Esclerose Múltipla – Causas, Sintomas e Tratamento | Sua Saúde na Rede

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Sua Saúde na Rede
Saiba mais sobre a Esclerose Múltipla, doença autoimune que afeta principalmente jovens, assistindo ...
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[Música] esclerose múltipla é uma doença que vem ganhando um pouco de destaque na mídia nas redes sociais e Até em alguns programas televisivos recentemente especialmente por nós conhecermos um pouco mais dela hoje por alguns preconceitos terem caído e Especialmente porque ela t tratamento e como toda doença que tem tratamento a as informações precisam ser abertas para as barreiras caírem os preconceitos diminuírem e não só os pacientes como seus familiares conviverem melhor com isso dentro da sociedade mas antes de tudo o que é a esclerose múltipla bom primeiro a gente precisa definir que esclerose per se
do ponto de vista técnico médico significa cicatriz então esclerose cutânea é uma cicatriz na pele a esclerose renal é uma cicatriz no rim e assim por diante e esclerose múltipla não tem nada a ver com pessoas esclerosadas ah que era um termo antigo usado para demência ou doenças psiquiátricas de um ponto de vista até pejorativo eh não tem nada a ver com artério esclerose que tem a ver com envelhecimento ou depósito de colesterol ah nas veias e artérias que podem causar avc ou infarto e na realidade esclerose múltipla quer dizer múltiplas esclerosis ou múltiplas cicatrizes
dentro do cérebro e da medula do sistema nervoso central essas cicatrizes acontecem por um processo autoimune O que é um processo autoimune são aquelas doenças onde o teu próprio sistema de defesa os seus glóbulos brancos os seus leucostase eles resolvem atacar o seu corpo no caso do lupos por exemplo o ataque é contra a pele contra o rim contra as articulações na psoríase contra a pele na Artrite reumatoide contra as articulações e na esclerose múltipla este alvo é uma substância que recobre os nervos chamada mielina O que é a mielina a mielina é uma capa
de gordura semelhante a uma fita isolante que recobre um nervo então se você imaginar um fio de cobre um fio elétrico então o fio é o nervo e aquela capa de borracha é a mielina que permite com que os impulsos nervosos ou elétricos sejam mais rápidos quando a esclerose múltipla ataca a mielina esse nervo fica desencapado e por causa disso seus impulsos ficam mais lentos causando sintomas sintomas são os mais variados possíveis de acordo com o local do comprometimento perda de visão perda de força alteração de de coordenação falta de controle da bexiga por exemplo
exemplo com perda da urina visão dupla ah fadiga de formas bem variadas como esta agressão inicialmente ela é intermitente ou seja sofre agressão e o nervo se recompõe sofre agressão o nervo se recompõe o paciente tem sintomas que pioram duram algum tempo e depois melhoram o que muitas vezes provoca um atraso no diagnóstico da doença então lembrando é uma doença autoimune onde o teu próprio sistema de defesa oferece uma agressão ao teu sistema nervoso central ao cérebro e a medula de forma intermitente nas suas fases iniciais como muitas doenças autoimunes ela compromete mais pessoas jovens
então nós estamos falando de um primeiro sintoma entre os 20 e 40 ou 20 e 50 anos de idade eu voltarei nos sintomas um pouco mais paraa frente e eu vou responder uma pergunta que muitas pessoas fazem que é qual é a causa da esclerose múltipla então é muito interessante como ah muitas doenças eh eh autoimunes a gente não tem uma causa objetiva né diferente de algumas doenças onde o pai tem o filho vai ter o Neto vai ter a herança da esclerose múltipla ela não é tão objetiva assim ela tem um componente genético mas
não necessariamente hereditário para vocês terem uma ideia eh se eu tenho um pai com esclerose múltipla a chance do filho dele ter é de Só 5% se eu tenho gêmeos idênticos então pessoas que têm o mesmo rostinho o mesmo corpo o mesmo DNA foram criadas na mesma família no mesmo ambiente frequentaram a mesma escola se um deles tem esclerose múltipla a chance do outro ter é de só 30% então quer dizer não é só no seu DNA não é só o componente genético que tem essa influência nós chamamos de uma doença de herança complexa então
