Briefing sobre as viagens do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Rússia e à China

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Ministério das Relações Exteriores — Brasil
O Secretário de Ásia e Pacífico, Embaixador Eduardo Paes Saboia, e a Secretária de América Latina e ...
Video Transcript:
Obrigado. Bom dia. Eh, nós temos aqui duas visitas do presidente Lula.
Ah, primeiro é a liga Rússia, tá? Parte hoje à noite, né? E, eh, é uma visita que para marcar os 80 anos da do dia da vitória, o final da Segunda Guerra Mundial.
O Brasil se engajou eh nessa nesse esforço para vencer o nazifascismo e e ao mesmo tempo haverá um encontro do presidente com o presidente Putin. O presidente Lula já esteve na Rússia eh em 2005, 2009, 2010 e o presidente Putin esteve no Brasil em 2014 e 2019. Eh, então é uma uma oportunidade também para uma conversa com eh com presidente Putin.
Eh, o Brasil é um país que eh que busca paz, que busca que tem um diálogo com a Rússia em vários assuntos, né? Eh, o Brasil eh tem uma relação também comercial importante, não é? Russia, nós importamos eh fertilizantes, exportamos produtos do agronegócio, queremos e importamos também, queremos reequilibrar a nossa balança comercial e haverá nessa comitiva eh participação do ministro das Minas e Energia e da ministra da Ciência e Tecnologia.
Então, a previsão de assinatura de alguns atos na área de ciência e tecnologia. E é uma relação que também estruturada. Nós temos mecanismos de diálogo com a Rússia, temos a Comissão Brasileiro eh Rússia de alto nível de cooperação, que é copresida pelo vice-presidente FM e e é uma expectativa de fazer uma nova edição dessa dessa comissão de alto nível no segundo semestre desse ano no Brasil.
Hã, eu acho que é isso que eu posso dizer sobre a aí da Rússia. Passo a visita à China, né? E depois novamente perguntas.
A visita a China, eh, e embaixadora Gisela poderá dizer, ela ocorre eh, contexto dessa reunião da Cel China, mas haverá também uma visita de estado. Eh, 12 e 13 de maio é a quarta visita de estado do presidente Lula a China, a terceira visita de estado entre os presidentes em pouco mais de 2 anos. Bom, a magnitude da relação com a China é eh conhecida.
Eh, bom, do ponto de vista comercial, a gente costuma dizer que as nossas exportações paraa China são superiores às nossas vendas para os Estados Unidos, para a União Europeia, né? O Brasil é o sétimo principal fornecedor da China. Eh, mas é uma relação que tem um alto nível de institucionalização, é uma parceria estratégica desde 1993, a primeira parceria estratégica da China pro país desenvolvimento, eh, parceria estratégica global, a comunidade de futuro compartilhada por um mundo mais justo que o planeta sustentável em 2024.
E temos um amplo diálogo com a China em todos os os campos, né, em defesa do multilateralismo, eh na questão do da mudança do clima, eh no bricks no G20. E então é uma é um momento de eh depois da visita do presidente TP, acho que ficou bem claro a ideia de explorar novas vertentes de cooperação. Ah, tem como se sabe uma força tarefa que trabalha a questão das sinergias entre as estratégias de desenvolvimento no Brasil e o as iniciativas como cinturão e rota.
Então, eh, isso certamente estará na agenda dessa visita, assim como a, digamos, a, a visão eh muito eh convergente dos dois países em matéria de defesa do multilateralismo, eh defesa da reforma da governança global e apoio às soluções pacíficas, né? Tem a iniciativa do grupo de amigos da paz, Brasil China. Eh, e também eh os dois países conversam sobre outros conflitos, né, inclusive eh Oriente Médio.
Então, eh temos uma delega comitiva com muitos ministros e haverá assinatura de muitos atos, como sempre acontece com a China. E, enfim, acho que para palavras introdutórias isso o que eu tenho a dizer. Gente, bom dia a todos.
Eh, eu estou aqui para falar eh da quarta reunião do fórum CELAC. Eh, eu não preciso ressaltar a importância da CELAC para o Brasil, a importância que o presidente Lula atribui à integração regional. Tanto que o primeiro ato internacional do seu governo foi exatamente ir à cúpula de Buenos Aires em 2023 e retornar a CELAC, da qual havíamos saído em 2019.
