomada com força os melhores têm que dirigir os melhores têm que pensar e as maiorias se tudo correr bem podem trabalhar e ter domínio de uma partezinha do conhecimento essa partezinha não dá conta da complexidade das relações que nós estamos vivendo e não dá conta no
cotidiano das relações humanas Não é só na hora da formulação da proposta porque na vida real as coisas se tecem e se a pessoa não tá alfabetizada eu sempre falo isso há senhores que T carro blindado casa blindada Vida Blindada mas se sofrer um acidente na Avenida Rebolsas aqui vai ser levado para um hospital mais perto que pode ser um hospital público e se o cidadão que o receber não tiver formação a vida dele pode estar em risco mesmo com tudo blindado não há possibilidade de superação desta condição de barbárie sem socialização da experiência cultural
e dos direitos não só humanos não há por quê Porque eu não consigo tratar problemas complexos só no alto da escala sociedade não se apropria deles e não entende a complexidade logo não age então vejam essa é uma dimensão e tem uma outra muito importante no interior das escolas que diz respeito e aos sistemas que diz respeito aos valores nós queremos que as práticas escolares favoreçam e experimentem a cooperação e o respeito ou a competição e o individualismo Isso é uma pergunta simples que é incentivada todos os dias quando eu digo eh os melhores têm
que ser premiados e os piores eu não sei o que devem fazer né Eu sempre fico me perguntando eu se eu for eleita a pior eu faço o que no outro dia de manhã tem um discurso curioso que é o seguinte eh as boas práticas elas contaminam contaminam como se eu não tiver os fundamentos para transformar minha prática isso não é mágico isso é pensamento mágico isso não tem nada que ver com a realidade me desculpem Então para que haja de fato trabalho sério rigoroso e transformador precisa ter cooperação e Respeito precisa ter liberdade de
opinião e organização precisa ter respeito à pluralidade de ideias e opiniões Tá lá na Constituição mas isso sofreu muitos ataques nos últimos tempos é preciso priso combater todas as formas de preconceito e crimes como racismo é sempre bom lembrar que racismo é crime no nosso país bom estas considerações nos fazem entender que a escola é um lugar que pode e deve experimentar práticas democráticas e o sistema educacional também na elaboração agora do Plano Nacional de Educação nós vivemos uma situação dificílima por porque nós tivemos grupos no Brasil que não queriam que o plano fosse pro
Congresso porque queriam prorrogar O anterior e não querem os planos estaduais e municipais e declaram isso todos os dias o que é que fez com que nós tivéssemos força para estabelecer essas metas e por e eu quero falar no final uma última palavra sobre os planos foi exatamente a participação social a retomada das conferências A retomada do fórum Nacional nós vemos nesses espaços toda sorte de opiniões de formulações convergentes divergentes mas o que acontece acontece sínteses para chegar à formulação do projeto de lei que envolveu os grupos de trabalho técnicos criados no âmbito do ministério
de educação e o processo das conferências que foram atacadas ameaçadas nós sofremos ameaça até hoje no mec por conta da realização das conferências então vejam da mesma forma é preciso construir pontes com os conselhos de escola com os grêmios mas Sobretudo com a resolução de conflito sem o uso da violência não adianta ter conselho de escola e fazer aqueles comentários que acontecem muito em salas de professores em corredores do tipo mas também com aquela Mãe aonde ele vai como se ele tivesse escolha o que faz uma criança com um comentário desses ela não tem repertório
para transformar isso e ela fica com a voz da professora da escola ou da instituição escolar ecoando no seu ouvidinho sem instrumento nenhum para se defender dessa loucura ou que faz uma criança negra cujos Abraços são negados ao longo da da história dela na creche na educação infantil que ela faz com isso na adolescência sem ter a mínima consciência muitas vezes de que isso está acontecendo isso é currículo isso tem tudo a ver com os direitos humanos o abraço negado a percepção dos seus problemas a percepção das suas condições A negação dessa percepção com o
olhar com o corpo do outro é uma forma de exclusão profunda e talvez uma das mais covardes porque o cidadão não tem como lá no ensino médio como reagir a esse negócio bom então vejam abrir a escola comunidade e realizar as conferências nacionais de educação são parte do mesmo processo que é trazer o conflito à luz do dia a existência do espaço público para a manifestação do conflito como apontou a han E tantas outras pessoas por aí é algo absolutamente essencial no nosso tempo para que as pessoas enxerguem por onde o conflito passa às vezes
não é nem para resolver o conflito Mas é para saber que ele existe porque muitas vezes A negação dos Direitos Humanos tem a ver com o fato de que as pessoas não conseguem reconhecer a sua negação uns porque não querem outros porque que não sabem então vejam eh neste plano nacional e eu quero acabar com esta esta indicação eh nós avançamos bastante na ideia de Equidade de combate às desigualdades e muito fortemente na afirmação das experiências de diversidade de combate a discriminação Por que que ter um plano é importante eu queria terminar com isso porque