existem fatores genéticos existem mais de 30 genes envolvidos a a no desenvolvimento da esclerose múltipla Então não é questão de você ter um ou outro é uma combinação de fatores existem alguns fatores ambientais que influenciam isso então por exemplo nós sabemos que a crianças que cresceram num ambiente altamente esterilizado Ou seja a muito fechadas dentro de casa não foram expostas a vírus e bactérias na infância tendem a desenvolver doença autoimune na vida adulta no caso da esclerose múltipla existe uma discreta influência da exposição solar e da vitamina D tanto que no norte dos Estados Unidos
no norte da Europa Onde existe menor exposição solar a existe uma certa prevalência aumentada de esclerose múltipla ainda assim esse não é o único fator porque nós temos uma série de pessoas que tem níveis baixos de vitamina D e não desenvolvem a doença e nós temos uma série de pessoas que têm níveis Altos de vitamina D e desenvolvem a doença do mesmo jeito essa herança complexa multifatorial e genética faz com que a doença Se apresente de formas e prevalências diferentes ao longo do mundo então por exemplo na Espanha e no norte da Europa nós chegamos
a ter 80 a 90 pessoas com esclerose múltiplo para cada 100.000 habitantes enquanto no Brasil esse número varia entre 20 a 30 pessoas com esclerose múltipla para cada 100.000 habitantes os fatores que influenciam isso são esses mesmos que eu comentei enquanto no Brasil nós temos uma população altamente migen geneticamente na Europa e nos Estados Unidos isso não acontece fazendo com que os genes ou os fatores de riscos de determinadas doenças se acumulem ainda assim existem fatores que a gente não conhece já existiram vírus implicados no desenvolvimento da esclerose múltipla bactérias e como eu citei no
caso dos gêmeos eu posso ter pessoas idênticas criadas no mesmo ambiente com riscos diferentes logo ainda existem fatores razoavelmente desconhecidos para o desenvolvimento da esclerose múltipla e é por isso que quando as pessoas perguntam se ela é prevenível É difícil responder a partir do momento que eu não tenho uma situação como uma doença infecciosa bem conhecida como por exemplo uma gripe uma pneumonia ou uma tuberculose é difícil oferecer uma recomendação sobre a prevenção que não seja levar a uma vida o mais saudável e natural possível eu falei que eu voltaria nos sintomas mais adiante então
como eu comentei agora a pouco os sintomas da esclerose múltipla tem a ver com essa agressão am mielina e possível dano ao neurônio então primeiro os sintomas nunca são súbitos o que é súbito é um AVC perdi força de um lado do corpo de uma hora para outra fiquei sem falar de uma hora para outra perdi a capacidade de andar de forma súbita e de uma hora para outra isso é um sintoma de um AVC no caso da esclerose múltipla geralmente eles têm um início meio lento e progressivo atingindo um ápice em torno de duas
a três semanas seja uma perda de sensibilidade de um lado do corpo uma perda de força Sutil de um lado do corpo dificuldade de coordenação perda visual dificuldade de andar tudo isso geralmente leva umas três a quro semanas e começa a melhorar lentamente se o profissional que atendeu o paciente não tiver atento os sintomas passam desapercebidos porque eu dependo de um bom exame neurológico para identificá-lo então por isso que muitos pacientes inicialmente são confundidos com labirintite com crise de ansiedade com stress com conjuntivite que muitas vezes os sinais iniciais são sutis as pessoas perguntam se
esses sintomas podem deixar sequela pode a gente não vai mentir quando a gente tá frente a uma primeira consulta o esclarecimento diagnóstico de um paciente com esclerose múltipla existe uma história natural dessa doença então se eu for pensar num paciente não tratado né então depois a gente vai falar de tratamento mas em média 15 a 20 anos depois do primeiro sintoma essa pessoa tá precisando de uma bengalinha para andar em média 25 anos depois do primeiro sintoma um andador e 30 a 35 anos depois do primeiro sintoma uma cadeira de rodas não é é uma
evolução rápida quando a gente diz para um paciente que ele tem esclerose múltipla isso não quer dizer que ano que vem ele vai estar sem andar muito pelo contrário geralmente nos primeiros anos de doença ninguém à sua volta percebe que o indivíduo tem esclerose múltipla A grande questão hoje é que com os vários tratamentos que a gente tem disponível a intenção é usá-los nos momentos iniciais para que esses Marcos a Bengala o andador na cadeira de rodas não cheguem E hoje nós temos vários medicamentos disponíveis com chance de não só prevenir como em alguns casos