Eh, não preciso dizer também que a CELAC ela emerge quase uma iniciativa brasileira da fusão do grupo do Rio com as cúpulas da América Latina e Caribe em 2011. E a partir daí o Brasil sempre deu muita importância, exceto nesse período em que estivemos ausentes. Mas depois de retornar, recordo o presidente Lula participou das três cúpulas subsequentes, Buenos Aires, eh depois eh San Vincent Grenadins, e agora mais recentemente e em Honduras e também da cúpula União Europeia eh Selacão Europeia.
Isso para dizer, e aí já puxo para cá, que a vertente externa da CELAC, do diálogo com outros países e agrupamentos, é uma vertente das mais importantes da SELAC, que na verdade eh ela confere assim unicidade e dinamismo ao diálogo dos países com suas contrapartes em outras regiões. Existem diálogos bem estruturados com a União Europeia, com cúpulas eh bianuais nas duas regiões, recordando que este ano deverá haver uma cúpula selacá a União Europeia na Colômbia, que é presidenta da troica e falaria aí da troica, com a União Africana, com a China, evidentemente, com o Conselho de Cooperação com o Golfo, com a Índia, com a Turquia. Então são diálogos com grandes potências, países e grupos eh que eh a CELAC mantém, recordando que a CELAC é o único organismo de integração que reúne os 33 países em desenvolvimento da América Latina e do Caribe.
Eh, como só recordando, a CELAC se organiza em formato de troica e as reuniões, na verdade, desse fórum são troica ampliada. A troica atualmente é o país que deixa, que foi a Honduras, o país que tem a presidência para o tempor ano, que é a Colômbia, e o país que entrará o ano que vem que é o Uruguai, mais a presidenta da Caricon, que é Barbados. Então essa é a troi campeada, mas a China fez questão de convidar também, vamos lembrar que esse fórum é um fórum ministerial.
A a esse fórum se organiza numa reunião ministerial a cada 3 anos, num diálogo de ministros da troica com a China, que se realiza geralmente à margem da Assembleia Geral da ONU. Reunião de coordenadores nacionais, está ali a minha coordenadora nacional, embaixadora Daniela Benjamim. Se quiserem maiores precisões, é com ela.
E alguns subfóruns de reitores, de partidos, cúpula empresarial, fóruns temáticos, tem uma intensa atividade interpulas ou não é cúpula, interfórums, né? Eh, então, eh nós estamos trabalhando, então, para o dia 13 de maio. Haverá essa cúpula, esse fórum Celaxina, eh, organizado da seguinte maneira.
Inicialmente haverá uma abertura que será essa abertura com alguns presidentes. Foi uma iniciativa da China de nesse fórum convidar esses presidentes. Então falará o presidente Jinping, seguido do presidente.
Acho que talvez a troica, a ordem, eu não sei direitinho, mas vamos supor que seja a troica, Honduras, eh Colômbia e o eh Uruguai e depois Barbados e o presidente Lula. Não sei exatamente a ordem, mas esses cinco presidentes farão parte desta abertura, seguida de um almoço e depois à tarde o fórum dos ministros de relações exteriores. E temos mais ou menos a a comunicação informal de que estariam confirmados cerca de 17 dos eh 33.
Eh, nós estamos trabalhando numa declaração conjunta e num plano de ação para o triênio 2025 2027. vários temas de interesse do Brasil, como economia digital, conectividade, gestão de risco de desastres, mas também comércio investimento, saúde, segurança alimentar, nutricional, ciência, tecnologia, transição energética. Então, é um fórum ao qual o Brasil atribui enorme importância como um eh a SELAC, né, em si, como um fórumo privilegiado de concertação e diálogo.
E de novo, essa vertente, a CELAC como um interlocutor privilegiado da região com outros com outras regiões. Só lembrando uma última palavra em relação à China, o comércio da região, claro, muito impulsionado pelo Brasil, mas passou de 102 bilhões em 2007, o intercâmbio comercial para quase 500 bilhões eh de dólares em 2022, que era o último dado que eu tinha. Então, eh tem tem uma grande relevância para muitos países.
Essa oportunidade, países menores de diálogo com a China é potencializada. Eles dão muita importância, porque se pro Brasil é fácil ter uma parceria estratégica com a China, nem todos eh os países têm essa facilidade. Inclusive, alguns membros não têm relações com a China, mas participam desse fórum, atribui enorme importância, porque nesse plano de ação há muitas iniciativas e projetos de interesse em todas essas áreas que são importantes para esse grupo de país.