se nós pegarmos o Brasil há 30 anos atrás a quantidade de ações espetaculares Que nós tínhamos no campo da educação era uma coisa extraordinária os governantes iam pros programas eleitorais pra TV falar das suas ações mirabolantes por que que isso diminuiu no Brasil porque a existência dos planos dos planos estaduais e do Plano Nacional de alguma forma chamam a atenção da sociedade do Ministério Público dos tribunais de conta para um plano que às vezes foi construído por uma consultoria qualquer fica lá no cantinho mas na hora de elaborar o programa de governo na hora de
declarar o que tá fazendo precisa pegar o plano na mão outra vez e dizer isso aqui existe e esse simples fato mudou muita coisa no Brasil embora as metas não tenham sido atingidas Até porque não foram coordenadas o plano nacional não foi coordenado no país e os planos estaduais municipais também não e se que as instâncias de cooperação Federativa que estavam previstas na lei do plano foram instaladas devidamente apesar de tudo isso houve uma mudança em quase todas as metas no Brasil para melhor por quê Porque apesar de todos os problemas houve um esforço de
alguns municípios de muitos municípios de estados para fazer valer algumas políticas em função da Ampliação dos recursos do fundeb e de esforços institucionais que não podiam ser completamente destruídos pelo governo anterior então vejam nós no podemos simplesmente achar que o plano é uma Peça burocrática o plano é uma referência é um conjunto de diretrizes e metas que nos orientam na direção da superação de um conjunto de problemas do país que precisam ser superados esses problemas não serão superados só com metas é preciso E isso tem a ver com o tema da nossa conversa que determinados
diferenciais possam seguias para ação social e isso vai muito além da educação mas é imprescindível que nós saibamos que um lugar onde as pessoas se encontram todos os dias com seus professores muitas vezes com os pais ou responsáveis Seja lá o que for para trabalhar conteúdos é uma extraordinária oportunidade de também trabalhar valores e de se disputar o destino De Milhões de crianças esta conversa de porque alguém não tem família não deva ser objeto do tratamento da política educacional e da escola é parte da barbárie nós ao contrário disso devemos transformar a nossa ação seja
no âmbito da política educacional do Ministério da ucação dos Estados dos Municípios e das escolas em lugares para disputar o destino De Milhões e assegurar que as pessoas tenham acesso aos fundamentos da cultura no seu tempo possam pensar-la repensá-la reformular Se quiserem para tomar as decisões que acham que na vida societária podem ser tomadas Isto é a condição de existência de um sujeito que que possa desfrutar da dignidade da sua existência acho muito importante essa inicitiva que vocês adotaram por porque o debate sobre essas questões faz com que todos nós possamos repensar o que fazemos
mas mais que isso nos coloca desafios práticos eu não separo os desafios intelectuais dos Desafios práticos porque é impossível seja lá onde nós estivermos esses valores essas perspectivas podem nos convidar a agir numa sociedade Que precisa tanto da ação para se transformar então muito obrigada nós que agradecemos professora Selma Rocha Obrigado pelas suas palavras que tanto contribuem e somam as palavras da benilda da Rosane a escola como um espaço de promoção das práticas democráticas e o currículo que considere a integralidade do ser que é o que nós falamos ao longo de toda essa tarde E
Agora Nós já vamos para os encaminhamentos finais e eu agradeço mais uma vez a presença de vocês por fazerem parte deste evento e por contribuírem para um debate tão enriquecedor sem dúvida as informações compartilhadas hoje serão muito importantes para o estímulo ao diálogo e a reflexão sobre a educação e os temas atuais agradecemos também às equipes envolvidas que se dedicaram à organização da mesa e do evento gostaríamos de reforçar que a nossa programação continua amanhã tendo como tema o papel da educação profissional na formação para o mundo do trabalho esperamos contar com a sua presença
em mais uma sessão de muito aprendizado nós temos aqui duas perguntas que encaminharam mas devido ao passar das horas e da necessidade de nós cumprirmos eh com o compromisso feito as respostas serão encaminhadas posteriormente diretamente aos colegas que encaminharam então rodri Rodrigues Israel Rodrigues Souza Santos e reivax nós encaminharemos a resposta a vocês ao e-mail então Fiquem tranquilos nós direcionaremos as professoras e encaminharemos amanhã a nossa mesa começa às 15 horas e será uma excelente oportunidade para explorar o papel dos novos elementos tecnológicos presentes no mundo do trabalho e a formação de jovens nesse cenário
refletindo Como a educação profissional tem o papel de integrar não somente tecnologias e novas demandas mas principalmente as pessoas e as suas relações com o mundo continuem acompanhando a nossa transmissão ao vivo pelo canal do Senac São Paulo no YouTube nós nos encontramos aqui amanhã às 15 horas Muito obrigado e até lá