até melhorar a vida de alguns pacientes eu poderia falar muito mais sobre os vários sintomas que podem comprometer os pacientes mas eu acho que não cabe aqui no momento elucidar detalhes até porque a doença é muito individualizada e como eu disse eu vou gastar um tempo maior falando de tratamento porque eu acho que isso o que mudou a cara da doença em relação a 20 anos atrás e como é que a gente faz o diagnóstico Então a primeira coisa é que o diagnóstico de esclerose múltipla ele é inicialmente Clínico Então eu preciso tirar a história
do paciente examiná-lo identificar certas alterações tem muitas pessoas que TM sintomas mais variados possíveis os mesmos que eu acabei de dizer e não é esclerose múltipla então é uma doença que tem uma história típica tem um exame neurológico alterado então o primeiro passo pro diagnóstico é uma entrevista médica com calma e um bom exame neurológico uma grande arma no diagnóstico Hoje é a ressonância magnética então o exame de ressonância ele ajudou a gente a entender melhor a doença enquanto em vida né ou chamada em vivo eu consigo estudar a doença ao longo da vida do
indivíduo entender suas manifestações precoces Entender seus sintomas e com isso criaram-se uma série de critérios diagnósticos a partir da ressonância Onde eu posso num momento Ultra precoce num primeiro sintoma dizer para paciente ou isso é realmente esclerose múltipla ou isso tem chance de virar esclerose múltipla vamos tratar precocemente entretanto cabe lembrar que tem uma série de alterações em ressonância que parecem esclerose múltipla e não o são então não basta só a imagem alterada o contato médico paciente é muito importante nós usamos outros exames em alguns casos nós usamos um exame de líquido da espinha o
chamado líquor que é um exame importante para eu ter não só certeza de que é esclerose múltipla como descartar outras doenças e também uma série de exames de sangue com foco em me certificar que não exista uma outra doença associada muitas vezes algumas doenças infecciosas e algumas outras doenças autoimunes como lupos por exemplo podem dar exatamente os mesmos sintomas que a esclerose múltipla uma vez firmado o diagnóstico ou uma vez identificado o indivíduo que a gente chama de síndrome Clínica isolada o que que é isso é um primeiro episódio com risco de se transformar esclerose
múltipla a gente tem que oferecer tratamento e como que é tratada essa doença bom tem duas formas de tratamento então a gente divide o tratamento da esclerose múltipla em tratamento imunomodulador que é o tratamento que vai interferir nos leucócitos nos linfócitos nas tuas células de defesa e em tratamento sintomático que é o tratamento dos múltiplos sintomas que o indivíduo pode sofrer caso ele já tenha desenvolvido algum grau de sequela ou de deficiência neurológica vamos falar do tratamento imunomodulador primeiro então nós vivemos uma fase que talvez eu chamaria de positiva na esclerose múltipla Por que positiva
porque nós tratamos essa doença já há mais de 20 anos desde 1993 quando o primeiro imunomodulador chegou ao mercado em sua apresentação comercial Então nesse meio tempo a gente aprendeu quem é o paciente que eu trato como eu trato quando eu trato E isso se traduziu em tratar cada vez mais precoce e quanto mais cedo eu trato menor sequela ele tem no futuro nós temos de uma certa forma quatro imunomoduladores no mercado Ah que são os famosas injeções nós temos alguns medicamentos que são imunossupressores entre eles comprimidos injeções de aplicação das mais variadas possíveis diárias
semanais ou mensais cada qual com potência diferente Então hoje nós estamos num momento em que eu estou identificando qual paciente que merece ou por critérios selecionados por cientistas e pesquisadores nacionais e internacionais merecem um medicamento de baixa potência média potência e alta potência e quanto mais cedo eu trato menor as sequelas ou ausência de sequelas no futuro em alguns casos eu começo a tratar com um determinado medicamento e pela resposta do indivíduo eu migro para um segundo medicamento O que é muito importante esclarecer é que essa escolha é individual depende do perfil de vantagens e