Então, não sei se falta alguma coisa, Daniela. Senão também estou aberto a perguntas eh depois aqui da de que o Eduardo responde. Obrigada.
Eh, Ricardo de La Coleto, da FA de São Paulo. Em embaixador, embaixadora, eu tenho uma pergunta para cada pro embaixador Saboia. Queria saber se o senhor poderia detalhar a comitiva do presidente Lula e se existe perspectiva de alguma bilateral para além eh da reunião com o presidente Putin.
Eh, paraa embaixadora Padovan, eh na última reunião da CELAC, eh, que aconteceu em Honduras, um dos dos objetivos que o Brasil buscava era fortalecer a posição de um possível candidato da região para a Secretaria Geral da ONU, eleição que acontece no ano que vem. Eu queria saber se isso vai est na pauta dessa reunião eh do fórum empresarial e uma das candidatas que tem eh uma afinidade política com o Brasil, que é ex-presidente Michele Bachelé, uma das virtuais candidatas, eh ela tem um problema muito sério com a China por causa do relatório que ela fez quando ela era auto alta comissária de direitos humanos na ONA para saber se eh com a avaliação do Brasil, se existe possibilidade eh de conversar com chineses e de certa forma sensibilizá-los eh por uma caso eh se confirme a candidatura da ex-presidente Bachelê, eh de, enfim, sensibilizar os chineses eh para essa candidatura. Muito obrigado.
Inclusive vou ter que recorrer aqui a Daniela para atualizações em relação a essa declaração, mas evidentemente eh era muito importante, foi muito importante para nós a questão eh de que a região se posicione conjuntamente em defesa de que eh no segundo o princípio da rotatividade, aquilo não é muito claro, mas o fato é que a América Latina e o Caribe só teve um secretário geral na década de 80, então é mais do que chegada a hora que a região lidere a Organização das Nações Unidas organização essa a qual o Brasil atribui enorme importância. Então, o Brasil eh esteve entre os que sugeriram, nós tínhamos, na verdade sugerido uma declaração especial sobre o tema, mas acabou sendo incorporada na declaração eh curta. Imagino que esteja de novo, a Daniela pode atualizar que ela está negociando a a declaração eh eh de Pequim, não sei se tem esse nome, mas eh me conte, Daniela, como é que estão as Depois eu volto, eu retomo sobre o tema geral.
Bom dia a todos. Boa tarde. Já nem sei mais.
Bom dia. Não, efetivamente esse é um tema que está em em discussão, né? Um um dos aspectos da declaração é justamente o reforço do multilateralismo e a expectativa tanto da América Latina do Caribe quanto da China de que, enfim, o sistema reflita os interesses do sul global, dos países emergentes.
Então, esse tema estará na pauta e nesse contexto essa questão surgirá. Eh, enfim, no âmbito da reunião da da CELAC em Teguigalpa, ficou evidente o consenso entre os países da região de que há interesse em trabalhar conjunto para uma candidatura latino-americana carienha, né? Enfim, vários países adiantaram interesse que seja efetivamente uma mulher, mas ainda não houve uma discussão, inclusive intracela sobre possíveis nomes e candidaturas, né?
O que no momento que nós estamos buscando nos articular em Intracel e eh transmitir essa mensagem aos diferentes parceiros, é que o entendimento de que a região acha que é a hora e o momento de uma pessoa da América Latina e do Caribe como eh próximo secretário geral. ainda cedo para falar de nomes, mas certamente essa importância e esse interesse tá na mesa e tá em discussão. Na declaração, na declaração ainda não tem um texto nesse sentido.
Nós estamos em processo de discussão. A h a todo um debate sobre se deixaríamos a a declaração mais no nível de princípios ou se entraríamos em questões mais concretas. Isso, isso está em discussão ainda.
Nós devemos ter uma reunião com a China no dia 12 em Beijim para fechar os detalhes. Como a Daniela bem disse, eh Ricardo, eh eh nesse nessa fase, embora primeiro, esse tema não é tratado por mim, candidatura para ONU não é tratado por mim, mas ainda nesta neste momento das discussões, as candidaturas ainda não se colocaram. Então, o nosso interesse é primordialmente, como bem disse a Daniela, que uma pessoa da América Latina e do Caribe seja eh escolhido secretário geral das Nações Unidas.
Então, nós estamos nesse nível de de que a região se manifeste unida em favor dessa posição. Idealmente, o Brasil defende abertamente que seja uma mulher. Agora, nomes individuais, há vários nomes fortes.
Além da Bacheleta, temos a minha Mota e outros nomes, Rebeca Grins e outras ex-ministras, ex-presidentes, Laura Xenxerco e muitas mulheres eh que ocuparam posições e que têm liderança suficiente para eh chefear a organização. Agora não, ainda ainda não chegou o momento de lançamento, ninguém se lançou oficialmente, então ainda é um é um momento preliminar, mas acho que maiores detalhes sobre a candidatura em si com o secretário Cozendei. Obrigada.
sobre a questão da da delegação para para Moscou, eu mencionei do executivo, o o ministro das Minas e Energia e a ministra eu na minha da China. Ah, naiva da China. Bom, na comitiva da China, obviamente que a questão, a comitiva, ela é decidida no Palácio Planalto e ela é, digamos, sujeita a a Exatamente.
Então eu, digamos, eu não me arriscaria a dar muitos detalhes, mas eu posso dizer o seguinte, que há muitos ministros, n até porque você tem muitos atos, né, uma relação ultra densa, muitos parlamentares também e, ah, enfim, eu acho que é um reflexo da densidade das das relação e da e é uma relação eh prolífica em em memorandos a serem assinados. Então agora a lista é uma lista ainda em elaboração, até porque primeiro tem a Rússia e depois aqui a China, tá? Além da bilateral com Putin, tem uma além da bilateral com o presidente Putin, tem a previsão de uma bilateral com o primeiro ministro da Eslováquia, fixo estará lá.
Eh, recordo que quando ele esteve aqui, o foi quando o presidente Lula teve que se internar, né, e acabou ele não recebendo o primeiro ministro Nováquia. Bom dia, embaixadora. Bom dia, embaixadora.
Antônio Timoteo é o repórter eh da Exame. Eh, embaixadora, eu fiquei curioso quando a senhora diz que o Brasil defende abertamente que seja uma mulher a a próxima secretária geral da ONU. Eh, então, de fato, o Brasil tá liderando esse processo dentro da CELAC.
Eh, eh, o Brasil não tá interessado em apresentar o nome, mas que que seja da eh da região. Eh, e pro embaixador, eu queria saber e se o senhor pode detalhar do ponto de vista de acordos comerciais ou de protocolos de intenção que o governo brasileiro vai assinar com a China, porque na semana passada o ministro Rui Costa teve na China, né, numa numa visita preliminar, ele tratou lá do de temas de data centers, eh infraestrutura, eh Petrobras eh sinalizou o interesse em em recuperar a indústria naval brasileira e trazer eh estaleiros chineses pro Brasil. Eh, enfim, há há um há um entendimento do governo de que como a gente não tem recursos públicos, a gente vai precisar de capital estrangeiro para investimentos aqui no país e a China seria um desses grandes países que poderiam fazer investimentos diretos no país, não só a compra de produtos, se nesse sentido o Brasil quer sim eh atrair mais investimento chinês para o país.
Obrigada pela pergunta. Não, efetivamente, dentro da importância que o Brasil atribui sempre atribuiu historicamente a a multilateralismo e à Nações Unidas em particular, eh nós consideramos eh importantíssimo que a região se manifeste a esse respeito da da questão da de um secretário geral da América Latina e do Caribe. Então, efetivamente, nós apresentamos, nós lideramos no sentido, eu sempre defendo uma liderança propositiva e convocatória.
Quando eu falo nas minhas palestras, eu eu repito que o Brasil, pelo seu tamanho na região, sua importância, em termos de América Latina, somos quase a metade de tudo, território, população e PIB, até mais do que 50%. Então o Brasil tem uma responsabilidade, isso é uma palavra que acho que o Celso Amorinho usa muito inclusive, né? responsabilidade de conduzir pelo poder de convocatória e de proposição.
Então, nós na cúpula da CELAC propusemos, sugerimos uma declaração especial, que é um costume que desta vez não foi possível, eh de que eh se adotem além da declaração principal várias alguns pequenos textos específicos. Nós tínhamos uma proposta nesse sentido. Então, nesse sentido, nós lideramos, mas nós não nos colocamos como líder, nós simplesmente sugerimos um tema ao qual atribuímos enorme importância de que o próximo secretário geral seja da região.