efeitos colaterais de cada medicamento e cada indivíduo e que nem sempre o medicamento mais potente é adequado para cada paciente tem paciente que vai responder os medicamentos mais simples e eu não vou precisar passar para algo mais potente e tem pacientes em que eu preciso passar para algo mais potente e isso depende de eu conversar com ele e o indivíduo entender os riscos de uma medicação com efeitos colaterais mais fortes o outro lado do tratamento é o tratamento sintomático então é para indivíduo que já tem perda de força falta de coordenação dificuldade para enxergar seja
comigo com o neurologista seja com o medicamento seja com fisioterapeuta com uma série de outros profissionais existem formas de você melhorar mas o que eu sempre gosto de dizer ou que muitos dizem para vários pacientes é os medicamentos imunomoduladores eles servem para eu freiar doença realmente para aquele que já tem algum grau de sequela eu preciso que o indivíduo suia a camisa eu preciso que ele faça físio eu preciso que ele faça atividade física eu preciso que ele se esforce porque os medicamentos não ajudam a construir músculo de volta uma pergunta que muitos pacientes fazem
e e é importante esclarecer isso nesse momento e num canal objetivo e adequado é sobre tratamentos complementares Então como toda doença doença crônica e em volta em mitos existem tratamentos complementares então picada de abelha auto hemotransfusão me doses de vitamina D dietas específicas o fato é é que do ponto de vista científico nenhuma dessas terapias foi comprovada como isoladamente benéfica no tratamento da esclerose múltipla especialmente a questão da vitamina D apesar da gente achar e ter certeza de que existe uma relação entre deficiência de vitamina D e doença autoimune e isso vale para várias doenças
autoimunes ainda não existe nada cientificamente comprovado e publicado de que me doses de vitamina D possam oferecer algum benefício para os pacientes certamente aqueles que tem deficiência merecem tratamento Mas isso é algo para cada um discutir com o seu médico sobre o benefício individual dessas terapias se você se sente bem com determinada forma de dieta Provavelmente o seu médico vai falar que não tem problema nenhum você fazê-lo mas se basear nestes tratamentos isoladamente para o tratamento da doença sem lançar mão dos imunomoduladores que T benefício comprovados em estudos há mais de 20 anos é algo
é um pouco complicado toda a dúvida que você tiver sobre seu tratamento a recomendação é que se discuta com o seu médico para ver se isso tem algum valor ou validade no seu caso nesses últimos 10 a 15 minutos eh conversamos um pouquinho sobre a esclerose múltipla e eu gostaria de lembrar alguns pontos muito importantes eh primeiro é uma doença muito diferente hoje do que ela era no passado por quê Porque Nós aprendemos a conhecê-la Nós aprendemos a identificá-la precocemente nós fazemos o diagnóstico antes de sequelas a acontecerem e além de tudo isso temos tratamentos
de várias potências diferentes disponíveis então pro indivíduo recé diagnosticado hoje apesar de ser uma preocupação apesar de ser um incômodo sim eu não vou negar que existe chance o risco de sequela a longo prazo mas é um cenário completamente diferente do que era antes nos vários ambulatórios especializados ao longo do Brasil nós temos pacientes com 10 15 anos de doença que fazem atividade física que tem uma vida normal e que se você encontrar na rua e conversar com eles você nem sabe que tem a doença e tudo isso é graças ao diagnóstico precoce e a
uso adequado e também precoce dos medicamentos que a gente tem disponíveis eh muito do que eu conversei aqui é embasado em artigos científicos sempre tem coisas e novidades saindo a cada ano a cada dois anos não necessariamente as novidades chegarão às prateleiras como medicamentos então muito se escuta sobre um medicamento novo sobre algo que tá sendo pesquisado mas infelizmente nem tudo acaba tendo comprovação científica para uso a longo prazo por isso que eu recomendo que tudo que você leia ou escute a respeito discute com discuta com o seu médico para saber se realmente tem algum
valor neste momento ou se é algo que ainda estará para ser elucidado
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