Então, nesse sentido, estaremos sempre participando das discussões sobre, seja na CELAC, acredito que em todos os outros fóruns, eu acho que é um momento importante para o multilateralismo, para se valorizar e trabalhar os organismos internacionais, uma ordem internacional baseada no direito, no internacional, nas regras conhecidas. Então, dentro dessa política de da importância de valorizar, seguramente o Brasil estará entre os países que lideram, vamos dizer, que propõem e que se engajam nesse debate tão importante, mas eu não quero me estender mais porque não é a minha área, não quero, mas dentro da CELAC, sim, propusemos e vamos continuar eh trabalhando para que nas instâncias adequadas, eu até perguntei pra Daniela, porque é um fórum ministerial mais voltado pro diálogo entre as duas regiões e a cooperação. Então, eventualmente o fato de, eu não sei se entrará ou não, não, não significa que a gente não dê prioridade.
É que o fórum, você não tem que dizer tudo em todos os fóruns, é um fórum de eh relação selac China com amplo e diversificado plano de ação eh para os os próximos 3 anos. Bom, isso é não sou eu que tenho que trabalhar nesse sentido. Nem trato de China e nem de Nações Unidas.
Deixa eu responder então. Ah, bom, assim como a questão da delegação, a lista de de acordos a serem assinados também é prolífica e e variável, né? Então, nós temos já previstos entre anúncios e textos 16, né, eh, protocolos e anúncios, memorandos de entendimento.
E em negociação temos 32. Então, alguns desses eh 32 eh se somarão aos aos 16. Eh, e lembrando o seguinte, que a gente tem que trabalhar com eh duas linhas, pelo menos duas linhas de tempo, a visita do presidente da China e a provável visita do presidente Chia ao Brasil por ocasião do BR.
Então, sempre haverá é uma relação que é eh eh sempre há oportunidades de eh ir assinando protocolos, sempre haverá protocolos em negociação e e é isso. E obviamente que o impulso político dado pela visita do presidente e o encontro dos dois eh em Pequim é importante. Eh, você mencionou a questão das sinergias, né?
Então, realmente existe uma força tarefa eh coordenada, uma parte é coordenada pelo ministro Bo Costa, outra parte também tem o Ministério da Fazenda, Banco Central. E há uma mobilização de toda a explanada para eh intensificar essa relação com a China no campo da da infraestrutura, no campo da das finanças, da ciência, tecnologia e inovação. Então, eu acho que aí é um é um universo de de de assuntos e eu acho que isso nos eh é nos dá grande alento e e além disso haverá uma declaração conjunta eh que está sendo negociada, que provavelmente eh mencionará aqueles temas que eu que eu já eh já tratei, que é a convergência em defesa do multilateralismo, das soluções pacíficas, pros conflitos e a reforma da governança cubana.
Olá, bom dia, Leandro Prazeres da BBC News Brasil. Eh, bom, eu queria começar perguntando o seguinte, vocês eh ambos têm falado sobre eh o quanto que Brasil e China são parceiros na defesa do multilateralismo. Eu queria perguntar o seguinte, essa eh a terceira vez que o presidente Lula e o presidente chinês se encontram desde que o presidente Lula assumiu o seu terceiro mandato, que recado esse eh esse encontro de agora manda num contexto em que multilateralismo eh vem sendo questionado pelo principal eh adversário da China, que é os Estados Unidos?
A minha outra pergunta é a seguinte: o senhor mencionou que o a China é o principal parceiro comercial do Brasil e o Brasil é o sétimo principal eh parceiro comercial da fornecedor da da China. Eh, quais são os riscos que o Brasil tem eh em relação a essa dependência eh do comércio com a China? A minha última pergunta, se eu puder, eu sou meio que adiantou, mas eu queria saber se eh já existem anúncios concretos em relação a projetos eh relativos a essa força tarefa que foi instituída para intensificar as sinergias entre Brasil e China.
Bom, primeiro sobre a questão do multilateralismo e da convergência, eh, essa convergência não é só com a China, né? Não, a última vez que eu tive aqui foi para fazer o briefing pra visita de estado do presidente a ao Japão e também há uma convergência com o Japão e com outros países, eh em torno da da necessidade de você preservar a as regras do jogo, as regras que foram eh estabelecidas em conjunto pelos países eh depois da Segunda Guerra Mundial e que obviamente também precisam ser reformados, mas é preciso eh preservar essas regras, essas eh o sistema multilateral, direito internacional, etc. Então, é algo eh a favor, não é contra ninguém, é é o contrário, é uma um esforço para eh valorizar esse que foi um uma que é um digamos um ativo, um um patrimônio comum eh da dos países eh e que é indispensável para que você alcance a paz.
e o desenvolvimento hã sobre a os projetos riscos dessa dependência. Olha, o Brasil é um país que tem uma vocação universalista. O Brasil conversa com todo mundo e procura fazer comércio com todo mundo.
A China despontou como um grande importador de produtos brasileiros e a gente tem uns superáveis com a China que obviamente ninguém vai achar ruim. Eh, o que nós queremos é diversificar a nossa relação, nossa nossa pauta exportadora paraa China e e diversificar na a digamos os investimentos e a as parcerias com a China, eh, procurando a atraí-la para esse projeto de neodindustrialização, de, né, de capacitação tecnológica, de transição energética. Mas isso nós fazemos com a China e fazemos com outros países.
Presidente foi ao Vietnã também. Sudeste Asiático é o terceiro parceiro comercial destino das nossas exportações, se você pensar no nazian como bloco e uma região que cresce muito. Então é, a gente tem uma vocação, temos com a a América do Sul, a América Latina, né, uma uma relação importante, inclusive na área de de manufaturas e tudo.
presidente vai também em junho, vai a a vai vai a França também. Provavelmente a o tema da convergência da em torno dos do importância do multilateralismo será realçada. Que mais?
Projetos. Projetos é esses projetos eu acho assim que eu posso dizer que há um engajamento e que essas discussões elas estão ocorrendo nos seus âmbitos. adequados.
Eu não sei exatamente se haverá anúncios ou não. Eu sei que a coisa anda e anda bem. Então, é isso que eu que eu posso dizer.
Eh, lembrando que há há várias linhas do tempo para anúncios e para a concretização dessa parceria. É um trabalho, como a parceria ambiciosa, é um trabalho complexo, né? Então, mas eh se fosse fácil a gente podia fazer uns anúncios aqui, mas não é.
É uma coisa densa, complexa e promissora. Só sóar uma uma nessa mesma linha, a importância que o Brasil que o Brasil atribui à integração, ao diálogo com todos. Eu estou lembrando que eu estarei aqui daqui a um mês falando da cúpula Brasil Caribe no dia 13 de junho, uma região.
Nós tínhamos feito uma cúpula em 2010, Brasil Caricom, dessa vez é Brasil Caribe, com Cuba e República Dominicana também convidados e ficamos nesse ato de 15 anos sem um diálogo mais estruturado com uma região tão próxima de nós, tão importante. São 16 países. Então, nessa nessa linha do universalismo, a região de países pequenos, mas também a importância que o Brasil atribui faz o presidente Lula de novo convocar os países para se reunirem aqui.
Da mesma maneira que vamos observar que tanto o presidente Jinfim fez questão que o presidente Lula participasse desse encontro do Fórum Celatina, que não seria natural porque ele não é parte da troica, mas reconhecendo essa posição, essa responsabilidade do Brasil, essa capacidade convocatória propositiva, o presidente XinPim fez questão de convidar o presidente Lula e o presidente Lula, pro seu turno, fez questão de ir, porque vocês vocês têm acompanhado os crescentes numerosos, desculpa. não crescente numerosos deslocamentos, cruz cruz o oceano, volta com tudo um custo, inclusive em relação à agenda interna, que também é fundamental. Então, eh, o interesse e a disposição do presidente Lula de participar, então os dois lados muito interessados um no outro e nesse diálogo das duas regiões, que evidentemente o Brasil tem uma responsabilidade eh não digo de liderar, mas de convocar, de propor, de reunir e de mobilizar as sinergias também regionalmente e e pretendemos no futuro trabalhar também com a América Central, só reforçando as palavras do Eduardo da vocação universalista do Brasil de dialogar com todos.
Só lembrando, na região nós temos 28 embaixadas aqui nos 33 países. Então é quase eh a totalidade, sempre nessa perspectiva dessa prioridade que recordo é histórica e constitucional, além do do interesse pessoal do presidente Lula no tema da integração. Obrigada.
Bom dia, embaixadora. de embaixador Simone Iglesias da Blunder. Eh, embaixador, eu queria eh perguntar o quanto eh o tarifá do presidente americano impulsiona a discussão mais política nessa visita do mundo da China.
A declaração que foi aprovada no Rio no contexto bricks evitou mencionar tanto o nome do presidente americano quanto quanto tarifação americano. Então se cabe essa discussão mais política entre os dois presidentes nesse momento. E embaixadora, a senhora falou em quatro reuniões da CELAC, do fórum CELAC Fina.
Quando foi a última? Obrigada. Bom, sobre a questão do tarifaço, eh, eu acho que o Brasil e China tem uma agenda que é muito mais ampla do que eh as considerações de comunidade de uma conjuntura que obviamente preocupa.
E mas eh eu acho que o Brasil eh preza a sua relação com Estados Unidos e não faz a sua relação com a China algo que se contrapõe ao interesse em manter ótimas relações que, aliás, mantemos com os Estados Unidos. Então eu acho que eh eh é isso. Eh eu tenho a dizer assim.
Bom, o fórum já teve três encontros, na verdade, embora ele esteja celebrando 10 anos, acho que são a cada 3 anos previstas eh encontros de viva ministerial. O primeiro foi em 2015 em Pequim, por isso que eles estão fazendo questão de celebrar os 10 anos também em Pequim. O segundo foi em Santiago em 2018 e o terceiro por conta da pandemia acabou sendo virtual em 2021.
Então essa seria a quarta reunião do fórum, sendo que duas presenciais e uma virtual. Pronto. Oi C Silva de Fator.
Eu tenho duas perguntas pro embaixador Saboia. Primeira pergunta é o seguinte: Ah, o Brasil votou a favor na ONU ah no no contexto da guerra da Ucrânia de uma resolução? O Brasil votou tanto no Conselho quanto na Assembleia Geral.
a resolução pedindo a retirada incondicional das tropas russas. Posteriormente, o ministro Celson Amorim foi à China e Brasil e China tem agora uma proposta que é um outro texto, a que esse texto não inclui mais a retirada incondicional das tropas russas. O Brasil ainda é a favor da retirada incondicional das tropas russas da Ucrânia?
E se não, por mudou de posição? Segunda pergunta, eh, o presidente Lula está viajando tanto pra Rússia quanto paraa China e nesse semestre o Brasil está presidindo os bricks. Queria saber se existe na agenda com os presidentes Putinchi algum tema que vai ser trabalhado agora para posteriormente reunião dos bricks, especialmente na parte financeira de novos instrumentos para comércio desses países sem usar o dólar.
Obrigado. Começando pela última, eu acho que o que haverá na o que haverá em encontro com o presidente Público é um encontro político, acho que não vão tratar de bricks desses detalhe aí de da questão da cooperação no campo da das trocas comerciais. Acho que haverá sim do ponto de vista do nosso presidente, imagino, uma eh menção à questão da necessidade da gente reequilibrar um pouco essa balança, que nós importamos dois produtos que são fundamentais, né?
Fertilizantes são fundamentais até pro nosso setor exportador e diesel também, mas nós queremos ampliar a nossa as nossas exportações eh para a Rússia. em relação à à posição do Brasil, o Brasil tem se pautado pela eh pelo direito nacional, né? Então, o Brasil defende princípios como a integridade territorial, eh, que, aliás, são mencionados nos pontos da da do iniciativa Brasil e China.
O Brasil defende a solução pacífica de controvérsias. Eh, eu acho que a posição do Brasil mudou menos que a de outros a de outros países em relação ao conflito da na Ucrânia. E o Brasil tem se colocado eh em favor de uma da conversa com todas as partes, né?
Lembrando que em 2023 o presidente Lula eh esteve com o presidente Zelens, lembrando que o em março o ministro Mauro Veira conversou com o chanceler ah da da Ucrânia. Lembrando que nós tivemos consultas políticas com a Ucrânia, o assunto não é meu, é da embaixadora Maria Luíes Corel. E pelo que eu sei, nós temos uma interlocução com a Ucrânia.
Então, uma coisa não se dá em detrimento da outra. O Brasil procura a paz e o Brasil dentro desta vocação universalista conversa com todo mundo.
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